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  • CVDEE - Centro Virtual de Divulgao e Estudo do Espiritismowww.c vdee.org.br - Sala Evangelize

    Estudos destinados ao Evangelizador/Educ ador da Crian a e do Jovem

    Tema: Pedagogia Esprita

    Eis, Lindinhos e Lindinhas, tudo joiiinha com vcs ? :- )

    Estamos adiantando um c adinho, porque h vrios textos de apoio para nossa leitura, estudo e reflexo, t?! :- )

    Esta semana, vamos , c onforme proposta de tema feita durante nossa avalia o de 2005, papear sobre PedagogiaEsprita

    1) O que Pedagogia Esprita?

    2) Qual sua importnc ia e seu papel no trabalho de educao/evangeliza o esprita da c rian a e do jovem?

    3) Apresente qual a rela o entre ela e a prtic a educac ional da c rian a e do jovem na Casa Esprita.

    Textos de Apoio:

    01) A Pedagogia Esprita

    Dora Incontri

    Palestra Virtual Promovida pelo Canal #Espiritismo (http://www.irc - espiritismo.org.br) em conjunto c om o Centro EspritaLon Denis (http://www.celd.org.br)

    Considera es inic iais do palestrante:

    A pedagogia esprita est entranhada nas obras de Kardec e tem sua origem nos antec essores doEspirit ismo, que so os grandes pedagogos que antec ederam o Mestre de Lyon. Na Antiguidade, Sc rates e Plato,depois Comenius no Sculo XVII e Rousseau e Pestalozzi, todos eles deram c ontribui es importantes que desembocamnuma proposta esprita de educao, mas a prtic a da pedagogia esprita c omeou no Brasil c om Eurpedes Barsanulfo,em Minas Gerais, no c omeo do Sculo XX, depois vieram outras experinc ias e outros teric os, entre eles HerculanoPires, que foram dando suas c ontribui es para a elabora o de um pensamento pedaggic o esprita. Atualmente,c abe- nos sistematizar melhor todas as idias esparsas e darmos c orpo pedagogia que deve formar o homem dofuturo. (t)

    Perguntas/Respostas:

    [01] Baudelot e Establet falam de uma funo altamente reprodutora da esc ola e daeduc a o. De que forma age neste tpic o a pedagogia esprita - o tpic o da "reprodu o"?

    A pedagogia esprita deve formar um homem novo e a escola esprita deve ser uma escolac ompletamente revoluc ionria, rompendo c om o sistema vigente, pois a educao tradic ional j no atende asnec essidades do homem beira do terc eiro milnio. A esc ola deve ser antes renovadora do que reprodutora do Status

    www.cvdee.org.brhttp://www.irc-espiritismo.org.brhttp://www.celd.org.br
  • Quo. (t)

    [02] Dora, li quase todo seu livro "Kardec Pedagogo", no qual voc deixa entrever que aspreocupaes do Codific ador para c om a educa o j era meio que uma premoni o da tarefa que ele desempenhariamais tarde, c omo Espiritismo. Pode ampliar um pouco esse pensamento?

    Ac redito que Kardec s poderia mesmo ser um educador para realizar a tarefa de c odific ar oEspirit ismo, porque a prpria Doutrina uma proposta pedaggic a e pretende promover a educa o do Esprito. Setivesse sido um c ientista na forma tradic ional, talvez o Espirit ismo tivesse fic ado apenas nos fenmenos de efeitosfsic os. Se fosse um filsofo de gabinete, talvez o Espirit ismo tivesse pendido para uma especula o exc essiva dametafsic a. Se fosse um sac erdote, talvez o Espirit ismo tivesse se tornado uma seita a mais entre as tantas queexistem. Sendo educador, Kardec direc ionou o Espiritismo para a sua verdadeira funo: de sintetizar o c onhec imentohumano reunindo todas as reas e, ao mesmo tempo, propor ao homem um caminho de auto- educao. (t)

    [03] O exemplo de Summer Hill - de Neil - nos apresenta a possibilidade de uma educaoliberal e libertria, que respeita, ac ima de tudo, o educando, suas vontades e suas c arac terstic as pessoais. Estaria aum exemplo do que deveria/poderia ser uma esc ola esprita?

    A liberdade uma das fac etas essenc iais da pedagogia esprita. Pestalozzi, em Yverdon, pratic avaessa liberdade de a o em que as c rian as podiam esc olher atividades e at poderiam entrar e sair do c astelo vontade. Nos EUA, na dc ada de 30, outra experinc ia interessante, a do padre Flanagan, tambm mostrou que aliberdade fator preponderante inc lusive na rec upera o de c rian as e adolesc entes c onsiderados delinqentes.Flanagan fundou a c idade dos meninos, onde os prprios adolesc entes geriam a c omunidade, trabalhavam e tinhamplena liberdade de entrada e sada. No c aso de Summer Hill, o fator liberdade bastante elogivel, mas do meu pontode vista faltou a Neil a afetividade e a c onc ep o espiritualista que tanto Pestalozzi quanto Flanagan possuam, porquea prepondernc ia moral de ambos garantia que a liberdade tivesse um resultado positivo. (t)

    [04] De que forma podemos expor nossos c onhec imentos espritas quelas pessoas sofredoras,mas no seguidoras da Doutrina?

    Um dos princ pios essenc iais do Espiritismo o respeito c onsc inc ia alheia. Assim, seja para pessoassofredoras ou no, a nossa postura de espritas nunc a pode ser proselit ista, doutrinante. Se indagados sobre oc ontedo da Doutrina, expliquemo- lo da melhor maneira possvel, mas nunca devemos impor a ningum a nossa viso demundo. O nosso exemplo que deve c ontagiar e atrair. (t)

    [05] Dora: poderia explic ar de forma bem pragmtic a o que signific a sua frase: "A escoladeve ser antes renovadora do que reprodutora do Status Quo"?

    De maneira bem pragmtic a: enquanto permanecerem carteiras enfileiradas c om uma lousa na frente,as c rian as sentadas, passivas, apenas ouvindo falar c oisas que elas no sabem de onde vem, nem para que servem enem se algum dia vo usar; a escola estar formando pessoas sem inic iativa, sem esprito c rtic o, sem mpeto deliderana, e sem possibilidade de mudar o mundo. A esc ola prec isa mudar para formar pessoas que possam mudar ascoisas. (t)

    [06] E essa liberdade toda, no diminui a responsabilidade das c rianas? Como aprender e ter,ao mesmo tempo, responsabilidade?

    Dizia Herculano Pires que a "responsabilidade uma flor delic ada que s nasc e no solo da liberdade".Ningum aprende a ser responsvel apenas obedec endo ordens. Ningum aprende a agir moralmente agindo sempre sobcoer o. A virtude moral s pode brotar da livre escolha do indivduo. Alis, a prpria pedagogia Divina age assimconosco, ela nos deixa aprender c om nossos prprios erros, para alc anarmos a moralidade no c lima da liberdade. (t)

    [07] Na dire o de uma esc ola eminentemente esprita devemos exortar os educandos a seguirnossa viso de mundo ou educ - los apenas c om o exemplo?

    A pedagogia esprita pode e deve ser pratic ada c om pessoas (sejam c rian as, adolesc entes, jovens,adultos) de qualquer c redo ou viso de mundo. A pedagogia esprita uma viso da educa o, uma propostadiferenc iada de pratic - la. No signific a, nec essariamente, ensinar o c ontedo esprita. Esse c ontedo s deve serensinado queles que assim o desejarem. Refiro-me esc ola, que um lugar que deve ac olher pessoas de qualquerorigem ou religio. No se d o mesmo na famlia, onde os pais espritas tm o dever de mostrar aos filhos a suacosmoviso. (t)

    [08] Paulo Freire defendeu a educao c omo forma de c onquista de liberdade para oshomens. Jesus, o Magnfic o Educador, nos disse que quando c onhecssemos a verdade, ela nos libertaria. Seria aeducao esprita um c aminho para se atingir o c onhec imento dessa verdade? Quais as implic a es soc iais de umaeduc a o esprita, do ponto de vista da liberta o do educ ando?

