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Aula de direito urbanístico do cursinho damásio

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  • INTENSIVO MODULAR COMPLETO - AVANADO Direito Urbanstico

    Luis Antonio Data: 08/05/2014

    Aula 5 a 8

    INTENSIVO MODULAR COMPLETO - AVANADO Anotadora: Priscila Ferreira

    Complexo Educacional Damsio de Jesus

    SUMRIO

    1) Estatuto da Cidade - continuao

    Estados e municpios asseguraram o pleno desenvolvimento e a garantia do bem estar de

    seus habitantes.

    2) Art.2, II do Estatuto da Cidade gesto democrtica da cidade.

    Art. 2o A poltica urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funes sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais: II gesto democrtica por meio da participao da populao e de associaes representativas dos vrios segmentos da comunidade na formulao, execuo e acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;

    - Art. 43 do Estatuto da Cidade

    Art. 43. Para garantir a gesto democrtica da cidade, devero ser utilizados, entre outros, os seguintes instrumentos: I rgos colegiados de poltica urbana, nos nveis nacional, estadual e municipal; II debates, audincias e consultas pblicas; III conferncias sobre assuntos de interesse urbano, nos nveis nacional, estadual e municipal; IV iniciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;

    - Art. 180, II da Constituio do Estado de So Paulo: Assegura a participao da comunidade, se no passa pela populao pode discutir a constitucionalidade. - lei orgnica do municpio de SP art. 143, 3:

    Artigo 180 - No estabelecimento de diretrizes e normas relativas ao desenvolvimento urbano, o Estado e os Municpios asseguraro: II - a participao das respectivas entidades comunitrias no estudo, encaminhamento e soluo dos problemas, planos, programas e projetos que lhes sejam concernentes;

    Art. 143 - O Municpio organizar sua administrao e exercer suas atividades com base num processo de planejamento, de carter

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    permanente, descentralizado e participativo, como instrumento de democratizao da gesto da cidade, de estruturao da ao do Executivo e orientao da ao dos particulares. 3 - assegurada a participao direta dos cidados, em todas as fases do planejamento municipal, na forma da lei, atravs das suas instncias de representao, entidades e instrumentos de participao popular.

    ADI 184.449-0/2-00 TJSP Sertozinho: discutiam-se determinada lei com a populao,

    mas na calada da noite votaram uma lei que no tinha nada a ver com a que foi consultada. Questo: MP/PR/2013: note que nas alternativas corretas a organizadora copiou o artigo

    43 inteiro. 3) Art. 2, IV do Estatuto da Cidade

    Art. 2o A poltica urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funes sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais: IV planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuio espacial da populao e das atividades econmicas do Municpio e do territrio sob sua rea de influncia, de modo a evitar e corrigir as distores do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente;

    4) Art. 2, V do Estatuto da Cidade = cidade sustentvel

    Art. 2o A poltica urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funes sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais: V oferta de equipamentos urbanos e comunitrios, transporte e servios pblicos adequados aos interesses e necessidades da populao e s caractersticas locais;

    No possvel invocar discricionariedade nessas hipteses, pois ato vinculado.

    5) Art. 2, VI do Estatuto da Cidade = ordenao e controle do uso do solo. O poder pblico obrigado a intervir nesse ponto.

    Art. 2o A poltica urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funes sociais da

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    cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais: VI ordenao e controle do uso do solo, de forma a evitar: a) a utilizao inadequada dos imveis urbanos; b) a proximidade de usos incompatveis ou inconvenientes; c) o parcelamento do solo, a edificao ou o uso excessivos ou inadequados em relao infra-estrutura urbana; d) a instalao de empreendimentos ou atividades que possam funcionar como plos geradores de trfego, sem a previso da infra-estrutura correspondente; e) a reteno especulativa de imvel urbano, que resulte na sua subutilizao ou no utilizao; f) a deteriorao das reas urbanizadas; g) a poluio e a degradao ambiental; h) a exposio da populao a riscos de desastres.

    No pode autorizar conjunto habitacional ao lado de lixo, h responsabilidade do

    municpio, porque no pode autorizar onde tem poluio sonora e guarda de resduos. Exposio da populao a riscos de desastres art. 6, h da Lei 12.608/2012.

    Art. 24. O inciso VI do art. 2o da Lei n 10.257, de 10 de julho de 2001, passa a vigorar acrescido da seguinte alnea h: Art. 2o, VI h) a exposio da populao a riscos de desastres.

    6) Art. 2, X do Estatuto da Cidade = RE 190.938/MG: Ao civil pblica movida pelo MP

    contra o municpio para que este reservasse um valor para a educao.

    RE 190938 / MG - MINAS GERAIS RECURSO EXTRAORDINRIO Relator(a): Min. CARLOS VELLOSO Relator(a) p/ Acrdo: Min. GILMAR MENDES Julgamento: 14/03/2006 rgo Julgador: Segunda Turma Publicao DJe-094 DIVULG 21-05-2009 PUBLIC 22-05-2009 EMENT VOL-02361-04 PP-00865 Parte(s) RECTE.: MINISTRIO PBLICO ESTADUAL RECDO.: MUNICIPIO DE FORTALEZA DE MINAS

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    ADV.: JOSE GERALDO NEVES Ementa EMENTA: CONSTITUCIONAL. AO CIVIL PBLICA. MINISTRIO PBLICO. MUNICPIO: APLICAO, NO ENSINO, DO PERCENTUAL DE 25% DA RECEITA PROVENIENTE DE IMPOSTOS. INTERESSE SOCIAL RELEVANTE: LEGITIMIDADE ATIVA DO MINISTRIO PBLICO. C.F., art. 127, art. 129, III, art. 212. I. - Ao civil pblica promovida pelo Ministrio Pblico contra Municpio para o fim de compeli-lo a incluir, no oramento seguinte, percentual que completaria o mnimo de 25% de aplicao no ensino. C.F., art. 212. II. - Legitimidade ativa do Ministrio Pblico e adequao da ao civil pblica, dado que esta tem por objeto interesse social indisponvel (C.F., art. 6, arts. 205 e segs, art. 212), de relevncia notvel, pelo qual o Ministrio Pblico pode pugnar (C.F., art. 127, art. 129, III). III. - R.E. conhecido e provido.

    Se uma prefeitura fica sempre alegando que no tem oramento para coisas essenciais

    possvel usar esse acrdo como paradigma, na inteno de garantir um mnimo para uma cidade sustentvel.

    Ento, com a ao civil pblica voc obriga o municpio a reservar um valor no oramento.

    7) Art. 2, XII do Estatuto da Cidade Art. 2o A poltica urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funes sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais: XII proteo, preservao e recuperao do meio ambiente natural e construdo, do patrimnio cultural, histrico, artstico, paisagstico e arqueolgico;

    8) Art. 2, XIII do Estatuto da Cidade = compe a gesto democrtica da cidade. Consultar

    a populao interessada.

    Art. 2o A poltica urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funes sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais: XIII audincia do Poder Pblico municipal e da populao interessada nos processos de implantao de empreendimentos ou atividades com efeitos potencialmente negativos sobre o

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    meio ambiente natural ou construdo, o conforto ou a segurana da populao;

    Ex: shopping que est sendo feito na Paulista, a populao no foi ouvida. No pode permitir construes complexas, com vrios projetos na mesma regio.

    9) Art. 2, XIV do Estatuto da Cidade = regulao fundiria (Defensoria)

    Art. 2o A poltica urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funes sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais: XIV regularizao fundiria e urbanizao de reas ocupadas por populao de baixa renda mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanizao, uso e ocupao do solo e edificao, consideradas a situao socioeconmica da populao e as normas ambientais;

    10) Art. 2, XV do Estatuto da Cidade = simplificar a legislao, mas no eliminar a ponto

    de no ter mais controle (Defensoria) Art. 2o A poltica urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funes sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais: XV simplificao da legislao de parcelamento, uso e ocupao do solo e das normas edilcias, com vistas a permitir a reduo dos custos e o aumento da oferta dos lotes e unidades habitacionais;

    11) Art. 2, XVII do Estatuto da Cidade = o artigo manda aplicar o princpio do protetor

    (receptor), provedor, recebedor. Estimular diminuindo IPTU (benefcios e isenes), concedendo benefcios.

