e zinco a níouel, sobre enxofre cobalto, de...

178
EFEITOS DIOXIDO REDUÇAO AUG USTO CAMARA NEIVA Engenheiro Metaturgista, Escota politécnica da Universidade de São pauto, 1976 DE COBALTO, NíOUEL, ZINCO E DE ENXOFRE SOBRE A ELETRO- DE MANGANÊS Dissertação apresentada à Escola politécnica da Universidade de São Paulo para a obtenção do Título de Mestre em Engenharia Orientador: Prof. Dr. Eduardo Barchese Professor Assistente Doutor do Departamento de Engenharia Metalúrgica da .Escota politéc- nica da Universidade de São Paulo São Paulo, 1984 ..%

Upload: vuliem

Post on 11-Nov-2018

218 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

EFEITOS

DIOXIDOREDUÇAO

AUG USTO CAMARA NEIVA

Engenheiro Metaturgista, Escota politécnica

da Universidade de São pauto, 1976

DE COBALTO, NíOUEL, ZINCO E

DE ENXOFRE SOBRE A ELETRO-DE MANGANÊS

Dissertação apresentada à Escola politécnicada Universidade de São Paulo para a obtençãodo Título de Mestre em Engenharia

Orientador: Prof. Dr. Eduardo Barchese

Professor Assistente Doutor do Departamentode Engenharia Metalúrgica da .Escota politéc-nica da Universidade de São Paulo

São Paulo, 1984

..%

AGRADECIMENTOS

Ao Prof. Eduardo Barehese, orientador, pelo interesse, entu-

siasmo e paciência sempre presentes durante todo este trabalho.

Ao Prof. Tharcisio Damy de Souza Santos, ao Prof. Renato Rocha

Vieira e ao Prof. Carlos Dias Brosch, pelo incentivo constante e pelas faci-

lidades oferecidas no desenvolvimento do trabalho experimental no Departa-

mento de Engenharia Metalirgica da Escola Politécnica da Universidade de São

Paulo.

Ao Prof. José Deodoro Trani Capocchi e ao Prof. Cyro Takano pelas

discussões e pela solicítude.

Ao Prof. Stephan Wolynec e ao EngQ D. K. Tanaka, do Instituto de

Pesquisas Tecnol6gicas, pelas facilidades oferecidas em seu laboratório.

Ao Prof. tt6tio Chagas, do Instituto de QuÍmica da Universidade

de São Pau1o, pelas facilidades oferecidas em seu laborat6rio.

Ao Prof. José Carlos DtAbreu e ao Prof. Maurício Leonardo Torem,

do Departamento de Ciôncia dos MaËeriaís e Metalurgia da Pontifícia Univer-

sidade Catõlicado Rio de Janeiror.péla gentileza d.emonstrada em minha vísita a seu laboratério.

Ao Prof. Andrã Paulo Tschiptschin e ao Prof. nétio Goldenstein,

pelo apoio constante e pelo auxí1io na utilização do microsc6pio eletrônico

de varredura.

I]

Aos colegas EngQ Ramiro da Conceição Nascímento, EngQ João Vi-

cente Carchedi Roxo, EngQ Nei Freitas de Quadros, EngQ Celso PonteseEngg

Antônio Augusto Marialva Neto pela amizade, pelo apoio e pelo auxí1ío,

sob diferenÈes formas, oferecidos na execuçã<, e conclusão deste trabalho.

Às colegas BeI. QuÍmica Ana Lúcia Exner Godoy, Ana Lúcia Rodri

gues de Paula e Ana Maria Coutinho de Souza pela amizade e pelo auxílio

nas etapas de impressão e apresentação deste trabalho.

Ao Prof, Francisco Ambrozío Filho e ao Prof" C6tio Xavier, do

InsËítuto de Pesquisas Energãticas e Nucleares, pelo incentivo e pelas

facilidades oferecidas ã conclusão do trabalho"

Aos T6cnicos MeËalurgisËas Ayr:ton Mazzvcato Leal e Regínaldo

Mariano, pelo freqtlente auxÍ1io durante a execução das experíências e

dos servíços fotográficos.

Ao T6cnico Mecânico Ricardo I'latanabe, pelo auxílío na execu-

ção de desenhos.

A todos os colegas e colaboradores do Departamento de Engenha

ria Metalúrgíca da Escola Polit6cníca da Universidade de São Paulo e do

DeparLamento de Materiais Metãlicos do InstiËuto de Pesquisas Energ6ti-

cas e Nucleares que de alguma forma contribuíram para que este trabalho

fosse concluído.

A meus pais, pelo estímulo e colaboração.

A Nena, pela colaboração e apoio em todas as etapas deste

trabalho, a Jûlia, Tânia e Sara pela compreensão diante do que thes im-

pôs sua execução"

III

RESI]MO

Diferentes adições de dióxido de enxofre foram combinadas com dife

rentes adições de cobalto, níquel e zinco para se estudar sua influência se

bre o processo de eletro-redução de manganês em soluções aquosas de sulfatos

de manganês e de amônio

Com os Ërinta eleÈrólitos assim obtidos, foram medidos o potencíal

de cat.odo e a eficiência de correnËe em diferentes densidades de corrente.

Avaliou-se o efeito das adições sobre a eficiência de corrente. Traçaram-se

curvas de polarização parciais das reações cat6dicas de deposíção do manga-

nês e desprendimento de-hidrogênio. Por meio del-as, interpretou-se o efeito

das adições sobre a eficiência de corr:ente e propôs-se um modelo de mecanis-

no de atuação das impurezas e do di6xido de enxofre, baseado na formação de

pares galvânicos impureza*metal, na variação da sobreLensão de hidrogênio,

na ocupação de locais ativos do dep6sito pelo enxofre, etc.

ComplemenËarmente, foram obtidas fotomicrografías do processo de de

posiçãor por microscopia óptica, e do dep6sito, por microscopia de varredura,

verificando-se que o dep6sito consiste de um substrato recoberËo por n6dulos

facetados (aglomerados ou não), que o desprendimento de hidrogênio 6 mais in

tenso sobre o substrato que sobre os nódulos, que as adições afetam a morfo

logía do dep6síto, etc.

IV

ABSTRACT

Different sulfur dioxide additions were cornbined with different co-

ba1t, nickel and zinc additions to study their influence on manganese el.ectro

winning in water solutions of manganese and ammonium sulphate.

I'üith the thirty electrolytes so obtained, the cathode potential and

the current efficiency with different current densities were measured. The

effect of the additions on the current efficiency r^ras evaluated. partial

polarization curves of the cathodic react.ions of manganese deposition and

hydrogen evolution were plotted" I^Iith their aid, the effect of the additions

on the current efficiency \,/as interpreted and a model of the acting mecha-

nism of the impurities and of the sulfur dioxide, based on the formation ofimpurity-rnetal galvanic pairs, on the variation of the hydrogen overpoten-

tial, on the occupation of actíve deposit sites by sulfur etc. \nras proposed"

As a complement, photomicrographs of the deposition process ürere

obtained by optical microscopy and of the deposit by scanning electron mi-

croscopy' whereby it r¿as found that the deposít consists in a substract co-

vered by faceted nodules (agglomerated or not), that the hydrogen evoluËion

lüas stronger on the substract than on the nodules, and that the additions

affect the morphology of the deposit.

V

suuÃnro

Agradecímentos

Resumo

Abs Ëract

Sumãrío

Notação

Lista de figuras

Lista de tabelas

1. OBJETIVO

2" CARACTERISTICAS E USOS DO MANGANÊS ¡LETNOLÍTTCO

3 " pRopu-çÃo rNpusTRTAJ, pE* MANGAJIÊS ELETROLÍTTCO

3"1 HTSTõRIA E PRODUçÃO ATUAL

3.2 PROCESSO CONSAGRADO DE PRODUçÃO IN MANGANES ELETROLÍTICO

3.3 CARACTERÍSTTCAS DA ETAPA ELETROLÍTTCA

3.3.1 Eficiência de corrente e consumo energético3 "3.2 Por que solução aquosa

3.3.3 Por que o ânion sulfato3,3.4 Papel do diafragma e do amônio

3.3.5 Por que anodo de liga chumbo-prata3.3.6 Por que catodo de aço inoxidãvel

3.4 VARIÃVEIS OPERACIONAIS DA ETAPA ELETROLÍICA

3.4"T Densidade de corrente catódica e tenõao apricada ã

3.4"2 Densidade de corrente anódica3"4"3 Concentração de sulfato de amônio3"4.t+ concentrção de Mn2*, pH e vazão do eletrólito3,4.5 Temperatura

c6lu1a

I

III

TV

V

VII ]

X

XIIT

l_

2

4

4

5

B

B

B

9

10

10

L2

L2

T2

13

13

13

L4

3.5 EFEITO DAS IMPUREZAS

3.6 PAPEL DO DIõXIDO DE ENXOFRE

4. ESTUDOS SOBRE MECAN.ISMOS

4.1 DESPRENDIMENTO CATõDICO DE HTDROGÉNIO

4.I.L Desprendímenro de hidrogênio a partir de HrO e Hr0+4.L"2 Desprendímento de hidrogênio a partír de Íons amônio4"L.3 Redução química de hidrogênio por íons Mn"o+ o.., ãto*o"

"rrd4.L"4 Efeíto de impurezas sobre o desprendimento de hidrogêniosobre manganês

4,L.5 Efeito de enxofre, selênio e telúrio sobre o desprendimentode hidrogênio sobí" *r"tr"ê; -------

4.2 DEPOSIçÃO CATõDICA DE MANGANÊS AcoMPANHADA DE DESPRENDIMENTO DEHIDROGÊNIO

4,2.r Estudos do rnstituto de Tecnología QuÍrnica de Dneprope-trowsk

Estudo de Barchese

Estudos do rnstituto de QuÍmica Geral e rnorgânica de KievEstudos do U. S. Bureau of MinesEstudos de Dhananjayan

Estudos de Fekete

Estudos de Agladze e Legran

Estudos de Tilak, Rajogopalan e Reddy

EsËudos de Radhakrishnamurty, Sathyanarayama e ReddyDOS MODELOS APRESENTADOS

Informaçoes e hipóteses mais consensuaisOutras hip6teses e informações importantesContradições entre diferentes modelos

5. s E METõDos

5. 1 PROGRAMA EXPERI}IENTAL

5.2 EQUIPAMENTOS

5.2.T Cãlula e complementos

5.2.2 Microscopia 6ptica para observação de deposição5.2-3 'Mícroscopia eretrônica para observação do depósito5.2.4 InsËrumentação e circuito e16trico

5.3 PREPARAçÃO DOS ELETRõlrros

5.4 DETERMINAçÃO DOS POTENCIAIS DE ELETRODO

5.5 DETERMTNAçÃO DAS EFrC]ÊUCrns DE CORRENTE

5"6 FOTOMICROGRAFTAS DA DEPOSIÇÃO

4.3

VI

15

L7

20

20

20

2L

23

25

2B

29

29

36

40

42

42

43

44

45

46

49

49

50

51

52

52

55

65

67

67

70

7T

73

79

VII

5.7 FOTOMICROGRAFIAS DO DEPÓSITO

6. RESULTADOS EXPERI}MNTAIS

6.1 EFrcrÊncras DE coRRENTE E porENcrArs DE cATODo

6.1.1 Reproduribilidade e precisão6.r.2 Resultados e cálculos completos para o eletrólito ng 30

6.1.3 Eficíência de corrente em função da densidade de correntee do potencial para Ëodos os eletrólitos

6.2 CURVAS DE POLARIZAçÃO

6.3 OBSERVAçÂO DA DEPOSTçÃO n DO DEPõSrTO

6.3.1 Seqtlência de deposição6,3.2 Observação do dep6sito

DISCUSSÃO

7.1 EFETTO DAS ADrçõES SOBRE A EFIC]ÊNCrA DE CORRINTE

7.I.1 Eficiêncía de corrente em função de densidade de corrente7.L"2 Efeito do cobalto sobre a eficiência de corrente7.r.3 Efeito do níquel sobre a eficiôncia de correnre7.I.4 Efeíto do zinco sobre a eficiência de corrente7.L,5 Efeito do di6xido de enxofre sobre a eficiência de

corrente7.2 MECANISMOS DE ATUAçÃO DAS ADIçõES

7.2.1 Resumo dos efeitos das adições7,2.2 Outras premissas para estabelecer o modelo7 .2.3 Mecanismo proposto

CONCLUSõES

9. REFERÊNCIAS åIBLIOGRÃFICAS

BO

B1

81

81

85

B.

90

93

105

105

108

TL4

LT4

LT4

LT6

L22

L25

130

138

138

L39

L42

147

rs4

VIII

NOTAç40

A - -area exposta do eletrodo de trabalho (A=1r03cm2¡

B - relação i""..""/id..de - eoncentração

e - elétronE - potencial de eletrodo reversível_oE- - potencial de eletrodo-padrao

EC - eficiência de correnteECM - eficiência de corrente mãxima (valor máximo da eficiência de correnËe

em função da densidade de corrente, para um dado eletr6lito)ECS - eletrodo de calomelano saturado

F - constante de Faraday (F=96 496 C.*o1-1 .r-I)H - hidroeânio adsorvido

act

I - corrente que atravessa a c6l-u1a

í-- * densidade de corrente de corrosão eletroquírnicacei- - densidade de corrente equivalenËe ä corrosão norrnalcqi¿ - densidade de corrente cat6dica totaliUC* * densídade de corrente em que ocorre a eficiôncia de corrente mãxima

i,, - densidade de corrente limite (da curva de polarização do mar,rganês)I].mi,, - densidade de corrente parcial do hidrogênio

LI

irr, - densidade de corrent.e parcial do manganêst -1 --1k - constante \r, "^/F .z (k=L,06g "-cm'.h '.A ')

1

\r" - massa atômica relativa do manganãs (çrr=Sa,939.mo1--r)

tt"lr, - massa do depõsito de manganôs

Mn, - manqanâs adsorvidoadP¿ - poËencial de catodo (durante a etapa de deposição)

PSCI,' - potencial de catodo em que ocorre a eficiência de corrente mãxima

ÏX

r - fator químico/eletroquímico (r=1 para etapas eletroquímicas)t- - duração da corrosão eletroquímicacet - duracão da corrosão normalcqrËr - duração da deposíção

z - número de oxidação do manganês na solução (z=2)

ã - coeficiente de transferência da reação anódica

È - coeficiente de rransferência da reação cat6dica

ß * fator de simetria

í * nümero de etapas anteriores ã etapa lenta

i - nümero de etapas posteriores ã etapa lentav - nimero de vezes que ocorre a etapa lenta ïìo processo total

X

LISTA DE FIGURAS

Fluxograma da Usina de Boulder City, do U. S. Bureau of Mines

Diagrama de equilíbrio potencial - pH do sistema manganês a 25oC

Curvas polarográficas de desprendimento de hidrogênio sobre manganês

Efeito dos íons amônio sobre as curvas polarográficas de desprendi-mento de hidrogênio sobre manganês

Representação esquemãtica das curvas de polari zação parciaís de de-posição de manganês e desprendímento de hidrogênio

Efeito de aditivos sobre a sobretensão de hidrogênio sobre manganês

Fotografia da cé1ula desmontada

C61u1a (vista parcíal e cortes longitudinais)

c61u1a (seções transversais)

c61u1a (legenda)

Fotografia da cé1u1a com seu sistema de circulação do eletróliroCirculação de elerrõlito e de ãgua de circulação

Fbtografia da cólu1a e do microsc6pio 6ptíco em posição de observaçao de uma deposição

Observação e regisËro fotográfico da deposição

CircuiËo el6trico

Fotografias do arranjo experimental

comparação enËre dois m6todos de medida da eficiêncía de corrente

Potencial de catodo em função do tempo, em deposição seguida decorrosão eletroquímica

Determinaçãg da^eficiência de corrente pela extrapolação de B at6oetxot'=0ce

6.4 Potencial de catodo em função do tempo, em deposição seguida decorrosão normal

3.1

3.2

4.r

4.2

4.3

4.4

5.1

5,2a

5.2b

5.2c

5.3

5.4

5.5

5.6

5.7

5.8

6.1

6.2

6.3

7

11

24

24

26

26

56

57

5B

59

63

64

65

66

6B

69

B4

B7

BB

B9

6.5 Eficiência de corrente em função da densidade de corrente

6.6 Curvas de polarização dos eletrólitos sem adição de imputezas

6.7 Curvas de polarizaçã.o dos eletrflitos com 0 r25 mg.dr-3 Co

6.8 Curvas de polarização dos eletrõlitos com 0r5 mg.dr-3 Co

6,g Curvas de polarízação dos eletr6litos com 1r0 mg.dr-3 Co

6.10 Curvas de'polarização dos eletrólitos com 0r5 mg.¿*-3 Ni

6.11 Curvas de poLarízação dos eletrólitos com 1,0 mg.¿r-3 tli

6.L2 Curvas de poLarização dos eletrólitos com 2r0 mg"dr-3 }{i

6.13 Curvas de polarízação dos eletrólitos com 10 mg.dr-3 zn

6.14 Curvas de poLarízação dos eletrólitos com 20 mg.d^-3 Zn

6.15 Curvas de polarízação dos eletrólitos com 40 mg.dr-3 Zo

6.16 Fotomicrografias da deposição com o eletrólito nQ 1 (microscópioóptico acopl-ado ã c61u1a, aumento 25x)

6.17 Fotomicrografias da deposição com o eletró1ito n9 19 (microsc6pioóptico acoplado ã cãlula, aumento 25x)

6.18 Fotomícrografías da camada inicial com eletrólitos sem adição deimpurezas

6.19 Fotomicrografias da camada inicial com eletr6litos com adiçoesde cobalto e de níque1

XI

9L

95

96

97

9B

99

100

101

LO2

103

104

106

t07

109

110

110

111

TL2

113

113

116

IL7

118

T2T

6.20

6.2L

6,22

6.23

6.24

7.r

7.2

Fotomicrografia de depósito sem diferenciação da camada inicial,com e1etr61íto com adição de zinco

Fotomicrografias de trinca na camada inicial

Fotomicrografias da camada superior

Fotomicrografias de glóbulos com faceËas lisas

Fotomicrograf.ía de dep6sito com facetas irregulares, com eletr6-1ítos corn adição de zinco

Efeito das adições de cobalto sobre ECM, i'a, " PgC¡.t

Efeitos das adições de cobalto sobre as cuïvas de polari zação parciais, em eletrãtito com 0,1 g.dm-3 de diõxido de enxofre

Efeito da adição de cobalto sobre as densid.ades de corrente parciais

Efeitos das adições de cobalto sobrg as curvas de polarização parciais, em e1eËré1ito" com 0 16 g dm-3 de dióxido de enxofre

7.3

7.4

7.5 Efeíto das adições de níquel sobre ECM, t'a* . pnCU

7.6 Efeitos das adições de nÍquel sobre aslcurvas de polarizaçãoparciais, em eletrólitos com 0rl g.dm-' de di6xido d.e enxofre

7.7 Efeitos das adições de nÍquel sobre asecurvas de polarizaçãoparciais, em eletr6litos com 016 E.dm'de dióxido de enxofre

7,8 Efeito das adições de zinco sobre ECM, inCU u pUCU

7.9 Efeito das adições de zínco sobre as curvas de polarização par-ciais, em eletr6litos com 0,1 g.drnj3 de dióxidã du un*ófre

7.10 Efeito das adições de zinco sobre at curvas de polari zação par-ciais, em eleti6titos com 0 ,6 g,dm-' de di6xido d.e enxof re

7.11 Efeito do aumenËo da adição de dióxido d.e enxofre sobre ECMiua" n P¡cpt

7.I2 Efeíto do aumento da adição de diõxido de enxofre sobre ECMiuat u PECu

7.13 Efeito do aumento da adição de díóxído de enxofre sobre ECMirCOO . PECM, em eletrólitos com e sem adição de zinco

7.14 EÍeítos das variaçõss de adição de dióxido de enxofre sobre ascurvas de polarizaçao parciais, em eletr6litos sem adição deimpurezas

7.15 Efeitos das variações de adição de dióxido de enxofre sobre ascuïvas de polarização parciais, em eletr6litos com Or5 mg.dm-3de cobalto

7 .16 Ef.eitos das variaçóescurvas de polarízaçaode níquel

7,L7 EfeíËos das variaçõescurvas de po1-ari zaçãode zinco

XII

L22

L23

124

125

L26

L27

131

131

132

de adição de di6xido de enxofre sobre asparciais, em.reletr6litos com 1r0 mg.dm-3

de adição de di6xido de enxofre sobre asparciaís, em eletr6litos com 20 mg.dm-3

133

135

L36

I37

XI]I

LISTA DE TABELAS

2.I Composição química tÍpica de manganês eletrolítico

3.1 Produção mundial de manganês eletrolítico

3.2 Limites máximos admissíveis e efeiÈos de impurezas meËãlicaspresentes no eletr6lito

4.L Densidade de corrente de Ëroca da reação de desprendimentocat6dico de hidrogênio sobre diferentes metais

5,2 Composição química dos eletr6litos

6.1 ReproduËibilidade na duração da corrosão eletroquímica (experiências preliminares para ãeterminação^da reprodutibilidade, cõmo e1etr61íro ng 1, iu = 5215 mA . cm-Z " td = 900s)

6.2 Reprodutibilidade na duração da corrosão química

6.3 Reprodutibilidade do potencial- de catodo (íU = 52,5 mA

6.4 Deposições seguidas de corrosão eletroquímica (eletrõlitoiO = 52,5 mA cm-2 " td = 900s)

6.5 Deposições seguidas de corrosão química (e1etró1ito nQ 30)

6.6 Eficiência de corrente e potencial de catodo em função dadade de corrente catódica (e1etr61íto nQ 30)

L6

2B

72

3

5

82

B3

B6

87

B9

90

92

9I

141

-)cm -)

nQ 30,

densi

6.7 Efíciências de correnËe mãximas e correspondentes densidades decorrente e potenciais

6.8

7"r

Potencial de catodo e densidades de correnËe parciais em funçãoda densidade de corrente catódica total (eletró1íto nQ 30)

Potenciais de eletrodo reversíveis

OBJETIVO

0 objetivo deste trabalho 6 estudar o efeito

três impu.rezas sobre a eËapa eletroquÍmica do processo

- -1 .nes eletrolr-f r-co.

de

de

O aditivo estudado -e o dióxido de enxofrer gue tem uso consagrad.o

na produção de manganês eletrolítico. Considera-se que sua adição ao eletrõ1i

to permite a obtenção de eficiências de corrente suficientemente elevadas pa-

ra garaîtir a economicidade do processo.

As impurezas estudadas são níquel, cobalto e zi"nco, gue gera.lmente

estão presentes nos eletr-olitos, originãrias dos min-erios de manganês . As

duas primeiras foram escolhidas por serem consideradas, dentre todas as impu-

rezas, as rnais prejudiciais ao processo, por reduzirem extremamente a eficiên

cía de corrente ou mesmo impedirem a deposição. A terceira, zínco, 6 por ve-

zes considerada prejudicial e por

tendo sido incluída neste estudo

gentes.

vezes considerada favorãve1

exatamente em função destes

um aditivo e de

obtenção de manga-

âo processo,

resulËados diver

z, cARACTERÍsTTcAS E usos DO MANcANÊs ¡l¡rRor.Írrco

O manganês eleËrolítico 6 a forma maís pura de manganês utiliza

da em quanËidades comercialmente significativas, atingindo purezas em tor-

no de ggrï7. Mn. Apesar dísto, seu custo ã competítivo com o de ferro*manga

nês de baixo carbono, o que possibilita o seu uso, por exemplo, em siderur

gia. Neste setore o manganês el-etrolítíco tem grande interesse como aditi*

vo pâra aços com al-tos reores de manganês e baixos teores de carbono, f6s-

- .-4foro e silício, como 6 o caso cle aços de baixa liga e alta resistência e

dos aços especiais.

OuËra aplicação importante do manganês eleËrolítico encontra-se

na produção de ligas não-ferrosas, em especial de alumínio e de cobre. Ele

tambóm pode ser utílizado na produção de eletrodos de solda, Ímãs cerâmi-

cos, compostos químicos de al-Ëa pureza, etc.

o manganês eletrolítico ã comerciaLizado sob a forma de pó, gra

nulos ou escamas. Sua composição química típica 6 apresentada na tabela

2,12

Tab. 2.7 - Composição química típica de manganês eletrolítico (ref.1)

elemento

Mn

S

P

Si

Fe

c

N

H

0

tipo baixo

nl drogen]-o

99,9

0,030

0 ,001

0,002

0,001

0,006

0 ,01

0,0006

0,3

teor (7.)

tipo baixo

oxi gênio

99,9

0 ,030

0,001

0 ,002

0,001

0 ,006

0,01

0,018

0r1

tiponitrogenado

94a960,030

0,001

0,002

0,001

0,006

4a6

3. PRODUçÃO INDUSTRIAL DE MANGANES ELETROI,ÍTICO

3.1. Hrsrõnra n pRotuÇÃo arual

Em 1918, Van Arsdal-e (ref . 2) realizou um dos primeiros trabal.hos

sobre a obtenção de manganês eletrolítico, em laborat6rio. Ern 1935, o United

States Bureau of Mines iniciou uma série de estudos em escala-piloto volta-

dos à definição de um processo comercial para sua produção; em 1939, como re

sultado destes estudos, formou-se a Electro-Manganese Corporation que, três

anos depois, ap6s terem sid.o solucionados inúmeros problemas referentes a pu-

rificação dos eletrõlitos, formação de compostos an6dicos, preparaçäo de ca-

todo, etc, iniciou a operação comercial de sua usina (ref. 1).

Destes três anos i-niciais e da operação de uma outïa usina-piloto

do U.S. Bureau of Mines saíram os principais parâmetros tecnológicos do pro-

cesso ainda hoje adotado. A produção norte-amer:icana cresceu muito nestes 40

anos, mas 6 suplantada atualmente pela da Ãfrica do Sulrque ini-ciou sua pro-

dução err 1955 e possui hoje as duas maiores produtoras de manganês eletrolí-

tico do mundo, a Emcor e a Delta-Manganese, voltadas principalmente para ex-

portação. A tabela 3.1 apresenËa uma relação dos principais paÍses produto*

res, sua produção anualea data de início de produção, com dados de suas usi

nas atualmente em operação:

Tab. 3.1. - Produção mund.ial de manganês elerrolítico em r97r (ref r)

parsln]-clo deprodução

usinas em operaçao

início de produçãoempresa operação tl ano

produçaoto ta1t/ano

Ãfrica do Sul 34000

Estados Unidos 27800

Japão 9600

Unlao Sovretrca e

'I che co-.b s Iovaq ur a

Chi na

3.2. PROCESSO CONSAGRADO DE PRODUçÃO DE MANGANES ELETROLÍTICO

0 processo consagrado de produção de manganês eletrolítico utiliza

solução aquosa de sulfatos de manganês e de amônio, com adição de di6xido de

enxofre ao eletr6lito, e exige purificação cuicladosa do eletr6lito. A figura

3.1 apresenta um exemplo de fluxograma do processo (ref. 3).

O processo inclui usualmente as seguintes etapas (ref. 4):

a) Preparação do min6rio para lixiviação, envolvendo usualmente

cominuição e redução pirometalúrgica do minério a MnO, Çuê é solúvel no ãci-

do sulfúrico diluído que serã urilizado na lixiviação.

L962 e

L965

L975

Delta Manganese

Emcor

Foote MineralUnion Carbide

American Potash

Toyo Soda

Chuo Denki

L97 4

1 955

1966

1954

1962

L97T

t94L

I 7500

16500

1 1000

9 100

7 700

6000

3600

b) Lixiviação, efetuada pelo anolito

se aËingir este pH, 6 necessãria alguma adição

Ëoe que conË6m usualmente de 25 a 40 g.¿oi3 ¿"

e 27 a 55 g.dr-3 du Mnsoo.

c) Borbulhamento com ar ou adição ¡þlgr6xido de hidrogênio (ref .

5)rpara reoxidar " F"3* os íons F.2+ pr""entes na solução, que seriam difí-

ceis de precipitar.

d) Neutralização da solução atã um pH em torno de 6,5, por meio de

hidr6xido de amônio, para que se precipitem, rra forma de hidr-oxidos, o ferro,

o alumÍnio, o molibdênio, o arsênio e o silício presenËes na solução.

e) Adição de 52- ã solução, na forma, por exemplo, de sulfeto <le

amônio, para remoção de cobre, zínco, níquel e cobalto¡ gue se precipitam na

forma de sulfetos e são retirad.os por filtração.

f) Adição_de di6xido de enxofre ã solução, promovendo a deposição

de manganês na sua forma alotr6pica q e aumentando a eficiência de corrente.

g) Eletrólise, realizada em c-elula provida de um diafragma poroso

que a divíde em um compartimento cat6dico e outro an6dico. No primeiro fica

um catodo de aço inoxidãvel e no segundo um anodo de liga Pb-Ag. A solução

obtida nas etapas anteriores ã continuamente introduzida no compartimento ca

t6dico, onde ocorrem as reações catódicas de deposição do manganês e despren

dimento do hidrogênio. Atravãs do diafragma poroso, a solução alcança o com-

partimento an6dico, onde ocorre a reação an6dica de desprendimento de oxigê-

nio, que the ímprime carãter ãcido. Esta solução, Çue ainda contem algum

manganês e praticamente todo o amônio inicial, sai do compartímento an6dico

eserã utíIizad.a como agente lixiviador na formação de novo eletrólito.

h) Precipitação de sais de magn6sio do eletrólito retirado, por

meio de uma torre de resfriamento (refs. 6, 7 e B), para evitar o contÍnuo

crescimento do teor de magnésio na solução recirculada. O magnãsio, originá-

6

recirculado, em pH 2r5. Para

de âcido sulfurico ao anoli-

Hzsoh, I4o g.dm-r de NH4SO4

PENE]RA GROSSETRA

BR]TADOR DË I"]ANDÍBUL-AS

PENEIRA VTBRATÕR]A

I]OÏNHO DE BOLAS

FORNO ITULTITUBO OU FORNO SK]NNER *l_t

TFTCADOR PNEUÍYATICO

L=-'ffl49ql-q¡[E¡,.-]ESTOCAGE

STOCAGEM

DE ano 1 ito

overj"1ow

filtrado

H,S0,LA

(NH4l 2So4

NH-J

terracarvao

Hzs

terra diatomácea

dietomáceaativado

filtrado

manganês el"etrolftico

TANQUE E LTX]VÏ

CLASSTFTCADOR FLOIY]X

ESPESSADORES

PRENSA DE F]LTRAGEH SHRIVER

ESTOCAGEIY

TANQUE DE OX]DAQAO DE FE

ESTOCAGE

FTLTRO PRECOAT

TANQUE DE ALTIYENTAÇÃO

AS ELETRÛLfT]CAS

Fíg. 3.1* F1-uxograma da Usina de Boulder City, do U. S. Bureau of Mines (ref. 3)

B

rio dos minãrios de manganês, apresenta um potencial de eletrodo-padrão mui-

to negativo (-2,363V, ref.9) e não se codeposita com o manganês como as de-

mais impurezasr p€ïrTrânêcendo na solução, que ,6 recirculada.

i) Tratamentos finais do produto, como moagem, desidrogenaçãoretc.

3.3. CARACTERÍSTICAS DA ETAPA ELETROLÍTICA

3.3.1. Eficiência de corrente e consumo energ-etico

O processo consagrado, descrito nos ítens anteriores, caractetíza-

se por um intenso desprendimento de hidrogênio associado à deposição do man-

ganês, em reação paralela que consome grande parcela da corrente catódica ts

tal. Assim, a eficiência de corrente do manganês, defínida pela relação en-

tre a corrente efetivamente utiTizada para redução do manganês e a corrente

total consumida, resulta mrril-o inferior a 1007", tendo valores usuais em tor-

no de 65%. Por este mot.ivor o consumo energético do processo 6 elevado, com

valores por volta de B a 10 k-t^lh.f.g¡lo (ref . 10).

3 '3 '2 ' -B-eË-quç- r.q-1-1¡ção-ag.uo.sa

A co-redução do hidrogênio, que reduz a eficiência de corrente, d!

ficilmente pode ser evitada. l'la série eletroquímica, o manganês ã o último

meËal que se consegue eletro-reduzír em meio aquoso; o potencialde eletrodo*

padrão para a redução de Mn2+ a Mn é -1,18v (ref.9).

Por que, então, não se evita a principal fonte de hidrogênio - a

ãgua -, rrti,1-izando-se outro tipo de eletrólito, como, por exemplo, os sais

fundidos? Ou, então, algum solvente orgânico? Estas hipõteses têm sido estu-

9

dadas e realmente conduzem a elevadas eficiências de corrente, mas ainda

apresentam inconvenientes. Em pri.rneiro lugar, estes eletrólitos são caros,

exigem equipamentos mais sofisticados e demandam maiores cuidados operacio-

nais que as soluções aquosas. No caso dos sais fundidos, há tambãm o proble-

ma da formação de dendritas do manganês depositado, que retãm o eletr6tito

quando retirado. Porisso, uma vez que é possível a obtenção de manganês ele-

trolítico por via aquosa - o q,r. não ocorre, por exemplo, com o alumínio

esta opção, embora difícil, 6 ainda a preferida.

3.3.3. Por que o ânion sulfato

Dos inúmeros ânions que, em princÍpío, poderiam ser usados para a

produção de manganês eletrolítico em solução aquosa, os que mereceram mais

estudo foram o sulfato e o cloreto.

As deposições realízad,as com cloreto apresentam (ref. 11) algumas

vantagens com relação ãs reaLizað,as com sulfato: permitem a aplicação de uma

tensão menor, admitem maiores concentrações de manganês no eletrólito e pos-

sibilitam maiores densidades de corrente.