    Em primeiro lugar, a pedagogia esprita reconhece que estamos sempre lidando c om uma vontade livrequando lidamos c om o educando. O que o educador pode e deve fazer c onvidar, c ontagiar, estimular, despertar essavontade para que ela se assuma no sentido da evolu o moral e intelec tual. Quanto maior o amor, a doa o, odesinteresse, a abnega o do educ ador, maior poder ele ter de c onquistar a adeso livre do educ ando para que ele

  • mesmo promova a sua auto- educao. (t)

    [09] A esc ola esprita , ento, uma das grandes opes para rec eber os espritos queesto reenc arnando e que possuem uma intelignc ia que, para muitos, c onsiderada ac ima da mdia?

    Sem dvida alguma os Espritos que esto voltando para semear os novos tempos no esto mais seadaptando ao esquema tradic ional da esc ola. T anto isso fato que qualquer professor hoje sabe dos problemas dedisc iplina e desinteresse que existem nas esc olas. Esses problemas demonstram que a esc ola no est adequada satuais geraes. prec iso uma escola muito mais ativa, dinmic a, que respeite a intelignc ia das c rianas, mas tambm prec iso uma esc ola que saiba que a c rian a um ser reenc arnado e a f inalidade da sua educ a o no apenasmold- la para o merc ado de trabalho, mas para a sua realiza o humana, para o c umprimento da sua misso e para asua transc endnc ia. (t)

    [10] Devemos educar para que as c rian as sejam pessoas transformadoras do mundo ou de simesmas? Qual mesmo a proposta da pedagogia esprita?

    A pedagogia esprita jamais poderia ser uma pedagogia c onservadora, do ponto de vista soc ial e mesmopoltic o. Basta ler alguns trechos das Leis Morais de "O Livro dos Espritos", c omo, por exemplo, os itens referentes igualdade, liberdade, etc , para vermos que o Espiritismo tem uma proposta de reforma soc ial bastante explc ita. Minhame, Cleusa Beraldi Colombo, j desenc arnada, fez uma tese na PUC-SP sobre as idias soc iais espritas, estudando oc omponente de reforma que o Espirit ismo prope. Essa tese est public ada pela minha editora (Comenius), sob o ttulo"Idias Soc iais Espritas". (t)

    [11] Snyders um filsofo da educao bem bacana! Ele defende o fim da "c arranquic e daescola" em seu livro "A Alegria na Escola". Morando na periferia de S. Paulo, vejo as esc olas pblic as func ionando c omoloc ais de encontro da c omunidade. Sem dinheiro para outros programas, os adolesc entes se arrumam, maquiam,perfumam; para irem escola. Fazem dela o "point da turma". Como deve o educador esprita ver e viver seu papel naesc ola pblic a da periferia (em rela o ao educando, aos demais educadores e c omunidade)?

    verdade que a esc ola deve recuperar a alegria, a vitalidade, o estmulo e deixar de ser essa prtic ac hata e montona de que nenhuma c rian a gosta. Porm, ac ho que essa sua observa o nas esc olas de periferia deSo Paulo demonstra antes uma ausnc ia de uma proposta de fato educ ac ional. O educ ador no pode ser c oerc it ivo,mas deve se empenhar para despertar um proc esso de aprendizagem prazeroso, porm srio e produtivo. (t)

    Duas perguntas pertinentes: [12] O que dizer ento das esc olas de evangeliza o do setor 3 daFraternidade dos Disc pulos de Jesus, quanto passividade c om que se ouve palestras l, quase sem poder disc utir?[13] Como essa proposta que voc nos traz afeta os moldes da evangeliza o infantil e juvenil, nomovimento espirita de hoje?

    O movimento esprita est muito longe de pratic ar uma pedagogia esprita. T em simplesmente adotadoos moldes tradic ionais de educa o de forma autoritria em que o freqentador dos c ursos sempre tratado de formapaternalista. prec iso que, no c entro esprita, quando quisermos ensinar um c ontedo esprita, esse c ontedo sejatrabalhado dentro de uma proposta pedaggic a esprita. Isso signific a inc entivar a partic ipa o, a intera o, o dilogo,o debate livre, o estudo em grupo e abolir todas as formas de c oer o. (t)

    [14] Ao falar das esc olas da periferia, desejei ir alm da questo pedaggic a, enquantoum questo apenas para a sala de aula. Ao pensarmos numa esc ola voltada para a c omunidade c omo um todo, desejeiquestionar a histria de uma esc ola antes para toda a c omunidade que apenas para as c rian as. Nos seria essa umaproposta pedaggic a realmente inovadora?

    Considero, sim, que a esc ola deve estar c onec tada c om a realidade sua volta, fazendo pontes c om acomunidade para que a educa o recupere a sua liga o c om a vida. Atualmente, a esc ola vive de abstra esdesc onec tadas de qualquer experinc ia c onc reta, de qualquer c ontedo real. (t)

    [15] Na Escola de Aprendizes do Evangelho temos horrio e presena rgida, a partir de 7 faltasno 1 ano o aluno obrigado a repor as aulas perdidas e a partir de 14 faltas ele tem que repetir o ano novamente. Oque nos diz deste mtodo de disc iplina?

    Dou um curso de pedagogia esprita no Instituto Esprita de Estudos Pedaggic os em So Paulo de quesou um dos membros fundadores e l func iona da seguinte maneira: os alunos c omeam a assistir o c urso no perodo doano em que desejarem. Se perderam os primeiros meses, eles os fazem no ano seguinte. A freqnc ia c ontroladaapenas pr- forma, no h notas, no h provas, no h questionrios. Os alunos adoram o c urso, se interessam,partic ipam. Para mim a melhor prova de que esto aprendendo algo. Na Soc iedade de Estudos Espritas de Paris,dirigida por Kardec , os freqentadores eram tratados c om o mesmo respeito sua liberdade. (t)

    [16] A educao, c omo se proc essa atualmente, perde em qualidade em rela o aos temposantigos, quando era ministrada ao ar livre?

    Desde Rousseau sabemos que uma das exignc ias mais prementes para a educ a o c onec tar ohomem novamente c om a natureza. T anto que c onsidero uma esc ola esprita, nos moldes aqui disc utidos,nec essariamente, c erc ada de verde, c om aulas ao ar livre, c om espao vital para que a c rian a possa se expandir e

  • interagir c om a Natureza. (t)

    [17] Pensando em educao esprita dentro da c asa esprita, o que pensar doconstrutivismo c omo metodologia e objetivo na evangeliza o? Como aplic - lo ali?

    O c onstrutivismo est muito em voga no Brasil c omo se fosse uma grande novidade pedaggic a.Entretanto, ele vem desde o tempo de Sc rates e Plato passando por Rousseau e Pestalozzi. A idia c entral doc onstrutivismo a de que o indivduo c onstri o seu prprio c onhec imento e s pode faz- lo atravs da a o. Essaidia absolutamente verdadeira. Mas o c onstrutivismo geralmente aplic ado e estudado entre ns um c onstrutivismomaterialista, porque baseado em Vigotsky e Piaget, ao passo que o c onstrutivismo desses outros autores queantec ederam o Espiritismo um construtivismo espiritualista. Poderamos, portanto, dizer, a grosso modo, que aproposta de pedagogia esprita um construtivismo espiritualista. (t)

    [18] Levando- se em c onta que a educao c onvenc ional atende a c ertos interesses, digamos,"ofic iais", de que modo a pedagogia esprita poderia c olaborar c om o sistema de ensino vigente?

