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1 e-Book www.hivecloud.com.br OS REQUISITOS PARA OPERAR UMA TRANSPORTADORA DE CARGAS

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e-Book

www.hivecloud.com.br

OS REQUISITOS PARA OPERAR UMATRANSPORTADORA DE CARGAS

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SUMÁRIOCapítulo 1 (pág. 3)

Qual A Sua Estratégia?

Capítulo 2 (pág. 6)

Fique De Olho Nas Regulamentações!

Capítulo 3 (pág. 10)

Seguro E Responsabilidade Civil

Capítulo 4 (pág. 13)

Fazendo A Gestão Das Operações

Capítulo 5 (pág. 16)

Utilizando A Tecnologia Da Informação

Conclusão (pág. 19)

Sobre A Empresa (pág. 20)

INTRODUÇÃO

Abrir um negócio é uma tarefa difícil ainda mais no Brasil.

Apesar de ser a sétima maior economia do mundo, o país

fi gura no 120º lugar no ranking do Banco Mundial que avalia a

facilidade de se fazer negócios.

A complexidade de abrir uma transportadora é ainda maior.

O segmento apresenta diversas particularidades fi scais,

regulatórias e gerenciais que tornam essa aventura ainda mais

difícil. Neste ebook, tentamos oferecer um direcionamento aos

empreendedores do setor ao abordar desde o planejamento

estratégico do negócio às ferramentas tecnológicas que

podem ser usadas para auxiliar a gestão.

Este ebook também é de grande valia para prestadores de

serviço de transporte que já estão em atuação, pois pode trazer

uma nova visão sobre o posicionamento e o gerenciamento

das empresas. Esperamos ainda que ao fi nal da leitura as

principais dúvidas sobre a criação de uma transportadora

tenham sido dirimidas.

Boa leitura!

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Capítulo 1

QUAL A SUA ESTRATÉGIA

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Capítulo 1 - Qual A Sua Estratégia?

Assim como em qualquer outra área de atuação, quem pretende ingressar no mercado logístico deve estar preparado para as principais exigências, custos e operações necessárias neste setor.

Desta forma, quando se deseja montar uma empresa de transportes de cargas, é preciso defi nir estratégias que vão desde conhecer o mercado de atuação e até mesmo saber os custos de investimentos necessários. Pensando neste assunto, separamos a seguir alguns fatores essenciais referentes às defi nições estratégicas, para serem avaliados na criação de uma transportadora.

Foco de mercado

O primeiro passo para quem deseja montar uma transportadora, é avaliar o seu foco de mercado. Em outras palavras, é preciso saber como será o tipo de serviço a ser disponibilizado ao público-alvo. Neste caso, alguns exemplo são:

• Foco no mercado Nacional;• Foco no mercado Internacional;• Transporte de produtos perecíveis;• Encomendas expressas, entre outros.• Mudanças residências;

Área de atuação

Outro fator essencial para se montar uma empresa de transporte de car-gas, está em defi nir a área de atuação, ou seja, a área geográfi ca onde a transportadora irá atuar.

Para esta escolha, é preciso avaliar não só as oportunidades de cada região, mas também as condições de investimentos em frotas, armazéns e demais fatores necessários para abranger uma determinada área.

Perfi l de operação

A escolha do perfi l de atuação também é um fator muito importante

para quem deseja montar uma transportadora, já que por meio desta defi nição é possível dar continuidade com os demais fatores necessários.

Nesta fase é preciso defi nir se a transportadora irá realizar transporte rodoviário carga fechada, transporte rodoviário carga fracionada, trans-porte de containers, cargas expressas, carga líquida, carga química, grãos, entre outros. Desta forma esta decisão auxiliará na escolha de frotas e demais fatores estratégicos.

Perfi l da carga

Uma vez conhecendo o foco de mercado e o perfi l das operações de transporte, é necessário avaliar o tipo de carga a ser transportada, já que por meio desta avaliação será possível conhecer o tipo de frota ad-equada para as operações, os tipos de seguros mais comuns a serem contratados e até mesmo o perfi l da equipe a ser criada para gerenciar os processos do transporte.

