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penal

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  • DPC SEMESTRAL Processo Penal

    Guilherme Madeira Data: 22/02/2013

    Aula 3

    DPC SEMESTRAL 2013 Anotador(a): Tiago Ferreira

    Complexo Educacional Damsio de Jesus

    RESUMO

    SUMRIO

    1) Inqurito Policial

    INQURITO POLICIAL 1) Valor do Inqurito Policial (Art. 155 do CPP): O juiz no pode decidir exclusivamente com base nos elementos do inqurito policial, salvo provas cautelares, no repetveis e antecipadas. 1.1) As Excees: a) Provas Cautelares: Envolve a ideia do desaparecimento dos objetos da prova, por isso se fala no periculum in mora. Exemplo: Percia antecipada denominada vistoria ad perpetuam rei memoriam. b) Prova Antecipada: Ela antecipada em relao ao seu momento original de produo. Exemplo: A testemunha gravemente enferma. c) Prova Irrepetvel: a prova que posteriormente no poder ser feita novamente, no no sentido de desaparecimento, mas de perda de oportunidade. a prova que no poder ser feita posteriormente, pois depende de sua realizao no especfico momento da investigao. Exemplo: Interceptao telefnica. 2) Incio do Inqurito Policial: 2.1) Na Ao Penal Pblica Incondicionada: a) De ofcio: O inqurito pode ser iniciado de ofcio pela autoridade policial, por meio de portaria.

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    b) Requisio do Juiz ou Promotor: A requisio a ordem do Juiz ou do Promotor para a instaurao do inqurito policial. Em regra, a Autoridade Policial tem o dever funcional de instaurar o inqurito policial. Porm, se a ordem for manifestamente ilegal, a Autoridade Policial recusar a instaurao, fundamentando os motivos da recusa. Eventualmente em provas orais, apontar os fatos acima, ressalvando que, tendo em vista no haver hierarquia entre o Delegado e o Juiz / MP, deve o Delegado avaliar a convenincia da instaurao do inqurito policial quando da requisio. No que se refere ao artigo 40 do CPP, parcela da doutrina diz que ele no foi recepcionado pela CF/88 no que se refere ao juiz, isto porque, o juiz, ao requisitar o inqurito policial, iria ferir o sistema acusatrio. A jurisprudncia, contudo, tem sido avessa a esta argumentao, permitindo que o juiz requisite a instaurao de inqurito policial. Para Guilherme Madeira, o juiz deve poder requisitar a instaurao, mas deve ser afastado de eventual processo que nasa desse inqurito, e mesmo neste inqurito no poder tomar qualquer ato decisrio. c) Requerimento do ofendido: O Delegado pode indeferir o requerimento do ofendido e deste indeferimento cabe recurso ao chefe de polcia (Art. 5, 2 do CPP). d) Auto de priso em flagrante: e) Delatio Criminis: a notcia por qualquer do povo. Ateno: No Jecrim no existe inqurito policial. O IP substitudo pelo Termo Circunstanciado. Ateno: Denncia annima no autoriza a instaurao de inqurito policial, mas o delegado pode realizar procedimentos preliminares de investigao, e caso conclua pela existncia de indcios, com base nestes indcios instaurar o inqurito policial (STJ - HC 204778/SP - Rel. Min. Og Fernandes - J. 04.10.12). 2.2) Na Ao Penal Pblica Condicionada ou Ao Penal Privada: A instaurao de inqurito policial depende da vontade do ofendido ou de seu representante legal. Ateno: Pode haver requisio (Juiz / MP) para instaurao do inqurito policial em crimes de ao pblica condicionada ou ao privada, desde que acompanhada da manifestao do ofendido ou de seu representante legal. 3) Notitia Criminis: 3.1) Noo: Trata-se do conhecimento espontneo ou provocado do fato criminoso pela Autoridade Policial.

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    3.2) Classificao: a) Notitia Criminis de Cognio Imediata ou Espontnea: Trata-se do conhecimento do fato criminoso pela Autoridade Policial por meio de suas atividades rotineiras. b) Notitia Criminis de Cognio Mediata ou Provocada: A Autoridade Policial toma conhecimento do fato criminoso por meio de expediente escrito (Requerimento do ofendido, por exemplo). c) Notitia Criminis de Cognio Forada ou Coercitiva: Ocorre quando da apresentao do preso em flagrante a Autoridade Policial. 3.3) Delatio Criminis: uma espcie de notitia criminis feita por terceira pessoa. a) Delatio Criminis Inqualificada: a denncia annima. b) Delatio Criminis Postulatria: a representao nos crimes de ao penal pblica condicionada. 4) Desenvolvimento do Inqurito Policial: No h sequncia obrigatria e pr-determinada de atos a serem observados pela Autoridade Policial. 4.1) Prazos do Inqurito Policial:

    TIPO Preso Solto

    Regra Geral 10 dias 30 dias

    Justia Federal (Art. 66 da L 5.010/66)

    15 dias (+15) 30 dias

    Trfico (Art. 51 da L 11.343/04)

    30 dias (+30) 90 dias (+90)

    Crime contra a economia popular

    10 dias 10 dias

    *Se o indiciado est solto o inqurito policial poder ser prorrogado. *Se o indiciado est preso, como regra geral, no pode ser prorrogado. Excees: a) Justia Federal - Pode ser prorrogado por + 15 dias. b) Trfico de drogas - Poder a durao do inqurito ter o prazo duplicado. Ateno - A questo da priso temporria: Nos casos envolvendo crimes hediondos ou assemelhados, a priso temporria poder durar at 30 dias, prorrogveis por + at 30 (No caso de representao do DelPol pela priso preventiva ou no caso de priso em flagrante observa o prazo da regra geral - 10 dias. Em termos prticos, portanto, melhor representar pela temporria para ampliar o tempo de investigao).

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    4.2) Diligncias da Autoridade do Art. 6: I - Preservar o local de crime; II - Apreender os objetos que tenham relao com o fato criminoso, aps liberados pelos peritos; III - Colher todas as provas; IV - Ouvir o ofendido; V - Ouvir o indiciado; VI - Reconhecimento e acareao; VII - Determinar o exame de corpo de delito; VIII - Determinar a identificao datiloscpica; IX - Averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar, social, condio econmica, atitude e estado de nimo antes e depois do crime. 4.3) Reproduo Simulada dos Fatos (Art. 7 do CPP): possvel a reproduo simulada dos fatos, salvo se violar a moralidade OU se violar a ordem pblica. a) O indiciado no obrigado a colaborar ativamente com a reproduo simulada dos fatos, mas a Autoridade Policial poder determinar a sua conduo coercitiva at o local (STF - HC 96219/Mc-SP - Rel. Min. Celso de Mello). b) possvel realizar a reproduo simulada dos fatos aps a concluso do inqurito, de ofcio, e ento encaminhar ao frum (STF - HC 98660/SP - Rel. Min. Gilmar Mendes - J. 29.11.11). c) Pode o juiz indeferir a realizao da reproduo simulada dos fatos requerida pela vtima/ofendido, desde que de maneira fundamentada. A nica prova que o juiz no pode indeferir o exame de corpo de delito, nos termos do Art. 184 do CPP (STJ - RHC 28286 - Rel. Min. Marco Aurelio Bellizze - J. 17.04.12). 4.4) Indiciamento: