UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA – CECOP 3
IVENE MATOS DOS SANTOS
NOVAS TECNOLOGIAS E AS PRÁTICAS EDUCATIVAS: UM ESTUDO NA ESCOLA MUNICIPAL ANTONIO CARLOS
MAGALHÃES DO MUNICÍPIO DE MUNDO NOVO, BAHIA
Salvador 2016
IVENE MATOS DOS SANTOS
NOVAS TECNOLOGIAS E AS PRÁTICAS EDUCATIVAS: UM ESTUDO NA ESCOLA MUNICIPAL ANTONIO CARLOS
MAGALHÃES DO MUNICÍPIO DE MUNDO NOVO, BAHIA
Projeto Vivencial apresentado ao Programa Nacional Escola de Gestores da Educação Básica Pública, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, como requisito para obtenção do grau de Especialista em Coordenação Pedagógica. Orientadora: Mércia Ramos Xavier
Salvador 2016
IVENE MATOS DOS SANTOS
NOVAS TECNOLOGIAS E AS PRÁTICAS EDUCATIVAS: UM ESTUDO NA ESCOLA MUNICIPAL ANTÔNIO CARLOS MAGALHÃES DO
MUNICÍPIO DE MUNDO NOVO, BAHIA
Projeto Vivencial apresentado como requisito para a obtenção do grau de Especialista em Coordenação Pedagógica pelo Programa Nacional Escola de Gestores, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia.
Aprovado em janeiro de 2016.
Banca Examinadora
Primeiro Avaliador.________________________________________________ Segundo Avaliador. _______________________________________________ Terceiro Avaliador. ________________________________________________
Dedico este trabalho às minhas filhas Rina e Riza, ao meu neto Pedro Henrique,
pela compreensão e carinho e por entenderem minha ausência durante todo este
tempo.
AGRADECIMENTOS
A Deus, por me permitir mais esta conquista.
Aos meus familiares, pelo apoio neste momento. A todos, meu muito obrigada.
A minha orientadora, Profª. Mércia Ramos Xavier, pela paciência, competência,
apoio e disponibilidade ao me auxiliar nesta jornada.
As minhas colegas de caminhada pela colaboração, paciência, companheirismo,
especialmente a Mariléia e Rozana que, com muita paciência, me ajudaram
bastante, meu muito obrigada!
A minha eterna professora, Ana Lúcia Souza da Silva, a quem devo muito do que
aprendi, principalmente em Língua Portuguesa e que me dá o privilégio de fazer a
correção ortográfica deste trabalho, muito obrigada!.
À Faculdade de Educação da UFBa e ao Programa Escola de Gestores, por nos
proporcionarem com esta iniciativa, a oportunidade que beneficia tantos
Coordenadores Pedagógicos como eu, de fazer um Curso de tão grande importância
para nossa formação.
.
Ninguém caminha sem aprender a caminhar, sem
aprender a fazer o caminho caminhando, refazendo
e retocando o sonho pelo qual se pôs a caminhar.
Paulo Freire
SANTOS, Ivene Matos dos. Novas Tecnologias e as Práticas Educativas: um
Estudo na Escola Municipal Antonio Carlos Magalhães do Município de Mundo
Novo, Bahia. 2015. Projeto Vivencial (Especialização) – Programa Nacional Escola
de Gestores, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, Salvador,
2016.
RESUMO
O presente trabalho apresenta como tema principal o uso das tecnologias da informação e comunicação (TICs) nas práticas educativas. A problemática do trabalho surgiu a partir da análise do Projeto Tecnologia Amiga da Escola, um projeto de informática educacional implantado nas escolas municipais da Prefeitura de Mundo Novo. No estudo realizado na Escola Antônio Carlos Magalhães observou-se que, apesar do referido Projeto representar uma das possibilidades de inovações das práticas educativas, poucos professores se utilizam deste aplicativo. Uma das hipóteses levantadas para esta baixa adesão ao Projeto na escola em análise seria, a resistência por parte de alguns professores, por não terem intimidade com os dispositivos, programas e aplicativos. Para o desenvolvimento deste trabalho, adotou-se como metodologia a pesquisa bibliográfica sobre o tema, aplicação de questionários e observação direta de uma turma participante do Projeto. Os resultados obtidos demonstraram haver a necessidade do desenvolvimento de ações que proporcionem maior conhecimento aos professores sobre os recursos disponíveis para dinamizar as aulas. Esse trabalho tem como objetivo estimular o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação nas práticas pedagógicas como fonte de transformações no processo de ensino e aprendizagem na Escola Municipal Antonio Carlos Magalhães no município de Mundo Novo. Palavras-chave: Tecnologias da Informação e Comunicação. Educação. Práticas Educativas.
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Pesquisa sobre o uso dos recursos do Projeto Tecnologia Amiga da
Escola na Escola Antônio Carlos Magalhães.......................................................... 28
Quadro 2 – Cronograma de Ações da Proposta de Intervenção............................ 31
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CECOP – Centro de Especialização de Coordenação Pedagógica
LDB – Lei de Diretrizes e Bases
LDBEN – Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional
MEC – Ministério da Educação
PACTO/PNAIC - Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa
PCNs – Parâmetros Curriculares Nacionais
PCNEM - Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio
TICs – Tecnologia da Informação e Comunicação
UFBa – Universidade Federal da Bahia
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 11
CAPÍTULO I – MEMORIAL ............................................................................... 13
1. MEMÓRIAS DE UMA EDUCADORA ................................................................. 13
1.1 VIDA ACADÊMICA .......................................................................................... 13
1.2 VIDA PROFISSIONAL ..................................................................................... 14
1.3 EXPECTATIVAS .............................................................................................. 16
CAPÍTULO II - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................... 16
2.1 AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO A SERVIÇO DA
EDUCAÇÃO ........................................................................................................... 17
2.2 OS PROFESSORES E AS NOVAS TECNOLOGIAS ...................................... 22
CAPÍTULO III – PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ...................................... 24
3.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 24
3.2 - HISTÓRICO E CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR ..................... 24
3.3 METODOLOGIA .............................................................................................. 26
3.4 OBJETIVOS ..................................................................................................... 27
3.4.1 Geral .......................................................................................................... 27
3.4.2 Específicos ................................................................................................ 27
3.5 INSTRUMENTOS DE PESQUISA E ANÁLISE DOS DADOS .............................. 28
3.5.1 Pesquisa sobre o uso dos recursos do Projeto Tecnologia Amiga da
Escola .................................................................................................................... 28
3.5.2 Observação direta: ..................................................................................... 28
3.6 Proposta de Ações para Intervenção .............................................................. 30
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 32
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 33
APÊNDICE ............................................................................................................ 34
11
INTRODUÇÃO
A tecnologia da informação e comunicação tem se expandido a cada dia
e trazido para as escolas novos desafios e possibilidades de cunho educativo,
tornando-se mais uma importante ferramenta pedagógica na construção do
saber; contudo, ainda verificamos alguns entraves para sua inserção como
mecanismo que promova melhorias nas práticas de ensino.
O Presente trabalho tem como objetivo geral estimular o uso das
tecnologias da informação e comunicação nas práticas pedagógicas como
fonte de transformações no processo de ensino e aprendizagem na Escola
Municipal Antonio Carlos Magalhães no município de Mundo Novo. Para tanto,
definimos como objetivos específicos:
Propor um ciclo de oficinas que propicie ao professor diálogo e
aprendizagem sobre o uso das tecnologias da informação e
comunicação em sala de aula;
Promover a melhor utilização dos recursos tecnológicos disponíveis na
escola;
Produzir melhorias no processo de ensino e aprendizagem.
A problemática do trabalho surgiu a partir da análise do Projeto
Tecnologia Amiga da Escola, que é um projeto de informática educacional
implantado nas Escolas Municipais da Prefeitura de Mundo Novo, com o
objetivo de contribuir para melhorar os processos e as condições de ensino e
aprendizagem, por meio da instalação de softwares educacionais abertos,
denominados de Sofwares de Autoria, em sala de aula na rede pública
municipal, integrando conteúdos digitais interativos, formação de Professores e
equipamentos. Apesar do Projeto estar disponível para utilização por toda a
comunidade escolar, observamos que um pequeno percentual de professores
aplica este recurso tecnológico como mecanismo para melhoria de suas
práticas pedagógicas.
Atribuímos este fato à resistência, por parte de alguns professores, por
não terem intimidade com os dispositivos, programas e aplicativos. Assim
surgiu a pergunta de partida da pesquisa: como estimular o uso da tecnologia
da informação e comunicação nas práticas pedagógicas da Escola Municipal
Antonio Carlos Magalhães? Logo, percebemos a necessidade de desenvolver
12
uma proposta para a capacitação dos professores a fim de auxiliá-los na
utilização das TICs nas suas práticas pedagógicas.
A partir do momento em que todos entenderem e aprenderem a lidar
com as TICs, entenderão a importância delas para melhoria da educação,
haverá maior interação com o Projeto, maior interesse e conseqüentemente um
melhor rendimento no processo de ensino e aprendizagem.
A metodologia adotada para a realização do trabalho foi pesquisa
bibliográfica sobre o tema, aplicação de questionário com um professor que
participa do Projeto, com o Diretor e o Coordenador Pedagógico da Escola
Municipal Antônio Carlos Magalhães, com o objetivo de buscar o caminho para
que os professores possam compreender a importância da utilização das TICs
como aliadas do processo de ensino e aprendizagem. Também optamos pela
estratégia de observação, por meio do acompanhamento da aplicação do
Projeto em uma turma. Observar os resultados obtidos demonstrou haver a
necessidade do desenvolvimento de ações que proporcionem maior
conhecimento aos professores sobre os recursos disponíveis para dinamizar as
aulas.
A proposta foi estruturada em capítulos, sendo distribuídos da seguinte
forma:
Capítulo I - Memorial, apresenta minha trajetória de vida pessoal,
acadêmica, profissional e as expectativas com a realização deste trabalho.
Capítulo II – Fundamentação Teórica, abordamos a trajetória histórica
sobre as TIC’s e a base teórica de sustentação da pesquisa. Utilizamos
autores como Kenski (2014 e 2015), Pretto (2013), Cury e Capobianco (2011),
Perrenoud (2000), dentre outros.
Capítulo III – Proposta de Intervenção é a parte central do trabalho; nele
serão apresentados, caracterização da escola, os resultados da investigação
inicial realizada na unidade e, por fim, a elaboração de um plano de ação com
o objetivo de responder à questão da pesquisa.
Com o desenvolvimento desta proposta de intervenção, esperamos
despertar nos professores da Escola Municipal Antonio Carlos Magalhães, o
interesse pela utilização das TIC’s em suas práticas pedagógicas.
13
CAPÍTULO I – MEMORIAL: MEMÓRIAS DE UMA EDUCADORA
Não cabe mais à educação proporcionar aos alunos conhecimentos
como se fossem verdades acabadas... (POZZO, 2001, p. 35.)
1.1 VIDA ACADÊMICA
Meu nome é Ivene Matos dos Santos, tenho 49 anos, sou formada em
Pedagogia pela Universidade do Estado da Bahia - UNEB. Nunca tive paixão
por educação, o meu sonho desde criança era ser bancária. Após concluir o
Ensino Fundamental, precisava tomar uma decisão para cursar o nível médio,
naquela época começávamos com o ensino básico e, no segundo ano,
fazíamos opção pela área que gostaríamos de seguir. Entre o Magistério e a
Contabilidade fiquei com a segunda opção, visto que estava mais próxima do
meu sonho, ser bancária. Fui estagiária bolsista no Banco do Nordeste, mas
não consegui passar no concurso para continuar trabalhando.
No ano de 1992, casada e com duas filhas, decidi cursar magistério para
continuar estudando, já que não tinha condições de sair para os grandes
centros com a finalidade de cursar uma faculdade. Até aquele momento, era só
isso, continuar estudando, nada de exercer a profissão. No ano de 1996, fiz o
vestibular para Pedagogia, apenas por experiência e curiosidade, até porque
estava grávida do meu terceiro filho. Fui motivada pela vontade que tinha de
cursar uma faculdade e aquela era a primeira oportunidade, mas não sabia o
que a vida me reservava. Após 10 anos de ter concluído o curso de
magistério, sem fazer nenhum curso ou cursinho pré-vestibular, fui aprovada
para o curso de Pedagogia com Habilitação em Magistério das Matérias
Pedagógicas do 2º Grau. Foi uma surpresa para mim, pois não imaginava ser
aprovada naquele momento.
Em março de 1997 comecei a cursar Pedagogia, foi uma experiência
ímpar, era tudo diferente do que já havia experimentado como estudante. Em
abril do mesmo ano, nascia meu filho, logo no início do primeiro semestre.
Fiquei afastada, recebendo minhas atividades em domicílio, mas com quarenta
e nove dias meu filho veio a óbito. Precisava preencher meu tempo, não dava
pra viver sem ter uma ocupação que me ajudasse a superar tamanha perda e
dor e foi aí que voltei a estudar. A cada semestre era uma descoberta.
14
Em 2007, fiz vestibular para Licenciatura em Computação pela
Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE, fui selecionada, comecei
a cursar no início de 2008, mas devido a problemas pessoais acabei desistindo
no início do segundo semestre. Em 2013, fiz Especialização em Gestão
Educacional, pela Faculdade João Calvino e, atualmente, estou realizando meu
terceiro curso de pós-graduação, sendo este de Coordenação Pedagógica.
1.2 VIDA PROFISSIONAL
No mesmo ano em que ingressei na Faculdade, fui convidada por uma
amiga, para ensinar em uma escola particular, Escola Girassol no município de
Itaberaba-Ba, no segmento da Educação Infantil. No início relutei, mas aceitei o
desafio e, para minha surpresa, fiquei encantada com o trabalho.