Para esta fase, é necessário listar os tipos de cargas que a empresa es-tará apta a transportar como, por exemplo: eletro eletrônico, insumos para indústria, agronegócio, alvenaria, produtos químicos, cargas de alto valor, entre outros.

Pacote de Serviços

Outro fator importante a ser decidido, é o pacote de serviços que serão disponibilizados aos clientes. Com isso, além do transporte de cargas, o empresário poderá disponibilizar outros serviços como:

• Armazenagem• Paletização• Crossdocking• Descarga de mercadorias• Operação in house (na sede do cliente),• Armazenagem estática (com níveis de temperatura, conforme anecessidade do cliente);

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Frota própria ou transportadores autônomos

Após defi nir o foco de mercado e conhecer o perfi l dos produtos a serem transportados, o empresário deve defi nir se irá adquirir uma frota própria ou se irá terceirizar o serviços por meio de transportadores autônomos.

Nesta fase é preciso avaliar o custo-benefício de cada opção, já que ambas possuem suas vantagens e desvantagens. Se por um lado é possível man-ter a padronização e controle de equipe por meio de uma frota própria, por outro lado existe o quesito fi nanceiro, já que obter uma frota própria tende a gerar custos para a aquisição e manutenção.De qualquer forma, quem pretende atuar com a mão de obra autônoma, é preciso avaliar que existirão algumas vantagem como diminuir custos com a estrutura organizacional e ativos fi xos, porém também haverá desvanta-gens como perda de autonomia e baixo controle sobre os transportadores contratados.

Investimento/infra-estrutura necessária

Ao conhecer as premissas necessárias para montar uma transportadora, o empresário deverá listar todos os investimentos essenciais para a formal-ização da empresa. Nesta fase, alguns itens serão indispensáveis como, por exemplo:

• Investimento em frota (caso decida por ter uma frota própria);• Área para armazenar mercadorias e consolidar cargas, podendo ser lo-cadas ou compradas pela empresa;• Contratações de profi ssionais para os diversos setores da empresa (mo-toristas, gestores, vendedores, assistentes administrativos, entre outros);• Infraestrutura (mobília, computadores, balanças e demais itens);• Sistemas de gerenciamento da transportadora (Acompanhamento em tempo real, TMS, WMS, Sistema de Roteirização, entre outros).

Deste modo, assim como em qualquer outro segmento, é preciso conhecer inicialmente a área de atuação, o público da empresa e os tipos de serviços a serem prestados. Após defi nir estes fatores, é essencial realizar o levan-tamento dos custos necessários para a abertura e manutenção da empre-sa, para que o empresário conheça as suas condições de investimento.

Capítulo 1 - Qual A Sua Estratégia?

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Capítulo 2

FIQUE DE OLHO NAS REGULAMENTAÇÕES!

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Para uma transportadora exercer suas atividades logísticas no Brasil, ela precisa estar regulamentada nas instâncias nacional, estadual e munici-pal. Caso contrário, não conseguirá crescer, fazer parcerias e associar-se à sindicatos, além de não poder ter acesso ao crédito e viver sob o risco de ser confi scada pela Receita Federal. A seguir, veja o que é necessário para abrir uma transportadora:

Cadastro na Junta Comercial

O registro legal de uma transportadora deve ser tirado na Junta Comercial do estado. Após fazer isso, ela estará ofi cialmente legalizada, mas não pronta para começar suas atividades. Mas para obter o registro, o em-presário deve apresentar uma série de documentos e formulários. Veja-os a seguir:

1. Contrato Social

No início da empresa, o Contrato Social é a peça mais importante. Nele, devem estar defi nidos os seguintes itens:

• Objetivo da empresa;• Ramo de atuação;• Interesse das partes;• Descrição do aspecto societário e a formação do Capital Social.

Para ser válido, ele deve ter a assinatura de um advogado. No caso das micro e pequenas empresas, elas estão dispensadas desse visto. É impor-tante que o empresário verifi que também se há alguma outra transporta-dora registrada com o nome pretendido.

2. Documentos pessoais de cada sócio (no caso de uma sociedade)

Arquivamento do ato constitutivo

Com tudo isso em mãos, o empresário poderá prosseguir com o arqui-vamento do ato constitutivo (Contrato Social ou Requerimento de Em-presário) da transportadora, quando serão necessários os seguintes doc-umentos:• Cópia autenticada do RG e CPF do titular ou dos sócios;

• Contrato Social ou Requerimento de Empresário Individual ou Estatuto, em três vias;• Requerimento Padrão (Capa da Junta Comercial), em uma via;• FCN (Ficha de Cadastro Nacional) modelo 1 e 2, em uma via;• Pagamento de taxas através de DARF (Documento de Arrecadação de Receitas Federais)

No fi nal, a empresa estará registrada e receberá o NIRE (Número de Iden-tifi cação do Registro de Empresa), que é uma etiqueta ou um carimbo contendo um número que é fi xado no ato constitutivo pela Junta Comer-cial. Os preços e prazos para abertura variam de acordo com o estado. Eles podem ser consultados no site da Junta Comercial do estado em que a companhia de transportes estiver localizada.

Alvará de Funcionamento

Após obter o CNPJ através do site da Receita Federal e escolher a ativi-dade que a empresa irá exercer, o responsável deve ir à prefeitura, ad-ministração regional ou Secretaria Municipal da Fazenda e ao Corpo de Bombeiros para solicitar uma consulta do estabelecimento e receber o alvará de funcionamento. O alvará é uma licença, que permite o funcio-namento da transportadora. Normalmente, a seguinte documentação é necessária:

• Cópia do CNPJ;• Cópia do Contrato Social;• Formulário próprio da prefeitura;• Consulta prévia de endereço aprovada;• Laudo dos órgãos de vistoria, quando necessário.

Registro na Previdência Social

Logo após obter o alvará de funcionamento, a transportadora jáestará apta a entrar em operação. Contudo, ainda existem duasetapas essenciais para o seu funcionamento. A primeira é o registrona Previdência Social, mesmo que no início a empresa tenha umúnico funcionário ou apenas os sócios trabalhando.

Capítulo 2 - Fique de Olho nas Regulamentações!

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Ela precisa estar cadastrada na Previdência Social e pagar os respectivos tributos, e arcar com as obrigações trabalhistas sobre os colaboradores. Para se registrar, o responsável deve ir à Agência da Previdência de sua ju-risdição e solicitar o cadastramento da transportadora e seus responsáveis legais. O prazo para o registro é de até 30 dias após o início das atividades.

Inscrição Estadual

O cadastro no sistema tributário estadual deve ser feito junto à Secretaria Estadual da Fazenda. Normalmente, ele não pode ser realizado através da internet. Mas a maioria dos estados possui um convênio com a Receita Federal, o que permite obter a Inscrição Estadual junto com o CNPJ at-ravés de um único cadastro.

A Inscrição Estadual é obrigatória para as empresas prestadoras de serviços de transporte intermunicipal e interestadual, sendo necessária para a obtenção da inscrição no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mer-cadorias e Serviços). Devemos lembrar que, em determinados estados, a inscrição estadual deve ser feita antes do alvará de funcionamento. Para realizar o cadastro, a seguinte documentação é necessária:

• RG e CPF dos sócios;• Comprovante de endereços dos sócios, cópia autenticada ou original;• DUC (Documento Único de Cadastro), em três vias;• DCC (Documento Complementar de Cadastro), em 1 via;• Cópia do ato constitutivo;• Cópia do CNPJ;• Cópia do alvará de funcionamento;• Certidão simplifi cada da Junta (para empresas constituídas há mais de três meses);• Cópia autenticada do documento que prove direito de uso do imóvel, como o contrato de locação do imóvel ou a sua escritura pública;• Número do cadastro fi scal do contador;• Comprovante de contribuinte do ISS;

Documentos fi scais

Para que a transportadora entre em ação, resta apenas obter os documen-tos fi scais. O empresário precisa solicitar a autorização para a impressão das notas fi scais e a autenticação de livros fi scais na prefeitura da cidade onde a transportadora atuará. Depois que todo o aparato estiver pronto e registrado, a companhia poderá começar a operar legalmente.