Em contrapartida, com o uso de cloreto, o processo passa a incluir,

entr:e suas reações artódicas, o desprendimento de nitrogênio e de c1oro, com

a correspondente diminuição dos teores de NHr,+ e ,le Cl no eletró1ito a ser4

recirculado. Surgem assim dois problemas: a) o N[Ìr+ ã um insumo caro' e esta

reação exige que a sua reposição seja maior do que no processo com íon su1Ía

to; b) o cloro 6 corrosivo e Ë6xico, tornando-se necessãrio recolher cuidado

samente os gases desprendidos nos anodos. Alãm disto, a pr6pria solução de

cloretos 6 muito mais corrosiva que a solução de sulfatos, lrazend.o maiores

problemas para o equipamento. Por estes motivos, a opção usualmente adotada

são as soluções de sulfatos.

l0

3.3.4. Papel do diafragma e do amônio

Quanto maior a concentração de cátions Ht, maior será a taxa de

sua redução cat6¿ica a hidrogênio. Portanto, a diminuição do pH contribtri pa

ra a diminuição da eficiência de corrente do manganês. O diafragma contribui

para eviËar este abaixamento de pH, ao minimizar o refluxo do anolito - que

adquire carãLer ãcido devido ã reação anódica de desprendimento d.e oxigênio

- para a região do catodo,

Entretanto, não 6 apenas um pH baixo que deve ser evitado. Em pH

acima de 8,5 ocorre a precipitação de Mn(OH), (tig. 3.2), eue paralisa a de

posição. Assim, o ideal é que o pH se mantenha estãvel em torno de valores

pouco abaixo d.e B. Mas, em virtude do consumo de ânions H+ pela reação cat6

dica de desprendimento de hidrogênio, o pH do eletr-olito tende a aumentar

nas proximidades do catodo. O principal papel dos cãtions amônio é exatamen-

te o de manter este pH estável, pois eles tamponam a solução entre pH 7 e B

(ref. 12), A16m disso, o amônio ainda desloca para valores mais altos o pH

de precipitação do hidr6xido, e tambãm aumenta a condutividade el-etrica na

solução (ref. 4).

3.3.5. Por que anodo de liga chumbo-prata

Um dos problemas sãrios encontrados rro desenvolvimento inicial do

processo de produção de manganês eletrolítico pela Electro-Manganese Corpor-

ation e pelo U.S. Bureau of Mines residiu na formação de MnO, nos anodos. O

MnOrr além de consumir manganês, formava uma lama que prejudicava o sucesso¿-

da deposição. A solução foi o uso de anodos de ligas de chumbo, eue formavam,

apõs algum tempo de deposição, uma camada porosa e aderente de óxidos. Des-

t.as ligas, gue continham cobalto, arsênio, bismuto, telúrio, cãlcio, estanho,

11

-2 -l2,2r--,

o 3 4 5 6 l4t2ltto9B t3 t5 16

r'ld

'F{

Ê¡rQ)

{J;oP{

2rO

1,8

lr6MnOã

t,

t,

l,o0,8

or6

o,4

o12

o

- o,- o,4

- 0,6

- o,g

t,l12

1,4

1,6

-- lrg

Mn

-2 -l --L-,.--L__ ' l-_l_,--_ .l-_,._.-l_ -.-_l-.__ t*.-_ I____1 I r .,_L_-_I_--__L__

o I 2 3 4 5 6 7 I I tO ft t2 t3 t4 t5

pH

Fig. 3.2 * Diagrama de equilíbrio potencial-pH do sistema manganês-ãgua a

25ac (ref. 13)

2,?

2rO

1,8

1,6

l14

1,2

l,oo,B

o,6

o,4o,2o

-o,2-o,4-o,6- o,B

- l,o- 1,2

- 1,4

- 116

- l,B

Unro=

I2

antimônio, ferro, prata, manganês, etc, a que mel.hor atendia o compïomisso

entre bom comportamenËo como anodo, resistência mecânica e cusËo foi a de

chumbo com prata, cujos teores ficam em torno de 1 a 2157" (ref..4).

3.3.6. Por que catodo de aço inoxídãvel

Alumíní.o, cobre, titânio, aços comuns e aços inoxidãveis foram ex-

perimentados como catodos para a deposição de manganês. Diversos aspectos fg

ram analisados (ref. 4). E* primeiro lugar, o destacamento do depósito, que

se mostrou difÍciI no caso do alumínio e do cobre. Em segund.o 1ugar, a resis

tência ã corrosão provocada pelos respingos do eletr6lito acima do níve1 da

solução; sob este aspecto, os aços comuns mostraram-se inadequados. Em teï-

ceiro 1ugar, o custor guê descarLou o titânio, adequado sob os demais enfo-

ques. ResËou, assim, o aço inoxidãve1.

3.4. VARIÃ.VSTS OPERACIONAÏS DA ETAPA ELETROLfTICA

3.4.1. Densidade dè iorrente cat6dica e tensão aplicada ã c-e1u1a

A eficiêncía de corrente do manganês inicialmente cresce com o au-

mento de densidade de corrente cat6dica, passa por um mãximo e depois decres

ce; este máximo ocorre entre 40 e 50 r4.".-2¡ gue 6. a faíxa adotada no pro-

cesso industrial, por corresponder ao mínimo consumo energótico. Esta traría-

çao da eficiencia de corrente decorre do fato de que as densidades de cor-

rente parciais dos dois processos catódicos competitivos - a deposição de

manganês e o desprendimento de hidrogênio - crescem de maneira diferente com

a diminuição do potencial de catodo (Fíg. 4.3), A tensão aplicada aos ele-

13

Lrodos para a obtenção desËa corrente ã da ordem de 5 V (ref " 14)

3.4.2. Densidade de corrente an6dica

Como jã vímos , a liga Pb-Ag foi adotada porque e1a inibe a forma-

ção de MnO., devido ã formação de um óxido poroso e aderente. Para que isto

ocorra efícazmente, contudo, 6 necessária uma densidade de corrente anódica

em torno de 90 rA..*-2 (ref. 4), ou seja, cerca de duas vezes superior ã ae¡

sidade de corrente catódica adotada. Para se compatibilizarem estes valores,

a átea exposta do anodo ã cerca de metade da do catodo.

3.4.3. Concentra

Devído ao aumento d.a condutividade el6trica da solução e ao aumen-

to da ação tarnponante ao Unf, a eficiência de corrente do manganês cresce

com o aunento do teor de sulfaÈo de amônio (ref. 4). Contudo, segundo Louis

e Martin (que não Índicarn a origem de sua informação), a eficiência de cor-

rente volta a decrescer quando se usam teores acirna de 200 g.dr 3 de sulfato

de amôn.ío (ref. 15). Este fato pode ser atribuído ao aumento do desprendimen

to cle hidrogânio pela redução catódica do NHf a NH' descrita pela reação

4.8. (seção 4.L.2). Os teores usados industrialmente ficam na faixa de 120 a

_a150 g.dm ' de sulfato de amônio (ref. 4) .

1t3.4.4. Concentração de Mn'', pIl e vazão do eletrólito

Se o eletr6lito não fosse continuamente renovado, a concentração1t

Mn'' do catolito decresceria ã medida que a eletrodeposição de manganês

efetuasse. Da mesma forma, a concentração de H+ tanibém decresceria, em

de

SC

74

virtude da reação paralela de desprendimento de hidrogênio. Esta diminuição

da concentração de Mn2+, euê desfavorece cineticamente a reação de eleËrode-

posição do manganês, e o concomitante aumento do pH, que pode provocar a pre

cipitação do hidr6xido de manganês, são compensados pela contínua alimenta-

ção de eletr6lito novo. O pH, como já vimos, 6 controlado tambãm pela ação

tamponante dos Íons amônio e pela presença do diafragma.

Para uma dada taxa de formação de Mn e de.Hr, as concentrações de

,LI

Mn'- e de H' no caËolito dependerão da vazão e da composição do eletrólito

novo. Segundo Jacobs et a1. (ref. B), a f.aixa ideal de concentração de Mn2*

na região do catodo estã entre B e t6 g.dm-3, com um valor ótimo de L2g.dn-3.

Nas suas experiências, a solução de alimentação continha de 25 a 50 g.dt 3

de Mn2+ e tinha um pH em torno d.e 7. As vazões de alimentação do eletr-olito-1eram conËrol.adas de modo a se obter aquela concentração ideal, 12g.dm',

junto ao catodo. Com base nos dados de composição de eletró1ito novo, compo-

sição do eletrólito usado e eficiência de corrente, podemos calcular que es-

Las vazóes estejam entre 015 e 1,5 m3.*i-rr-1.A-1.

3.4.5. Temperatura

Temperaturas entre 30 e 40oC são consideradas as melhores para o

processo, havendo pouca diferença de consumo energ6tico dentro desta faíxa.

O uso de temperaËuras um pouco abaixo de 30oC pode levar a um pequeno aumento

na eficiência de corrente, mas, em contrapartída, concluz a uma diminuiçao da

condutividade elétrica da solução e subseqtlenËe aumento da tensão a ser apli-

cada ã célula; com isso, o consumo energ-etico aumenta. Com o aumento da tempe

ratura para acima de 40oC, o oposto ocorre; ou seja, a condutivi<lade cresce

mas a eficiência de corrente decresce (ref. 14).

15

3.5. EFEITO DAS IMPUREZAS

Um dos aspectos mais crÍticos do processo de eletro-redução de man

ganês ã o efeito extremamente prejudicial de impurezas metãlicas presentes no

eletr-olito, que reduzem muito a eficiência da correnËe e chegam, mesmo em teo

res baixos, a impedir a deposição. Como mostra a tabela 2.1, apenas 3 mg.dm-3

de cobalto, por exemplo, são suficientes para que a deposição não o.corra (ref.

16); o limite mãximo adnissível desta impureza no eletrólito 6 de O,S mg.dm-3,

no processo industrial (ref. B).

Uma outra indicação da importância do papel das impurezas 'e o fato

de que a simples diminuição de seus teores a valores realmente baixos é ca-

paz, por si só, de conduzix o processo a eficiências de corrente rnuito mais

elevadas que as usuais. Este fato foi demonstrado por Znamenskii, Gamali e

Stender (re.f. 17), que, atrav6s de uma cuidadosa purificação do eletrólito,ob

tiveram uma eficiência de corrente de 937", em laborat6rio. Louis e Martin

(ref. 15), contudo, contestam estes resultados: eles não obtiveram qualquer

aumento de eficiência de corrente com a purificação adicional de um eletr6li-

to de orígem industrial que permitia eficiências de corrente ð,e 657".

O prineiro estudo sistemãtico a respeito do efeito das impurezas

sobre a eficiência de corrente foi feito por Jacobs et a1. (ref.B), na usina-

piloto de Boulder City, do United States Bureau of Mines. Neste estudo, esta-

beleceram-se limiËes mãximos admissíveis de cada impureza no e1etr6lito. A ta

bela 3,2 apresenta estes valores, bern como dados e conclusões de outros auto

res sobre o efeit-o <lesfavorár¡el - ou, eventualmente, favorável - das ímpure-

zas.

Observanos, nesta tabela, Çue as impurezas mais prejudiciais 'são

cobalto, níquel, arsênio, antimônio, cobre e ferro, segundo o consenso de ro

dos os autores. Prata e zínco não contam com este consenso: em alguns estudos

T6

[ab, 3.2- Limites mãximos adnissíveis e efeitos de impurezas metãlicas presentes noe lerró lit<¡

lirnite mãxirno (ou faixaimpureza referência escudada) mg,dm-3 efeiÈos, condições, etc

Ni

B

18L9T6

20,27

8

7722

19l6

20,2r "24

8o

22

II8at

¿J

2516

20,2L¿o1.9

8

8

na

19

2829

22

30

I31191A

JI

0,5/r/50,3

(0,2 a 0,6)(0,5_a 2,0)

r /2ls0, 35

2,5 a 3,05

(0,5 a 4,0)(0,5_a 25)

La2/6a924124/24

515/t0 a 1515a20

2r5 a 3,O5

(5,0 a 40)(0,5_a 35)

( 100)(2,5 a 10)

5

15 a 20/20/30( 1,3 a 1,8)( 2,0 a 4,0)(>s)_

( 3ooo)

2

i> 25)(10 a 30)

(<25)

ro/20/30(5 a 1r0)(5 a l0)(0,3-a 15)

(5 a 110)(5,0 a 100)

( > 2ooo0)( 200)

(5 a 10)

( 200)

(2 a 20)

critãrios 1/II/IIIx; reduz EC

reduz EC

reduz sobretensão de hidrogênioreduz EC; forma par galvânicoreduz EC; forma par galvãnico

crírêrios Í/IT/IITi ) reduz ECreduz EC

reduz ECreduz EC

reduz sobretensão de hidrogênioreduz EC; forrna par galvânicoreduz EC; forma par galvânicoesll; critãrios IIlIIIr.; reduz ECAs'-; critérios r/IIIIII*; reduz ECreduz EC

cri!6rios I/IT/III'q; reduz EC

reduz ECredtz EC

reduz EC

reduz EC

reduz EC; forma par galvânicoreduz EC; forma par galvânicoreduz EC e qualidadereduz sobretensão de hidrogêniocrit6rio III,t; ïeduz EC

¡g2+; critãríos I/II/ITIrr; reduz EC

reduz ECmuda potencial de deposição de Mn

reduz EC e qualidadereduz EC

forma hidr6xido de alumínio

forma crosta no diafragma

criCério ffrt; reduz ECreduz EC e qualidadereduz sobretensão de hidrogênioreduz ECaumenta EC

crit6rios I/II/tttttl' reduz EC

reduz ECaumenEa EC

armenta sobretensão de hidrogênioaumenta EC

aumenta EC (com Se)

reduz E

nenhu¡n efeitoreduz ECnenhum efeitoaumenla EC; reduz qualidade

nenhum efeitonenhum efeiEo

aumenta EC

SbFe

Mo

Be

A1

Ca

Ag

Zn 8

/5I

l95¿33

2510

34L9

1(

I922

23

Mg

Bi

Na

Pb

* observação: os crit6rios adotados por Jacobs et al. (ref. B) Para os liuritesmaximos admissÍveis de impurezas no eletr6lito foram:Crit6rio 1 - Z_4 hotas^de,deposição sem decr6scímo significacivo

da efr-ciencla de correnteCrit6rio II - não afetar a mÍnirna densidade de corrente em que o-

corre deposiçãoCrit6rio III - duas horas dã deposição com apenas 22 de decréscimo

da eficiência de correnLe

L7

niostram-se prejudiciais ã eficiência de corrente, em outros mostram-se favg

ráveis à mesma. ttã tamb6rn impurezas metá1icas que mostraram apenas efeito

favorável, como o chumbo e o bismuto.

As impurezas prejudiciais são menos eletronegativas que o manganes

e com ele se codepositam. Alãm disso, todas e1as, com exceção do zi-nco, apïe

sentan uma baixa sobretensão de hidrogênio eur

como catodos, elas oferecem condições para um

drogênio, havendo a hipótese d.e que seja este

meio bãsico. Ou seja, agindo

intenso desprendimento de hi-

o principal mecanismo pe 1o

qual as ímpurezas reduzem a eficiência de corrente do manganês. Esta híp-ote-

se explicaria também o eventual efeito favorãvel do zinco, atribuído à eleva

da sobretensão de hidrogênio sobre este meta1. Estes aspectos são discutidos

com mais detalhes na seção 4.1.4.

Outra hip6tese aventada 6 a de que o efeito das impurezas se deva

à formação de pares galvânicos entre elas e o manganês depositado que, mais

eletronegativo, reËornaria ã solução. Esta proposição serã abordada na se-

Çao 4 . z.J.

3.6. PAPEL DO DIõXIDO DE ENXOFRE

Uma descoberta importante para o desenvolvímento do processo indus

trial de produção de manganês eletrolítico foi a de que somente se conseguia

obter dep-ositos espessos com boa eficiência de correnËe quando estes tinham

a forma de Mn-a , ê â de que este resultado estava relacionado com a presen-

ça de compostos de enxofre no el.etr61ito. Grube (ref . 36), por exenrplo, che-

gou perto de estabelecer um processo industrial, mas não obtinha eficiências

de corrente satisfatõrias. Seu depósito era de Mn-7

Diversos compostos redutíveis de enxofre mostraram aquele efeito

18

favorãvel quando adicionados ao eletr-olito (refs. 4, 25,37 e 38). Destes, o

mais utiTlzado foi o di-oxido de enxofre. Seu uso como aditivo ao eletrótito

do processo de eletro-redução de manganês foi patenteado por Shelton em 1938

(ref. 39). Desde então, o di6xido de enxofre vem sendo empregado na produção

industrial de manganês eletrolítico.

Segundo Dean (ref. 4), a quantidade de di6xido de enxofre utilíza-

da nas experiências da usina do United States Bureau of Mines em Boulder Ci-

ty (e provavelmente tamb6m na de Knoxville) era de 0,1 g.dt 3. Lewis, Scaife

e Swinkels (ref . 40) ciËam como típi ca a fai:ra de Orl a 0,2 g.¿* 3 ¿u di6xi-

do de enxofre, mas não indicam a origem desta informação.

Louis e Martin (ref. 15), omitindo tamb6m a origem de sua inforrna-

ção, afirmam que o di6xido de enxofre favorece linearmente a eficiência de

corrente atã um teor de 0r1 g.d* 3, e que incrementos subseqtlentes não mais

a modificam. DtAbreu e Torem (ref. 4I e 42), conËudo, encontraram uma. faixa

nruito mais ampla. Segundo eles, o efeito favorável do di6xido de enxofre 6

crescente at6 016 g.a* 3, e somente então se estabiliza.

Todos os autores que uËilizaram o dióxido de enxofre na eleËro-re-

dução do manganês verificaram a formação de Mn-a e o aumento da eficiência

de corrente. Nestes estudos, inúmeras hip6teses ou constatações sobre a ação

do dióxido de enxofre foram associados ãqueles efeitos:

a) evita a precipitação de MnO.OH (ref. 4);

b) evita a oxidação de Mn2+ a MnO,, no anodo (ref. 43);¿

c) reage com oxigãnio para formar ácido sulfúrico, sob ação catalí

tica de sulfato de manganês (refs . 44 e 45);

d) cria o meio redutor necessário ao processo (ref. 46);

e) 6. reð,uzíd,o a enxof re elementar, que f orma um colóide sobre o ca

todo (ref.. 4) t

f) suprime o efeito prejudicial das impurezas (refs . 77 e 48);

19

g) forma sulfetos com as impurezas (refs . 48 e 49);

h) facilita a transição de Mn-] para Mn-c (segundo o auLor em

questão, o manganês se depositaría inicialmente como Mn-7; ref.

4) - v. seção 4.2.4;

i) diminui o tamanho dos cristais do depósito, devido a aumento da

Èaxa de formação de núcleos de cristalizaçã.o e diminuição da ta

xa de crescimento (ref. S0);

j) aumenta a sobretensão de hidrogênio (refs. 23 e 5I) - v. seção

4 .r.5;

é reduzido a enxofre elementar, que envenena superfícies de ca*

talízação heterogênea da reação de desprendimento de hidrogênio

(ref s . 23 e 38) - v. seções 4.I.5 e 4.2.5;

aumenta a concentração de ãLomos de hidrogênio adsorvidos sobre

o dep6sito de manganês (ref. 38) - v. seção 4.2.5;

diminui a taxa de corrosão do manganês (refs. 46, 48, 49 e 52);

6 reduzido a enxofre elementar ou S2-, q,ru facilitam a redução

de Íons complexos de manganês e a eletrocristali zação do manga

nês, e reduzem a taxa de desprendimento de hidrogênio por meío

de reação química (ref. 53) - v. seções 4.7.3,4.I.5 e 4.2.I;

remove o efeito da dísparidade entre os parâmetros cristalinos

do substrato e do depõsito (ref. 54).

Em alguns dos ítens acima, índicamos outras seções nas quais hâ

mais detalhes sobre o assurito. Estas seções pertencem ao Capítulo 4, que

aborda os mecanismos de eletro-redução de manganês.

k)

r)

m)

n)

o)

20

4. ESTUDOS SOBRN MECANISMOS

O processo de deposiçäo catódica de manganês estã associado a des-

prendímento catódico de hídrogênio. Embora o desprendímenËo de hidrogênio

dê-se inicialmente sobre o catodo-base (de aço inoxidãvel, no processo indt,s

rrial), ele passa rapidamente a se dar sobre o depósito de manganês. Por es-

te motivo' r-Iossa atenção voltar-se-ã inicialmente aos mecanismos de desprendi

mento cat6dico de hÍdrogênio sobre catodo de manganê". ¡* seguida, abordare-

mos os mecanismos de deposição catódica de manganês, descrevendo resultados

e modelos existentes na literatura. ltro fina1, faremos um resumo comparativo

das conclusões mais importantes d.estes trabalhos.

4.1" DESpRENDTì4ENTO cATõDrco DE HTDROGÊNro

4"L.I" Desprendimento de. hidrogênio a partir .de H^!_S_ë30:

Mecanismos c1ãssicos

0 desprendimento catõdico de hiclrogênio a partir de HrO e

se segundo a seguinte s6rie de etapas consecutivas (ref. 9):

a) Transporte da esp6cie eletroativa para a superfície do

b) Formação e adsorção de átomos de hidrogênio:

":o* dã*

catodo.

H^0+e+H.+0Hzãd 4.L

e/ ou

c) Formaçáo da

mecanismo catalítico

e/ou mecanismo e 1e troquÍmi co

e /ou

e/ou mecanismo de

+-t30 +e + H"d*H20

mol-ecula de hidrogên.io :

H"d*H"d È Hz

2T

4.2

4.3

4.4

4.s

4.6

4.7

Hro +

+HgO +

H.+ead

H,+eao

Had

H+ H

+ H2+0H

+ HZ+HZ]

sH

l U,t2

emlss ao

d) Transporte da mo1-ecu1a de hidrogênio para a fase gasosa.

rAs reações 4.2. e 4.5, cuja esp-ecie eletroativa -e o HrO', são ca-

racteristicas de meio ãcido. As reações 4.1 e 4.4 sáo predominantes em meio

bãsico. Entretanto, elas pod.em ser tambãm importantes em meio ãcido, quando

a densidade de corrente cat6dica for suficientemente elevada para tornar o

+transporte de HrO uma etapa limitante.

Especie eletroativa principal e etapa limitante com caËodo de man-

ganês

Quando o catodo adsorve inten.samente o hidrogênioe torna-se merror a

energia de ativação da etapa de formação e adsorção de ãtomos de hidrogênio

(reações 4.I e/ou 4.2), e aumenta a energia de ativação da etapa de des-

sorção (reações 4.3 a 4.7). Assim, esta ú1tima etapa tende a ser a etapa len

ta do processo. Se, pelo contrârío, o catodo não adsorve inÈensarnente o hi-

22

drogênio, a etapa lenËa tende a ser a de formação e adsorção de ã.tomos de hi-

drogênío (reações 4.L elou 4.2),

A intensidade de adsorção pode ser avaliada pela entalpia de adsor-

ção ou pela fração recoberta pela espãcie adsorvida. Não conhecemos dados so-

bre est,es parâmetros entre manganês e hidrogênio em meio lÍquído. Em meio gaso

so¡ contudo, sabe-se que o manganês adsorve o hidrogênio com pequena intensida

de, uma vez que a entalpia de adsorção entre eles 6 menor que 52 kcal.rnol-] el

quanËo que as do cromo e do cobalto, por exemplo, são ð,e 74 e 64 irccaL.rof] r"u

pectivamente (ref. 55)"

B6langer e Vijh (ref. 56) baseiam-se neste faËo para sugerir qual se

ja a etapa lenta do processo de desprendimento de hídrogênio sobre manganês. Es

tes autores fizeram experíências de desprendimento de hidrogênio sobre manga-

nês em soluções H.SOO/NarSO4. A partir delas, eles puderam concluir que a eÈa-

pa lenEa 6 eletroquÍmica, umâ vez que suas curvas polarográficas (Fig. 4.I) a-

presentam um longo trecho com inclinação constante e igual a 140 mV.d6cada-| a

tendendo aproximadamente, segundo eles, ã f,ei de Tafel.

A16m disso, eles concluÍram que, mesmo em pH igual a 1r9, a espÉcie

eletroativa principal 6 HrO, uma vez q,re em densidades de corrente inferiores

ãs do Ërecho linear acíma cítado observa-se um trecho vertícal, correspondente

a uma densidade de corrente-limíte, atribuída ã etapa de transporte de UrOl As

sim, o processo seria constituido pelas reações 4.1 e 4.3 ou 4.4 (eles não dis

cutem as reações 4.6 e 4"7)" A etapa lenta, com base no baixo valor da ental*

pia de adsorção, seria a reação 4.1.

4.L,2 Desprendimento de hidr_ogênio a pa_rtir_de_íong_ arnijnio

Gamali e SËender (ref. 57) verificaram que o desprendimento de hi*

drogênio sobre catodo de manganês dá*se em potencíais menos negativos quando

se utilízam íons amônio em lugar de íons sódio no eletr-ol-ito suporte

4.2). Eles sugerem que isto se deva ã reação

23

(Fis.

4.8+NH. + e4

+ H"d * NH3

que ocorrería paralelamente à reação 4.1 ou 4.2. Entretanto, -e pouco provã-

ve1 que este mecanismo seja importanËe, uma vez que não se observa odoï de

amônia durante a eletrodeposição de manganês. Al-em disso, esta reação provo-

caría consumo dos ânions amônío, o que igualmente não se deteta experímental-

mente.

4.L.3 Redução química de hidrogênio por íons MnrU ou atomos Mn

-âd

Quando o desprendimento de hidrogênio se dá simultaneamente com a

deposição de manganâs, a curva de polarização do hidrogênio sofre uma modifi

cação qualítativa. Gamali, nybalrskaya, Trofimenko e Elina (ref. 53),e Losh-

karev, Stender e Galushko (ref. 58) verificaram que, na ausência de compos-

tos redutíveis de enxofre ou selênio, a curva de polarização d,o hidrogênio

passa a ter uma inclinação muito pequena na faixa intermed.iária de densida-

des de corrente (Ta.i-xa II, Fíg. 4.3). Como veremos na seção 4.2.I, estes au-

tores acreditam que, nesta faixa de densidades de corrente, haja grande dis-

ponibílidade de ãtomos de manganês apenas adsorvidos sobre o dep-osito ( rea-

ções 4.19 ou 4.20). Estes ãtomos, menos estãveis que os pertencentes ã estru

tura cristalina do dep6sito de manganês, poderiam ser reoxidados e retornar

à solução, ao inv-es de se integrarem ao depósito pela reação 4.2L. E o pro-

duto reduzido seria o hidrogênio, gue f.ícaría adsorvido sobre o dep6sito:

Mnro+ 2lro + Mrr2* * zlad+ zol 4.9

24

Ò),1 4f a' A_.-â

/áF*-

de corrente tA."r-2)-*-*J****

lidade):3 4) 5,2

vas polarográficas de

ntattgartês (ref . 57)

o-l!:t_

- /./ l-,H "lq'nI rt,6 -"r4- t'lE Þ' -,utI -o r: -,.a.--u'1.::,H#7i;'

* 0.51 3 ' densidade r

L---'*-r*"' -'-

-- I --'

-'-) - 1

l0 ' 10 -

Concentraçåo de (NH4l2504 [norma]

1) O,25 2) 1 3l

Efeito dos ions amônio sobre as curv

desprendimento de hidrogênio sobre ru

l-0 "_a

10 '

Fig. 4.1 - Curvas polarográficas de

sobre manganês (ref. 56)

Fig" 4 "2 *

-110

desprendimento de hídrogênio

densidade de

t¡lr-lcd

.r{oÊq¡.lJoÊl

e /ou

25

4.10')+rMn-+f

Mn + 2H^0'aoJ zlF'ad + 2H2O

Mnro + 2NHf Ê Mr,2* * 2uad + 2NH3e /ou

Caso a deposição de

sobre o depósito (reações 4.19

seja, haveria, nesta faixa de

dos íons Mn+ que, ao inv6s de

reação 4.24, seriam reoxidados

4.rr

manganês tenha uma etapa em que se forme Mrr+

ou 4.20), o mesmo raciocínio se aplicaria. Ou

densidades de corrente, grande disponibilidade

serem reduzidos e integrados ao dep6sito pela

2+aMn :

e/ou

* ')+Mn'+H^0 Mn''+H +OH¿-ad

++2+Mn +H30 =

Mn +H +H^0ao¿

4.L2

4.L3

ef ou 4.L4

Estâs reaçoes ocorreriam paralelamente às reações eletroquímicas

4.Lr 4.2 e 4.8. No caso de presença de compostos redutíveis de enxofre ou se

1ênio, elas deixariam de ocorrer. O motivo seria, segundo os autores, a me-

+^nor disponibilidade de MnuU ou Mn', em decorrência de modificaçoes em eta-

pês responsãveis pela for:mação destas esp-ecies no processo de deposição de

manganês (reações 4.20,4.2ir,4.23 e 4.24). Estes fatos serão abordados mais

adianËe, na seção 4.2.L

4.L.4 Efeito de impurezas sobre o desprend.imento de hidrogênio sobre

manganes

Itn* * Nuf * Mr,2* * H"d * NH3

Explicação baseada nas sobretensões de hidrogênio das impurezas

26

I

I

I

o1Jo

+_)ü(J

OJ-ü

'-lo'rJOC(Ð

+t)rl.

¡

regiao III

/'u//

t'4 -*'

,n¿¡rrÈ9\)il':

reg:låo T

jr,

I o¡1i,rri1-nrr., d¿r rJe n s :lt.i¿rc J e de cc:I'r'eil t. e r:¡¡ L cicl i c;:

Fíg. 4.3 - Represent,ação esquemãtica das curvas de polarização parciaisde deposição de manganês e desprendimento de hidrogênio(ref. 53)

n{) L_ ** _ r.__- . t*_._J

logaritmo da concentraçäo. r -1r. g.l_on " t]-tro )

regiåo ll

tltO-!>oltu Oúl .-lcco (o){JÞ00rof{ f{-o!O '-laÍ.

1) S0:J

,_Ð seoi

Efeito de aditivos sobre a sobreLensão de

sobre manganês (ref. 23)

,"-*-\

/ r--*{.. \/\

"/ \.

Fie. 4 ,4 - hidrogênio

2.7

Como expusemos na seção 3.5, a presença de impurezas metãlicas co-

mo cobalto, nÍquel, zinco, cobre, ferro ou arsênio no eletr-olito, mesmo em

pequenos teores, reduz drasËícamente a eficiência de corrente de manganês.

É interessante assinalar que todos esËes metais, com exceção do

zínco, apresentam uma baixa sobretensão de hidrogênio. Ou seja, em um mesmo

potencial, o desprendimento de hidrogênio sobre eles 6 muito mais intenso

que sobre o manganês, que apresenta uma sobretensão de hidrogênio razoave!-

mente elevada (v. tab. 4.1 ).

Este fato dã ensejo a uma explicação para a diminuição da eficiên-

cia de corrente quando estas impurezas estão presentes no eletrólito. Estan-

do todas elas situadas em potenciais menos negativos que o manganês na esca-

1a de potenciais-padrão de eletrodo, esËas impurezas com eIe se codepositam.

Depositadas sobre o catodo e expostas ã solução, elas se tornariam pequenos

catodos combaix4 sobretensão de hidrogênio. Sobre estas áreas, o desprendi-

mento de hidrogênio seria muito mais intenso que sobre o resLante d.o catod.o,

de manganês. Quanto maior o teor da impureza, maíor a'area exposta destes

catodos e maior o desprendimento de hidrogênio. E menor, portânto, a eficiên

cia de corrente do manganês.

Tab. 4,L - Densidade de corrente

co de hidrogênio sobre

metai s

2B

de troca da reação de desprendimento catõdi

diferente metais

densidade de

meio bãsi co

-q5.10'

-(3.10 '4. 10-6

3 . 10-6-13. 10

-13.10 t

-11.10_a

3.10'

-o1.10 "1.10-10

de- Ëroca (4."* 2¡

meio ácido

-L4.70 '-16.10 t

1. 10-10

7.10-15

6.10-10

2. 10-6_1a

2.ro "I . 10-6

1 " 10-B

1.10-11-o4.10 " (pH=6,5

4.LO-rz6.10-8

5. 10-11

referência

9

56

9

9

9

9

9

9

9

57

57

56

9

9

corrente

Co

'l

A1

Pb

Sn

Ni

Cd

Fe

Mn

tt

t9

il

Cu

Zn

4.L.5 Efeito de enxofre, selênio e telúrio sobre o desprend.imento

hidrogênio sobre manganês

Como citamos na seção 3.6, a introdução de compostos redutíveis de

enxofre eleva substancialmente a eficiência de corrente. Selênio e telúrioapresentam efeito semelhante ao do enxofre.

No modelo de mecanismo de deposição de manganês desenvolvido pelos

pesquisadores de Dnepropetrovsk (v. seção 4.2), os efeitos do enxofre e do

selênio são atribuídos ã sua atuação sobre uma das reações de eletro-redução

do manganês e sobre a reação química de desprendimento de hidrogênio descri-

29

ta na seção 4.L.3.

Anteriormente, contudo, Gamali e Stender (ref. 23) haviam verifica

do que os íons to3-, SeoS- e reol- elevam a sobretensão de desprendímen

to de hidrogênio sobre catodo de manganês, a partir de soluções aquosas de

sulfato de amônio (l'ig. 4.4). EsÉes autores observaram ainda que o manganês

retira estes íons da solução e fica recoberto por um filme branco, vermelho

ou preto, sobre o qual o desprendimento de hidrogênio deixa de ocorrer. Eles

sugerem que o enxofre elementar seja adsorvido sobre o catodo e envenene 1o-

cais ativos daquela reação.

Estes dados sugerem, porËanto, guê estes compostos tenham alguma

ação retard.adora sobre o pr6prio processo de desprendimento eletroquímico de

hidrogênio, uma vez que nestas e>çeriências não ocorria deposição de manga

nês.

4.2. ouposrÇÃo carõnrca nn Mar¡enrqÊs (¿coIæANHAIR nu onspnulÐrMnNro ln Hrrno-

cÊrlro )

4.2.I. Estudos do Ingtituto de Tecnologia Química de Dnepropetrovsk

Desde pelo menos 1950, um grupo de pesquisadores do Instituto de

Tecnologia Química F.E. Dzerzhinskii, em Dnepropetrovsk, na nepúb1ica Sovi6-

tica da Ucrânia, vem publicando trabalhos sobre os mecanismos de eletrodepo-

sição de manganÊs em soluções aq,rosas de sulfatos ou cloretos. Alguns destes

trabalhos jâ. f.orarn citados nas seções anteriores (refs.23, 43,50, 53, 54,

57 e 5B). Na presente seção, descreveremos algumas das conclusões por eles ob

tidas e o modelo de mecanismo que resulta deste conjunto de trabalhos.

30

Efeitos do íon amônio, segundo o modelo dos pesquisadores de

Dnepropetrovsk

Um dos efeitos da presença de íons amônio t'ro eletróliËo é a reaçãô

paralela de desprendimento de hidrogênio a partir destes íons, representada

pela reação 4.8 (ref . 57) e jã abordada na seção 4.I.2,

A reação 4.8 6 responsável pela presença de amônia ou hidr6xido de

amônio na camada de difusão junto ao catodo. Bondar, Gama1i e Stender (ref.