No ano seguinte já estava trabalhando com o Fundamental I. Lá
utilizávamos alguns recursos tecnológicos disponíveis, tais como: tv,
videocassete, som e retroprojetor para dinamizar as aulas. Foi o início do meu
entusiasmo pelo uso das tecnologias da informação e comunicação na
educação.
Em 2000, fui convidada para lecionar no Colégio Estadual de Itaberaba
de Ensino Fundamental II e Médio, com a disciplina Informática na Educação
nas turmas de 7ª e 8ª séries do Ensino Fundamental II. Aceitei o desafio, pois
vi naquela oportunidade a realização de um sonho. Quando me apresentei ao
Colégio, vieram as primeiras “decepções”. Descobri que a disciplina era nova,
não constava no currículo e nem tinha um plano de curso, tudo estava por ser
construído.
Apesar de existir um laboratório de informática no Colégio, ele ainda não
era utilizado pelos alunos e muito menos para fins pedagógicos. Os
computadores que funcionavam eram os da secretaria para os trabalhos
burocráticos. As atividades e provas, apesar de serem digitadas, eram
impressas, mas ainda se usava o mimeógrafo para reprodução. Algum tempo
depois, foi adquirida uma máquina copiadora, mas o mimeógrafo não foi
aposentado.
Após a implantação da disciplina Informática na Educação, o laboratório
foi colocado em funcionamento e tínhamos as aulas práticas para que os
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alunos se familiarizassem com os computadores, pudessem aprender desde
ligar até identificar os componentes e periféricos, mas eles não tinham
acesso aos recursos computacionais. Inicialmente a disciplina tratava de
informática básica, trabalhávamos com textos introdutórios.
A partir dessa experiência renasceu a vontade e a necessidade de fazer
uma especialização em informática na educação. Naquela época, só existia o
Curso no estado de Pernambuco, mas devido a vários fatores, entre eles
o econômico, ficou apenas no sonho.
Em 2000, fiz especialização na área de Educação, Política do
Planejamento Pedagógico: Planejamento, Currículo e Avaliação, pela
Universidade do Estado da Bahia – UNEB e apesar de não ser exatamente o
que eu queria, me dediquei e aprendi muito. Em 2005 fiz concurso para
Coordenador Pedagógico, nos municípios de Itaberaba e Tapiramutá e fui
aprovada nos dois. No início de 2006 ingressei no CESA - Colégio Santo
Agostinho em Mundo Novo, como professora da turma da 3ª série do
Fundamental I e Professora de Geografia do Fundamental II.
Em abril do mesmo ano fui convocada pelo município de Tapiramutá e
tive que deixar o CESA para assumir a Coordenação Pedagógica com carga
horária de 40 horas e já não tinha como conciliar os horários nos dois
municípios. Em 2006 prestei concurso para Coordenação Pedagógica no
município de Mundo Novo e fui aprovada. No início de 2008 fui convocada para
assumir o concurso em Mundo Novo e pedi demissão do município de
Tapiramutá.
Em 2009 fui convidada a assumir a Secretaria Municipal de Educação de
Mundo Novo como Secretária de Educação. Foi o maior desafio que já
enfrentei em toda minha carreira, pois além do trabalho pedagógico e
burocrático, de uma responsabilidade sem fim, tinha que também lidar com as
questões políticas, que para mim eram as mais difíceis. Permaneci até 2012 e
mesmo podendo continuar no cargo, pois o prefeito tinha sido reeleito, por
questões pessoais não continuei.
Em 2013, fiquei na Coordenação do Programa PACTO/PNAIC, onde
permaneci até 2014. Ainda em 2014 com a criação do Programa Família
Escola - PFAE, um Programa criado pela Secretaria Municipal de Educação,
16
tive a oportunidade de assumir também como coordenadora pedagógica e no
início do ano letivo de 2015, deixei a coordenação do PACTO/PNAIC e
permaneci com o PFAE.
1.3 EXPECTATIVAS
Quando fiz a escolha do eixo temático que abarcaria minha pesquisa,
não hesitei em escolher Tecnologias da Informação e Comunicação – TICs,
que está diretamente ligada à informática na educação, área com a qual me
identifico e gosto muito. Foi diante das dificuldades dos alunos, dos professores
e também com a minha própria dificuldade em lidar com as questões das
tecnologias, que percebi o quanto ela poderia contribuir para o ensino e
aprendizagem e também com o meu crescimento profissional,
então, decidi intensificar o estudo sobre as TICs, visando melhorar minha
prática pedagógica, o trabalho dos professores e, conseqüentemente, a
aprendizagem dos alunos.
A decisão do tema a ser estudado, surgiu do desafio, importância
que as TICs têm para a educação e da oportunidade de buscar melhorias para
o trabalho a ser realizado tanto com os professores como com os alunos. As
TICs têm avançado bastante nos últimos tempos e trazido muitos benefícios à
educação. O meu Projeto Vivencial visa contribuir para a melhoria e para o
aperfeiçoamento do Projeto Tecnologia Amiga da Educação, por se tratar de
um projeto de informática educativa que está sendo aplicado no município e,
dará subsídios para melhorar a cada dia essa prática, a partir da confirmação
ou não do problema levantado neste TCC/PV e dos benefícios que ele tem
trazido à educação da Escola Municipal Antonio Carlos Magalhães no
município de Mundo Novo-Ba.]
17
CAPÍTULO II - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TICs) A
SERVIÇO DA EDUCAÇÃO
Não podemos falar em Tecnologias da Informação e Comunicação, sem
antes trazer um breve histórico sobre as mesmas. As autoras Cury e
Capobianco (2011) em seu texto: Princípios da História das Tecnologias da
Informação e Comunicação - Grandes Invenções, realizaram uma retrospectiva
histórica muito interessante sobre o surgimento das TICs; elas relatam que
as primeiras experiências com eletricidade se deram no ano 700 a. C. na
Grécia e foram realizadas por Tales de Mileto. A partir do século XVII, após
muitas pesquisas sobre a geração de energia é que surgiu o movimento das
máquinas e a invenção de geradores. A partir da publicação do tratado sobre
eletricidade e magnetismo, feito por James Clerk Maxwell em 1873, é que abre
espaço para muitos equipamentos de comunicação e informação.
A mais importante invenção da tecnologia e comunicação, a prensa para
impressão tipográfica desenvolvida por Joahnn Gutemberg (1400-1468) no
Ocidente, é que dá início à publicação de informações em série através de
livros e jornais. Em 1830, Samuel Finlay Breese Morse, construiu o primeiro
aparelho telegráfico registrador de apenas um fio e foi considerado um dos
principais meios de comunicação do século XIX.
A Companhia de Telefonia e Telégrafos foi fundada em 1885, dando
início às operações de comunicação a longa distância. Em 1879, Thomas Alva
Edison foi o responsável pela produção e distribuição de energia, ele que
também inventou o fonógrafo, a lâmpada elétrica, o gramofone, o teletipo,
alguns dentre os mais de oito mil inventos registrados, além de melhorar
outros, a exemplo do telefone de Graham Bell. Em 1890, ele inventou também
o filme perfurado e o cinetoscópio, uma máquina de projeção interna de filmes
que possibilitava a visualização de imagens individual, ou seja, um espectador
de cada vez. Posteriormente, em 1895, os irmãos Lumière criaram um aparelho
movido à manivela chamado cinematógrafo que permitia a projeção de
imagens para o público.