Aquisição do Certifi cado Digital

Para que o CT-e (Conhecimento de Transporte Eletrônico) e o MDF-e (Man-ifesto Eletrônico de Documentos) tenham validade jurídica, eles precisam de uma assinatura digital, que é utilizada para confi rmar sua autenticidade e provar que foi a transportadora que os emitiu. Esses dois documentos devem ser certifi cados por uma entidade credenciada pela ICP-Brasil (In-fraestrutura de Chaves Públicas Brasileira), contendo o CNPJ do emitente ou de sua matriz.

Credenciamento na Secretaria da Fazenda

Para ter acesso ao sistema tecnológico para a emissão do CT-e ou MDF-e, a transportadora precisa obter seu registro junto à Secretaria de Fazenda de seu Estado. O credenciamento tem duas modalidades distintas: “em homologação” e “em produção”. O primeiro deve ser escolhido pelo em-presário apenas para fi ns de testes, pois as notas não são enviadas ofi cial-mente até que ele receba um treinamento adequado e esteja preparado para emitir os documentos. Após isso acontece, ele pode alterar a opção de credenciamento para “em produção”.

Capítulo 2 - Fique de Olho nas Regulamentações!

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Obtenção do RNTRC na ANTT

Para obter o RNTRC (Registro Nacional dos Transportadoras Rodoviários de Cargas), o responsável precisa comparecer a um dos postos da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e realizar o seu cadastro.

Para isso, ele deve apresentar os seguintes documentos:

• CNPJ ativo;• Contrato Social da Matriz• Contribuição Sindical;• CPF e identidade do Representante Legal (formalmente constituído);• CPF e Identidade do Responsável Técnico;• Experiência Responsável Técnico;• CPF dos Sócios;• CPF do Diretor;• Dados da frota.

Recebendo auxílio

O acesso a estruturas de apoio técnico é um fator importante para que a transportadora cresça no mercado. Hoje, existe uma série de associações e sindicatos que oferecem consultoria jurídica e contabilística e informações e orientações sobre como gerir o negócio da maneira correta. A Setcesp (Sindicato das empresas de transporte de São Paulo), por exemplo, pro-move seminários de gerenciamento de riscos e workshops de tecnologia visando ajudar as empresas.

Capítulo 2 - Fique de Olho nas Regulamentações!

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Capítulo 3

SEGURO E RESPONSABILIDADE CIVIL

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Capítulo 3 - Seguro e Responsabilidade Civil

Quem atua no setor de transporte, sabe o quanto o seguro de cargas é fundamental para evitar perdas fi nanceiras e materiais devido aos inúmer-os fatores de risco, como extravios de carga, quebras, furtos e desarranjos mecânicos. Mas infelizmente, muitos gestores ainda descartam a necessi-dade do seguro, considerando-o um custo desnecessário.

Contudo, deixar de contratar o seguro pode ser um grande erro, podendo gerar inúmeros prejuízos. Mas, e você? Já contrata o seguro para as suas cargas? A seguir, mostraremos como funciona o seguro de transporte, bem como as suas responsabilidades civis e onde encontrar seguradoras e corretores especializados:

O que é seguro de transporte de cargas?

O seguro de transporte de cargas é um documento que garante ao segu-rado a entrega de sua mercadoria e, caso haja algum acidente, o indeniza pelos prejuízos causados aos bens durante o seu transporte em viagens aquaviárias, terrestres e aéreas, em percursos nacionais ou internacio-nais. A cobertura também pode ser estendida durante a permanência da carga em armazéns.

Caso o seguro não seja contratado, a mercadoria fi cará vulnerável a pos-síveis sinistros. A SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) dis-ponibiliza em seu site uma circular que cita as condições contratuais do plano padronizado para o seguro de transportes, além de estabelecer as regras mínimas para a comercialização deste seguro.