    Ac redito que as reformas verdadeiramente revoluc ionrias s podero ocorrer fora do sistema ofic ial. OEstado um entrave ao progresso da educ a o porque tem muitos interesses imisc udos. T ambm as esc olaspartic ulares dependem da mentalidade de quem as paga, portanto, dos pais e estes nem sempre esto sensibilizadospara as mudanas nec essrias. T alvez a solu o sejam esc olas em forma de c ooperativa, onde nem o Estado podecolocar limites e nem o dinheiro entre c omo fator que regule a pedagogia. (t)

    Duas perguntas que se relac ionam: [19] A evangeliza o esprita realizada nos c entrosdesc onhec e a pedagogia esprita? [20] Se nas esc olas dos c entros espritas a pedagogia esprita no aplic ada,c omo poderamos preenc her essa lac una entre os nossos prximos, para o ensino da doutrina?

    J foi dito aqui que infelizmente os c entros espritas ainda no pratic am a pedagogia esprita.Prec isamos rec uperar o tempo perdido estudando seriamente as propostas educ ac ionais espritas e aplic - las c omc rian as, adolesc entes, jovens e adultos. (t)

    [21] O Exemplo vivo da Doutrina estaria relac ionado pedagogia esprita?

    Sim. Antes de tudo, o educador deve ser aquele que exemplific a e c ontagia o educando. O exemploarrasta e as palavras somem ao vento. (t)

    [22] O que pensar do tema "Alfabetiza o de Adultos" nas c asas espritas? Muitos templosreligiosos c edem seus espaos para isso. Deveramos fazer o mesmo nos c entros de que partic ipamos? E c omorelac ionar essa alfabetiza o de adultos c om pedagogia esprita?

    O Centro Esprita no s deveria fazer a alfabetiza o de adultos c omo promover todos os tipos deeducao e de inc entivo c ultura. Disse o Esprito da Verdade na mensagem que ditou a Kardec e que c onsta em "OEvangelho Segundo o Espiritismo": "Espritas, amai- vos e instru- vos". Assim, o movimento esprita deveria fazer muitomais do que faz para instruir o povo e dar- lhe os instrumentos nec essrios sua evolu o moral e intelec tual. Mastodas as propostas educ ac ionais deveriam ser inspiradas numa viso esprita de educ a o, o que implic a mtodospartic ipativos e respeitadores da individualidade dos alunos. (t)

    [23] Considerando que moral algo que varia entre povos, ra as, pocas, etc .; podemosento dizer que a pedagogia esprita visa implantar no homem a tic a e no a moral?

    No verdade que a moral varia entre povos, ra as e pocas. Este um conceito relativista da moral,no o c onc eito esprita. Basta ver que em "O Livro dos Espritos" h toda uma parte dedic ada s leis morais e essasleis so c onsideradas atemporais e supra- c ulturais porque esto insc ritas na c onsc inc ia humana. O que variam so osc ostumes, so as diversas interpreta es da moral. A tic a o ramo da filosofia que estuda a moral e, popularmente,poderamos dizer que tic a e moral so uma e a mesma c oisa, apenas a palavra "moral" anda desgastada e muitasvezes vista c omo moralismo e por isso muita gente prefere usar a palavra tic a. Parec e mais "c hique" e menos piegas.(t)

    [24] A metodologia esprita de ensino seria aplic ada de forma invarivel, independente dac lasse sc io- ec onmic a dos educ andos que freqentam a esc ola?

    A pedagogia esprita no c omo a pedagogia marxista, que c onsidera o ser humano diferentedependendo da c lasse soc ial de que ele se origina. Pedagogia esprita dirige- se ao esprito eterno. evidente que hc omponentes soc iais, influnc ias do meio, que devero ser c onsideradas na aplic a o de uma pedagogia esprita.Porm, ela muito mais universal que c lassista. (t)

    [25] Skiner nos ensinou que o c ondic ionamento seria um caminho vivel de transformaodo ser humano. Ser que se fundssemos c omunidades espritas, c onseguiramos a, dentro delas, c ondic ionar nossosfilhos dentro de uma educ a o verdadeiramente voltada para os ideais espritas?

    Skiner, c om a sua Teoria do Condic ionamento, simplesmente aquilo que mais se ope a umapedagogia esprita. Ele via o ser humano apenas c omo um ser animal c ujo c omportamento deveria ser c ondic ionado nabase da c oer o ou do estmulo. A pedagogia esprita v o homem como um ser espiritual livre e transc endente que

  • deve usar a sua razo para c onstruir o seu ser e para c onquistar a sua moralidade. (t)

    [26] Em que pontos c oinc idem as pedagogias esprita e marxista? Haveria algum ponto emque ambas se toquem ou se devessem toc ar?

    Desculpe, mas c omo anarquista no sou muito simpatizante do dogmatismo marxista. Acho que aquiloque Marx teve de positivo em suas teorias ele as tirou dos soc ialistas utpic os que o antec ederam e as mesmas tesesaparec em tambm nas propostas anarquistas, c om a diferena de que Marx, no fundo, era autoritrio. A viso marxistareduz o homem ao seu aspec to soc ial, vendo nele apenas o produto do seu meio. A viso esprita, evidentemente, levaem c onta o ser soc ial, mas enxerga o homem transc endente. Esse ponto de partida diferenc iado que provoc a asdivergnc ias. (t)

    [27] Dora, poderia nos dizer o que pensa sobre educao religiosa nas esc olas pblic as?

    ta tema polmic o! Mas vou adotar uma opinio que geralmente no a opinio do movimento esprita.Acho que a dimenso religiosa na educao essenc ial. T irar a religio do c ontedo do ensino amputar um dosaspec tos fundamentais do ser humano. evidente que nem na esc ola pblic a, nem e em nenhuma outra esc ola, areligio deve ser objeto de doutrina o. Prec isaramos preparar professores que soubessem dar aulas de religioc omparada, respeitando as diversas manifesta es da religiosidade humana, e, c onsiderando aquilo que existe dec omum em todas elas. Eu mesma j realizei experinc ias interessantes nesse sentido c om c rian as de todas as idadesnuma escola partic ular em So Paulo. (t)

    [28] Gostaria de pedir Dora que fale sobre Eurpedes Barsanulfo e Dr. Thoms Novelino. Egostaria tambm que ela fale sobre a pedagogia do amor e sobre a pedagogia de Jesus.

    Nessa resposta poderia esc rever um livro. Eurpedes Barsanulfo foi, na minha opinio, o maior educadoresprita brasileiro. Foi ele que dirigiu o primeiro c olgio esprita do mundo, Colgio Allan Kardec , e l se pratic ava de fatouma pedagogia diferente. O Alessandro, que est aqui c omigo e faz parte do Instituto Esprita de Estudos Pedaggic osest atualmente realizando uma pesquisa a respeito de Eurpedes. T oms Novelino, que foi disc pulo de Eurpedes,fundou o Educandrio Pestalozzi, uma esc ola esprita em Franca que tambm abriu c aminhos para a pedagogia esprita.A pedagogia do amor a pedagogia esprita. Falamos aqui j em liberdade, em moralidade, em autonomia, mas aquiloque realmente vai promover a educao do homem, garantindo que ele direc ione a sua liberdade para o bem a for ado amor que o educador tiver por ele. Exemplo desse amor est em Jesus. H milnios que ele trabalha pela evolu o dahumanidade, sendo o mentor e o Mestre da nossa educa o, mas no usa c onosc o nenhum meio violento ou impositivo.Ele nos ama, se sac rif ic a por ns, trabalha inc essantemente e espera a nossa adeso ao seu projeto de estabelec er oReino de Deus na Terra. (t)

    [29] Dora, em seu livro "Educao Segundo o Espiritismo", voc afirma que "o homem umser interexistente". O que signific a isso e que tem a ver c om educao?

    Esse termo "interexistente" foi c riado por Herculano Pires, signific a que o homem no existe apenas nomundo c omo um ser c arnal, mas interexiste c omo ser c arnal e c omo ser espiritual. Ele no vive apenas mergulhado namatria, mas expande- se, est em c onstante sintonia c om o mundo espiritual, seja atravs do sono, da mediunidade,da perc epo intuitiva, etc . Aplic ando- se isso na pedagogia, devemos educar o indivduo para que ele possa c onstruir-se tomando c onsc inc ia de sua interexistnc ia e no se c onsidere apenas um bic ho da T erra c ujo destino o p. (t)

    [30] Que papel pode exerc er uma sala esprita de "c hat" na educa o das pessoas, desdeo ponto de vista de uma pedagogia esprita?

    muito importante que todos os recursos tecnolgic os sejam usados para que a idia esprita brilhe nasua proposta pedaggic a e c ultural. fundamental que tudo aquilo que divulgarmos para o mundo no tenha um c arterpuramente religioso e nem caia numa linguagem excessivamente mstic a. verdade que o Espiritismo tem a suadimenso religiosa, mas ela parte integrante de um todo mais abrangente. (t)

    [31] Como libertar a educao da utopia, ao falar- se em "educao reprodutora do StatusQuo"? Como "fazer- se a c abe a" dos professores de nosso tempo?

    Por que libertar a educao da utopia? No entendi bem a sua pergunta. A utopia aquilo que nosmove para o progresso, o ideal que nos inspira, uma viso do futuro. Portanto, a esc ola tem que propor uma utopia.S assim sairamos da mesmic e e da passividade em que nos encontramos. Os professores prec isam se tornarc onsc ientes do seu papel de agentes transformadores e formadores do futuro. Devem estar embebidos de uma visoutpic a para que a sua prtic a possa ganhar qualidade e efic c ia. (t)

    [32] O mtodo esprita de ensino seria aplic vel nos institutos de instruo militar? Comoconc iliar a fora do amor com a fora das armas?

    Considero que a proposta esprita seja uma proposta pac ifista. A pedagogia esprita no temconc ilia o possvel c om a disc iplina militar, rgida, opressora da individualidade, doutrinadora das c onsc inc ias. Ghandi,o maior esprito do sculo XX e um dos maiores j reencarnados na Terra pregou a no- violnc ia c omo forma deatingirmos uma soc iedade ideal. Ac redito que todo esprita tem o dever de aderir no- violnc ia, porque a no-violnc ia a prpria essnc ia do Cristianismo. (t)

  • [33] Que conselhos voc daria afim de fac ilitar a aplic ao da pedagogia esprita em umcanal de IRC?

    Linguagem acessvel, dinmica, postura c rtic a e aberta, objetividade, rapidez de rac ioc nio econhec imento profundo de Kardec . (t)

    ltima pergunta: [34] Dora_Incontri, boa noite. Como voc v a c ria o de escolas regularesde orienta o esprita? Pode isso ajudar ou atrapalhar os objetivos doutrinrios?

    J tardamos muito em nosso dever de c riar esc olas espritas. Entendendo- se, porm, que essasesc olas no so esc olas proselit istas, onde todas as c rian as devero ser ou se tornar espritas, mas devem ser esc olasonde se aplique uma pedagogia esprita, onde todas as c rian as devem ser vistas c omo espritos reenc arnados etratadas como tal. (t)

    2) PEDAGOGIA ESPRITA

    Evangelizar via de dupla mo, porque ensinando tambm se aprende. As estrias fazem parte da pedagogia do Cristo.

    "A pedagogia esprita difere das demais, porque estas foc alizam o indivduo c omo vivendo apenas esta enc arna o,enquanto o esprita v no educ ando um esprito reenc arnado, que traz de outras vidas qualidades e defeitos. Asprimeiras devem ser aprimoradas, enquanto os defeitos prec isam ser c ombatidos c om muito amor, tino e dedic ao." ARY LEX (Prefc io de A Famlia, o Esprito e o Tempo, USE, p. 10)

    3) Pedagogia Esprita

    _A Pedagogia Esprita tem algo da vastido de mares que se abrem ao infinito.T em sabor de c ores brasileiras, pois por aqui ela nasc eu, embalada por ventos antigos.T em a feminilidade da lua e a bravura libertria dos que descobrem novos mundos. o esprito em vo de busc a e asc enso._

    "A educ a o o proc esso permanente de aperfei oamento do Esprito, o despertar de suas potenc ialidades, arealiza o gradativa de sua divindade. Renasc emos mltiplas vezes, asc endemos de mundo em mundo, experimentamosa es, debru amo-nos sobre a natureza dos c osmos, para dec ifr- lo _ tudo isso faz parte do proc esso pedaggic o emque fomos lanados c omo Espritos em evolu o. A educao o sentido mesmo da existnc ia.

    Nunca pode ser somente ajuste sc io- c ultural, somente profissionaliza o, somente desenvolvimento c ognitivo. T em deser tudo isso e mais ainda, pois deve c oloc ar o indivduo na trilha de seu desabrochar espiritual c ompleto. Devepromover uma vida interexistente.

    E ainda, deve entregar ao ser- educ ando a responsabilidade de auto- educ ar- se, despertando- lhe o mpeto para isso.Assim, educ ar antes de tudo, c onquistar a adeso do educ ando para sua prpria educ a o.

    T odo verdadeiro ato pedaggic o um gesto que abre os c aminhos do ser humano para c onhec er- se e transformar- se,para partic ipar do el evolutivo do universo."

    Dora Incontri

    Aguardando a partic ipao de vc s ;- )

    Lembrando que vc s podem responder s questes, formular novas questes dentro do assunto, fazercomentrios, c onversarem em interc mbio, trazer textos; enfim, desde que dentro do assunto em pauta,partic iparem como sentirem-se melhor, t?! ;- )

    Domingo felic idade procs !

    beijocas mineiras c om carinho no corao

    Equipe Evangelize CVDEE

    Ivair(em lic ena), Karina, Rosane, Lu e Bhethy

    contato : http://www.cvdee.org.br/contato.asp

    ---

    Eis, Gente Linda, tudo na paz?! :- ) Seguindo mais um texto de apoio, alm dos c onstante no email de estudo :- ) dia feliz! beijocas mineiras c om carinho no corao

    Espiritismo e Educao

    http://www.cvdee.org.br/contato.asp
  • Dora IncontriPs- doutoranda FEUSP

    O espirit ismo, segundo Allan Kardec , pretende ser ao mesmo tempo uma c inc ia, que demonstra atravs do estudoempric o dos fenmenos medinic os a existnc ia dos espritos e sua atua o sobre o mundo; uma filosofia, que propeuma c osmoviso evoluc ionista e reencarnac ionista; e uma religio, sem dogmas, rituais e sac erdc io organizado, quefaz uma releitura do c ristianismo e prega uma prtic a religiosa c entrada na moral e na ligao direta do homem comDeus.

    Para alm dessas trs dimenses, porm, ou c omo resultante de todas elas, o espirit ismo tem um c artereminentemente pedaggic o. [1] No s porque seu fundador, Hippolyte Lon Denizard Rivail (1804-1869), depois AllanKardec , tenha sido um grande educ ador franc s, seguidor da proposta de Pestalozzi, seu mestre. Mas porque o c erneda filosofia esprita uma proposta de educa o do esprito.