As tecnologias da informação e comunicação têm se expandido a cada
dia e tem trazido para as escolas novos desafios e possibilidades de cunho
18
pedagógico, tornando-se assim, uma ferramenta importante na construção do
saber. É importante definir o termo Tecnologias da Informação e Comunicação
– TICs. O Guia do Estudante, publicado pela Editora Abril (2015), inclui uma
definição para o referido termo:
É o uso dos meios de tecnologia da informação para melhorar e
agilizar a comunicação em vários setores, como uma escola, uma
empresa ou um órgão público”. Com grande conhecimento de
informática, sobretudo de softwares, esse profissional planeja e
desenvolve soluções para questões relacionadas ao uso das
tecnologias de informação e comunicação (TIC) e implanta redes
sociais. Trabalha em empresas de tecnologia, em departamentos de
tecnologia da informação dentro de companhias de diversos setores,
em consultorias especializadas, em escolas, em secretarias
municipais de Educação e em telecentros.
Kenski (2003, p. 18) define as tecnologias como “conjunto de
conhecimentos e princípios científicos que se aplicam ao planejamento, à
construção e utilização de um equipamento em um determinado tipo de
atividade.”
Ainda segundo a autora, (2003, p. 91) “são ferramentas que auxiliam as
pessoas a viverem melhor dentro de um determinado contexto social e espaço-
temporal”.
Enquanto Kenski nos apresenta a definição de tecnologias feitas por
produtos e equipamentos, Levy (1993, p. 22) traz o sentido de tecnologias da
inteligência e as define como “construções internalizadas nos espaços da
memória das pessoas que foram criadas pelos homens para avançar no
conhecimento e aprender mais”. Associadas às tecnologias da inteligência,
temos as tecnologias da informação e comunicação. É através delas que se
tem acesso à veiculação das informações e demais formas de articulação da
comunicação em todo mundo, alterando nossa forma de viver e a aquisição do
conhecimento.
No campo educacional, quando pensamos em TICs é comum
associarmos sua definição ao uso dos recursos computacionais, tais como,
computadores e a internet. Contudo, seu conceito é muito mais amplo, pois
todo e qualquer recurso utilizado no processo de ensino e
19
aprendizagem poderá ser considerado uma forma de tecnologia. Neste
sentido, Martini e Bueno (2014, p. 385) afirma que:
O uso da tecnologia na educação não é algo recente. Recursos simples, mas que são resultado da tecnologia, como o papel e o lápis, foram incorporados pela escola de tal forma que hoje é impossível imaginá-la sem os mesmos.
Nesse sentido, não podemos perder de vista que as tecnologias
contribuem para a aprendizagem, mas é a organização da escola que dá essa
garantia. Libâneo (2007, p.309) afirma que “o grande objetivo das escolas é a
aprendizagem dos alunos e a organização escolar necessária é a que leva a
melhorar a qualidade dessa aprendizagem”.
Reforçando o pensamento de Libâneo, Moran (2000, p. 63) destaca que:
Ensinar com as novas mídias será uma revolução se mudarmos simultaneamente os paradigmas convencionais do ensino, que mantêm distantes professores e alunos. Caso contrário, conseguiremos dar um verniz de modernidade, sem mexer no essencial.
Para alguns autores, a inserção das TICs na Educação começou na
esfera administrativa, onde os computadores eram utilizados apenas para os
trabalhos burocráticos da escola. Após alguns anos, o uso do computador
começou a ser utilizado em práticas pedagógicas isoladas sem que essa
tecnologia trouxesse contribuições aos processos de ensino e aprendizagem
das áreas curriculares, constituindo esta uma forma elementar de uso.
Faz-se necessário também, trazer um pouco da história da Informática
Educativa no Brasil. Borges (2006, p. 03.) argumenta que:
A questão da informática relacionada com a educação tem sua história, apesar de ser recente, demonstrando sua presença tanto em nível de política pública como de uma prática pedagógica relacionada ao cotidiano de várias escolas.
A autora apresenta também, uma linha do tempo de como se
desenvolveu a Informática Educativa. Em 1979, a partir da criação da
Secretaria Especial de Informática (SEI), vinculada ao Conselho de Segurança
Nacional, elaborou-se uma política de informática com o objetivo de
impulsionar o uso do computador nas atividades dos diversos setores:
20
educacional, agrícola, da saúde e da indústria. Foi a partir dessa iniciativa
política que se iniciou a inclusão do computador nos contextos escolares,
motivada pela certeza de que a educação seria o local mais indicado para essa
tarefa como afirma Moraes (2003, p.32) “O setor mais importante para a
construção de uma modernidade aceitável e própria, capaz de articular o
avanço científico e tecnológico com o patrimônio cultural da sociedade e
promover as interações necessárias".
Em 1983, após o I e II Seminário Nacional de Informática na Educação,
em Brasília (1981) e Salvador (1982), é que efetivamente começaram as ações
de informática na educação, quando profissionais ligados ao processo
educacional se envolveram no processo. A partir deste momento, criaram-se os
centros-pilotos em cinco Universidades brasileiras, (UFRJ – Universidade
Federal do Rio de Janeiro, UFPE – Universidade Federal de Pernambuco,
UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas, UFMG – Universidade
Federal de Minas Gerais e UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do
Sul), tendo em vista começar o trabalho de pesquisa na área. Vale ressaltar
que o trabalho de pesquisa começou com o Projeto Educom (Educação com
Computadores), projeto pioneiro na introdução do computador nas escolas
públicas, na pretensão de consolidar uma política publica de informática
voltada para as questões educacionais.
Posteriormente, surgiram várias ações governamentais, como a criação
do Comitê Assessor de Informática para Educação de 1º e 2º Graus
(Caie/Seps) e o Projeto Formar (1986), o Programa de Ação Imediata em
Informática na Educação (1987), o Projeto CIED - Centros de Informática na
Educação (1988), o Proninfe – Programa Nacional de Informática Educativa
(1989) e o Proinfo – Programa Nacional de Informática na Educação (1997)
todos eles vêm consolidando uma política de informática na educação pública
brasileira.
A tecnologia foi responsável, em muitos momentos, pelo surgimento de
novas formas de acesso ao conhecimento. A radiodifusão com finalidades
educativas nasceu no Brasil em 1923, quando foi fundada a Rádio Sociedade
do Rio de Janeiro, que transmitia programas de literatura, radiotelegrafia e
telefonia, de línguas, de literatura infantil entre outros Niskier (1993, p. 40).
Mais tarde, surgiu a Teleducação, cuja experiência mais significativa – o
21
Telecurso 2º grau – teve início em 1977, numa parceria entre a Fundação
Roberto Marinho e a Fundação Padre Anchieta (NISKIER, 1993, p. 73).