Quem deve contratá-lo

De acordo com o Decreto nº 61.867, de 11 de dezembro de 1967, tanto o dono da carga como o transportador devem contratar o seguro de cargas para uma operação de transporte, sendo que cada parte tem apólices com características próprias. Neste ponto, cabe destacar a diferença entre o seguro de transporte e o seguro de responsabilidade civil do transportador.

O primeiro é contratado pelo dono da mercadoria, e é de contratação obrigatória para pessoas jurídicas, à exceção de órgãos públicos. Depen-dendo do percurso, uma única apólice pode admitir três formas de trans-

porte (multimodal). Já o segundo deve ser contratado, obrigatoriamente, pela transportadora, cobrindo apenas prejuízos pelos quais ela seja re-sponsável, como capotagem, abalroamento, colisão, incêndio ou explosão do veículo transportador.

E ao contrário do seguro de transporte, o de responsabilidade civil tem coberturas bem restritas, já que seu objetivo é indenizar os prejuízos cau-sados à carga devido a um acidente causado pelo condutor do veículo ou por terceiros, não cobrindo roubo ou furto das mercadorias, riscos fortu-itos ou de causa maior – queda de barreira ou raio – e danos provocados por mau acondicionamento dos produtos e por embalagens inadequadas.

O seguro obrigatório para o transportador

É importante não confundir os seguros de carga com os seguros que as transportadoras devem contratar. O seguro RCTR-C (Responsabilidade Civil Transportador Rodoviário de Carga) é obrigatório a todas as com-panhias de transporte registradas no Registro Nacional de Transportado-res Rodoviários de Carga (RNTRC) da Associação Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), e garante o reembolso de indenizações que elas foram obrigadas a pagar por prejuízos causados às cargas transportadas.

Já o RCF-DC (Responsabilidade Civil Facultativa do Transportador Ro-doviário por Desaparecimento de Carga) é outro seguro que cobre roubo e/ou furto, mas é facultativo.

Os tipos de coberturas

Em termos gerais, as coberturas básicas oferecidas pelas companhias se-guradas são:

Cobertura Básica Ampla A

Garantia de indenização por prejuízos decorrentes de acidentescom o veículo transportador e também de causas externas,como avarias e extravios, exceto as previstas na cláusula deprejuízos não indenizáveis.

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Cobertura Básica Restrita B e C

Garantia de indenização por prejuízos decorrentes de danos ou perdas causadas por acidentes com o veículo transportador, como capotagem, colisão, tombamento, explosão ou descarrilamento. Esta cobertura tam-bém cobre riscos de inundação, desmoronamento ou queda de pedras e terremotos durante a viagem.

Serviços de seguradoras e corretores especializa-dos

Tendo a necessidade de contratar um seguro para a sua carga, o gestor deve acessar o site da SUSEP e consultar as empresas especializadas em transportes. Basta escolher o seu estado e o tipo de empresa – seguradora – para encontrar aquelas que disponibilizam o serviço. Após a busca, você verá uma lista com as companhias de seguro, contendo endereço, telefone e muitas outras informações sobre cada uma.

Capítulo 3 - Seguro e Responsabilidade Civil

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Capítulo 4

FAZENDO A GESTÃO DAS OPERAÇÕES

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Para quem deseja atuar no ramo de transporte de cargas, é essencial com-preender como é realizada a gestão operacional do transporte para que os diversos processos envolvidos sejam realizados de maneira efi ciente.

Deste modo, o transportador precisa conhecer e saber realizar todas as etapas que integram a gestão operacional, que vão desde a gestão dos fl uxos da operação até o controle dos custos operacionais. Acompanhe a seguir as etapas que devem ser seguidas.

Fluxo de Operação

Toda empresa possui processos, e dentro do setor logístico também não é diferente, já que as transportadoras possuem um conjunto de processos que devem ser executados no transporte de mercadorias. Dentre os prin-cipais pode-se destacar:

Vendas e Negociação: Etapa inicial, onde a transportadora negocia com seus clientes o valor do frete para o transporte e fi rmação de contrato de prestação de serviço, além dos parâmetros de qualidade como índices de avarias, prazos de entregas, entre outros.

Cotação de Frete: Esta etapa ocorre quando a operação de transporte é do tipo spot. Para esta fase a transportadora deve manter registros de frete para operações deste tipo, além de controlar os orçamentos e realizar cálculos automáticos, a fi m de agilizar o processo de cotação.

Coleta: Na fase de coleta da mercadoria, é essencial que a transportadora faça a gestão de todo o trajeto a ser percorrido, acompanhando o status das coletas, além de monitorar os custos operacionais, emitir os documen-tos fi scais (NF-e ou MDF-e) e realizar a averbação da carga coletada.

Transferência: A transferência é realizada após a coleta da mercadoria, sendo uma fase onde é importante acompanhar seu status, monitorar cus-tos operacionais, custos com contratação de mão de obra adicional (quan-do houver) e emissão dos documentos fi scais exigidos.

Agendamento de entrega: Etapa onde deve ser realizado contato com o destinatário para marcar data e horário da entrega, além do monitora-mento de reagendamentos ou cancelamentos.

Entrega: Nesta fase, o transportador realiza diversas entregas em caso de transporte fracionado, ou casos de carga fechada/lotação em que o veículo que realiza a coleta e segue diretamente para a entrega da carga. Nesta etapa deve haver controle das entregas efetuadas e canceladas, monito-ramento de ocorrências, entre outros.

Redespacho e/ou Redespacho Intermediário: Ocorre quando as ativ-idades de entrega e/ou transferência são terceirizadas para outro trans-portador, sendo comum em operações destinadas ao interior dos estados ou operações com trechos aéreos, aquaviários ou ferroviários. Nesta fase deve haver o acompanhamento dos status dos redespachos, monitora-mento de custos a serem rateados, entre outros.

Faturamento: O faturamento representa a etapa fi nal do fl uxo operacio-nal, sendo levantadas as entregas efetuadas em um determinado período e realizada a cobrança e recebimento do serviço prestado. Nesta fase deve haver o controle dos recebimentos, entregas faturadas e não faturadas, controle da inadimplência, entre outros.

Indicadores de Desempenho

Tão importante quanto acompanhar todo o fl uxo operacional da transpor-tara, é acompanhar os indicadores das operações, que visam auxiliar nas tomadas de decisões, acompanhamento das ocorrências e melhoria dos serviços prestados. Para realizar o monitoramento das atividades de uma empresa de transporte de cargas, é comum o uso dos seguintes relatórios:

Relatório de Performance

Possibilita ao transportador avaliar e mensurar os resultados gerais da empresa. Neste caso, o uso de sistemas facilitadores como, por exemplo, o TMS (Transportation Management System), irá possibilitar oacompanhamento das áreas operacionais, comerciais e fi nanceiras,calculando também as despesas com a manutenção de frota,mão-de-obra e mensuração dos índices de estregas.

Capítulo 4 - Fazendo a Gestão das Operações

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Os Indicadores de Performance (KPIs - Key Performance Indicators), tam-bém são essenciais para uma melhor análise. Na área de transportes de cargas, o indicador OTIF (On Time In Full) possibilita o monitoramento da qualidade das entregas, para promover melhorias constantes.

Relatório de Análise de Rentabilidade

Este relatório demonstra a lucratividade da empresa, sendo possível se programar para investimentos ou cortes de gastos.

Além de possibilitar às transportadoras adotarem uma rigorosa análise de suas rentabilidades, este acompanhamento demonstra se cada frete realizado está contribuindo efetivamente para o pagamento das despesas fi xas, possibilitando também a sobra de um percentual adequado de lucro.

Monitoramento de Ocorrência

O monitoramento de ocorrências possibilita a transportadora acompanhar de forma rápida e efi caz quaisquer eventos que venham ocorrer durante o transporte da carga. Para auxiliar no monitoramento, a empresa poderá contar com o uso da tecnologia como aplicativos para celular e o uso de GPS.

Monitoramento de Mark up da Operação

O monitoramento de Mark Up possibilita analisar se o preço do frete está sendo calculado de maneira correta baseando-se nos custos da empresa. O cálculo consiste em somar todas as despesas do serviço junto com uma margem de lucro para obter-se o preço fi nal.

