É possível trabalhar política na evangelização? - cvdee · há mais de 2000 anos o filósofo...

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  • CVDEE - Centro Virtual de Divulgao e Estudo do Espiritismo

    www.c vdee.org.br - Sala Virtual de Estudos Evangelize

    Estudos destinados a Evangeliza o Infanto Juvenil e Moc idades

    possvel trabalhar poltica na Evangelizao?

    Ol, amigos da Sala Evangelize!!

    Tudo em paz c om vc s??

    Esperamos que sim!!

    Poltic a e Religio, c ostumava- se pensar, so duas c oisas que no se misturam, que no devem se misturar...todosc resc emos tendo mais ou menos essa viso.

    Mas, tambm temos c onhec imento que Bezerra de Menezes, um dos maiores vultos do Espiritismo no Brasil, foi umnotvel poltic o.

    Dessa maneira, vamos refletir essa semana sobre o seguinte:

    possvel trabalhar polt ic a na Evangeliza o?

    E vamos procurar debater sobre isso respondendo se sim ou se no, e, partindo disso, porque, c omo e quando.....

    Exc elente semana para todos

    Equipe Evangelize CVDEE

    ---

    Eis, Gente Linda do corao, tudo joiiinha com vc s?! ;- )

    Eu c reio que podemos sim trabalhar polt ic a na evangeliza o, mas esse trabalho, entendo a princ pio, pode ser feitoa partir da Moc idade Esprita I

    (pre-moc idade)

    Encontei um texto, muito grande que irei dividir em vrias partes, que faz uma correlao espiritismo-poltic a, paraque a gente tb possa a partir dele fazer um estudo ac erc a do assunto, t legal?! :- )

    tarde c or e amor proc s

    beijoc as mineiras c om carinho no c orao

    Um ensaio sobre Espiritismo e Poltica

    Osman Neves Albuquerque

    Prefcio

    A transformao ntima s se torna efetiva e verdadeira quando ela irradiada para a c oletividade em que estamosinseridos. O Espirit ismo nos fala da realidade do esprito e do seu proc esso evolutivo, ensinando-nos que a felic idade uma construo individual e c oletiva. Ningum conseguir ser feliz c om o seu derredor emitindo gritos dec arnc ias e lgrimas de dores. Ningum ser feliz sozinho ou rodeado de poucos. O IPEPE Instituto de Interc mbiodo Pensamento Esprita de Pernambuco, que tem c omo misso interligar o pensamento esprita s diversas reas doc onhec imento humano, c olaborando para a c idadania e a paz, estar presente onde o homem estiver para, juntoc om este, melhorar as c ondi es espirituais e soc iais da humanidade. O trabalho que ora se apresenta c om o ttulo"Um Ensaio sobre Espiritismo e Poltic a" preparado pela CASP Coordenadoria da rea Sc io- Poltic a do IPEPE, umc onvite aberto para todos ns espritas, para que possamos fazer uma reflexo c orajosa sobre o nosso atual estgiode c idadania . A questo no deixar de fazer algo que esteja sendo feito, mas sim, analisarmos se no estamosdeixando de fazer algo que j deveramos estar fazendo. Bom , falar mais j estaria privando o leitor de inic iar esteestudo e reflexo para, sem maiores perda de tempo, inic iarmos as nec essrias a es.

    Gezsler Carlos West

    www.cvdee.org.br
  • Coordenador Geral do IPEPE

    A TTULO DE REFLEXO

    Deve o esprita esfor ar- se para c umprir os seus deveres de c idado e exerc er os seus direitos polt ic os? - ADoutrina Esprita c onsc ientiza a c riatura humana, levando-a a tornar- se um "homem de bem" no sentido global? -Que tm feito as Institui es Espritas para favorec er o proc esso de c onsc ientiza o sc io polt ic a dos seusfreqentadores? - O que voc ac ha de realizarmos um c ic lo de estudos e debates sobre o assunto desta apostila? -Se Voc despertou maior interesse sobre o assunto, leia esta apostila.

    EM TORNO DO CONCEITO DE POLTICA

    Algumas pessoas, no meio esprita, reagem de maneira negativa e, s vezes, at assustadas quando se fala empoltic a, demonstrando desinformao e preconceito. Existe at um tabu de que Poltic a entra em confronto c om ozelo doutrinrio. Na realidade a Polt ic a bem mais abrangente e est presente em tudo que o homem realiza.T odos ns somos poltic os. H mais de 2000 anos o filsofo grego Aristteles esc reveu que o homem um "animalpoltic o" e no estava brinc ando. Estava dizendo uma c oisa serissima, que permanece vlida at hoje. Polt ic a toda atividade que as pessoas pratic am c om o objetivo de influenc iar os ac ontec imentos, o pensamento esobretudo as dec ises da soc iedade em que vivem. No quotidiano c onfirma- se a natureza poltic a do homem, umavez que a vida em c omum e as formas de c oexistnc ia so ordenadas segundo os sistemas de governo e, nessasc ondi es, querendo ou no partic ipar, podendo ou no atuar na vida polt ic a, o homem rec ebe direta ouindiretamente os efeitos desses sistemas e paga pelas c onseqnc ias. Os lderes religiosos tm forte papel polt ic o.E mesmo ns, c idados c omuns, fazemos poltic a c om muita freqnc ia, mesmo no tendo c onsc inc ia disso. Nafeira, quando falamos mal do governo, ou nas reunies soc iais, quando falamos mal ou bem do partido tal ou doministro tal, estamos tentando fazer a c abe a dos outros, que por sua vez tentaro fazer a de outros. Ou seja,estamos c ontribuindo para formar a c hamada "opinio pblic a". Mesmo se o peso desses atos pequeno, o fato que, ao pratic - los, estamos partic ipando do proc esso polt ic o. O Evangelho apresenta, igualmente, a mais elevadafrmula de vida poltic o- administrativa aos povos da Terra: O Reino do Amor. O Espiritismo em seus aspec tosc ientfic o, filosfic o e religioso tem muito a ver c om a c ompreenso e organizao da soc iedade, a fim de que elaseja mais justa e amorosa e, atravs de seus adeptos, atue na realiza o do Reino de Jesus - - - Reino da Verdade,do Amor e da Justi a - - - sobre a face da Terra.

    UM ENSAIO SOBRE ESPIRITISMO E POLTICA

    "Para ns, a poltic a a c inc ia de c riar o bem de todos e nesse princ pio nos firmaremos". Deputado Dr. AdolfoBezerra de Menezes

    Reflexo Preliminar

    Haver alguma relao entre Espiritismo e Poltic a? Sobre o aspec to filosfic o, o Espiritismo tem a ver e muito c om aPolt ic a, j que esta deve ser a arte de administrar a soc iedade de forma justa. Conseqentemente, o esprita nopode dec linar da sua c idadania e deve vivenc i- la de forma c onsc iente e responsvel. O Brasil sempre foi alvo demuitas esperanas. Falava- se em pas do futuro, em ber o da nova c iviliza o e, nos meios espritas, em "Coraodo Mundo e Ptria do Evangelho." O grande problema que os brasileiros nunc a demonstraram grande empenhopara alc anar c onc retamente esses ttulos. Boa parte dos trabalhos de c inc ia poltic a no Brasil trazem umac arac terstic a marc ante: a c onstata o de que a soc iedade brasileira dependente do Estado e que no temapego a valores c omo democ rac ia, liberdade e igualdade. No tem tradi o de partic ipa o, de reivindic ar seusdireitos. A soc iedade uma das maiores responsveis pelos males que a atingem. Somos um Pas que no sec onsc ientizou de que depende da soc iedade c olaborar na resolu o de muitos problemas dos quais o Estado noc onsegue dar c onta. O Brasil s vai poder dizer- se Ptria do Evangelho quando der os primeiros passos naconstru o de uma soc iedade realmente democ rtic a, justa e fraterna. Quando, enfim, os brasileiros olharem para asoc iedade e perc eberem que fazem parte dela. Se uma pessoa est sofrendo, em um determinado loc al, todossofremos, pois os problemas dela ac abam nos atingindo de uma maneira ou de outra, seja por meio da violnc ia oudos mecanismos econmicos mais c omplexos. E o que tem a ver o Espiritismo com isso? O esprita tem em suasmos instrumentos poderosos de partic ipa o (e de transformao) da soc iedade: as federativas, os c entrosespritas, as institui es espec fic as, os rgos de c omunic ao. Podem, no mnimo, auxiliar na mudana dementalidade de seus adeptos. Sabemos que Kardec rec omendou aos c entros que deixassem de lado as questespoltic as. Mas essa afirmao signific a que no devemos trazer para o c entro esprita as c ampanhas e militnc iaspartidrias, pois o lugar para o seu exerc c io no seio das agremiaes e loc ais respec tivos. Assim, jamais oEspiritismo, c omo Doutrina, e o Movimento Esprita, c omo prtic a, podero dar guarida a um partido poltic o em seuseio, por exemplo: Partido Soc ial Esprita, Partido Esprita Cristo, etc . As questes poltic as decorrem dos prpriosprinc pios do Espiritismo. A partir do momento em que se fala em reforma moral, em mudana de viso do mundo, emdesapego dos bens materiais, prtic a da c aridade, etc . fala- se sobre poltic a. Princ ipalmente, quando se fala emtransformao da soc iedade, c omo aparec e a todo momento na Codific a o (partic ularmente no c aptulo final daGnese), estamos falando de poltic a. "Em que c onsiste a misso dos Espritos Encarnados? - Em instruir os homens,em lhes auxiliar o progresso; em lhes melhorar as institui es, por meios diretos e materiais". (Questo n 573 de OLivro dos Espritos). De se entender, ento, que no pode o esprita alienar- se no seio da soc iedade em que vive,c om a desculpa de que Espiritismo e Poltic a no tm nada que ver, pois prec iso lembrar que a vida material e a

  • vida espiritual so dimenses c ontnuas da prpria Vida. O homem tem que progredir, e isolado ele no temc ondi es disso, j que seu progresso depende dos bens que lhes so oferec idos pela famlia, pela esc ola, pelareligio e demais agnc ias soc iais. Para o esprita, essa a o polt ic a deve ser sempre inspirada nos princ piosexpressos pelo aspec to filosfic o do Espiritismo, que o levam a amar e, nesse c aso, amar desejar o bem; logo, aexterioriza o poltic a do Amor a expresso do querer bem e do agir para o bem de todos. A a o poltic a dosbons um imperativo na hora atual. O Espirit ismo apresenta c onc eitos c laros e prec isos para essa atua o. "A novagera o marchar, pois, para a realiza o de todas as idias humanitrias c ompatveis c om o grau de adiantamentoa que houver c hegado. Avanando para o mesmo alvo e realizando seus objetivos, o Espirit ismo se encontrar c omela no mesmo terreno. Aos homens progressistas se deparar nas idias espritas poderosa alavanc a e o Espirit ismoachar, nos novos homens, espritos inteiramente dispostos a ac olh- lo". (A Gnese). "O Espiritismo no c ria arenova o soc ial; a madureza da humanidade que far dessa renova o uma nec essidade. Pelo seu podermoralizador, por suas tendnc ias progressistas, pela amplitude de suas vistas, pelas generalidades das questesque abrange, o Espirit ismo mais apto do que qualquer outra doutrina a secundar o movimento de regenera o; porisso, ele c ontemporneo desse movimento. Surgiu na hora em que podia ser de utilidade, visto que tambm paraele os tempos so c hegados". (A Gnese). O Espirit ismo trabalha c om a educa o. Esta a base da prpriaDoutrina pois, para pratic - la, temos de nos educar. E a educao tem um contedo extremamente poltic o, poismuda nossa forma de ver o mundo e de agir nele. Assim, c ada vez mais importante que os c entros espritasperc ebam a importnc ia de disc utir os assuntos da realidade c onc reta. No estaremos fazendo polt ic a no aspec topartidrio, mas sim auxiliando na c onsc ientiza o dos espritas sobre c omo entender a soc iedade e agir nela de umaforma c rtic a e c onsc iente. Com uma viso c rtic a baseada nos princ pios espritas. Qual o posic ionamento de umesprita frente a questes c omo violnc ia, menores abandonados, educao, desemprego, rac ismo, disc rimina osoc ial. O que podemos fazer em nosso mbito para c ombater esses problemas? No adianta querer ser esprita noplano espiritual. Podemos e devemos estudar a moral esprita em sua teoria. Mas no h c omo fugir: a sua aplic a oprtic a ser, quer queiramos ou no, na realidade c onc reta, enfrentando esses problemas do c otidiano. Segundo J.Herc ulano Pires, em O Centro Esprita, "O Espirit ismo se liga a todos os c ampos das atividades humanas, no paraentranhar- se neles, mas para ilumin- los c om as luzes do Esprito. Servir o mundo atravs de Deus a sua funo eno servir a Deus atravs do mundo (...)." Por tudo isso, devemos entender que so fundamentais o Espiritismo e aPoltic a para a c onstru o de Uma Nova Soc iedade.

    A Lei de Adorao e a Poltica

    "T em Deus prefernc ia pelos que o adoram desta ou daquela maneira? - Deus prefere os que o adoram do fundo docorao, c om sinc eridade, fazendo o bem e evitando o mal, aos que julgam honr- lo c om cerimnias que os notornam melhores para c om os seus semelhantes". (Questo n 654 de O Livro dos Espritos). Para se fazer o bem eevitar o mal nec essrio que o homem seja partic ipante da soc iedade em que vive, atravs de a es quepreservem os prprios direitos naturais, c omo, tambm, dentro de suas possibilidades, defenda os direitos naturaisdo seu semelhante. A adora o a Deus, no c onceito esprita, tem uma a o polt ic a dentro da soc iedade, ou deforma mais ampla, no planeta em que se vive: fazer o bem e evitar o mal. Para fazer o bem e evitar o mal necessrio procurar extinguir o orgulho, a inveja, o egosmo, a vaidade e a prepotnc ia, no s de si mesmo, c omotambm das institui es e grupos soc iais. T al c onceito de adorao a Deus leva no s reforma ntima, ou seja, auto- educ a o da pessoa, c omo reforma da soc iedade em seus padres de egosmo e orgulho, em nome dosquais se justif ic am as desigualdades e as injusti as. Conseqentemente, no c onc eito de adora o a Deus expressopelo Espiritismo, h todo um comprometimento de partic ipa o na soc iedade, reiteradamente manifestado pelosespritos a Allan Kardec . Assim, vemos c laramente tal ligao: Deus, Homem e Soc iedade na questo n 657 de OLivro dos Espritos. "T m, perante Deus, algum mrito os que se c onsagram vida c ontemplativa, uma vez quenenhum mal fazem e s em Deus pensam? - No, porquanto, se c erto que no fazem o mal, tambm o que nofazem o bem e so inteis. Demais, no fazer o bem j um mal. Deus quer que o homem pense nele, mas no querque s nele pense, pois que lhe imps deveres a c umprir na terra. Quem passa todo o tempo na medita o e nac ontempla o nada faz de meritrio aos olhos de Deus, porque vive toda uma vida pessoal e intil humanidade eDeus lhe pedir c ontas do bem que no houver feito". Da mesma forma, a atitude c omodista e passiva, expressapela omisso diante dos problemas humanos em estruturas soc iais injustas e materialistas por Ele reprovada. Poiso c omodista ainda que no pratique o mal, dele se aproveita. Portanto, o esprita para no ser omisso e assimindiretamente aproveitar- se do mal, deve se esfor ar para que o c onc eito esprita de adora o a Deus sejaefetivamente aplic ado na soc iedade humana, de forma c onveniente, oportuna e adequada, em c onsonnc ia c om aprpria tic a ou Moral Esprita.

    A Lei do Trabalho e a Poltica

    "Por trabalho s se devem entender as ocupaes materiais? - No; o Esprito trabalha, assim c omo o c orpo. T odaocupao til trabalho". (Questo n 675 de O Livro dos Espritos) A c iviliza o c ria multiplic idades de trabalhos;nenhum deles, porm, poder servir c omo meio de explorao do homem com o objetivo do luc ro, nem ferir suadignidade c omo ser humano. Quando isso ac ontec e, surge a pobreza e a marginaliza o, evidenc iando flagranteinjusti a soc ial. A Doutrina Esprita denunc ia, de forma veemente, tal situao. Esc larec e que, todo aquele que temo poder de mandar responsvel pelo exc esso de trabalho que imponha aos que lhe so subordinados, abusando daautoridade e transgredindo as leis de Deus. prec iso que se rec onhe a a partic ipa o do homem atravs dotrabalho na soc iedade, c riando o bem comum, aumentando o patrimnio da grande famlia humana. Por isso, dessasoc iedade ele deve partic ipar de maneira justa e c riativa, jamais dela podendo ser marginalizado. A soc iedade deveser organizada de forma a que todos possam trabalhar e os que esto doentes ou impossibilitados ao labor rec ebamdesta mesma soc iedade os meios nec essrios sua subsistnc ia de maneira justa e digna. No adianta dizer ao

  • homem que ele tem o dever de trabalhar; prec iso que a soc iedade ofere a- lhe a oportunidade do trabalho, o quenem sempre acontece. A maior preocupao deste final de milnio tem um nome: desemprego. Num mundoglobalizado, c ada vez mais dependente da ec onomia e das varia es f inanc eiras, o problema do desemprego est setornando muito grave. O Espiritismo valoriza o trabalho c omo uma ao soc ial e espiritual, pois o homem delepartic ipa c om seu c orpo e esprito, no importando seja a atividade c hamada manual ou intelec tual. Portanto,nenhum homem, em boas c ondi es fsic as e mentais, pode ser alijado do trabalho. Por isso, o desemprego no um problema que ser resolvido por uma "lei histric a" ou "divina". Os homens que tem de resolv- lo. bom que osespritas reservem um pouc o da sua preoc upa o para os debates que se travam no mundo a respeito dodesemprego. Prec isamos perc eber que quando se trata desta questo, fala- se da evolu o do homem.

    A Lei de Reproduo e a Poltic a

    "Ser c ontrrio lei da Natureza o aperfei oamento das ra as animais evegetais pela Cinc ia? Seria mais c onforme a essa lei deixar que as c oisasseguissem seu c urso normal? - T udo se deve fazer para c hegar perfei o e oprprio homem um instrumento de que Deus se serve para atingir seus fins.Sendo a perfei o a meta para que tende a Natureza, favorec er essa perfei o c orresponder s vistas de Deus". (Questo n 692 de O Livro dosEspritos). O homem em sua partic ipao poltic a, ou seja, em sua ao nasoc iedade, deve agir para o equilbrio da prpria espc ie, c omo da vida queo c irc unvolve, pois tudo ele deve fazer para c hegar perfei o e ele uminstrumento do qual Deus tambm se serve. Em sua partic ipao poltic a nasoc iedade, o esprita no poder perder de vista o aspec to tic o ou moral daquesto. A reprodu o no ser humano est ligada tutela do c asamento, c ujosurgimento representa um dos primeiros progressos da soc iedade humana, poisestabelec e a solidariedade fraterna. O esprita, de forma individual, e oMovimento Esprita, de maneira c oletiva, prec isam estar atentos defesa dosfundamentos morais que preservem a nobre e elevada institui o do c asamento.A a o esprita de preservao dos la os de famlia no pode fic ar limitadas quatro paredes do Centro Esprita, mas deve ser uma partic ipa o nasoc iedade. Para isso utilizar os meios e instrumentos lc itos e morais,assoc iando- se a outras institui es e organiza es que tenham o mesmoobjetivo. Assim poder se c ontrapor onda avassalante de sensualidade quevarre os rgos de c omunic ao, c omo a televiso, a revista, o jornal, oc inema, o teatro e que mantm a mulher apenas c omo um objeto sexual, sob aaparnc ia de liberta o.

    A Lei de Conserva o e a Polt ic a

    "O uso dos bens da T erra um direito de todos os homens? - Esse direito c onseqente da nec essidade de viver. Deus no imporia um dever sem dar aohomem o meio de cumpri- lo". (Questo n 711 de O Livro dos Espritos). Noentanto, nas organiza es soc iais injustas a maioria dos homens impedidado uso dos bens da terra por aqueles que no s usam tais bens c omo, ainda,os dilapidam no gasto suprfluo. No respeitam o limite das nec essidades quea Natureza tra ou. T odos os seres vivos possuem o instinto de c onserva o,qualquer que seja o grau de intelignc ia, pois a vida nec essria aoaperfei oamento dos seres. Por isso a T erra produz de modo a proporc ionar onec essrio aos que a habitam, visto que s o nec essrio til. O suprfluonunca o . (Veja a Questo n 704 de O Livro dos Espritos). Esc larec e oEspiritismo que para todos h um lugar ao sol, mas c om a c ondi o de quec ada um oc upe o seu lugar e no o dos outros. A Natureza no pode serresponsvel pelos defeitos da organiza o soc ial, nem pelos efeitos daambi o e do egosmo. O uso dos bens da T erra um direito de todos oshomens. O Espiritismo no justific a aqueles que vivem da explora o dosemelhante, que pretendem os benefc ios da c iviliza o s para si.Aponta- lhes a hipoc risia e a falsidade. O Homem no merece c ensura pordesejar o seu bem- estar. natural esse desejo. Ele no c ondenvel, desdeque no seja c onseguido c om o prejuzo do outro e no prejudique as for asfsic as ou morais. T odo ser humano tem direito ao bem-estar. Logo, esterrada e injusta a soc iedade em que apenas alguns gozam do bem- estar.T ambm no est c erta para o Espirit ismo a soc iedade que elege padres defelic idade em termos de CONSUMIR (feliz quem tem dinheiro para comprar) eno de SER (desenvolvendo sua c apac idade de c onhec er e amar), pois apelasomente para a satisfa o dos impulsos ou instintos. O esprita deve, mesmocom sac rifc io, agir c onsc ientemente para que, na soc iedade humana, todostenham o nec essrio para o seu progresso. Sabendo que o uso dos bens daTerra um direito de todos os homens, c onforme os postulados doEspiritismo, o esprita deve partic ipar pelos meios lc itos que tenha ao seudispor para que esse direito seja indistintamente aplic ado.

  • Lei de Destrui o e a Poltic a

    "Se a regenera o dos seres faz nec essria a destrui o, por que os c erc a aNatureza de meios de preserva o e c onserva o? - A fim de que a destrui ono se d antes do tempo. T oda destrui o antec ipada obsta aodesenvolvimento do princ pio inteligente. Por isso foi que Deus fez que c adaser experimentasse a nec essidade de viver e se reproduzir". (Questo n 729de O Livro dos Espritos). Quando a destrui o ultrapassa os limites que anec essidade e a seguran a estabelec em, aparec e o domnio da materialidadesobre a natureza espiritual. "T oda destrui o que exc ede os limites danec essidade uma viola o da lei de Deus". (Questo n 735 de O Livro dosEspritos). H, pois, nec essidade de o homem organizar a soc iedade de formaa ser previdente, somando c onhec imentos e experinc ias, enc ontrando asolu o dos males ao remover as c ausas. Para isso c oncorrem a c inc ia e atcnic a. No entanto, se flagelos c omo inundaes, epidemias, sec as levam ador e o sofrimento a grande parte das popula es, porque o egosmo,traduzido no privilgio de minorias, impede que recursos avanados dac inc ia e da tcnic a sejam aplic ados de forma a eliminar ou diminuir seusdanosos e dolorosos efeitos. Para que haja harmonia numa soc iedade humana imperioso que a justi a se fa a junto a c ada um de seus c omponentes. Porm,a realidade, atualmente ainda no essa. Na es mais desenvolvidaseconmic a e tecnic amente procuram explorar as naes pobres. Agem de maneiraa mant- las em permanente dependnc ia ec onmic a, poltic a e at mesmomilitar. A destrui o e a violnc ia no se manifestam somente de formafsic a e ostensiva; mais terrveis e perigosas elas so quando se manifestamde forma sutil e disfar ada provoc ando o aniquilamento e a degrada o domeio ambiente em que o homem vive. T odas as vezes que o esprita c onstatar adestrui o da natureza em funo do luc ro que os sistemas ec onmic os exigem,dever assoc iar- se s vozes que c lamam c ontra tal destrui o. Para isso darapoio e partic ipa o ao partido poltic o, aos movimentos ec olgic os, sorganiza es estudantis e outras que lutam c ontra a destrui o desregrada.Diz a Constitui o do Brasil no artigo 5: "LXXIII qualquer c idado parte legtima para propor a o popular que vise anular ato lesivo dopatrimnio pblic o (...) ao meio ambiente e ao patrimnio histric o ecultural, fic ando o autor, salvo c omprovada m f, isento de custasjudic iais e do nus da sucumbnc ia".

