ecos da princesa 4

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Dezembro 2011 O nosso CAS festejou, mais um Natal no espírito da família e da solidariedade partilhado entre os que aqui residem, suas famílias e os que aqui trabalham. Como diretor desejo, a todos, que em cada dia de 2012 soam sinos de alegria em cada um de nós. O Sino O sino da minha aldeia, Dolente na tarde calma, Cada tua badalada Soa dentro de minha alma. E é tão lento o teu soar, Tão como triste da vida, Que já a primeira pancada Tem o som de repetida. Por mais que me tanjas perto Quando passo, sempre errante, És para mim como um sonho. Soas-me na alma distante. A cada pancada tua, Vibrante no céu aberto, Sinto mais longe o passado, Sinto a saudade mais perto. Fernando Pessoa Notícias do Diretor Índice Notícias do Diretor 1 Festa de S. Martinho 2/3 O meu testemunho 3/4 Novos residentes /Curiosidades 4 Pensamento /Pitada de humor 5 Resolução do passatempo 5/6 Da nossa memória os que partiram 7

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Page 1: Ecos da Princesa 4

Dezembro 2011

O nosso CAS festejou, mais um Natal no espírito da família e da solidariedade partilhado entre os que aqui residem, suas famílias e os que aqui trabalham. Como diretor desejo, a todos, que em cada dia de 2012 soam sinos de alegria em cada um de nós.

O Sino

O sino da minha aldeia,

Dolente na tarde calma,

Cada tua badalada

Soa dentro de minha alma.

E é tão lento o teu soar,

Tão como triste da vida,

Que já a primeira pancada

Tem o som de repetida.

Por mais que me tanjas perto

Quando passo, sempre errante,

És para mim como um sonho.

Soas-me na alma distante.

A cada pancada tua,

Vibrante no céu aberto,

Sinto mais longe o passado,

Sinto a saudade mais perto.

Fernando Pessoa

Notícias do Diretor

Índice

Notícias do Diretor 1

Festa de S. Martinho 2/3

O meu testemunho 3/4

Novos residentes /Curiosidades 4

Pensamento /Pitada de humor 5

Resolução do passatempo 5/6

Da nossa memória os que partiram 7

Page 2: Ecos da Princesa 4

Nº 4 Bimensal

2ª | P á g i n a CAS RUNA Dezembro 2011

FESTA DE SÃO MARTINHO Cumprindo a tradição o CASRUNA mais uma vez festejou no dia 11 de novembro o ―S. Martinho‖. Para além dos nossos residentes, cerca de 200 beneficiários participaram neste festejo vindos da área do CAS Lisboa, CAS Alfeite e CAS Évora. A festa iniciou-se com a abertura da água-pé e com a bela castanha assada. Para abrilhantar a tarde contamos com as exibições do Grupo Coral do CAS Runa, do Grupo Coral e das danças de Salão da Associação Social de S. Mamede da Ventosa e com a Universidade inter-geracional de Benfica. Seguiu-se o jantar típico com o porco assado no churrasco e outras iguarias. No final todos puderam desfrutar da noite de fados com os fadistas torrienses Cristina Santos e Andreia Matias que encantaram os presentes. Uma festa tipicamente portuguesa onde o convívio e a boa disposição foram uma constante.

POEMA AO DIA DE S. MARTINHO

NESTE DIA A EMBRIAGUEZ TOMARÁ A DIANTEIRA

NUMA QUADRA TÃO FESTIVA, ―O DIA MUNDIAL DA BEBEDEIRA‖

E SE É BEM VERDADE

QUE VEM DE LONGE TAL TRADIÇÃO, JÁ NOSSOS AVÓS ASSIM BEBIAM

ATÉ CAIREM PELO CHÃO.

ACREDITEM TODOS EM MIM, PORQUE É VERDADE, POIS É:

―ESSE É O DIA DAS CASTANHAS, DO VINHO E DA ÁGUA PÉ.