    Art. 2o A poltica urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funes sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais: XVII - estmulo utilizao, nos parcelamentos do solo e nas edificaes urbanas, de sistemas operacionais, padres construtivos e aportes tecnolgicos que objetivem a reduo de impactos ambientais e a economia de recursos naturais.

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    Lei Municipal n 14.933/2009 (Lei da mudana de clima da cidade de So Paulo) = vrios dispositivos falam sobre o princpio do protetor (receptor), provedor, recebedor (art. 1, V da Lei).

    Ler: Art. 14, 15, 30 e 32 da Lei.

    Art. 1 A Poltica Municipal de Mudana do Clima atender os seguintes princpios: V - protetor-receptor, segundo o qual so transferidos recursos ou benefcios para as pessoas, grupos ou comunidades cujo modo de vida ou ao auxilie na conservao do meio ambiente, garantindo que a natureza preste servios ambientais sociedade; Art. 14 As edificaes novas a serem construdas no Municpio devero obedecer critrios de eficincia energtica, sustentabilidade ambiental, qualidade e eficincia de materiais, conforme definio em regulamentos especficos. Art. 15 As construes existentes, quando submetidas a projetos de reforma e ampliao, devero obedecer critrios de eficincia energtica, arquitetura sustentvel e sustentabilidade de materiais, conforme definies em regulamentos especficos. Art. 30 O Poder Executivo poder reduzir alquotas de tributos ou promover renncia fiscal para a consecuo dos objetivos desta lei, mediante aprovao de lei especfica. Art. 32 O Poder Executivo promover renegociao das dvidas tributrias de empreendimentos e aes que resultem em reduo significativa das emisses de gases de efeito estufa ou ampliem a capacidade de sua absoro ou armazenamento conforme critrios e procedimentos a serem definidos em lei especfica.

    Questo: MP/MG/2014: Art. 2, VI, e do Estatuto da Cidade ordenar e coordenar a

    cidade, esse artigo manda aplicar o art. 182, 4 da CF.

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    Art. 2o A poltica urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funes sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais: VI ordenao e controle do uso do solo, de forma a evitar: a) a utilizao inadequada dos imveis urbanos; b) a proximidade de usos incompatveis ou inconvenientes; c) o parcelamento do solo, a edificao ou o uso excessivos ou inadequados em relao infra-estrutura urbana; d) a instalao de empreendimentos ou atividades que possam funcionar como plos geradores de trfego, sem a previso da infra-estrutura correspondente; e) a reteno especulativa de imvel urbano, que resulte na sua subutilizao ou no utilizao; f) a deteriorao das reas urbanizadas; g) a poluio e a degradao ambiental; h) a exposio da populao a riscos de desastres. Art. 182. A poltica de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Pblico municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funes sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes. 4 - facultado ao Poder Pblico municipal, mediante lei especfica para rea includa no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietrio do solo urbano no edificado, subutilizado ou no utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: I - parcelamento ou edificao compulsrios; II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo; III - desapropriao com pagamento mediante ttulos da dvida pblica de emisso previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de at dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenizao e os juros legais.

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    Logo, o Prefeito tem instrumentos para evitar represso. Antes quem fazia a infraestrutura urbana era o municpio. Agora, o municpio repassa para

    o empreendedor fazer essa infraestrutura, mas eles no querem. Se o municpio fazer a populao que paga e na verdade repassa porque ai o

    empreendedor repassa para quem usa por exemplo o shopping, para quem frequenta.

    Questo: Procurador do Municpio/SP/2014: art. 2, III do Estatuto da Cidade.

    Art. 2o A poltica urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funes sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais: III cooperao entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da sociedade no processo de urbanizao, em atendimento ao interesse social;

    Ler: Art. 4 do Estatuto da Cidade

    Art. 4o Para os fins desta Lei, sero utilizados, entre outros instrumentos: I planos nacionais, regionais e estaduais de ordenao do territrio e de desenvolvimento econmico e social; II planejamento das regies metropolitanas, aglomeraes urbanas e microrregies; III planejamento municipal, em especial: a) plano diretor; b) disciplina do parcelamento, do uso e da ocupao do solo; c) zoneamento ambiental; d) plano plurianual; e) diretrizes oramentrias e oramento anual; f) gesto oramentria participativa; g) planos, programas e projetos setoriais; h) planos de desenvolvimento econmico e social; IV institutos tributrios e financeiros: a) imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana - IPTU; b) contribuio de melhoria; c) incentivos e benefcios fiscais e financeiros; V institutos jurdicos e polticos: a) desapropriao; b) servido administrativa; c) limitaes administrativas; d) tombamento de imveis ou de mobilirio urbano; e) instituio de unidades de conservao;

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    f) instituio de zonas especiais de interesse social; g) concesso de direito real de uso; h) concesso de uso especial para fins de moradia; i) parcelamento, edificao ou utilizao compulsrios; j) usucapio especial de imvel urbano; l) direito de superfcie; m) direito de preempo; n) outorga onerosa do direito de construir e de alterao de uso; o) transferncia do direito de construir; p) operaes urbanas consorciadas; q) regularizao fundiria; r) assistncia tcnica e jurdica gratuita para as comunidades e grupos sociais menos favorecidos; s) referendo popular e plebiscito; t) demarcao urbanstica para fins de regularizao fundiria; u) legitimao de posse. VI estudo prvio de impacto ambiental (EIA) e estudo prvio de impacto de vizinhana (EIV). 1o Os instrumentos mencionados neste artigo regem-se pela legislao que lhes prpria, observado o disposto nesta Lei. 2o Nos casos de programas e projetos habitacionais de interesse social, desenvolvidos por rgos ou entidades da Administrao Pblica com atuao especfica nessa rea, a concesso de direito real de uso de imveis pblicos poder ser contratada coletivamente. 3o Os instrumentos previstos neste artigo que demandam dispndio de recursos por parte do Poder Pblico municipal devem ser objeto de controle social, garantida a participao de comunidades, movimentos e entidades da sociedade civil.

    III Instrumentos da Poltica Urbana (art. 4 do Estatuto da Cidade)

    Art. 4o Para os fins desta Lei, sero utilizados, entre outros instrumentos: I planos nacionais, regionais e estaduais de ordenao do territrio e de desenvolvimento econmico e social; II planejamento das regies metropolitanas, aglomeraes urbanas e microrregies; III planejamento municipal, em especial: a) plano diretor;

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    b) disciplina do parcelamento, do uso e da ocupao do solo; c) zoneamento ambiental; d) plano plurianual; e) diretrizes oramentrias e oramento anual; f) gesto oramentria participativa; g) planos, programas e projetos setoriais; h) planos de desenvolvimento econmico e social; IV institutos tributrios e financeiros: a) imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana - IPTU; b) contribuio de melhoria; c) incentivos e benefcios fiscais e financeiros; V institutos jurdicos e polticos: a) desapropriao; b) servido administrativa; c) limitaes administrativas; d) tombamento de imveis ou de mobilirio urbano; e) instituio de unidades de conservao; f) instituio de zonas especiais de interesse social; g) concesso de direito real de uso; h) concesso de uso especial para fins de moradia; i) parcelamento, edificao ou utilizao compulsrios; j) usucapio especial de imvel urbano; l) direito de superfcie; m) direito de preempo; n) outorga onerosa do direito de construir e de alterao de uso; o) transferncia do direito de construir; p) operaes urbanas consorciadas; q) regularizao fundiria; r) assistncia tcnica e jurdica gratuita para as comunidades e grupos sociais menos favorecidos; s) referendo popular e plebiscito; t) demarcao urbanstica para fins de regularizao fundiria; u) legitimao de posse. VI estudo prvio de impacto ambiental (EIA) e estudo prvio de impacto de vizinhana (EIV). 1o Os instrumentos mencionados neste artigo regem-se pela legislao que lhes prpria, observado o disposto nesta Lei. 2o Nos casos de programas e projetos habitacionais de interesse social, desenvolvidos por rgos ou entidades da Administrao Pblica com atuao especfica nessa rea, a concesso

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    de direito real de uso de imveis pblicos poder ser contratada coletivamente. 3o Os instrumentos previstos neste artigo que demandam dispndio de recursos por parte do Poder Pblico municipal devem ser objeto de controle social, garantida a participao de comunidades, movimentos e entidades da sociedade civil.