O uso da informática na educação passou a ser objeto de estudo ainda,
por meio do projeto Educação com Computador (EDUCOM), no final da década
de 1970 e se constituiu como a primeira ação oficial e concreta para levar os
computadores até as escolas públicas (TAJRA, 1998, p. 14). A Unicamp foi
uma das universidades que se constituiu como centro-piloto de estudo.
A pesquisa da adaptação da “linguagem logo” original para o português
teve início em 1979, com o objetivo de criar versões nacionais para os
comandos. Nesse projeto, o aluno em vez de uma atitude passiva diante da
máquina, interage diretamente com ela, transformando um processo de
aprendizagem completamente diferente do usual: ele está constantemente
ensinando o computador (NISKIER 1993, p. 102). É preciso ponderar,
entretanto, que a interação possível nas adaptações da linguagem logo,
realizadas no final da década de 1970, era um diferencial se comparada à
cultura monológica característica das outras tecnologias utilizadas na época:
gravador, videocassete, televisão, entre outros.
Visando avaliar a contribuição do computador no processo pedagógico,
Carneiro (2002, p. 49), afirma que: “No início da década de 80, começou a
desenvolver-se a Política de Informática Educativa (PIE), caracterizada por
atividades de pesquisa e seminários de discussão em pequena escala”.
O Programa Nacional de Informática na Educação (PROINFO) e os
Parâmetros Curriculares Nacionais são vistos como manifestações da
preocupação do governo brasileiro com o uso das tecnologias na educação.
Isso é muito importante para a educação nacional, lembrando que o PROINFO
trouxe muitos benefícios para a educação brasileira.
Os PCNs – Parâmetros Curriculares Nacionais e os PCNEM –
Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, são as diretrizes que
norteiam o ensino nacional. Diante dessa realidade, os entes federados têm
unido esforços na perspectiva de suprir escolas com laboratórios de
informática, embora tenham deixado lacunas em relação à capacitação dos
professores para utilização destas tecnologias. Atualmente, muitas escolas já
utilizam as TIC´s como ferramenta de aprendizagem, pois além dos
22
computadores conectados à internet, muitas delas já desenvolveram outras
formas de utilização, a exemplo da criação de rádio-escola.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN´s/PCNEM) há
uma recomendação do uso das TIC’s, reforçando a importância do uso das
mesmas na educação:
É indiscutível a necessidade crescente do uso de computadores pelos alunos como instrumento de aprendizagem escolar para que possam estar atualizados em relação às novas tecnologias da informação e se instrumentalizarem para as demandas sociais presentes e futuras.” (BRASIL, 1998, p. 96).
Ainda está expresso nos PCNs que “as tecnologias da comunicação e
da informação e seu estudo devem permear o currículo e suas disciplinas.”
(BRASIL, 1998, p. 134).
2.2 OS PROFESSORES E AS NOVAS TECNOLOGIAS
Os modernos meios de comunicação, liderados pela internet, permite
acesso rápido às informações, levando os alunos a procurarem, cada vez mais,
respostas aos seus questionamentos e formas mais atrativas de interagir com o
meio que os cercam. Essa situação tem sido um dos grandes desafios
impostos aos professores na atualidade, pois tem forçado uma mudança
brusca (e necessária) na didática que sempre foi utilizada pelos professores.
Não cabe mais a utilização apenas de quadro negro, livro didático, é
necessário que o professor se atualize e passe a exercer o papel de mediador.
Há uma resistência por parte de alguns professores e o principal motivo
atribuído a essa resistência era a possibilidade de eles serem substituídos
pelos recursos tecnológicos, mas Niskier (1993, p. 100) afirma que "O uso do
computador na educação está em plena ascensão em diversos países. O
receio inicial de que a máquina poderia vir a substituir o professor aos poucos
está sendo desmistificado".
Não há motivos para preocupação por parte dos professores em serem
substituídos, pois as TICs vieram para somar, facilitar o trabalho do professor,
representa uma inovação tanto pedagógica quanto na própria educação. E os
23
verdadeiros profissionais estão sempre buscando, estudando e se atualizando,
Moran afirma que:
Bons professores são peças-chave na mudança educacional. Os professores têm muito mais liberdade e opções do que parece. A educação não evolui com professores mal preparados. Muitos começam a lecionar sem uma formação adequada, principalmente do ponto de vista pedagógico. Conhecem o conteúdo, mas não sabem como gerenciar uma classe, como motivar diferentes alunos, que dinâmicas utilizar para facilitar a aprendizagem, como avaliar o processo ensino-aprendizagem, além das tradicionais provas (2007, p. 18).
As mudanças que vêm ocorrendo há algum tempo, vislumbram por
profissionais capacitados e preparados para lidar com as novas tecnologias
sendo capazes de experimentar novas competências e habilidades para
facilitar o processo de ensino e aprendizagem. O professor precisa ser
pesquisador, curioso, ser o mediador entre o processo educacional e o aluno,
mostrar conhecimento e habilidade, enfim, despertar no aluno o interesse para
se tornar um pesquisador. Para Lèvy (2005), as tecnologias não precisam ser
usadas a qualquer custo, é preciso haver responsabilidade ao usá-las.
Não se trata aqui de utilizar as tecnologias a qualquer custo, mas sim de acompanhar consciente e deliberadamente uma mudança de civilização que questiona profundamente as formas institucionais, as mentalidades e a cultura dos sistemas educacionais tradicionais e, sobretudo, os papéis de professor e de aluno (LÉVY, 2005, p. 172, grifos do autor).
É preciso ter muito claro o papel de cada indivíduo envolvido no
processo e de que forma as TICs devem ser introduzidas na sala de aula.
Também é importante lembrar que, como todo instrumento, as TICs também
têm seu lado negativo, se não forem utilizadas de forma correta. Compete ao
professor canalizar seu bom uso. Veja o que nos diz Charlot, (2009, p. 17):
“Afinal de contas, o professor é um trabalhador da contradição, que contribui
para manter um mínimo de coerência em uma sociedade rasgada por suas
contradições. O que impõe profissionalismo, mas também ética.”
Esse é o papel do professor frente às novas tecnologias que deve levar
em consideração seu profissionalismo, responsabilidade, dedicação e ética,
para garantir uma educação de qualidade.
24
CAPÍTULO III – PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
3.1 INTRODUÇÃO
A proposta de Intervenção aqui apresentada compreende um dos
requisitos para a elaboração do meu Projeto Vivencial, no Eixo
Temático Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação - TIC, Pólo
Souto Soares-Ba, para fins de conclusão do Curso de Especialização em
Coordenação Pedagógica da Universidade Federal da Bahia – UFBA.
3.2 - HISTÓRICO E CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR
A Escola Municipal Antonio Carlos Magalhães foi criada em 22 de
Outubro de 1984 e está localizada na periferia da cidade, na Vila Antonio
Carlos Magalhães, que recebeu esse nome em homenagem ao então
governador do estado Antonio Carlos Magalhães. A Vila foi inaugurada em 30
de novembro de 1980 e devido à quantidade de crianças existentes na
localidade, houve a necessidade de construir uma Escola. Inicialmente,
possuía apenas uma sala de aula, um banheiro e uma professora que
trabalhou lá até o ano de 2014, hoje aposentada.