    A Lei de Soc iedade e a Poltic a

    "A vida soc ial est em a Natureza? - Certamente, Deus fez o homem para viverem soc iedade. No lhe deu inutilmente a palavra e todas as outras fac uldadesnecessrias vida de rela o". (Questo n 766 de O Livro dos Espritos). Apessoa tem um compromisso c om a soc iedade em que vive. Nela deve partic ipar,dando sua c ontribui o, de ac ordo c om suas possibilidades intelec tuais esentimentais. O esprita, pelo c onhec imento que tem da Doutrina Soc ialEsprita, c onsubstanc iada nas Leis Morais de O Livro dos Espritos, tem odever de partic ipar ativa e c onsc ientemente na soc iedade em que vive, agindopara que os princ pios expressos em tais leis se efetivem na soc iedadehumana. Conseqentemente, a omisso e a oc iosidade que venham a alimentarqualquer tipo de isolamento soc ial, produziro sempre a inutilidade, ofanatismo ou o egosmo rotulado de pureza ou santidade. O homem temnec essidade de progredir, de desenvolver suas potenc ialidades e isso ele spode fazer vivendo em soc iedade e nec essrio que a soc iedade estejaestruturada a fim de que todos que a c ompem tenham tal possibilidade. Oesprita deve estar atento, vista dos c onc eitos espritas sobre sexo,famlia, dignidade humana, para denunc iar as a es e movimentos quesubvertam os valores espirituais. Conc lui- se, assim, que o homem no umser independente. Pelo c ontrrio, ele depende de seus semelhantes ao mesmotempo que impulsionado ao progresso; por isso impe- se- lhe a nec essidadede aprender a amar o seu prximo e no explor- lo fsic a, intelec tual esentimentalmente. Esse amor deve ser traduzido de forma c onc reta. No apenasdar esmola ao pobre e pedir- lhe pac inc ia, ac olher o velho desamparado noasilo, agasalhar a c riana rf ou abandonada, mas agir para que o AMAI-VOSUNS AOS OUTROS se efetive atravs do direito que todo ser humano tem depossuir o nec essrio: alimenta o, vesturio, c asa, sade, trabalho, lazer edesenvolvimento espiritual.

  • A Lei do Progresso e a Poltica

    "A for a para progredir, haure- a o homem em si mesmo, ou o progresso apenas fruto de um ensinamento? - Ohomem se desenvolve por si mesmo, naturalmente. Mas, nem todos progridem simultaneamente e do mesmo modo.D- se ento que os mais adiantados auxiliam o progresso dos outros, por meio do c ontato soc ial". (Questo n 779de O Livro dos Espritos). O progresso da prpria c ondi o humana, por isso o homem no pode opor- se- lhe. Aignornc ia e a maldade e at mesmo leis injustas, podem retardar seu desenvolvimento, mas no anul- lo. Segundoo Espiritismo, as revolues morais, c omo as revolues soc iais infiltram- se nas idias pouco a pouco. Elas c omoque germinam durante longo tempo e subitamente irrompem desmoronando institui es, leis e c ostumes do passado.As revolu es morais e soc iais so c ondi es para a realiza o do progresso. So idias novas, c onc eitos novosque se c hoc am c om os existentes, os quais j no mais satisfazem as nec essidades e aspira es. (Veja questo n783 de O Livro dos Espritos). Encontramos no c omentrio de Allan Kardec Questo n 789 de O Livro dosEspritos, esc larec imento de grande valia soc iolgic a: "A humanidade progride, por meio dos indivduos que pouco apouco se melhoram e instruem. Quando estes preponderam pelo nmero, tomam a dianteira e arrastam os outros.De tempos a tempos, surgem no seio dela homens de gnio que lhe do impulso; vm depois, c omo instrumentos deDeus, os que tm autoridade e, nalguns anos, fazem-na adiantar- se de muitos sc ulos". Compreende- se, por tudoisso, a importnc ia da partic ipa o dos espritas na soc iedade, de uma forma esc larec ida e c onsc iente. O espritaprec isa c onhecer os c onceitos e fundamentos da Doutrina Esprita para, c om os meios que lhe sejam possveis,c oloc - los na organiza o soc ial em que vive. Para o aprimoramento da soc iedade deve- se trabalhar a fim deaumentar o nmero das pessoas esc larec idas, justas e amorosas de maneira a que suas a es preponderem sobre ados maus. Da a reforma ntima no ser c ondi o para isolamento ou alienao, mas c ompromisso de unio c om osoutros que tm o mesmo ideal de amor e justi a, agindo deliberada e responsavelmente a benefc io de todos. OEspiritismo tem sua c ontribui o para dar, pois basta analisar seus princ pios filosfic os para ver que ele prope oque a humanidade deseja: o reino da justi a, obstando os abusos que impedem o progresso e a moraliza o dasmassas. Como vemos, a proposi o esprita da Lei do Progresso um intenso e profundo desafio aos espritas paraque trabalhem pelo progresso intelec tual e moral da humanidade. Com tal objetivo devem agir sobre a soc iedadehumana a fim de que haja hbitos espiritualizados, desenvolvimento da intelignc ia, da liberdade, elabora o de leisjustas a benefc io de todos, amparo ao frac o para que ele no seja explorado pelo forte, respeito s c ren as eopinies, direito ao necessrio a todos (bem comum). Como fazer isso? Agindo no s no Movimento Esprita c omo,tambm, de c onformidade c om a voc a o e aptido de c ada um, nas organiza es e movimentos que, baseados emtais valores, procuram estruturar e organizar a soc iedade. A Lei de Igualdade e a Polt ic a. " lei da natureza adesigualdade das c ondi es soc iais? - No; obra do homem e no de Deus". (Questo n 806 de O Livro dosEspritos). Conseqentemente, o esprita no deve c ompac tuar c om toda situa o que promova a desigualdadeentre os homens: a riqueza e a pobreza, o luxo e a misria, o elitismo intelec tual e a ignornc ia. Deve lutar c ontra oegosmo e o orgulho, identific ando os mltiplos disfarc es c om que eles se apresentam. Apoiar os movimentos queobjetivem a igualdade dos direitos humanos, rec onhec endo apenas c omo vlida a desigualdade pelo merec imentodecorrente do grau de aprimoramento intelec tual e espiritual. O Espiritismo brada veementemente c ontra a injusti asoc ial, demonstrando a necessidade de se agir por um mundo de Amor e Justi a. Para a Doutrina Esprita, adesigualdade das riquezas pode se originar na desigualdade das fac uldades, c omo tambm pode ser fruto davelhac aria e do roubo. Considerando a diversidade das fac uldades intelec tuais e os c arac teres, no possvel aigualdade absoluta das riquezas, no entanto, isso no impedimento igualdade de bem-estar. Logo, importanteque c ada ser humano tenha as c ondi es mnimas para desenvolver suas potenc ialidades. Isto no ser possvelenquanto grande parte das pessoas estiver submetida opresso, explora o, injusti a dos que desejammanter ou possuir a riqueza o mais depressa possvel. A riqueza, sob o aspec to tic o ou moral, jamais deveroriginar, manter ou estimular a explorao do homem pelo homem. Diz o Espiritismo: "Os homens se entenderoquando pratic arem a lei da justi a". E isso ser possvel quando os direitos humanos forem devidamente respeitadospelas soc iedades poltic as em que o homem vive. Portanto, a justi a deve exerc er sua tutela a fim de que c ada umtenha o que seu de direito. No se pode, desta forma, justif ic ar c om os c onceitos espritas a misria c omo sendoapenas prova ou expia o de espritos que foram ric os e poderosos no passado. A prpria evidnc ia soc iolgic ademonstra o absurdo de tal generaliza o. O orgulho e o egosmo de homens e institui es que tm ditado amisria e a pobreza sobre a fac e da terra. A misria sempre foi muito maior do que a riqueza, em todos os temposvividos pela humanidade, at a presente poca. Os ric os tm sido minoria e os pobres maioria, numa grandedespropor o. Isso no permite pensar logic amente numa inverso to simplista c omo querem alguns: "O pobre dehoje o ric o de ontem" . T rata- se de uma acomodao injusta diante de uma soc iedade dirigida, ainda, peloegosmo e pelo orgulho. Ac omodao que deturpa o sentido da reenc arna o, c onforme o c onc eito que lhe dadopelo Espiritismo.

    A Lei de Liberdade e a Poltic a

    "Em que c ondi es poderia o homem gozar de absoluta liberdade? - Nas doeremita no deserto. Desde que juntos estejam dois homens, h entre elesdireitos rec procos que lhes c umprem respeitar; no mais, portanto, qualquerdeles goza de liberdade absoluta". (Questo n 826 de O Livro dosEspritos). Para o Espirit ismo, o homem no goza de absoluta liberdadequando vivendo em soc iedade, porque uns prec isam dos outros. A liberdadedepende da fraternidade e da igualdade. Onde houver uma c onvivnc iafraterna, exteriorizada em amor e respeito, ac atando- se o direito doprximo, haver a prtic a da justi a e c onseqentemente existir liberdade.O egosmo que tudo quer para si, e o orgulho, a expressar o desejo de

  • domnio, so inimigos da liberdade. Allan Kardec c omenta: "A liberdadepressupe c onfian a mtua. Ora, no pode haver c onfian a entre pessoasdominadas pelo sentimento exc lusivista da personalidade. No podendo c adauma satisfazer- se a si prpria seno c usta de outrem, todas estaroc onstantemente em guarda umas c om as outras. Sempre rec eosas de perderem oque chamam seus direitos, a dominao c onstitui a c ondi o mesma daexistnc ia de todas pelo que armaro c ontinuamente c iladas liberdade e ac oarc taro quanto puderem". (In Obras Pstumas, Captulo Liberdade,Igualdade e Fraternidade). O esprita deve c ombater o orgulho e o egosmo emsi mesmo e na soc iedade em que vive. A liberdade no se c onfunde c om adevassido que solta as rdeas dos instintos. A liberdade de c onsc inc ia uma c arac terstic a da c iviliza o em seu mais avanado estgio de progresso.Todavia, evidente que uma soc iedade para manter o equilbrio, a harmonia eo bem- estar prec isa estabelec er normas, leis e regulamentos portadores desanes. A ttulo de respeitar a liberdade de c onsc inc ia no vai- se admitira propaga o de idias e doutrinas prejudic iais soc iedade. Nada se lhesdeve opor atravs da violnc ia e da for a, mas atravs dos princ pios dodireito. Para o Espiritismo, os meios fazem parte dos fins; no se podepretender o amor, a justi a, a liberdade, agindo por meios violentos,odiosos, injustos e c oativos. Esse c onc eito de liberdade deve levar oesprita a o para implantar o bem na soc iedade em que vive para que o malgradativamente desapare a. Para isso prec iso atuar c onsc ientemente, c omamor e determinao.A Lei de Justi a, Amor e Caridade e a Poltic a"Como se pode definir a justi a? - A justi a c onsiste em cada um respeitaros direitos dos demais". (Questo n 875 de O Livro dos Espritos). Para oEspiritismo, justi a : c ada um respeitar os direitos dos demais. T ambmpara ele, duas c oisas determinam tais direitos: A lei humana e a leinatural. Esc larec e, no entanto, que as leis humanas so formuladas dec onformidade c om os c ostumes e c arac teres de uma determinada poca esoc iedade, por isso so mutveis. Essas leis regulam algumas rela essoc iais, ao passo que a lei natural rege at mesmo o que oc orre no foro dac onsc inc ia de c ada um. Dentre os direitos de que o ser humano dispedestaca o Espiritismo que o primeiro de todos o direito de viver. Istoest fundamentado na resposta Questo n 880 de O Livro dos Espritos:"Por isso que ningum tem o direito de atentar c ontra a vida de seusemelhante, nem fazer o que quer que possa c omprometer- lhe a existnc iac orporal". Compreende- se que as afirmaes "atentar c ontra a vida" e"c omprometer- lhe a existnc ia" so muito amplas, envolvendo tudo aquilo queseja prejudic ial vida humana fsic a e espiritual. T oda a o que atentec ontra a vida no deve ser pratic ada pelo esprita, bem c omo a esse tipo dea o ele dever se opor, onde observe sua manifesta o. O Espirit ismo nosdiz que o amor e a c aridade c ompletam a lei de justi a, pois quando amamos oprximo desejamos fazer- lhe todo o bem que nos seja possvel, da mesma formacomo gostaramos que nos fosse feito. Sob tal enfoque, afirmou Jesus:"Amai- vos uns aos outros". Segundo Jesus, a c aridade no se restringe esmola, ela abrange todo o relac ionamento humano. de se ver a amplitudeque, assim, assume a c aridade, impondo para seu aparec imento o exerc c io dalei de justi a. Depreende- se, pois, que sem justi a no h c aridade. NaQuesto n 888 de O Livro dos Espritos enc ontramos: "Condenando- se a pediresmola, o homem se degrada fsic a e moralmente: embrutec e- se. Uma soc iedadeque se baseie na Lei de Deus e na justi a deve prover vida do frac o, semque haja para ele humilha o. Deve assegurar a existnc ia dos que no podemtrabalhar, sem lhes deixar a vida merc do ac aso e da boa vontade dealguns". Ressalta, assim, aos espritas, a imperiosidade de trabalhar paraque a soc iedade se baseie, c ada vez mais na lei de Deus e na justi a, a fimde que o direito vida, dignidade e ao respeito humano seja rec onhec ido atodos indistintamente. indispensvel que, embasados nos princ piosespritas, trabalhe- se para remover as c ausas geradoras da misria, daignornc ia e dos vc ios. A Renovao do Ser humano e da poltic a "Poderiasempre o homem, pelos seus esfor os, vencer as suas ms inc linaes? - Sim,e, freqentemente, fazendo esfor os muito insignific antes. O que lhe falta a vontade. Ah! quo pouc os dentre vs fazem esfor os!". (Questo n 909 de OLivro dos Espritos). O egosmo expressando- se atravs de uma pessoa, ou degrupos de pessoas, o sentimento c entralizador do interesse prprio emdetrimento dos outros. Preocupado c om seu enquistamento no ser humano,perquiriu Allan Kardec : "Fundando- se o egosmo no sentimento do interessepessoal, bem difc il parec e extirp- lo no c orao humano. Chegar- se- ac onsegui- lo? - medida que os homens se instruem acerc a das c oisasespirituais, menos valor do s c oisas materiais. Depois, nec essrio que

  • se reformem as institui es humanas que o entretm e exc itam. Isso dependeda educao". (Questo n 914 de O Livro dos Espritos). A orienta o nosentido de que a c ompreenso da vida espiritual liberta o homem daesc ravizao s c oisas materiais, isto , elas deixam de ser um fim em simesmas para se tornarem instrumentos do seu progresso espiritual. Por outrolado denunc iam c laramente a nec essidade de se transformarem as institui eshumanas que geram, motivam e estimulam o egosmo. O proc edimento adequado ase intentar essa transforma o a educ a o no sentido amplo, ou seja, ac onsc ientizao e prtic a individual e c oletiva dos princ pios da justi a,da igualdade, da liberdade, do amor e da c aridade. imperioso, pois, que sec ombata o egosmo, indo s c ausas que o geram no homem e nas institui es.Nessa linha de rac ioc nio, c omenta Allan Kardec : "Louvveis esfor osindubitavelmente se empregam para fazer que a humanidade progrida. Os bonssentimentos so animados, estimulados e honrados mais do que em qualqueroutra poca. Entretanto, o egosmo, verme roedor, c ontinua a ser a c hagasoc ial. um mal real, que se alastra por todo mundo e do qual c ada homem mais ou menos vtima. Cumpre pois, c ombat- lo, c omo se combate umaenfermidade epidmic a". (Comentrio Questo n 917 de O Livro dosEspritos). evidente que nesse c ombate torna- se imperiosa a anlise das"c hagas da soc iedade", ou seja, de rgos, de institui es, organiza es,sistemas econmic os e poltic os que entretec em e exc itam o egosmo de formaindividual ou c oletiva. Mais uma vez fic a c laro que o aprimoramento do serhumano no pode ser feito apenas c om a auto- educ a o c omo proc esso deisolamento e no partic ipa o c onsc iente dentro da soc iedade.

    A Poltic a e a Ao Soc ial Esprita

    "Por que, no mundo, to amide, a influnc ia dos maus sobrepuja a dos bons? - Por fraqueza destes. Os maus sointrigantes e audac iosos, os bons so tmidos. Quando estes o quiserem, preponderaro". (Questo n 932 de OLivro dos Espritos). Por todos os c onceitos e princ pios c ontidos em O Livro dos Espritos, at aqui analisados,observamos quanto essas idias regeneradoras toc am a soc iedade humana em sua estrutura, organiza o efunc ionamento. Conceitos que em todas as c irc unstnc ias e situa es c onc retizam a aplic a o da verdade, dajusti a e do amor. H, pois, uma inequvoca c ontribui o Poltic a, sob o aspec to filosfic o que o Espiritismo oferece soc iedade humana, a fim de que ela se estruture, organize e func ione em termos de verdade, justi a e amor.Disseram os Espritos: "Quando bem compreendido, se houver identific ado c om os c ostumes e as c renas, oEspiritismo transformar os hbitos, os usos, as rela es soc iais". (Questo n 917 de O Livro dos Espritos).Preocupado c om a possvel felic idade humana, Allan Kardec questionou: "A felic idade terrestre relativa posi ode c ada um. O que basta para a felic idade de um, c onstitui a desgra a de outro. Haver, c ontudo, alguma soma defelic idade c omum a todos os homens? A resposta dada pelos Espritos, em sua primorosa sntese, enc erra no slc ido esc larec imento, c omo um grande desafio efetiva partic ipa o dos espritas para promoo da felic idade, aoafirmarem: "Com rela o vida material a posse do necessrio. Com rela o vida moral, a c onsc inc ia tranquilae a f no futuro". (Questo n 922 de O Livro dos Espritos). Ampliando esc larec imentos na Questo n 927 damesma obra, aditaram: "Verdadeiramente infeliz o homem s o quando sofre da falta do nec essrio vida e sade do c orpo". de se entender, ento, que o esprita tem uma a o soc ial, pois deve estar atento prtic a dajusti a e do amor a f im de que todos tenham a posse do nec essrio e a sade do c orpo, o que nec essariamenteimplic a em propugnar para que todos tenham alimenta o adequada, vesturio, habita o, educ a o, assistnc iamdic a, educao sanitria e at mesmo lazer. Advertiram os Espritos na Questo n 930 do livro em estudo:"Numa soc iedade organizada segundo a lei do Cristo, ningum deve morrer de fome". Adita Allan Kardec : "Com umaorganiza o soc ial c riteriosa e previdente, ao homem s por sua c ulpa pode faltar o nec essrio. Porm, suasprprias faltas so freqentemente resultado do meio onde se ac ha c oloc ado. Quando pratic ar a lei de Deus, teruma ordem soc ial fundada na justi a e na solidariedade e ele prprio tambm ser melhor". Portanto, o esprita temque partic ipar e influenc iar na soc iedade em que vive, procurando levar s institui es que a estruturam os valorese normas do Espiritismo. Isso uma partic ipao poltic a. No pode preocupar- se apenas c om a reforma ntima,isolando- se em um "osis de indiferentismo" pela soc iedade em que vive. verdade que essa a o polt ic a c onflitarc om os interesses dos egostas e orgulhosos, individualmente ou em grupos. O Esprito Lzaro, no Captulo IX, item8, de O Evangelho Segundo o Espirit ismo nos alerta que "Cada poca , assim, marc ada pelo c unho da virtude ou dovc io que a devem salvar ou perder. A virtude da vossa gerao a atividade intelec tual, seu vc io a indiferenamoral". Assim, essa ao poltic a deve objetivar o bem comum. Aqueles que pretendem o bem no podem se omitir eessa partic ipa o liga- se profundamente c om a c aridade, pois amar querer o bem. Destarte, a expresso poltic ado amor querer fazer o bem para todos. A partic ipao do esprita, inc lusive do jovem, no processo poltic o,soc ial, c ultural e ec onmic o deve ser c onsc iente e responsvel, tendo c omo diretriz os princ pios e normas c ontidasem O Livro dos Espritos. Partic ipao Poltic a do Esprita. "... Sirva de base s institui es soc iais, s rela eslegais de povo a povo e de homem a homem o princ pio da c aridade e da fraternidade e c ada um pensar menos nasua pessoa, assim veja que outros nela pensaram. T odos experimentaro a influnc ia moralizadora do exemplo e docontato". (Questo n 917 de O Livro dos Espritos).

    COMO O ESPRITA NO DEVE ATUAR NA POLTICA:

    a.

    b.

  • Levar a polt ic a partidria para dentro do Centro, das Entidades ou do Movimento Esprita;a.

    Utilizar- se de mdiuns e dirigentes espritas para apoiar polt ic os partidrios a c argos eletivos aos PoderesExecutivo e Legislativo;

    b.

    Catar votos para polt ic os que, s vezes, do alguma "verbinha" para asilos, c rec hes e hospitais, mas c ujaconduta poltic a no se afina c om os princ pios tic os ou morais do Espiritismo;

    c.

    Apoiar poltic os que se dizem espritas ou c ristos, mas aprovam as injusti as, as barganhas, a "politic agem"(usar a polt ic a partidria para interesses egostic os pessoais ou de grupos a que se ligam);

    d.

    Partic ipar da polt ic a partidria apenas por interesse pessoal, para melhorar a sua vida e de sua famlia,divorc iado em sua militnc ia poltic o-partidria dos princ pios e normas da Filosofia Esprita.

    e.

    COMO O ESPRITA DEVE ATUAR NA POLTICA:

    O esprita pode e deve estudar e reflexionar sobre os princ pios poltic o- filosfic o- espritas no Centro Esprita,pois eles esto c ontidos em O Livro dos Espritos, Parte T erc eira, Das Leis Morais;

    a.

    Atravs da anlise, do estudo e da reflexo das normas e princ pios ac ima referidos, o esprita deve identific aro egosmo, o orgulho e a injusti a nas institui es humanas, denunc iando- as e agindo para que elasdesapare am da soc iedade humana;

    b.

    Confrontar os fundamentos morais e objetivos do Espirit ismo c om os fundamentos morais e objetivos dospartidos poltic os, verific ando de forma c oerente qual ou quais deve apoiar e at mesmo partic ipar c omomembro atuante, se tiver voc a o para tal, sabendo, no entanto, da responsabilidade que assume nessec ampo, j que sua militnc ia deve sempre estar voltada para o interesse do ser humano, em seus aspec tossoc ial e espiritual. Para isso, sua a o poltic a dever estar em harmonia c om os valores tic os (morais) doEspiritismo que, em ltima anlise, so fundamentalmente os mesmos do Cristianismo;

    c.

    Partic ipar de organiza es e movimentos que propugnem pela Justi a, pelo Amor, pelo progresso intelec tual,moral e fsic o das pessoas. Exemplos: c lubes de servi os, sindic atos, assoc ia es de c lasses, diretriosac admic os, movimentos de respeito e defesa dos direitos humanos, etc .;

    d.

    Fazer do voto um elevado testemunho de amor ao prximo; Considerando que a soc iedade humana dirigidapor polt ic os que saem das agremia es partidrias e suas influnc ias podem ajudar ou atrasar a evolu ointelec to-moral da humanidade, o voto, realmente, uma forma de exprimir o amor ao prximo e coletividade; Deve, pois, analisar se a c onduta do c andidato poltic o- partidrio tem maior ou menor rela ocom os princ pios morais e poltic os (aspec to filosfic o) do Espiritismo;

    e.

    Partic ipar c onsc ientemente da a o polt ic a na soc iedade, sem relegar o estudo e a reflexo do Espirit ismo aplano sec undrio. Pelo c ontrrio, o estudo e a reflexo dos temas espritas devero lev- lo a permanentepartic ipao, objetivando a aplic a o c onc reta do Amor e da Justi a ao ser humano, seja individual oucoletivamente.

    f.