    1. Plano Diretor - Art. 182, 1 e 2 da CF: o plano diretor um conjunto de normas, regras e privilgios

    que arquiteta a poltica urbana ambiental.

    Art. 182. A poltica de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Pblico municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funes sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes. 1 - O plano diretor, aprovado pela Cmara Municipal, obrigatrio para cidades com mais de vinte mil habitantes, o instrumento bsico da poltica de desenvolvimento e de expanso urbana. 2 - A propriedade urbana cumpre sua funo social quando atende s exigncias fundamentais de ordenao da cidade expressas no plano diretor.

    Deve evoluir com as exigncias da cidade, mas deve projeta-lo a um mdio prazo,

    levando em considerao que deve ser revisto no prazo de 10 anos. Deve projetar a cidade para um determinado perodo.

    - Natureza Jurdica Instrumento de poltica urbana art. 4, III, a e art. 40 e seguintes do Estatuto da

    Cidade.

    Art. 4o Para os fins desta Lei, sero utilizados, entre outros instrumentos: III planejamento municipal, em especial: a) plano diretor;

    Art. 40. O plano diretor, aprovado por lei municipal, o instrumento bsico da poltica de desenvolvimento e expanso urbana. 1o O plano diretor parte integrante do processo de planejamento municipal, devendo o plano plurianual, as diretrizes oramentrias e o

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    oramento anual incorporar as diretrizes e as prioridades nele contidas. 2o O plano diretor dever englobar o territrio do Municpio como um todo. 3o A lei que instituir o plano diretor dever ser revista, pelo menos, a cada dez anos. 4o No processo de elaborao do plano diretor e na fiscalizao de sua implementao, os Poderes Legislativo e Executivo municipais garantiro: I a promoo de audincias pblicas e debates com a participao da populao e de associaes representativas dos vrios segmentos da comunidade; II a publicidade quanto aos documentos e informaes produzidos; III o acesso de qualquer interessado aos documentos e informaes produzidos. Art. 41. O plano diretor obrigatrio para cidades: I com mais de vinte mil habitantes; II integrantes de regies metropolitanas e aglomeraes urbanas; III onde o Poder Pblico municipal pretenda utilizar os instrumentos previstos no 4o do art. 182 da Constituio Federal; IV integrantes de reas de especial interesse turstico; V inseridas na rea de influncia de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental de mbito regional ou nacional. VI - includas no cadastro nacional de Municpios com reas suscetveis ocorrncia de deslizamentos de grande impacto, inundaes bruscas ou processos geolgicos ou hidrolgicos correlatos. 1o No caso da realizao de empreendimentos ou atividades enquadrados no inciso V do caput, os recursos tcnicos e financeiros para a elaborao do plano diretor estaro inseridos entre as medidas de compensao adotadas. 2o No caso de cidades com mais de quinhentos mil habitantes, dever ser elaborado um plano de transporte urbano integrado, compatvel com o plano diretor ou nele inserido.

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    Art. 42. O plano diretor dever conter no mnimo: I a delimitao das reas urbanas onde poder ser aplicado o parcelamento, edificao ou utilizao compulsrios, considerando a existncia de infra-estrutura e de demanda para utilizao, na forma do art. 5odesta Lei; II disposies requeridas pelos arts. 25, 28, 29, 32 e 35 desta Lei; III sistema de acompanhamento e controle. Art. 42-A. Alm do contedo previsto no art. 42, o plano diretor dos Municpios includos no cadastro nacional de municpios com reas suscetveis ocorrncia de deslizamentos de grande impacto, inundaes bruscas ou processos geolgicos ou hidrolgicos correlatos dever conter: I - parmetros de parcelamento, uso e ocupao do solo, de modo a promover a diversidade de usos e a contribuir para a gerao de emprego e renda; II - mapeamento contendo as reas suscetveis ocorrncia de deslizamentos de grande impacto, inundaes bruscas ou processos geolgicos ou hidrolgicos correlatos; III - planejamento de aes de interveno preventiva e realocao de populao de reas de risco de desastre; IV - medidas de drenagem urbana necessrias preveno e mitigao de impactos de desastres; e V - diretrizes para a regularizao fundiria de assentamentos urbanos irregulares, se houver, observadas a Lei no 11.977, de 7 de julho de 2009, e demais normas federais e estaduais pertinentes, e previso de reas para habitao de interesse social por meio da demarcao de zonas especiais de interesse social e de outros instrumentos de poltica urbana, onde o uso habitacional for permitido. 1o A identificao e o mapeamento de reas de risco levaro em conta as cartas geotcnicas. 2o O contedo do plano diretor dever ser compatvel com as disposies insertas nos planos de recursos hdricos, formulados consoante a Lei no 9.433, de 8 de janeiro de 1997.

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    3o Os Municpios adequaro o plano diretor s disposies deste artigo, por ocasio de sua reviso, observados os prazos legais. 4o Os Municpios enquadrados no inciso VI do art. 41 desta Lei e que no tenham plano diretor aprovado tero o prazo de 5 (cinco) anos para o seu encaminhamento para aprovao pela Cmara Municipal. Art. 42-B. Os Municpios que pretendam ampliar o seu permetro urbano aps a data de publicao desta Lei devero elaborar projeto especfico que contenha, no mnimo: I - demarcao do novo permetro urbano; II - delimitao dos trechos com restries urbanizao e dos trechos sujeitos a controle especial em funo de ameaa de desastres naturais; III - definio de diretrizes especficas e de reas que sero utilizadas para infraestrutura, sistema virio, equipamentos e instalaes pblicas, urbanas e sociais; IV - definio de parmetros de parcelamento, uso e ocupao do solo, de modo a promover a diversidade de usos e contribuir para a gerao de emprego e renda; V - a previso de reas para habitao de interesse social por meio da demarcao de zonas especiais de interesse social e de outros instrumentos de poltica urbana, quando o uso habitacional for permitido; VI - definio de diretrizes e instrumentos especficos para proteo ambiental e do patrimnio histrico e cultural; e VII - definio de mecanismos para garantir a justa distribuio dos nus e benefcios decorrentes do processo de urbanizao do territrio de expanso urbana e a recuperao para a coletividade da valorizao imobiliria resultante da ao do poder pblico. 1o O projeto especfico de que trata o caput deste artigo dever ser institudo por lei municipal e atender s diretrizes do plano diretor, quando houver. 2o Quando o plano diretor contemplar as exigncias estabelecidas no caput, o Municpio

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    ficar dispensado da elaborao do projeto especfico de que trata o caput deste artigo 3o A aprovao de projetos de parcelamento do solo no novo permetro urbano ficar condicionada existncia do projeto especfico e dever obedecer s suas disposies.

    - Influencia do plano diretor: incorporar as diretrizes, integrante do processo do

    oramento, o dominante deve organizar o Plano Pluri Anual, diretrizes e metas (art. 40, 1 do Estatuto da Cidade).

    Art. 40. O plano diretor, aprovado por lei municipal, o instrumento bsico da poltica de desenvolvimento e expanso urbana. 1o O plano diretor parte integrante do processo de planejamento municipal, devendo o plano plurianual, as diretrizes oramentrias e o oramento anual incorporar as diretrizes e as prioridades nele contidas.

    Lei municipal n 13.430/2002 (Plano diretor da Cidade de SP) Ler: art. 1, 2 caput

    e 1.

    Art. 1 - Esta lei institui o Plano Diretor Estratgico e o Sistema de Planejamento e Gesto do Desenvolvimento Urbano do Municpio de So Paulo. Art. 2 - O Plano Diretor Estratgico instrumento global e estratgico da poltica de desenvolvimento urbano, determinante para todos os agentes pblicos e privados que atuam no Municpio. 1 - O Plano Diretor Estratgico parte integrante do processo de planejamento municipal, devendo o Plano Plurianual, as Diretrizes Oramentrias e o Oramento Anual incorporar as diretrizes e as prioridades nele contidas.

    O plano diretor municipal, no s urbanstico. Tem que pensar como um todo, no

    apenas na rea urbana, mas tambm na rea rural Art. 2, VII do Plano Diretor de SP lembrando que rea rural pode acabar virando rea urbana.