    O espiritismo no entende o devir humano, c omo uma histria de salvao, segundo o c onceito do c ristianismotradic ional, mas c omo uma histria de evolu o. O homem foi c riado simples e ignorante e est destinado a c onquistar aperfei o, atravs do aprendizado de mltiplas vidas suc essivas. No houve uma tragdia inic ial de queda e nem anecessidade de uma interveno divina, para a redeno das c riaturas. Tudo c orre c onforme previsto pelo Criador. Ahumanidade est em proc esso educativo, aprendendo, atravs da a o livre no mundo, a c resc er espiritualmente, afazer desabroc har as virtudes e a sabedoria que sero suas, quando atingir o alvo evolutivo a que Deus nos destinou.T odo mal e todo desvio de rota esto por nossa c onta, mas so males e desvios passageiros, porque a imannc ia deDeus em ns garante mais dia, menos dia, a volta ao c aminho da perfei o. Perde- se a tragic idade do drama dopec ado, da queda; ganha- se em autonomia para o ser, pois que de ns depende quando e c omo vamos aderir a esseprojeto de perfei o e felic idade, para o qual fomos c riados.

    Um dos pontos mais polmic os em torno dessa c osmoviso que ela se pretende c rist e ao mesmo tempo universal.Em que sentido uma c oisa e outra? Crist, porque as idias de redeno universal (que ningum estaria eternamentec ondenado ao mal, nem mesmo o demnio), de reencarna o, da possibilidade de aperfei oamento autnomo doindivduo, estavam presentes nos primeiros trs sculos de c ristianismo. As duas primeiras foram aceitas por Orgenes, altima, por Pelgio. Ambos, depois c ondenados pela ortodoxia, tiveram suas interpreta es do c ristianismo banidas daIgreja Catlic a. [2]

    Outro aspec to que inviabiliza, segundo c atlic os e protestantes, c hamar- se o espirit ismo de c risto a nega o daT rindade. Dogma essenc ial da ortodoxia, c onsidera- se c omo indispensvel para a identidade do c ristianismo. Entretanto,tambm esse dogma, segundo a posi o esprita, foi c onstrudo historic amente. Arius, o padre que defendia que Jesusno era Deus, mas um seu enviado, foi c ombatido por Atansio e quando o Imperador Constantino tornou o c ristianismoa religio ofic ial do Estado romano, a doutrina na T rindade foi assumida c omo a ortodoxia e a ariana, c omo hertic a.Comenta Kardec :

    _Se o smbolo de Nic ia, que se tornou o fundamento da f c atlic a, fosse c onforme o esprito do Cristo, para que oantema final? No isto prova de que obra da paixo dos homens? A que se deve a sua ado o? presso doImperador Constantino, que fez dele uma questo mais polt ic a do que religiosa. Sem sua ordem no se teria realizado oConc lio e sem a sua intimidao mais do que provvel que o arianismo tivesse triunfado. Dependeu, pois, daautoridade soberana de um homem, que no pertenc ia Igreja, que rec onhec eu mais tarde o erro que c ometera e queprocurou inutilmente voltar atrs c onc iliando os partidos, no sermos hoje arianos em vez de c atlic os, e no ser hoje oarianismo a ortodoxia e o c atolic ismo a heresia._(KARDEC, 1971:118)

    Essa questo da divindade de Jesus est intimamente ligada s outras, levantadas por Pelgio e Orgenes: entendendo-se Cristo c omo um modelo de perfei o (e no c omo o prprio Deus), entendendo- se que podemos atingir esse modelo,segundo o nosso esfor o pessoal, atravs de mltiplas vidas, tira- se a tragic idade da queda, do pec ado, que c orrompeuo homem, que prec isa da gra a e do sangue de Deus encarnado para rec onc iliar- se c om a divindade. [3]

    _Do ponto de vista dos arianos, era essenc ial que Jesus no fosse Deus, pois Deus, sendo perfeito por natureza, erainimitvel. Em c ompensao, a virtude transc endente de Cristo, que era fruto de atos repetidos de sua vontade, era aomenos potenc ialmente acessvel ao resto dos mortais._(RUBENSTEIN, 2001:26)

    Embora as c orrentes ortodoxas do c ristianismo tambm ac reditem na herana divina na c riatura, c omo uma presenaimanente, h, segundo elas, algo que turva o ser do homem e prec isa de uma repara o. Ocorre que esta repara o,intermediada por Cristo, intermediada pelas institui es que o representam (e essa idia mais forte no c atolic ismo),tornando o homem de dependente de uma gra a, que de alguma forma materializada por mos humanas.

    O espirit ismo entende que toda essa doutrina foi instrumentalizada para a domina o das c onsc inc ias e por isso v emJesus um modelo de perfei o moral, que qualquer ser humano c onvidado a seguir, porque o nosso destino deespritos, c riados por Deus, o da perfei o. Ao mesmo tempo, o mal perde seu c arter trgic o, para tornar- se, apesar

  • de todas as barbries humanas, uma espc ie de aprendizado da liberdade. Deus nos deixa inc lusive experimentar osc aminhos mais esc abrosos, para aprendermos o valor do bem. (Assemelha- se essa idia ao c onstrutivismo napedagogia: a c rian a erra para aprender ou o erro uma experimenta o nec essria).

    Dizia ac ima tambm que o espiritismo se pretende universal, alm de c risto, porque, embora reconhea em Cristo oEsprito mais puro que j veio terra e se insira dentro da tradi o judaic o- c rist, Kardec dizia que a verdade darevela o divina est presente em todas as religies. Em todas as poc as, em todas as c ulturas, entre todos os povos,houve enviados de Deus, para ensinar aos homens as leis da vida. (Alm, c laro, dessas leis estarem impressas naprpria c onsc inc ia humana).

    Uma proposta pedaggic a espritaSe lemos o espiritismo c om olhos pedaggic os, c omo foi esc rito por Kardec e teorizado e pratic ado por inic iadores dapedagogia esprita no Brasil (tais c omo Eurpedes Barnanulfo, Anlia Franco, Herculano Pires, Ney Lobo e outros)veremos que se podem deduzir alguns princ pios fundamentais, que aqui, didatic amente, resumo em trs. Essesprinc pios podem ser extrados da c osmoviso esprita, mas no por ac aso, aparec em em trs c lssic os da Educao, deque Kardec foi herdeiro: Comenius, Rousseau e Pestalozzi.

    Se o espirit ismo entende o perc urso da alma humana atravs do tempo, c omo um proc esso educativo, deflagrado porDeus, c ompreendido c omo Pai, ento deve haver uma pedagogia divina. Esta pedagogia tem trs parmetros:

    1) A liberdade: fomos lanados livres no universo, c om o direito e o dever de c onstruirmos a ns mesmos e cultivarmosas sementes de divindade que trazemos em ns;

    2) A a o: somos livres, para agir no mundo e atravs da a o, que promovemos o nosso aprendizado,experimentando situaes e vivnc ias, em diversas vidas, at adquirirmos sabedoria e virtude;

    3) O amor: embora Deus tenha nos c riado livres para agir, no nos deixou ao abandono, c erc a- nos c om seu amorinc essante, enviando seus mensageiros, para ensinar ao homem a verdade e o bem, c oloc ando ao nosso lado Espritosque nos amam e orientam e intervindo junto a ns c omo Providnc ia, que nos ac ompanha.

    So esses trs princ pios, pois, que podemos erigir c omo fundadores de uma proposta pedaggic a esprita: respeitar aliberdade e a individualidade da c rian a, que deve agir para aprender (e isso vai desde a aplic a o prtic a de frmulasmatemtic as at o exerc c io das virtudes), mas essa a o livre deve ser ac ompanhada pelo amor dos educadores,empenhados em inc entivar e c ultivar o lado bom dos educandos, c om ateno, dilogo, observao e autoridade moral.

    Dentro dessa filosofia educ ac ional, c omo se apresenta o ensino da religio?