59) , analisando deposições reali zad,as com diferentes pHs e diferentes concen

-?++traçoes de Mn- , NH3 e NHO , concluem que os íons amônio e a amônia presen

tes na camada de difusão evitam a formação de hidr6xido de manganês e favore

cem a formação de complexos amoniacais de manganês. Estas reações seriam

representadas pelo seguinte equilÍbrio duplo (ref. 60):

Mn(OH), + 2unf + (n-2)Nrr4OHÈ Mr,2* * nNHOoH 4.I5a

1tMn'' + nNHoOH + nHrO 4.15b

A formação do complexo amoníacal teria lugar quando houvesse eleva

das concentrações de arnônia e sulfato de amôn.io. Se a concenÈração de sulfa

to de amônio for baixa, haverã formação de hidr6xido de manganês quando do

aumento do pH do eletrólito devído ao desprend.imento de hidrogênio.

0 n do equilíbrio 4.15b pode, segundo Trofimenko, Gamali e Vasi-

levskaya (ref" 61), assuruir valores de 1 a 4" Por meio de estu<los polarogrã-

ficos, estes autores conclulram que, das esp6cies contendo Mn2+, as predomi-

nantes em baixas concenrrações de NH, são Mr,2*, þCt"rl']2.

, þn(uH ì ù'

)+e MnNHr-' . Em altas conce-ntrações de NHr, a espãcie predominante -e

= þcxur>"]2.

31

EsËes autores veríficaram ainda que,

duzid.as eletroquimicamenËe no catodo: Mn2+ e

centrações de NHr, predomina a seguirrte reação:

1tMn'' +2e + Mn

Em altas concentrações de NHr,

do complexo amoniacal. Neste caso, a redu

da pela reação química de dissociação de

dominanËe nestas concentrações de NHr:

1tL' + 2NH,

2**zu + |4n + 2NH,

destas esp6cies,

[r"<*nrl ,]'.

predomina a redução

ção eletroquímica devef lc-

frnfxHr)oJ' , que -e

duas são re-

Em bai-xas con

4.16

e 1e troquími ca

ser precedi-

a espãcie pre

4.77

4. 18

2. * þ"rNH3) t[*,-"r,0]

F",rrr,f

Deposição em diferentes densidades de corrente

UÈilizando eletr-olitos isentos de compostos redutíveis de enxofre

ou selênio, Gamali, Trofimenko e Vorozhko (refs. 62 e 63) verificaram que se

definiam três faixas de densidade de corrente cat6dica (ou de potencial catõ

dico) bastante distintas (Fie. 4.3.):

Faixtt I: baixa,s d¿røidade's d¿ conzønfØ - Eormrse Mn-? de alta

perfeição, epitaxial com o catodo-base (de cobre). A curva polarogrãfica par

cial do manganês obedece ã tei de Tafel, o que indica controle eletroquími

co. Como as densidades de correnËe são baixas, a taxa de formação de NH.J

(reação 4.8) serã baixa, assim como serã baixa a Eaxa de consumo de Mn2+(rea

32

1t

çã,o A.16 ou 4,L9 ou 4.22). Assim, a esp-ecie Mn'' seria suficientemente abun-

dante nestas condições e a reação 4.16 (ou 4.19 ov 4.22) seria a predominan

Ëe.

FøLxct II: døuidctC¿ d¿ conn¿nt¿-n imitø do mctngctnù - co* maiores

densidades de corrente, o depósito começa a apresentar estrutura distorcida,

com traços de Mn-a. Além disso, observa-se a existência de uma densidade de

corrente-limite para a manganês. Isto 6 atríbuído a um limite na disponibir!1t

dade de Mn'' para a reação 4.16 (ou 4.L9 ou 4.22), seja pelo aumento da ta-

xa desta pr6pría reaçãorseja pelo deslocamento do ec1uilÍbrio 4.15 no sentido

da formação do complexo amoniacal de manganês, ãs custas do Mn2+. Este deslo

camento seria causado pelo aumento da concentração de NH, na camada de difu-

são do catodo, em virtude do aumento da taxa de desprendimento de hidrogênio

pela reação 4.8 (aumento correspondente ã elevação da densidade de corrente).

Como o desprendímento de hidrogênio não -e simultaneamente reËardado - pelo

contrário, ele ó acelerado, como visto na seção 4.1.3 - nestas densidades de

corrente, a eficiância de corrente do manganãs reduz-se muíto. A1ãm disso, o

aumento da taxa de desprendimento de hidrogânio em relação ã Èaxa de deposi-

ção de manganês 6 indícado como a causa da formação de urn depósiËo distorci-

do. Isto porque o hidrogênio - presente agora em grande quantidade - interfe

riria com o processo de cristaLízação do manganês. Os traços de Mn-a seríam

resultado tamb6m desta distorção do dep-osito. Com e1a, a energia necessäria

para cristalízaçã,o na forma ^f aumenËa, superando em alguns lugares a neces-

s'aría para cristalízaçãa na forma ø. Nestes locais, formar-se-ia Mn-a .

Faixa III: a.Ltfl^ d¿nsídctdøt d¿ conn¿ntØ - Caminhando-se para poten

ciais mais catõdicos, pode-se atingir os valores necessários para a redução

eletroquÍmica dos complexos amoniacais. Assim, riesta f.aLxa de densidades de

corrente ocorre esta nova reação,com controle eletroquímico, como indícado

pelo novo trecho linear da curva de polari zaçáo parcial do manganês. Nesta

33

f.aíxa, o manganês deposita-se na forma alotr6pica a .

Eletro-redução de manga€s - interdependência com o desprendimento

de hidrogênþ, segundo o modelo dos pesquisadores de Dneproge-

trovsk

Tanto a reação 4.16 quanto a 4.18 podem ser subdivididas em duas

etapas. A primeira etapa seria a redução eletroquímica do manganês, que fica

ria adsorvido sobre o dep-osito:

1tMn'' + 2e Mn

ad

+Mn,+2NH^aoJ[u"rNnr) 12*+2e

4.r9

4.20

4.27

l+.22

l, a1

0utra

manganês sobre o

A segunda etapa serÍa a cristalízaçã.o do manganês:

Mn Mnao

possibilidade

catodo:

seria uma etapa inicial de redução parcial do

2+Mn +e Mn

+e Mn + 2NHa

seguindo-se a redução final e

r' 1', L

fivn{llHr)rj''

Mn +e -> Mn

cristalizaçã.oz

4.24

34

As esp6cies inËermediãrias Mr"d or Mn+ são sugeridas por Gamali,

Rybalrskaya, Trofimenko e Elina (ref. 53). (Estes auËores não expliciÊam as

reações envolvidas; nós o fizemos aqui com o intuito de facilitar a exposi-

ção do modelo.) Segundo eles, a reação de cristalízaçã.o (reação 4.2I ou 4.24)

é retardada quando o depósito ao qual o manganês vai se integrar estã muito

di storcido .

Retardando-se a reação 4.2L ot 4.24, a concentração de seus reagen

+tes, Mnad ou Mn', aumenta. Com isso, acelera-se o desprendimento de hidrogê-

nio pelas reações 4.9 a 4.14 (seçáo 4.1.3) .

Como vimos no item anterior, o depósito aplîesenta-se distorcido

quando a deposição se reali za rLos potenciais correspondenËes à densidade de

corrente-limite do manganês, em eletr-olitos isentos de compostos redutíveis

de enxofre ou selênio.

Assim, segundo os autores, estaria explicada a coincidência entre

a aceleração do desprendimento de hidrogênio e o reËardamento de cleposição

do. manganês, que ocorrem nesta faixa de densidades de corrente (Faixa fI,

descrita. no item anterior e na figura 4.3.).

Comentã::io: Cremos haver uma contradição nesta explicação dos au

tores. Eles dizem que, em função da dificuldade de cristaLizaçáo, haveria

, ou Mn+ são exatamente os

proCutos das reações 4.19 ou 4.22, que esËão, segundo os autores, retarda-

das por falta do reagente Mn2+. Aliás, são os próprios autores clue dizem que

a causa do retardamento da cristalízação - o depósitc distorcido - ã resulta

do do retardamento da eËapa eletroquímica. Assim, como seria possível haver

disponibilidade de esp6cies que, alãm de serem o produto de uma reação retar

dada por falta ,Je reagente, são a causa do retardamento da etapa seguinte ?

Cremos ser razo'avel a interdependôncia sugerida entïe a distorção do dep-osi-

to e o aumento d.o desprendimento de hidrogênio, explicado pelas reações 4.9

35

a 4.I4. Entretanto, 6 necessãrio encontrar uma outra explicação para a dis-

torção do dep-osito - uma explicação independente da densidade de corrente-li

mite do manganôs -t pãTa que se possa acreditar na disponibilidade de *r"d+ou Mn nestas condições.

EfeÍtos do enxofre e do selênio, segundo o modelos dos pesquisado-

res de Dnepropetrovsk

A presença de compostos redutíveis de enxofre e de selênio propi-

cia a deposição de manganâs na forma alotr-opica o¿ (em lugar de na forma 7),

torna menos negativos os potenciais de deposição e aumenta a eficiôncia de

corrente de manganês.As experiências de Gamali, Rybaltskaya, Trofimenko e

Elina (ref. 53), interpreEadas à luz de seu modelo, permitem-lhes propor ex-

plicações para a modificação de potencial de deposição e da eficiência de

corrente. Segundo estes autores, aqueles compostos agem das seguintes manei

ras (rigs . 4.3 e 4.4):

a) Tazem desaparecer a den.sidade de corrente-limite do manganês:

Com estes compostos, a curva de polarização parcial do manganês

deixa de apresenta.r o trecho vertical que caracteriza urfla etapa quÍmica limi

tante na deposição a partir de Mn2+. Lsto ocorreria devido a uma mu<lança no

mecanismo de redução dos complexos amoniacais,(reação 4.20 ou 4.22), que pas

saria a oç.orrer em potenciais mais an6dicos. Esta mudança de mecanismo po-

deria ser atribuída, talvez, ã criação de pontes eletrônicas. O presenteefei

to ã mais pronunciado para o enxofre que para o selênio"

b) Facilitam a cristalízação do manganês:

Os compostosi redutíveis de enxofre e de selênÍo facilitariam a

cristalizaçáo do manganês (reação 4.2I ou 4.24). Com isto, diminuiria a con-

centração de Mn"U ou Mrr+ na superficie do catodo; conseqllentemente, diminui-

36

ria o desprendimento de manganês pelo mecanismo das reações 4.9 a 4.I4. Isto

explicaria o aumento da eficiência de corrente resultanËe destas adições. Ao

contrário do que ocorre com o efeiËo anterior, este efeito ã rnais acentuado

com selênio que com enxofre.

c) Diminuem a constante cin6tica das reações quÍmicas de desprendi-

mento de hidrogênio:

A velocidade de uma reação química 6 proporcional ã concentração

dos reagentes elevada a um dado expoente. 0s autores sugerem que os compos-

tos de enxofre e selênio diminuam o valor desta constante de proporcionalida

de - a constante cin6tica - nas reações quÍmicas de desprendimento de hidro-

gênio por meio de Mn"O ou Mn+ (reações 4.9 a 4.14).

4.2.2 Estudo de Barchese

Em estudos reaLizados na Universidade de Sao Pau1o, Barchese (ref.

5 ) utiLîzou tócnicas cronopotenciom-etricas para estudar a eletro-redução do

manganês. As variãveis analisadas foram a densidade de corrente do eletrodo

de trabalho e a concentração da espãcíe eletroativa, que são variãveis ine-

rentes ao m6todo cronopoËenciom-etrico, bem como a concentração de íons amô-

ni-o, o pH e a temperatura da solução"

MecanÍsmo proposËo

0 estudo evidenciou o seguinte mecanismo (refs. 5 e 64):

+NH,

+

2+Mn-

+oH =

NH3+H20

+ NH3 + OH Ë MnNH3OH

4.25

4.26

+-MnNH^OH + 2e + Mn +

J

1¿--+Mn'' +e + Mn

+-H +e + Had

ZEud + nz

+Mn *H"d -> Mn+H

NH3 + 0H

37

4.27

4.28

4.29

4.30

4.31

Discutiremos a seguir alguns aspecËos do mecanismo proposto.

O íon complexo e a parËicipação dos íons amônio, segundo o modelo

de Barchese

O manganês apresenta grande tendência a se hidrolisar. Jã citamos,

por exemplo, que o hidr-oxido de manganês, Un(Ott)r, forma-se a part.ir de pHs

relativamente baixos (fig.3'i2 ). Assim, -e razoâvel supor que o rnanganês te-

nha maior tendêncí a a formar Íons complexos conËendo o radical OH do que a

formar o aquo-Íon usualmente formado por outros metais.

Por outro lado, os importantes efeiËos da presença de íons amônio

sobre a eficiência de corrente e sobre o tamponamento da solução sugerem que

os íons complexos de manganês contenham, a1-em de OH , NH3.

Esses fatos e considerações levaram Barchese a ar.alísar a parËici

pação de complexos de forma Mn(NHr)*oH+ no processo de eletro-redução de man

ganês. Seus resultados experimentais levaram-no a concluir que este comple-

Xor com o coef icienLe x assr.rmindo valor igua1. a 1, realmente participa dos

mecanismos de tamponamento e de redução eletroquimica do manganês.

3B

Os equilíbrios representados pelas equações 4.25 e 4.26 estabele-

cem um sistema tampão que bloqueia a elevação do pH do catolito. Em pH bai-

xo, a concentração do íon complexo MnNHTOH+ (reação 4,26) -e muito baixa. O

aumento do pH favorece a formação deste íon, cuja redução (reação 4.27) pas-

sa a ocorrer. O potencial desta reação, segundo as conclusões de Barchese, é

mais anódico que o da redução de Mn2+.

Barchese discute a possível forrnação do íon complexo MnNH3+ ( pro-

posto, por exemplo, no modelo precedente; v. seção 4.2.L). Dois fatos levam-

no a concluir não ser esta a espécie participante no mecanismo de tamponamen

to e responsãvel pelo segundo mecanismo de eletro-redução de manganês ( con-

siderand.o-se como primeiro o mecanismo a partir de urr2*). Em primeiro lugar,

a constante de equilí¡rio deste complexo, segundo dados da literatura, ã se-

te ordens de grandeza superior à calculada por Barchese a partir de suas ex-

periências" Em segundo lugar, a eletro-redução de íons complexos amoniacais

semelhantes a este, como zn(NHr)O'*, a.r{r"r) o'*, cu(NHr) 2* " Aia(NH3)2+, dã-

se usualmente em potenciais mais negativos que a eletro-redução de aquo-íons

simples dos met.ais correspondentes. Segundo Barchese, como jã vimos, o manga

nês apresenta o comportamenËo oposto: a eletro-redução do Íon complexo dá-se

em potenciais menos negativos que a do Mn2+.

Eletro-redução de manganÊs - inlerdependência com o desprendimento

de hidrogÊnio, segundo o modelo de Barchese

Comr: vi'mos nos itens anteriores, a eletro*redução de manganês se

f.az, segundo Barchese, a partir de Mn2+ e de MnNH3OH*. Nas condições usuais

do processo, o autor verifica que a participação do íon complexo -e muito pe-

quena. A reduçã.o a partir de Mrr2+ seria, então, a mais importanËe. Com rela-

ção a ela, as experiências de Barchese indicaran claramente a existäncia

39

de duas etapas. A primeira, el.etroquímica, forma o íon Mn+ (reaçáo 4,28). A

segunda, química, consiste na redução deste íon por áËomos de hidrogênio ad-

sorvidos na superfície do catodo (reação 4,31). Esta etapa competiria com a

etapa final, também quÍmica, do mecanismo de desprendimenËo de hidrogênio

(reação 4.30), uma vez que ambas Ëêm como um de seus reagentes o hidrogênio

adsorvido.

4.2.3 Estudos do Tnstituto de Química Geral e Inorgânica de Kiev (ucrâ-

nia, URSS)

Complexos sulfatados de manganÊs

Kub l-anovskil , Be linskii e GorodskiÍ (,ref . 65) reali zaram deposi-

ções de manganês em soluções de sulfatos de manganês e de amônia, sem adição

de di6xido de enxofre ou de selênio. Nestas experiências, eles observaram a

ocorrência de uma densidade de corrente-limite para o manganês, semelhante ã

observada pelos pesquisadores de Dnepropetrovsk (seção 4.2.7).

Em trabalho anterior, Kublanovskii, Belinskií e Zozímovich ( ref.

66) havíam concluÍdo que o processo de eletro-redução de manganês era gover-

f .12-nado por compostos complexos sulfatados, como MnSO, e lUn(SO,,) Zlu L uJ

Porisso, neste novo trabalho (ref. 66), os autores analisaram o

efeito da variação das concentrações do Íon sulfato e do íon Mr,2* sobre o va

1or da densidade de corrente-limite. Eles concluíram que a reação químíca

lenta que provocå o surgímento da densidade de corrente*limíte seria a dis-

sociação d.aquele Íon complexo diretamente r Mn2*,

f'"c'o+r r]'-1t 1-

Mn'' + 2So1L+

4.32

40

Seguindo-se

1tMn-' + 2e Mn t n,a

4.JJ

0s autores sugerem que o retardamento do processo de deposição

ocorra at-e que se atinja um potencial suficientemente catódico para que se

dê a eletro-redução de alguma outra esp6cie eletroativa que não o Mrr2*. En-

trecanto, eles não estudaram esta faíxa de potenciais nem procuraram identi-

ficar esta outra esp6cie eletroaÈiva.

Efeito das impurezas - o nodelo dos pares galvânicos

As impurezas metã1icas que prejudicam a eletro-redução de manganês

estão situadas em potenciais mais anódícos que o deste na escala de po.ten-

ciais-padrão de eletrodo. Ou seja, qualquer uma destas impurezas formaria

com o manganês uma c-elula galvânica îa qual o manganês, agindo como anodo,

seria dissolvido pela solução e a impureza, agíndo como catodo, depositar-se

-ía.

A partir de suas experiências com cobalto, níquel e cobre, Zozí-

movich, Sirvab e Belinskii(refs. 16, 20 e 2I) afirmam que a formação de pares

galvânicos manganês/ímpureza seria o motivo da ação desfavorãve1 destas im-

púrezas.

Segundo estes autores, em virtud.e da distribuição não-uniforme da

densidade de corrente (e do potencial) sobre a superfície do catodo, a con-

centração das impurezas codepositadas resulta tamb6m não-uniforme sobre a

srrperfície. A região onde este fato se manifesta mais íntensamente -e a linha

do nÍve1 superíor do eletrõlito no caËodo, em contato com ar, onde se forma

um menisco. Nesta regÍão, a densidade de corrente catõdica 6 menor que a den

47

sidade de corrente catódica m-edia sobre o catodo. Esta redução de densid.a-

de de corrente (e- aumento do potencial) afeta mais íntensamente a deposição

de manganês qtte a das impurezas, eue são mais eletropositívas. Em decorrên-

cia, a concentração das impurezas nesta região do depósito se torna rnaior

que no restante do catodo.

Constitui-se, assim, um par galvânico, com esËa regiáo ríca em im-

púTezas atuando como caEodo e o restante do depósito atuando como anodo. For

mado o par galvânico, ele tende a se intensifícar, uma vez que estas impure-

zas apresentam uma baixa sobretensão de hidrogênio (seção 4"I.4). Assim, os

pares galvânicos provocariam a dísso1ução do manganês na região an6dica do

depósito e, ao mesmo tempo, reduziriam a deposição do manganês na região ca-

tódica do mesmo.

Segundo este raciocÍnio, o efeÍto das impurezas sería anulado se

houvesse uma d,istribuição mais uniforme da densidade de corrente caródica (e

de potencial cat6dÍco). Experiências realízadas com um catodo rotativo con-

firmaram este fato (ref. 16). Deposição realizadas com 25 mg.d*-3 d. nÍquel

apresentaram, com o eletrodo roËativo, eficiências de corrente do manganês

de 70,37.. Sem rotação, esta efíciência se reduziu a 3,27"" O único papel

da rotação, segundo a argumentação dos auLores, foi evitar o surgimento de

"centros de corrosão" do manganês, resultantes da não-uniformidade do poten-

cial e origem dos pares galvânicos.

Segundo Shvab (ref" 21), pode-se formar tambérn um par galvânico en

tre Mn-a e Mn-? . Ele afirma ainda que mesmo metais que não se codepositam

com o manganâs podem af.etar sua deposíção se formarem hj-dr6>lídos na região

alcalina próxima ao catodo. Estes hidróxidos reduziriam localmente a densida

de de correrrte, dando origem à codeposição heterogênea das demais impure-

zas, e favoreceria localmente a formação de Mn-a .

42

4.2.4 Estudos do U.S. Bureau of Mines

Dean (ref. 67) verifícou que as primeiras camadas depositadas do

manganês apï'esentam-se na forma alotr6picã 1 , seguindo-se uma camada de

Mn-a de granulação fina e depoi.s cristais macroscópicos de Mn-4. Schlain,

David e Prater (refs. 68) verificaram, posteriormenter gue soluções extrema-

mente puras levavam a deposições apenas de Mn-"f eonc.L;i.ndo, então, que a

passagem de Mn-7 para Mn-a assinal.ada por Dean devia-se à presença de cer-

tos compostos de enxofre no eletr61ito.

Como veremos a seguir, a deposição ínicial de Mn-y foi contestada

por Dhananjayan.

4.2.5 Estudos de Dhananjayan

Dhananjayan (ref. 38), do Laboratório Metalúrgico Nacional, em Jam

shedpur (Índia), analisou o teor de hidrogênio, a estrutrrra cristalina, o pe

tencial-padrão de eletrodo, o potencial de deposição e a sobretensão de hi-

drogênio de Mn-o e Mn-y obtidos em eletr-olitos conËendo ou não selênio,

telúrio e enxofre.

Segundo o autor, as primeiras camadas depositadas teriam uma estru

tura o extremamenËe fina ( e não Y , como supusera Dean; seção 4.2.4). Na

ausência d.e enxofre ou selênío, este depósito teria uma sobreËensão de hidro

gênio muito baixa, resultando um intenso desprendimento de hidrogênio, que

elevaria o pH do eletr-o1ito. O desprendimento de hidrogênio aumentaria a po-

Larízaçáo do catodo, atingindo-se o potencial de deposição de Mn-Y. Uma vez

iníciada, a deposição de Mn-Y teria prosseguimento em lugar da de Mn-o, em

vista de a sobretensão de hidrogênio de Mn-Y ser mais elevada que a de Mn-o.

Em eletr6litos contendo enxofre, selênio ou telúrio, ou com eleva

43

das densidades de corrente, o autor verificou que a deposição de Mn-cr não

se interrompe após as primeiras camadas. O depósito, constituído apenas de

Mn-o, , apresenta grande quantidade de hidrogênior gue the confere baixa dure

za e densidade. O autor sugere então que parte do hidrogênio eletro-reduzido

assume posições no reticulado do manganês ou forma complexos durante a depo-

sição de Mn-o, , e que tal fato esteja relacionado com a formação desta estru

tura em preferência ã estrutura Y.

Esta elevada concenËração de hidrogênio no dep-osito seria devida,

segundo sugere o autor, a uma atividade catalítica negativa do enxofre e do

selênío sobre a reação de combinação de ãtomos de hidrogênio (reaçã,o 4.7 e

4.30). Poderíamos sugerir uma explicação para o efeito semelhante resultante

do uso de elevadas densidades de corrente; nesta situação, aquela reação po-

deria tornar-se uma etapa lenta do processo, o que resulËaría em aumento de

concentração de ãtomos de hidrogênio sobre o dep6sito.

4.2.6 Estudos de Fekete

Fekete, do Instituto de Pesquisa dos Metais Não-Ferrosos, em Bu-

dapeste (.Hungria), realizou inúmeras experiências sobre o controle do pH na

eletro-redução do manganÊs (ref. 69). Suas principais conclusões foram a res

peito d-o papel do diafragma sobre este controle. Ao contrãrio do que se suge

re usualmente, Fekete afirma 'fue o ð.iafragna rrão impede o retorno de ãcido

sulfúrico do compartímento anõdico para o catódico. E, segundo o autor: sê-

ría exatamente este ãcido sulfúrico, formado nas reações an-odicas, o princí-

pal agente controlador do pll do catolito.

Fekete observou, também, que freqllentemente ocorria um súbito des-

controle do processo de eletro-redução de manganês. Uma deposição que se

viesse realízanð.o normalmente, sob controle, em pH em torno de 7 15, repenti-

44

namente podia se interromper', com elevação do pH e formação do hidróxido de

manganês. Segundo o autor, esËe fenômeno ocorre quando alguma parte do manga

nês depositado eventualmenLe se destaca do restante do caEoclo, perdend.o o

contato el6trico com o mesmo. Ocorre, então, a dissolução deste manganês na

solução. Fekete observou que a dissolução guÍmica do manganês nos e1etr61i-

tos em questão 6 acompanhada de desprendimento de hidrogênio, desprendimento

de amônia e pre:ipitação de hidr6xido de manganês. Com base nestes fatos,

ele sugeriu o seguinte mecanismo para este processo:

2HrO + MnSOo + 2NH40H + H2 4.34

Mn(ott), + (NH4) 2so4

4.3s

4.2.7 Estudos de Agladze e Legran

Agladze e Legran (refs.70 e 77), do Instituto Polit6cnico V.I.Lenin,

em Tbilisi (Georgia, URSS), verificaram que a ação tamponante das soluções

contend.o MnSOO e (NHO)rSOO é superior ã ação tamponante destes sulfatos

isolados, e que a adição do sulfato de arnônio eleva o pH de precipitação do

hidrõxido de manganês.

Para explicar este comportamento, eles propuseram o seguinte equi-

11 br]-o :

Mn + (NH,)^S0, +u/u

MnSO . + 2lrlH .0H +44

onde n assume os valores 4

Embora com o m6ri

* f *<*"r,"

]2* * ,,"*

e 6.

to de terem sido os primeiros autores

)++Mn- * n NH4 4.36

a sugerrr a

4s

participação de complexos amoniacais no processo, Agladze e Legran têm sido

contestados por terem proposto a reação dos íons Mrr2* ditutamente com os

-+ions NHO e nao com NHOOH (ou NHr), como proposto por Tilak, Rajogopalan e

Reddy (seção 4.2,8), pelos pesquisad.ores de Dnepropetrovsk (seção 4.2.I) e

por Barchese (seção 4.2.2) ,

Os Índices n propostos, com valores 4 ou 6, são tamb6m

considerados muito elevados por Tilak, Rajogopalan e Reddy (seção 4.2.8). Os

pesquisadores de Dnepropetrovsk, contudo, identificam a existência de comple

xos com n = 4 (seção 4.2,I) .

4.2.8 Estudos de Tilak, Rajogopalan e Reddy

Tilak, Rajogopalan e Reddy (ref.72), do Instituto Central de Pes-

quisa EletroquÍmica em Karaikudi (fndia), estudaram a ação tamponante das s9

luções de sulfato de manganês e sulfato de anônio, bem como a precipitação

de hidr6xido de manganês. Eles verificaram que soluções contendo apenas

Mnso, tamponam apenas em pHs de 2 a 3. A adição de (NH4) ,soO introduz uma

região de Ëamponamento em pIIs de 7 a B, ação esta muito mais intensa que a

do sulfato de amônio isoladamente. Eles confirmaram Ëambãm a elevação do pH

de precipitação de Mn(OH)2 com a introdução de sulfato de amônio.

Com estes fatos, eles conclufram haver uma interação específica en

tre os íons un] "

Mrr2*. Esta interação deveria ser a formação de um comple-4

xo: em equilíOrio envolvendo os aquo-Íons de manganês e a molãcula NHr.

A possibilidade de que este equilíbrio envolvesse o próprio íon

amônio, sugerida por Agladze e Legran (seção 4.2.7), foi descartada com o ar

gumento de que, se os equilíbrios envolvessem NHf,, não haveria motivo para a

inexistência de ação tarponån.te em pHs d.e 3 a 7, rlma vez que esses Íons es-

tão tamb6m presentes nestas faixas de pH. Jâ a amônia, sugerida pelos auto-

46

res, somente estã presente em quantidades signifícativas em pHs superíores

7, explicando-se assim a f.aixa de tamponamento observada.

Assim, o mecanismo proposto é o seguinËe:

NHr+H2oËllHf+oH

+ NH, + xHrO

4.1/

4. 38

A menos da explicitação dos aquo-ligantes HrO com os índices n e

D-x, o equilí¡rio 4.38 assemelha-se ao. exposto na seção 4.2.L (equilíbrio

4.75b). Entretanto, enquanto estes pesquisadores concluíram que o expoente x

pode assumir os valores 1, 2 e 4, Tilak, Rajogopalan e Reddy concluíram, a

partir de anãlise baseada em constantes de equilíbrio, que este valor seria

apenas um, e igual a 1.

Assim, o equilÍbrío 4.38 seria, simplesmente,

þ",*"r, (Hzo)"-*]'*

þ","ro,"]'.

lz,nJ 4.39

4.2.9 EsËudos de RadhakrishnamurËy, Sathyanaraygma e Reddy

Radhakrishnamurty e Reddy (ref. 73 e 74), do Departåmento de Quími

ca Inorgânica e Físico-Quírnica do Instituto de Ciãncia da Índia, em Bangalo-

re (Índia), estudar¿tm os mecanismos d.e eletro-redução de manganês sobre aço

inoxidãvel por meio de curvas polarogrãficas parciais. A eficiência de cor-

rente de manganês, cujo valor foi necessãrio para o traçado destas curvas,

foi obtida por um m6todo (ref.73) que viemos a adotar em nossas experiãncias

(segunda etapa do m-etodo descrito na seção 5.4.2),

l*" ,"r0, + NH3 Ë þ" *"r(H2o)"-r]'. + Hro

47

Mecanismo de eletro*redução de ganganãs

Estes auLores verificaram (ref. 74) que: a) a deposição catõdica

de manganês se dá por uma reação de primeira ordem em relação ao manganâs, ou

seja, dlogiMn/dlogcrrr=1 ; b) a densidade de corrente de troca e o coefíci-

ente de transferãncia desta reação não se alteram substancialmente com a va*

riação do pH entre 2 e 7; c) a declividade Tafel na deposição catõdica do man

ganês 'e tZO mV,d6cada-1; ¿) a declividade Tafel na dissolução anõdica do man-

ganôs ä 4O rnV,d6cada-1. Com estes dados eles sugeren o seguinte mecanismo:

')¿- * +Mn'' + e. -' Mn (etapa lenta) 4.40

+Mn+e+Mn 4.4L

EsËe mecanismo corresponde simplesmente ao desmembramento da reação

global (que envolve a tranferência toËal de dois el6trons) em duas reações su

cessivas, cada uma com Ëransferência de um único e16tron. Isto justifica-se

pelo faËo de que a probabilidade de transferËncia simultânea de dois el6trons

6 rnuito baixa (ref . 75) "

Os autores observaram comporLamento de prímeira ordem em relação ao

1tíon Mn'-e na reação cat6díca. Seu modelo 6 coerenLe com isto, poís a primeira

reação (4.40) ã lenta e apresenta índice estequiométrico unitário para a esp6*

1t-cie reagente Mn' , o que corresponderia, segundo a equação de Butler*Volmer

(ref. 75), ã seguinte expressão:

i = n " F ( Ê . "M'o . "ãnnó/nr- È . "Mrr2* "-ãrnÓ/nr,

Nos potenciaís suficienËemente cat6dicos para que se possa ignorar

a reação anódica, a ordem da reação seria porEanto definida pelo expoente

4.42

47a

de c*rr2+, ou seja, o valor 1.

O mecanismo proposto 6 tamb6m coerente com as declividades Tafel e4

contradas' uma vez que, de acordo com a equação de Butler*Volmer desenvolvida

para reações com mais de uma etapa (ref. 75), dada por:

i = io{ exp I filu+ r * rß ) Fn/Rr] - exp I Ci¡u+ rß) rn/nr] ] 4.43

as declividades Tafel são dadas por:

a¿ BT _ 2,3 Rr4.44

4 "4s_ _2r3RT _ 2r3RT"l -;-¡- - l-7v +'BTF

onde:

coeficiente de transferência da reação anódica

coeficíente de transferãncia da reação cat6dica

número de etapas anteriores ã eËapa lenta

número de etapas posteriores ã etapa lent.a

número de vezes que ocorre a etapa lenta no processo total

fator ígual a I para etapas eletroquÍmicas

faËor de simetria

No modelo proposto, tem*se f =1rf =0 , v*1 e rË1" Assim, Ëoman

do-se ß =0r5 , obt6m-se ä= 1r5 e ã= 0r5 , o que corresponde a declividades

b, = 40 mV.dãcada-l " bb = 720 mV.d6cada*1,

"oro observado experimentalmen-

te. É inEeressante observar que seriam obtidos resultados opostos, ou seja,

b^= L20 mV.däcada-l " bb = 40 mV.dãcada*l, se fosse proposta como lenta a

segunda reação (4,4I), pois terÍamos enËão f = O e T= f

-(-0*->0-<-Y--tY*

r-

ß*

47b

O mecanismo proposto não possui qualquer etapa que envolva espäcies

+H' ou OH . Este faro ä coerente com a independência observada entre o pH e

a densidade de corrente de troca e o coeficiente de transferência. Devido a

esta independência, os autores descartam outro modelo:

)t- -. +Mn''+OH+Mn'

Mn0H +e

+eMn

-)' MnOH (eLapa lenta)

+Mn+OH

4.43

4.44

4.4s

Este modelo, semelhante ao mecanísmo proposto por Bockris eLal. pa-

ra a deposíção e dissolução de ferro (refs. 75 e 76)r levaria äs mesmas declí

vidades anõdica e cat6díca observadas para o manganês, assim como a um compor

tamento de primeira ordem em relação ao Íon Mo2+ ,,.r reação catódica. Entretal

to, ele irnplicaria em um comportamento de primeira ordem em relação ao íon OH*,

o que, como jã cítado, não foi observado.

Efeito do ãcido se1ênico

Radhakrishnamurty e Reddy estudaram tamb6m a açã-o do ácido selênico

sobre o pïocesso (ref . 77). Eles verificaram que o selênio não a1Ëera a densi

dade de corrente de troca da reação de deposição do manganês, mas reduz a re*

ferente ã reação de desprendimento de hidrogãnio" Assím, seu efeito sobre a e

ficiêncía de corrente seria devido ao reËardamento do desprendimento de hidro

gênio.