Conforme demonstrado, foi possível conhecer os principais processos op-eracionais e os relatórios de desempenho mais utilizados para o acompan-hamento e monitoramento do transporte de cargas.

Deste modo, quem deseja montar uma transportadora, deve conhecer todo o fl uxo operacional bem como saber monitorar todas as operações além de acompanhar o desempenho da empresa com o uso das ferramen-tas adequadas.

Capítulo 4 - Fazendo a Gestão das Operações

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Capítulo 5

UTILIZANDO A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

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Quem pretende montar uma empresa nos dias atuais, sabe que a tecno-logia é um dos itens obrigatórios para ser adicionado na lista de recursos necessários.

Quando se pretende atuar no ramo logístico, montando uma transportado-ra, o uso da tecnologia também não deve ser deixado de lado, já que as in-ovações tecnológicas proporcionam facilidades e diferenciais competitivos. Logo, conhecer todos os recursos necessários para compor a infraestrutura tecnológica da empresa, facilitará no planejamento de orçamentos para a aquisição destes itens.

Deste modo, separamos a seguir a lista dos principais recursos tecnológi-cos a serem adquiridos quando se pretende montar uma transportadora. Acompanhe!

Itens fundamentais para a tecnologia da empresa

1. Infraestrutura

O primeiro passo para a aquisição da infraestrutura tecnológica básica da empresa, está em observar a quantidade de cada recurso que será necessário na montagem da empresa. Por exemplo, conhecer a quanti-dade de funcionários que irão atuar com computadores, dará a noção da quantidade de equipamentos a ser adquirido.

Outros recursos como a montagem da rede da empresa, quantidade e porte de servidores, links de acesso à internet, impressoras, balanças, entre outros recursos físicos, também devem ser listados para posterior-mente ser realizada a cotação de cada item.

2. Comunicação

A comunicação da empresa com clientes e parceiros também é um fator tecnológico muito importante quando se pretende montar uma transpor-tadora.

Nesta fase é preciso avaliar os custos para a montagem da infraestrutura telefônica, bem como centrais de ramais. Além disso, vale a pena avaliar

a possibilidade de implementar a tecnologia de VOIP, obtendo assim a vantagem de não precisar de infraestrutura telefônica com uma solução simples e econômica.

Os recursos de e-mail também devem ser adicionados na lista, já que este se trata de um dos meios mais comuns para a comunicação dentro e fora da transportadora.

3. Presença na web

Além dos recursos físicos citados anteriormente, é essencial que a empre-sa tenha um canal de comunicação externo onde novos clientes possam conhecer a empresa e posteriormente entrar em contato.

Desta forma, se tratando de recursos tecnológicos, é muito importante que a empresa tenha um website para obter sua presença na web. Além disso, recomenda-se o uso do marketing digital para a conquista de cli-entes. Nesta fase, algumas estratégias como: publicidades pagas (Google Adwords), presença em redes sociais e engajamento com o público-alvo por meio do marketing de conteúdo, podem trazer excelentes resultados.

4. Investimento em Softwares

O uso de softwares dentro do mercado logístico se tornou um recurso es-sencial para a gestão das atividades que compõe o transporte de cargas e até mesmo a gestão da empresa. Para quem deseja atuar com uma transportadora, é preciso avaliar que os softwares se dividem em duas modalidades. São elas:

Capítulo 5 - Utilizando a Tecnologia da Informação

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Softwares Operacionais do Transporte:

Os softwares Operacionais do Transporte tem o objetivo de otimizar as atividades diárias que envolvem o gerenciamento de processos do trans-porte de cargas como por exemplo, a gestão de frotas, o controle de ar-mazéns, emissão de documentos fi scais, entre outros. Abaixo listamos os principais Softwares utilizados:

• Sistemas de Gestão de Transportes (TMS);• Sistemas de Gestão de Armazéns (WMS);• Sistema de Monitoramento de Entregas;• Sistemas de Roteirização;• Sistemas de Gestão de Frotas;• Sistema de Emissores de NFe e MDF-e e CTe;• Sistema para Emissão de Recibo de Pagamento a Autônomo (RPA);• Sistema para Pagamento Eletrônico de Frete;