    O espirit ismo rec onhece que a dimenso espiritual do ser humano essenc ial para o seu desenvolvimento integral. Aomesmo tempo, Kardec no queria que a doutrina esprita tivesse um c arter proselitista (embora isso nem sempre sejaseguido por seus adeptos), pois o respeito liberdade de c onsc inc ia quesito absoluto da tic a por ele proposta.Herc ulano Pires (que lutou na dc ada de 60, pela esc ola laic a, gratuita e obrigatria), diante da nec essidade de serec uperar o aspec to espiritual na esduc a o, prope que:

    __no podemos ter Educ a o sem Religio, o sonho da Educ a o Laic a no passou de resposta aos grandes equvoc osdo passado (_). O laic ismo foi apenas um elemento histric o, inegavelmente nec essrio, mas que agora tem de sersubstitudo por um novo elemento. E qual seria essa novidade? No, c ertamente, o restabelec imento das formasarc aic as e anac rnic as do ensino religioso sec trio nas esc olas. Isso seria um retroc esso e portanto uma nega o detodas as grandes c onquistas (_). Rec onhec endo que a Religio c orresponde a uma exignc ia natural da c ondi ohumana e a uma exignc ia da c onsc inc ia humana, e que pertence de maneira irrevogvel ao c ampo do Conhec imento,devemos rec onduzi- la esc ola, mas desprovida da roupagem imprpria do sec tarismo. T emos de introduzir noscurrc ulos esc olares, em todos os graus de ensino, a disc iplina Religio ao lado da Cinc ia e da Filosofia. Suanec essidade inegvel, pois sem atender aos rec lamos do transc endente no homem no atingiremos os objetivos dapaidia grega: a educ a o c ompleta do ser para o desenvolvimento integral e harmonioso de todas as suaspossibilidades._ (PIRES, 1985:40)

    Bibliografia:

    AUGUST IN. A Work on the Proceedings of Pelagius. 415. http://www.c cel.org/fathers/NPNF1-05/c5.1.htm

    JOHNSON Paul. Histria do Cristianismo. Rio de Janeiro: Imago, 2001.

    KARDEC, Allan. Obras pstumas. So Paulo, Edic el, 1971.

    ORIGNE. T rait des princ ipes. Paris, tudes Augustiniennes, 1976.

    PIRES, J. Herculano. Pedagogia Esprita. So Paulo, Edic el, 1985.

    RIVAIL, H.- L.-D. Textos pedaggicos. T raduo Dora Incontri. So Paulo, Comenius, 1997.

    http://www.ccel.org/fathers/NPNF1-05/c5.1.htm
  • RUBENSTEIN, Richard E. Le jour o Jsus devint Dieu. Paris, ditions la Dcouverte, 2001.

    WILLIAMS, Kevin. Christian reincarnation, the long forgotten doc trine. 2002. http://www.near-death.c om/origen.html

    --------------------------------------------------------------------------------

    [1] Essa era a tese de Jos Herc ulano Pires, um dos grandes intrpretes do espirit ismo no Brasil e defensores dapedagogia esprita. Essa foi a tese que pretendi demonstrar em meu doutoramento: INCONTRI, Dora. Pegadogia esprita,um projeto brasileiro e suas razes histric o- filosfic as. T ese de doutorado. So Paulo, FEUSP, 2001.

    [2] H polmic a em torno na posi o de Orgenes, mas lendo suas obras, fic a c lara a sua defesa, tanto dareenc arna o, quanto da salva o universal: _Deus, pai do universo, tudo organizou, segundo o reino inefvel de seuVerbo e Sabedoria, em vista da salva o de todas as suas c riaturas_ (ORIGNE, 1976:81) ou ainda _Detivemo-nossempre a demonstrar que a providnc ia de Deus, que dirige todas as c oisas segundo a justi a, c onduz tambm as almasimortais pelas leis mais justas, adaptadas aos mritos e s responsabilidades de c ada um; pois o plano de Deus para ohomem no est fec hado nos limites da vida deste sculo, mas um estado anterior de mritos fornec e sempre a c ausado estado que se segue; assim, gra as lei imortal e eterna de eqidade e gra a no governo da divina providnc ia, aalma imortal levada perfei o suprema._ (ORIGNE 1976:167)

    [3] Expliquei a posi o de Jesus no espiritismo da seguinte maneira: _No sendo o Ser Supremo do Universo (alis,desde a poc a da formula o do dogma da T rindade, esse universo se expandiu infinitamente e se ac eitamos aexistnc ia de Deus, e a sua presen a, governo e poder entre bilhes e bilhes de galxias e em meio a provveisinmeras humanidades, fic a mais difc il ac eitar a idia de uma encarnao sua na Terra), Jesus Cristo no se vulgarizac om isso, tornando- se apenas mais um homem entre outros tantos. Ele seria o Esprito que j atingiu a perfei o c omotodos ns atingiremos um dia, segundo a lei da evolu o. Portanto ele a realiza o daquilo de que somos aindapotnc ia. a meta a ser atingida, por um proc esso de educao do esprito, nas suc essivas existnc ias._ (INCONTRI,2001)

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    Oi Pessoal,

    Aqui vai a minha contribuio do tema desta semana.

    Beijinhos & beijinhos.

    Bhethy

    TEMA: Pedagogia Esprita

    1. O que Pedagogia Esprita?

    a c onduo do ser ao c onhec imento da Doutrina Esprita c om abordagem fundamentada nos ensinamentos de JesusCristo. Herculano Pires, no Livro Pedagogia Esprita c omenta que Jesus alm de outras atribui es, tambm foic onsiderado um grande educador e que ..._possua qualidades do educador perfeito. Os recursos pedaggicos de quese serve conduzem o educando com feliz e profunda alegria, verdade essenc ial dos seus ensinos. Por isso pdesacudir e despertar a consc inc ia adormec ida de seu prprio povo..._ . Esse trec ho nos atribui muita responsabilidadepara a nossa jornada de educ ador esprita.

    Pratic ar a pedagogia no simplesmente explanar os ensinamentos de Jesus ou das Obras Espritas, muito alm disso, tornar compreensvel a lio do Mestre. Para c oloc ar em prtic a a Pedagogia Esprita, entra o trabalho doevangelizador, que deve manter- se sempre atualizado sobre os rec ursos pedaggic os existentes, uma vez que do seupapel, resultar o despertar do ser humano a espiritualidade, observando- se que esse jovem e c rian a a ser moldado jtraz c onsigo uma bagagem acumulada ao longo de sua trajetria.

    A Pedagogia Esprita tem como meta c omum _ Jesus Cristo e Kardec ; e c omo proposta norteadora _ a mensagemc rist- esprita. Compete a c ada educador esprita, busc ar atravs dos inmeros rec ursos disponveis e do estudo

    http://www.near-death.com/origen.html
  • sistematizado a melhor maneira para promover a evangeliza o em consonnc ia c om a experinc ia sc io- c ultural eespiritual do evangelizando.

    2. Qual sua importncia no trabalho de educao/evangelizao esprita da criana e do jovem?

    A importnc ia desse papel est em despertar e educar a c rian a e/ou jovem ao c onhec imento do plano fsic o eespiritual da vida em harmonia c om o ensinamento do Mestre Jesus. Se a c riana no tiver preparo educativo nainfnc ia, as faltas c ometidas em outras existnc ias viro tona no futuro numa maior intensidade. Deste modo, a a odo trabalho de educa o esprita propic iar oportunidade de c orrigir as a es negativas que foram c ometidas em vidasanteriores e de ac ender outras qualidades boas que o esprito tem guardado em si e que no aprendeu a fazer uso dela.Nesse c ontexto, c ompete ao evangelizador a busc a de propostas signif ic ativa para atender a expec tativa enec essidade do educ ando.

    A responsabilidade de educ ar aumenta quando fic a a c onstata o de que nenhuma experinc ia de aprendizagem podeabrir mo do momento de expresso do c onhec imento adquirido pelo evangelizando. Isso nos c onsc ientiza ainda mais danec essidade c onstante de que devemos educ ar, porm, sempre nos educ ando, o verdadeiro ensino- aprendizagem.

    mais fc il construir um menino do que consertar um homem. (Charles Chick Govin).

