dr. fernando ferreira de mello dr. carlos alberto mambrini · o advogado geral da união, ministro...

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JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br 1 OUTUBRO/NOVEMBRO 2012 Dr. Fernando Ferreira de Mello Dr. Carlos Alberto Mambrini

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JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br 1OUTUBRO/NOVEMBRO 2012

Dr. Fernando Ferreira de Mello

Dr. Carlos Alberto Mambrini

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JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br2 OUTUBRO/NOVEMBRO 2012

Márcio Alemany - Presidente

MENSAGEM DO PRESIDENTE

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br2 OUTUBRO/NOVEMBRO 2012

Enquanto não

obtivermos a

aprovação da PEC

nº 443, não pregaremos

o olho. Estamos no final

do ano e prosseguimos

na cobrança para que a

Comissão Especial se

reúna e a aprove. Todos

nos perguntam e

querem saber: o que

está faltando? Quando

sairá essa tão esperada

reunião? As eleições

municipais passaram, o

processo do mensalão

está chegando ao

término, a posse de Dr.

Joaquim Barbosa já

aconteceu com os

merecidos festejos e a

nossa PEC aguarda

ordem para

encaminhamento. Commuita euforiapoderemos dizer quepela primeira vezsentimos que a mesmajá está madura para suaaprovação. Nossorelator nos passaconfiança em seutrabalho está animado eobservamos seuinteresse no que diz edas dificuldades que temenfrentado, muitosobstáculos transpostos eacerto político para ofechamento da propostafinal. Construímos umaponte forte que liga anossa APAFERJ paraapressarmos o passo apasso. O ideal seriaconseguirmos lograr aaprovação neste mês denovembro e virarmos apágina paraprosseguirmos nosso

trabalho junto aosdemais parlamentares dabase aliada e daoposição. Mambrini deuimportante contribuiçãoao elaborar ummemorial já distribuídona Comissão e que serárepassado aos demaisparlamentares daCâmara e do Senado. Onosso hábito do corpo acorpo, panfletagem econstantes emailsesclarecem aimportância de nossaAdvocacia Pública.Nosso Jornal tem tidopenetração e alcance acada edição,sensibilizando e levandonossa argumentaçãonessa defesa. Sem a PECnº 443 aprovada,continuaremos a ser oceleiro de talentos paranutrir os quadros da

AVANÇOS, CONTORNOS EESTRATÉGIAS

Magistratura e doMinistério Público a cadanovo concursorealizado. Nossossubsídios cada vez maisperdem poderaquisitivo, vivemos umacompetição com direitosempre ao terceirolugar, o que nos tira oestímulo e acarreta osério risco deesmorecimento. OMPOG, o Ministério daFazenda e a Casa Civilsabem dessa dificuldadee é preciso queacordem e vejam comtodo interesse ainadiável aprovação daPEC nº 443. O nossoGoverno precisa terapenas uma atitudepolítica, requerendo esomando esforços paraque o Congressoresolva

favoravelmente,apressando essafundamental decisão,pois na verdade quemsai ainda ganhando é anossa Cidadania, é onosso povo vendo seusinteresses protegidospor nossa AdvocaciaPública, sempre altiva eeficiente na defesa denosso patrimôniopúblico e de todos osdemais interesses queenvolvem osprogramas sociais eeconômicos doGoverno. O adiamentoda aprovação da PECnº 443, por certo,acarreta o continuar daperda de nossosquadros, contribuindopara fragilizar nossaindelegável atuação nadefesa dos interessesjurídicos do Estado.

A Comiissão deConstituição, Justiça ede Cidadania (CCJC) daCâmara dos Deputadosaprovou no dia 27/11,por unanimidade, aPEC 452/2009, quetrata das prerrogativase funções da AdvocaciaPública Federal.Aaprovação da PEC 452representa importantevitória para a Advocacia

Pública Federal. Estaproposta, juntamentecom a PEC 443/09,pretende garantirtratamento isonômicoentre as FunçõesEssenciais à Justiçatanto na questãoremuneratória comoem estrutura eprerrogativas,conforme prevê aConstituição.As PECs

452 e 443 foramapresentadas em 2009como parte doMovimento Nacionalde Reforma daAdvocacia Pública,reunindo esforços dasentidades quecompõem o ForvmNacional da AdvocaciaPública Federal (Anajur– Anpaf – Anpprev –Apaferj – Apbc e

Sinprofaz), a Unafe, aAnauni, e asassociações querepresentam osProcuradores deEstado (Anape) e osProcuradoresMunicipais (Anpm).Asmatérias sãoconsideradasprioritárias para otrabalho do Forvm noCongresso Nacional,

assim como os projetosrelativos aoshonorários e à nova LeiOrgânica da AGU.Coma aprovação na CCJC, aproposta terá seumérito examinado porcomissão especial queainda será instituída. APEC 443/2009 tambémestá em análise demérito em comissãoespecial.

PEC 452/09 é aprovada na CCJC

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JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br 3OUTUBRO/NOVEMBRO 2012

Carlos Alberto MambriniDiretor da Apaferj

A ANPAF deu umademonstração deunidade e organização,

reunindo no seu XIIICongresso Nacional dosProcuradores Federais e XIVCurso Especial de Advocaciado Estado, os melhoresprofissionais da advocaciapública do Brasil.

Foi um espetáculo decultura e conhecimentojurídico produzido por umaplêiade de advogadosbrilhantes, estudiosos,competentes, que através dassuas palestras demonstraramque os Procuradores Federaisjá alcançaram um grau dematuridade e profissionalismomáximo exigidos para umacarreira do primeiro escalão.

Não adianta querer taparo sol com a peneira, somosuma profissão sedimentadaque por uma questão demérito e profissionalismo, nãodeve reivindicar direitosdifusos e sonhar comgratificações milaborantes esem base jurídica , à guisa demelhoria salarial. O governo jáfechou a questão, dando umreajuste salarial de 15,8% emtrês anos, a partir de 2013,que atinge todas as carreiras,inclusive a nossa.

Entretanto nos resta aPEC que se encontra naCâmara dos DeputadosFederais,na comissão especial,aguardando o nossoempenho. A emenda à

Constituição nº443/0-A, de2009, de iniciativa doDeputado Federal Bonifáciode Andrada, que já mereceuparecer favorável da AGU etem boa aceitação em todasas correntes políticas.

A Pec nº443/09 é muitoclara e atende as nossasespectativas ao estabelecerque o “ subsídio do grau ounível máximo das Carreiras daAdvocacia Geral da União,das Procuradorias dosEstados e do Distrito Federalcorresponderá a noventainteiros e vinte centésimospor cento do subsídio mensal, fixado para os Ministro deSupremo Tribunal Federal eos subsídios dos demaisintegrantes das respectivascategorias da estrutura daadvocacia pública serãofixados em lei e escalonados,não podendo a diferençaentre um e outro ser superiora dez por cento ou inferior acinco por cento do subsídiomensal fixados para osMinistros do SupremoTribunal Federal, obedecido,em qualquer caso, o dispostonos artigos 37,XI, e 39 § 4º”.

A bancada do Estado doRio de Janeiro é representadapor deputados titulares edois suplentes que estão comos seus nomes destacadosem negrito na lista atualizadaem 4/2012. Convém lembrarque o deputado AlessandroMollon já assumiucompromisso com a Apaferj.Presidente da Comissão:JOSÉ MENTOR (PT/SP)Relator: MAUROBENEVIDES (PMDB/CE).Membros Titulares:Suplentes: suplentes, queestão com os seus nomesdestacados em negrito nalista atualizada em 04/2012, aseguir transcrita.

ALESSANDRO MOLON(PT/RJ)LUIZ COUTO (PT/PB)AMAURI TEIXEIRA (PT/BA).NELSON PELLEGRINO(PT/BA)DECIO LIMA (PT/SC).POLICARPO (PT/DF)JOSÉ MENTOR (PT/SC).VICENTE CANDIDO (PT/SP)MANOEL JUNIOR (PMDB/PB).MARÇAL FILHO (PMDB/MS)MAURO BENEVIDES(PMDB /CE).NELSON BORNIER(PMDB/RJ)OSMAR SERRAGLIO(PMDB/PR)ROGERIO PENINHAMENDONÇA (PMDB/SC)WILSON FILHO (PMDB/CE) 1 vaga BONIFACIO DEANDRADA (PSDB/MG)ANDREIA ZITO (PSDB/RJ)OTAVIO LEITE (PSDB/RJ)ROMERO RODRIGUES(PSDB/PB)REINALDO AZAMBUJA(PSDB/MS) 1 VagaDILCEU SPERAFICO (PP/PR)ROBERTO BALESTRA (PP/GO)JERÔNIMO GOERGEN (PP/RS)VILSON COVATI (PP/RS)DAVI ALCOLUMBRE(DEM/AP)MENDONÇA PRADODEM/SE)ELI CORREA FILHO (DEM/SP) deputado do PSD ocupa avagaGORETE PEREIRA (PR/CE)

BERNARDO SANTANA DEVASCONCELOS (PR/MG)Deputado do PT do B ocupavagaLINCOLN PORTELA (PR/MG) VALADARES FILHO (PSB/SE)MAURO NAZIF (PSB/RO)VALTENIR PEREIRA (PSB/MT) 1 vagaVIEIRA DA CUNHA (PDT/RS)JOÃO DADO (PDT/SP)ARNALDO FARIA DE SÁ(PTB/SP)ANTONIO BRITO (PTB/BA)ANTÔNIA LÚCIA (PSC/AC)1 vagaJÔ MORAES (PC do B/MG)CHICO LOPES (PC do B /CE)CLEBER VERDE (PRB/MA)1 vagaFELIPE BORNIER (PSD/RJ)JULIO CESAR (PSD/PI)LOURIVAL MENDES (PT doB/MA) 1 vaga1 vaga (PV) (PPS)1 vaga

Concluindo, voltamos alembrar que o entãoConsultor Geral da União,Dr. Ronaldo Vieira Junior aoexaminar o projeto afirmou:“Não há violação a qualquercláusula pétrea e, portantona há inconstitucionalidadena PEC nº443/09”. E foimais além explicando que aquestão é de mérito. “ Oque se busca é algo da maisabsoluta razoabilidade,fixação de parâmetros paraa valorização das carreiras eatividades essenciais àJustiça”. O Advogado Geral

da União, Ministro LuisInácio Adams, aprovou oparecer que já foi remetidopara a Câmara dosDeputados Federais erelatado favoravelmentepelo Deputado FederalMauro Benevides.

Sendo assim, só falta aComissão Especial realizar asreuniões previstas para estetipo de Projeto, para votar afavor da aprovação da PECnº443/09, pois a assimetria ebaixa remuneração verificadanesta carreira típica de Estado,entidade altamente estratégicacomo a AGU, coloca em riscoesta importante atividade daRepública, que congrega osProcuradores da FazendaNacional, os ProcuradoresFederais, e os Advogados daUnião.

Para que isto do serealize se faz necessário umtrabalho intenso junto abancada do Rio de Janeiro naCâmara Federal, o que jácomeçou a ser feito. Mas épreciso muito mais. Estáfaltando a colaboraçãoindividual de cadaprocurador da APAFERJpara que o trabalho decorpo a corpo apresenteresultados que aceleram ostrabalhos no legislativo e aPec 443/09, seja aprovadano próximo ano ou nomáximo em 2014, para queem 2015 entre noorçamento, e quando opacto dos 15,8% estiversuperado, a assimetria jáesteja definida e fixadosautomaticamente os novosparâmetros para asatividades essenciais àjustiça.

Fora disso, como diziaSheakspeare, tudo nãopassa de um sonho numanoite de verão.

O Congresso de Florianópolis“Dove non c’è anche Il Ré perde”

Maquiavel - O príncipe

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JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br4 OUTUBRO/NOVEMBRO 2012

A Advocacia-Geral da União

(AGU) demonstrou, na Justiça,

que a decisão administrativa do

Departamento Nacional de

Infraestrutura de Transportes

(Dnit), que desclassificou uma

proposta da empresa Delta

Construções Ltda para serviços

de manutenção na BR-153, em

Minas Gerais, estava correta.

A empresa entrou com uma

ação com pedido anulação do

ato do DNIT, com o objetivo

de se manter na concorrência

pública para trabalhos de

manutenção, conservação e

recuperação na rodovia.

Mas a Procuradoria Federal

Especializada junto ao

Departamento (PFE/Dnit) e a

Procuradoria Federal no

Estado de Minas Gerais (PF/

MG) esclareceram que a Delta

foi desqualificada porque não

cumpriu as exigências do Edital.

As empresas concorrentes

deveriam apresentar proposta

de preços em forma de planilha

eletrônica. Nesta planilha

deveriam constar quadros com

resumos dos preços unitários,

parciais e totais para cada tipo

de tarefa. Isso permitiria à

Comissão de Licitação verificar

o somatório dos custos dos

itens.

Mas de acordo com os

procuradores da AGU, o que

se observou foi apresentação,

pela Delta, de planilha impressa

em papel sem a inclusão dos

quadros com o resumo dos

preços. A Advocacia-Geral

lembrou que uma planilha

contém centenas de

informações e que a soma ou

multiplicação de qualquer item

de forma errada, gera prejuízo

aos cofres públicos.

A AGU defendeu que a

Comissão de Licitação, ao

desclassificar a empresa por

descumprimento das regras do

Edital agiu de acordo com os

princípios da isonomia e

exigências do processo.

O caso foi analisado pelo Juiz

da 21ª Vara Federal de Belo

Horizonte que aceitou os

argumentos da AGU

reconhecendo que “não há

qualquer ilegalidade no ato de

exclusão da impetrante do

processo licitatório”.

O magistrado também

lembrou que uma decisão

judicial de junho deste ano

declarou a Delta Construções

S/A inidônea para contratar

com a Administração Pública,

salientando que “com a

publicação, restou evidenciada

a inexistência de seu direito

líquido e certo”.

A Advocacia Geral daUnião (AGU) impede, naJustiça, o pagamentoindevido de mais de R$ 18milhões referentes aconvênio firmando peloSistema Único de Saúdecom o Hospital Colônia RioBonito, no Rio de Janeiro.Os advogados da Uniãocomprovaram que já haviapassado o prazo decobrança do valor, ou seja,ocorreu a chamadaprescrição.

Segundo o Hospital, queé especializado emtratamento psiquiátrico, aquantia correspondia aoperíodo de janeiro de 2001até abril de 2009, acrescidade juros de mora ecorreção pela variação dataxa Selic. A Justiça deprimeiro grau chegou adeterminar que a Uniãoarcasse com o pagamento,mas os advogados da AGUrecorreram.

A Procuradoria Regionalda União na 2ª Região(PRU2) explicou que aUnião possui competênciaexclusiva para fixarunilateralmente aremuneração de serviçosconveniados de saúde, apartir de critérios que

compreendem tanto aremuneração quanto apossibilidade orçamentária,conforme a Lei 8.666/93.

Também de acordo com aAdvocacia-Geral, houvefalhas na sentença queaplicou índices da tabela deatualização de precatórios daJustiça Federal. As contasdeveriam ter sido feitasconsiderando os índices dacaderneta de poupança,conforme previsto Lei nº9.494/97, com a redaçãodada pela Lei nº 11.960, de2009.

Segundo o advogado daUnião, Murilo Stratz, “asentença de primeiro grauque condenou o erário apagar indevidamente quaseR$ 19 milhões gerou graverisco de multiplicação deações similares”.

O caso foi analisado pela6ª Turma Especializada doTribunal Regional Federal da2ª Região (TRF2) queacolheu integralmente adefesa da AGU e mandoususpender o pagamento.

O Hospital que entroucom a ação foi condenadoao pagamento dehonorários advocatícios novalor de 10% do valor dacausa.

AGU demonstra que foi corretaatuação do DNIT ao desclassificar

Delta Construções de licitação paramanutenção da BR 153 em MG

AGU evita pagamentoindevido de mais de R$ 18

milhões pela União a hospitalpsiquiátrico no RJ

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JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br 5OUTUBRO/NOVEMBRO 2012

Allam SoaresProcurador Federal

I

Há cerca de

quinze anos,

neste Jornal,

faço ponderações sobre

o critério de admissão

dos Ministros de nossos

dois Tribunais mais

importantes. A forma

de indicação e

aprovação desses

Ministros é vital para a

eficácia do Princípio da

Separação dos Poderes.

Aristóteles, em

Política, distinguiu as

faculdades de Governo

em: a Assembleia, o

Corpo dos Magistrados

e os Juízes. Em

Diálogo das Leis,

Platão condenou o

estabelecimento de

autoridade que

concentrasse diversos

poderes.

Foram, porém, os

juristas norte-

americanos que fizeram

a leitura moderna da

Teoria da Separação dos

Poderes, preservando a

independência e

harmonizando suas

funções, as quais se

auxiliam, recíproca e

independentemente, na

realização dos fins

estatais. “Check and

Balances” (freios e

contrapesos) a conduzira atuações harmônicas,porém, mutuamenterestringidas: oExecutivo com poderde veto; o Legislativopodendo derrubar vetospor dois terços e oJudiciário, independenteguardião constitucional,mas vinculado à forçadas leis. Registre-se quea Constituição deMassachusetts, em1780, dividia o poder, afim de que houvesse oGoverno de Leis e nãode Homens, comoThomas S. Nortonexplicitou em “AConstituição dosEstados Unidos”.

Muitos problemasatuais decorrem doExecutivo indicar oscomponentes doSuperior Tribunal deJustiça e do SupremoTribunal Federal.Quanto ao STJ, a LeiMaior, pelo menos,vincula essa escolha aum terço de Juízes,Advogados e membrosdo Ministério Público,mas, no que se refere àSuprema Corte, inexistetal vinculação, havendoa possibilidade denomeação de amigos,ex-ministros ecorreligionáriospolíticos, bastando quesejam aprovados peloSenado Federal. OPrincípio da Separaçãodos Poderes,harmonizado pelos“freios e contrapesos”,

não se coaduna comessa ingerência noPoder Judiciário.

Não se deduza dessaargumentação qualquercrítica aos ilustresintegrantes da SupremaCorte, mas o interessenacional em extinguirum resquício do antigoEstado Autocrático.Além disso, um critériode escolha que se cinjaao âmbito do Judiciário,impediria polêmicas quesurgiram ao ensejo derumoroso processoainda em tramitação noSupremo TribunalFederal.

O argumento deque, assim, grandes eexperimentadosprofissionais do direitonão poderiam integraresse tribunal nãoprocede. Hoje, taisadvogados não maisaceitam quaisquercargos efetivos noSetor Público, inclusivena SupremaMagistratura, já que ossubsídios de tais cargossão infinitamenteinferiores aos seushonorários.

A garantia daLiberdade, da Justiça eda Igualdade, direitosincluídos no Preâmbuloe no corpo daConstituição daRepública, está a exigirque a composição doscolendos STJ e STF sedê sem a interferênciado Poder Executivo,pois que separação é

essa quando ointegrante de um Poderescolhe os integrantesdo Outro (Judiciário) eos faz serem julgadospor um Terceiro Poder(Legislativo), onde tema maioria dos votos?

II

O que se vê,atualmente, em algunspaíses, inclusive daAmérica Latina, é atentativa, às vezes bemsucedida, de certosdirigentes de prolongarsuas permanências noPoder, escudando-seem grupos populistas ese legitimando combase em atos e leisdiscutíveis, quefacilitam suas eleições,possivelmentemanipuladas.

Outros paísestentam, através daocupação do aparelhodo Estado e de políticade alianças carente damínima ética, minar asresistênciasdemocráticas,aprovando legislaçõesambíguas e aliciandomaus políticos que, nafrase de Lillian Hellman,“moldam suasconsciências pelofigurino da época”.Assim, vão, pouco-a-pouco, caminhandopara implementar umprojeto de doutrinaçãoe hegemoniaideológica, o quesempre foicaracterística de

estados totalitários.Os gregos, em 510

aC, derrubaram oautocrata Hipuas. Issonão aconteceu pelodesejo de ocupar opoder do Estado, masporque, sempre que ospolíticos dominantestornavam-sedemasiadamentepoderosos e, porexemplo, tinham maisde seis mil votos, eramcompelidos a afastarem-se de Atenas por, nomínimo, dez anos. Talafastamento não podiaser considerado umexílio vergonhoso, já quevisava, tão-somente, queeles não ficassemtentados a prejudicar ademocracia grega.

Nossa democraciatem seus modernosinstrumentos, como aseleições e a Justiça.Quanto às primeiras,devemos atentar melhorpara os que têm fichaslimpas e boa conduta aolongo de suas vidas. Jáno que se refere àJustiça, precisamosimplementar váriasmedidas, entre elas areforma do sistemarecursal e a que susciteina primeira parte desteartigo.

É urgente!ALLAM SOARES

Procurador Federal

PS: Antecipo meusvotos de ótimo Natal eFeliz Ano Novo aoscolegas e suas famílias.

Questões Democráticas

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JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br6 OUTUBRO/NOVEMBRO 2012

Heráclito Fontoura

Sobral Pinto que nasceuem Barbacena-MG, em 5 denovembro de 1893 — emorreu no Rio de Janeiro-RJ,em 30 de novembro de1991, foi um juristabrasileiro, defensor dosdireitos humanos,especialmente durante aditadura do Estado Novo e aditadura militar instauradaem 1964.

Embora tenha iniciado suacarreira como advogado naárea de Direito Privado,acabou por se notabilizarcomo brilhante criminalistadefensor de perseguidospolíticos. Apesar de católicofervoroso (ia à missa todas asmanhãs), aceitou defender ocomunista Luís CarlosPrestes que fora preso apóso levante comunista de 1935.No caso do alemão HarryBerger, que também forapreso e severamentetorturado após o mesmolevante, Sobral Pinto exigiuao governo a aplicação doartigo 14 da Lei de Proteçãoaos Animais ao prisioneiro,fato bastante inusitado.Também granjeou renomequando defendeu oCopacabana Palace Hotelquando da inauguração deste.O Hotel tinha sido planejadopara ter sua inauguração em1922, ocasião do Centenárioda Independência do Brasil,mas isso se atrasou e ele foiinaugurado em 1924; nesseperíodo houve a primeiratentativa de boicote porparte do Governo Brasileiroaos jogos de azar nas

instituições dos Cassinos; afamília Guinle, proprietária doHotel, havia investido umafortuna no Cassino deste, enão poupou uma outrafortuna (R 5:000$000,00 -Cinco mil contos de réis)para contratar a brilhantemente jurídica do Dr.Heráclito Fontoura SobralPinto, o qual apresentou ailegitimidade da proibição, e,mor, os direitos da hoteleirosem ter um Cassino no Hotel.Tal foi o peso jurídico dessadefesa que a proibição foidemovida, e a licença aosCassinos, prorrogada.

No fim da carreira, recusouconvite do presidenteJuscelino Kubitschek deassumir o posto de ministro

do Supremo Tribunal Federal,para que não supusessem quesua defesa da posse dopresidente fosse movida porinteresse pessoal. Nacampanha pelas diretas, em1983, causou sensação aoparticipar do históricocomício da Candelária, edefender o restabelecimentodas eleições diretas para apresidência da República. Foitambém atuante nos trabalhosda Ordem dos Advogados efoi conselheiro do seu clubede coração, o AmericaFootball Club, do Rio deJaneiro.

Na fase da abertura politicaparticipou das Diretas Já.

Historias sobre Sobral

Pinto

Heráclito Fontoura SobralPinto talvez tenha sido omaior advogado brasileiro,superando mesmo o próprioRui Barbosa.

Na época do regime militar,defendeu muitos acusados desubversão. Tive o prazer decumprimentá-lo na Primeira

Auditoria do Exército, lá pelasbandas da Praça da República.

Homem sério, advogadobrilhante, orador com a vozfraca em virtude da idade, masnem por isso embaçada pelafalta do brilho, Sobral eracatólico fervoroso, quecomungava todos os dias naprimeira missa que era rezadaperto da sua casa.

Certa ocasião, um oficial-general teve a infelicidade dechamá-lo “comunista”, tal onúmero que ele defendia. Resposta imediata domestre:

- Comunista é a P.Q.P.Não foi preso nem

processado. Ficou por istomesmo, comprovando oditado que o povo gosta deusar: “quem fala o que quer,escuta o que não quer” . Mais. Sobral eraextremamente educado e opalavrão não fazia parte dasua fala diária.

Mais uma de Sobral

Durante o regime militar,Sobral foi ‘preso’ algumas

Cem Anos de Sobral Pinto“O primeiro e mais

fundamental dever

do advogado é ser o

juiz inicial da causa

que lhe levam para

patrocinar. Incumbe-

lhe, antes de tudo,

examinar

minuciosamente a

hipótese para ver se

ela é realmente

defensável em face

dos preceitos da

justiça. Só depois de

que eu me convenço

de que a justiça está

com a parte que me

procura é que me

ponho à sua

disposição”.

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vezes.Digo ‘preso’, mas a palavra

certa é constrangido pelosmilitares a dar umdepoimento, coisa que ovalha. Contra ele mesmo,nada.

Muito bem. Depoisde ter sido carregado à força,de pijama, para prestar umdestes depoimentos, quandoo fato surgiu nas manchetesfoi um escândalo. O velhojurista tinha mais de setentaanos, e era o maior advogadodo Brasil.

O presidente era Costa eSilva. Queria ter umaconversa particular comSobral Pinto.

Escolheram um coronel doExército, homem esclarecidoe educado para cumprir amissão.

Tocaram a campainha. Sobral demorou um pouco. Tocaram outra vez. E láapareceu, com um livro namão e de pijama, o advogadofamoso.

- Doutor Sobral, opresidente quer falar com osenhor.

- Presidente? Quepresidente?

- O general Costa e Silva.- Não tenho nenhum

assunto a tratar com ele. Não vou.

- Mas doutor, é opresidente da República!

- Já disse que não vou. Sóse for preso.

O coronel era realmenteeducado, escolheram ohomem certo. Sobralaceitava um diálogo, masconversa mesmo. Imposição,nunca. Sabedor disso, ocoronel ponderou com omestre.

- Doutor, não me obrigue,

Rocinha

Momento Literário

A Morte da minha MãeNa cama de hospital o corpo exangue,Os olhos baços, a boca ressecada,Ferve-me o cérebro, arde-me o sangue,E impotente contemplo a mãe amada.Vejo o meu pai, tristonho e alquebrado,Minhas irmãs choram bem baixinho.O soluço, na garganta, estrangulado,Fiz em mamãe o último carinho.– Morreu – disse-me o médico, compungido,E eu fixei o rosto tão querido,A vislumbrar a sombra de um sorriso.Fiquei, por um momento, estarrecido,Mas depois percebi o acontecido:Minha mãe já chegara ao Paraíso!

R. Robinson S. Junior

***

por favor, a usar a força. Não é o meu feitio. Iria mesentir muito mal carregandoo senhor de pijama, faça agentileza de meacompanhar. Estoucumprindo ordens. Nãoestou prendendo nemintimando o senhor, só queroque me acompanhe.

- Ah! Então mudou. Comlicença, vou vestir-me. Masnão vou a Brasília não!

- O presidente está noPalácio Guanabara. Etraremos o senhor de voltapara casa.

Sobral foi. O assuntotratado entre ele e Costa eSilva está guardado em doistúmulos.