    Art. 2o A poltica urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funes sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:

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    VII integrao e complementaridade entre as atividades urbanas e rurais, tendo em vista o desenvolvimento socioeconmico do Municpio e do territrio sob sua rea de influncia;

    Quem elabora o plano diretor? Poder executivo municipal, atravs de Secretarias

    (prpria estrutura) ou contrata 3 mediante licitao. Quem aprova o plano diretor? O legislativo municipal lei municipal. obrigatrio fazer plano diretor? Sim para as cidades com mais de 20 mil habitantes

    (art. 182, 1 da CF) e o estatuto da cidade no art. 41 estendeu mais 5 situaes: cidades com mais de 20 mil habitantes, cidades integrantes de regies metropolitanas e aglomeraes urbanas (os estados que criam essas regies por lei complementar e no tem vinculao de quantidade de habitantes), cidades inseridas em rea de especial interesse turstico, cidades nas quais o prefeito queira utilizar os instrumentos do art. 182, 4 da CF, cidades que esto na rea de influncia de empreendimentos com significativo impacto ambiental, regional ou nacional (ex: pr-sal), cidades inseridas no cadastro nacional de municpios sujeitos a desastres naturais.

    Art. 182. A poltica de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Pblico municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funes sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes. 2 - A propriedade urbana cumpre sua funo social quando atende s exigncias fundamentais de ordenao da cidade expressas no plano diretor. 4 - facultado ao Poder Pblico municipal, mediante lei especfica para rea includa no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietrio do solo urbano no edificado, subutilizado ou no utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: I - parcelamento ou edificao compulsrios; II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo; III - desapropriao com pagamento mediante ttulos da dvida pblica de emisso previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de at dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenizao e os juros legais.

    E se o prefeito no fizer? Cabe 2 sanes: a) Crime de responsabilidade (art. 1, XIV do Decreto Lei 201/67);

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    Art. 1 So crimes de responsabilidade dos Prefeitos Municipal, sujeitos ao julgamento do Poder Judicirio, independentemente do pronunciamento da Cmara dos Vereadores: XIV - Negar execuo a lei federal, estadual ou municipal, ou deixar de cumprir ordem judicial, sem dar o motivo da recusa ou da impossibilidade, por escrito, autoridade competente;

    b) Improbidade administrativa (art. 52, VII do Estatuto da Cidade).

    Art. 52. Sem prejuzo da punio de outros agentes pblicos envolvidos e da aplicao de outras sanes cabveis, o Prefeito incorre em improbidade administrativa, nos termos da Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992, quando: VII deixar de tomar as providncias necessrias para garantir a observncia do disposto no 3o do art. 40 e no art. 50 desta Lei;

    OBS 1: Art. 41, 2 do Estatuto da Cidade cidade com mais de 500 mil habitantes tem que fazer um plano de transporte integrado, compatvel com o plano diretor.

    Art. 41. O plano diretor obrigatrio para cidades: 2o No caso de cidades com mais de quinhentos mil habitantes, dever ser elaborado um plano de transporte urbano integrado, compatvel com o plano diretor ou nele inserido.

    OBS 2: Art. 24, 1 da LPNMU Lei n 12.587/12 mobilidade urbana.

    Art. 24. O Plano de Mobilidade Urbana o instrumento de efetivao da Poltica Nacional de Mobilidade Urbana e dever contemplar os princpios, os objetivos e as diretrizes desta Lei, bem como: 1o Em Municpios acima de 20.000 (vinte mil) habitantes e em todos os demais obrigados, na forma da lei, elaborao do plano diretor, dever ser elaborado o Plano de Mobilidade Urbana, integrado e compatvel com os respectivos planos diretores ou neles inserido.

    obrigatrio para todos os municpios sujeitos a plano diretor obrigatrio a fazer

    mobilidade urbana em 3 anos.

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    Cabe ao civil pblica contra o prefeito para fazer plano diretor, porque se d improbidade no discricionrio vinculado. Da mesma forma, se no cumprir o plano de mobilidade urbana.

    - Prazo: O prazo inicial era de 5 anos: at 2006. Contudo, muitos municpios no tinham feito,

    ento prorrogaram para 30/06/2008. Com isso, o legislador tirou o prazo, ou seja, qual o prazo para os municpios que entraram? No tem. Por isso, o art. 42-A, 4 do EC trouxe que 5 anos, ento por analogia aplica-se ao plano diretor tambm.

    Art. 42-A. Alm do contedo previsto no art. 42, o plano diretor dos Municpios includos no cadastro nacional de municpios com reas suscetveis ocorrncia de deslizamentos de grande impacto, inundaes bruscas ou processos geolgicos ou hidrolgicos correlatos dever conter: 4o Os Municpios enquadrados no inciso VI do art. 41 desta Lei e que no tenham plano diretor aprovado tero o prazo de 5 (cinco) anos para o seu encaminhamento para aprovao pela Cmara Municipal.

    Reviso do plano diretor tem que acontecer pelo menos a cada 10 anos art. 40, 3 do Estatuto da Cidade, sob pena de Improbidade administrativa (art. 52, VII do Estatuto da Cidade).

    Art. 40. O plano diretor, aprovado por lei municipal, o instrumento bsico da poltica de desenvolvimento e expanso urbana. 3o A lei que instituir o plano diretor dever ser revista, pelo menos, a cada dez anos.

    Art. 52. Sem prejuzo da punio de outros agentes pblicos envolvidos e da aplicao de outras sanes cabveis, o Prefeito incorre em improbidade administrativa, nos termos da Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992, quando: VII deixar de tomar as providncias necessrias para garantir a observncia do disposto no 3o do art. 40 e no art. 50 desta Lei;

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    Algumas condicionantes so obrigatrias (art. 40, 4 do EC): Traz 3 obrigaes para o poder executivo e legislativo municipal. a) Participao popular; b) Ampla publicidade; c) Acessibilidade de todo cidado a essa documentao.

    Art. 40. O plano diretor, aprovado por lei municipal, o instrumento bsico da poltica de desenvolvimento e expanso urbana. 4o No processo de elaborao do plano diretor e na fiscalizao de sua implementao, os Poderes Legislativo e Executivo municipais garantiro: I a promoo de audincias pblicas e debates com a participao da populao e de associaes representativas dos vrios segmentos da comunidade; II a publicidade quanto aos documentos e informaes produzidos; III o acesso de qualquer interessado aos documentos e informaes produzidos.

    Se no garantir isso, incide em crime de responsabilidade e improbidade

    administrativa (art. 52, VI da EC).

    Art. 52. Sem prejuzo da punio de outros agentes pblicos envolvidos e da aplicao de outras sanes cabveis, o Prefeito incorre em improbidade administrativa, nos termos da Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992, quando: VI impedir ou deixar de garantir os requisitos contidos nos incisos I a III do 4o do art. 40 desta Lei;

    CUIDADO: algumas cidades a participao fictcia, porque marcam um dia antes, ou

    seja, os prefeitos no cumpriram a contento a ampla publicidade.

    O art. 42 do EC traz contedo mnimo e dentro disso possvel exigir que esteja no plano diretor, uma obrigao de fazer porque est fixado em lei.

    Art. 42. O plano diretor dever conter no mnimo: I a delimitao das reas urbanas onde poder ser aplicado o parcelamento, edificao ou utilizao compulsrios, considerando a existncia de infra-estrutura e de demanda para utilizao, na forma do art. 5odesta Lei; II disposies requeridas pelos arts. 25, 28, 29, 32 e 35 desta Lei; III sistema de acompanhamento e controle.

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    - LPNPDEC: Lei n 12.608/12 Introduziu o art. 42-A e 42-B, que amplia obrigaes para uns municpios em razo do

    risco que tem para as pessoas. Como, por exemplo, realocao de reas de riscos.

    Art. 42-A. Alm do contedo previsto no art. 42, o plano diretor dos Municpios includos no cadastro nacional de municpios com reas suscetveis ocorrncia de deslizamentos de grande impacto, inundaes bruscas ou processos geolgicos ou hidrolgicos correlatos dever conter: I - parmetros de parcelamento, uso e ocupao do solo, de modo a promover a diversidade de usos e a contribuir para a gerao de emprego e renda; II - mapeamento contendo as reas suscetveis ocorrncia de deslizamentos de grande impacto, inundaes bruscas ou processos geolgicos ou hidrolgicos correlatos; III - planejamento de aes de interveno preventiva e realocao de populao de reas de risco de desastre; IV - medidas de drenagem urbana necessrias preveno e mitigao de impactos de desastres; e V - diretrizes para a regularizao fundiria de assentamentos urbanos irregulares, se houver, observadas a Lei no 11.977, de 7 de julho de 2009, e demais normas federais e estaduais pertinentes, e previso de reas para habitao de interesse social por meio da demarcao de zonas especiais de interesse social e de outros instrumentos de poltica urbana, onde o uso habitacional for permitido. 1o A identificao e o mapeamento de reas de risco levaro em conta as cartas geotcnicas. 2o O contedo do plano diretor dever ser compatvel com as disposies insertas nos planos de recursos hdricos, formulados consoante a Lei no 9.433, de 8 de janeiro de 1997. 3o Os Municpios adequaro o plano diretor s disposies deste artigo, por ocasio de sua reviso, observados os prazos legais. 4o Os Municpios enquadrados no inciso VI do art. 41 desta Lei e que no tenham plano diretor aprovado tero o prazo de 5 (cinco) anos para o

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    seu encaminhamento para aprovao pela Cmara Municipal. Art. 42-B. Os Municpios que pretendam ampliar o seu permetro urbano aps a data de publicao desta Lei devero elaborar projeto especfico que contenha, no mnimo: I - demarcao do novo permetro urbano; II - delimitao dos trechos com restries urbanizao e dos trechos sujeitos a controle especial em funo de ameaa de desastres naturais; III - definio de diretrizes especficas e de reas que sero utilizadas para infraestrutura, sistema virio, equipamentos e instalaes pblicas, urbanas e sociais; IV - definio de parmetros de parcelamento, uso e ocupao do solo, de modo a promover a diversidade de usos e contribuir para a gerao de emprego e renda; V - a previso de reas para habitao de interesse social por meio da demarcao de zonas especiais de interesse social e de outros instrumentos de poltica urbana, quando o uso habitacional for permitido; VI - definio de diretrizes e instrumentos especficos para proteo ambiental e do patrimnio histrico e cultural; e VII - definio de mecanismos para garantir a justa distribuio dos nus e benefcios decorrentes do processo de urbanizao do territrio de expanso urbana e a recuperao para a coletividade da valorizao imobiliria resultante da ao do poder pblico. 1o O projeto especfico de que trata o caput deste artigo dever ser institudo por lei municipal e atender s diretrizes do plano diretor, quando houver. 2o Quando o plano diretor contemplar as exigncias estabelecidas no caput, o Municpio ficar dispensado da elaborao do projeto especfico de que trata o caput deste artigo 3o A aprovao de projetos de parcelamento do solo no novo permetro urbano ficar condicionada existncia do projeto especfico e dever obedecer s suas disposies.

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    O contedo mnimo ento para esses municpios mais completo. Complementar a leitura com os artigos 7, 8, 16 da LPNPDEC.

    Art. 7o Compete aos Estados: I - executar a PNPDEC em seu mbito territorial; II - coordenar as aes do SINPDEC em articulao com a Unio e os Municpios; III - instituir o Plano Estadual de Proteo e Defesa Civil; IV - identificar e mapear as reas de risco e realizar estudos de identificao de ameaas, suscetibilidades e vulnerabilidades, em articulao com a Unio e os Municpios; V - realizar o monitoramento meteorolgico, hidrolgico e geolgico das reas de risco, em articulao com a Unio e os Municpios; VI - apoiar a Unio, quando solicitado, no reconhecimento de situao de emergncia e estado de calamidade pblica; VII - declarar, quando for o caso, estado de calamidade pblica ou situao de emergncia; e VIII - apoiar, sempre que necessrio, os Municpios no levantamento das reas de risco, na elaborao dos Planos de Contingncia de Proteo e Defesa Civil e na divulgao de protocolos de preveno e alerta e de aes emergenciais. Pargrafo nico. O Plano Estadual de Proteo e Defesa Civil conter, no mnimo: I - a identificao das bacias hidrogrficas com risco de ocorrncia de desastres; e II - as diretrizes de ao governamental de proteo e defesa civil no mbito estadual, em especial no que se refere implantao da rede de monitoramento meteorolgico, hidrolgico e geolgico das bacias com risco de desastre.

    Art. 8o Compete aos Municpios: I - executar a PNPDEC em mbito local; II - coordenar as aes do SINPDEC no mbito local, em articulao com a Unio e os Estados; III - incorporar as aes de proteo e defesa civil no planejamento municipal; IV - identificar e mapear as reas de risco de desastres; V - promover a fiscalizao das reas de risco de desastre e vedar novas ocupaes nessas reas;

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    VI - declarar situao de emergncia e estado de calamidade pblica; VII - vistoriar edificaes e reas de risco e promover, quando for o caso, a interveno preventiva e a evacuao da populao das reas de alto risco ou das edificaes vulnerveis; VIII - organizar e administrar abrigos provisrios para assistncia populao em situao de desastre, em condies adequadas de higiene e segurana; IX - manter a populao informada sobre reas de risco e ocorrncia de eventos extremos, bem como sobre protocolos de preveno e alerta e sobre as aes emergenciais em circunstncias de desastres; X - mobilizar e capacitar os radioamadores para atuao na ocorrncia de desastre; XI - realizar regularmente exerccios simulados, conforme Plano de Contingncia de Proteo e Defesa Civil; XII - promover a coleta, a distribuio e o controle de suprimentos em situaes de desastre; XIII - proceder avaliao de danos e prejuzos das reas atingidas por desastres; XIV - manter a Unio e o Estado informados sobre a ocorrncia de desastres e as atividades de proteo civil no Municpio; XV - estimular a participao de entidades privadas, associaes de voluntrios, clubes de servios, organizaes no governamentais e associaes de classe e comunitrias nas aes do SINPDEC e promover o treinamento de associaes de voluntrios para atuao conjunta com as comunidades apoiadas; e XVI - prover soluo de moradia temporria s famlias atingidas por desastres.

    Art. 16. Fica a Unio autorizada a conceder incentivo ao Municpio que adotar medidas voltadas ao aumento da oferta de terra urbanizada para utilizao em habitao de interesse social, por meio dos institutos previstos na Lei no 10.257, de 10 de julho de 2001, na forma do regulamento. Pargrafo nico. O incentivo de que trata o caput compreender a transferncia de recursos para a aquisio de terrenos destinados a programas de habitao de interesse social.

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    Art. 42-B: trata dos municpios que pretendem ampliar seu permetro urbano.

    Art. 42-B. Os Municpios que pretendam ampliar o seu permetro urbano aps a data de publicao desta Lei devero elaborar projeto especfico que contenha, no mnimo: I - demarcao do novo permetro urbano; II - delimitao dos trechos com restries urbanizao e dos trechos sujeitos a controle especial em funo de ameaa de desastres naturais; III - definio de diretrizes especficas e de reas que sero utilizadas para infraestrutura, sistema virio, equipamentos e instalaes pblicas, urbanas e sociais; IV - definio de parmetros de parcelamento, uso e ocupao do solo, de modo a promover a diversidade de usos e contribuir para a gerao de emprego e renda; V - a previso de reas para habitao de interesse social por meio da demarcao de zonas especiais de interesse social e de outros instrumentos de poltica urbana, quando o uso habitacional for permitido; VI - definio de diretrizes e instrumentos especficos para proteo ambiental e do patrimnio histrico e cultural; e VII - definio de mecanismos para garantir a justa distribuio dos nus e benefcios decorrentes do processo de urbanizao do territrio de expanso urbana e a recuperao para a coletividade da valorizao imobiliria resultante da ao do poder pblico. 1o O projeto especfico de que trata o caput deste artigo dever ser institudo por lei municipal e atender s diretrizes do plano diretor, quando houver. 2o Quando o plano diretor contemplar as exigncias estabelecidas no caput, o Municpio ficar dispensado da elaborao do projeto especfico de que trata o caput deste artigo 3o A aprovao de projetos de parcelamento do solo no novo permetro urbano ficar condicionada existncia do projeto especfico e dever obedecer s suas disposies.

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    O art. 11 da Lei de Improbidade pune o administrador pblico que no cumprir os princpios informadores da administrao pblica. E um dos princpios o da legalidade, porque ele tem que cumprir a lei.

    Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princpios da administrao pblica qualquer ao ou omisso que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade s instituies, e notadamente: I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competncia; II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofcio; III - revelar fato ou circunstncia de que tem cincia em razo das atribuies e que deva permanecer em segredo; IV - negar publicidade aos atos oficiais; V - frustrar a licitude de concurso pblico; VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a faz-lo; VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgao oficial, teor de medida poltica ou econmica capaz de afetar o preo de mercadoria, bem ou servio.

    ADI 70.028.427.466/RS: alterou o plano diretor sem participao popular.

    Nmero: 70047980420 Tipo de Processo: Ao Direta de Inconstitucionalidade rgo Julgador: Tribunal Pleno Deciso: Acrdo Relator: Tlio de Oliveira Martins Comarca de Origem: Porto Alegre Ementa: AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. MUNICPIO DE CERRITO. LEI MUNICIPAL N. 762/2010. DIRETRIZES DE OCUPAO URBANA DO TERRITRIO. PRINCPIO DA DEMOCRACIA PARTICIPATIVA (ART. 177, 5, DA CE). Lei Municipal editada por Municpio que, por seu contingente populacional e conforme a norma do art. 182 da Constituio Federal, no est submetido obrigao constitucional de elaborar

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    plano diretor e, por conseguinte, tampouco se acha submetido adoo do respectivo processo legislativo diferenciado e em que haja a efetiva participao da comunidade como condio de validade das leis... Ver ntegra da ementa

    Questo: Defensoria de SP/2006: 20 mil habitantes. Questo: MP do Maranho/2014: art. 41 do EC, gabarito: mais de 10 mil habitantes no obrigatrio o plano diretor.

    Art. 41. O plano diretor obrigatrio para cidades: I com mais de vinte mil habitantes; II integrantes de regies metropolitanas e aglomeraes urbanas; III onde o Poder Pblico municipal pretenda utilizar os instrumentos previstos no 4o do art. 182 da Constituio Federal; IV integrantes de reas de especial interesse turstico; V inseridas na rea de influncia de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental de mbito regional ou nacional. VI - includas no cadastro nacional de Municpios com reas suscetveis ocorrncia de deslizamentos de grande impacto, inundaes bruscas ou processos geolgicos ou hidrolgicos correlatos. 1o No caso da realizao de empreendimentos ou atividades enquadrados no inciso V do caput, os recursos tcnicos e financeiros para a elaborao do plano diretor estaro inseridos entre as medidas de compensao adotadas. 2o No caso de cidades com mais de quinhentos mil habitantes, dever ser elaborado um plano de transporte urbano integrado, compatvel com o plano diretor ou nele inserido.

    2. Estudo de Impacto de Vizinhana EIV/RIVI

    Art. 37 do EC d a dimenso do que o EIV: Serve para avaliar os impactos positivos e negativos na qualidade de vida urbana.

    O estudo deve considerar: a) O adensamento populacional; b) Uso ocupao do solo; c) Valorizao ou desvalorizao de trafego; d) Ventilao e iluminao;

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    e) Paisagem urbana, etc...

    Art. 37. O EIV ser executado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento ou atividade quanto qualidade de vida da populao residente na rea e suas proximidades, incluindo a anlise, no mnimo, das seguintes questes: I adensamento populacional; II equipamentos urbanos e comunitrios; III uso e ocupao do solo; IV valorizao imobiliria; V gerao de trfego e demanda por transporte pblico; VI ventilao e iluminao; VII paisagem urbana e patrimnio natural e cultural. Pargrafo nico. Dar-se- publicidade aos documentos integrantes do EIV, que ficaro disponveis para consulta, no rgo competente do Poder Pblico municipal, por qualquer interessado.

    Isso tudo o estudo de impacto de vizinhana. O art. 38 do EC deixa claro que o EIA no pode ser confundindo com o EIV, muito

    menos um substituir o outro.

    Art. 38. A elaborao do EIV no substitui a elaborao e a aprovao de estudo prvio de impacto ambiental (EIA), requeridas nos termos da legislao ambiental.

    O art. 4, VI do EC manda fazer os dois instrumentos.

    Art. 4o Para os fins desta Lei, sero utilizados, entre outros instrumentos: VI estudo prvio de impacto ambiental (EIA) e estudo prvio de impacto de vizinhana (EIV).

    Analisa o meio ambiente fsico/natural, verificando os impactos no solo, ar, agua,

    fauna e flora. Resoluo CONAMA 01/86 traz os passos de um estudo de impacto ambiental. Logo, o EIARIMA comea da anlise do meio ambiente fsico. O EIA exigido para os projetos que causem significativa degradao ambiental art.

    225, 1, IV da CF.

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    Art. 225. Todos tm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Pblico e coletividade o dever de defend-lo e preserv-lo para as presentes e futuras geraes. 1 - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Pblico: IV - exigir, na forma da lei, para instalao de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradao do meio ambiente, estudo prvio de impacto ambiental, a que se dar publicidade;

    O problema do EIV o art. 36 do EC: lei municipal ser editada apontando os

    empreendimentos que causem impactos na vizinha (empreendimentos privados ou pblicos).

    Art. 36. Lei municipal definir os empreendimentos e atividades privados ou pblicos em rea urbana que dependero de elaborao de estudo prvio de impacto de vizinhana (EIV) para obter as licenas ou autorizaes de construo, ampliao ou funcionamento a cargo do Poder Pblico municipal.

    O problema que os municpios no fazem essa lei, pois a lei no inseriu prazo para

    edio e nem sano para descumprimento. Com isso, fica na mo do prefeito o poder de determinar certas exigncias para um e outras para outros empreendimentos.

    E no adianta entrar com ao civil pblica, o MP j entrou vrias vezes e perderam, pois no tem data para a edio da lei, logo o poder judicirio no pode exigir do executivo.

    10 Cmara de Direito Pblico de SP Apelao com reviso n 0160643-8.2007.8.26.0000: pedido de exigncia de EIV/RIVI para todos os futuros loteamentos, ou seja, estava pedindo para o judicirio substituir o legislativo em carncia da ao, o que no possvel.

    O melhor seria pedir a exigncia naquele empreendimento especificadamente, e no de maneira genrica, tem que pedir caso por caso (Em So Jos dos Campos uma ao parecida foi procedente).

    Tem que apresentar no judicirio para que possa analisar a qualidade do estudo feito. O legislador para dar igualdade aos municpios deveria ter feito um rol de requisitos

    mnimos, do contrrio o que tem preocupao ambiental e tem uma legislao rigorosa no tem desenvolvimento, j que vedado diminuir os requisitos que j foram includos (princpio da proibio do retrocesso).

    3. Instrumentos de induo ao desenvolvimento urbano Quando a defensoria faz os editais ela coloca: instrumentos de induo ao

    desenvolvimento urbano e moradia.

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    A base constitucional art. 182, 4 da CF: pode ou deve? Os deveres so discricionrios ou vinculados? O artigo diz que facultado ao poder pblico municipal, ento no cabe ao civil pblica, porque no pode obrigar o prefeito a usar esses instrumentos.

    Art. 182. A poltica de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Pblico municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funes sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.

    4 - facultado ao Poder Pblico municipal, mediante lei especfica para rea includa no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietrio do solo urbano no edificado, subutilizado ou no utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: I - parcelamento ou edificao compulsrios; II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo; III - desapropriao com pagamento mediante ttulos da dvida pblica de emisso previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de at dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenizao e os juros legais.

    a) Parcelamento, edificao ou utilizao compulsrios art. 5 e 6 do EC;

    Art. 5o Lei municipal especfica para rea includa no plano diretor poder determinar o parcelamento, a edificao ou a utilizao compulsrios do solo urbano no edificado, subutilizado ou no utilizado, devendo fixar as condies e os prazos para implementao da referida obrigao. 1o Considera-se subutilizado o imvel: I cujo aproveitamento seja inferior ao mnimo definido no plano diretor ou em legislao dele decorrente; 2o O proprietrio ser notificado pelo Poder Executivo municipal para o cumprimento da obrigao, devendo a notificao ser averbada no cartrio de registro de imveis. 3o A notificao far-se-:

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    I por funcionrio do rgo competente do Poder Pblico municipal, ao proprietrio do imvel ou, no caso de este ser pessoa jurdica, a quem tenha poderes de gerncia geral ou administrao; II por edital quando frustrada, por trs vezes, a tentativa de notificao na forma prevista pelo inciso I. 4o Os prazos a que se refere o caput no podero ser inferiores a: I - um ano, a partir da notificao, para que seja protocolado o projeto no rgo municipal competente; II - dois anos, a partir da aprovao do projeto, para iniciar as obras do empreendimento. 5o Em empreendimentos de grande porte, em carter excepcional, a lei municipal especfica a que se refere o caput poder prever a concluso em etapas, assegurando-se que o projeto aprovado compreenda o empreendimento como um todo. Art. 6o A transmisso do imvel, por ato inter vivos ou causa mortis, posterior data da notificao, transfere as obrigaes de parcelamento, edificao ou utilizao previstas no art. 5o desta Lei, sem interrupo de quaisquer prazos.