    3) Apresente qual a relao entre ela e a prtica educacional da criana e do jovem na Casa Esprita.

    A pedagogia esprita pode ser c onsiderada o suporte educ ac ional que fornec e c ondi es favorveis para que oevangelizando adquira c onhec imento esprita. Nesse c aso espec ial, a Casa Esprita tem que ter a c onsc inc ia de quecom o Nasc imento da Doutrina Esprita, ressurgiu um novo c ampo de c onhec imento, que merece respeito e estudosistematizado. Esse proc esso pedaggic o deve c onsiderar os avanos da c inc ia em prol da c rian a e do jovem. No hcomo aplic ar mtodos favorveis na evangeliza o esprita sem c onsiderar pelo menos, o bsic o Piaget, Pestalozzi,Freinet, Rosseou, Waldof, Vygotsky, tem ainda Sc rates e muitos outros que no menos importantes, sofreqentemente c itados em nosso grupo de estudo. Devemos ainda, manter uma postura abertura as idias que estosurgindo atravs de novos estudiosos do espirit ismo, atentando- nos de que qualquer mtodo c itado sempre deve seraplic ado em c onformidade c om os ensinamentos do Mestre Jesus.

    Muitos c olegas no tem a prtic a pedaggic a, mas so bem orientados pelos dirigentes, ou ento, so detentores deuma grande boa vontade ou possuem a prote o dos espritos amigos, que lhes prestam todo o auxlio nec essrio,permitindo assim, c ondi es favorveis para o desenvolvimento das aulas de forma surpreendente. Na Casa Esprita aaplic a o da prtic a educac ional, visa, tambm, o desenvolvimento das vibra es superiores nos evangelizandos, quepor sentirem essa energia a sua volta tero c ondi es melhores de optar pelo justo e pelo bom, fazendo c om que hajaum direc ionamento natural ao c onhec imento das artes, das msic as e das disc iplinas que so aplic adas, propic iandoainda, um c lima favorvel ao desenvolvimento dos sentimentos superiores.

    Devemos ac reditar no nosso papel de educ ador esprita porque no h c omo ensinar nenhum mtodo sem propag- loc om sentimento no c ora o. A prtic a Pedaggic a Esprita, deve ser ensinada aos jovens e c rian as no Centro Espritapara ser pratic ada em todos os lugares indistintivamente. No modismo afirmar que somos o fac ilitador desseconhec imento e que devemos estar c onvenc idos, de forma humilde, da importnc ia do nosso trabalho, e do quantoainda temos a aprender.

    Bhehty

    ---

    Quanto ao nosso tema da semana, a Bhethy enc ontrou um texto legal sobre o tema de estudo e o estou c oloc ando aembaixo, t?! ;- )

    E c ontinuamos aguardando sua partic ipa o dentro do tema proposto, t?! :- )

    tarde c or e amor procs

  • beijocas mineiras c om carinho no corao

    A Prtica Pedaggica

    A prtic a pedaggic a, em sntese, deve basear no exemplo e na vivnc ia, onde c oloc amos a c rian a em situaes que alevem a vivenc iar, dentro de seu pequeno grupo soc ial, os princ pios do Evangelho. A vivnc ia indispensvel noproc esso evolutivo. O ambiente geral deve ser de c olabora o, afeto e respeito mtuo. Oferec er c rian a experinc iase atividades adequadas ao desenvolvimento de suas potenc ialidades, tendo por base o potenc ial j desenvolvido nopassado e a manifesta o gradual deste potenc ial na presente reenc arna o.

    A c rian a nec essita de atividades dentro das experinc ias da horizontalidade terrestre e ao mesmo tempo de atividadesque estimulem os ideais nobres, fac ilitando os c anais rec eptivos da vertic alidade superior, desenvolvendo, assim, opotenc ial que elevar o seu padro vibratrio, tornando- a c ada vez mais rec eptiva s vibra es superiores que emanamdo mais Alto.

    As atividades devem ser de c arter c onstrutivo e no meramente acumulativo, ou seja, atividades em que a c rianatenha partic ipa o afetiva, desafios que a levem a _pensar_ ou seja, a c onstruir suas estruturas mentais.

    indispensvel valermo- nos das c onquistas passadas para, atravs do esfor o e do trabalho no presente, amparandono ideal superior elevado e nobre, c onstruirmos gradativamente nosso futuro.

    Ao mesmo tempo, todas as atividades devem visar a autonomia intelec tual e moral do Esprito, levando-o ac ompreender os _porqus_, a desenvolver a rac ionalidade e o bom senso, c ompreendendo pela sua prpria c abe a edesenvolvendo o sentimento superior que lhe garantir a autonomia moral, ou seja, um Esprito c apaz de pensar, sentire agir no bem, por vontade prpria e que no se deixar arrastar pelo dogmatismo fanatizante, nem pela imposi o doautoritarismo arbitrrio, embora c onsiga manter a humildade e a simplic idade que c arac terizam o verdadeiro Cristo, filhoe herdeiro de Deus, proc urando vibrar c ada vez mais em sintonia c om esse Pai de amor e sabedoria.

    Podemos c onc luir c om fac ilidade que o desenvolvimento integral das potenc ialidades do Esprito depende de suapartic ipa o ativa e no de uma posi o passiva de mero ouvinte; da inic iativa e dos esfor os espontneos dasc rian as e no de uma imposi o unilateral; da c onsc ientiza o ntima de c ada um quanto s nec essidades bsic as dedisc iplina, de esfor o prprio, de dedic a o, de amor, e no do simples estabelec imento de regras pelo adulto quedevero ser c umpridas pelas c rian as; de um ambiente onde o amor e a verdade sejam vivenc iados e no apenasverbalizados; onde a dvida enc ontre luz na razo e no na imposi o de c onc eitos; onde a razo seja desenvolvidapela anlise, pela observa o, pelo trabalho real que leve s c onc luses lgic as e no pela simples ac eita o dec onc eitos prontos; onde a vibra o c onstante seja de amor, amizade e dedic a o.

    Na prtic a pedaggic a devem, pois, estar presentes os itens destac ados por Jean Piaget, mas j propostos peloMestre Jesus:

    Afetividade: Amai- vos uns aos outros.

    Reciprocidade: Fa a aos outros o que gostaria que lhe fizessem. Por rec iproc idade tambm entendemos o respeitomtuo.

    Cooperao: A Coopera o o amor em a o. A o c ompreendida c omo nec essidade de ambas as partes.

    Sem afetividade (amor), o respeito mtuo e a c ooperao, dific ilmente a a o educativa c onduzir o educando verdadeira autonomia, prevenindo a a o nefasta do egosmo e do orgulho.

    Destac amos ainda, os itens abaixo, pela grande importnc ia no proc esso educativo do Esprito:

    PARTICIPAO ATIVA: As c rian as aprendem atravs de atividades adequadas ao seu nvel de desenvolvimento.

    O olho que ver, o ouvido ouvir, o p quer andar e a mo agarrar. Da mesma forma o c orao que c rer e amar e oEsprito quer pensar, nos ensina Pestalozzi. Promover atividades adequadas que propic iem oportunidades da c rian aagir, fazer, realizar experinc ias, enfim, partic ipar ativamente de seu processo de aprendizagem. O termo ao, muitoutilizado por ns, no se refere apenas a o motora, c omo podero pensar alguns, mas se refere a toda a o possveldo Esprito realiza o, tanto atravs do c orpo fsic o c omo do pensamento e do sentimento.

