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Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Comunicação e Multimédia 2010 / 11 DOSSIER DE PRÉ-PRODUÇÃO Contrastes Invisuais U.C. Produção Audiovisual I Maria Gomes, 39004 Vânia Sousa, 39012

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Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Comunicação e Multimédia 2010 / 11

DOSSIER DE PRÉ-PRODUÇÃO

Contrastes Invisuais

U.C. Produção Audiovisual I

Maria Gomes, 39004

Vânia Sousa, 39012

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Comunicação e Multimédia 2010 / 11

Informação:

Ideia/conceito: Contrastes invisuais

Duração: 4 minutos

Tipo: Documental

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Comunicação e Multimédia 2010 / 11

Pesquisa estética e técnica

“Ajuda-me, porque na solidão não posso viver, diz à sociedade que existo, que não me

abandonem, que tenho os meus direitos, que posso sentir, que posso vibrar, que posso

partilhar, que a minha alma, ainda que me pese, remoça de esperança, que estou

aqui…”

O homem pode realizar movimentos com os braços e as mãos em duas esferas. Ao

mover os braços, ele alcança qualquer objecto que esteja dentro do raio de comprimento dos

seus braços. Ao pegar algo com uma das mãos, ele pode executar com a outra mão uma

actividade diferente por meio de preensões e manipulações.

A mão, para a pessoa cega, assume um papel protagonista em seu desenvolvimento,

pois é através da linguagem e da experimentação tátil (especialmente do tacto manual) que

alguém privado de visão obtém uma grande parte de informações do ambiente.

Por meio dos seus recursos, o cego adulto dispõe, entre outras coisas, da linguagem, da

capacidade de simbolização, do pensamento abstracto e de habilidades motoras.

Os cegos, privados do recurso do canal perceptivo da visão, são obrigados a

compreender o mundo externo e a inteirar com ele através de outras formas alternativas. O

principal aliado, para isto, é o pensamento, o qual, para se tornar formal, precisa que ele viva

muitas e variadas experiências.

Ao longo do tempo as pessoas cegas começam a saber habituar-se à doença, e tentam,

encontrar nela diversas formas de entender o mundo, seja pelo tacto (como já foi referido em

cima) ou até mesmo pelas conversas, experiencias, momentos e pensamentos.

Para nós saber o que eles pensam ou sentem é de certa forma um pouco incógnito… Como

perceberemos nós o que alguém que não possui todos os sentidos, sente? Seremos iguais?

Vemos o mesmo? Como vivem com a doença? Como aprendem a reagir? Como relacionamos

o mundo exterior e os elementos naturais? Que sensações lhes provocam? Estas são de certo

algumas perguntas que às quais um invisual responderá diferente de nós…

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Com isto tentaremos perceber o mundo ficcional e imaginário idealizado por alguém que não

vê concretamente o mundo, mas que de certa forma o sente e o interpreta de uma maneira

pessoal bastante característica e única.

Com este documentário tentar-se-á conhecer; ter um contacto com uma realidade diferente

da nossa, um contacto com o outro…

Perceber e analisar uma realidade que nós não vivemos!

Através de um testemunho de uma pessoa invisual tentar-se-á entender a forma de como ele

interpreta o mundo e tudo o que o rodeia, e de que forma ele associa e vive com estes

factores e os relaciona com a sua própria doença.

Assim tentar-se-á perceber como é que a personagem interpreta um rio, o que é para ele este

elemento natural, que sensações lhe transmite, como o reconhece, e se encontra algum

paralelismo personificado entre o elemento natural e a sua doença.

Com a personagem no próprio local e sentindo a sensação e audição do elemento natural no

momento, pretendemos obter comentários e tentar que nos mostre um outro lado de uma

visão descritiva diferente da nossa, uma interpretação pessoal de alguém que não vê o que

nós vemos, mas que até pode mostrar-nos uma (i)realidade que não nos apercebemos.

Com isto tentaremos entrar num mundo imaginário e diferente do nosso através de uma

pessoa que não possui todos os sentidos. Mostrando como este factor poderá influenciar na

forma de interpretação do mundo e de tudo o que nos rodeia.

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Sinopse

Do real ao imaginário da mente. Há uma linha visual que consegue definir e distinguir todas as

sensações e elementos existentes na terra.

E a visão de um invisual? Como será o mundo restrito / ou não do imaginário, e da projecção

visual em que ele se baseia.

Um documentário que tenta perceber o outro lado da visão invisual de ver um indivíduo,

perante um elemento comum a todos nós, que segredos, visões e interpretações ele nos

poderá ensinar?