ESSE É O DIA DA CEGUEIRA, DE VER TUDO ENEVOADO,

AFOGANDO AS MÁGOAS NO VINHO, ATÉ A GENTE CAIR PARA O LADO…

E SE O VINHO E A ÁGUA- PÉ BEM ALEGRAM O CORAÇÃO,

PENA É, QUE BEBENDO TANTO, SE PERCA O DESCERNIMENTO E A RAZÃO…

MAS NESSE DIA SE PERDE O COMPLEXO

E DIZ-SE COISAS SEM NEXO. É DIA DE GENTE ESPIRITUOSA,DIA DO VINHO!!!

ESSE É O VOSSO DIA, O DIA DE S.MARTINHO

.

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Nº 4 Bimensal

3ª | P á g i n a CAS RUNA Dezembro 2011

AUTORA: Juvenália Andrade, in ―História de um Povo‖

PASSAGEM POR MACAU Fui mobilizado, por sorteio, para Macau em 07 de dezembro de 1955. Estava eu a prestar serviço no Quartel-general da Região Militar do Porto, onde tinha sido mandado apresentar no dia 06 desse mesmo mês de dezembro de 1955. Logo de seguida mandado apresentar em 09 de dezembro na Unidade onde fiz o espólio parcial, já que tive que embarcar nesse mesmo dia na estação de S. Bento – Porto para me apresentar no D.G.A.-Junqueira em Lisboa com destino a Macau. Embarquei no navio Quanza no cais de Sta. Apolónia em 28 de dezembro de 1955 e viajando pelo Canal do Suez, aportamos em Port- Side, Suez Mormugão, Singapura e feito transbordo para o Fatchan em Kawloon, porto de Hong-Kong em 02 de fevereiro de 1956. Pelas 17H00 desembarcamos em Macau e transportados de seguida em viaturas militares para o Aquar-lamento da Flora onde estava sediada a companhia de Engenharia. À chegada a Macau, a impressão durante esse percurso não foi a melhor. Passados alguns dias fui mandado para a ilha da Taipa para prestar serviço na estação de rádio militar em que comunicava com Macau-Quartel General e com Coloane (via rádio durante o dia e por via óptica, com lanterna, durante a noite). Quer os macaenses quer os chineses eram simpáticos e cordiais, adaptei-me bem e gostei da estada, tendo até prolongado a minha comissão afim de melhorar a minha cultura. Macau tem vários miradouros: D. Maria, Guia, Ruínas de S. Paulo, Portas do Cerco, Ilha Verde e a estrada desde a Praia Grande até Ramal dos Mouros tem lindas vistas. A cidade de Macau tem também jardins interessantes mas o especial é o Jardim de Camões. Macau recebia muito turismo especialmente por causa dos jogos e é até a chamada Mónaco do Oriente. Durante o tempo em que lá estive era habitual comprarmos produtos que aqui em Portugal continental não se encontravam no mercado tais como certos eletrodomésticos, tecidos, máquinas fotográficas, etc. A cidade de Macau, à noite vista da ilha da Taipa é lindíssima. Macau era um autêntico enclave, quase todos os produtos alimentares vinham da China através das Portas do Cerco e alguns vinham de Hong-Kong, porque os chineses os deixavam passar, já que havia necessidade de navegar através das ilhas chinesas entre Hong-Kong e Macau. Apesar de não haver relações diplomáticas, havia intervenientes chineses que tudo faziam para que o intercâmbio resultasse com satisfação de todos.

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Nº 4 Bimensal

4ª | P á g i n a CAS RUNA Dezembro 2011

Regressei a Portugal continental no Niassa em 10 de Julho de 1960, com a chegada a Lisboa em 28 de agosto de 1960, onde desembarquei cerca das 11H00. A vivência em Macau foi agradável e gostaria de lá voltar devido ao seu cosmopolitismo. Um residente Costa Lemos NOVOS RESIDENTES ― A ALMA HUMANA É FEITA PARA NÃO ESTAR SOZINHA‖ Mais duas Senhoras procuraram o conforto do CASRUNA nos meses de novembro e dezembro. No dia 28 de novembro veio para junto de nós a Senhora D. Maria Auxiliadora Vasconcelos Felgueiras, natural de Viana do Castelo e no dia 6 de dezembro a Senhora D. Maria Angélica d´Almeida Maia Caldeira, natural de Nisa. Como é nosso hábito recebemo-las de braços abertos e iremos dar-lhes todo o carinho e amizade para que se sintam bem ―nesta grande família, que somos todos nós‖. Um residente