Ao longo do tempo, esta unidade escolar ampliou-se e hoje conta
com espaço físico em bom estado de conservação, sendo composto por sete
salas de aula, um laboratório de informática, uma sala para a secretaria, uma
sala de recursos multifuncionais, três banheiros masculinos, três banheiros
femininos, um banheiro para funcionários, duas áreas cobertas para recreação
e uma cantina. A escola não possui um espaço disponível para a biblioteca, a
qual funciona no laboratório de informática. Também não possui sala de
professores e coordenação pedagógica que funcionam provisoriamente na sala
de recursos multifuncionais. Possui duas áreas para recreação, mas
ainda inadequadas para realização de atividades. Um dos principais desafios
da escola é possuir uma estrutura adequada para acolher toda a comunidade
escolar,já que não existe área disponível para ampliação e trabalhamos no
limite da capacidade de atendimento. A instituição conta no seu quadro
funcional com uma Diretora, uma Secretária Escolar, quatro Auxiliares
de Serviços Gerais, um Porteiro e duas Merendeiras.
25
O quadro docente da escola é composto por doze Professores, uma
Coordenadora Pedagógica e duas Auxiliares de Classe. Quanto à formação,
todos os professores da escola possuem nível superior, alguns com pós-
graduação, contemplando assim a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, que no artigo 62 estabelece que “a formação de docentes para atuar
na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de
graduação plena, em Universidades e Institutos Superiores de Educação”.
A escola atende ao nível de educação básica que compreende o Ensino
Infantil (Pré-escola) e o Ensino Fundamental I funciona no turno matutino e
vespertino e possui 262 alunos matriculados, com idade escolar entre 04 a 13
anos de idade, oriundos de classe pobre da periferia da cidade e da zona rural
no entorno do bairro. Geograficamente, a escola localiza-se a cerca de três
quilômetros do centro da cidade, num bairro às margens da Rodovia BA 052. O
bairro possui ruas calçadas, uma praça onde existe uma quadra poliesportiva e
parque infantil, mercadinhos, lanchonete, oficinas mecânicas, serralheria,
marmoraria, iluminação pública e saneamento básico.
Ao longo dos anos, a Secretaria Municipal de Educação tem investido
em melhorias fundamentais para proporcionar melhores condições de ensino,
com ênfase nas ações que viabilizem o uso das tecnologias nas escolas.
Dentre essas melhorias, no ano de 2014 foi implantado o Projeto Tecnologia
Amiga da Escola, através de acordo firmado entre a Prefeitura Municipal de
Mundo Novo, por meio da Secretaria Municipal de Educação e a MDY
Educação e Tecnologia. Trata-se de um Projeto que utiliza a produção de
mídias educacionais permitindo aos professores a criação de aulas interativas
direcionando os conteúdos de língua portuguesa, matemática, ciências, história
e geografia para uma realidade mais próxima do aluno independente da
realidade em que ele se encontre. Ela utiliza também software para
desenvolver aplicativos voltados para estudantes com deficiência visual,
permitindo a eles um acesso direto aos recursos educacionais informatizados.
Contudo, observou-se que apesar da disponibilidade destes recursos
tecnológicos através do Projeto Tecnologia Amiga da Escola, apenas alguns
professores da unidade escolar incluíram o Projeto na sua prática pedagógica.
Das doze turmas que a escola possui, apenas sete utilizam o projeto como
recurso didático. Uma das hipóteses levantadas que justificam esta baixa
26
adesão se dá em razão da possível resistência de alguns professores na
mudança de paradigmas, como também, devido ao despreparo destes
profissionais para utilização destes novos recursos.
Pretto (2013), em seu livro Uma escola sem/com futuro: educação e
multimídia, demonstra a importância das TICs para a educação, contudo,
chama a atenção que ela não resolverá todos os problemas enfrentados na
educação brasileira e é necessário redefini-la numa perspectiva de obter uma
nova escola.
(...) o papel reservado à escola ainda não está definido e,
certamente, não será definido no interior da própria escola. Uma
escola que possa superar a atual, ainda calcada nos velhos
paradigmas da civilização em crise e que não conseguiu solucionar
os problemas propostos pela própria modernidade. Uma escola
fundamentada apenas no discurso oral e na escrita, centrada em
procedimentos dedutivos e lineares, praticamente desconhecendo o
universo audiovisual que domina o mundo contemporâneo. A escola
não pode desconhecer essa realidade que se aproxima com o novo
milênio e, muito menos, caminhar em sentido oposto ao que ocorre
do lado de fora dos seus muros. (PRETTO, 2013, p. 121/122).
Nesta perspectiva e a partir da análise do Projeto Tecnologia Amiga da
Escola, definimos como pergunta de partida da nossa pesquisa, como
despertar nos professores da Escola Municipal Antônio Carlos Magalhães o
interesse pelo uso da tecnologia da informação e comunicação nas suas
práticas pedagógicas?
3.3 METODOLOGIA
A metodologia utilizada nesta proposta de intervenção será a
observação de aula em uma turma que participa do referido projeto e aplicação
de questionários com a professora, coordenadora pedagógica e a diretora da
Unidade Escolar.
A turma selecionada para realização desta investigação compreende os
alunos do 2º ano do ensino fundamental I, formada por 24 alunos. Será
observada a aplicação do projeto nas aulas de ciências, lecionada por um
docente da unidade escolar. A realização destas ações tem como propósito
compreender como se comportam os alunos e quais as impressões dos
27
professores que participam do Projeto Tecnologia Amiga da Escola para que,
por meio desta análise e dos depoimentos dos atores envolvidos,
possamos obter contribuições que tenham, de fato, proporcionado melhorias
nos processos de ensino e aprendizagem, bem como, influenciado na
aprendizagem dos alunos.
Os resultados obtidos através desta investigação darão subsídios para a
construção de um plano de ação voltado para a capacitação dos professores
da Unidade Escolar, através da realização de ciclos de oficinas visando
incentivar o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação para melhoria
das práticas pedagógicas na Unidade Escolar. Assim, serão trabalhados como
conteúdos os resultados produzidos por esta investigação. Além desta
investigação, com o estudo de caso do Projeto Tecnologia Amiga da Escola.
Promover reunião na escola com a diretora, professora e coordenadora
para discutirmos a aplicação, como elas veem o programa, se estão gostando,
se está contribuindo na aprendizagem dos alunos, o que eles apontam como
pontos positivos e negativos, o que precisa ser revisto, etc.
3.4 OBJETIVOS
3.4.1 Geral
Estimular o uso das tecnologias da informação e comunicação nas
práticas pedagógicas como fonte de transformações no processo de
ensino e aprendizagem.
3.4.2 Específicos
Propor um ciclo de oficinas que propiciem ao professor, diálogo e
aprendizagem sobre o uso das tecnologias da informação e
comunicação em sala de aula.