    Primeira coisa que tem que ter o plano diretor, porque se no tiver no pode usar. Tem que incluir no plano diretor a rea, se no tem, s pode incluir na prxima

    reviso. uma das intervenes mais serias na propriedade particular. Deve ter lei municipal especifica, porque ningum obrigado a fazer nada, seno em

    virtude de lei. Hoje as leis urbansticas exigem recuo de frente, de fundo, lateral, etc.... parmetros

    definidos em lei de construo urbana. Art. 5, 1 do EC: subutilizao, imveis que so utilizados abaixo do mnimo. A lei municipal fixa prazos e condies para o proprietrio cumprir a obrigao, art. 5,

    4 do EC: prazo de no mnimo 1 ano para a pessoa protocolar o projeto no rgos municipal competente.

    Art. 5o Lei municipal especfica para rea includa no plano diretor poder determinar o parcelamento, a edificao ou a utilizao compulsrios do solo urbano no edificado, subutilizado ou no utilizado, devendo fixar as condies e os prazos para implementao da referida obrigao. 1o Considera-se subutilizado o imvel:

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    I cujo aproveitamento seja inferior ao mnimo definido no plano diretor ou em legislao dele decorrente;

    Aps, o proprietrio tem o prazo de 2 anos para iniciar a obra. Contudo, no consta o

    prazo de termino, por isso, a prefeitura pede que apresente o prazo de concluso, para ento o executivo poder exigir o trmino da obra.

    - notificao do proprietrio e as consequncias jurdicas dessa notificao: Art. 5, 2 do EC notificao e averbao obrigatria na matricula do imvel.

    Art. 5o Lei municipal especfica para rea includa no plano diretor poder determinar o parcelamento, a edificao ou a utilizao compulsrios do solo urbano no edificado, subutilizado ou no utilizado, devendo fixar as condies e os prazos para implementao da referida obrigao. 2o O proprietrio ser notificado pelo Poder Executivo municipal para o cumprimento da obrigao, devendo a notificao ser averbada no cartrio de registro de imveis.

    O funcionrio vai tentar 3 vezes fazer a notificao pessoal, se no conseguir notificar

    por edital e tem que cumprir. Art. 6 do EC transmisso: obrigao proptem rem se houver transmisso quem

    recebe, recebe com o prazo correndo, nem o benefcio de reiniciar o prazo no tem, por isso no pode alegar desconhecimento, porque esta registrado na matricula que tem publicidade.

    Se no cumprir a obrigao vamos para a letra b.

    Art. 6o A transmisso do imvel, por ato inter vivos ou causa mortis, posterior data da notificao, transfere as obrigaes de parcelamento, edificao ou utilizao previstas no art. 5o desta Lei, sem interrupo de quaisquer prazos.

    b) IPTU progressivo no tempo: art. 7 do EC

    Art. 7o Em caso de descumprimento das condies e dos prazos previstos na forma do caput do art. 5odesta Lei, ou no sendo cumpridas as etapas previstas no 5o do art. 5o desta Lei, o Municpio proceder aplicao do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) progressivo no tempo, mediante a majorao da alquota pelo prazo de cinco anos consecutivos.

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    1o O valor da alquota a ser aplicado a cada ano ser fixado na lei especfica a que se refere o caput do art. 5o desta Lei e no exceder a duas vezes o valor referente ao ano anterior, respeitada a alquota mxima de quinze por cento. 2o Caso a obrigao de parcelar, edificar ou utilizar no esteja atendida em cinco anos, o Municpio manter a cobrana pela alquota mxima, at que se cumpra a referida obrigao, garantida a prerrogativa prevista no art. 8o. 3o vedada a concesso de isenes ou de anistia relativas tributao progressiva de que trata este artigo.

    Em reas maiores, possvel a previso de concluso por etapas, e se deixar de fazer essas etapas que vai para este artigo 7 do EC.

    Ento o IPTU progressivo a majorao da alquota do IPTU por 5 anos consecutivos. Nesse caso o prefeito pode ou deve majorar a alquota? facultado comear, mas

    quando cria a lei municipal especifica a alquota do IPTU j vai estar determinada na lei, e, se est na lei tem que fazer (art. 7, 1 do EC).

    Art. 7o Em caso de descumprimento das condies e dos prazos previstos na forma do caput do art. 5odesta Lei, ou no sendo cumpridas as etapas previstas no 5o do art. 5o desta Lei, o Municpio proceder aplicao do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) progressivo no tempo, mediante a majorao da alquota pelo prazo de cinco anos consecutivos. 1o O valor da alquota a ser aplicado a cada ano ser fixado na lei especfica a que se refere o caput do art. 5o desta Lei e no exceder a duas vezes o valor referente ao ano anterior, respeitada a alquota mxima de quinze por cento.

    ato vinculado, sob pena de improbidade administrativa. O valor da alquota tem o limite de 15%, do contrrio d confisco. A doutrina chama de tributo ambiental urbano. Art. 7, 3 do EC: veda-se a concesso de isenes e anistias para essa modalidade,

    porque foi aplicado pelo mau uso da propriedade urbana.

    Art. 7o Em caso de descumprimento das condies e dos prazos previstos na forma do caput do art. 5odesta Lei, ou no sendo cumpridas as etapas

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    previstas no 5o do art. 5o desta Lei, o Municpio proceder aplicao do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) progressivo no tempo, mediante a majorao da alquota pelo prazo de cinco anos consecutivos. 3o vedada a concesso de isenes ou de anistia relativas tributao progressiva de que trata este artigo.

    Se durante o prazo de 5 anos no cumpre a obrigao, passamos para a

    desapropriao.

    c) Desapropriao art. 8 do EC

    Art. 8o Decorridos cinco anos de cobrana do IPTU progressivo sem que o proprietrio tenha cumprido a obrigao de parcelamento, edificao ou utilizao, o Municpio poder proceder desapropriao do imvel, com pagamento em ttulos da dvida pblica. 1o Os ttulos da dvida pblica tero prvia aprovao pelo Senado Federal e sero resgatados no prazo de at dez anos, em prestaes anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenizao e os juros legais de seis por cento ao ano. 2o O valor real da indenizao: I refletir o valor da base de clculo do IPTU, descontado o montante incorporado em funo de obras realizadas pelo Poder Pblico na rea onde o mesmo se localiza aps a notificao de que trata o 2o do art. 5o desta Lei; II no computar expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros compensatrios. 3o Os ttulos de que trata este artigo no tero poder liberatrio para pagamento de tributos. 4o O Municpio proceder ao adequado aproveitamento do imvel no prazo mximo de cinco anos, contado a partir da sua incorporao ao patrimnio pblico. 5o O aproveitamento do imvel poder ser efetivado diretamente pelo Poder Pblico ou por meio de alienao ou concesso a terceiros, observando-se, nesses casos, o devido procedimento licitatrio. 6o Ficam mantidas para o adquirente de imvel nos termos do 5o as mesmas obrigaes de

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    parcelamento, edificao ou utilizao previstas no art. 5o desta Lei.

    O prefeito pode (faculdade), no obrigado. Nesse caso, o MP pode fazer uma recomendao ao prefeito, s no pode citar sob pena de.... por que como no ato vinculado no tem sano art. 7, 2 do EC.

    Majorao da cobrana do IPTU pela alquota mxima OU desapropriao.