4B

Desprendimento d_e hidrogênio - o filme de õxido

Radhakrishnamurty, Sathyamarayana e Reddy (ref. 7B) estudaram a cí-

nãtica de desprendimento cat6dico de hidrogênio sobre catodo de aço inoxidá-

vel, em soluções de sulfaËos de amônio e de manganês. Para que não houvesse

deposição cat6dica de manganês, foram utilizados potenciais mais anódicos que

os necessários para aquela reação. Os autores verificaram que suas curvas po*

laxogr'afícas, apõs apresenËarem um comportamento linear (obedecendo ã f,eí de

Tafel) nas baixas densidades de corrente, passam a se desviar deste comporta-

menËo em densídades de corrente acíma de 3 . tO-3 a. "*-2 " o valor da diferença

entre o potencial medido nesLa região e o potencial extrapolado do trecho 1i*

near moslrou*se proporcional ao valor da corrente, permitindo aos autores o

cãlcu1o de uma constante de proporcionalidade, por eles aËribuÍda a uma perda

ôhmica" Segundo os autores, ela seria devida ã presença de um filme de 6xido

semicondutor sobre o caËodo. A partir da consËante de proporcionalidade (con-

siderada como a resistência do fílme) e supondo que este filme tenha uma es-

pessura de 1008 , sua resistividade estaria em torno cle 1r5 . 707 0. cm , va

1-or que estã na faixa das resistividades dos semícondutores.

49

4.3 RESIIMO DOS MODELOS APRESENTADOS

De todas as informações e hip6teses apresenta<las neste capítu1o, re

lacionamos e resumimos adiante as que se nos afiguram mais importantes. No

primeiro item listaremos as mais fundarnentais e consensuais. No segundo, ou-

tras menos consensuais (mas não necessariamente menos fundamenËadas). No ter

ceiro, finalmente, expomos as contradições entre os modelos mais fundamenta-

dos.

4.3.I Informaeões e hipóteses mais consensuais

a) A eletro-redução de manganês faz-se a partir de duas ou maís esp6-

cies eleLroativas: o aquo-íon Mrr2+ e um ou mais íons complexos de

manganês . (V. seções 4.2.L e 4,2 .2)

Existqm equilíbrios que envolvem íons complexos de manganês (eletroa

tivos ou não), aquo-íorrc Mrr2*, NH3 e oH " Estes equilíbrios afetam

a eletro-redução do íon complexo eletroativo, elevam o pH de precipi

tação de hidrõxido de manganês e definem um mecanismo de tamponamen-

to da solução em pHs de 7 a 8. (.V. seção 4.2.2)

Os íons complexos de manganês contêm o ligante NHr. (V. seções 4,2.L

e 4 .2 .2.)

Existe interdependência entre mecanismc¡s de desprendimento de'hidro-

gônio e deposição de manganês, provavelmente através de reações quí-

micas entre espécies adsorvidas na superfície do catodo e íons pre*

sentes na solução. (V. seções 4.L.3,4.2.I e 4.2.2,)

O efeito das impurezas mais prejudiciais ao processo está de a1.gum

modo relacionado com a baixa sobretensão de hidrogênio por elas apre

sentada. (V. seções 4.L.4 e 4.2.3.)

b)

c)

d)

e)

50

f) Deposições reaLízadas em elevadas densidades de corrente catódica,ou

com eletrólitos contendo compostos redutíveis de enxofre ou selênio,

levam à forrnação de Mn-o, ; em caso contrário, forma-se Mn-y. (V. se-

ções 4.2.L e 4.2.5.)

g) Deposições realízad.as sem rcompostos redutíveis d.e enxofre ou se1ênio

apresentam uma densidade de corrente-limite na reação de eletro-redu

ção de manganês . (V. seções 4.2.L e 4.2.3,)

4.3.2 Oulras hipóteses e informações importantes

O complexo eletroativo de manganês cont6m, al-em do ligante NH,r o 1!

ganre oH . (v. seção 4 .2 .2 .)

0 complexo eleÈroativo de manganês conserva alguns dos ligantes HZO

do aquo-íon Mrr2* . (v. s eção 4 . z .2 ,)

A eletro-redução do aquo-íon Mrr2* dã-se em cluas etapas consecutivas.

A primeira ã eletroquÍmica e forma o íon Mr,+. A segunda -e química e

consiste na redução destes íons por ãtomos de hidrogênio adsorvido

a)

b)

c)

d)

e)

(v. seção 4.2.2.)

Existem diversos íons cornplexos

em equilíbrios entre si e com o

4.2.3.)

de manganês na solução, envolvidos1t

aquo-íon Mn''. (V. seções 4.2.L e

f)

O desprendimenËo cat6dico de hidrogênio sobre manganês pelos mecanisI

mos clãssicos dã-se a partir de HrO ( e não de HrO') e tem controle

eletroquímico, provavelmente devido ã eËapa de eletro-redução de HrO

a H-, e OH (V. seção 4.1.1.)âcl

Ocorre também desprendimento catódico de hidrogênio sobre manganês

a par:ír dos íons *t4*. (V. seção 4,7.2,)

Existe um mecanismo químico de redução de hidrogênio por ãtomos Mns)

51

ou íons Mn+ adsorvidos sobre o catodo. (V. seção 4,I.3.)

h) A formação de Mn-cr em deposições com elevada densidade de corrente

cat6dica ou en eletr6litos contendo compostos redutíveis de selênio

ou enxofre estã de algum modo relacionada com o aumento d.a concentra

ção de hidrogênio sobre o depósito, resultante do retardamento da

reação de combinação de átomos de hidrogênio. (V.seção 4.2.5.)

i) O efeito das impurezas mais prejudiciais ao processo, além de estar

relacionado com suas sobretensões de hidrogênio, pode estar relacio-

nado com seu potencial-padrão de eletrodo, mais positivo que o

manganês . (v. seção 4 .2.3.)

do

4.3.3 ContradiÇões entre diferentes modglos

0s modelos propostos pelos pesquisadores de Dnepropetrovsk (seção

4.2.I) e pelos pesquisadores de Kiev (seção 4.2.3) afirrnam que a esp6cie1t

eletroativa Mn'- é eletro-reduzida corn baixas sobretensões. Com maiores so-

bretensões, este mecanismo atinge uma corrente-limite d,e caráter químico.

Com sobretensões ainda maiores, surge um novo mecanismo constituído pela re-

dução de um Íon complexo de manganês.

Estes modelos pressupõem, portanËo, que: a) a eletro-redução de

Íons complexo se dê em potenciais mais negativos que o do aquo-íon Mrr2+; b)

exista uma etapa química precedente ã eletro-redução do Mn2+, e esta etapa

química se torna fimitante acima de dados potenciais.

Barchese verificou exatamenle o contrãrio (seção 4.2.2): a) a redu

ção do íon complexo dã-se em potenciais mais positivos que a do aquo-íonnt

Mtt''; b) não existe etapa química lenta precedente ã eletro-redução do aquo1t

-íon Mn''.

52

5. PROGBAMA E)GER-IqNTAL, EQUIPA:MENTOS E MÉTODOS

5.1 PROGRAMA EXPERIMENTAL

O presente trabalho voltou-se ao estudo da influência das impure-

zas cobalto, níque1 e zinco e do aditivo dióxido de enxofre sobre a eficiên-

cia de corrente do processo de eletrodeposição cat6dica de manganês acompa-

nhada de desprendimento catódico de hidrogênio, em soluções de sulfatos de

manganês e amônio.

Com este objetivo, foram estabelecidas trinta composições de e1e-

trólito combinando diferentes adições destas "ímpurezas" e do dióxido de en-

xofre, e medidos o poËencial de catodo e a eficiência de correnËe referentes

a deposições reali zadas com estes eletr6litos em diferentes densidades de

corrente.

Com estes resultados, traçaram-se curvas relacionando a efíciência

de corrente com a densidade de corrente e o potencial, bem como curvas de po

Larização das reações catõAicas.

Complementarmente, foram obtidas f<;tomicrografias do processo de

deposíção por meio de ní.croscópio 6ptico adaptado ã c-elula de deposição, e

fotomicrografías dos depósj-tos obtidos, por microscopia eletrônica de var-

redura.

53

Parâmetros fixos

A composição-base, o pH, a vazão e a temperaturâ dos eletrólitos

foram mantidos fixos, com valores dentro das faixas do processo industrial

(v. seção 3.4):

MnSO,+

(NH4) 2So4

pH

vazão

temperatura

_10,6 mo1.dm '

-11,0 mol.dm '

7rO

I -10,2 dm'.h '

3ooc

Adições de dióxido de enxofre e de cobalto, níque1 e zinco

As trinËa composições estudadas do eletrótito correspondem ao ele-

tr6lito-base fixo acima citado acrescido de diferentes adições de di6xido de

enxofre combinad.as com diferentes adições dos met.ais considerados como "impu

rezas", ou seja, cobalto, níquel e zinco.

Trâs valores de adição foram utilizados para o di-oxido de enxofre.

O primeiror 0rf g.am 3, correspondeu ao valor considerado adequado nas expe-

riências do U.S. Bureau og Mines (ref . 4) e amplamente utiiLlzad.o desd.e en-

tão.0s demais valores, 0r3 e 016 g.dr-3, visaram cobrir uma faixa de adi-

ções na qua1, segundo DrAbreu e Torem (refs . 4L e 42), o efeito favorãvel do

di"oxido de enxofre continua a crescer com o aumento de sua adição. (V. seção

3.6.)

Para cada um dos três valores de adição de dióxido de enxofre, fo-

ram estudados dez eletr6litos: um sem adição de impurezas, nove com adição

de impurezas. Estes nove eletról j tos correspondem a três valores de adiçãr: cle

54

cada uma das três impurezas. Um destes três valores corresporide ao limite

acima do qual, segundo Jacobs (ref. B), a deposição de manganês torna-se in-

viãve1 (v. seção 3.5). Os dois demais valores são respectivamente a metade

e o dobro daquele

A tabela 5.1 mostra os valores das adições utíLLzadas para cada um

dos e1etr61itos, numerados de 1 a 30:

Tab. 5"1 - AdÍções aos eletr:ólitos

adições de "impur ezas" (*g.a* 3)

Co

o, 2s | 0,5I

I

,r,lta adição

de

soz

(a . ar-:,0' 1

0'1 0'5

Ni

1'0 40

Zn

20

número de

i dentifi cação

do

eletró 1i to0r3

0'6

Densidade de corrente catódica

Foram utilizados oito valores de densidarle de corrente cat-odi ca

17 ,4 22,g 30,2 39,8 52,5 69,2 gL,z I20 *4. "r-2

EsËes valoïes formam uma progressao geoni-etrica, de modo a ficarem

equidistantes na escala logarítrica utíIizað.a nos gráficos das curvas polaro

idt

1

2

3

4

5

6

7

B

9

10

11

T2

13

L4

15

I6

I7

1B

L9

20

27

22

23

24

25

26

27

28

29

30

55

gráficas. AproximadamenËe no centro da faixa estão as densidades de corren-

te que conduzem a eficiências de corrente mais elevadas e que são utiLízað,as

industrialmente (entre 40 e 50 *4."*-2, como vimos na seção 3.4.1).

5" 2, EQUTPAMENTOS

5.2.I Cãlula e complementos

cé1u1 a

As figuras 5.1, 5.2 e 5.3 mostram a c61u1a utilízada nas expe-

riêncías. Ela 6 feita de acrílico, tem aproximadamente 15 cm3 e foi constr'l

da de modo a permitir observação visual do processo eletroquímico atrav6s de

um microscópio de pequeno aumento. Esta observação visual f.az-se atrav-es da

parede de acrílico que, para melhor imagem, possui espessura de apenas 2 mm

ã frente do eletrodo de trabalho. A cã1ula dispõe de orifícios para entrada

e saída de e1etr6lito, para saÍda do hidrogênio formado e para introdução de

um capilar de Luggin. Ela possui tamb6m um diafragma de vidro poroso, gue a

divide em dois compartimentos. Em cada um deles existe uma janela, contra as

quais são colocad.os o eletrodo de trabalho e o contra-eletrodo.

A áiea exposta d.o eletrodo de trabalho 6 delimitada por um anel de

PVC, e a do contra-eletrodo por um anel 0 ("O-ring") de neoprene apoiado em

um suporte de PVC.

A vedação dos anãis de PVC faz-se por meio de anóis

fler comprimindo-se os eletrodos e os an-eis contra a c-e1ula por

fusos de aperto fixados a barras de alumínio.

Para f acílidade de limpeza, a cã1ula -e desmontável e

de vidro poroso pode ser retirado. A vedação do conjunto f.az-se

0, de neopre-

meio de para-

o diafragma

por meio de

urna junta de neoprene. O aperto é

tro prisioneiros de latão que são

feito por meio de

fixados a uma das

56

porcas montadas em qua-

peças de acrÍ1ico.

HI#

Fig. 5.1 - Fotografia da célula desmontada

€ Ìt,

È,1

:_

offioo

--1 2

_t

CORTE A-A

COMPARTTMENTO DO

ELETRODO DE TRABALHO

Et

l*t'=frFul

Fig. 5"2 a - cãlula (vista frontal e cortes longitudinais)

I ,qlI k--k_ 59

ViSTA FRCruTAL

(representados apenas o corpo e. a tampa deacrílico, o diafragma e os prisioneiros)

It-CûNTF B-B

COMPARTIMENTO DO

CONTRA-ELETRODO

Escala;1:1

þgge!yþ-: ríg. 5 "2 c (tt.\¡

6

srçAûc-c .INTERIOR DA CÉLULA, COM INTERIOR DA CÉLULA E

ENTRADAS E SAÍDAS DE ELETRóLITO REBAIXO PARA OBSERVAçÃO VISUAL

observação: a _posição das seções aqui representadas estã índicada na Vista Frontal (Fig" 5"Z aj

Fig. 5"2b - Cãlula (seções transversais)

16o.-U!I

sEçp,0 Ð-D

--¡iI

I

I

I

r-Jc\

s[ÇA,t

S]STEMA DE FECHAMENTO DAE DE POSICIONAMENTO DASDE FTXAçÃO DOS ELETRODOS

4scala:1:1Legenda: Fig. 5.2 c

rrt__-L

CELULAPT¿,CAS

(.¡¡

1

2

3456

7

- Corpo principal (acrílico)- Tampa (acrílico)- Junta de vedação (neoprene)- Diafragma poroso (vidro sinËerizado)- Compartimento do eletrodo de trabalho- Eletrodo de trabalho (aço ABNT-316)- Anel de vedação, em PVC; delimitador da ã-

rea exposta do eletrodo de Ërabalho- An6is O ("O-rings") de neoprene para veda-

ção das janelas para os eletrodos- Janela para o e1eËrodo de trabalho- Entrada de eletrólito- orifício de saída de hidrogãnio- Tubo de saída de hidrogênio (PVC)- Capilar de Luggin (vidro)- Orifício para o capilar de Luggin- Rebaixo para observação visual do eletrodo

I

9

1011T213L415

Lesenda das f ieuras 5.2 a e 5.2b2

de trabalho16 - Contactos e16Ëricos (latão)17 - Fios de cobre ligados ao circuito elãtrico18 - Isoladores elétricos (madeira)19 - Parafusos de fixação dos eletrodos

20

2t

22232425262728

29303132

-Placa posterior, de alumínio, para f.íxação doeletrodo de trabalho (e tarnb6m da c61u1a)

- Prisioneiros de latão , para fixação da placaposterior e fechamento da tampa

- Porcas de aço para fixação da placa posterior- Molas para afastamento da placa posterior- Porcas de aço para fechamento da tampa- Orifícios para fixação da célula ã bancada- Compartimento do contra-eletrodo- Contra-eletrodo (liga chumbo-prata com 2Z Ag)-Anel O ("O-ring'o) de neoprene, delimitador da

ãrea exposta do conlra-eletrodo- SuporÈe do contra-eletrodo (PVC)

- Janela para o contra-eletrodo- Saída de eletr6lito-P1aca frontal, de alumínio, para fíxação do

contra-eletrodo- Prisioneiros de latão, para fíxação da placa

frontal e fechamento da !*p.- Porcas de aço para fixaçao da placa fronËal e

fechamento da tampa- nn6is de PVC para afaslamento da placa frontal

Fig" 5"2 c - Cãlula (legenda)

33

34

35

L¡\o

60

Eletrodo de trabalho e contra-eletrodos

Os eletrodos de trabalho são de chapa inoxidãvel ABNT- 316 com 2mm

de espessura, cortada em peças de aproximadamente 20 x 20 ,*,.2. ,ut^ uniformi-

zação da qualidade superficíal, eles eram lixados seqtlencialmente em lixas de

240, 320, 400 e 600 grãos por polegada e em seguida polidos com 6xido de cro-

mo. A superfÍcie exposËa é circular, com 1r03 cm2. Antes da deposição, o ele-

trodo era lavado com tricloroetileno e 'agua deioní zada. Um mesmo eletrodo de

trabalho era uËilízado para três deposições seguidas (o depõsito de manganês

era consumido por corrosão, entre as deposições), sem ser retirado do eleËr6-

lito. Caso fosse ultrapassado este número, não mais se obtinha reprodutibili-

dade de resultados, seja em termos de eficiêncía de corrente, seja em termos

cle potencial de eletrodo. Uma vez telírado, um eletrodo podia ser novamente

polido e então reutilizado.

O conËra-eletrodo é ae liga chumbo-prata com 27" de prata, obtido

da forma exposta a seguir. Fundiu-se 1174 kg de chumbo em um cadinho de carbo

neto de silício aquecido por maçarico de GLP, e adicionaram-se lentamente

L7,36 g de prata em g16bu1os. Quando bem homogeneízad.a, ap-os trinta minutos,

a Liga foí vazada em um molde cilíndrico bipartido de ferro fundido. Do taru-

go obtid.o, foram usinados os anodos utilizados nas experiências prelíminares,

com lr5Z de prat.a. Para as experiências definitivas, visando-se aumentar o

efeito passivador da prata (v. seção 3.3.5), preparou-se nova 1iga, com 2% de

prata. Para tal, fundiu-se o restante do tarugo anterior, adícíonou-se a pra-

ta necessãria e vazou-se um novo tarugo, em operação semelhante ã anterior.'

Da parte central deste novo tarugo, ußinou-se o anodo, na forma de um disco

com 12 nrn de diârnetro e 3 mm de espessura. A superfície exposta do anodo Ë

circular, com 0r5 cm2" Como as deposições tinham curta duração, a camada pas-

sivadora aderente - como descrita na seção 3.3.5 - não chegava a se consti-

tuir, formando-'se

que freqtlente-mente

pelo eletrólito.

sobre o anodo

se desËacava,

6r

um depósito marrom escuro de baixa aderência

acumulando-se na c-elula ou sendo al:rastada

Ponte salina

0 capilar de Luggin comunica-se com um reservatório de vidro onde

estã mon,tado o eletrodo de referência (seção 5.2.4). O reservatório, que con.

t6m o mesmo eletr6lito que a célula, estã dentro de um recipiente de acrÍli-

co ond.e circula termostatizað,a a aproximadamente 3loC. O sistema -e mostrado

nas figuras 5.3 e 5.4.

Circulação de elerrólito

As figuras 5.3 e 5.4 mostram o sistema de circulação de eletr-oli

to. EsËe 6 alirnentado de um reservatório de acrílico, que possuí uma serpen-

rina ínterna de vidro por onde circula ãgua termostati zada a aproximadamente

31oc. A altura de fixação do reservatório é regulãvel, de modo a se poder

manter constante o níve1 de eletrólito. Este cuidado 6 necessário para que

se mantenha o níve1 adequado do eletrõlito no reservatório da ponte salina,

uma vez que estes dois reservatórios se intercomunicam através da c61ula, e

o níve1 de eletr6lito nos mesmos resulta aproximadamente igual (o mesmo tam-

b6m ocorre, aliãs, com o tubo de saída do hidrogênio, que fica cheio de ele-

tr6lito at6 o nível em questão).

O eleËr61ito entra na cé1u1a pelo compartimento do eletrodo de tra

balho (catodo, na deposição) e sai pelo compartimento do contra-eletrodo(ano

do, na deposição), cle onde vai para um erlenmeyer. Para se obter a vazão d,e-

sejada, o eletr6tito ã aspirado por meio d.e uma trompa d'âgua ligada ao er-

lenmeyer

tubo de

62

ou, pelo contrário, ã contido por meio de uma válvula colocada no

s aída.

Ap6s filtragem do e1etr61ito, este 6 recolocado no reservat-orio de

são

de

alimentação.

(Observação: O eletrólito circulado tem composição quírnica muito

pr6xima da inicial, pois o manganês que dele 6 retirado, na etapa de deposi-

Ção, retorna em seguida, na etapa de corrosão do dep6sito - v. seção 5.5. O

único manganês que não retorna é o que compõe o dep6sito sobre o contra-ele-

trodo, mas esta quantidade é pequena em relação ã contida no eletrõlito.

Em vista dísto, o eletrótito pode ser reutili-zado).

Sistema de termostatizaÇão

A ponte salína e o reservatório de alímentação de eletrólito

ËermostaËizad.os por 'agua contínuamente fornecida por um reservatório.)

12 dm' dotado de uma resistência elétrica de 2000 I^I e de um termostato tipo

liga-desliga. Este sistema, esquematizado na flígura 5.4, fornece cerca de

- 3 -1 -+o --+olcm".s'dc'agua a 31-1"C, mantendo a temperatura do eletrõlito em 30:1"C

nos reservatórios (g temperatura do eletr-olito é acompanhada por meio de um

termômetro de mercúrio mantido no reservat-orio de alirnentação) . Como o tempo

de permanência do e1eËr61ito na c-elula 6 pequeno - cerca de 4 minutos - sua

temperatura se mantém dentro daquela faixa durante todo o processo eleËroquÍ

mico.

63

Fíg. 5.3 - Fotografia da

de eletró1íto

c61u1a com seu sistema de circulaçao

64

JLO

*,

I

I

I

I

I

I

I

I

¡

I

I

I

I

I

I

I

I

I

I

I

I

I

I

iI

I

I

I

II

I

CONVENCOES:-----_-L-

l=E --) elerrólito

t l + ãgua (para termostat ízagão)

Lesenda:

1 - cãlula (2ocm3, acrílico)2 - DiaÍragma poroso (vidro sinÈerizado)3 - Compartimento do eletrodo de trabalho4 - Compartimento do contra.-el-etrodo5 - Entrada de eletr6lito na cóLula6 - Capilar de Luggin (vidro)7 .- Saída de hidrogânio rla cãLrrl-aB * SaÍda de eLerr6Lito da c6'lui-a9 - Reservat6rio alimenfadc¡r de eLetr6Ii

to (200cm3, acrílíco)10 - TermômeÈro de mercúrio11 - Reservat6rio de eletr6lito da ponte

saLina (50cm3, viclro)12 '- Eletrodo de ref erâncíaL3 - Col.una de saÍda de hídrogênio (vídro)1l+'- Pinça rle ì4ohr.15 - Tromp a .,1'âgua (pVC)

Fig. 5.4 - Circulação de elerróliro e

T6L71B

'.19

2A

27222324

25

26

de

- Erlenmeyer (eletr6lito usado)- Fíltro (eIetró1ito recirculado)- Reservat6rio termostalízador pa

ra âgua (20dm3, plãstico)* Entrada de água corrente* Resistência e16trica (2k!ü)'- Termostato liga-desliga* Saída de água- Ladrao- Serpentina termostaËizadora do

alimentador (vidro)'- Recípiente termosta-t ízador da

pontã salina (150crn3, acrí1ico)- SaÍdas de água corrente

água de termostaËização

65

5.2.2 Microscopia 6ptica para observação de deposição

Um microsc6pio estereoscópico PZO MSt 130124L0 foí montado perante

o eletrodo de trabalho, com eixo óptico em posição hori zontaL, permitindc ob

servação visual da forrnação e corrosão do dep6sito de manganês e do despren-

dimento de hidrogênio, aËrav-es da parede de acrílico da c61u1a.

Para se obter registro fotográfico destas imagens, adaptou-se a um

dos tubos oculares do microsc6pio um conjunto Leítz para fotomicroscopia, dc

tado de cànara Leica MDa, ocular Leítz Periplan 10>rl"I e tubo com prisma para

focali zação e fotomettia. Para o acoplamento, utilizou-se uma cinta de bor-

racha enËre os dois tubos oculares e um suporte especial de PVC para apoio

da ocular. O aumento línear máximo obtido sobre o negaËivo foi de doze vezes.

Utilizou-se ainda um t'flash'r eletrônico Canon Speedlight 1554r euê ficava a

100 mm do eletrodo de trabalho. As figuras 5.5 e 5.6 mostram este conjunto:

Fig. 5.5 - Fotografia da c6lula e

do microscópio óptico

em posição de observa-

ção de uma deposição

66

VISUPER I OI

REBAT I MEN

SOBRE

PLANO A_

AN\/ 'b

ri

5;;

STA il)RElT0

lr¡'!1 1B

U I1 I

¡\t'o

/h-I

IC

LÈI

18

OCULAR FOTOGRAFICA E

DO TUBO PORTA.PRISMA(rscau 1:z)

- c6lu1a- Paredes da c61u1a (acrí1ico)- Eletrodo de trabalho- Rebaixo -para observação- Microsc6pio estereosðópico- Objetiva- Tubo ocular esquerdo, sem a

ocular orígínal- Tubo ocular direito- Conjunto fotomicrogrãfico- Tubo porta-prisma

Legende:

11 - Tubo de fíxação12 - Ocular fotogrãfica13 * Suporte de pVC para a ocular14 - Anel de adaptação (borracha)15 - Câmara forográfíca.l.6 * Visor17' "Flash" eletrônico18 - Fonte de iluminação permanente19 - Base do microsc6pío20 - Cantoneiras fixas da bancada21 - Braços articulados da bancada

Escala: 1:5

1

234567

B

9

10

VISTA LATËRAL

DIREITA

DETALHE

DA FIXAçAO DA

¡'ig" 5.6 * observaçãa e regí.sËr' fo'ogrãf ico cra deposição

67

5.2.3 Microscopia eletrônica para observação do depósito

Para observação dos dep6sitos obtidos, foi utilizado um microsco-

pio eletrônico de varredura marca AMR, modelo 900.

5.2.4 Instrumentação e circuito e16trico

Como veremos adiante (seção 5.5), utilizou-se um m6todo de determi

nação de eficiência de correnËe que exigía que, logo após a deposição do man

ganês no eletrodo de trabalho, este manganês fosse devolvido ã.solução por

meio de corrosão química ou eletroquímica. Para se poder reai-J-zar a corrosão

eletroquímica com uma dada corrente imediatamenËe ap6s uma depostçáo rea1.íza

da com ouËra corrente, foram utilizadas duas fontes retificadoras estabilíza

das. Uma delas foi uma Tectrol TC-10-05-S (que aËinge até 10V e/ou 5A) e a

outra foi uma Hewlett-Packard Harrison 6209 B (que atinge at6 320V

120 mA).

ef ou

Como se vê no círcuito mostrado na figura 5.7, para se f.igarem os

eletrodos da cé1ula a uma das fontes, ã outra ou a nenhuma delasr utilízou-

se uma chave comutadora bipolar de três posições " Uma outra chave bipolar ,

de d.uas posições, foi utilízada para que se pudesse empregar um multímetro

digital (Analog M-3525) t.anËo como amperímetro quanto como voltímetro. Como

amperímetrorele era utílizado para a pr-e-fixação da corrente nas duas fon-

tes . Como voltímetro, ele era utilizado para a medida do potencial do e1e-

trodo de trabalho, atrav6s do eletrodo de referência (de calomelano, não-sa*

turado, marca Tngold, modelo 303-Pa-Ns-K7). Para acompanhamento da estabili-

dade da corrente durante o processo eletroquímico foram utilizados ainda

dois multímetros anal6gicos, cada um ligado a uma das fontes. Um deles era

um Hartmann & Braun Multavi If e o outro um Normameter GI,rI .

6B

s trl6 tl l

a) rixação da correntede deposição

b) Fixação da corrente decorrosão eletroquímica

d) Corrosão eletroquímica

!çe9"4qt1 - Fonte retificadora estabílízada2 - FonËe retificadora estabiLízada3 - Multímetro anal6gico4 - Multímetro anal6gico5 - Chave (posições I, II ou Itr)6 - Chave (posições I ou tr )7 - MultÍmetro digitalB'- c6lu1.a9,- El-etrodo de trabalho

l-0 * Eletrodo de ref erêncial-1 - Contra-eLetrodo

A - amperímetroV - voltímetro

s tml6 ttrl

ì

e) Corrosão química ou intervalo entre deposições -

c) Deposição

Fig. 5.7 - Círcuito el6trico

69

b)

5.8

Jh-

-\h*.à.!gø!

vista lateral

- Fotografias do

a) vista superior

arranjo experimental

70

5.3 PREPARAçÃO DOS ELETRõLITOS

Os eletrólitos foram preparados a

seguintes reageïÌtes químicos "pro analisit':

part.ir de âgua deionizada e dos

Merck

Merck

Merck

B d A Allied Chemical Qeel

Fi sher

E Cl Dra

E cibra

MnSOO.Hr0

(NH4) 2SO4

CoSO, .7HZO

NiS04 .6H20

ZnSOO.THZO

NarS0,

NH40H

Inicialmente, foram

p.a.

p. a.

p.a.

p. a.

p. a.

p.a.

p. a.

preparadas as seguintes solrrções-estoque:

A-

B-

C_

D-

E_

MnSO,L+

(NH4) 2So4

CoS0O

NiS04

ZwSO O

NarS0,

1

0,67 mo1.dm '_1

1,1 mol.dm'

0,0017 mol.dm-3

0,0034 mol.dm 3

0,068 mo1.dm-3

01048 ino1.¿* 3

Com estas soluções-estoque, prepararam-se, por volumetria, 400 crn3

de cada um dos trinta eletr6litos desejados. Estes eletrólitos eram obtidos

com pH em torno de 3 a 4. Ap6s aquecídos atle a temperatura fixaða para as

7T

experiências, 30oC, e pouco antes de serem utilizados, os eletr-olitos tinham

seu pH elevado para 7 pela adição de hidr-oxido de amônio. Para o controle

desta adição, utíIízou-se um peagâmetro digital Phoenix modelo MS-2, com e1e

trodo Bradley-James (eletrólito:KC1 suspenso em ge1), calibrado por meio de

soluções- tarnpão Qee1.

Com base nos teores mãximos de impurezas (e nos teores mínimos dos

componentes principais) asse.gurados pelos fornecedores dos reagentes quími-

cos p.a. utílizados, e considerando-se que o teor de impurezas presentes lìa

ãgua deionízad.a 6 muito inferior ao provenienËe daqueles reagentes, calcula-

mos as cornposíções quÍmicas dos trinta eletrólitos preparados. Estas compo-

sições são apresentadas na tabela 5.2. Observamos que, a menos das adições

feitas intencionalmente, apenas uma impureza se aproximou dos limites mãxi-

mos de concentração estabelecidos por Jacobs para 24 horas de deposição (v.

seção 3.5). Esta impureza f.oí o níquel, gue atingiu um Èeor máximo de

-20r6 mg-dm'nos eletr-olitos em que não foi adicionado intencionalmente; esËe

teor representa 602 daquele limite mãximo admissível.

5.4. DETERMINAçÃO DOS POTENCIAIS DE ELETRODO

Como exposto em 5,2.4, o potencial de eletrodo foi nedido em relação

a um eletrodo de referência de calomelano não-saturado ligado a um multíme

tro digital. Na escala utilizada para esËa medida (escala de 2 V), a impedân

cia interna do multímetro era da ordem ð,e 25 a 50 kO , segundo determinação

indireta. EsËa determinação foi feita medindo-se com o multÍmetro a tensão

aplicada aos polos de uma resistência de precisão (leeds-Northrup) para se

passa.r uma corrente conhecida, pré-fixada, fornecida por uma fonte estabili-

zada (Hewlett-Packard Harrison 62098); a pr-e-fixação da corrente fora feita

Îab. 5.2 - Conposição quÍmica dos e1eÈr61itos

û¡mero

do ele-

r16tiro

I2J

456

7

I9

10111t13L415L6t71819202I2223¿42526na

282930

teores calcuLados com base nos valores nãxinos e mÍninos assegûrados peros fornecedores dcs reagentes utilizados,-3( g.dm )' I ( r,g. ar-3 ¡¡fn M4 so, I co Ni zn pb Fe cu As cd ca Mg Na K cl po, co-I

ué srg N¿r .4 _ - Z *03 CO3nlit t,l'

i:li : iüi 2',1 1,5 1,s 0,73 <10-3'0,13 7:3 6,0 7s u:.0 6,4 a,67 0,020 r,3 0,22rr t' 0160 oreo øit f, ,, r, rr ,, " n 2L2 r 'r ,, 'r,

:l " o,fo O;25 0,60 6rL !r rr , . ,, " ', 418 rr * , rr t' 0'66

l: " g'lq o;?5 0,60 6,r '¡ ,, ,r ,! ,, " '¡ 75 'Ìr ', ' rr " 1'3

:: " oreo orzs 0,60 6,L , ,r r! , ,, " " 2L2 !t t' * ,r 't 0'22

:l " O,iO Oi¡O 0,60 6,! , rr r¡ , ,, " '! 418 !r rr rr , " 0'66

l: " lrso orso lroo 6rr rr rr ' , ¡¡ rr r' 75 rr 'r rr 'r

" 1'3t¡ttO'OOO'SO0,606rL,¡r,¡,,,"t'2L2rr,,'t0'22

:l " OrfO trç 0160 6rI ri ,, , rr , rr rr 4LS . 'r ' ,r " 0'66

:: " !r:o 1;ô 0,60 6rr ¡, ,, ,, !r ,, " " 75 r' ', , ,' " l'3tr tr A160 1.;0 0160 611 r, rr rr ' rr

tt rr 2L2 !r rr rr , tt 0'22

¡t rr Or10 Ir1 6rL !r rr , , ,, " " 418 r rr r . " 0'66It rr Or:O - Ir1 611. ,, rr ,r , r,

tr tr 75 r rr . rr " 1'3trrtO,OO-1r1

6rL,r,,,,"'t2L2rrtr,tt0'22tr tr OrfO - 116 6rL ¡r , Ír * ,, " tt 418 tt rr , , tt 0'66

Ittr0r3o-1166rLrrr,,r¡,,""75rrr,tt1'3rr It 0160 - Lr6 611 rr rr rr r, ,, " 't 2I2 r rr rr ,

n 0'22rr tr O,fO - 216 6,! rr r¡ , rr ,, " " 418 tt r r r

t' 0'66ttrtor:o-2166rl ,rrr,,,,""75rrrrr,tt1'3rÌ tt O,OO - 216 611 ,r rr ,r , ,, " t' 2L2 t rr r r " 0'22rr tr orro - 0160 16rl rr ¡r r, ,r ,,

tt " 418 t rr ,, ,, " o'66rr rr or:o - 0160 16,11 ¡r rr rr rr ,, " " 75 rt rr r r

tt 1'3tt r¡ 0;60 - 0160 16rl ?r ,r * , ,, " tt 2r2 rr rr rr !r

tt o'22rf rt 0,1O - 0160 z6rL ,r ,, , , ,, " rt 418 rr , r rr " 0'66It rt 0r3o - 0160 26rL ,. ,r * , rr

rt tr 75 r r rr rr tt 1'3

rr rt Oreo - 0160 26rL l, ,, rr ,r ,, t' " 2L2 t rr , , 't o'22

tt ir oiro - 0,60 46rL r ,, r! ,r ,, " " 418 tr rr r rr " 0'66tt tr 0130 - 0160 46rL ,r , , r, ,, " " 75 tr r rr rr

tt 1'3!t rt o,oo - 0,60 46rL ,t , rr . ,, " t' 2I2 rr r rr r 't o'22

' ,' 4Lg , ,, rr , :: 9'9u

!t'J

73

com auxílio do próprio multímetro.