Promover a melhor utilização dos recursos tecnológicos disponíveis na
escola.
Produzir melhorias no processo de ensino e aprendizagem.
28
3.5 INSTRUMENTOS DE PESQUISA E ANÁLISE DOS DADOS
3.5.1 Observação direta:
Segundo, Lakatos e Marconi (1982, p.47) “a observação direta pode ser
realizada através das técnicas de entrevista e observação”. Neste estudo foram
realizadas a observação e posterior aplicação de questionários.
Realizamos o acompanhamento da aplicação do programa na turma do
segundo ano. A professora começou a aula como de costume, fazendo a rotina
diária. Em seguida, ela colocou uma venda nos olhos das crianças e pediu que
pegassem alguns objetos e tentassem descobrir o que eram. A aula era de
ciências e o assunto, os cinco sentidos. Em seguida passou o filme “Os
sentidos e a Turma da Mônica – O corpo fala”. Na roda de conversa houve
troca de idéias sobre a atividade que realizaram com os olhos vendados e fala
sobre os órgãos do sentido com os alunos. Só depois é que eles foram
encaminhados ao laboratório de informática da escola onde deveriam realizar
uma atividade lúdica. Os computadores já estavam ligados pelos técnicos.
Desde o início da aula, pudemos observar que a Professora já utilizava
recursos tecnológicos, data show, computador, para a apresentação do filme.
Após o acompanhamento da aula, prosseguimos com a aplicação do
questionário à Professora, Coordenadora Pedagógica e a Diretora da Unidade
Escolar, o qual produziu os resultados expostos no quadro a seguir:
Quadro 1 – Pesquisa sobre o uso dos recursos do Projeto Tecnologia Amiga da Escola
PERGUNTAS PROFESSORA COORDENADORA DIRETORA
1. As atividades desenvolvidas pelo Projeto Tecnologia Amiga da Escola em sala de aula são baseadas em quais conteúdos?
Os conteúdos de Língua Portuguesa, Ciências, Matemática, História e Geografia. Obs: Na aula do dia 20.11 foi aplicado o conteúdo “Os cinco sentidos”.
As atividades disponibilizadas abrangem as cinco disciplinas,Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, Geografia e História, com diversos conteúdos.
São baseados nos conteúdos planejados pelo professor e trabalhados em sala de aula.
2. Quem define os conteúdos para construção das atividades a serem
Os conteúdos são aplicados de acordo com o livro da
Com base no livro didático, os técnicos do projeto inserem no sistema as atividades. O
Os professores.
29
aplicadas em sala de aula?
turma. Nesse caso, as atividades são retiradas do livro Porta Aberta e outros.
professor tem acesso à plataforma e seleciona a atividade adequada, assim como pode sugerir ou enviar novas atividades.
3. Como é feito o planejamento entre os aplicadores da proposta de intervenção e o professor?
Até o momento não foi feito. No início do ano foram realizadas algumas reuniões com a gestão da escola e repassou-se para os professores senha e login para acessar a atividade e sugerir novas propostas.
O professor seleciona a atividade, aplica e os técnicos que acompanham dão suporte no ligar e desligar dos aparelhos (computadores).
Os aplicadores interferem apenas na forma de utilização dos aparelhos (computadores); já os professores são responsáveis pela parte pedagógica.
4. Qual a participação do professor no processo de aplicação das atividades do Projeto? Por quê?
A participação do professor é fundamental pois, (sem ele) os alunos necessitam de uma mediação e orientação.
O professor desenvolve um papel mediador do conteúdo, além de determinados momentos exercer o papel dos técnicos na orientação do manuseio do aparelho.
Eles estão para escolher as atividades a serem aplicadas, tirando as dúvidas surgidas, pois o conhecimento pedagógico é do professor.
5. Qual o tratamento dado aos dados obtidos após a aplicação das atividades?
É reforçado com mais atividades impressas na sala de aula com a orientação do professor.
Ao retornar à sala de aula é realizada uma breve discussão da atividade desenvolvida.
Professores analisam se os objetivos realmente foram alcançados, se o nível das atividades estava de acordo com a aprendizagem dos alunos e a partir daí, saber se continuará utilizando dessa ferramenta tecnológica.
6. Como o Projeto tem contribuído para melhoria das Práticas Pedagógicas
Relacionando a prática pedagógica, o projeto tem um ponto positivo. Os alunos ficam ansiosos para chegar o momento de ir para a aula de informática. Que pena! Quando chega o momento é muito pouco o que tem para oferecer-lhes.
O Projeto traz uma dinâmica boa, saímos dos livros impressos e adentramos o mundo das tecnologias de forma pedagógica e atraente.
Os professores têm se empenhado em buscar novas atividades para serem trabalhadas em sala de aula; para muitos, é um desafio grande, pois não têm habilidades para lidar com esses componentes, mas sempre buscam ajuda e conseguem aplicar as atividades do projeto.
7. Quais as melhorias observadas na aprendizagem dos alunos?
O Projeto poderia oferecer mais aos alunos e professores para obtermos um resultado
Na realidade da Unidade Escolar em que atuo, observamos muitos entraves no uso desse Programa o que tem desestimulado
Um dos pontos positivos do Projeto é o incentivo dos alunos ao uso das máquinas e equipamentos
30
Fonte: Elaborado pela autora
Após a análise dos dados, ficou evidenciado que não existe uma
integração entre os componentes da própria escola, onde cada uma tem um
entendimento sobre o programa, porém fica também evidenciado que o
trabalho com as TIC’s é importante e possível com alguns ajustes.
3.6 PROPOSTA DE AÇÕES PARA INTERVENÇÃO
A proposta de intervenção aqui apresentada é na verdade um Plano de
Capacitação de Professores para uso das Tecnologias da Comunicação e
Informação em sala de aula. O primeiro passo é realizar uma palestra falando
sobre o uso e importância das TICs para a educação. Faz-se necessário um
encontro entre todos os Professores da escola, Coordenação, Direção,
satisfatório. Como já foi dito anteriormente as atividades oferecidas são poucas. Se a obrigação é do professor enviar atividade para a coordenação do projeto, é mais viável o professor elaborar ou pesquisar as atividades e utilizar data show e computador e fazer na sala do laboratório sem nenhum custo para a instituição.
professores e alunos. Com base nesses dados, não foram observadas as melhorias na aprendizagem.
tecnológicos, sendo que muitos não têm acesso a essas tecnologias em casa. E muitos se interessam em melhorar a leitura para conseguirem resolver as atividades aplicadas.
8. Você recomendaria a utilização desses recursos a outros professores?
Sim. Os alunos passaram a ter contato com multimídia que lhes proporcionam descobertas e isso é positivo.
Recomendaria a utilização desses recursos a outros professores, pois o programa é interessante, porém recomendamos aos responsáveis pelo programa, alteração e inclusão de novas atividades com mais desafios. Pequenos ajustes darão uma melhor qualidade ao trabalho pedagógico.