    REFLEXO FINAL

    "E quem governa seja c omo quem serve". Jesus - (Lucas, 22:26) O advento da Nova Era passar, inevitavelmente,pela renovao poltic a. Nada muda se os poltic os no mudarem. "A for a das c oisas possibilita a mudana, masno construir uma soc iedade mais justa, mais livre, mais feliz, sem que c ada famlia, c ada grupo, c ada c idade,c ada na o elabore seu projeto, organize sua a o para c hegar a essa soc iedade melhor". (Questes n 860 e 1019de O Livro dos Espritos). Cristo ensinou a pac inc ia e a tolernc ia, mas nunca determinou que seus disc pulosestabelec essem acordo, tc ito ou explc ito, c om os erros que infelic itam o mundo. Em fac e dessa dec iso foi c ruze legou o ltimo testemunho de no- violnc ia, mas tambm de no- acomodao c om as trevas em que se c ompraza maioria das c riaturas. Para o aprimoramento da soc iedade deve- se trabalhar a fim de aumentar o nmero depessoas esc larec idas, justas e amorosas de maneira que suas a es preponderem sobre a dos maus. Como diz J.Herculano Pires (O Reino. So Paulo: Editora Edic el, p.137) "O chamado de uma nova ordem soc ial est c lamando nocora o do mundo. E o mundo no pode deixar de atend- lo, porque um imperativo do progresso terreno, uma leimaior do que as leis transitrias dos homens, a expresso da prpria vontade de Deus". No poderemos esquec er,tambm, a preocupao de Deolindo Amorim (O Espiritismo e os Problemas Humanos. So Paulo. Editora USE, 2edi o, p.34) c om o esprita e a soc iedade: "Para os espritas, finalmente, o Cristianismo no aptic o. Se, narealidade, o c risto fic asse apenas na f, rezando e c ontemplando o mundo grande distnc ia, sem partic ipar dotrabalho de transformao do homem e da soc iedade, jamais a palavra do Cristo teria a influnc ia pondervel. Overdadeiro c risto, o que tem o Evangelho dentro de si, e no apenas o que repete versc ulos e senten as, nopode c ruzar os bra os dentro de um mundo arruinado e poludo pelos vc ios, pela imoralidade e pelo egosmo".Alterar essa estrutura soc ial que fomenta o egosmo em todos os grupos soc iais providnc ia urgente. (Questo n573 de O Livro dos Espritos). Prec isamos aproveitar a for a das c oisas, que est c riando possibilidades demudanas. Isso s pode ser feito, c omo diz o Codif ic ador, c ombatendo todas essas c ausas, seno ao mesmotempo, pelo menos por parte. Notemos a palavra por parte e no uma de c ada vez. Ao interferirmos em um sistema,

  • diz- nos a teoria que no podemos interferir para mudar, sem agir em uma famlia de c oisas. Atuar em uma coisa dec ada vez incuo, pois o prprio sistema se defender eliminando o que o ameaa. No entanto, o c aminho parec eser c oloc ar novos princ pios em prtic a nas famlias, institui es, esc olas, igrejas, em todos os grupos soc iais, deforma que muitos movimentos soc iais c omecem a demonstrar a viabilidade de novas solu es. (Questes ns 791 a793 e 797 de O Livro dos Espritos). A polmic a idia de que o Brasil est destinado a c umprir o papel de "Coraodo Mundo e Ptria do Evangelho" sempre foi ac ompanhada de reflexes muito entusiastas. Se ele realmente temuma misso histric a a realizar, ento prec iso c omear a pensar o Brasil de um ponto de vista mais realista. Sassim poderemos c umpri- la. O Evangelho apresenta a mais elevada frmula de vida poltic o- administrativa aos povosda terra. Os ideais democ rtic os do mundo no derivam seno do prprio ensinamento de Jesus, nesse partic ular,ac ima da c ompreenso vulgar das c riaturas. A magna questo enc ontrar o elemento humano disposto execu odo sublime princ pio. Quase todos os homens se atiram c onquista dos postos de autoridade e evidnc ia, masgeralmente se enc ontram exc essivamente interessados c om as suas prprias vantagens no imediatismo do mundo Ogrande desafio do esprita c onsc iente partic ipar ativamente desse movimento de transformao soc ial, alic er adono c onhec imento das Leis Morais c ontidas em O Livro dos Espritos, buscando: - Politizar- se para escolher melhor; -Esc larec er amigos e familiares sobre o voto c onsc iente; - Partic ipar de grupos de ao c omunitria, alm do c entroesprita; - Votar c om amor, para eleger os mais moralizados. Preponderar sobre os maus, c omo j vimos, apenasuma questo de vontade. Foi a esta c onc luso que c hegou Martin Luther King (Os Grandes Lderes Nova Cultural),ao afirmar: "No h nada mais trgic o neste mundo do que saber o que c erto e no faz- lo. No posso fic ar nomeio de todas essas maldades sem tomar uma atitude." T oda a estrutura da Doutrina Soc ial Esprita est c alc adana Codific a o e esta deve ser a base para a c onstru o de Uma Nova Soc iedade. Assim, a implanta o da Polt ic ada Fraternidade deve ser para todo esprita c onsc iente UM IDEAL A SER AT INGIDO.

    Ensaio elaborado a partir de transc ri es do Livro O Espiritismo e a Poltic a para a Nova Soc iedade Aylton Paiva Lins. Casa dos Espritas.

    Outras obras c onsultadas:

    Rumos para Uma Nova Soc iedade O Espiritismo e as Cinc ias Soc iais Autores Diversos - So Paulo. Edi esUSE.

    Estudos de Filosofia Soc ial Esprita Ney Lobo FEB

    Alma e Luz Franc isc o Cndido Xavier/Emmanuel Instituto de Difuso Esprita.

    Jornal Opinio E. de Maio de 1997 Espec ial Eduardo Fernandes.

    O Livro dos Espritos Allan Kardec .

    O Evangelho Segundo o Espiritismo Allan Kardec .

    A Gnese Allan Kardec .

    Obras Pstumas Allan Kardec .

    O Reino J. H. Pires/Irmo Saulo So Paulo. Editora Edic el.

    O Espiritismo e Os Problemas Humanos D. Amorim & H. C.Miranda So Paulo: Editora USE.

    Caminho, Verdade e Vida Franc isc o Cndido Xavier/Emmanuel FEB.

    Os Grandes Lderes Martin Luther King - Nova Cultural.

    Como No Ser Enganado nas Elei es Gilberto Dimenstein Editora tic a.

    Elementos da Engenharia Soc ial Dc io Silva Barros Editora do Esc ritor SP.

    http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/comportamento/espiritismo-e-politic a.html

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    Ol pessoal, tudo bem?

    Segue abaixo a minha c ontribui o e parabns a equipe pela esc olha dessa questo.

    Esse tema vem ao enc ontro da situa o que estamos passando em nossa soc iedade: O REFERENDO ACERCA DODESARMAMENTO.

    Essa questo faz parte da polt ic a nac ional, mas ns, c omo espritas, no podemos fic ar omissos nesse proc esso.

    Se pensarmos que no devemos misturar esse assunto, estamos deixando de passar valores importantes aos nossosevangelizandos, e c omo o espiritismo religio, filosofia e c inc ia, no devemos fic ar de bra os c ruzados nessec aso.

    http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/comportamento/espiritismo-e-politica.html
  • Vou relatar o que aconteceu comigo:

    Moro no Paran e o nosso Estado foi o primeiro a inc entivar o desarmamento, inic ialmente o bnus era de c em reais.Nas primeiras entregas voluntrias das armas eu c onstava na lista (entreguei dois revlveres do meu falec ido pai).Como trabalho em rgo pblic o, fui c onvidada para ser entrevistada pela rede globo e, enfim, fui a primeira c idaddo Brasil que rec ebeu ofic ialmente o bnus. A divulgao foi em nvel estadual e nac ional. Nesse perodo noimaginava que a questo desarmamento c hegaria a essa propor o. prs e os contras de c ada questo polt ic a. Oc aminho a perc orrer ser de esc olha dos nossos evangelizandos, e nesse c aso, no tratar questes polt ic as deix- los vulnerveis as influnc ias de pessoas, nem sempre bem qualif ic adas para orient- los.

    Deixo agora a palavra com vocs.

    Que Deus abenoe a todos.

    Abraos.

    Bhethy

    ---

    Eis, Gente Linda, tudo azul azul?! :- )

    Beth gostei do seu relato, c omo vc aplic ou o dbate? usou alguma tcnic a, qual foi ela?! :- )

    noite estreladinha de felic idade proc s

    beijoc as mineiras c om carinho no c orao

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    REENVIANDO, AGORA COM A DINMICA DA AULA

    Repasso novamente o meu relato e a dinmic a da aula sobre desarmamento.

    Segue abaixo a minha c ontribui o e parabns a equipe pela esc olha dessa questo.

    Esse tema vem ao enc ontro da situa o que estamos passando em nossa soc iedade: O REFERENDO ACERCA DODESARMAMENTO.

    Essa questo faz parte da polt ic a nac ional, mas ns, c omo espritas, no podemos fic ar omissos nesse proc esso.

    Se pensarmos que no devemos misturar esse assunto, estamos deixando de passar valores importantes aos nossosevangelizandos, e c omo o espiritismo religio, filosofia e c inc ia, no devemos fic ar de bra os c ruzados nessec aso.