    INTERAO SOCIAL ENTRE OS PARTICIPANTES: Promover o interc mbio entre c rianas do mesmo nvel, de nveisdiferentes e entre a c rian a e o adulto, intera es que levem c oopera o e c olabora o e no c oncorrnc ia,promovendo a desc entraliza o do egoc entrismo, levando- as a uma no o mais objetiva da realidade, c onsiderandovrios pontos de vista. As intera es soc iais devem ser gradativamente ampliadas, c onduzindo c onvivnc ia quepropic iar a prtic a moral evanglic a.

    ATIVIDADES ARTSTICAS: O teatro, as artes plstic as, a msic a, a dana, a literatura, c omo propulsores dodesenvolvimento moral (sentimento) e intelec tual (desenvolvimento da razo, e do rac ioc nio). A utiliza o da arte nasatisfa o das nec essidades imediatas das c rian as, atendendo aos interesses individuais e c analizando a energiac riativa mobiliza- se a vontade, mola propulsora em qualquer proc esso de aprendizagem, para c hegar- se, mais tarde, ao

  • desenvolvimento integral do Esprito.

    AMBIENTE EVANGELILZADOR: Formar um ambiente realmente evangelizador, onde todos os elementos envolvidos notrabalho, trabalhadores, dirigentes e evangelizadores, imbudos do mesmo ideal elevado, procurem exerc itar a moralevanglic a e estudar a Doutrina Esprita, num c lima de fraternidade, c olaborao e apoio mtuo, sem personalismos nemimposi es desc abidas . Criamos assim, um _campo magntic o superior_ propc io ao desenvolvimento dos ideais nobresda alma. Isso, naturalmente, exigir no s dos evangelizadores, mas dos dirigentes e demais trabalhadores da c asa,muita humildade e esfor o em melhorar- se, para adquirir uma postura ntima alic er ada no Evangelho de Jesus. E c omopoderia ser de outra forma?

    (Alves, Walter Oliveira. Educao do Esprito _ Introduo Pedagogia Esprita. Araras, SP, 12. Edio, IDE,2005)

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    1) O que Pedagogia Esprita?

    uma prtic a diferenc iada de se ensinar pelo exemplo

    2) Qual sua importnc ia e seu papel no trabalho de educao/evangeliza o esprita da c rian a e do jovem?

    modific a o eduncando apenas c om o exemplo e mais c ondizente c om a doutrina, j que sabemos que c ada ser possuo livre arbtrio para suas dec ises.

    3) Apresente qual a rela o entre ela e a prtic a educac ional da c rian a e do jovem na Casa Esprita.

    pela experinc ia que tenho, ainda no foi c onvidada entrar no c entro... mas a sementinha foi plantada

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    Oi pessoal, olha que mensagem singela sobre a Pedagogia Esprita.

    Beijinhos a todos.

    Bhethy

    A Pedagogia Espritatem algo da vastido de maresque se abrem ao infinito.T em sabor de c oresbrasileiras, pois por aqui ela nasc eu,embalada por ventos antigos.Tem afeminilidade da luae a bravura libertriados que desc obrem novosmundos. o esprito em vo debusc a e asc enso.

    No c onstava o autor, mas est neste site http://www.ipece.org/manifesto.htm

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    amiga Bhethy... se eu no me engano.... so dados da leitura de apoio

    Dora IncontriPs-doutoranda FEUSP

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    Ol pessoal segue minhas respostas

    1) O que Pedagogia Esprita?

    http://www.ipece.org/manifesto.htm
  • R. estudo dos ideais de educ a o, segundo uma determinada c onc ep o de vida, e dos proc essos mais efic ientes parac onc retizar esses ideais; educ a o moral das c rian as/jovens e de adultos segundo a doutrina esprita .

    2) Qual sua importnc ia e seu papel no trabalho de educao/evangeliza o esprita da c rian a e do jovem?

    Orienta o para uma proposta educac ional mais reflexiva, observadora, rac ioc inada.

    3) Apresente qual a rela o entre ela e a prtic a educac ional da c rian a e do jovem na Casa Esprita.

    Como disse ac ima uma proposta de educao moral reflexiva , que inc entive a busca, o desejo e o c ompromisso dec rian as e jovens para a nec essidade da reforma ntima e da evolu o humana.

    Paty Bolonha

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    Ol c ompanheiros/as da Evangelize!

    Obrigado aos c oordenadores pela inc luso desse tema, que ac ho muito interessante. :)

    Lembram qdo falei h algumas semanas que estava c omeando a ler a tese de doutorado da Dora Inc ontri sobrePedagogia Esprita?? Pois ento, s c onsegui terminar de ler essa semana... e estou digerindo ainda essas idias.

    Li tbem os textos e opinies enviados pra sala... foi muito bom pois ac resc entou a leitura da tese.

    O que j posso dizer a respeito da Pedagogia Esprita que gosto muito dessa idia. Penso que c omo espritas teramosque, mais c edo ou mais tarde, formular uma maneira de educar c oerente c om a nossa viso da vida e do homem. Comodizia Jesus: "no se guarda vinho novo em odre velho" (ac ho que assim que est esc rito), falando dasmudanas nec essrias diante de novos c onc eitos. E o Espirit ismo trouxe muitas idias novas. "Novas", pelo menos, naforma de encar- las.

    Se no c onc ordamos totalmente c om a sistematiza o da Pedagogia Esprita dada por esse ou aquele, isso no signif ic aque no seja interessante termos e aplic armos uma educa o segundo o Espirit ismo. Na tese da Dora, ela diz quepoderia haver muitas pedagogias espritas. O importante que os princ pios espritas, que so os princ pios c ristos,permeem o ato de educar de todos que estejam c omprometidos c om a c ausa esprita. Seja na evangeliza o ou no,mas princ ipalmente nessa.

    Se dar c erto, no sei... Mas ac redito que posso e devo tentar. E o mais importante fazermos o melhor quepudermos, seja como for... e c om amor, ac ima de tudo!

    Uma c oisa que perc ebo, c ada vez mais que estudo, que o segredo de tudo o amor. Quem tiver isso muito fortedentro de si e saiba exteriorizar tem todas as c ondi es para fazer um bom trabalho de educ a o ou evangeliza o.Mas sempre bom estudar, n?! Uma coisa no exc lui a outra... hihihi

    isso, pessoal... valeu!

    Um enorme abra o pra todos!!!

  • Thiago.

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    Colegas,

    Que bom poder tratar sobre esse tema.

    Ac resc ento mais uma vez a tudo que j foi c omentado sobre a Evangeliza o Esprita, que no meu ponto de vista,esse proc esso oc orre muitas vezes sem darmos c onta. Primeiro somos c onduzido ao c aminho do educar, depois vamosnos envolvendo c om os estudos e os rec ursos disponves e muitas vezes pensamos: - puxa ac ho que no entendo nadaa esse respeito, entretanto, na hora de c oloc armos em prtic a, perc ebemos que toda a troc a de idia valeu a pena,que c ada pedac inho novo que nos foi oferec ido atravs da experinc ia vivenc iada por um ou outro c olega, foiimportante para a c onstru o do nosso c astelinho do c onhec imento, e, princ ipalmente, que c ada um foi responsvel porum tijolinho dessa c onstru o em favor da aprendizagem das nossas c rian as e jovens. Evangelizar valorizar todaexperinc ia humana, todo c onhec imento e todos pedac inhos. Enfim, a soma da fragmentao em prol dainter/muldisc iplinaridade. A Evangeliza o Esprita deve ser o sinnimo de trabalho em equipe, o eterno aprendizadoque s ser possvel c om muita dedic a o, estudo e troc a de experinc ia, onde o amor deve ser soberano em sintoniac om o respeito a todo e qualquer ser humano, sem isso, as palavras do Mestre Jesus ac aba- se perdendo em quebrasc abe as que nunc a faro sentido.

    Beijinhos

    Bhethy

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