Considerou-se como potencial de deposíção PO o valor medido a par-

tir do quinto minuto de deposição, uma vez que naquele momento o potencíal,

já se mostrava sensivelmente estãvel. Esta estabilidade começava a se defi-

nír jâ a partir do segundo ou Ëerceiro minuto de deposição, como mostïam as

figuras 6.2 e 6.4.

Nossos potenciais de eletrodo foram expressos na escala do eletro-

do de calomelano saturado (ECS) " Este valor é ligeíramente di.fer:ente daquele

que medimos, uma vez que nosso eletrodo de referência era de calomelano não-

saturado. Esta diferença, correspondente ã diferença entre a concentração de

cloreto de potãssio em nosso eletrodo e o limite de saturação deste sal, foí

determinada inúmeras vezes anËes das deposições medindo-se a diferença de po

tencíal entre o nosso eletrodo e um de calomelano saturado, em uma solução

de cloreto de potássio.

5.5 DETERM]NAÇÃO DAS EFICIÊNCIAS DE CORRENTE

Primeira etapa - cã1cu1o de EC para um valor de td

A primeira etapa consiste no cãlcu1o da eficiência de corrente pa-

-9ra um dos oito valores de iU (escolhemos iU = 52,5 mA.crn "), atrav6s da t6c-

nica utiLízada por Louis e Martin (ref. 15) e exposta a seguir.

Efetuam-se deposições com a densidade de corrente cat-odica id e

com duração tU, formando-se um dep-osito de massa r5rr. Findo este tempo, in-

verËe-se a polaridade dos eletrodos, aplicando-se tensões que provoquem cor-

rosão eletroquímica do depósito com diferenËes densidades de corrente anódi-

.r i"u (adotamos sete valores de i"u: 1912, 26r0, 35,1, 47 15, 64,3, 87,0 e

_aII7,6 mA.cm '). E"t"

consumirã o dep6sito

Sendo i acq

corrente), a massa do

74

corrosão eletroquímica, aliada a uma corrosão normal,

em um tempo a". diferente para cada i"" (FiS. 6.2).

taxa de corrosão normal (expressa como densidade de

dep6sito consumida será dada pela 1ei de Faraday:

t"lr, = k(i.q * i".)'t"u

sendo

onde rn,, -e a massa atômica do manganês,!1n

a constanËe de Faraday e z 6. o número de

A eficiência de corrente EC 6

sa teórica equivalenËe ã carga e1ãtrica

5.1

5,2

A 6 a ãrea exposta do eletrodo, F é

oxidação do manganês na solução.

dacla pela relação entre rhn e a mas

consumida na deposição:

m.MnAFz

mMnEC= 5.3

k i.d

ou, pelas equações 5.1

td

5.3:

irEC= "q

tt +i- r-

dd

5.4td

Não podemos ainda calcular EC, pois não conhecemos i -,. Pela equa-cq

ção 5.1, contudo, vemos que quando i". tende a infinito, t." tende a zeto,

uma vez que rur-, , k u t"n são valores finitos e k 6 diferente de zeto.

Mas se t tende a zero, a primeira parceLa da equação 5.4, í^^.t^^/í".t^ 'cecqcedd

tenderã também a zero, pois o produto i".t" 6 diferente de zero e i 'e

ddcefinito. Assim, o valor da segunda parcela da equação 5.4 - parcela que <1e-

signaremos B - tenderá a EC.

irce ce

td

75

Em resumo, sendo

ir^ceceli =--

i- r-dd

ouando i'ce tende a infinito, B tende a EC.

5.5

paracada í , traçando' ce-

= 0 e tomando como ECce

Determinamos EC, portanto, calculando. B

a curva B x 1/i". , extrapolanclo-a at6 o eixo L/í

o valor de B nesta inËersecção (Fig. 6.3).

Segunda etapa - cãlculo de EC para os demais valores de

Poderíamos reutilizar a mesma t-ecnica para calcular as eficiências

de corrente associadas aos seis demais valores de id. Com o resultado da

primeira etapa, contudo, podemos adotar agora uma t6cnica mais simples, pro-

posta por Radhakrisnhamurty e Reddy (ref.73) e exposta a seguir.

Efetuam-se deposições com os oiËo valores de iO e. com duração tU;

finda a deposição, desliga-se o circuito e permite-se a corrosão normal do

depósito, com uma duraÇão t"n para cada iU (Fie. 6,4). A massa do dep6sito

será agora dada por:

nL- = k"i . tIvln cq cq5.6

Pelas equaçoes 5.3 e 5.6, teremos

iu

EC=

Como

primeira etapa,

i .rcq cq

i.. r-dd

jã conhecemos o valor de EC associado ao

podemos calcular t"n pela equação 5.7

5.7

valor iU adotado na

Em seguida, pela

76

mesma equação, calculamos EC para todos os demais valores de i..d

Comentãrios

Explicado o m-etodo utilizado, cabem aqui três comentãrios:

a) Aparentemente, poderíamos ter economizado sete das oito experi-

ências da primeira etapa, calculando t"O e EC para um dado iU com apenas

uma deposição sequida de corrosão eletroquímica com qualquer valor de i." "outra seguida de corrosão normal . Isto porque t"n e EC seriam as únicas

incõgnitas nas equações 5.4 e 5.7 e teríamos, assim, duas equações e duas in

cógnitas. Mas a taxa de corrosão normal é afetada pela corrosão eleEroquí-

mica. Assim, o valor de t"n 6 diferente nas duas equações citadas, inva-

lidando o m-etodo símplificad.o aventado.

b) Poderíamos ter pensando, tambãm, em calcultt í"0 jã no :final

da prirneíra etapae pela equação 5.4. TerÍamos economizado, assim, uma expe-

riôncia d.a segunda etapa. Mas, como visto no comentãrio anterioï, a taxa de

corrosão normal ã afeEada pela corrosão eletroquímica. Porisso, como deseja

mos o valor de i correspondente a i = 0, devemos calculã-lo com dadoscq^ce'da pr-opria segunda etapa.

c) Em lugar do m6todo adotado ou, ao menos, em lugar da prímeira

etapa, poderÍamos ter recorrido a m6todos gravim6tricos para calcular EC ou

í^^, Não o fízemos para evitar a possível imprecisão provocada por eventuaiscq

destacamentos do dep6sito nas etapas preceden.tes ã pesagem - retirada da c6-

lu1a, banho passivador, lavagem com ãgua e álcool, secagem -, bem como pela

corrosão normal que ocorre entre o tãrmíno da deposição e a imersão do dep6

siËo no banho passivador"

77

Determinaeão jlos tempos de corrosão

O momento de esgotamento do depósito de manganês pela corrosao

seja a normal, seja a normal maís a eletroquÍmica é indicado por

uma rãpída alteração no potencial de eletrodo. Tal como fizeram Radhakrishna

murty e Reddy (ref. 73) - no caso deles, apenas para corrosão normal -, "t!lizamos esta alteração para determinação dos tempos de corrosão. Para isso,

anotãvamos o valor do potencial de eletrodo a íntervalos curtos (5 em 5 s,

nos trechos maís críticos), traçãvamos a curva potencial x tempo e com ela

identificãvamos o momento da alteração do potencial de eletrodo. Obtínhamos

assim os tempos t"" ou ,"q, como exemplificado nas figuras 6.2 e 6.4.

O final de corrosão era tarnbém indicado pela cessação do desprendi

mento de hidrogênio que acompanha o processo. Entretanto, a sinrples observa-

ção visual seria inadequada para identif.icar com segurança este momentorpois

inúmeras bolhas de hiclrogênio permanecem sobre o eletrodo-base por algum tem

pcl após esgotado o manganês.

Tempos de deposição

Ao proporem o método de determinação da eficiência de corrente por

corrosão normal (v. seção anterior), Radhakrishnamurty e Reddy (ref. 73 )

alertam que a espessura do depósito deve ser pequena, para que não haja va-

ríação da taxa de corrosão durante o consumo de manganês . Para taL, o tempo

de deposição, segundo eles, deve ser curto. No exemplo mostrado por estes.â.Lr

tores, a deposição durava cerca de um minuto.

Considerações semelhantes caberiam, então, ao mãtodo de corrosão

eletloquímica uËilizado por Louis e Martin (ref. 15). Afinal, este m-etodo

tamb6m pressupõe uma taxa de corrosão normal constante durante a corrosão.

Entretanto, estes autores experimentaram tempos de deposição de 5 a 60 minu-

tos e verifícar¿rm que os tempos que levavam a resultados de maior coerência

eram os de quinze minutos.

Em nossas experiências preliminares, verificamos que o tempo de de

posição não afetava sensivelmente a relação a"O/tU ou 4."/ad. Assim,o tem

po de deposição foi definido de modo que grande parte de deposicão ocorresse

sob um potencial- de catodo já sensivelmente estabilizado (o que ocorria a

partir do segundo ou terceiro minuto, como já mencionãramos na seção 5.4), e

de modo que o tempo de corrosão resultanËe fosse suficientemente longo para

permitir uma medida adequadamente precisa. Com este enfoque, foram considera

dos suficientes, e adotados, os tempos de 600 s para os dois valores mais

elevados de id, 900 s para os quatro valores intermediãrios e 1200 s

os dois menores.

pata

RepetïÇão de experiências

Com algumas exceções, cada experíência foi realizada uma unica

vez, sem repetição. Exceções a isto foram as experiências preliminares, des-

tinadas a veríficar precisäo e reprodutibilidade do r4étodo (v. seção 6.1 )

Outra exceção foi a repetição de experíências que apresentaram alguma anoma-

lia em seu decorrer, como, por exemplo, a formação de unia grande bolha de h!

drogênio sobre o depósito - reduzíndo a superfÍcie exposta do catodo -, ou o

contato acidental do capilar de Luggin com o dep6sito, prejudicando-o local-

mente.

Mas a principal exceção foi

ções em todas as experiências com iO

exe.ução sistemática de três deposi-

5215 rnA.cm- - seguidas de corrosao

a

79

normal (seção 6.1). Adotou-se esta prãtica porque o valor de a.O obtido

nestas experiências, ao ser utilizado no cálculo d. i"O, constítui-se em elo

de ligação entre os dados das duas etapas de nosso mãtodo, afetando o cá1cu-

1o de EC para todos os valores de iU. As eventuais dispersões que incidam

nas demais experiâncias irão afetaï um único valor de EC e podem, portanto,

ser compensadas ao se traçarem as curvas de polarizaçã.o.

5.6 FOTOMICROGRAFIAS DA DEPOSIÇÃO

Todas as deposições, e subseqtlentes corrosões, foram acompanha-

das visualmente atrav-es do equipamento descrito na seção 5.2.2. A registro

fotogrãfico, contudo, restringiu-se a deposições realízadas na densidade de

correnËe ð,e 52r5 rA."*-2, exceto nas experiências preliminares, nas quais

diferentes situações foram regisËradas. Os registros foram feitos nos momen-

tos maís significativos da deposição, como o início, os primeiros sinais da

deposição do manganês, o começo da formação de g1óbu1os, etc.

Conf orme citado na seção 5.2 "2, uËi lizou-se r¡n ttf lash" eletrônico

como fonte de ilurninação. Como nosso sistema não dispunha de um diafragma

que pudesse ser re-gulado de acordo com as tabelas de dístância "flash"-obje-

to, a densidade correta do negativo foi obtida variando-se o tempo de revela

ção. Para o filme Kodak Plus-X f35 (ASA L25), o tempo de revelação finalmen-

te adotado foi d.e L2 mínutos, a lBoC, em tanque pequeno, com revelador Kodak

Microdol-X 1:1. Este tempo'e 507" superior ao recomendado pelo fabricante pa-

ra revelação normal nestas condições.

BO

5.7 FOTOM]CROGRAFIAS DO DEPõSITO

Para observação do dep-osito de manganês em microscõpio eletrônico

de varredura (descrito na seção 5.2.3), foi necessárío realLzar deposições

especiais, pois as deposições destÍnadas ã obtenção das curvas parcíais de

polarizaçã.o eram seguidas de corrosão do depósito, como exposto na seção 5.5.

Nestas deposições especiais, o eletrodo de trabalho era retira<lo

da c61u1a logo após interromper-se a circulação de eletr-olito e desligar - se

o circuito elãtrico. Retirado da c61u1a, o eletrodo era imediatamente imer-

so em uma solução de dicromato de potássío a 57" em peso, destinada a pas-

sivar o dep6sito.

Toda esta seqüência era executada com a maior rapLdez possfvel, pa

ra que não ocorresse muíta corrosão do dep-osito pelo eletrólito, ou sua oxi-

dação pelo ar.

IJma vez passi'vada, a amostra e:--a lavada com água e com ãlcoo1 etí-

lico e depois era secada. Era então imediatamente colocada na câmara de ob-

servação do microsc6pio eletrônico, sob vãcuo.

Para obtenção de sinal eletrônico mais intenso, todas as fotomicro

grafias foram tíradas com a amostra vol.tada em direção ao sensor eletrônico

e, para ta1, inclinada de 45 a 600 em relação ao feixe de el-etrons.

Foram observados os dep-osítos obtidos com todos os trinta eletr6li

tos estudados. Nestas experíências, a densidade de corrente cat6dica foi de

_2J.52,5 rn|.cm " e o tempo de deposiçáo foi de dez minutos.

B1

6. RNSULTADOS E)GERIMENTATS

6,L EFICIÊNCIAS DE CORRENTE E POTENCIAIS DE CATODO

6.I.I Reprodutibílidade e precisão

Tempos de corrosão e1eËroquÍmica

Na seqüência experímental normal, não houve repetição de experiên-

cias de deposição seguida de corrosão eletroquírni ca. Pa:ra mostrar a reprodu-

tibilidade obtida nestes resultados, apresentamos na tabela 6.1 alguns dados

-adas experiências preliminares, realízað,as com o eletrólito nQ 1 ( 0r1 g.dm'

de dióxido de enxofre, nenhuma adição de impurezas):

B2

Tab. 6.1. - Reprodutibilidade na duração da corrosão eletroquÍmica (expe-

riências preliminares para determinação da reprodutibilidade,

com o eletrólito ng 1, i, = 52,5 mA..*.-2 " tO = 900 s)

densidade de

correntean6dica

-2.(mA. cm )

L9,2

26,0

35,1

47 ,5

64,3

87 ,0

LL7 ,6

duração da corrosão eletroquÍmica

expert_enc]- am-edía

,.) ^

(s)

desvio-padrão

erro

relativo(z)

560

522

448

322

326

2II

202

494

459

44r

372

293

237

L79

507

509

410

326

272

233

180

520

497

433

344

297

227

L87

35,2

33,4

20 12

27 ,7

27 12

74,3

L3,4

6'8

6r7

at I

8r1

a,"-6r3

712

Na etapa de

qllência experimental

como citado na seção

trinta eletr6litos:

Tempos de corrosão normal

deposição seguida de corrosão normal ,

previa a repetição de experiências com

5.5. Na tabeLa 6.2, apresentanos estes

a proprra se-_1

i.O=52,5 mA.cm',

dados para os

83

Tab. 6.2 - Reprodutibilidade na duração da corrosão normal (íð,=52,5 mA ." 2,

tO = 900 s)

e 1e rró 1i ro

n9

01

02

03

04

05

06

o7

OB

09

10

11

T2

13

L4

15

I6

T7

1B

L9

20

2T

22

23

24

25

26

27

28

29

30

duraçao da corrosao

experíência nQ

xxI2 xx13 xxl4

normal (s)

rnédia

843

1043

1 200

633

850

101 7

373

533

577

140

177

237

840

927

I203

653

793

r037

387

517

607

t293

L537

1927

947

L240

1620

537

770

10 70

desvio

padrão

/, ()

5B

46

40

46

60

15

35

35

10

L2

15

44

4s

42

32

46

55

23

25

25

75

B5

90

55

35

B9

25

50

53

errorelativo

(7.)

900

1 100

1 190

590

900

960

390

500

610

130

190

250

890

930

I250

690

820

1000

360

540

630

L220

1620

1 840

1000

L220

L720

560

720

109 0

820

1 100

L250

640

840

1080

370

530

540

150

170

220

810

880

11 70

630

740

I 100

400

490

580

r370

145 0

2020

890

12 B0

1550

s40

820

1110

810

101 0

I 160

670

810

10 10

360

570

580

140

L70

240

820

970

1 190

640

820

10 10

400

520

610

r290

15 40

1920

950

L220

1590

510

770

10 10

84

Comparação com medidas por m"etodo gravim-etrico

Nas experiências preliminares, realizamos algumas medidas de efi-

ciência de corrente por método gravim-etrico. A técnica empregada consistia

em se retirar o catodo da c-elula após a deposição (de modo semelhante ao ado

tado para retirada de amostras para observação em microscópio eletrônico de

varredura, descrito na seção 5.7) e secá-lo at6 massa constante' consideran-

do como massa do dep-osito a diferença entre este valor e a massa do catodo-

base, medi.da antes da deposição.

Na figura 6.1, comparam-se os valores de eficiência de corrente ob

tidos pelo método gravimãtrÍco com os obtídos pelo m6todo adotado nas expe-

rt-encras det]-nrt]-vas :

È..e

AJ

]Jda.)

ItoCJ

CJ.Ú

cd

'r'{(.)

É(a)'rlc)

q¡a)

60

50

40

30

20

método

mãtodo

adotado

gravim6trico

o

L_

densidade de

20 60

Comparação entre dois mãtodos(eletrólito nQ 1)

corrente cat6dica (tn."*-2)100

da eficiência

1

d

40 BO

de medida e correnteFig. 6,

B5

Potenciais de catodo

Com cada eletró1ito, realizaram-se dez deposições com a densidade

de corrente catódíca de 52,5 nA."*-2 (sete deposições na primeira etapa do

m6todo experimental, três na segunda), como explicado na seção 5.5. Para mos

trar a reproduLibílidade obtida na medição dos potenciais de catodo, apre-

sentamos estes valores na tabela 6.3,. Nas demais densidades de correnËe em-

pregad.as não houve repetição de experiências, cJe sorte que não podemos fazer

avaliação semelhante.

6.I.2 Resultados e cá1cu1os completos para o eJ-etrõlito nQ 30

O m6todo de determinação da eficiência de corrente e do potencial

de caËodo para oito valores de densidade de corrente catõdica, descrito n.a

seção 5.5, foi aplicado aos trinta eletr6litos sob estudo'. A partir destes

valores foram traç¿.das as curvas de polarizaçáo. A. guiza de exemplo, expore-

mos a seguir Èodos os resultados experimentais primários e etapas de cãlculo

para o eletrólíto n9 30 (Q,6 g.dr-3 de dióxido de enxofre, 40 rng.dt 3 de zin

co). Na seção seguinte, expomos os resultados finais correspondentes aos de-

mais eletr6litos "

Deposições seguidas de corrosão eletroquímica - cálculo da efici-

ência de corrente para íd =2_.)

-L5 mA.cm

Para este eletr6lito (como para os demaís) , realí-zaram-se sete de-

-nposições com densidade de cor:rente catódica id = 5215 d.cïì ' e duração

fU = 900 s, seguidas de corrosão eletroquímica com diferentes valores de den

sidade de corrente i A figura 6.2 mostra' como exemplo, o potencial de

+J.rtF-l

10]J0.)

F-la)

n9

0l02030405060708f)q

1011T2137415T6L718L9202L2223¿42526272B2930

Tab. 6.3.- Reprodutibilidade do potencial de catodo (i¿

xx01 :c<02 xx03

155 9L567I5B4L5791563r57 9155915 7015 701557155 115691,5491566L57 5156815 851581L57 2r57 5t57 61s6B1581158515531586I57I1550L57 Tr570

1555r577T5821569ls7Bl-569l-566L57 5L5621559156215631548155315 78T57 L

159 315 81156 r-

r5781579L57 L159 31583r57 6

t579157 8L556L5661566

poËencial de catodo (ECS) (-mV)experiência nQ

xx04 xx05 xx06 xx07 xx12 xx13

L57 3r568L57 5r57 3L577t57 B

1553r572r57 51552155 915501546I57015 83r578158015 83r554l.58215857571157 475871561L57815661550r570L569

1562L57 4i584l-57I158615 86155 17569r57 5I5671555r57l1550I57 T

r573r57 415 857671r552r573L57 6157 615881 590ls s6158 1t5B2l-545L57 015 63

1559158 11580156315 81T5877s52r57 5L565r57 I155 0L562756415 70L573L569r57 5L57 815 59L573I57LL57 4L577158515601568r5 881534L5651563

1561L57L15 85L57 41570r5771561156 I158 1L554156315601556t562r57 3156lL57 815891550L57 31580156615801584L562L5821582rs4915651587

L554I572r59415 84r577r578155 5L566L56715621s5615607534156 BL57615 801584r579L559L57 615 B1155915 8615 8115551583L57 6L5471568156 8

156815 70rs79157015B2r579L557I57Il-567r55475621555155015 701556r579L57Lls 81L5521556156615 8115 8015 B8t562r57 3t579\546L5621 s65

= 52,5 inA. cm-2)

156 1757 I1580l-5671581t5791548t564r57 5

7554t_560155615451565157 27562r5811586r57 2

t572L57 6757L1582757 91564L57 B1s 86t564L570r560

xx14

L5571559t5821560L57 515681568r569757 41560155 3156315501565I57 T

L572L57615801559T5] L

7582Is7 3156 815 8875627584T5B2T5491553156 B

m-e¿iadesvio-padrão

1561r5771582I57 T

157715 78l-557L570L5771s591557156 t1549l-566r573t572158115 81L559r573r577T57I15 8115 85156 rr579r57915491566156 B

5,755,835,177 ,016,546,056,473,475,776,224,7 5

6,357 ,665,426,936r036,114,907,756,7 35,45

_errorelativo

0,370,370, 330,450,420, 3B0,420,220,310,400,310,4!0,490,350,440, 380,390,310,500,430, 350,380,450,2r0,390 r340,430,490, 360,47

5, 897 ,053,406,I45,406,767 ,595,637 ,30

Oo

B7

eletrodo em funçao do tempo para um destes valores de ice

íU = 52r5mA.cm

í""= 6413mA,,.-cm

eletr6lito nq

corrosao

tce

(210s )

tempo (s)

800 1200

tempo, em deposição seguida

-L r6

-L r4

-L 12

-1,o

-0, 8

-0, 6

depos i ção

0 400

Fig. 6,2 - Potencial de eletrodo em função do

de corrosão eletroquímica

v)(Jt4oo¡r+JCJr-lqJ

c.)

$.Fl(.)

ka.)

]Joã

-L

-¿

30

A tabela 6.4. mostra os resultados para todos os valores de i

Tab. 6.4 - Deposições

nQ 30, íð.

deposição nQ

eletroquími ca ( eletrólito= 900 s)

3004 3005 3006 30

seguidas de

= 5215 rnA.cm

corrosão_.)

e t-d

3003

variáve1pre-

fixada

varlavelsob tidas

tce

P , (ECS)cl

i -1ce

B

3001 3002

500 390

-1,570 -7,566

mA. cm 19 12 26,2 35,1 47 ,5 64,3 87,0 7r7 ,6

r70 720

-1,587 -1,568

S

V

340 260 2r0

-L,569-7,563 -r,563., _1L,Icm .mA 52,2

20

L5 16

29

11,5

31

B'5

30

38,6 28,5 2r,L

21 25 26cãlculos

Para obtermos a eficiência de coïrente, traçamos o grãfico_ -1função de i^^' lfignrr 6.3). Extrapolando a curva obtida at6 a"ce

(i + *), obtemos a eficiência da corrente para í, = 5215 d."*-2,'ceq

eletrólito n9 30. Como vemos, este valor ê. l+Z:

88

deBem

origem

com o

B(%)

(etet16lito nelJ

(id=52,5m4. .^-2)

3020loo ¿lo. -t . ,lce (cm".

de corrente pe1-a

50

mA-l )

extrapolaçãoFig. 6,3 - Determinação da eficiênciade B at6 o eixo i;t = O

Deposições seguidas de corrosäo -nor4.e!

corrente para os demais valores de iO

- cãlculo da eficiência de

Nesta segunda etapa,

sidade de corrente catódica iU,

petições de experiências com iO

se, nesta etapa, dez deposições

exemplo, o potencial de catodo

idt

realízamos deposições com oito valores de den

seguidas de corrosão normal. Como houve re-

= 52,5 o'rA."t-2 ç,r. seção 5.4.4), realíza;raÍÍL-

por eletrótito. A f igur a 6 .4. mostra, como

em função do tempo para um destes valores de

B9

.-r r6

-l 14

-L 12

-1r 0

=0, B

-0, 6

_L

30cJ>r)f¡lo.úot{+JAJ

F-lCJ

oF.l

Fld

.ÈCJ

OJ

¡Jop'

deposição

t. (900s)(1

corrosao

t (870s)cq

id = 39,8mA.cm

eletrólito nQ

tempo (s)

0 400 800 1200 1600 2000 2400

Fig. 6,4 - Potencial de eletrodo em função do Ëempo, em deposição seguida

de corrosão normal

A Tabela 6.5 mostra estes resultados para todos os valores de iO:

Tab. 6.5 - Deposições seguidas de corrosão lorma1 (e1etr61ito ng 30)

deposição nQ 3008 3009 3010 30rl 3012 3013 3014 3015 3016 3017

varl avers

pré- f :'-xadas

-am.m

s

Id

td

L7,4 22,9 3O,2

1200 1200 900

39,8 52,5 52,5

900 900 900

52,5 69,2 gL,2 I2O,2

900 900 600 600

.LvarraveLs cq

obtidas P,(ECS)o

250 460 610

-L,532 -I,542 -1,.554

s

v

870 1090 1110 1010 1190 770 890

-L,562 -1,565 -1,560 -1,568 -L,573 -L,576 -1,583

Para i" = 5215 rnA." 2, a m-edia dos tempos de corrosão normal tdcqfoi 1070s (m6aia dos valores 1090, 1110 e 1010s referentes ãs deposições n9

30L2,3013 e 3014, respectivamente, mostrados na Ëabela 6.5). Com este valor

e com a eficiência de correnËe determinada no item anËerior, calculamos a

taxa de corrosão normal, do manganês neste eletrõlito, expressa em densidade

de corrente, por meio da equação 5.7:

90

.oI=

cq

EC i. r,clo 0 34 .52,5 900

otcq

10 70

-¿

Conhecido este

ra os demaís valores de

r .ioBç= cQ cq

io td

A tabela

sidade de corrente

lores do potencial

va1or, podemos

rd, pera equaçao

= 15 mA.cm

a eficiência de

exemplo, paîa

corrente pa

-)iU=I7 r4mA.dm -:calcular

5.7 . Por

6.6 apresenta

cat-odíca, com

de catodo (já

2s0 15 = LBZ17,4 . 1200

este resultado para

o eletr-olito n9 30,

mostrados na tabela

os oito valores de den-

OS VA-e

6

Ltaz rLovamenËe

.s):

Tab

variãve1pr-e-

fixada

17,4 22,9 30,2 39,8 52,5 69,2 9r,2 I20

variãve1

medidaL,532 1"542 r,554 L,562 r,564 7,57 3 r,576 1 ,583

variáve 1

calculada

6.1.3, Eficiência de corrente em função da densidade de corrente e do

potencial para todos os elet161iËos

A partir de tabelas semelhantes ã tabel.a 6.6, apresentamos a efi-

ciência de correnËe em função da densidade de corrente, para todos os trinËa

eletr-oliËos estudados, na figura 6.5. Com todos os eletr6litos as curvas da

figura 6.5 apresentam um mãximo da eficiência de corrente dentro da faixa es

tudada de densidades de corrente. Os valores destas "eficíências de corrente

máximas" (ECM) e das densidades de corrente (iuar) e potenciais (nua") em

que elas ocorrem estão apr:esentaclos na tabel a 6.7 .

6.6 - Eficiência de corrente

densidade de corrente

e potencíal de catodo em função da

catódica (e1etrólito nQ 30)

t_.o

Pd (ECS)

çn

60

0

z)0,lg.dm - S0,

r")

\0 ,F ,:-r{___.o--*_ìo/.

e,0 120_?,r.d (mA.cn -)

u1/"7\i."JIII

I^a

ì

i!

tj

Ec ([)I

h illI

II.-t+t¡II

I241

I

I

^t

ì'.is Ì-i\-?q)-:J {.¡---F,'lj /-'-..-i:-r-- -__ -? : ¿ù '-È_ -LJÊ

' /+ r--.+_

c '+r e-0 :i0,rd (nLå.cn -)

Flg, 6.5 - Eficiência <ie corretìte

I

Ib0 -T

ii

qo-ilI

2aj

i

o..l

i 2'J

/")

-1,/

2/

B0 L20

i- (ma.cm-2¡

z-;-=+?o *-. - &'-.\ 'e'-- B'---" È ---tl-

-?0,69.dm - S0,

?

;' €----Õ------o---_,* ; *-s --o-

frr " \-..lã*o'o-r- -=- ---o-: L.F--

f;*'-J?**=. - -Ê----c-

+_, +

, *-12u ar\..--,20 L-\-

Ec (z)II

6 0-lII

. ^J

I

I

iI

I

zc(7")I

60ii

uo-lI

I

¡o)I

è/ntÅ,s - -ú-2-6fJz- -+-;-*"ÞÊ

'+.\- -u--+-

É.

í7,"nr-n,--o- - -3- - * - ^i.J l9-'*- * LLr/' '--¡_._- -

:¡:---------:T-^uu l tu^io. (mA . cn-¿ )

t+0

/-

c

em runçao

adi.ção decobalt o

(ng. dn-3)_o zero__a 0,25

- ---o 0,5

29\'+.-.-_. -1-È_r_._. +_

::*_ _ _^_"}-...--:-+

80 li. (mA.cn

(l

3

40 80 izc-r.r rña ^rJ

a)r(:' \usr'e

da densidade de corrente

EC

6C

(

I¡I

Iiì

iI

jI

II

-270

7")

+ i,0

40

24 ¡-og"u¿5,/- .1È ^n'Ð- i'

H\ V¿ U\'Ê' r*.-+-9c/-) / \¡¡-

adição cenìquel

. . _1.(:ng, . d:n J.)

_o zcro

20

s0:

c

J

+

+

i20(nc. cm-2)

A 0,5o 1,0

+ 2,4

'ì'-.*-

adição deztnco

(rng.dn-3)_o zeto__^ i0

n ?fl

80 i20-1.1d (n;É . cII: 'J

+4A

\oH

92

Tab. 6.7 - Eficiências de corrente máximas e correspondentes densidades de

corrente e potenciais

adição deimpure zas

_2(me.dm')

adição desoz

(g . ¿*-3)

numelodo

e1etr6-li to

ECM

(7.)

iua*_a

(mA. cm')

Puctn

(7")

SEM IMPUREZAS

0r 1

0'30r6

1

2

J

6I646B

706060

-r ,57 3-1,580-1,585

COBALTO

0 r250'10r30r6

45

6

50545B

404s38

- 1,560-r ,57 5

-r,57 5

0'50'10r30'6

7o

9

363B3B

3B4035

-1,543-1,563-L,563

1r00r 1

0r30r6

1011T2

T41818

404032

-1'543-r,546-1,550

NÍQUEL

0 r5

0r10'30r6

13I415

5B5964

604544

-1,570-r,57 7

-L,57 7

1r00'10'30r6

16L718

525556

334042

-r,545*r,57 4

-7 ,57 5

2rO0'10'30r6

T92027

364040

353532

-1,540- 1, 555.-1,560

ZINCO

100' I0r30r6

222324

646666

52-

4548

*7,570-r,57 5

-1,585

200r10r30r6

252627

42474B

304043

-r,542.-r,567-I,57 5

400r 1

0'30r6

2B2930

303+36

353540

-1.,534-1,553-1,563

93

6.2. CURVAS DE BgLA¡I?{Ç^\g

As curvas de polarizaçáo catódíca representam a relação entre o

potencial de câtodo (ou a sobretensão cat6dica) e a densidade de corrente ca

t6dica, para um dado processo eletroquímico. No caso estudado' o processo ca

tódico global subdivide-se em dois - a deposição de manganês e o desprendi -

mento de hidrogênio -, associando-se a cada um dos mesmos uma densidade de

corrente parcial, iM' e i", respectivamente. Sua soma representa a densidade

de corrente catódica tota1, id.