Outra do mestre Sobral

No famoso comício daCinelândia, pelas “Diretas Já”,o palanque estava formadopela nata da sociedadebrasileira. O comandante eraUlysses Guimarães, DeputadoFederal que esteve sempre àfrente do movimento.

Discursaram muitosfamosos. A praça estavasuperlotada. O último a sepronunciar foi o velhoadvogado Sobral Pinto, já comvoz bastante envelhecida, masnem por isso fraca ou nãoconvincente.

Terminou citando artigomáximo da antigaConstituição Brasileira:

- “Todo o poder emana dopovo, e em seu nome seráexercido”.

Quem passa até hoje naCinelândia, se prestaratenção, escuta as palmas queo tempo conserva.

Autor: Jorge Cortás Sader Filho

Sábado de manhã: encontro com alunos.nosso destino comum-a favela da RocinhaO passeio pelosbecos e vielasCortiços mal iluminados,rodeados por lixoe esgotoImagens dolorosas.Depois as entrevistasNão, os moradores delá.não estavam à vontade.O medo

visívelnos seus olhosUma “cidade” dentroda cidade maravilhosa,desprovidade dignidade humanaA Rocinha realconhecidano seu âmagoO encontroda academiacom a realidade social

Rodrigo Lychowski -Procurador Federal

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JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br8 OUTUBRO/NOVEMBRO 2012

O livro “Gas and OilReliability Engineer: Modelingand Analysis” tem comoobjetivo demonstrar aaplicação de tais técnicasaplicadas a casos reais daindústria de petróleo,possibilitando ao leitor oentendimento das técnicas,criando a possibilidade de suaaplicação na indústria doPetróleo e demais indústrias.O livro foi desenvolvido peloDr Eduardo Calixto, formadoem Engenharia de Produçãopela Universidade FederalFluminense, Mestre emSistema de Gestão deSegurança do Trabalho pela

UniversidadeFederalFluminenseem 2003 eDoutor emPlanejamentoAmbientalpeloPrograma dePlanejamentoEnergético daUniversidadeFederal do Riode Janeiro(Coppe) naárea depesquisaAnálise de Riscos Ambientaisem 2011. Professor da

disciplina deGerenciamentode Risco naPontifíciaUniversidadeCatólica doRio de Janeirono Curso deEspecializaçãoe Engenhariade Segurançade 2009 à2011,trabalhoucomoEngenheirode Produção

na Vale de 2001 à 2003,Engenheiro de Produção na

Desembargador Jorge Uchoa tem homenagem no IMBO Instituto dos Magistrados doBrasil realizou no dia 2 dedezembro de 2011, em suasede, na Rua Dom Manuel, 29,conjunto 113, prédio do Museuda Justiça do Estado do Rio deJaneiro, cerimônia dehomenagem ao seu Presidente,no momento licenciado pormotivo de saúde,Desembargador Jorge Uchoade Mendonça, com a Medalhado Mérito Cultural daMagistratura. Na cerimônia, oDesembargador Roberto deSouza Côrtes, 2° Vice-Presidente do IMB, lembrou dasrealizações da gestão doDesembargador Jorge Uchoa:informatização do IMB, olançamento do site daInstituição, a revista “In Verbis”,entre tantos outros projetos desucesso. Nesta mesmacerimônia, também recebeu aMedalha do Mérito Cultural oProcurador Federal, Vice-

Presidente Nacional deAssuntos Governamentais daAssociação Nacional dosProcuradores Federais, eAdjunto da Presidência daANPAF em Brasília (DF),Givaldo Rosa Dias, entreguepelo Desembargador JorgeUchoa.. Autoridades e familiaresdos homenageados prestigiaramo evento.

Na foto maior: Juiz de Direito Magno Alves Dias, Des. José Roberto Lagranha

Távora; Procurador Federal Givaldo Rosa Dias e esposa; Des. Jorge Uchoa

e esposa; Des. Roberto de Souza Cortes e Des. Roberto Guimarães. Acima:

Des. Uchoa e esposa; Procurador Federal Givaldo Rosa Dias e esposa.

Dr. Eduardo Calixto lança livro na AlemanhaPetrobras de 2004 à 2011,Consultor em Engenharia deConfiabilidade na EmpresaReliasoft Corporation em2011. Dedicou-se aEngenharia de confiabilidadenos últimos dez anos.Atualmente trabalha naEmpresa Bombardier naAlemanha onde aplica diversastécnicas de Engenharia deconfiabilidade para projetosde trens na Alemanha.

O Dr. Eduardo Calixto éfilho da Dra. Maria AuxiliadoraCalixto, DiretoraAdministrativa Adjunta daAPAFERJ, e do Dr. JoséArimatéia Calixto.

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JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br 9OUTUBRO/NOVEMBRO 2012

Aconteceu entre os dias 7 e 9 de novem-bro, em Florianópolis, o XIII Congresso Na-cional dos Procuradores Federais (CONPAF),promovido pela ANPAF e APAFERJ. Abriram oevento o presidente da ANPAF, RogérioMachado Filomeno e o Procurador-GeralFederal, Marcelo de Siqueira Freitas. Asolenidade ocorreu no auditório do MajesticPalace Hotel e contou com a presença de maisde 400 pessoas. O tema central desteCONPAF é “Procurador Federal – Ajudando aConstruir o Brasil com Segurança Jurídica”.

Rogério Filomeno Machado agradeceu apresença de todos os participantes e dosmembros que compuseram a mesa. Ele abriuos trabalhos falando dos diversos papéis daAdvocacia-Geral da União (AGU). “A AGUcolabora de forma significa na construção daspolíticas públicas e das ações governamentaiscapazes de promover, dentre outrasconquistas, a redução das desigualdades nonosso país”, disse. Segundo Filomeno, a AGU étambém o braço jurídico dos órgãos decontrole da Administração Federal no combateà corrupção. Nesse sentido, de acordo com opresidente, o CONPAF é um momentoimportantíssimo para discutir assuntosrelevantes que proporcionarão uma visão econhecimento dos assuntos afetos a AdvocaciaPública Federal.

Em seguida, o Procurador Geral Federal,Marcelo de Siqueira Freitas, representante doministro da AGU, Luís Inácio Adams, proferiu aPalestra Magna do evento sobre “A AdvocaciaPública na Consolidação das Políticas Públicas ena Governança do Estado”. Freitas ressaltouque a Constituição Federal definiu para osAdvogados Públicos uma função todadiferenciada e especial e explicou suas funções.“Para além de auxiliar o Poder Judiciário, nóstemos o papel de agregar a àquelas PoliticasPúblicas que são definidas pelos governanteseleitos a cada 4 anos, Segurança Jurídica, que éum dos valores mais caros que a ConstituiçãoFederal tem para execução de um EstadoDemocrático moderno”, afirmou. O PGF faloutambém sobre a Lei Complementar enviadaeste ano ao Congresso Nacional e aimportância da participação de todos osAdvogados Públicos nessa discussão.

APAFERJ presente no XIII CONPAF O Conselheiro da OAB, Waltoir

Menegotto, que representou o presidente daOAB Nacional, Ophir Cavalcante Jr, citou aimportância da atuação dos ProcuradoresFederais, que prestam serviços através dopoder da União. “Esse Congresso é a prova deque a ANPAF está apontada para o sucessopois essas discussões mostram que todosestão juntos para debater e tomar decisõesjustas para a sociedade”, afirmou.

Homenagens Após a palestra, foram entregues as

medalhas Santiago Dantas às personalidadescom atuação relevante em prol da AdvocaciaPública Federal. Os condecorados deste anoforam o Governador de Santa Catarina, JoãoRaimundo Colombo, o ex-Senador daRepública, Jorge Konder Bornhausen, o ex-Ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ),Paulo Gallotti, o Ministro do STJ, Jorge Mussi, orepresen-tante da ANPAF/SC, Roberto RitterVon Jelita, o Secretário de Regulação e Super-visão da Educação Superior do MEC, JorgeRodrigo Araújo Messias, o Presidente doForum Nacional da Advocacia Pública Federal,Allan Titonelli Nunes, o ProcuradorFederalDarci Mendonça, o Deputado Federal, SérgioBarradas Carneiro e os diretores daAssociação dos Procuradores Federais doEstado do Rio de Janeiro (APAFERJ), FernandoFerreira de Mello e Carlos Alberto Mambrini.

A mesa de abertura foi composta pelopresidente da ANPAF, Rogério Filomeno,presidente da APAFERJ, José MárcioAlemany, Procurador Geral Federal, Marcelode Siqueira Freitas, Procurador Geral doEstado de Santa Catarina, João Martins,representando o Governador de SantaCatarina, o Ministro do Superior Tribunal deJustiça (STJ), Jorge Mussi, o Conselheiro daOrdem dos Advogados do Brasil (OAB/SC),Waltoir Menegotto, Secretário de Segurançade Santa Catarina, César Grubba, ex-Senadorda República, Jorge Bornhausen, Maria ClaraSchneider, reitora do Instituto Federal deSanta Catarina e presidente do ForvmNacional da Advocacia Pública, AllanTitonelli.

fonte: anpaf.com.br

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Mais flashes do XIII CO

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ONPAF em Florianópolis

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JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br12 OUTUBRO/NOVEMBRO 2012

A Advocacia-Geral daUnião (AGU) entrou com umaAção Civil Pública (ACP)contra o Estado do RioGrande do Norte para queseja garantido o acesso dapopulação a medicamentosfornecidos pelo Sistema Únicode Saúde (SUS). A AGUtambém quer que o Governodo Estado crie um canal dedivulgação que facilite o acessodas pessoas às informaçõesrelacionadas ao abastecimentode remédios.