    Vou relatar o que aconteceu comigo:

    Moro no Paran e o nosso Estado foi o primeiro a inc entivar o desarmamento, inic ialmente o bnus era de c em reais.Nas primeiras entregas voluntrias das armas eu c onstava na lista (entreguei dois revlveres do meu falec ido pai).Como trabalho em rgo pblic o, fui c onvidada para ser entrevistada pela rede globo e, enfim, fui a primeira c idaddo Brasil que rec ebeu ofic ialmente o bnus. A divulgao foi em nvel estadual e nac ional. Nesse perodo noimaginava que a questo desarmamento c hegaria a essa propor o.

    Esses dias meus alunos da evangeliza o me perguntaram se fiz a entrega de c ora o, e se hoje vou votar c ontraou favor ao desarmamento. Aproveitei a oportunidade para debater a esse respeito, e c onfesso que fiquei surpresacom a c olocao deles. Um aluno me disse que ser esprita ser contra a tudo que gere violncia, assim,devemos ser a favor do desarmamento. Mas um outro me disse: -Professora, se temos o livre arbtrio,no seria melhor ser contra o desarmamento, assim, poderamos ver de verdade quem bom e quem ruim?

    Agora fic a a questo no ar, se somos cincia, no temos que evoluir c om os ac ontec imentos? No temos que nosatualizar sobre esse tipo de assunto e outros dessa mesma natureza e c oloc ar a posi o do esprita em c asosatuais (um exemplo o prprio desarmamento)?

    Sendo filosofia, no interessante tratar c om respeito c onduta do homem na soc iedade atual, e o que levou osnossos governantes a esse t ipo de atitude, o desarmamento?.

    E ainda, sendo religio, no seria interessante tratar a c onduta e a tic a c rist nesse c aso?

    Gente, eu penso que no devemos polemizar as c oisas, mas tratar questes polt ic as que nos remetem a valores

  • importantes, deve sim, ser tratado. Se fomos c onfiados c omo guias e mestres dos nossos evangelizandos, nadamais lc ito que deixar c laro os dois c aminhos. No quero dizer em fazer a escolha por ningum, longe disso, masmostrar os prs e os contras de c ada questo polt ic a de grande reperc usso. O c aminho a perc orrer ser deesc olha dos nossos evangelizandos, e nesse c aso, no tratar questes polt ic as deix- los vulnerveis asinflunc ias de pessoas, nem sempre bem qualif ic adas para orient- los.

    Pedagogic amente, gosto de aulas objetivas, assim, planejei c om simplic idade da seguinte forma:

    Tcnica sobre aula desarmamento (adaptvel a qualquer faixa etria, a minha foi de 12/17 anos)

    Fizemos as oraes inic iais e em seguida distribui a c ada um, duas folhs de papel sulfite, lpis de c or, c ola, lpis.TEM QUE SER UMA ATIVIDADE UM POUCO RPIDA POIS H MUITO QUE TRABALHAR NESSA AULA.

    Pedi que em uma eles desenhassem uma arma (e nisso eles so c raques) e na outra, que eles desenhassem umaflor. Dei um tempo de 5 minutos para c ada desenho. Em seguida, c oloquei de um lado da parede os desenhos daarma, de outro o das flores.

    A partir da da, c omeamos o nosso debate.

    Solic itei que olhassem do lado da parede os desenhos das armas e do outro, os das f lores e f iz a pergunta?

    - Que sensa o voc sente ao olhar os desenhos das armas?

    - Que sensa o voc sente ao olhar os desenhos das f lores?

    Direc ionei a c onversa para o assunto sensa o. Colhendo o depoimento de c ada um, houve a unanimidade de que aarma trazia a imagem da violnc ia, e flor, a sensao de paz.

    Pedi para que eles esc olhessem apenas um dos desenhos para permanec er na parede e todos retiraram o desenhoda arma (foi de livre escolha).

    Simulei uma situa o e pedi para que eles se posic ionassem a respeito:

    Voc mora numa c asinha de c ampo c om sua esposa e filhos, no existe armas em sua c asa e h muito voc vemsofrendo ameaas de delinqentes. Como voc faria para defender a sua famlia uma vez que polc ia fic a h muitosquilmetros de distnc ia desse loc al?

    Foi muito legal o debate, eles trabalharam o livre arbtrio, a maldade, a poltic a soc ial, as palavras de c risto efinalizaram com a benevolnc ia de Deus.

    Valeu a pena.

    Deixo agora a palavra com vocs.

    Que Deus abenoe a todos.

    Abraos.

    Bhethy

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    UM DETALHE IMPORTANTE

    Na parte do desenho, a inteno, no de forma alguma inc entivar violnc ia. Fa a aps a atividade, uma reflexo,do porque, para eles, foi mais fc il desenhar algo agressivo, do que algo bom, c omo a flor. E quanto eles foremretirar um dos desenhos da parede, diga a eles, - agora vamos esc olher qual desses desenhos vamos tirar parasempre de nossas vidas. O debate foi muito bom, embora ningum queira arma, a maioria foi a favor da venda.. otpic o medo da violnc ia urbana. Concordo c om os textos enviados pelos nossos irmos da evangelize, no devemosformar CIDADOS ditados pelos nossos IDEAIS, assim, mesmo que a minha posi o favor desarmamento, no fiz aeles nenhuma induo. O respeito foi prevalec ido e c om o amadurec imento eles sabero fazer a melhor esc olha, davem a importnc ia de trabalhar c om frequnc ia assuntos dessa natureza. Em nosso Centro, procuro interc alar noms duas aulas de assuntos da doutrina esprita, uma de valores e outra de assuntos do momento, que foi o c asodessa.

  • abra os.

    Bhethy

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    Ol c ompanheiros!

    Minha opinio que a polt ic a pode e deve ser trabalhada na evangeliza o. aquela questo de no c onfundirpoltic a (algo normal da vida soc ial) c om poltic a-partidria, c omo bem explic am os textos encaminhados pra sala.

    Pro "quando" e "c omo", penso que d pra trabalhar a partir do jardim... nesse c aso, enfoc ando o sentimento/a oda benevolnc ia para c om as pessoas mais pobres, por exemplo.

    Acho que c onsc ientizar as c rian as e jovens de seus deveres de espritas e c idados, na c onstru o de um mundomais justo e fraterno, um timo caminho para trabalhar poltic a e, ao mesmo tempo, a mensagem de AMOR doCristo.

    Infelizmente, no tenho experinc ias interessantes (c omo a da Beth) pra c ompartilhar c om o grupo... masme integro disc usso c om essa modesta c ontribui o.

    Um abra o a todos,

    Thiago.

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    Eis, tudo joiiinha, Gente Linda?! :- )

    Beth, gostei da aula e dessa sua c oloc a ao c omplementar.

    E da importnc ia que , ao trabalharmos temas atuais, de um jeito tb de se c oloc ar a utilidade e a atualidade daorientaao doutrinria que levamos a eles. :- )

    domingo feliz proc s

    beijoc as mineiras c om carinho no c orao

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    Ois, Gente Linda, tudo na paz?! :- )

    T hiago legais suas c oloc a es , at no sentido de trabalhar a partir do jardim a questao do ser c idadao que englobatb a prtic a politic a :- )

    E o importante isso, que atravs dos nossos entendimentos, sejam teoric os ou prtic os, possamos interc ambiarpensamento , uma vez que um vai auxiliando o outro a verific ar por vrios angulos diferentes e, as vezes, nuncahaviamos pensado :- )

    domingo c or e amor proc s todos

    beijoc as mineiras c om carinho no c orao

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    Ol Lu e amigos do Evangelize

    Um pouco tarde , mas vamos l :

    Acho que devemos abordar o assunto : POLT ICA na evangeliza o de uma forma leve, mais pro lado daorganiza o poltic a . Inc entivo ao patriotismo, as questes morais e c ivic as , de c idadania, de responsabilidadepblic a, de direitos e deveres .

  • E sem dar nomes aos bois , c onversar sobre os problemas que afetam os pases : Corrupo, fome, gananc ia, etc .

    Minhas duas sugestes so as seguintes :

    1) Aulas sobre direitos e deveres das c rianas > Utilizar o Estatuto da Criana .

    2) Em uma aula espec ific a fazer c om que as c rianas fa am de c onta que vo governar o mundo e interpretem ouconstruam seus Mundos Prprios. Quem sabe at no espao fsic o que disponham possam montar uma Mini- c idade,eleger os governantes para ela de ac ordo c om um plano de a o proposto pela c rian a c andidata.

    Acho que assim estaremos abordando as leis morais e c riando uma c onsc ienc ia mais polit izada neles.

    Abra os

    Paty Bolonha