Softwares Administrativos:

Além dos softwares para a gestão do transporte, o empresário deve avaliar a necessidade em contar com softwares que irão auxiliá-lo na sua gestão administrativa. Abaixo são listados alguns exemplos:

• Softwares para controle de folha de pagamento;• Softwares para Controle de despesas (fl uxo de caixa e demonstrativo de resultados);• Softwares contábeis caso a empresa faça sua própria contabilidade;• Pacote de softwares para criação e gestão de relatórios e apresentações (Exemplo: Microsoft Offi ce);• Sistemas Integrados (ERP);

Vale ressaltar que tanto para a modalidade de softwares da gestão do transporte quanto para os softwares administrativos, é possível contar com a tecnologia de aplicativos que funcionam em nuvens (Cloud Computing). Neste caso, o uso desta tecnologia traz a vantagem ao empresário em não precisar contar com uma infraestrutura física para estes aplicativos.

5. Rastreamento Veicular

Quando se fala em tecnologia para abertura de transportadoras, é preciso se lembrar também da necessidade de contar com sistemas para rastrea-mento da frota de veículos. Deste modo, além de ser um ótimo recurso contra roubos de cargas, é possível citar algumas vantagens como:

• Localização do veículo;• Velocidade média percorrida;• Rota utilizada que está sendo utilizada;• Direcionamento de veículo que está mais próximos ao cliente;• Controle de quilometragem;• Saber quais clientes estão sendo atendidos;• Identifi car se o veículo está trafegando em horário e local permitido, entre outros;

Conforme as dicas citadas, foi possível conhecer alguns dos principais re-cursos tecnológicos recomendados para quem deseja montar uma empre-sa de transporte de cargas.

Com isso, o empresário deve avaliar cada item mencionado, além de out-ros recursos existentes no mercado, para verifi car a necessidade de aqui-sição e implementação em sua empresa.Vale ressaltar que dentro do setor de logística, a tecnologia já deixou de ser vista como um investimento de luxo, e hoje é considerada uma das melhores maneiras de otimizar processos e diferenciar a empresa das con-correntes do mercado.

Capítulo 5 - Utilizando a Tecnologia da Informação

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CONCLUSÃOEsperamos que o e-book tenha ajudado o leitor a entender os princi-pais aspectos da criação de uma transportadora e que grande parte das dúvidas não sejam mais impedimento para o início de um em-preendimento no setor.

Obrigado pela leitura e até a próxima!

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SOBRE A EMPRESA

Hive.log é uma empresa brasileira especializada em tecnologia da informação aplicada à

logística. Com mais de 15 anos de experiência, graduada do Centro de Estudos e Sistemas

Avançados do Recife (C.E.S.A.R), a Hive.log é líder em soluções para prestadores de serviços

logísticos. Selecionada em 2015 para o programa promessas do instituto Endeavor, organi-

zação internacional de fomento ao empreendedorismo, a empresa é uma das que mais cresce

no setor de tecnologia em toda a américa latina.

SOBRE A EMPRESA

Hive.log é uma empresa brasileira especializada em tecnologia da informação aplicada à

logística. Com mais de 15 anos de experiência, graduada do Centro de Estudos e Sistemas

Avançados do Recife (C.E.S.A.R), a Hive.log é líder em soluções para prestadores de serviços

logísticos. Selecionada em 2015 para o programa promessas do instituto Endeavor, organi-

zação internacional de fomento ao empreendedorismo, a empresa é uma das que mais cresce

Hive.log é uma empresa brasileira especializada em tecnologia da informação aplicada à

logística. Com mais de 15 anos de experiência, graduada do Centro de Estudos e Sistemas

Avançados do Recife (C.E.S.A.R), a Hive.log é líder em soluções para prestadores de serviços

logísticos. Selecionada em 2015 para o programa promessas do instituto Endeavor, organi-

no setor de tecnologia em toda a américa latina.

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