    Art. 7o Em caso de descumprimento das condies e dos prazos previstos na forma do caput do art. 5odesta Lei, ou no sendo cumpridas as etapas previstas no 5o do art. 5o desta Lei, o Municpio proceder aplicao do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) progressivo no tempo, mediante a majorao da alquota pelo prazo de cinco anos consecutivos. 2o Caso a obrigao de parcelar, edificar ou utilizar no esteja atendida em cinco anos, o Municpio manter a cobrana pela alquota mxima, at que se cumpra a referida obrigao, garantida a prerrogativa prevista no art. 8o.

    Se o prefeito no fizer nenhum dos 2, possvel entrar com ao civil pblica para

    fazer ele fazer um dos dois, porque facultativo a desapropriao, mais ele tem que optar por x ou y, no pode simplesmente se omitir.

    Art. 8, 4 e 5 do EC: o prefeito quando desapropria pode:

    Art. 8o Decorridos cinco anos de cobrana do IPTU progressivo sem que o proprietrio tenha cumprido a obrigao de parcelamento, edificao ou utilizao, o Municpio poder proceder desapropriao do imvel, com pagamento em ttulos da dvida pblica. 4o O Municpio proceder ao adequado aproveitamento do imvel no prazo mximo de cinco anos, contado a partir da sua incorporao ao patrimnio pblico. 5o O aproveitamento do imvel poder ser efetivado diretamente pelo Poder Pblico ou por meio de alienao ou concesso a terceiros, observando-se, nesses casos, o devido procedimento licitatrio.

    a) Incorporar ao patrimnio pblico municipal, e se fizer isso, o prefeito tem 5

    anos para dar uma destinao ao imvel. Se no fizer d desvio de finalidade art. 52, II do EC;

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    Logo, no dar destinao improbidade, e, dar destinao contrria a finalidade primria tambm desvio de finalidade.

    Art. 52. Sem prejuzo da punio de outros agentes pblicos envolvidos e da aplicao de outras sanes cabveis, o Prefeito incorre em improbidade administrativa, nos termos da Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992, quando: II deixar de proceder, no prazo de cinco anos, o adequado aproveitamento do imvel incorporado ao patrimnio pblico, conforme o disposto no 4o do art. 8o desta Lei;

    Art. 8, 5 do EC: pode alienar a terceiros dando-se o devido procedimento

    licitatrio, se no fazer licitao ou fazer licitao dirigida (ex: parentes) improbidade.

    Art. 8o Decorridos cinco anos de cobrana do IPTU progressivo sem que o proprietrio tenha cumprido a obrigao de parcelamento, edificao ou utilizao, o Municpio poder proceder desapropriao do imvel, com pagamento em ttulos da dvida pblica. 5o O aproveitamento do imvel poder ser efetivado diretamente pelo Poder Pblico ou por meio de alienao ou concesso a terceiros, observando-se, nesses casos, o devido procedimento licitatrio.

    Art. 8, 6 do EC: a partir do momento que o terceiro recebe o imvel nasce para

    ele todas as obrigaes (1 ano para apresentar projeto no mnimo, 2 anos para comear a obra, etc....).

    Art. 8o Decorridos cinco anos de cobrana do IPTU progressivo sem que o proprietrio tenha cumprido a obrigao de parcelamento, edificao ou utilizao, o Municpio poder proceder desapropriao do imvel, com pagamento em ttulos da dvida pblica. 6o Ficam mantidas para o adquirente de imvel nos termos do 5o as mesmas obrigaes de parcelamento, edificao ou utilizao previstas no art. 5o desta Lei.

    Questo: MP/RS/2009: no lei municipal que fixa prazo, o prazo de 5 anos que est no Estatuto da Cidade. O STF trata essa desapropriao como desapropriao sano.

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    Alternativas corretas: II, III e IV. Questo: Defensorias/Piau/2009:

    a) Errada, pode notificar por edital; b) Errada, no dispensa averbao; c) Errada, no tem prazo de uso de no mnimo 3 anos; d) Errado, art. 6 do EC as obrigaes transferem-se; e) Alternativa correta art. 4 do EC.

    Art. 4o Para os fins desta Lei, sero utilizados, entre outros instrumentos: I planos nacionais, regionais e estaduais de ordenao do territrio e de desenvolvimento econmico e social; II planejamento das regies metropolitanas, aglomeraes urbanas e microrregies; III planejamento municipal, em especial: a) plano diretor; b) disciplina do parcelamento, do uso e da ocupao do solo; c) zoneamento ambiental; d) plano plurianual; e) diretrizes oramentrias e oramento anual; f) gesto oramentria participativa; g) planos, programas e projetos setoriais; h) planos de desenvolvimento econmico e social; IV institutos tributrios e financeiros: a) imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana - IPTU; b) contribuio de melhoria; c) incentivos e benefcios fiscais e financeiros; V institutos jurdicos e polticos: a) desapropriao; b) servido administrativa; c) limitaes administrativas; d) tombamento de imveis ou de mobilirio urbano; e) instituio de unidades de conservao; f) instituio de zonas especiais de interesse social; g) concesso de direito real de uso; h) concesso de uso especial para fins de moradia; i) parcelamento, edificao ou utilizao compulsrios; j) usucapio especial de imvel urbano; l) direito de superfcie; m) direito de preempo;

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    n) outorga onerosa do direito de construir e de alterao de uso; o) transferncia do direito de construir; p) operaes urbanas consorciadas; q) regularizao fundiria; r) assistncia tcnica e jurdica gratuita para as comunidades e grupos sociais menos favorecidos; s) referendo popular e plebiscito; t) demarcao urbanstica para fins de regularizao fundiria; u) legitimao de posse. VI estudo prvio de impacto ambiental (EIA) e estudo prvio de impacto de vizinhana (EIV). 1o Os instrumentos mencionados neste artigo regem-se pela legislao que lhes prpria, observado o disposto nesta Lei. 2o Nos casos de programas e projetos habitacionais de interesse social, desenvolvidos por rgos ou entidades da Administrao Pblica com atuao especfica nessa rea, a concesso de direito real de uso de imveis pblicos poder ser contratada coletivamente. 3o Os instrumentos previstos neste artigo que demandam dispndio de recursos por parte do Poder Pblico municipal devem ser objeto de controle social, garantida a participao de comunidades, movimentos e entidades da sociedade civil.

    4. Instrumentos de regularizao da ocupao urbana

    a) Usucapio especial urbano individual;

    - Art. 183 da CF (possuidor rea urbana); - art. 1240 e 1240-A do Cdigo Civil (possuidor rea urbana); e - art. 9 do Estatuto da Cidade (mais amplo, porque cita possuidor de rea ou edificao urbana).

    Art. 183. Aquele que possuir como sua rea urbana de at duzentos e cinqenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposio, utilizando-a para sua moradia ou de sua famlia, adquirir-lhe- o domnio, desde que no seja proprietrio de outro imvel urbano ou rural. 1 - O ttulo de domnio e a concesso de uso sero conferidos ao homem ou mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.

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    2 - Esse direito no ser reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. 3 - Os imveis pblicos no sero adquiridos por usucapio. Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, rea urbana de at duzentos e cinqenta metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposio, utilizando-a para sua moradia ou de sua famlia, adquirir-lhe- o domnio, desde que no seja proprietrio de outro imvel urbano ou rural. 1o O ttulo de domnio e a concesso de uso sero conferidos ao homem ou mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil. 2o O direito previsto no pargrafo antecedente no ser reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposio, posse direta, com exclusividade, sobre imvel urbano de at 250m (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-cnjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua famlia, adquirir-lhe- o domnio integral, desde que no seja proprietrio de outro imvel urbano ou rural. 1o O direito previsto no caput no ser reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. Art. 9o Aquele que possuir como sua rea ou edificao urbana de at duzentos e cinqenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposio, utilizando-a para sua moradia ou de sua famlia, adquirir-lhe- o domnio, desde que no seja proprietrio de outro imvel urbano ou rural. 1o O ttulo de domnio ser conferido ao homem ou mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil. 2o O direito de que trata este artigo no ser reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. 3o Para os efeitos deste artigo, o herdeiro legtimo continua, de pleno direito, a posse de seu

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    antecessor, desde que j resida no imvel por ocasio da abertura da sucesso.

    A CF traz os seguintes instrumentos: plano diretor, usucapio especial individual,

    parcelamento edificao, IPTU progressivo e desapropriao.

    b) Usucapio especial coletiva; e No est prevista na CF.

    c) Concesso de uso Medida Provisria n 2220/2001 (concesso de uso especial para

    fins de moradia).