Recomendo sim, porém é necessário que sejam feitas muitas mudanças e adequações. A empresa precisa dar uma resposta mais rápida quando são solicitadas atividades e investir para que as máquinas deem menos problemas com travamento.
31
Secretaria de Educação e MDY para discutir sobre a funcionalidade do
Programa. Realização de Oficina de Capacitação dos Professores para
utilizarem de forma sistemática, o programa Tecnologia Amiga da Escola e
demais meios tecnológicos.
Quadro 2 – Cronograma de Ações da Proposta de Intervenção
Ação Responsáveis Recursos Data Objetivos
Oficina 1. O uso das tecnologias da informação e comunicação nas práticas pedagógicas
Ivene Data show / material
impresso; computadores
A DEFINIR Refletir sobre a importância das TICs como aliadas ao trabalho pedagógico
Oficina 2. Conhecendo os recursos de Informação e Comunicação disponíveis na escola (Computadores, TV, DVD, Câmera, Internet, aplicativos) / Relatos e trocas de experiências dos professores
Ivene e Coordenador
Pedagógico da Unidade
Data show / material
impresso; computadores
Fevereiro/ Jornada
Pedagógica
Conhecer os recursos disponíveis na escola que possam ser aliadas ao trabalho pedagógico;
Trocar experiências com os colegas das experiências experimentadas na utilização das TICs
Oficina 3. Capacitação dos Professores para utilizarem o Projeto da Tecnologia Amiga da Escola
MDY
A DEFINIR
Capacitação dos professores para que possam utilizar com maior propriedade os recursos disponibilizados pelo Projeto
Acompanhamento da utilização do
Projeto Tec. Amiga da Escola e outros recursos das TICs
disponíveis na unidade escolar.
Direção e Coordenação
Data show Fevereiro/2016
Fazer o acompanhamento da
aplicação das atividades do Projeto
para possíveis ajustes
Avaliação dos
resultados alcançados com o uso das TICs na Unidade Escolar
Direção e Coordenação
Instrumentos impressos
para fazer a avaliação
A DEFINIR Criar instrumentos para que possam ser avaliados os resultados da aplicação do Projeto na Unidade Escolar
Fonte: Elaborado pela autora
32
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo deste trabalho foi despertar nos professores da Escola
Municipal Antônio Carlos Magalhães o interesse pelo uso das Tecnologias da
Informação e Comunicação nas práticas pedagógicas como fonte de
transformações no processo de ensino e aprendizagem.
Os resultados produzidos com a pesquisa evidenciaram que não existe
uma integração entre os componentes da própria escola, onde cada um tem
um entendimento sobre o programa e quanto ao uso das TICs como
ferramenta para melhorar o processo de ensino e aprendizagem. Há, também,
uma certa resistência por parte dos professores em utilizar as TICs como
ferramenta para melhorar sua prática pedagógica. É importante lembrar que o
professor da contemporaneidade não pode continuar ensinando como há trinta
anos e querer que os alunos aprendam e tenham interesse da forma como ele
está ensinando.
É preciso buscar alternativas para estimular os alunos, inovar. Também é
notável a disponibilidade da professora em continuar utilizando o programa,
desde que sejam feitas alterações na estrutura do mesmo. A partir dos
resultados obtidos, foi proposto um plano de intervenção para
qualificação/capacitação dos professores, que inclui palestras sobre a
importância das TICs, oficinas de formação, plano de acompanhamento e
avaliação com o objetivo de fomentar a utilização das tecnologias da
comunicação e informação como mecanismos para melhoria das práticas
pedagógicas.
Por fim, faz-se necessário registrar a importância deste trabalho e a
confirmação de que as TICs têm muito a contribuir com a Educação da Escola
Municipal Antonio Carlos Magalhães, mas é importante rever a forma como
vem sendo trabalhada e a partir do momento em que o plano de intervenção for
colocado em prática, essa mudança com certeza, acontecerá.
33
REFERÊNCIAS
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FARIA, Elaine Turk, O PROFESSOR E AS NOVAS TECNOLOGIAS, Capítulo
publicado no livro: ENRICONE, Délcia (Org.). Ser Professor. 4 ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004 (p. 57-72).
KENSKI, V. M. Educação e tecnologias: O novo ritmo da informação/Vani
Moreira Kenski. - 8ª ed. - Campinas, SP: Papirus, 2012. - (Coleção Papirus Educação
KENSKI, V. M. Tecnologia e Ensino Presencial e a Distância /Vani Moreira Kenski. - 9ª ed. - Campinas, SP: Papirus, 2015. - (Série Prática Pedagógica)
LÉVY, Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 2005. LIBÂNEO, José Carlos. et. al. Didática Educação escolar: políticas, estrutura e Organização São Paulo: Editora Cortez, 5.ed. São Paulo : Cortez, 2007, p. 309.
MARTINI, Carma Maria; BUENO, José Lucas Pedreira. O desafio das tecnologias de informação e comunicação na formação inicial dos professores de matemática. Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v.16, n.2, pp. 385-406, 2014 MIRANDA, Guilhermina Lobato (2007). Limites e possibilidades das TIC na educação. Sísifo. Revista de Ciências da Educação, 03, pp. 41-50. PORTO, T. M. E. As tecnologias de comunicação e informação na escola;
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PRETTO, Nelson De Luca. Uma escola sem/com futuro: educação e
multimídia / Nelson De Luca Pretto; apresentação, Ismar de Oliveira Soares. - 8. ed. rev. e atual. - Salvador: EDUFBA, 2013. 286 p.
TAJRA, Sanmya Feitosa. Informática na educação: professor na atualidade.
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TIMBOÍBA, C. A. N. et al. A inserção das tic´s no ensino fundamental: limites e possibilidades. Revista Científica de Educação à Distância, Vol. 2 –
Nº4 – Jul 2011/ ISSN 1982-6109
Charlot, Prof. Bernard /França SER PROFESSOR NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA: DESAFIOS E CONTRADIÇÕES
http://www.pe.senac.br/ascom/congresso/anais/2009/AnaisSenac2009.pdf
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APÊNDICE
QUESTIONÁRIO
1. As atividades desenvolvidas pelo Projeto Tecnologia Amiga da Escola em
sala de aula são baseadas em quais conteúdos?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
____________________________________________________________
2. Quem define os conteúdos para construção das atividades a serem
aplicadas em sala de aula?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
____________________________________________________________
3. Como é feito o planejamento entre os aplicadores da proposta de
intervenção e o professor?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
____________________________________________________________
4. Qual a participação do professor no processo de aplicação das atividades do
Projeto? Por quê?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
____________________________________________________________
35
5. Qual o tratamento dado aos dados obtidos após a aplicação das atividades?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
____________________________________________________________
6. Como o Projeto tem contribuído para a melhoria das Práticas Pedagógicas?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
____________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
____________________________________________________________
7. Quais as melhorias observadas na aprendizagem dos alunos? _______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
____________________________________________________________
8. Você recomendaria a utilização desses recursos a outros professores? Justifique: _______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
____________________________________________________________