A ação foi protocoladaporque, nos últimos meses, osadvogados da Uniãoconstaram o surgimento devários processos nos quais sesolicitavam a concessão demedicamentos que deveriamser entregues gratuitamente àpopulação pelo Estado, umavez que faziam parte da listado SUS.

De acordo com a AGU,

essa situação foi ocasionadapela morosidade na abertura eencerramento das licitações epela falta de planejamento dagestão da saúde local.Aproximadamente 38medicamentos consideradosessenciais à população faltaramnas farmácias e postos.

A Advocacia-Geral pediuurgência no abastecimento darede, especialmente dosremédios que fazem parte doComponente Especializado daAssistência Farmacêutica(CEAF). Os advogados daUnião também ressaltaramque é de fundamentalimportância a divulgação dalista dos remédios gratuitos nosite www.saude.rn.gov.br enos pontos de distribuição.

Essa é uma das primeirasações no Brasil que solicita adivulgação oficial da situaçãodo abastecimento da rede doSUS, com base na Lei de

Acesso à Informação (LAI) (Lei12.527/2011) que entrou emvigor em maio. Pelo artigo 8ºda LAI “é dever dos órgãos eentidades públicas promover,independentemente derequerimentos, a divulgaçãoem local de fácil acesso, noâmbito de suas competências,de informações de interessecoletivo ou geral por elesproduzidas ou custodiadas”.

“No caso do RN, osmedicamentos que não estãosendo encontrados nos postossão de custo mais elevado e asua ausência prejudica a saúdede várias pessoas. Estãoincluídos na lista, por exemplo,remédios imunossupressores,que evitam a rejeição deórgãos transplantados, além demedicamentos psiquiátricos”,explica Carolina Bulhosa eSouza Nunes, Procuradora-Chefe da União no Rio Grandedo Norte.

Liminar - O pedido da AGUfoi analisado pela Juíza da 4ªVara Federal de Natal quedeterminou ao Governo doEstado a adoção de medidaspara reabastecer a rede dedistribuição de medicamentosno prazo de 60 dias, sob penade multa.

A Justiça também acolheu opedido da AGU quanto aindicação e divulgação àpopulação dos medicamentosoferecidos gratuitamente e osrespectivos estoques comprevisão de chegada no caso defalta.

“De agora em diante, ocidadão e a sociedade civilterão como fazer umacompanhamento diário acercada disponibilização dosmedicamentos adquiridos peloEstado e entregues àpopulação”, destacou aprocurada da União CarolinaBulhosa.

Ação da AGU no RN garante acesso da população a medicamentos

do SUS e à informação sobre abastecimento de farmácias públicas

A Advocacia-Geral daUnião (AGU) assegurou, naJustiça, uso de pregãoeletrônico peloDepartamento Nacional deInfraestrutura de Transportespara contratação de empresapara substituição do sistemacentral de condicionamentode ar, ventilação e exaustãona sede do órgão em Brasília.

O Sindicato Nacional dasEmpresas de Arquitetura eEngenharia Consultiva tentoususpender o pregão realizado

pelo Dnit para elaboração deprojetos comuns deengenharia. Em um primeiromomento, a Justiça de primeirainstância considerou incabível autilização de pregão paracontratação desses serviços.

Porém, a ProcuradoriaRegional Federal da 1ª Região(PRF1) e a ProcuradoriaFederal Especializada junto aoDepartamento (PFE/Dnit)recorreram da sentençadefendendo ser cabível o usodo pregão como modalidade

Procuradorias asseguram uso de pregão eletrônico paracontratação de serviços de engenharia no Dnit em Brasília

de licitação para contratação deserviços comuns de engenharia.

De acordo com osprocuradores federais, o Tribunalde Contas da União consolidou oentendimento segundo o qual ouso do pregão nas contrataçõesde serviços comuns deengenharia encontra amparo naLei nº 10.520/2002, o quepermite afirmar que existem sim,serviços de engenharia quepodem ser consideradoscomuns, a critério dos estudosrealizados pela Administração.

A AGU reforçou quesuspender o pregão poderiaprejudicar os serviços, umavez que a verba liberadapoderia ser perdida, caso nãofosse utilizada, além dedificultar as atividades dentrodo próprio Dnit.

O Tribunal RegionalFederal da Primeira Regiãoacolheu os argumentos daAGU e concordou com atese de utilizar o pregão paraexecução de serviçoscomuns de engenharia.

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JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br 13OUTUBRO/NOVEMBRO 2012

Antonio C. Calmon N. da GamaDiretor de Divulgação daAPAFERJ

Fatos . Fatos . Fatos . Fatos . Fatos .Fatos . Fatos . Fatos . Fatos . Fatos .Pensamento Momento

Literário

NATALJá estamos nosaproximando da festanatalina promovida pelaAPAFERJ. Este anoacontecerá no dia 7 deDezembro, norestaurante Real Astoriaem Botafogo econtaremos com abanda Weive alem de DJpara animar ainda mais anossa confraternização.Maiores informaçõescom a nossa SecretáriaJeane. Os convites já

estão à venda na nossasede, rua Álvaro Alvim21 – 2º andar Cinelândia.

XIII CONPAF 1Estão de parabéns osorganizadores do XIIICongresso Nacional dosProcuradores Federais,realizado nos dias 7 a 9de novembro, na cidadede Florianópolis emSanta Catarina, no hotelMajestic Palace ondeforam ministradas aspalestras. A APAFERJ

prestigiou o conclave,com a presença de seusdiretores e associados.

XIII CONPAF 2Os temas escolhidosforam atuais e deinteresse geral para aadvocacia pública, entreos quais citamos: Onovo Código forestal eseus reflexos nodesenvolvimentosustentável; O novocódigo de Processo Civile as repercussões naAdvocacia Pública eRegime Diferenciado deContratações Públicas –RDC.

PROJETOELETRÔNICOA Advocacia-Geral daUnião participou, em

Vitória (ES), dolançamento do projeto-piloto de justificaçãoAdministrativaEletrônica, desenvolvidopela Agência daPrevidência Social.Pretende-se com oprojeto suprir falta ouinsuficiência dedocumento de interessedo beneficiário junto aoINSS. O objetivo maiorna sua implantação éalcançar entre outrosbenefícios a redução dedemandas judiciais esignificativa diminuiçãono tempo deprocessamento dejustificaçãoadministrativa.

TANGOS &BOLEROSQuem já estacompletando ooctagésimo showtangos e boleros, é onosso colega WagnerCavalcanti, asapresentações todas asquartas feiras às 21:30hs,na casa de shows“PANORAMA” na ruaJoão Lira 95-19º andar –Leblon. Reserve seulugar com antecedênciapelos telefones:99657453 ou 22569505.Está de parabéns ocantor pelas noites decultura musical.

“A total ausência de

senso de humor

torna a vida

impossível”

Colette

SONETO V

Imaginai um misto

de alvoradas

Assim com uns

vagos longes de

falena,

Ou mesmo uns

quês suaves de

açucena

C’os magos

prantos bons das

madrugadas!...

Imaginai mil cousas

encantadas... O

tímido dulçor da

tarde amena,

As esquisitas graças

de uma Helena, As

vaporosas noites

estreladas...

Que encontrareis

então em Julieta

O tipo são, fiel da

Georgeta

Nos dois brilhantes,

primorosos atos!...

E sentireis um

fluido magnético

Trêmulo, nervoso,

mórbido, patético,

Bem como a voz

dos langues

psicattos!...

Cruz e Souza

Flash

XIII CONPAF em Florianópolis

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JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br14 OUTUBRO/NOVEMBRO 2012

Carmen Lucia VieiraRamos LimaProcuradora Federal

Reflexões:

Nós brasileiros,

somos cidadãosoriundos de uma

época colonial, queabasteceu a Europa com

riquezas, durante 3

séculos. Grande parte do

continente europeu se

privilegiou de tantas

benesses, tendo ainda o

Brasil pago dívida de

terceiro pela sua

Independência.

O Brasil paga as suas

dívidas. Nós, da Advocacia

Pública, acreditamos

neste compromisso de

Estado. Hoje o País é

credor do FMI, dos EUA

(quem diria?) etc. Um Paísaltaneiro realça suas

virtudes, seus aliados,

revigora seus quadros,

chama à razão osdescompromissados e

ratifica direitos deparceiros fiéis.

Embora muitos

duvidem, temos memória

e somos generosos. Sergeneroso não é sinônimo

de ser perdulário. AEuropa, já citada, cujos

cidadãos e súditospassaram por tantas

guerras, orgulha-se deseus cidadãos e súditos

disciplinados e com

autoestima. Entretanto,

alguns de seus países estãoendividados e em grave

situação político-econômico-social. Osmaiores empreendores deguerras contemporâneas,em nome da Paz Mundial -os EUA - amargam sériosproblemas deendividamento,o quehumilha os seus cidadãos,os quais sempre se viramcomo modelos de vidapara os outros países daTerra.Porém,mesmoassim, os americanos dosEUA entendem que asinstituições econômico-financeiras devemcontinuar influenciandopreponderantemente asituação político-institucional, razão deterem seu baluarte noconforto da existência doseu tipo característico deeconomia de mercado ede suas instituiçõesfinanceiras.O advento dacrise de 2008 paralisouessa sociedade e aindagalopa pelo seu espaçogeográfico e de relaçõessociais, destruindo a suapirâmide social, comgrande concentração derenda.

O Brasil entrou emeuforia com a ascensãoda classe C e melhoriaspara a classe D e E.Estimulou o consumo,propiciou programaspopulares, pagou dívidas,contraiu compromissos,contratou grandes obrasnacionais consideradasnecessárias não só paraa Copa do Mundo/2014e Olimpíadas/2016, mas

também para o própriodesenvolvimentoeconômico-social doPaís. Entretanto, talvez apopulação tenha ficadodesacorçoada comtamanha atividade. Ésabido que a debilidadedo sistema educacionalbrasileiro, comoqualificador de mão-de-obra, é fator deestagnação, no quetange à compreensão,acompanhamento einserção de contingentesde recursos humanosnos grandes projetos emdesenvolvimento,propiciadores deemprego de mão-de-obra mais qualificada, acurto, médio e longoprazos. Somospossuidores de culturaprópria, mestiça,peculiar, riquíssima, compossibilidade deestimular a criatividadedo nosso povo,envolvendo-o com suaspróprias metas,facilitando caminhos paraempregar técnicosbrasileiros no Brasil,aproveitando nossosvalores, nossoscérebros, propiciando-lhes conhecimento. Paraisto, basta que aEducação sejaprivilegiada, garantida,motivada, com fontes derecursoscompromissados com oEstado e a Sociedade.Esta parceria é vital.Aopovo o que é seu.Não

há como desvincularrazões e atitudes dos 3Poderes no afã de tornarviável o Brasil comogrande potência futuranos campos daEconomia, Ciência eTecnologia, dentro domodelo de economia demercado do País.

Será que estamosfazendo o dever de casa?Vale ressaltar que paísesora dito falidos, já tiveramvárias oportunidades deorganizar suas riquezas,instituições, vivenciar seusvalores, de acordo comsua economia de mercado.Chegou a nossa vez. Aoportunidade está aí e senão a aproveitarmosseremos mais um dessespaíses que achavam que asolidez era um elementoincapaz de se desfazer noar. Caso optemos poracreditar em umaeconomia baseadasomente no consumo,sem acreditarmos emcontinuar investindo naEducação e naInfraestrutura, nanecessidade do equilíbriodas contas, em devidaadequação tributária,dando ênfase a uma justadistribuição de riquezas,observando salários justos,lembrando que sem poderde compra não se compranada e o bolso nãocomporta fazerempréstimos sobreempréstimos...repensemos. E pensemoscom bastante tirocínio,

Cidadãos/Instituições/ Mercado -Os temas do Título

deste Artigo podemter consistência, vida,se individualizados?-A interação entre elesé opcional ounecessária nocontexto republicano?-Cada um dos TrêsPoderesConstitucionais pode,independentemente,atuar sobre 1 ou 2 dostemas referidos, semafetar os 3 temassimultaneamente?-Cidadãos ou súditos.Qual a melhorsituação?-Economia demercado/ Sociedadede mercado: sãosituações opostas?-Há indícios deretomada de valoresantigos ou crença naformação de novosvalores para uma novaera emergente de umcaos global?

com justiça, sem desvarios,sem desavenças, semrevanches, a fim dealcançarmos para cadacidadão a satisfação que elebusca e espera dasinstituições nacionais e nãoum retorno àsubalternidade, ao controleexercido por instituiçõesinternacionais, dentre elaso FMI, como exemplo.Somos RepúblicaDemocrática eprecisamos de todos nassuas devidas posições,ganhando o que é seu porDireito e Justiça.Avancemos.

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JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br 15OUTUBRO/NOVEMBRO 2012

JosÈ Salvador Iorio

Procurador Federal

Difícil o dia-a-dia da

família brasileira,

frente a obstáculos

a serem superados, para

que possam dar uma

educação apropriada a

seus filhos.

Nossos jovens estão ás

portas das Universidades,

na tentativa de ingressarem

em uma Faculdade Pública,

e concretizar seus sonhos

de uma formação superior,

com o olhar fixo em seu

horizonte de esperanças,

por um futuro mais

promissor.

A verdade é que muitos

não entrarão na Faculdade,

face ao insuficiente

numero de vagas, para que

possa a todos alcançar.

O ENEM, com vistas a

2013, nas provas realizadas

em novembro, tem cinco

milhões e seiscentos mil,

inscritos. PARA

QUANTOS TEREMOS

VAGAS?

Hoje, nossos jovens

estudantes terminam o

Ensino Médio, sem

qualquer formação

profissional. Como seria

importante, que essa

formação profissional

também estivesse entre as

matérias obrigatórias.

Assim, ao terminarem seus

estudos, estariam também

com conhecimento

profissional e técnico.Possivelmente se isso forfeito, estaremos invertendoo que hoje se vê, ou seja,alternativa única da buscapelo Ensino Superior, pois,como se dirigir ao Mercadode Trabalho sem umahabilitação?

Nosso Mercado deTrabalho tem umacrescente procura deprofissionais. Falta emnosso Mercado, mão-de-obra especializada e detécnicos para atender ademanda. Essa necessidadesó tenderá a crescer,como apontam os estudos,face às perspectivas denosso progresso ecrescimento: assim, nossosjovens se vêm alijadosdesse Mercado por nãodispor dessa formação.

O Mercado de Trabalhoprecisa urgentemente detécnicos, para atender àprocura crescente dasempresas brasileiras e dasque vêm se instalando noPaís. Acredito que nossasautoridades já têm estudosa respeito. Vitorioso será omomento quando tivermosnossos jovens estudantes,ao terminar o EnsinoMédio, além de habilitadospara ingressar nasFaculdades, tambémprontos para o Mercado deTrabalho, com formaçãotécnica e profissionaladequada.

O Governo Brasileiro,ao instituir o sistema decota nas UniversidadesFederais, passou a reservarvagas para atender aos quese enquadram comoCOTISTAS. Foi a maneiraimediata e mais rápida

encontrada para inverter oque até então se via: osjovens pertencentes àsclasses menos favorecidas,por diversos fatores, seviam alijados da formaçãoprofissional de nívelSuperior.

Evidente que com essa areserva de vagas para osCOTISTAS, reduziram-seas vagas nas Universidadespara os NÃO COTISTAS.Se anteriormente era difícilconseguir ingressar em umaFaculdade Pública, maisdifícil se tornou esseacesso, face a essalimitação.

As UniversidadesParticulares, até entãoevitadas, passaram a seruma possibilidade a serconsiderada. A bem daverdade, temos uma visãoerrada do poder aquisitivodas famílias dos NÃOCOTISTAS. O orçamentofamiliar destes não temcomo assumir o pagamentodas mensalidades nessasFaculdades, semcomprometer mais dequarenta por cento do seupoder aquisitivo. Ao tentara Faculdade Particular ofazem fortalecidos naesperança, de uma vaga noFIES ou FinanciamentoEducativo da própriafaculdade. Só assim poderápensar em ali permanecer.

Formar um filho naUniversidade Pública é bemdiferente de ter um filhoem uma UniversidadeParticular. O espectro doselevados custos, nasparticulares, sempre se fazpresente, face aos valoresdas mensalidades somadosàs despesas da manutenção.

Quando falamos emnossos JovensUniversitários, estamosfalando em Cultura, emFuturo. Serão eles que irãocomandar a Nação equanto mais preparadosforem, mais seguros ecertos o progresso e ocrescimento, pois, elaprogride com esses jovens,que lutam, e a duras penasconseguem vencer em seusestudos. Importante o seusucesso para que possamosvibrar junto com eles.

Exemplo dessaperseverança e de luta porum ideal é o de uma

jovem viúva, com a

responsabilidade total

pela manutenção sua e

dos três filhos. Os dois

mais novos cursam o lº e

2º ano do Ensino Médio,

e sonham se ver em uma

Universidade.

O 3º filho, por não ter

conseguido entrar para

uma Faculdade Pública,

prestou vestibular para

uma particular,

passando para a

Faculdade de Medicina

de Petrópolis entre os

30 primeiros. O primeiro

ano letivo está sendo

realizado à custa de

muito sacrifício, pois já

encontrou fechadas as

inscrições para o FIES e

Financiamento

Educativo. A mãe

assumiu o pagamento

das mensalidades, deste

primeiro ano letivo, para

poder em 2013 tentar o

Financiamento

Educacional, e para isso

vendeu seu carro, fez

empréstimo e usou suas

reservas, para poder

pagar a mensalidade de

três mil e trezentos

reais, e mais a

manutenção.

Acredito que essesestudantes - NÃOCOTISTAS, em condiçãosemelhante, têm deencontrar atenção denossas autoridades epolíticos, para que possamreceber apoio, e, assim,concluir seus estudos, semos riscos de sucumbir sobo peso dessa obrigaçãofinanceira, obrigando-ostrancar a matrícula.

Oportuno lembrar

que o ressarcimento

desses Financiamentos

que se seguem depois de

formados poderia ser de

forma mais suave a ser

pago com o seu trabalho,

na área da saúde em

Hospitais, Postos Saúde

nas Escolas Públicas etc.

Cobriria lacunas que

hoje presenciamos e que

são alvo de constantes

cobranças, sem outros

custos.

Ampliar o número de

participantes no FIES,

seria outra forma de

permitir que mais jovens

ingressassem no Ensino

Superior.

Na certeza de quenossas autoridadesentenderão que assugestões contidas nestetexto traduzem o firmedesejo de colaboração, porparte de um cidadão comoito décadas de vida e que,apesar da senectude, aindasonha com um Brasilpróspero, justo eacolhedor para os netosque tem e para os netos deoutros brasileiros.

Educação - Cotistas e não Cotistas

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JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br16 OUTUBRO/NOVEMBRO 2012

Aniversariantes do mês de outubroAniversariantes do mês de outubroAniversariantes do mês de outubroAniversariantes do mês de outubroAniversariantes do mês de outubroDra. Solange S.

Reis, Dra. Léa

Pontes Castello

Branco, Dra.

Auxiliadora Calixto

e Dr. Luiz Carlos

de Araújo, cortam

o bolo e recebem

os cumprimentos

dos colegas.

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JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br 17OUTUBRO/NOVEMBRO 2012

Aniversariantes do mês de novembroAniversariantes do mês de novembroAniversariantes do mês de novembroAniversariantes do mês de novembroAniversariantes do mês de novembro

Clima de confraternização

e alegria entre os colegas,

para comemorar com os aniversariantes do mês.

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JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br18 OUTUBRO/NOVEMBRO 2012

D I R E T O R I A

PRESIDENTEJosé Marcio Araujo de AlemanyVICE-PRESIDENTERosemiro Robinson Silva JuniorDIRETOR ADMINISTRATIVOMiguel Carlos Melgaço PaschoalDIRETOR ADMINISTRATIVOADJUNTOMaria Auxiliadora CalixtoDIRETOR FINANCEIROFernando Ferreira de MelloDIRETOR FINANCEIROADJUNTODudley de Barros Barreto FilhoDIRETOR JURÍDICOHélio ArrudaDIRETOR CULTURALCarlos Alberto MambriniDIRETOR DE COMUNICAÇÃOe DIRETOR SOCIAL AD HOCAntonio Carlos Calmon N. daGamaDIRETOR DE PATRIMÔNIORosa Maria Rodrigues Motta

CONSELHO

DELIBERATIVO NATOS:

1. Wagner Calvalcanti deAlbuquerque2. Rosemiro Robinson Silva Junior3. Hugo Fernandes

A P A F E R JRua Álvaro Alvim, 21/2º andar CEP: 20031-010

Centro - Rio de Janeiro - Sede Própriae-mail: [email protected]

portal: www.apaferj.org.brTel/Fax: (21)2532-0747 / 2240-2420 / 2524-6729

Jornal da APAFERJEditor Responsável: Carlos Alberto Pereira de AraújoReg. Prof.: 16.783Corpo Editorial: Antonio Calmon da Gama, Carlos AlbertoMambrini, Fernando Ferreira de Mello, Miguel Carlos Paschoal,Rosemiro Robinson Silva Junior.Supervisão Geral: José Márcio Araújo de AlemanyEditoração e Arte: Jane Fonseca - [email protected]ão: WalPrintTiragem: 2.000 exemplares

Distribuição mensal gratuita.

Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade

dos autores

TITULARES:

1. Francisco Pedalino Costa2. Luiz Carlos de Araujo3. Allam Cherém Soares4. Fernando Carneiro5. Emygdio Lopes Bezerra Netto6. Edson de Paula E Silva7. Sylvio Mauricio Fernandes8. Tomaz José de Souza9. Sylvio Tavares Ferreira10. Maria de Lourdes Caldeira11. Marilia Ruas12. Newton Janote Filho13. Celina de Souza Lira14. José Pires de SáSUPLENTES:

1. Ivone Sá Chaves2. Maria Lucia dos Santos de Souza3. Petrónio Lima Cordeiro4. Alzira Matos Oliveira da Silva5. Geraldo Gomes da Silva

CONSELHO FISCAL

TITULARES:

1. José Carlos Damas2. Eunice Rubim de Moura3. Waldyr Tavares FerreiraSUPLENTES:

1. José Rubens Rayol Lopes2. Maria Conceição Ferreira deMedeiros3. Carlos Cavalcanti de A. Ramos

As matérias contidas neste jornal poderão ser publicadas,

desde que citadas as fontes.

Numeração Única:191176020014013400A P E L A Ç Ã O / R E E X A M EN E C E S S Á R I O2001.34.00.019146-5/DFProcesso na Origem:200134000191465RELATOR : JUIZ FEDERALFRANCISCO HÉLIO CAMELOFERREIRAAPELANTE : UNIÃO FEDERALPROCURADOR : MANUELDE MEDEIROS DANTASAPELADO : GIVALDO ROSADIASADVOGADO : ANTONIO DESOUZA AMORIM EOUTRO(A)REMETENTE : JUIZOFEDERAL DA 13ª VARA –DF

EMENTAC O N S T I T U C I O N A L .

A D M I N I S T R A T I V O .MANDADO DE SEGURANÇA.SERVIDOR PÚBLICO. “ABATE-TETO”. VANTAGENS DECARÁTER PESSOAL. ART. 37,XI, DA CONSTITUIÇÃOF E D E R A L .REGULAMENTAÇÃO. ART. 8ºDA EMENDACONSTITUCIONAL 41/2003.LIMITAÇÃO TEMPORAL.ADICIONAL POR TEMPO DESERVIÇO. QUINTOS/DÉCIMOS. INCORPORAÇÃO.EXCLUSÃO DO TETO.PRECEDENTES. APELO EREEXAME PROVIDOS EMPARTE.

1. O Supremo TribunalFederal firmou orientação nosentido de que o art. 37, XI, daCF/88, mesmo vigência daEmenda Constitucional 19/98,permaneceu com sua

Primeira Turma Suplementar do TRF da 1ª

Região fixa teto remuneratório do subsídioaplicabilidade sujeita ao adventode lei regulamentadora, de modoque, na falta desta, teria vigênciao sistema original o qual excluíado redutor constitucional asvantagens de caráter pessoal.

2. A EC 41/2003 introduziunova modificação no artigo 37, XI,da Constituição Federal, e fixouregra de transição a ser observadaaté que fosse fixado o subsídio deque trata o artigo 37, XI, da CartaMagna. Em sessão administrativarealizada no dia 05.02.2004, o STFfixou o valor do subsídio mensalde Ministro da Suprema Corte,para os fins do artigo 8º da EC 41/2003, preenchendo a lacunaexistente.

3. O adicional por tempo deserviço e as vantagensdenominadas “quintos/décimos”incorporados configuramvantagens de caráter pessoal,portanto não integram o tetoremuneratório previsto no art.37, XI da CF/88, Precedentes.

4. Apelo e remessa oficial a quese dá parcial provimento paralimitar a exclusão das vantagenspessoais do teto remuneratório àdata de 04 de fevereiro de 2004.

ACÓRDÃODecide a Primeira Turma

Suplementar do Tribunal RegionalFederal da 1ª Região, por maioria,vencido em parte oDesembargador Federal JirairAram Meguerian, dar parcialprovimento à Apelação e àRemessa Oficial, nos termos dovoto do Relator.

Brasília, 24 de maio de 2012.Juiz Federal FRANCISCO

HÉLIO CAMELO FERREIRARelator Convocado

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JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br 19OUTUBRO/NOVEMBRO 2012

ANIVERSARIANTES novembro

01 Job Eduardo da Paixão - Inss01 Valdson Rangel Alecrim -Agu02 David Polmon - Inss02 Maria de Lacerda Vargas- M. Saúde04 Cleto Delgado de SouzaFilho - Agu04 Ney Vianna FernandesMachado - Inss05 Vanderlei Correa Pereira -Mpas06 Eunice dos Santos Vieira- Inpi06 Lair Martins da Silva - Inss06 Maria da Conceição MouraSilva - Agu06 Maria do Socorro Lemos- C.P.II06 Waldyr Tavares Ferreira- Mpas08 Francisca Alves de SouzaGomes - Agu09 Eliane da Silva Rouvier - Agu10 Maria de Fátima de AraújoDias - Frp12 Eliana Cordeiro Maria -Inmetro12 Orlando de Oliveira - Uff12 Solange de Campos F. daCunha - Fiocruz14 Marta Aparecida Rocha -Inmetro14 Sonia Mª. da Silveira T. de

Mello - Inss15 Ayrton Sá Pinto de Paiva -Cnen15 Jussara Ferreira da SilvaLopes - Iphan17 Lêda Martins Cardoso -Inss18 Marisa de CarvalhoMenezes - Incra19 Mari lea de SouzaMendonça - Inss20 Helnor Valdetaro P.Coutinho - Uff20 Lygia Câmara de A. e Silva- Inss20 Vera Lucia Gomes deAlmeida - Agu22 Celias Rodrigues deAndrade - Inss23 Luiz Carlos Guimarães -Inss24 Alberto Sergio O. deMenezes - Inss25 Albertino Gregório - Inss27 Djalmo Luiz CardosoTinoco - Agu27 Maria Lygia Abrahão deCarvalho - Inss28 Iza Lia Lemos Munhoz -Agu28 Vilma Carvalho Sodré -Incra29 Uilton José de Alvarenga -Incra

02 Rodrigo Lychowski-Agu02 Ione Pais de Barros -Inss03 Roberto Gonçalves deMatos - Agu03 Anna Karin Lutterklas -Inss04 Marly Coutinho Paulino -Susep05 Pau lo Rober to V. deOliveira - Cnen07 Leônia Vieira Madeiros -M. Saúde08 Léa de Souza Ferreira -Cefet de Quimica10 Maria da Penha Rodarte -Inss11 Carlos Cavalcanti de A.Ramos - Inss12 Noreva ldo Carva lhoM.de Souza - Agu13 Augusto Cesar MedeirosCosta - Inss13 Mauro Fernando F. G.Camarinha - Agu16 Aron Gelin - Inss16 Celina de Souza Lira -Incra16 José Haroldo MendesPereira - Incra17 Meri Mattos Pacheco -

Agu19 Ana Neri Alves da Silva -Inss19 Mar i a de LourdesCaldeira - Agu20 Mauro Ortiz Lima - Inss21 Edson de Paula E Silva -Incra22 Juracy Neiva Eulalio - Inss23 Elmar Heidenfelder - M.Transp23 Jayme dos SantosRodrigues - Mpas25 Mario Oliveira dos Santos- Inss25 Solon Canal Michalski -Agu25 Sue l y de Aragão P.Paranhos - Uff26 Marly de Araujo P. Vieira- Incra26 Ina lda Cava l can t iPitangueira - Inmetro30 Fausto Soares Barreto -M. Faz31 Mauricio de Castro G. daSilva - Agu31 Renan Collares da Rocha- M. Saúde31 Synéa Silveira da Silva - M.Saúde

ANIVERSARIANTES dezembro

Você sabia?

• Um terço da população gregamorava em Atenas.

• Brincar de ioiô, gangorra e saltarcarniça eram comuns entre ascrianças da Grécia Antiga.

• Para os gregos Terça-feira é diade azar.

• A Grécia Antiga era formada porEstados separados, cada umcentrado em torno de uma cidade.

• As duas maiores cidades foram

Curiosidades da Grécia AntigaAtenas e Esparta.

• Em todas as cidades-estado havia

casas, prédios do governo,

templos e uma praça chamada de

ágora, onde as pessoas se

encontravam e faziam compras.

• No campo os agricultores

plantavam cevada para fazer pão e

mingau, azeitonas para fazer azeite

e uvas para fazer vinho. Também

criavam cabras, ovelhas e abelhas.

• Os pobres moravam em casas

simples e os ricos tinham casas

enormes, com os aposentos em

volta de um pátio. Havia cozinha,

banheiro com encanamento e

quartos separados para os

homens, as mulheres e os

escravos.

• Os rapazes ricos de Atenas iam

para a escola pela manhã e á tarde

faziam ginástica e as moças ficavam

em casa aprendendo a fiar e a

tecer.

• As oliveiras eram consideradas

sagradas pelos gregos antigos,

quem cortasse uma delas poderia

ser condenado a morte.

• Os gregos cozinhavam com o

azeite, usavam-no nas lamparinas e

até tomavam banho nele.

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JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br20 OUTUBRO/NOVEMBRO 2012

PEÇO A PALAVRA

Rosemiro Robinson S. JuniorVice-Presidente

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br20 OUTUBRO/NOVEMBRO 2012

M eus caros e fiéis leitores: em cumprimento a

expresso dispositivoestatutário, a APAFERJrealiza, uma vez porsemana, precisamente naterça-feira, uma reuniãoaberta a todos osassociados, quando sãodadas informações deinteresse geral, ocorremacalorados debates e sãosugeridas metas prioritárias,reunião que equivale a umCentro de Estudos Jurídicosinformal, que serve,também, para ocongraçamento de todosaqueles que alimentam oespírito desta Associação.

Em recente encontro,dois temas pontificaram. Oprimeiro, alusivo aoanteprojeto de LeiComplementar que altera aLei Orgânica da AGU (LeiComplementar nº 73/93) eo segundo, atinente à PECnº 443/2009, que visa aestabelecer um mecanismode reajuste automático dossubsídios dos AdvogadosPúblicos Federais.

No tocante ao primeiro,vieram a lume ascontundentes críticasformuladas por algunssegmentos, inconformadoscom a possível perda daindependência técnica evisceralmente contrários à

nomeação de profissionaisestranhos à AGU paraexercerem cargos dedireção, bem comodefendendo a percepçãodos honorários desucumbência e a permissãopara o exercício daadvocacia privada.

Quanto ao segundo,aflorou a total insatisfaçãopela imensa delonga quevem sofrendo a supracitadaPEC, retardando-se, semjustificativa plausível, aobediência a cristalinosmandamentosconstitucionais, porquantoos Advogados PúblicosFederais, inobstantehaverem assumido ocomplexo e relevantemunus de defesa da Uniãoe de suas autarquias efundações, aliviando, demaneira paroxística, a cargaque pesava sobre osombros do MinistérioPúblico Federal,permanecem totalmenteinferiorizados, em termosremuneratórios, emrelação aos integrantes doreferido Ministério.

É de notar que o temada Lei Orgânica gerouataques veementes aoMinistro-Chefe da AGU ematérias foram publicadasem jornais de grandecirculação, compelindo otitular da AGU a tambémse valer da mídia paracontestar as verrinasdivulgadas. Se não bastasseisso, uma das Entidadesassociativas endereçourepresentação à Câmara

dos Deputados, no sentidode que o anteprojeto fossedevolvido ao PoderExecutivo, em face de suaflagranteinconstitucionalidade.

Como se vê, levadospor entusiasmo excessivo edominados por iraincontrolável, essessegmentos, à revelia daopinião da maioria dosAdvogados PúblicosFederais, adotaram, a meujuízo, posiçõesextremamente radicais eprecipitadas, data maxima

venia, afrontando, ainda, obom senso que deveprevalecer em qualquercircunstância, posto que asconquistas até aqui obtidassempre foram lastreadas napersuasão, ornamentadapor argumentos jurídico-legais irrefutáveis.

O Tempo está passandoe é irreversível. Enquantonos perdermos no labirintodas vaidades e dosprocedimentoscontraditórios, permaneceestática a nossa situação, oque prejudica e desestimulaos nossos associados,muitos deles descrentes deuma solução a curto prazo,mesmo porque,fisicamente envelhecidos efragilizados, não dispõemde avultado prazo temporalpara usufruírem osalmejados objetivos demelhores condições detrabalho e remuneraçãocompatível com o queproduziram ao longo desuas vidas.

Possivelmente, algunsdoutos e brilhantes colegasreceberão, com ar desuperioridade e desdém, osconceitos emitidos nestetexto, entendendo que alerdeza com que sedeslocam os quelônios edinossauros não secompara à velocidade comque os condores singram oespaço, altivos, olímpicos einacessíveis, desprezando asinexoráveis leis quegovernam a atividadepolítica, que exige paciência,senso de oportunidade einteligência.

Contudo, relembro umantigo e sábio adágio que,secularmente, regula anossa caminhada vital: “Aexperiência é o mais severodos mestres, porqueprimeiro faz o exame e sódepois dá a lição”. Assim,inobstante aplaudir ecompreender as atitudesousadas e agressivas dejovens Procuradores, nãoposso deixar-me envolverpelo sentimento da Ira que,como é universalmentesabido, é péssimaconselheira.

O grande Euclides, Pai daGeometria, que fulgiu naGrécia Antiga e continuaimpressionando o mundocivilizado, já afirmava que areta é o caminho mais curtoentre dois pontos.Encontra-se em tramitaçãono Congresso Nacional aPEC nº 443/2009, julgadaconstitucional pelo Sr.Ministro-Chefe da AGU eque será, se aprovada, a

redenção, ainda quetardia, dos AdvogadosPúblicos Federais. Areferida PEC é, semdúvida, a reta euclidiana.Destarte, sepretendermos a obtençãodo tratamento isonômicoem relação aos membrosdo Ministério PúblicoFederal, deveremos ter asmesmas prerrogativas, amesma remuneração e asmesmas vedações, edeveremos, desse modo,abrir mão de atalhosacessórios, que nosdesviam do rumo certo enos fazem perderprecioso Tempo – sempreo Tempo – na buscadesesperada de outrospropósitos. É o que pensoe é o que defendo hálongos anos. Que meperdoem os que de mimdiscordarem a rudeza dostermos e a franqueza quebeira as raias, talvez, dagrosseria. Entretanto,como disse o monumentalcompositor pátrio Cazuza:- O Tempo não para.Rogo aos meus possíveiscontestadores quereflitam, sem preconceitoe com desejáveltolerância, sobre osargumentos que povoameste texto e cheguem auma conclusão.

A Irreversibilidade do Tempo Male cuncta

ministrat

impetus

“A paixão

dirige mal toda

as coisas”.