A relação entre irr, . id corresponde ã eficiência de iorrente

da deposição de manganês, EC. Por exemplo, para iU= 17,4 mA."*2 (e1etr61i

to nQ 30):

i¿ . EC = I7,4 0, 18 = 3, 1 mA. cm-2

= id (1 - EC) = r7,4 A,82 = !4 ,n¿"."t 2

-Mn

tH

A tabela 6"8 apresenta estes resultados para

densidade de corrente cat6dica, com o eletr-olito nQ 30,

valores do potencial de catodo (já mostrados nas tabelas

os oito valores de

e traz novamente os

6.5 e 6.6):

94

Tab. 6.8 - Potencial de catodo

ção da densidade de

e densidades de corrente

corrente cat6dica totalparciais em fun-

(eletrólito ng30)

varíáve1pr6-fixada i¿ *¿. "r-2 Ll ,4 22,g 30,z 39, B 52,5 69,2 9I,2 l2O

yariãvqlme<lida Pd(ECS) -v r,532 I1542 1,554 1,562 1,564 L,573 L,576 1,583

varlavelscalculadas -)mA. cm

tM'iH

3r1

L4

517

T7

10 L4 18 20 L9 23

20 26 3s 49 72 97

A partir de tabelas semelhantes

vas cle polatízação totais e parciaís r para

nas figuras 6.6 a 6.L52

ã tabela 6.8, apresentamos as cur-

os Lrinta e1etr6litos estudados,

95

-1,60

-1 ,55

-1,60

-1 ,55

-1r500,001

-1 ,60

-l ,55

-1 ,500,001

Fig, 6,6 - Curvas

eletr6lito nq 1

-?SOZ - 0,1g.dm "

eletr6lito nQ 2I

SOZ - 0,3g " drn "

densidade decorrente catódica

(4. cm-2).61,

t')cn(Jt4oEo4JcüoOJ

FldO

()lJoÀ

_ b)(nUT4

oo+Jdo

a)€r{$

oHc).tJoÈ

dçl;/ri

H-- -Mn-"

total _*

-1 ,500 ,001

.t

eletrólito nq

S0Z - 0,6g.dm

0'1

H---Mn -'-

total **_

densidade decorrente catódica

(e. cm-2)

0r1

H***Mn *'-

¡6¡¿l ***

densidade decorrente catódica

(R. cn-2)

0,01

0,01

.nd'.N' ,ln{ ^/

c) 3

-3

,{.

c0¡oHc.)lJ

Ê

0,01

d9 ¡olarízação dos eletrólitos0r1

sem adição de impurezas

96

-1 , -55

'- A)(n(Jtrlo€oÐdoo€

Fl(ú

ooÐoÈ

t//ry

-{ tA,

dI

3¡)<nC)trloolJ(gO

o.d

r+cù.¡UÉAJ.uot+

i- ç)

U)(-)t4oEoÐdC)

0lÉr-l(Ù

.rlc)HoÐop.

eletr6lito nq 4^

SOZ - 0,1g.dm -

eletr6lito nq 5_?

SOZ - 0,3g.dm -

corrente catódiça(4. cm-')

H---Mn -'*¡s¡¿l **-

densidade de

0rl-1 ,500 ,001 0,01

0,01

"þÅ,

'*1 ,60

-1 ,55

-1 ,500,001

-:l-,60

-1 ,55

-1 r500,001

6.7 - Curvas

eletr6lito nQ

SOZ - 0,69.dm

-d

H---Mn -'-

total -_

densidade decorrente catódica

(A' cm-2¡

o'l

.F

H---Mn -'*total

-densidade decorrente catódica

(¿'. crn-2)

6

-3q

A.E/o.dd )t-r

"f

0,01 0, I

de polarização dos eletrólitos com 0,25mg'dm

þo

ol

o¡.

Fig.t-, co

97

v a) eletrõlito nqtnH so^ - o.le.dmt'o.oo+JCd

oAJ

.FJ

r-rd'rtL)

H---

total

H ---Mn *'-

total -densidade de

H---Mn *.-

total .-'*"_

densidade de

densidade decorrente catódica

(R. cm-2 ¡

7

-3-1 ,60

-1,55

-1 ,500

-1,60

-1r55

-1r500

H0)Ðoo.

-F

,d

"l.o

c

/"ëy

/l¿

{IIIlI

,F>i- b)(n(J

odo]JdL)

a)dF-l

.rlOHa)]Joê.

,001

,001

0ro1 0r1

eletrólito nQ B

SOZ - 0,3g.dm -¡

"f/'ol,{

N

0ro1

eletrólito nQ 91

SOZ - 0,6g.dm -

0,01

de polarizaçã.o dos eletrólitos

corrente catódica(A ' cm-2 ¡

0r1

-1 ,60

-1,55

-1 ,500,001

Fig. 6.8 - Curvas

corrente catódiÊa(4. cm-¿)

0r1

com o,5mg"dt-3 co

.p-ê î"-f -l

vc)U)CJt'l

€o]JdoU.d

F-lcd

OËa)

9B

CNUf¡lo

id

+Jdoa).rl

r-lCd.¡oÊCJ.lJoo.

a) eletrólito nq

SOZ - 0,1g.dm

I

oÊþj.

,p

10-J

-1 ,60

-1 ,55

-1 ,50

H---Mn -'-total *"*

densidade de

0,001

i/ b) eletr6litoan:ì so^ - 0,3s.

¿o

'Úo+JcùO

AJ€

corrente catídicra(4. cm-- )

0r1

0r1

0r1

com 1,Omg.dt-3 co

0,01

-1 ,60

-1,55

11

t

þ

nQa

-Jm

o

I

dm

o

/o

c) eletró1ito n9 12

SOZ - 0,6e. dm-r,

dio

o/i

<nQtrlo.úo.lJdoCJ€

r-'l(d

'rlOÊ0.)

oor

r{doHAJ.¡JU'ÃÃ

-l ,500 ,001 0r01

*-6n

0,01

de polari zação dos eletró1itos

-1 ,60

-1 ,55

-1 ,500,001

6.9 - Curvas

densidade decorrente cat6dica

(4. cm-¿ )

densidade decorrente catõdíca

(4. cm-¿)

Fig.

99

-1, 6o

-1r55

*1 ,60

-1 ,55

3a)CNUf'lo'doÐcdo(J

Fl(d

.JoÊAJ

og

eletró1ito nq 13I

SOZ - 0,1g.dm '

¿

eletrólito nQ 14^

So^ - O.3s.dm -¿

É

{ff/densidade de

corïente catódica(4. cm-¿)

-r'r3

-1 ,500 ,001

ct)(Jt'lU.oo]JdCJ

oúr.ld.¡odC)]Jop.

c) eletró1ito nQ 15

SOZ - 0,6g.dm-3

-1,55

-1,500, 001

,/

+'-/

0,01

0,01

dos eletró1itos

densidade decorrente catódiça

(l' cm-2¡

corrente catódica(4. cm ¿)

0r1I

-tcom 0,5mg.dm -

H---Mn *'-

total -

H

Mn

total

H---Mn --'*

totalrlensidade de

-"1

vb)cnQTd

oFal

o.lJcd(-)

o

r-td

'r{C)Ha)ÐoÈ

Fig. 6.10 - Curvasde PorarlzaçaoNi

100

-1r55

-1 ,50

i/ a).J)(Jt4oo+Jdoo€r-l(d

'r{OÉCJ

]Joo.

¿b)U)

þlo€oÐCO

oCJ

r-4doc)ÐoÈ

vc)v)(Jtq

o.Úo]JdCJ

GJ.o

r-lCd

'rlOHCJ

+Jop.

eletr6lito nq 16I

SOZ - 0,1g.dm -

0,01

eletrólito nq 17â

SOZ * 0,3g.dm -

0, 01

eletrólíto nq 18ô

-1S0Z - 0,6g.dm -

0, 01

de polarização dos eletrõlitos

0,001

-1, 60

-1 ,55

-1, 60

-1 ,55

-1 ,500

Fie. 6. ll -,001Curvas

0, l'ô

-1com 1,Omg.dm'

densídade decorrente cat6dica

(4. cm ')

densidade decorrente catódica

(a.cm-2)

densidade decorrente catódica

(¡'. cm-2)

Ni

-1,55

-1,60

-1r55

-1,60

-1 ,55

*1 ,500,001

Fig. 6,L2 - Curvas de

eletr6lito n9 19_?

SOZ - 0,1g.dm -

eletró1ito nQ 21ô

SOZ - 0,6g.dm -

/ densidade de

,/

frb

/

ct)(Jt¡lo.úoJJcd

oa.)€

r{d

'rlokAJ.!og

ar h\(n(J

oo4Jdocl

''ú

rlCÙ

'rlc)ÉCJ

{Jo

/a

dI

tc)(/)(_)

t'lU.ÚoçdoC)

r-l(d

.F{

oHa.).lJotr

//o.4; /t corrente catódita

(4. cm-')

0r01

0,01

0r10,001

eletrólito nQ 20a

SOZ - 0,3g.dm -

corrente catódica(4. cm-')

-1 ,500

0'L,001

/o9- ,.N

./..Þ' ,Á /,//,r'dN,n

0, 01

poLarízação dos eletr6litos

corrente catódica(4. cm-2)

0rlcom 2,Omg, dm-3

H---Mn---

total __*

H---Mn -'-

total -densidade de

H---Mn -'-total

-densidade de

101

NJ

TO2

I

ç_l¿t/g

'{ al/l

---"t +

U)UtllorJoÐ($CJ

AJ€Ì--1

Cd.¡L9ll¡loJI ¡-¡

le

eletrólito nQ 22ô

-1SOZ * 0,1g.dm "-1r60

'-1 ,55

-1, 60

-1 ,55(drloHoÐoè

*1r500, 001

-1 ,60

-1; 55

-1,50o, ool

Fig" 6.13 - Curvas

-v

H---luln *' -

total -densidade de

0, l.

H---Mn -'-total "-..*

densidade de

o-

a)LN(J[¡]

oo.lJ(doCJ

r-lidl.nt9tblulolo

]J(doCJ1J

.-ld'rloÉa.)

]JcÊ

0-1 ,50

0 ,

^/"P

{tÕÍ'f;

,P

I

{,Ét/

corrente cat6dica(A.cm ¿)

01 0,01

0,01

oIJdO

0)

b) eletrólito n9 23

so^ - 0.3e.d*-3¿

c) eletrólito sQ 24.-3

S0^ - U'bg.dmI

corrente catódíca(4. cm-z)

MzÁr'-d

o

þv

0,01

de polari zação d.os eletr6litos

0"1

H---Mn -'"-

total --'

densidade decorrenLe catódica

(A ' cm-')

0r1

com 1omg"d*-3

^-"^{,

Zn

103

Þ^rva)

U)Ot¡lo€o]JdC)

q)

r-{d

'rloka)]Jo

-b)aî)Ut4o.do+J(Û

oq).o

F{d

.Flo,q¡+JoÈ

-o

./^{fz./*'

{r'-.r f

A

-c)at)(J[¡]

ooÐcdoqJ.ú

d'rloHolJo

eletrólito nq

S0Z - 0,1g.dm

25

-3

eletr6lito n9

SOZ - 0,6g.dm

H---Mn *'-

total -"-

H

Mn

total

densidade de

corrente catódica(4. cm-r)

0,01 0r10,001

-1 ,55

-1r55

0,001

Fig" 6.L4 - Curvas

eletrólito n9

SOZ - 0,3g.dm

26

-3

001s0l

10,

,P'

2l-3

0,01

0r01

dos

oX

densidade decorrente cat6dica

(4. cm-z)

' 0r1 .eletr6litos com 20mg.dm -

densidade decorrente catódica

(4. cm-2)

c1e polari zaçao Zn

104

-1,55

-1 ,60

-1 ,55

-1 ,60

-1 ,55

eletrólito nq 28-?

SOZ - 0,1g.dm -

eletrólito n9 29ô

SOZ - 0,3g.dm '

H---Mn -'-total

-

H ---Mn -'-

total -_densidade de

HMn

totaldensidade de

vdg,

-1r500

va)(nc)

o.d

.lJdoAJ.d

F-ld.¡Oda)+Joè

/"

vb)U)

trlo€o+Jcd(.)

GJ.o

r-l(d

CJ

HAJ

Ðoo.

vc)(n(JËd

.do+Jd(-)

c)n3

r-ld.¡(.)

Ho.uoÈ

-Ê--

ç

ATdensidade de

corrente catõdica(A' cm-2¡

0,01 0r1,001

oa,/v

corrente catódica(n. cm-z)

-1 ,50 0, 01 0'10, 001

eletr6lito n9 30^

SOZ - 0,6g.dm -

þF

"ß' g'

0l0,

-1 ,5001

Curvas

0, 01

de polari zação dos eletrólitos

corrente cat6dica(4. cm-/)

0r1a

com 40mg.dm "Fig" 6 "I5Zn

105

6.3 OBSERVAçÃO DA DEPOSIÇÃO E DO DEPõSITO

A observação do depósito e do processo de deposição por meio de m!

croscopia eletrônica d.e varredura, no primeiro caso, e de microscopia -opti-

ca, no segundo, evidenciou que, na maioria dos eletr-olitos estudados, o dep-o

sito de manganês consistiu de uma camada fina e lisa inicial sobreposËa por

uma cam4da mais espessa facetada, formada a partir de glóbulos isolados.

Nas deposições a parËir de eletró1itos contendo adições de zinco,

esta camada inicial tem espessura tão fina que se mostra indiferenciada da

camada superior quando observada no microsc6pio eletrônico de varredura.

6 . 3. 1 Seq{iência de deposicão

As figuras 6.16 e 6"77 apresentam seqtlências de deposição para os

eletr-olitos números 1 e 19, respectivamente. O primeiro, sem adição de impu-

rezas, apresenta um intenso desprendimento inicial de hidrogênio, que dimi-

nui rapidamente (a partir do d-ecimo segundo de deposição, aproximadamente )

ao se formar a camada inicial de manganâs; sobre esta camada, começam a se

formar, aproxímadamente aos 90 s de deposição, colônias de g16bu1os, sobre

as quais o desprendimento de hidrogênio é praticamente inexistente; este des

prendimento passa a ocorrer apenas sobre as regiões não-recobertas da camada

inicial. O segundo, com adição de 2r0 mg.d*-3 de nÍque1, apresenta a forma-

ção da camada inicial semelhante ã do caso anterior, mas a formação dos 91ó

bulos da segunda camada ã mais lenta e estes estão mais separados entre si;

o clesprendimento de hidrogênio tambãm diminui ap-os a formação da camada ini-

cia1, mas permanece constante durante o prosseguimento da deposição.

a) 2s

c) 360s

e) 1020s

E,iê..i,¡ì.6t6 - Fo tomicrograf i as

6ptico acoplado ã

da deposição com

cãlula, aumento

106

b) 90s

f) 1800s

o eletrr6ïit¡25x)

d) 600s

agrr.l (microsc6pio

a) 3s

c) 480s

e) 960s

!'].i:g,.,.....',:.'6'- *'7:, - Fotomicrograf ias

óptico acoplado ã

da deposição com

cãlu1a, aumento

L07

b) 1B0s

d) 780s

f) 2400s

o e1èti.6-ïåf:o

25x)

n9'.1r9 (microscópio

108

A observação da deposição não permitiu identificar diferenças en-

tre as deposições feitas a partir dos diversos eletr6litos estudados, exceto

com relação ã velocidade de formação da segunda camada, constituída de g16bg

los isolados ou aglomerados; esta velocidade foi menor e os glóbulos se mos-

traram mais isolados com os eletr-olitos que continham adição de ímpurezas ;

e1a foi maior' com glóbulos mais aglomerados, quando não havia adição de im-

purezas. Isto é mostrado nos exemplos das figuras 6.16 e 6.77, respecËiva-

mente.

O desprendimento de hidrogênio também se apresentou semelhante em

todas as seqtlências. E1e 6 extremamente ínLenso ao se ligar o circuito elé-

trico, quando o catodo-base de aço inoxidável não estã ainda recoberto por

manganês. Nestes ínstantes iniciaís, o catodo*base fica inteiramente recober

to de bolhas de hídrogÊnior guê crescem rapidamente at6 diâmetros entre 0,2

e 1r0 nrn e então se desprendem, subindo at6. a supe-rfÍcie d.o e1etr6lito. Com

o ínício da formação do depósito, este desprendimento inÈenso se restringe

às áreas que eventrtalmente permaneçam não-recobertas. Nas 'areas recobertas

pelo manganôs, o desprendimento Jmuito menos intenso e as bolhas que se

desprendem têm diâmetros muito menores, da ordem de 0,05 a 0 12 rm. A16m dis-

so, ao invés de ser homogêneo como sobre o aço inoxidãvel, o desprendimen-

to passa a ocorrer preferencialmente nas irregularidades do dep6sito e nas

arestas entre os gl6bulos e o dep6sito liso inicial. Quando estas arestas

desaparecem (ou seja, quando a camada inicial fica totalmente recoberta pela

segunda camada) , o desprendimento aparentemente reduz-se ainda mais.

6,3.2 Observação do depósito

0 depósito apresentou duas camadas nitidamente diferenciadas com

todos os eletrólitos que não continham adição de zinco. Mesmo quando a cama-

109

da superior se apresentava muito compacta, era possíve1 observar a camada

inicial ao se procurar a borda do depósito. Nos eletr-olítos com adição de

zinco, não se observou a camada inicial sequer nesta região.

Ao observarmos a camada inicial junto ã borda do dep6sito ( local

delimitado pelo anel de PVC, como descrito na seção 5.2.I), verificamos ser

ela constituÍda de pequenos g16bu1os, com cerca de 0,5 a 4,0 Um de diâmetro,

cuja morfologia nã-o conseguimos discernír por falta de definição.

O diâmetro destes glóbu1os, que podemos, grosseiramente, consíde-

rar como da mesma ordem de grandeza da espessura da camada inicial , 'e af.eta-

do pela adição de cobalto e nÍquel. E1e passa de 3rA - 4,0 U*, nos eletróli-

Ëos sem impurezas, para 1r0 - 1r5 pm, com adição de cobalto, ou 0r5 - 1r0 Um,

com adição de niquel.

A figura 6.18 mostra exemplos de fotomicrograf.ias da camada iniÉ

a1 com eletrólito sem impurezas:

a) MEV -

Fig. 6 ,LB

25Ox - eletr6lito nQ 1 b) MEV - 45x - eletrólito nQ 3

- Fotomicrografías da camada ínícial com el-e-tró1itos sem adição de

impurezas

110

A figura 6"19 mosËra exemplos de fotomicrografias da camada inicíal

obtida em deposições com eletr6litos contendo cobalto e níquel:

a) MEV - 700x - elerr6liro nQ 12 b) MEV - 950x - elerróliro ng 16

Fig. 6,L9 - Fotomícrografías da camada inicial com eletrólitos com adições de

cobalto e de níque1

Nos depósiEos resultantes dos eletr6litos corn adíção de zinco, não

se conseguiu diferenciar a camada inicial e o resËante do depõsito. A figura

6.20 apresenta exemplo desÈes tipos de dep6sito:

MEV -

Fotomicrografia de

com eletr6lito com

170x - eletrólito nQ 22

depósito sem diferenciaçãoadição de zinco

Fig. 6.20 - da camada inicial,

111

A figura 6.21 mostra mais um exemplo da camada inicial, cuja obser-

vação foi favorecida pela presença de uma trinca. Este tipo de trinca foi um

faËo fortuíto, não observado em qualquer outro local do dep6siËo ou em qual-

quer outro depósito:

a)

Fig.

MEV - 70x - eletr6lito n9 4

6.2L - Fotomicrografias de

b) MEV -

Erinca na camada

1400x - eletr6lito n9 4

inicial

1L2

Camada superior

A camada superior apïesenta-se na forma de g1-obulos facetados, que

pod.em estar isolados, aglomerados ou na forrna de um depósito compacto. A ob-

servação da deposição mostïara que o dep6siËo compacto resulta da formação

de inúmeros gl6bulos que passam, ap-os recoberta a camada inícial, a cr,escer

simultaneamente, aumentando a espessura do dep6sito. A figura 6.22 apresen-

ta exemplos de gl-obulos isolados, g16bu1os aglomerados e dep-osito compacËo,

e um exemplo em que se observam as três situações:

a) wv - 375x - eletrólito nQ 12

c) }ßV - 170x - eletr6lito nQ 22 d) MEV - 35x - eletrólíto nQ 4

Fig. 6.22 - Fotomicrografias da camada superior

b) MEV - 450x - eletr6lito n9 15

Nos dep6sitos obtidos a partír de alguns ele

pequenas de diõxido de enxofre, encontïam-se gl6bulos

tam-se lisas e perfeitas, como mostrarn os exemplos da

trótitos com

cuj as facetas

figura 6.23t

113

adições

apresen-

a) mv - 90Ox - elerr6lito nQ 7 b) Ißv - 800x - eletrólito ng 13

Fig. 6,23 - Fotomicrografias de g16bulos com facetas lisas

Quando o eletr6l.ito tem adição de zinco, as faceEas do dep6sito a-

presentam-se sempre irregulares e com defeitos, como mostra a figura 6.242

Fig. 6.24 -

MEV

Fotomicrografialitos com adição

- B5Ox - eletról íto nQ 22

de dep6sito com facetas irregulares, com eletr6-de zinco

L7.4

7. DTSCUSSAO

7.1. EFEITO DAS ADIçõES SOBRE A EFICIÊNCIA DE CORRENTE

7,I.L - Eficiência de corrente em função da densidade de corrente

Pelas curvas da figura 6.5 (eficiência de corrente em função da

densidade de corrente catõdica total), observamos que, com qualquer eletró1i

to, a eficiência de corrente 6 mais alta na faixa central das densidades de

corrente utilizadas do que abaixo ou acima desta faixa. Ou seja, todas as

curvas apresentam um mãximo - que denominamos "eficiência de corrente mãxi-

ma", ou ECM - dentro desËa faixa. Este mãximo ocorre em uma clada densiclade

de corrente, inCM, e em dado potencial de eletrodo, PECM.

A forma d.as curvas de polarização explica a existência deste mãxi-

mo.

As curvas de po1-arização parciais de manganês apresentam a.umento

da inclinação com o aumento do logaritmo da densidade de corrente tota1, po-

dendo-se distinguir uma região inicial, nos potenciais mais an-odicos, com in

clinação pequena e aproximadamente constante, uma região de transição e uma

região final, nos potenciais mais cat6dicos, de grande inclinação (aproxima-

damente vertical, em alguns eletr6litos com grandes adições de impurezas e

pequenas adições de di6xido de enxofre).

As curvas de polari"açã.o parcíaís de hidrogänio apresentam diminui

ção da inclinação com o aumento do logaritmo da densidade de corrente total,

podendo-se observar uma região inicial (nos potenciais mais anódicos) de grair

115

de inclinação e .uma região f inal de inclinação muito pequena. EsLa

região ocorre na mesma faixa de potencial do trecho de grande inclinação das

curvas parciais do manganês.

Este afasËamento enËre as curvas do hidrogênio e as do manganês

deslocando-se para a direita as primeiras e mantendo-se verËicais as segun-

das - corresponde ã grande diminuíção da eficiência cle corrente veríficada

nas densidad.es de corrente mais elevadas. O rnáximo de eficiência de corrente,

por sua vez, ocorre em densidades de correrite um pouco inferíores ãs do iní-

cio do afastamento enLre as curvas. Abaixo destas densidades de corrente, a

eficiência de corïente diminui porque as inclinações dos trechos iniciais

das curvas do manganês são nenores que as das curvas de hidrogênio.

Os valores das eficiêncías de corrente máxímas e das densidades de

corrente e potenciais correspondentes, ouseja, ECM, iSCl,, . PECM, variaram

dentro de uma ampla faixa. 0 menor valor de ECM f.oí I47", gue ocorreu em uma

iuC* d" 4OmA.cm-2 . rr PECM de -1 ,543 vrcom o eletr-olito nQ 10, que tem acli

ções de 0r1 g.dr 3 de di6xido cle enxofre e 1,0 mg.d* 3 de cobalto. O maior

valor de ECM f.oí 687" e ocorreu com o eletr-olito nQ 3, que tem adi-

ção de A,6 g.d*-3 de di6xido de enxofre. Os valores máximo e mínimo de iua"

foran 32 e 70 r¿.."t 3, respecËivamente, e os d" P'CU foram -11585 e -1,534V,

respecËivamenËe.

Analisaremos a seguir o efeito do di6xido de enxofre, do cobalto,

do níque1 e do zinco sobre estes valores. Estas adições afetam todos os parâ

meËros das curvas de:polarízação ou seja, a posição das duas curvas par-

ciais, a definição mais nítida ou menos nítida de regiões distintas na cur*

va d.o manganês, a densidade de correnËe em que ocorre o trecho de grande in-

clinação da curva do manganês, eËc.

116

7.L.2 - Ef eito do cobalto sobre a ef.íciência de corrente

As adiçoes do cobalto sempre dimínuem a

xima, ECM, e o potencial em que e1a ocorre, PECM,

de dióxído de enxofre. A densidade de corrente em

bãm diminui com estas adições, exceto na passagem_1

cobalto, com 0r1 g.dm ' de dióxido de enxofre, na_a

ra 40 mA.cm '. A figura 7.1 mostra estes efeitos:

eficiência de corrente má-

qualquer que seja a adição

que ocorre ECM, i'a*, Ëam-

de 0, 5 para 1r0 mg.¿* 3 ¿.

qual e1a aumenta de 38 pa-

3

N

80I

=()l¡J

fL

o o,25 q5 l,o o

' Cobolto ( mg. d m-3 I

o o,js..dm-3 so^-zFig. 7.I * Efeito das adições de

0,26 q5 tpCobolto ( mg. d nts )

o o,25 0,5 t,o

Cobolto (mg.dm-3l,-3-3x 0,3g.dm - S0, A. 0,6g.dm - S0,

cobalto sobre ECM, i¡ClU " PACU

A figura 7.2 mosLra os efeitos das adições de cobalto sobre as cur

vas polarogr'af.ícas parciais de manganês e hidrogênio, em eletrólitos com

a

0,1 g.dm ' de diõxido de enxofre.

Por que ocorre a dirninuição da eficiência de corrente máxima? E1a

ocorre porque, como vemos , a að,íção de cobalto diminuí inËensamente a depo-

sição de manganês, ou seja, desloca a curva do manganês para a esquerda (den

'E9

e

Et¡J

t=()lr¡

60

il

sidades de corrente menores), ao mesmo tempo em gue aumenta

de hidrogênio, ou seja, desloca a curva do hidrogênio para

qualquer potencial. Assim, a eficiência de corrente diminui

tencial e, porËanto, a eficiência de corrente mãxima Ëambãrn

tenciais mais caËódicos (parte superior das curvas, uma vez

adoËada 6 o negativo do potencial), ambos esËes efeitos são

Esta diferença é mais pronunciada para a curva d.o manganês,

balto altera sua forma, definindo um trecho aproximadamente

-1, ,

/

Ì

-1 ,55

TI7

o desprendimento

a direita, em

em qualquer po-

diminui. Nos po-

que a abcissa

mais intensos,

uma vez que o co

vertícal na sua

U)Utrlo€o{JdCJ

c).o

r-lCd

.FloHc)!oÀ

I /r',ø -"&?,1 .f /

'¿ n -.o' -/-¿ r?r -f

e1.

e1.

e1 .

e1.

oPncu

0, 01

(sem impurezas)

(0,25mg . dr-3co)(0,5 mg.dr-3co)(1,0 mg.dr-3co)

densidade de

corrente parcialde manganês (a.c*-2)

0r1

/ ,r'-

-1, 5040,

*001

1

4

7

10-1 ,60 <))(_)trl

ioo]J(Ú

oCJ

F-ld

'rloHo4JoÈ

-1,55

-1 ,500,001 0,01

Fig. 7.2' - Efeitos das adições de cobalto sobreparciais, em eletrõljtos com 0rlg.dm

0r1

as curvas de polarizaçãoa-' d" di6xido de enxofre

ødens idade

corrente parcialhidrogênio (4. cm

de

de-)-)

'/ d

118

parte final. Quanto maior a adição de cobalto, maís clara a existência desËe

trecho de grande inclinação e menor o valor da densidade de corrente em que

o mesmo ocorre.

Comparemos numericamente o efeito do cobalËo em duas faixas de po-

tencial, novamente com eletrólitos contendo 0,f g.a*-3 de dióxido de enxo-

fre. Em -11580 V, que está dentro da faixa de potenciais em que ocorre o tre

cho de grande inclinação da curva do manganês, a adição de lr0mg.dn 3 U" "o-

balto dininui oito vezes a densidade de corrente do manganês e aumenta qua-

Ëro vezes a do hidrogênio, em relação ao eletr6lito sem adição de impurezas.

Em -1,520V, gu€ estã dentro d.a faixa de potenciais correspondentes ãs densi-

dades de corrente que antecedem ao trecho de grande inclinação das curvas de

manganês, a adição de 1,0 mg.dm-3 de cobalto diminui apenas três vezes a den

sidade de corrente do manganês e aumenta duas vezes a do hidrogênio. A figu-

ra 7.3 apresenta estes valores de densidade de corrente:

t20

100

80

60

40

20

00102040adição-¿" "oU.fto {*g.ar-3¡

Fie. 7.3 - Efeito da adição de cobalro

01020401adição de cobalto (rg.dr-')

sobre as densidades de corrente parciais

*1,520V

119

Por que o potenci"l PECM, correspondente à eficiência de corrente

mãxima¡ âurrr€rrtâ com adições de cobalto? l{a figura 7.2, assinalamos em cada

curva o correspondente potencial PUC''. Como vemos, este valor 'e. razoavelmen-

te cat6dico, -1,573 V, para o eletrólito sem adição de impurezas; nesta fai-

xa de potencial, a diminuição da densidade de correnLe do manganês quando se

adiciona cobalto ã muito intensa, devido ã jã comentada formação do trecho

de grande inclinação. Em potenciais um pouco mais anódicos, 6 menor a dimi-

nuição da densidade de corre-nte do manganês. Como a diferença entre os efei-

tos sobre a curva do hidrogãnio não 6 tão grande, resulta uma menor dininui-

ção da eficiência de corrente nestes potenciaís mais anódicos, onde se esta-

belece, portanto, o novo máximo de eficiência de correnËe. Com Or25r 0r5 e

a,J1r0 fng.dm " de cobalto, os potenciais Pua* são, respectivamente, -1,560,

-1,543 e -1,543 V. Na ú1tima adição não ocorre modificação do potencial,por-

euer com 0,5 mg.dr 3 de cobalto, a eficiência de correnËe mãxima 6 atingida

fora da f.aíxa correspondente ao trecho de grande inclinação da curva do man-

ganês. Isto não ocorre nas iiltimas adições de cobal.to dos eletrólitos que

cont6m 0r3 ou 016 g.dr 3 de diõxido de enxofre, pois nestes casos, as efi-

ciências de corrente máximas ocorrem em potenciais mais catõdicos, ainda den

tro d.o Èrecho verLical das curvas do manganês (v. Tab. 6.7, Fig. 7.L e Fig.

7.4) .

Por que decrescer'mas não sempre, a densidade de corrente iECMr.oI

respondente ã eficiência de corrente mãxima? Esta densidade de corrente cor-

responde, evidentemente, ã soma das densidades de corrente parciais de man-

ganês e de hidrogênio neste potencía1. Como vimos, as adições de cobalto di-

minuem mais a deposição de manganês do que aumentam o desprendimento de hi-

drogânio. Assim, sua soma diminuiria mesmo "" PECM se mantivesse fixo. Como

PECM ". torna mais an6dico, esta soma diminui com mais razão ainda, pois em

qualquer curva polarogrãfica cat6dica o aumento do potencial corresponde a

r20

uma diminuição da densidade de corrente. Verificamos, contudo, llue no último-?

aumento da adição de cobalto (de 0 15 para 1,0 mg.dm -) o valor d. igCl,t se

mant6m constante, com 0r3 g.d*-3 de di6xido de enxofre, ou mesmo chega a

crescer, com 0rl g.d;3 de di6xido de enxofre. Isto ocorre porque nos eletró

litos com estas adições a diminuição da densidade de corrente do manganês

passa a ser aproximadamente igual ou mesmo menor que o aumento da de hidro-

gênio. Além disso, no caso do eletr6lito com 0,1 g.d;3 de cli6xido de 'enxo-

fre, o potencirl PSCM se mantém fixo, como exposto no parâgraÍo anterior, e,

portanto, deixa de afeËar iUa*.

O efeito do cobalto não ã afetado qualitativaaente pelo aumento da

adição de dióxido de enxofre, que apenas diminui a distância entre as curvas

(ou seja, diminui a intensidade do efeito do cobalto) e as desloca para po-

tenciais mais caËódicos. Como exenplo, a figura 7.4 apresenta o efeito do cg

balto sobre as curvas de polarização parciais dos eletrólitos com 016 g.dm 3

de dióxido de enxofre:

t2L

*1r500

-1r60

-l- ,55

-l ,60

-1, 55

e1.

e1.

e1.

e1.

,001

(nQ[']o

.lJdoo

r-id.rlCJ

Éc.)+JoÈ

v

<n

td

+J(dCJ

CJ

r-{ñ.¡ora)+JoÊ.

0,01(sem ímpurezas)

(0,25mg. dr-3co)(0,5 mg.dr-3co)(1,0 mg.d*-3co)

0,01

densidade de

corrente Parcial_t

de manganês (A.cm ')

0r1

de

de-L.

)

0r1

as curvas de polari zaçã"o

-3 d. diõxido de enxofre

dens idade

corrente parcialhidrosênio (A.cm

J

6

9

L2

-1 ,500 ,001

- Efeitos das adições de cobalto sobre

parciais, em eletrólitos com 0r69.dm

Fig. 7.4

L22

7.1.3 Efeito do nÍquel sobre a eficiência de corrente

Como mostra a figura 7.5, os efeitos da adição do níque1 são quali

tativamente semelhanËes aos da adição de cobalto, embora menos intensos. En-

quanto, por exemplo, 1r0 mg.dr-3 de cobalto abaixa a eficiência de corrente

mãxima de 61 para L47", 2,0 rg.a* 3 de níquel abaixam-se apenas a 367" ( exem-

plos com os eletrõlitos n9s L,10 e 19, com 0,1 g.dt-3 de dióxido de enxo-

fre, a partir de dados da tabela 6.7 ou das figuras 7.1 e 7.5)"

I

=()o.t¡J

ü=()ul

1.O 2p O

Ni¡uel ( mg.dm-3 I

-3o D,1g.dm " S0,

* Efeíto das adições

..Él¡9$zr

o,5 l,o 2,o

Níquel ( mg.am-s)

X o,3g.om-3 so,

de níquel sobre ECM,

\o.'\,o

o q5 r,o 29Nrhuel ( mg.dnis

ô

.^ 0,6g"dm " S0,

incu " Pnc¡.r L

20

q5

Fíe. 7 .5

(\¡Eq

Ê,

=ol¡¡

60

123

Todos os efeitos da adição do nÍquel sobre a eficiência de corïen-

te mãxima, sobre P'CM . sobre irc* .*plicam-se pelos mesmos motivos expostos

a respeito do cobalto. Como mostra a figura 7.6, os efeitos do níquel sobre

as curvas de po1-arização parciais são semelhantes aos do cobalto, stas menos

intensos. Assim, estes efeitos, ou seja, a definição de um trecho aproximada

mente vertical no final da curva do manganês, a diurinuição da deposição de

manganês especialmente nos poËenciais mais cat6dícos, correspondentes ao

trecho aproximadamente verticali e o atunento do desprendimento do hidrogê-

nió, levam aos mesmos comportamentos finais que o cobalto.