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Guião

O corpus fílmico inicia-se com a imagem totalmente preta, onde são projectadas as

seguintes palavras: saudade, perdição, tentação, emoções, tristezas, recordações,

memórias, oculto e cegueira.

Aparece um foco de luz reluzente com uma imagem arrastada a girar e quando esta

imagem desaparece aparece o título do documentário.

Exterior – Parque corgo – dia

Imagem fixa da água a correr numa cascata.

Exterior – Parque corgo – dia

Duas imagens sobrepostas. A personagem a olhar para o céu e a ponte como forma de

caminho longo de se percorrer.

Exterior – parque corgo – dia

Mãos da personagem pousadas no corrimão da ponte.

Exterior – parque corgo – dia

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Duas imagens sobrepostas, uma da ponte num plano aberto e vista de baixo, com a

sobreposição dos pés da personagem a andarem com a bengala.

Exterior – parque corgo – dia

Personagem de perfil a olhar para o rio.

Exterior – parque corgo – dia

Imagens da água a correr bastante aproximada.

Exterior – parque corgo – dia

Reflexo do sol e da personagem na agua, criando a sensação de movimento,

aproximação e afastamento.

Exterior – parque corgo – dia

Plano dos pés da personagem com a bengala a andar e a aproximar-se cada vez mais

da câmara.

Exterior – parque corgo – dia

Plano das mãos da personagem pousadas no corrimão da ponte, vendo-se também em

segundo plano o rio a correr atrás.

Exterior – parque corgo – dia

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Personagem em contra-picado a olhar para o infinito com a sobreposição de uma

imagem de agua a correr.

Exterior – parque corgo – dia

Personagem de costas a olhar para o rio, e gradualmente vira-se e olha para a câmara

e retorna aos poucos a posição inicial.

Exterior – parque corgo – dia

Imagem da água a correr, primeiro numa cascata e em segundo com elevada

intensidade quando cai da cascata.

Exterior – parque corgo – dia

Personagem sozinha na ponte agarrada ao corrimão a olhar para o rio.

Exterior – parque corgo – dia

Imagem dos bichos de água a flutuar sobre a mesma.

Exterior – parque corgo – dia

Novamente é apresentada a personagem sozinha, e bastante desfocada em cima da

ponte a olhar para o rio.

Exterior – parque corgo – dia

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Plano fechado dos pés da personagem a andar com a bengala sobre a ponte, com uma

imagem sobreposta da água a correr. A personagem percorre o ponte com a bengala

até desaparecer.

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Storyboard técnico

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Guião técnico

Locais a filmar (Parque

Corgo)

Nº de

Planos

Escala de

Planos

Dia da

Rodagem Iluminação Movimentos/ ângulos

Cascata do Rio 1 Grande Plano 20/05/2011 Natural Imagem fixa

Ponte/

Personagem 2

Grande plano 20/05/2011 Natural Imagem fixa

Plano médio 20/05/2011 Imagem fixa/ Contra-picado

Ponte (mãos) 3 Plano pormenor 20/05/2011 Natural Imagem fixa/ Picado

Ponte/

Pés a andar 4

Plano geral 20/05/2011 Natural Imagem fixa

Grande plano 20/05/2011 Natural Imagem fixa

Ponte/

Personagem de perfil 5 Plano médio 20/05/2011 Natural Imagem fixa

Cascata 6 Plano pormenor 20/05/2011 Natural Plano - sequência

Ponte / reflexo na água 7 Grande plano 20/05/2011 Natural Imagem fixa/picado

Parque florestal 8 Grande plano 20/05/2011 Natural Imagem fixa

Ponte / mãos 9 Plano pormenor 20/05/2011 Natural Imagem fixa/ Picado

Ponte /

Rio 10

Plano médio 20/05/2011 Natural Imagem fixa/ Contra-picado

Grande plano 20/05/2011 Natural Imagem fixa

Ponte /

Rio 11

Grande plano 20/05/2011 Natural Imagem fixa

Grande plano 20/05/2011 Natural Imagem fixa

Cascata 12 Grande plano 20/05/2011 Natural Imagem fixa

Rio 13 Grande plano 20/05/2011 Natural Imagem fixa

Ponte 14 Plano geral 20/05/2011 Natural Imagem fixa

Cascata 15 Plano geral 20/05/2011 Natural Imagem fixa

Rio 16 Grande plano 20/05/2011 Natural Imagem fixa

Ponte 17 Plano geral 20/05/2011 Natural Imagem fixa

Ponte

Cascata

17 Grande plano 20/05/2011 Natural Imagem fixa

Grande plano 20/05/2011 Natural Imagem fixa

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Orçamentos

2 garrafas de água 1,40€

2 bilhetes de corgo 2,00€