A. Caineta

CURIOSIDADES

O GUARDANAPO Os primeiros guardanapos tinham o tamanho de uma toalha. Eram usados pelos egípcios, gregos e romanos, para limpar a comida das suas mãos. Somente no Renascimento (Séc. XVI) o guardanapo passou a ser usado individualmente. Atribui-se a invenção do guardanapo ao génio do inventor universal Leonardo Da Vinci (1452-1519), a quem se devem muitas e variadas invenções. Na altura o messias do invento e os restantes habitantes utilizavam peles de coelhos e outros animais como guardanapo. Da Vinci resolveu utilizar pedaços de pano para esse fim. Assim se deixou de utilizar animais à mesa (cães, coelhos). Aliás é por isso que, muito provavelmente, tantas cenas medievais dos primeiros anos da Renascença mostram cães em volta de mesas de banquete.

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5ª | P á g i n a CAS RUNA Dezembro 2011

Hoje o guardanapo é um componente obrigatório nas mesas. Durante anos só os nobres se limpavam depois de comer. Foi apenas no fim da Idade Média que o hábito de usar panos voltou à cena doméstica. Nos anos 70 do séc. XX, surgiu a versão descartável.

PENSAMENTO

“ A MAIOR ENFERMIDADE É NÃO SER NINGUÉM PARA NINGUÉM”

PITADA DE HUMOR

Senhor Doutor, tenho umas dores terríveis na perna esquerda. O médico faz exames, mais exame manda fazer análises muito sofisticadas e limita-se a dizer ao paciente: Olhe lá, isso é da idade!!! Perdão, Senhor Doutor mas deve haver engano, porque a perna direita não me dói e tem a mesma idade!!!

SOLUÇÃO DO PASSATEMPO ANTERIOR Em honra deste nosso colaborador, apresentamos a solução feita pela sua própria mão, agradecendo desde já a sua total disponibilidade.

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6ª | P á g i n a CAS RUNA Dezembro 2011

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7ª | P á g i n a CAS RUNA Dezembro 2011

A NOSSA MEMÓRIA OS QUE PARTIRAM

Senhora Dona LEONOR SANTOS JÚLIO—10 dezembro 2011 Foi com muita tristeza que no dia 10 de dezembro recebemos a notícia do óbito da Sra. D. Leonor Júlio. Figura bem conhecida de todos nós, a ―Nônô‖ como carinhosamente era tratada, viveu neste Cas durante 7 anos, demonstrando sempre um apreço muito grande por todos e pelos serviços que lhe dispensavam. A mata era o seu local de eleição, onde uma dezena de vezes se deslocava ao longo do dia, apreciando sempre a sua beleza e os animais. Na mata encontrava sempre um galho jeitoso de uma árvore e logo dele fazia um ―cajado‖ que muitas vezes deixava à porta principal do edifício; gostava igualmente de recolher as penas dos pavões e de as colecionar, guardando-as nos mais diversos locais. Quem não se lembra? Quantas recordações ficam para sempre na nossa memória! Senhora Dona ANA JÚLIA TRAVANCA MOURATO MARMELEIRO—26 dezembro 2011. No dia 26 de dezembro, um pouco inesperadamente, vimos partir a Sra. D. Ana Marmeleiro. A sua simplicidade, o trato afetuoso e a esmerada educação faziam de si uma pessoa especial. Todos os que com ela privaram, recordá-la-ão sempre com muito carinho.

Rua da Princesa Dª Maria Francisca Benedita EN 248 ao Km6 2565-752 RUNA

Telefone: 261330070 Fax: 261315842

Correio Electrónico - [email protected]