-1 ,60 (n(Jtrl

o]JdU

CJ.o

r-1d

.FlCJ

q)ÐoÈ

-1r55

-1 ,50

densidade de' corrente parcial

_,)de manganês (4. cm -)

0r10,001 0,01(sem impurezas)

(o,5mg.¿m-3 ni)(1,Omg.¿m-3 ui)(2,Omg.¿m-3 ni)(/j

Qþloño]JcúO

c).o

È-'l(Ú

.Joo4Jog

1

13

I6

L9

-1 ,55

-1,500,001 0,01

Fig. 7.6 - Efeitos das adições de níquel sobre as

parciais, em eletrõlitos com O,19.dm-3

el.e1.

el.e1

dens idade

corrente parcialhidrogênio (A.cm

de

de_)')

0r1

curvas de polarizaçã.o

de di6xido de enxofre

124

0 efeito do níquel tamb6m não é qualitaËivamente afetado pelo au-

mento da adição de dióxido de enxofre, que, tal como observado no caso do cg

balto, apenas diminui a distância enËre as curvas e as d.esloca para poten-

ciais mais catódicos. A figur a 7.7 apresenËa o efeito do níquel sobre as cur

vas de polarízação parciais dos eletr-olitos contendo 0r6 g.dm-3 de di6xido

de enxofre:

-1r60

-1r55

densidade de

corrente parcialde manganês (a.cr-2)

0,01(sern ímpurezas)

(o,5mg.¿m-3 ui)(l,omg.¿rn-3 ui)(2,}mg. ¿rn-3 Ni)

-1r55

densidade de

corrente parcial de

hidrogênio (4. c^ 2)

0,01

adições de níquel sobre as

eletrõ1itos com 0,69.dm-3

-1 ,500 ,001

CN(Jtrlo

.tJCd

U

o.Ú

r-{d

.F{

oHG)+Joor

t;t:l.dloI .¡¡

lilËL:001

itorcia.

I

OS

ai

0r1

-1r60

e1.

el.e1.

e1.

3

L5

18

2L

50L0rc

lfe i)arc

Ef

pa

-1,

s das

i", em

0r1

curvas de polarizaçã.o

de di6xido de enxofre

Fie. 7 ,7

L25

7.L4 Ef eito do zinco sobre a ef iciência de corrente

A figura 7.8 mosËra o efeito das adições de zinco sobre a eficiên

cia de corrente mãxima, sobre PECn u sobre ira*. Observa-se que' ao contrã-

rio do cobalto e do níquel, a adíção inicial de zinco (10 rng.¿*-3) aumenta a

eficiêncía de corrente mãxima, exceto quando o eletr6lito tem 0,6 g.d*-3 de

di-oxido de enxofre. As adições subseqtlentes, contudo, reduzem ECM, de modo

semelhante ao cobalto e ao nÍque1, mas com menor intensidade; uma adição de

_e40 mg.¿nr-'de zincor por exempi'o, reduz a eficiência de corrente mãxima de

64 para 34%, enquanto 1r0 mg.dt-3 de cobalto a reduz para I87., em eletr-o1i-

tos conËendo 0,6 g.d*-3 de di-oxido de enxofre.

O potencirl PECM, correspondente ã eficiência de corrente mãxima,

sempre aumenta com a adição de zinco, enquanËo que a densidade de corrente

iUC, sempre dirninui, com exceção do ú1timo aumento de adição (de 20 para

-a -?40 mg.dr-') com eletr6litos contendo 0,1 g.dm'de di-oxido de enxofre.

N'E()

e

-=.r3

J=o

o,l¡J \lo\

-q,30

2928

3029

lo 20 ¿to

Zinco ( mg. dnîs)

o o,1g.dm-3 so,

* Efeito das adições

Zinco ( mg. am-3 )

x o,3g.dm-3 so, .a. o,sg.dm-3

de zinco sobre ECM, ígClt " PnCl,t

æZinco

Soz

¿lo

( mg.oni'3!

24

Fig. 7 .B

r26

A f.í-gura 7.9 mostra o efeito das adições de zínco sobre as curvas

de polari zação parciais de manganês e de hidrogênio, com eletr6litos com

_20r1 g.dm'de di-oxido de enxofre. Observa-se que, tal qual o cobalto e o ní-

quel, o zinco desloca as curvas do manganês para densidades de corrente mais

baixas, especialmente nos potenciais mais catódicos, e Ëende a definir um

trecho aproximadamente vertical no final das curvas. Sobre as eurvas de hi-

drogênio, contudo, há uma diferença: a primeira adição de zinco, 10 mg.d*-3,

diminui a densidade de corrente de hiclrogênio, ao contrário das adições de

-1 ,60

-1,55

-1r50

U)Q[¡]

oÈo.lJdoAJ

rid

'rlOÉ(.).lJ

È

0, 001

¿|-¿ de

el.e1.

el.e1.

1

22

25

28

0,01(sem impurezas)

( lOmg . dr-3 zr,)

( 2omg . dr-3 zr,)

(4omg. ¿*-3 zrr)

densidade de

corrente parcial-2

manganês (A.cm -)

0r1

-1 ,60 (n(Jf¡loEo.u(üCJ

q)ÎJrlcd

" r''lUÉq),l-.)

oo.

-1r55

-1 ,500,001

- Efeitos das

parciais, em

,/

lt,p

0,01 0r1

adições de zinco sobre as curvas de polarização

eletrólitos com 0r19.dt-3 d. dióxido de enxofreFig. 7,9

L27

cobalt.o ou nÍquel. As adições subseqtlentes seguem o efeito observado com co*

balto e níquel, aumentando o desprendimento de hidrogênio.

Com 0r3 ou 016 g.d**3 de dióxido de enxofre, os efeitos de zínco

observados nos eletrõlitos com 0rl g.d**3 de di6xido de enxofre repetem-se,

qualitativamente. A figura 7.10r Que apresenta o efeito do zinco sobre as

curvas de polarização parciais de elerrólitos contendo O16 g"dr-3 de di6xido

de enxofre, ilustra este fato:

-1, 60

*1r55

densidade de

corrente parcialde manganês (a.cr-2)

U)(Jt{oo+Jdo(.)

F-l

0r01

impurezas )

.dm - zn)

,dm' Zn)

.dm ' zn)

-1r55

<nOtrloo+JdC)

o

r-l(d

.rlU

CJ]Joo.

-1, 500 ,001

-1, 60

d.JoHqiTJoÊ.

-1, 500, 001 0,01

Fig. 7.L0 - Efeitos das adições de zíncoparciais, em eletrólitos com

0r1

dens idade

corrente parcialhidrogênio (4" cm

0r1

as curvas de polari zaçãoJ, de dioxido de enxofre

e1

e1

e1

e1

3

24

27

30

(sem

(1Omg

(2)ne

(40me

de

de-)

sobre

0,69.dm

,'i

128

Analisemos, então, a variação da eficiência de corrente mãxima com

as adições de zinco.

Com a adíção de 10 rg.d* 3 de zinco, a eficiência de corrente au-

menËa nos potenciais nos quais a diminuição da densidade de corrente de man-

ganês ã menor que a do hidrogênio. Com 0,1 g.dm-3 de di6xido de enxofre, ís-

Èo ocorre em qualquer potencial mais an6dico que -11580 V. Assim, como a efí

ciência de corrente máxima do eletr6lito sem adição de impurezas oco:rre em

-I,573 V, ECM aumenta. Por exemplo, do eletrõliÈo n9 1 para o nQ 2-2, ECM ¿s-_,)

menËa de 61 para 64% (v. Fig. 7.8 ou Tab. 6.7). Com 0,3 B.dm ' de dióxido de

enxofre, a adição de 10 rg.ar 3 de zinco provoca uma diminuição levemente

maior do desprendimento de hidrogênio do que da deposição de manganês, em

qualquer potencial (e, portanto, tambãm .* PnCu); assim, a eficiência de cor

rente mãxima aumenta um pouco. Com 016 g.d* 3 de di6xido de enxofre, contu-

do, a eficiência de corrente s6 aumenta em potenciais mais an6dicos que

-L,575 V, e diminui em pobenciais mais catódicos que este; como a eficiâncía

de corrente mãxima deste e1etr6lito, quando Sem adição deimpurezas (e1etr61i

to nQ 3) ocorre em -11585 V, a eficiência de correnËe mãxima diminui com a

adição de 10 ng.dm 3 de zinco.

t29

_1As adições de 20 e de 40 mg.dm ' de zinco provocam a diminuição da

eficiência de corrente' em qualquer potencial, coln qualquer das adíções estu-

dadas de di-oxido de enxofre, uma vez que estas adições de zinco diminuem a

deposição de manganês e a,rmentam o desprendimento de hidrogênio em qualquer

potencial. Porisso, ECM diminui com estas adições

O aumento do potencirl PSCI", com as adições de zínco deve-se aos

mesmos fatos expostos na anãliså do cobalto e do nÍquel: a eficiência de cor

rente mãxima dos eletrólitos sem impurezas ocorre em potenciais :razoavelmen-

te catfidicos, nos quais a adíção de í-mpurezas provoca o surgimento do trecho

aproximadamente vertical na curva cle polarização p"r"ial do manganês; nestes

potenciais, como jã vimos, a diminuição da densidade de corrente do manga-

nês, causada por estas adições, ã muiËo intensa; em potenciais um pouco mais

an6dicos, esta diminuição -e menos intensa e, portanto, a eficiência de cor-

rente cresce mais ou decresce menos; assim, PECM d""loca-se para estes poten

ciais. As alterações de comporËamento das curvas de hídrogênio com a varia-

ção do potencial são menores que as das curvas de manganês, e porisso são as

de manganês que deter:minam o sentido da vari.ação de P'CM.

A densÍdade de corrente catódica total correspondenËe a ECM decres

-?ce com a adição de 10 mg.dm ' de zinco porque ambas as densídades de corren-

te parciais decrescem com esta adição, Ëanto pelo efeito da pr-opria adição

em dado potencia.l fixo como pelo efeito do aumento d" P'CU. Com as adições

subseqtlentes de zi-nco, iECM decresce menos porque a densidade de corrente do

manganês continua decrescendo por efeito das adições, mas a de hidrogênio

passa a crescer. Há uma situação em que incu.h"Ba a crescer: trata*se da

passagem do eletr-olito com 20 para o com 40 ng.d*-3 de zinco, com 0r1 g.d*-3

d.e dt-oxldo de enxofre. Neste caso, o aumento da densidade de corrente do hi-

drogênio sobrepuja a dirninuição da de mattganês, ê â densidade de corrente to

tal aumenta; isso ocorre polque, nestes eletr-o1itos, PECM sofre variação pe-

130

quena com a adição de zinco, pot estar pr6ximo aos potenciai,s mais anfidicos,

nos quais ocorre grande diminuição da eficiência de corrente.

7 .r.5 Efeito do dióxido de enxofre sobre a eficiência de corrente

As figuras 7.11 a 7.I3 apresentam os efeitos das adições de di6xi-do de enxofre sobre a efíciência de corrente m-axima e sobre o potencial e a

densidade de correnËe em que e1a ocorre.

Como vemos, o aumento_a

0r3 g.dm ' sempre eleva o valor

jam as adíções de impurezas.

o aumento subseq'rlente, de 0r3 para 0r6 g.dr-3, aumenta a ef iciên-

cia de corrente mãxima apenas quando o eletr6lito não tern adição de impure-

zas ov quando esta adição 6 pequena; quando as adições de impurezas são gran

des, ECM não se altera significativamente.

Esta diferença de comportamento deve explicar as divergentes con-

clusões sobre o limite de atuação do di-oxido de enxofre ¡ eue podem ser devi-

das a diferenças nos teores de impurezas dos eletrõlitos utilizados pelos

diversos autores.

da adição de dióxido d.e enxofre de 0,1 para

de ECM e diminui o d" PECM, quaisquer que se

iECu r" altera pe

que não guardam

iECl4 r."rltantes

resultantes das

Pelas figuras 7.IL a 1.I3, observamos também que

1as adições de dióxido de enxofre, mas em sentidos diversos

qualquer correlação símp1es com as adições de impurezas.

Observamos ainda que as alterações em ECM, pECM u

das adições de dióxido d.e enxofre são muito menores que as

aclições de cobalto, níquel ou zinco

131

Ë

=ol¡¡

60

NIFIÉ

=ou¡

¡

õolP 70

àe

=()t,J Þ

o o,l o,3 q6 O O/ 93 016 o ql o,5 0,6soe(g.drnsI soz(g.drñ-3) soz(g.drlis)

o sem impurezas À 0,25mg"¿m3co fl 0,5mg.¿m3co + l,Omg.¿m3co

fig" 7.LL - Efeito do aumento da adíçãó ¿e dí6xido de enxofre sobre ECM,

incu " PECM , em eletr6litos com e sem adição de cobalËo

--El8

v_À'.'-'--Îa';F'--'

2t

oqt 93 q6 oo/ 93 016 oqt q3 q6

soz (g . cm-3) so a ( g. om-s) so2 ( g.dm'sl

o sem impurezas A 0,5mg'arn3tli tr l,Omg.om3tli + 2,omg.¿m3ltli

Fig. 7 "L2 - Efeito do aumento da adíção de dióxido de enxofre sobre ECM,

ircu " PECM, em eletrõlítos com e sem adição de níquel

Þt3út6

ft9

-vl7

ã

I

J

=()lrJ

fL

N,Êo<Ê

=,ol¡J

-+2l

IlF'''v

t9

3

4

t32

.9o

-C)lrJ 50

NrEo<c

=()Lr¡

I

\_

.22\r zs -ÅoY/26 -Ã27"c,8.lso

29trl25

;t=()

a!¡J V22

or3 016

soz (g. om-31

qg 016

So2 ( g. om-sl

{* 4o

q3 96So2(g. dm3l

orl

I

i'ñ¿' /'T28

-? -1n 2omg. dm " zn + 4omg. dni" zrt

de di6xído de enxofre sobre ECM,

com e sem adíção de zinco

o sem

Fie. 7 .I3

impurezas A 1omg.¿ni3 zn

- Efeito do aumento da adição

iuCM "

PECM , em eletr61itos

133

A f igura 7.14 mostra que, com eletr-olitos sern adição de impurezas,

o aumento da adição de di6xido de enxofre diminui tanto a densidade de cor-

rente parcial do manga4ês como a de hidrogênio, em qualquer potencial. A efí

ciência de corrente aumeriËa porque a diminuição do desprendim-ento de hidro-

gênio ã mais pronunciada que a da deposição de manganês, em toda a faixa de

poËenciais estudados.

-1r60 d'¿/

-1 ,55

-1r50

,:,, densidade de

corrente parcial)

de manganês (A.cm--)

U)(Jf¡lo.do]J(dO

c)

r-'{d

' r'lU

AJ+JoÈ

0, 001

1

2

3

-1,60

-1r 5

-1r500,001

Fig. 7,I4 - Efeitos das var,iações

curvas de polarizaçäoimpurezas

0r1

dióxido de enxofre sobre

eletr6litos sem adições

el.e1.

el.

0rol-1(0,1g.dm -

^(0,3g.dm -_i

(O,6g.dm -

0r1

dens idade

corrente parcialhidrogênio (A.cm

so2)

so2)

s02)c/)Q

o.o

.tJ($O

0)'ur-ld

'riOHqJ

+J

a

de

de_.,

')

0,01

de adição

parcíais,AS

de

de

em

134

Em potenciais pouco mais cat-odicos que -L,573 (eU* do eletr6lito_1

com 0,1 g.dm'de dióxido de enxofre), a diminuição da densidade de corrente

de manganês torna-se menor com o aumento do potencial, enquanto que a dimi-

nuição da de hidrogênio mantãm-se aproximadamente constante. Porisso, PECM

desloca-se para estes potenciais mais catódicos quando se aumenta a adição

de dióxido de enxof re.

O valor d" iEclt, neste casoe dirninui com o aumento da adição de d!

6xido de enxofre porque este aumento provoca a diminuição das duas densida-

des de corrente parciais (em um dado potencial fixo), e porque esta diminui

ção não chega a ser contrabalançada pela diminuição, acima comenËada,

PECM, que provoca o aumento das duas densidades de corrente.

de

As figuras 7.15,7"L6 e 7.Il mostram que a adição de impurezas mo-

difica o comportamento do diõxido de enxofre. O aumento de sua adição conti-

nua diminuindo a densidade de corrente de hidrogênio. A densidade de cor-

rente d.o manganês, contudo, s6 diminui nos potenciais mais anódícos. Itros po-

tenciais mais catõdicos, correspondentes ao trecho de grande inclinação das

curvas d,o manganês, o aumento da adição de di6xido de enxofre aumenta a den-

sidade de corrente do manganês, anulando em parte a formação do trecho apro-

ximadamente vertical pelas impurezas.

Nestes potenciais, portanto, a eficiência de corrente cresce muito

com o aumento da adição de dióxido de enxofre, uma vez que a deposição do

manganês diminui. Este efeito, contudo, ocorre em potenciais nos quais as

eficiências de corrente, mesmo com o efeito do dióxido de enxofre, são muito

baixas. A eficiência de corrente mãxíma continua ocorrendo fora da faixa do

trecho aproximadamenËê vertical da curva do manganes e, portanto, e pouco

afetada pela anulação deste efeito pelo di-oxido de enxofre

Com a presença de impurezas, o aumento da adição

xofre diminui o potenci.l P'CU mais intensamente do que nos

de di6xido de en-

eletrólitos sem

135

adição de impurezas. Isto ocorre por dois motivos. Por um lado, o aumento da

adição de di6xido de enxofre (principalmente a primeira, de 0,1 para-e0,3 g.dm -) provoca uma intensa diminuição da densidade de corrente do hidro

gênio em potenciais um pouco mais catõdicos gr" PECtui dos eletrólitos com_')

0,1 g.dm'de dióxido d.e enxofre. Por outro lado,como o dióxido de enxofr:e

tende a anular a formação do trecho aproximadanente vertical das curvas de po

Larização de manganês, características dos eletr6litos com adições de impu-

rezas, a densidade de corrente do manganês diminui pouco ou mesmo aumenta

-1, 60

-1 ,55

U)Qt¡lo.Ú

.¡Jdoo

r-l(0

.F1

oHc.)ÐoÈ

(nUtrloo]J(úoo.Ú

F-{cd

oÉ0)]J

o.

,llt{t'll/t

.,4t,'4.1/ t/,/'.t /

.' ./ //-"-'¿ t

t -/./ .'-./ -//¿'

-çl "

densidade de

corrente parcialde manganês (4..r-2)

-1,500 ,001

--sl.--- --el.el.

0,01a

(0,1g.dm -a

(0,3g.dm -ô

(0,6g.dm'

7

B

9

0rl

s02)

so2)

so2)

.d{u.oá';-

.lt ,r'

-1r60

-1r55

-1,500,001

Fig. 7.15 - Efeitos das variaçõescurvas de pol-ariração

de cobalto

dens idade

corrente parcialhidrogênio (A'. cm

0r1

di6xido de enxofre sobre as

eletrólitos com 0,5mg.d*-3

,/), ,¿

irI

de

de_,)')

0, 01

de adição

parciais,de

em

L36

nos potenciais um pouco mais cat6dicos er" PECM dos eletr6liros com 0rtg.a*-3

de di6xido de enxofre.

A densídade de correna" iEC* por vezes aumenta e por vezes dimínui

com o aumento da adição de di6xido de enxofre. Isto porque este comportamen*

to depende de efeiËos que têm sentido opostos" Por um lado, mantido fixo o

potencial, o aumento da adição de di6xido de enxofre díminui a densídade de

correnËe parcial do hidrogênio em qualquer potencial; a densidade de corren-

Ee parcial do manganês, nas faixas de potencial pr6ximas t PECM, tamb6n dirni

-1 ,60

s02)

so2)

so2)

v)C)rd

o.Úo.lJadoqJ

EFld.JoCJ

+Jo

t,l I,'l 'l

-1 ,55

./

-r/¡/'/o/-'t' -/-¿-//,/' ,"'

-" -/

0,01

(0, 1g. dm

(0,39.dm

(0, 69. dm

0r0l

de adição

parciais,

densidade de

corrente parcialde manganês (A.cm-')

0r1-1r50

0, 001

e1.

e1.

e1.

L6

L7

1B

-3

-3

-J

-T,60 c.l)(Jtdo€o.lJdCJ

(J.o

Flcd

.FiOÉo]Joa.

-1 ,55

-1 ,500,001

Fig. 7,16 - Efeitos das variaçõescurvas de polari zaçã.o

de níquel

0r1

dióxido de enxofre sobre as

eletrólitos com 1,Omg.dt-3

dens idade

corrente parcialhidrogênio (A.cm

de

de_,-)

de

em

1_3 7

nui, ou então aumenta pouco. Por outro lado, ambas as densidades de corrente

parciais aumentam com a diminuição do potencial e, como vimos' o aumento da

adíção de di6xido de enxofre sempre diminui PUa*. As figuras 7.L4 e 7.L5

mostraram exemplos nos quais prevalece o efeito da diminuição das densidades

de corrente parciai" u iua" decresce com o aumento da adição de di6xido de

enxofre. As figuras 7.16 e 7.17 mostrarâm exempl-os nos quaís prevalece o e-

feito do potencial e iECM "t.uce com este aumento de adição.

-I 160 CAUt'loodo0).o

r-l(ü

.FiOÉG)lJ

*

,l/

-1,55

-1,

-1,60

-1,55

_1r,

Fie, 7,L7 -

/."'r' /¿//t//--/

densidade de

corrente parcial-,)de manganês (A.cm ')

0r1

ۋ?''

-.t'

500 ,001

ele1

el

25

26

27

0ro1

(0, 1g. dm

(0,39.dm

(0, 69. dm

-J

-3

-3

de

de,)I

so2 )

so2)

so2)

cn(J14

o€oÐad(-)

clËr-{d

'rlCJ

Éo.p

o,

de

em

4t' ,/¿'¿/ '/-/t ./

./ t ,/'

dióxido de

eletró1 itos

/: t500,001

Efeitos das variaçoescurvas de polarizaçäode zinco

densidade

corrente parcialhidrogênio (A.cm

0r1

enxofre

com

0,01

de adição

parcíais,sobre as

1

20mg.dm '

t3B

7.2 I.{ECANTSMOS pE ATUAÇAO pAS AprÇOES

7.2.L Resumo dos efeitos das adições

Para estabelecermos um mecanismo de atuação das adições de cobal-

to, níquel, zínco e dióxido de enxofre, partimos dos seus efeitos sobre as

curvas de polarizaçã.o quee resumidamente, são:

a) Quaísquer adições ou aumentos de adição de cobalto ou níque1 d!

minuem a densidade de corrente parcial de deposição de manganês e aumentâm a

de desprendimento de hidrogênio, em qualquer pot.encial, mas principalmenLe

nos poËenciais mais catódicos. O mesmo ocorre com. as duas adições maíores de

zinco.

b) O efeito do zinco 6 menos intenso que o do níquel, e este ê me-

nos intenso que o do cobalto.

c) Uma adição pequena de zinco diminui Ëanto a deposição de manga-

nês como o desprendimento de hidrogênio.

d) Nos potenciais mais an6dicos, o aumento de adição de di6-

xido de enxofre diminui tanto a deposição de manganês como o de-s-

prendimento de hidrogênio.

e) Nos potenciais mais cat6dicos, o aumento da adição de di-oxido

de enxofre diminui tanto a deposição de manganês como o desprendimento de h!

drogênio, quando o eletr6lito não recebe adição de cotialto, níque1 ou zinco;

quando e1e tem tais adições, o aumento da adição de di6xido de enxofre tam-

b6m dirninui o desprendimento de hidrogênio, mas aumenta a deposição cle man-

ganês.

139

7.2.2 0utras premissas para estabelecer o modelo

Al-em dos diversos efeitos das adições, resumidos na seção ante-

rior, várias premissas ou línhas de raciocínio foram utíIízadas na definição

de um modelo de mecanismo. Resumidamente, elas são as seguintes:

a) Curvas de polarização parciaís traçadas com base no val.or das

eficiências de correnËe representam na realidade o processo g1oba1 e não ne-

cessariamente as reações eletroquÍmicas parciais reais.

Isto ocorre porque o m6todo utilizado não mede diretamente as cor-

rentes de deposição de manga.nês e de despr:end.imento de hidrogênio. Ele mede

a massa de manganês resultante do processo g1obal. Se, por exemplo, o manga-

nês eletroquimicamente depositado for parcialmente consumido por alguma rea-

ção quírnica, a massa de manganês resultante sobre o catodo será menor que a

correspondente ao processo eletroquÍmico. Neste caso, a curva obtida não re-

presentarâ a real corrente parcial de deposição.

Da mesma forma, se houver alguma reação química que resulte em de-

posição de manganês paralelamente ã reação eletroquímica, novamente a curva

obtida representarâ. o processo globa1 e não apenas o eletroquímico.

F, claro, contudo, guê, em regime estacionãrio, o resultado global

das reações de redução (ou seja, deposição de manganês e desprendimento de

hidrogênio) será efeito apenas de processo eletroquímico. Em outras pala-

vras, como os únicos produtos significativos do processo catódico são manga-

nês e hidrogênio, e como não existe alimen|ação de agentes redutores ou oxi-

dantes, qualquer consumo químico do manganês deposítaclo serã realizado ne-

cessariamente ãs custas de desprendimento químico de hidrogênio, e vice-ver-

sâr de modo que, globalmente, as Leis de Faraday sejam obedecidas.

0 mesmo ocorre se as reações adicionais forem tamb6m eletroquí-

micas, como ocorre na formação de pares galvânicos (v. seção 4.2..3, ref.16),

pois neste caso o desprendirnento de hidrogênio

respondente, em termos el-etricos, ã dissolução

ca.

140

região catódica seria cor-

*anganês na região an6di-

na

de

b) Apesar <le estarem presenres em teores muiËo pequenos, o cobal-

to, o níque1 e o zinco apresentam potenciais de eletrodos reversíveis muito

mais an6dicos que o do manganês nas soluções estudadas e, portanto' muito

mais distantes dos potenciais utilizados em nosso estudo. 0s poËenciais de

eletrodo-padrão das reações de deposição de cobalto, níque1 e zinco' na esca

1a de hidrogênio, são -0,277, -0,250 e -0,7628 v' respectivamente (ref" 9).

Como suas concentrações são baixas, seus poËenciais de eletrodo reversíveis

serão muito mais cat6dicos. De acordo com a expressão de Nernst (ref. 9), e

tomand.o as atividades como concentrações (uma vez que as concentrações são

baixas) , temos:

E=Eo R T.lnc 7.7

A tabela 7.1 apresenta esËes potenciais para as concentrações uti-

Lízadas em nosso trabal.ho.

Estes valores são mais an6¿icos que o potencial de eletrodo rever-

sível do manganês, cujo potencial de eletro-padrão é -1,180 V (ref. 9), e cu

jo potencial de eletrodo reversível, portanto, 6 ainda mais catódico. Os pe

tenciais utíIízados em nosso esËudo estiverarn entre -Lr77 e -1r82 V, na esca

la de hidrogênio. Assim, estas impurezas certamenËe se codepositam com o man

ganês na faixa de potenciais estudada.

L4I

Tab. 7,I - Potenciais de eletrodo(escala de hidrogênio,

4..revel:s 1ve1s

T=298K)

concentração_1

(mg dm ')_â(mol d* ')

EO(v)

E(v)

cobal to 0,25

0r5

1'0

0r5

1r0

2r0

10

20

40

-610"10-6

-510"

1 0-6_(

10'10-5

1O-4

10- 4

_L10

-0,277il

il

-0,250tt

lr

-0 ,7 63

lt

il

nÍque1

zlnco

c) O enxofre do diõxido de enxofre adicionado ao eletr-olíto 6 co-

reduzido no catodo com o manganêsr urnê vez que esta adição eleva o teor de

enxofre no depósito (ref. 38).

d) O enxofre ã tensoativo e deve ocupar locais ativos na superfí-

cie do depósito (ref. 23 e 38) , podendo concorrer com o manganês, com o hi-

drogênio e com as impurezas em seus processos de deposição ou desprendimento.

e) A presença de dióxido de enxofre no eletrólito eleva a sobreten

são de hidrogênio d.o manganês (Fig. A.4, ref . 23); como mostrou Dha-nanjayan,

a adição de di-oxido de enxofre possibilita a deposição de manganês em sua

forma alotrópica a, ao aumentar a sobretensão desta fase, tornando-a maior

que a de Mn-J (seção 4.2.5, ref. 38).

f) Os resultados experimentaís de Zosimovich, Shvab e Belinskii

(ref. 16, seção 4.2.3), em suas deposições com eletrodo rotativo, são coeren

tes com seu modelo de pares galvânicos impurezafmanganès.

4tL

Br4

l17

8r5

I'7314

1'5

3'1

6rr

2

2

2

2

2

2

2.

2

2

-o,435

-0,427

-0,41 8

-0,400

-0, 39 1

-0,382

-0,876

-o,867

-0,858

142

7.2.3 Mecanismo proposto

Com base nos efeitos de cobalto, níquel, zinco e dióxido de enxo-

fre observados em nosso trabalho (resumidos na seção 7.2.I) e nas premissas

e raciocínios resumidos na seção 7.2.2, estabelecemos o seguinte mecanismo

de atuação destas adições:

AtuaÇão do cobalto, níquel e zinco; os pares galvãnicos

Devido ã ¿istri¡uição não-uniforme da corrente (e do potencía1) so

bre a superfície do catodo, a codeposição clas impurezas ou a corrosão do man

ganês se dão de maneira não-uniforme sobre esta superfície. Como o potencial

de eletrodo reversível destas impurezas 6 mais an6dico que o do manganês, a

deposição ou corrosão das mesmas devem ser menos afeLadas que as de manganês

pelas variações de potencial dentro da nossa faíxa de estudo. Assim, nas

ãreas em que o potencial se torna mais an6dico, a deposição de manganês dimi

nui mais (ou sua corrosão aumenta maís) do que a de cobalto, níquel ou zín-

co; nesLas áreas, então, o depósito se torna maís rieo, em termos relativos,

destas impurezas. Como esËas impurezas apresentam potencial de eletrodo re-

versível muito mais an6dico que o cle manganês, forma-se um par galvânico,

constituído, por um lado, pelas regiões ricas em impurezas, Í.ormando um cato

do, e, por outro, pelas regiões mais puras, formando um anodo. Nesta região

anódica do depósito ocorre a reação de corrosão do manganês. Na região cató-

dica, a reação de desprendimento de hidrogênio.

Estas duas reações, embora eletroquímicas, não estão vínculadas ã

corrente total que atravessa a cãlula, uma vez que ambos os seus polos se si

tuam no eletrodo de trabalho. O efeíto destas duas reações, portanto, soma-

se ao efeito das reações cat6dicas correspondentes à corrente que atravessa

t43

a cé1ula e, no resultado g1obal, aumenËam o desprendimen.to do hidrogênio e

diminuem a deposição de manganês, o que se reflete nas curvas polarogrãfi-

cas parciais, uma vez que elas são obtidas a partir da massa de manganês re-

sultantes ao final da deposição.

DiferenÇas entre cobalto, níquel e zinco;_a sobretensão de hidro-:

gênio

A intensidade ou mesmo o sentido de atuação das impurezas nos pa-

res galvânicos estão vinculados a seu potencial de eletrodo reversíve1, que

afeta a deposição da impureza e a diferença de potencial. toËa1 do par galvâ-

nico, e ã sua sobretensão de hidrogênío, que afeta a intensidade do despren-

dimento de hidrogênio (e tamb6m, portanto, da corrosão do manganês). A sobre

tensão de hidrogênio tamb6m afeta, evidentemente, o desprendimento de hidrogê

nio vinculado à corrente que aLravessa a célu1a"

A formação de um par galvânico cria condíções termodinâmicas para

as duas reações eletroquímicas citadas, adicionais ãquelas vinculadas ã pas-

sagem de corrente pela cã1ula. A sobretensão de hídrogênio constitui um fa-

tor cin-etico que af.e:'a não apenas as reações deste par galvânico como tanb6m

as vinculadas à correnËe da cãlula.

No caso de cobalto e níquel, estes dois fatores (o "termodinãnico'i

e o cinético) se aliam para aumentar o desprendimento de hidrogênio e dimi-

nuir a deposição de manganês, uma vez que, além de formarem os pares galvâni

cos, estas impurezas apresentam uma baixa sobretensão de hidrogênío" A pr6-

pria intensidade dos efeitos pode ser vinculada ã sobretensão de hidrogênio,

uma vez que o cobalto, Quê apresenta uma sobretensão de hidrogênio mais bai-

xa que o níquel , afeta mais que este a intensidade do desprendimento de hi-

drogênio e da deposição de manganês.

144

No caso do zinco, o fator t'termodinâmicott, ou seja, a formação do

par galvânico,6 semelhante ao caso do cobalto e do níquel. O fator cin-eti-

cor contudo' tem sentido oposto, uma vez que sua sobretensão de hidrogênio 6

muito elevada. Com pequenas adições (10 mg.d* 3 de zinco), prevalece este fa

tor e o desprendimento de hidrogênio total dirninui. Com as adições maiores,

prevalece o efeito de formação do par galvânico, e ocorre aumento do despren

dimento de hidrogênio e diminuição da deposição de manganês. Ainda assirn, es

te efeíto é menos inËenso do que com o níque1 e o cobalto.

Efeito do aumento de adição de cobalto, níquel òu zinco

O aumento de adíção de cobalto, níque1 ou zinco aumenta o efeito

de formação de pares galvânicos porque a quantidade destas impurezas no depó

sito aumenta, seja pela mudança de seu potencial de eletrodo reversível para

valores mais anõdicos (Tab. 7 .I) , se sua deposição estiver sob controle ele-

troquímico, seja pela mudança da velocidade das reações químicas ou de trans

porte, se sua deposição estiver em corrente-lirnite.

Efeito do diõxido de enxofre

A intensidade da reação de deposição do manganês 6 diminuída pela

presença de enxofre, proveniente do dióxido de enxofre, nos locais ativos da

superficie do manganês. A intensidade da reação de desprendimento de hidrogô

nio tamb6m 6 diminuída, seja por esEa ocupação dos locais ativos, seja pela

alteração de sobretensão de hidrogênio com a modificação estrutural do manga

nês.

Quando a solução não cont6m teor elevado de impurezas, ocorrem ape

nas estes efeitos t è ã intensidade de ambas as reações diminui em qualquer

145

potencial.

Quando, por6m, a solução cont6m impurezas, os pares galvânicos en-

tão formados são afetados pelo diõxido de enxofre. Pode-se atribuir seu efei

to, por um lado, a um aumento de sobretensão de hidrogênio ou a ocupação de

locais ativos na superfície das regiões ricas em impurezas, diminuind.o assim

o desprendimento de hidrogênio. Ou poile-se, por outro lado, atribuí-1o à ocu

pação dos locais ativos na região pobre em impurez,as, d.íminuíndo assim a die

solução de manganês. Em qualquer caso, o efeito final 6. red.uzír o efeito do

par galvânico, dimínuindo igualmente a dissolução de manganês e o desprendi-

mento de hidrogênio a e1a vinculado.

Assim, quando a solução conËém impurezas, os efeitos do di6xido de

enxofre sobre o desprendimento de hidrogênío correspondente ã corrente que

aËravessa a c61u1a se somam aos efeitos sobre o par galvãnico, e ocorre uma

grande diminuição do desprendimento total de hidrogênio. Com relação ãs rea-

ções do manganês, entretanto, os efeitos do dióxído de enxofre têm sentido

oposto entre si, diminuindo tanto a deposição como a dissolução do mesmo"Nos

potenciais mais anódicos, prevalece o efeíto sobre a deposição, e sua in-

tensidade total diminui. Nos potenciais mais cat6dicos, prevalece o

sobre a dissolução, e a íntensidade t.oËal da deposição aumenta.

ef ei Ëo

Efeito da mudança de potencial

Nos potenciais mais anódicos, a densidade de corrente de manganês

-e muito mais baixa que nos potenciais mais catõdicos. Assim, a relação entre

as quantidades de enxofre e manganês no dep6sito , para um dado valor de adi-

ção de diõxido de enxofre, deve ser maior nos potenciais mais an6dicos.

Nestes potenciais mais an6dicos, porisso, mesmo uma pequena adição

de di6xido de enxofre -e capaz de se contrapor ao efeito dos pares gah.âni-

r46

cos, e o aumento da adição pouco acrescenta a esta ação. Este aumento de adi

Ção, contudo, tem efeito sobre a reação de deposição do manganês, dimínuind.o

seu va1or, e porisso este efeito prevalece sobre a diminuição da reação de

dissolução do manganês.

Nos potenciais mais catódicos, por outro lado, a adição pequena de

di6xido de enxofre resulta em uma relação enxofre/manganês menor d.o que nos

potenciais mais an6dicos, e porisso se mosËra íncapaz de se contrapor ao

efeito dos pares galvânicos. Assim, o efeito dos pares galvânicos resulta

muito mais intenso nesta faixa de potenciais, e, a16m disso, muito mais sen-

sível ao aumento da adição de di6xido de enxofre, que passa, com estes maio-

res teores, a se contrapor ãquele efeito. Isto explica, por um 1ado, porque

as impurezas têm efeitos mais intensos nos potenciais mais cat-odicos e, por

outro lado, porque, nestes potenciais, o efeito do dióxido'de enxofre sobre

os pares galvânicos prevalece sobre seu efeito sobre a deposição de manga-

nês, resultando um aumento na intensidade total de deposição de mangattês.

Evidentemente, este comportamento de dióxido de enxofre nos poten-

ciais maís cat6dicos ocorre apenas quando existem os pares galvânicos, ou se

ja, quando o eletr6tito cont6m cobalto, níque1 ou zinco. Em caso contrário,

seu comportamenËo serã semelhante ao que ocorre nos potenciais mais anódi-

cos, nos quais o aumento de sua adição climinui tanto o desprendimento de hi-

drogênio como a deposição de manganês.

147

8. CONCLUSõES

As conclusões expostas a seguir têm validade apenas dentro das fai

xas experimentais deste trabalho._a

1. a) Aumentanclo-se a densidade de corrente catódica desde \714 A.c^' atã

-)120 A.cm', a eficiência de corrente cresce, passa por um mãximo e em

seguida decresce, com qualquer dos eletrólitos estudados.

b) Isto ocorre porque nos potenciais mais an6dicos (densidades de corren-

te totais menores) a densidade de corrente parcial do manganês á muito

baixa, mas ela aumenta mais rapidamente que a do hidrogênio com a di-

minuição do potencial (aurnento da densidade de corrente total); ou se-

ja, nesta região a curva polarográfica do *anganês tem inclinação me-

nor que a de hidrogênio e a eficiência de cortente aumenta; a partir

de um dado potencíal, contudo, a situação se inver:te, € â curva do man

ganês passa a ter inclinação muito grande e a do hidrogênío inclinação

muito pequena, e a eficiência de corrente passa a diminuir.

2. Os valores das eficiências de corrente mãximas variaram entre L4 e 687".

a) Qualquer adição ou aumenËo de adição de cobalto ou nÍque1 diminui a

etlclenc]-a de corrente maxrma.

b) Isto ocorre porque estas adições diminuem a densidade de corrente par-

cial do manganês e aumentam a de hidrogênio, em qualquer potencial.

_aa) A adíção de 10 mg.dm-'de zinco aumenta a eficiência de corrente rnãxi-

3.

4.

148

ma quando o eletrólito tem 0r1 ou 0,3 g.dr-3 de dióxido de enxofre e

diminui a eficiência de corrente mãxima quando esLe tem 0,6 g.dr-3 de

dióxido de enxofre.

b) Isto ocorre porque esta adição de zínco diminui tanto a densidade de

corrente de manganês como a de hidrogênio, em qualquer potencial; com1

0,1 g.dm'de dióxido de enxofre, a diminuição da densidade de corren

te do hidrogênio 6 maior que a da de mangattâs, na faixa de potenciais

em que ocorre a eficiência de corrente máxima; com 0,3 g.¿r 3 a" di6xi

do de enxofre, isto ocorre em qualquer potencial; com 016 g.dm-3 de

di6xido de enxofre, isto só ocorre fora da faíxa de potencíais em que

ocorre a eficiência de corrente mãxima, e dentro da faixa ocorre o

oposto.

c) Adições de 20 e de 40 rg.dr 3 de zinco diminuem a eficiência de

rente máxima.

cor-

d) IsËo ocorre porque estas adições aumentam a densidade de corrente par-

cial de hidrogênio e diminuem a de manganês, ern qualquer potencial.

e) I divergência enËre resultados de diferentes estudos sobre o efeito do

zinco pode ser atribuída aos comportamentos acima descritos, ou seja,

ao fato de a adição de zinco aumentar ou diminuir a eficiência de cor-

rente conforme o valor desta própria adição, conforme o potencial (ou

densidade de corrente) e conforme o valor da adição de di6xido de enxo

fre ao e1etr6lito.

5. a) Qualquer aumento de adição de di6xido de enxofre aumenta a eficiência

de corrente máxima quando o eletrólito não tem adições de impurezas ou

quando estas adições são pequenas. Quando o eletrólito conË6m grandes

adições de impurezas, o aumento de 0,1 para 0,3 g.dn-3 de dióxido de

enxofre aumenta a eficiência de corrente mãxima, mas o de 0r3 paraI

0,6 g.dm ' não tem efeíto significativo sobre ela.

I4.9

b) Isto ocorre porque o aumento da adição de dióxido de enxofre diminui

ambas as densidades de corrente parcíais, na faixa de potenciais em

que ocorre a eficiência de corrente mãxima, mas dimínui mais a de hi-

drogênio. Nos el.etr61íËos sem impurezas ou com pequenas adíções das

mesmas, esta diferença 6 grande nos dois aumentos da adição de di-oxido

de enxofre. Nos eletr6litos com maiores adíções de impurezas, o aumen-_a

to da adição de di6xido de enxofre de 0r3 para 0,6 g.dm'diminui mui-

to pouco as duas densidades de corrente e, portanto, a. díferença entre

estas diminuições 6 pequena e a eficiência de correnLe pouco se alte-

ra, rLa faixa de potenciais em gue ocorrem as eficiências de correnËe

mãximas.

c) A divergência entre diferentes estudos sobre a faíxa de atuação do dió

xido de enxofre pode ser atribuída a diferenças nos teores de irnpure-

zas em seus eletrólitos ou na faixa de potenciais de caËodo utí!ízað,a.

6. O potencial em que ocorre a eficiência de

-1,585 e -1,534 V, na escala de eletrodo

corrente mãxima variou entre

de calornelano saturado.

a) O potencial em que ocorre a eficiência de corrente máxima torna-se ma-

is anõdico com qualquer adição ou aumento de adição de cobalro, níqueI

ou zinco (com uma exceção em que e1e não se altera), e torna-se mais

catódico com qualquer aumento de adição de di-oxido de enxofre.

IsËo se deve ao fato de que a eficiência de corrente mãxima ocorre em

potenciais urn pouco mais an6dicos que aqueles correspondentes ao Ëre-

cho de grande inclinação na curva polarogrâf.íca do manganãs. Como este

trecho de grande inclinação passa a ocorrer em potenciais mais anõdi-

cos com a adição ou o aumento da adíção de cobalto, níque1 ou zinco,

e passa a ocorrer em potenciais mais catódicos com o aumento da adição

de diõxido de enxofre, a eficiência de corrente mãxima acompanha este

b)

150

comportamento.

8. A densidade de corrente catódica

maxima variou entre 32 a 70 mA.cm

em

-z

que ocorre a eficiência de corrente

9, a) O valor da densidade de corrente cat6dica em que ocorre a eficiência

de corrente mãxima diminui, com algumas exceções, com a adição ou o au

mento de adição de cobalto, níque1 ou zinco; com o aumento das adições

de di-oxido de enxofre, este valor diminui ou aumenta, sem regra clara,

conforme as diferentes adições de impurezas utilizadas.

b) Este comportãnento sem regras claras ou sujeito a e*ceções explica-se

pelo fato de que a alteração desta densidade de corrente é regida por

fenômenos que têm sentidos opostos. Em qualquer poÈencíal fixo, as adi

ções ou aumentos de adição de cobalto, níquel ou zinco díminuem a den-

sidade de corrente parcial do manganês, que 6 uma das parcelas de den-

sidade de corrente total, mas em compensação aumentam (com exceção da

adição de 10 *g.d* 3 de zinco) a densidade de corrente parcialdehidro

gêníor llue 6 a outra parcela da densidade de corrente total; a1ém dis-

so, o potencial em que ocorre a eficiência de corrente máxima não é fí

xo; ele se desloca para valores mais anódicos com estas adições, o que

desloca ambas as densidades de corrente parciais para valores menores.

No caso do dióxido de enxofre, o aumento de sua adição diminui ambas

as densidades de corrente parcíais, em um potencial fixo (dentro da

faixa correspondente ãs eficiências de corrente mãximas), mas em com-

pensação o potencial se desloca para valores mais catõdicos, o que des

loca ambas as densidades de corrente para valores maiores.

10. As curvas de polarização parciais de manganês apresentam aumento de incli

nação com o aumento da densidade de corrente total, podendo-se distinguir

uma região inicial (nos potenciais mais an6dicos) com inclinação pequena

a)11

b)

e aproximadamente constante,

de grande inclinação.

151

uma região de transição e uma região final

diminuem

mals ano

tem gran-

manganes,

corrente

As adições ou aumentos de adição de cobalto, níquel ou zinco

as densidades de corïente parciais de manganês nos potenciais

dicos (região inícial das curvas).

As adições ou aumentos de adição de cobalto, níquel ou zi.nco

de efeito sobre a região de grande inclinação das curvas do

definindo-a mais claramente e deslocando-a para densidades de

menores e potenciais mais an6dicos.

\2. a) O aumento da adição de di6xido de enxofre diminui as densidades de cor

rente parciaís de manganês na região inicial e na região de transição

das curvas polarográficas parciais de manganês.

b) O aumento da adição de dióxido de enxofre tende a se contrapor à ação

das impurezas rLa região final das curvas polarogrãficas parciais de

manganês, dirninuindo sua inclinação e deslocando-as para d.ensidades de

corrente maíores. Nos eletrólitos sem adição de impurezas, nos quais

não se define esta região final de grande inclínação, o efeito do dió-

xido de enxofre nesta faixa de potenciais se assemelha aos verificados

nos potenciais mais an6dicos.

13. As curvas de polarizaçã.o parciais de hidrogênio apresentam diminuição de

inclinação com o aumento da densidade de correnËe tota1, podendo-se obser

var uma região inicial (nos potenciais mais anódicos) de grande inclina-

ção e uma região final de inclinação extremamente pequena.

14. a) Todas as adições ou aumentos de adição de cobalto ou níque1 aumentam a

densidade de corrente parcial de hidrogênio em qualquer pote-ncia1 e

deslocam para potenciais mais an6dicos a região final de pequena incli

nação. As adições maiores de zínco (20 e 40 mg.¿r 3) apresentam estes

752

mesmos efeitos._,)

b) As adições de 10 mg.dm ' de zinco diminuem a densidade de corrente

parcial de hidrogênio, principalmente nos potenciais mais anódicos.

15. Os aumenLos de adição de dióxido de enxofre diminuem a densidade de cor-

rente parcial de hidrogênio em qualquer potencial e desloca para poten-

ciais mais catódicos a região final de pequena inclinação das curvas pola

rogrâficas parcíais de hidrogênio.

I6 O depósito de manganês consiste de um substrato fino sobreposto por

camada faceËada formada a partir de g16bulos isolados ou agrupados.

uma

17. Durante a deposição, o desprendimento de hidrogênio 6 muito intenso nos

instantes iniciais, sobre o catodo-base de aço inoxidável. Em poucos se-

gundos, o desprendimento dirninui, com a formação do substrato de manga-

nês. O desprendimento de hidrogênio sobre a camada superior facetada -e ms

nor do que sobre o substrato inicial, de modo que durante a formação da

camada superior o desprendimento se restringe ãs áreas do substrato ainda

não-recoberras. Após o recobrimento tota1, o clesprend.imento diminui.

18. a) Com a adição de zinco, o substrato, observado durante a deposição, se

mostra indiferenciado da camada superior, quando observado no micro.sc6

pio eletrônico de varredura.

b) O substrato é formado por g16bulos de 0,5 a 1rO pm de diâmetro nos

eletr6litos com adição de níque1, 1,0 a 1,5 ¡lm nos com adição de co-

balto e 0,5 a 4,0 pm nos sem adíção de impurezas.

c) ua camada superior, os eletrólitos que contôm adição <le zinco apresen*

tam dep6sitos com facetas irregulares e com defeitos.

a) Os resultados experimentais evídenciam um mecanismo de atuação de co-

balto, níquel, zínco e diõxido de enxofre.

b) Cobalto, níquel e zinco, codepositados, formam pares galvânicos com o

t9

c)

manganês, aumentando o desprendimento

do a deposição total de manganês.

1.53

total de hidrogênio e reduzin-

No caso de cobalto e níquel, a atuação dos pares galvânicos 6 reforça-

da pela baixa sobretensão de hidrogênio apresentada por esËas impure-

zas. No caso de zlnco, sua elevada sobretensão de hidrogênio cond.uz,

com pequena adição, a uma diminuição do desprendimento de hidrogênio;

com maiores adições, prevalece o efeito dos pares galvânicos por ele

formados "

O dióxido de enxofre atua tanto sobre os processos eleËroquímicos cor-

respondentes ã corrente que atïavessa a c61u1a como sobre os cor-

respondentes aos pares galvânicos, ao ocupar locais ativos na superfí-

cie do depósito e elevar a sobretensão de hidrogênio, reduzindo assim

a intensidade de Ëodas as reações. Nos potenciais mais anódicos, o

efeito sobre os pares galvânicos 6 intenso desde as menores adições, e

porisso o aumento da adição tem mais efeito sobïe a própria reação de

deposição de manganês, recluzindo-a, do que sobre os pares galvãnicos.

Nos potenciais mais catódicos, o efeito de suas pequenas adições -e me-

nor e, porisso, a atuação dos pares galvânicos 6 mais intensa que nos

potenciais anódícos; com adições maíores, o dióxido de enxofre passa a

ter efeito sobre os pares galvânicos e porisso esta 6 a atuação predo-

minante do aumento da adição de dí6xido de enxofre nestes potenciais

mais cat6dicos.

d)

L54

1.

9. RTFERINCIAS BIBL]OGRÃFICAS

IIARRIS, M. - The history, production and

Ãfrica do Sul, L977 (texto envíado pe

uses of electrolytic manganese

1o autor).

vAN AR.SDALE, c.D. & MATER, C.c.in sulphate solutions. Trans

- The electrolytic behavior of manganese

. An. E1ect. Soc., 33, 109-29, 1918.

3. JACOBS, J.H

ation of.; HUNTER, J.lnl.; CHURCHT^IARD, P IO{TCKERBOCKER,

lant at Boulder

.E. ;

lotR.G. -

Ci ty,0per-

4.

5.

6.

Ëhe electrolyti c manganese pl Neva-

4". U.S. Bureau of Mines Bulletin 463" L946 apud Ref. 4.

DEAN, R.J. - Elgctrol--ytic _mgnganeçe end its e_lloys. Nova lorque, N.Y.,Ronald, 1952.

BARCHESE' E. - Aplicação da croqgpotencíometria ao estudo de obtenção de

manganês eletrolítico. São Pau1o, \977 (Tese de Doutoramento, EscolaPolitãcnica, Universidade de São Paulo).

MANTELL, C.L. -E lectrochem.

Commerci a1 production of elecËrolytic manganese

232-43, L94B..apud Ref . 7.

Trans.

Soc., 94,

7. MANTELL, C.L.

164, 92-5,

- Two decades

L963.

of electrolytic manganese production, E & ldl,

8. JACOBS,

R.G.

J.H. ; HUNTER, J

- First 2 years

.lri.; YARROL, I^I.H.;

operation of the

CHURCHI^IARD, P.E. & KNICKERBOCKER,

Bureau of Mines electrolytic

155

manganese pilot plant. Trans. Am. Inst. Min. & Met. Engrs., I59r 408 -28, 1944 apud Ref. 4. Ref. 15.

9. ANTROPOV, L. - Theoretical electrochemistry. Moscou, MIR, 7972.

10. AGLADZE, R.I. - Electrolytic manganese and electrolysis of chlorides. In:P."ports of fift , 31-40.

Nova lorque, NY, V.V. Stender (ed.), Consultants Bureau, 7965.

11. LEI4IIS, J.E.; SCAIFE, P.H. & SI,IINKELS, D.A.J. - Electrolytic manganese

metal from chloride electrolytes. I. Study of deposítion conditions.J. App1. Electrochem. ,6 (3), 199-209, L976.

12. TTLAK, B.V.K.S.R.A.; RAJAGOPALAN. J.R. & REDDY, A.K.N. - Buffer character-istics of manganous sulphate + amnonium sulphate electrodepositionbaths. Trans. Faraday Soc.,5B, 795-804, 7962.

13. PCIURBAIX, M. - Atlas of electrochemi,cal egui-lilrie in aqueous solutions.Londres, Pergamon, 1966 apud Ref. 15.

14. JACOBS, J.H.; CHURCHI^IARD, P.E. & KNICKERBOCKER, R.c. - The effect ofcertain variables on the electrodeposition of manganese. Trans.

Electroch. Soc., 86, 383-93, 1944.

15. LOUIS, P. & MARTIN, J.P. - Increased current efficiency during the

eleqlfo¿epqliligt q-I_-T9ry?t?99 II_og splp!?!g 9199!to1y!9s. NationalInstitute for Metallur:gy , 26Eh November, 1976, Report lI9 1859 (ISBN 0

86999 353 4) , 'Ãftica do Sul.

16. ZOSIMOVICH, D.P.; SHVAB, N.A. & BELINSKII, V.N. - Etrectrodepositíon of

manganese on a rotatíng electrode in the presence of impurities.Elektrokhimiya, 3(12), 1481-5 , 1967.

L7. ZNAMENSKI, G.N.; GAMALI, f .V. & STENDER, V.V. - Characteristics of the

elecËrolytic deposition of metals from solutions of "extraordinary"purity. 4E"d. Nauk SSR, I37, 335-7, L961.

156

18. AGLADZE, R.I. & GOFMAN, N.T. - The influence of certain additives on the

electrolysis of manganese ín the presence of impurities. Elektrokhim.

Margaqlsa, Akad. Nauk Gruzin SSR, 1, 53-68,1.957 apud Ref.12 e Ref.39.

19. MANTELL, C.L.

impuritiesFERMENT, G.

manganese

- Current-potential of trace

236, 7rB-25, 7966.

u

IN

eff ec ts

. A]ME,

20. SHVAB, N.A. - Mechanism of

tion of manganese from

ll-jz), 140-3, 1975 aPud

electrowinning, lfglg

the action of meË41 ions on the electrodeposi-aqueous solutions. Ukr. Khím, Zh. (Russ. Ed.),

Chem. Abstr., 33, 87130c, 7975

2L.

)'l

SHVAB, N"A. - Mechanism of the effecË

on manganese electrodeposiËion from

Nauk Ukr. RSR, Ser.B, 33(1), 58-60,

I50224L, L97L.

AGLADZE, R.I. & PACHUASHVILI, E.M. - The influencearsenic, antimony and sodium in the process of

mangarrese. Elekt.rokhim. MarganËsa, Akad. Nauk

1957 aPud nef. 15.

23. cAl'fALT, I.V. & STENDER, V.V. - Ef f ect of some

the overvoltage for Ëhe hydrogen evolutionKhim., 35(11), 2436-9, 1962.:

of cobalt, nickel, and copper íons

aqueous solutions. Dopov, Akad.

1971 apud Chem. Abstr., 742

of iron, aluminium,

obtaining electrolyticGrtzin. SSR, 1, 169-83,

impurities and additives on

on manganese. Zr. Prík7.

24. SULIAKAS, A.; JUSEVICIENE, G.; JANICKS, J. - Cathodie polarízaËion during

mangaÍrese elec_trodeposition lrom an electrolyte with a nícke1 impurity

and selenite addition. Chmr. Chern,_!ecþr191_r , lech. 4c4qLu Isvy-tyrng Resp.

¿ , 73-6 aPud Chem' Abstr"86:9945 v, 1977.

25. SHVAB, N.A.; BELINSKII¡ V.N.; ZOSIMOVICH, D.P. - Combíned díscharge of

zínc, cadmium, and copper íons wiËh manganese and its effect on

electrolysis. Dopov, Akad. Nauk SSR, Ser. B, 33(B), 722-5, 1971. apud

!!"rr- n¡glf., 752 I36478L, I97I.

r57

26. KUODYTE, M.; SIILIAKAS, A.; JANICKIS, J. - Effect of selenite and selenate

ions on the electrodeposiËion of manganese in the presence of copper

impurities in the electrolyte. Che*. Chem, Technol..rTech.

Isvytymo Resp. J Result. Panaudojimo Konf. Medziaga 1975, 5-6 apud

Chem. Abstr., 88:160603u, 1978.

he

1,

27 cOcrsHvrl-r, N. & AGLADZE, R.r. - The

electrolysis of manganese sulfate.169-83 , 1957 apud ^Ref . 15 "

influence of molybdenum ions on tSoolschch. Akad. Nauk Brunz. SSR'

- Effect of treryllium ions on28. KOUDTTE , M. ; YANITSKIf ,

electrodeposition of

I.V.; SULIAKAS, A.

manganese. Tezísy I(onf " llrolodykh

89:119598d, 1978.

Dokl . - Resp.

Uch. - Khim. , 2nd, 7, 103*4, 1977 apud Chem. Abstr.'

29. JANICKIS, J.; SULIAKAS, A.;beryllir:rn impurities on

TSR Mokslu Akad. Darb.,

KUODYTE, M. - Effect of

the electrodeposiËion of

copper, silver, and

y-manganese. Liet.

Ser, B, (5)' 49-57, L978 apud Chem. Abstr.,

922223036e, I978.

30. ESTADOS UNIDOS. U.S. Patent 2.810.684. Diaphragm for electror¿inning of

manganese. CROMI,IELL, R.H. & PARSONS, I^I.4. apud Ref . 15.

31. KUODYTE, If.; YANITSKII, I.V.; SULIAKAS, A. - Effect of a silver impurity

on manganese electrodeposition. Issled. Ob1. Elektoosazhdeniya Met.,

Mater. Resp . Konf . E lekËrokhim. Li _t. SSR, 15 th , 57-6L ' L97 7 apud

Chem. Abstr., BB:I7926Ic, 1978.

JL SIiVAB, N.A. - Mechanism of the action of

deposition of manganese from aqueous

4L(2),140-3, L975 apud Ref. 15"

AGLADZE, R-.I. & DZHINCHARADZE, M.D. - Ef fect of

plating of manganese. Elektrokhim. Margantsa,

Chem. Abstr., 84:23637m, I976.

metal ions on the electro-solutíons. Ukr. Khim. Zh.,

magnesium on electro-

å 773-7, 1975 apud

33. ESTADOS UNIDOS. U.S. Patent 3.821.096. Electrodepositing Mn metal. LAI,

SAN-CHENG, 28 jun. 74 apud Chem. Abstr., B?zP66I29y' 7975.

34

35. SHUL'GrNA, N.P. - Ef f ect

Uch. Zap. Perm. Univ.,of bismuth on electrodeposition of manganese.

Abstr., 77:(229), 127-30, I97O apud Chem.

108693g, 1972.

36. GRUBE, G. - Process for making elecËrolytic manganese apud FOERSTER, F.

Handbuch der Angewandten Physikalischen Chemie, p. 560. Bredig, 1923

apud Ref. 4.

158

tn37 . I4ANTELL, C.L

manganese

38. DHANANJAYAN,

and gamma

. & SHAH, B.G. -electrowinning.

l{. - Mechanism

modifications.electrodeposi tionElectrochem. Soc.

of manganese in alpha

, Lrl, 1006-11, 1970.

CurrenÈ-potential effects of additives

Tferiq. 4IlG , U, 591-2, 1967.

of

J.

39. ESTADOS UNIDOS. U.S. Patent 2.LIg.560. Electrolytic manganese. SHELTON,

S.M., j.ro. 7,1938 apud Ref . 4.

40. LEI^IIS, J.E . ; SCA

metal from ch

Electrochem.,

IfE, P.H.; SIüINKELS, D.A.J. - El,ectrolytic manganese

loride electrolyËes. II. Effect of additives. J. Appl.g(5), 453-62, 1976.

41. D|ABREU, J.C. & TOREM, M.L. - Efeito de alguns aditivos na eletrólise de

manganês em meio sulfúrico. In: XXXV Congresso Anual da Associação Bra

sileira de Metais, São Paulo,6-L1 de julho de 1980. São Paulo, ABM,

1980.

42. TOREM, M.L. - Efeito de alguns aditivos na eletrocristalizaçao do manga-

nês em meio sulfúrico. Rio, 1980 (Dissertação de Mestrado, Departamen

to de Ciância dos Materiais e Metalurgia, Pontifícia Universida<le Cat-o

lica do Rio de Janeiro)

43. STENDER, V.V. &

of manganese

1963.

44. II^TASAKI, I" & CARLSON. JR., W.J.

for electrowinning manganese.

LOSHKAREV, Yu.M. - Experiments on the electrodeposition

from chloride solutions. Zh. Prikl. Khim.' 36(5), 1033-40,

- A continuous-weíghing laboratory ce11

Trans. AIME, 24L, 308-10, 1968.

159

45. COIIGHANOI{R, D.R. & KRAUSE, F.E. - Ind. Eng. 9!:t., 4, 6L- , 1965

apud Ref . 44,

46. I.Z.D. AN CRUZ SSR (editora) Electrochemistry of manganese (em russo).

Tbilisi, 1957 apud Ref. 44 e Ref. 53.

47. AGLADZE, R.I. - Metallurg., 9, 15, 1939 apud Ref. 23.:

48. PEREC, M. * Met. Giesser.eilech, 3, 388- , 1953 apud. Ref . 40.

49. YANTTSKTT, IV.; SHULYAKAS, A.K.; STUL'PINAS, B.B. - Tr. Akad. Nauk. LitSSR, Ser. !., 2, 25, I07- , 1961 apud Ref. 53.

50. VOROZHKO, A.V.; POLESYA, A.F.; GAMALI, I.V.; PIKAT,OV, G.V. - Structure of

electrolyËically deposited manganese. Elektrokhimiy:1, 11(1)' L46-9,

1975.

51. yANrTSKrr, r.V. & SUL'P]NAS, B.B. - Zr. Prikl. Khim., 19, 7776- , 7957

apud Ref. 53.

52. SHVAB, N.A. & ZOSIMOVICH, D.P. Ukr. Khirn. Zt., 3!, 569- 'L969 apud

Ref. 53.

53. GAMALT, r.V.; RYBAT,'SKAYA, G.E.; TROÏTMENKO, V.V.; ELTNA, V.V. - Kinetic

features of the joint evolution of manganese and hydrogen during

electrolysis of pure elecËrolytes and electrolytes with added sulfurand compounds Elektrokh.i*i,y1, l:1(3) , 454-7, 1975.

54. GAIVIALI, I.V.; DANILOV, F.I.; STENDER, V.V. - Dimensional correspondence

ín the electrodeposition of manganese. Zh. Prikl. i<him,, 37(2),

337-42, 1964.

55. EHRLICH, G. - fn: Third congress on catalysis, vo1. 1' 't'J.M.H. Sachtler,

G.C.A. Schuit, P. ZwieËering (editores), North Hol1and, Amsterdã, 1965

apud Ref . 56.

160

56. BELANGER, A. & VIJH, A.K. - Hydrogen evolution reaction on vanadium,

chromium, manganese, cobalt. J . E lectrochem. Soc. , L2):(2.) , 225-30 ,1974 .

57. GAMALI, I.V. & STENDER, V.V. - Overvoltage of hydrogen evolution on

manganese. ah. Prik1. Khim., 35(1), 127-32, 1962.

58. LOSHKAREV, Yu. M.; STENDER, V.V.; GALUSHKO, V.P. - Cathodic process in

the electrolysis of solutions of manganese chloride. In: ReporËs of

Fifth All-Union Seminar on Applied Electrochemistry, 4l-7. Nova Iorque,

N.Y., V.V; Stender (ed.), Consultants Bureau, L965.

59. BONDAR, R.U.; GAMALI, I.V.; STENDER, V.V. - Electrodeposition of manganese

from amoniacal solutions . Zh. Prikl. Khim., 40(5), 1025-30, 1967.----

60. BONDAR, R.U. & GAMALI, I.V. - Influence of anrnonium ion and ammonia

contents in the el.ectrolyte on el.ectrodeposition of manganese. Zh.

Prikl. Khim., 43(6), L244-7, L970.

61. TROFIMENKO, V.V.; GAMALI, I.V.; VASILEVSKAYA, A.V. - Reduction of manga-

nese on a mercury dropping electrode from ammoníum=armnonia solutíons,

Elek-rrokhimiyj, 7(B), 1230-5, I97I.

62. GAMALI, I.V.; VOROZHKO, A.V.; TROFIMENKO, V.V. - Correlation of micro-

structure and conditions for electrodeposition of Y*manganese.

Elektrokhimiya, B(B) , LI29-34, 1972.

63. GAMALI, I.V.; TROFII4ENKO, V.V.; V0R0ZHK0, A.V. - Characteristics of

electrodeposition of manganese from pure electrolytes. Zþ. Prik1.

Khim, 47 (9) , 2035-9, L974.

64, BARCHESE, E. - Comunicação pessoal.

65. KUBLANOVSKII, V.S.; BELINSKII, V.N

electrodeposition of manganese

khimiya, !!_(O) , 586-9, L975.

66. KUBLANOVSKII ' V.S.;Ukranian

BELINSKII, V

of First Repub 1í can

67 . DEAN, R.S. ; ANDERSON, C.T.;its al1oys. U.S. Bureau

apud Ref. 4.

68. SCHLAIN, D. & PRATER,

Electfochem. Soc.,

161

. ; GORODSKII, A.V. - Mechanism of

from a sulphate electrolyte. Elektro-

.N.; ZOSIMOVICH, D.P. - In: Transactions

Conference on Electrochemistry (em russo)ParË. 1, Nankova Ilmka, Kiev, p. L52, 1973 apud Ref. 65.

MOSS; CRISAP; AMBROSE, P.M. - Manganese and

of Mines. Report of Investigations 3477 , L939

J.D. - Electrodeposition of ganrna manganese. Trans,

94, 58-73, 1948.

69. FEKETE,

the

L. - The control of pH in manganese electrolysis. Proceedings ofResearch InsËitute for Non-Ferrous Metals, Budapeste, 281-5, I97I

70. AGLADZE, R.I. - The complex ion of mixed solutions of manganese and

anrnonium sa1ts. J. Gen. Chem. (U.S.S.R.), 10, 340-6, 1940 apud Chem.

Abstr. 34:72021L, 1940.

71. AGLADZE, R.r.so lut i ons .

4582h.

& LEGRAN, A.B. -Zhur. Fiz. Khim.

Electrode poten¿ia1 of

, ZLr, II22-7, 1950 apud

manganese ln aqueous

Chem. Abstr. 45:

72. TTLAK, B.V.K.S.R.A.; RAJAGOPALAN, S.R., REDDY, A.K.N. _ Buffer characLerislics

of manganous sulphate+aûmoníum sulphate electrodeposition baths. Iægt-,

Faraday Soc., 59, 795-804, L962,

73. RADHAKRISHNAMURTHY, P. & REDDY, A.K.N. - A novel method

derermination. Journal of Appliecl ElecËrochemístry,

of

5:

current efficiency

39*4Lu 1975"

L62

74. RADHAI(RISHNAì{URTY, P. & REDDY, A.K"N. - The mechanism of manganese

electrodeposition. Journal of Applied Electrochemistry, 4, 3I7-2I"

L97 4.

75. BOCKRTS, J. O'M. & R-EDDY, A.K.N. * Modern ElgqtreehgrTri$Ly., v. 2,

Nova lorque, Plunum, L973.

76. BOCKRIS, J. O'M.; DRAZIC, D.; DESPIC, A.R. * Elektrochim. Acta, 4,

325, L96I, apud ref. 74,

77. RADHAKRISHNAI"TURTY, P. & R-EDDY, A.K.N. * Mechanism of actíon of selenius

acid in Ëhe electrodeposition of manganese" ¡-ggl"?!_gålpp.!l"d

EleqtrochemisËry, 7, LL3-7, L977.

78. RADHÄKRISIINAMURTY, P.; SATHYANARAYANA, S.; REDDY' A.K"N. - Kinectics of

hydrogen evolution reaction on a stainless steel electrode. Journal

of Appl:!ecl E_legËrochelnlstry, 7, 51-5, L977 "

Este trabalho foi realizado com apoio de bolsa de mestrado

e verbas do CNPq, no Programa PRONUCLEAR, de L979 a L982.