doença de chagas

56
Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO Seja lá o que você sabe fazer, ou sonha que sabe, comece a fazê-lo. Existe Gênio, poder e mágica na audácia. Goethe

Upload: guilherme-figueiredo

Post on 17-Nov-2015

14 views

Category:

Documents


3 download

DESCRIPTION

Doença

TRANSCRIPT

  • Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

    Seja l o que voc sabe fazer, ou sonha

    que sabe, comece a faz-lo. Existe

    Gnio, poder e mgica na audcia.

    Goethe

  • Material de Estudo

    Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

    Reino Protista

    Sub-Reino Protozoa

    Filo Sarcomastigophora

    Sub-Filo Mastigophora

    Classe Zoomastigophorea

    Ordem Kinetoplastida

    Famlia Trypanosomatidae

    Gnero Trypanosoma

    Seo Stercoraria

    Sub-Gnero Herpetosoma

    T. (H.) rangeli

    Sub-Gnero Schizotrypanum

    T. (S.) cruzi Chagas, 1909

  • FORMAS OBSERVADAS NO HOSPEDEIRO VERTEBRADO

    Tripomastigota Sangneo Ncleo

    Alongado 20 (10-25) m x 2 (1-5) m

    Forma de C (recurvado)

    Cinetoplasto (complexo cinetobleferoplasto) subterminalabaulando a membrana celular

    Membrana ondulante conspcua com poucas ondulaes

    Flagelo livre

    Formas afiladas (ex. cepa Y, Berenice) e largas (ex. cepa X, CL, MR,F)

    Amastigota Ncleo

    Ovais ou redondos 4 x 1,5 m

    Cinetoplasto presente em bastonete

    Flagelo reduzido (microscopia eletrnica = M.E.)

    Rizonema

    Citstoma (M.E.)

    Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

    Tripomastigota s

  • Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

    Amastigotas

  • FORMAS OBSERVADAS NO HOSPEDEIRO INVERTEBRADO

    Amastigota Vide amastigota do hospedeiro vertebrado

    Esferomastigota

    Epimastigota Citstoma prximo do ncleo, anterior

    Reservatrio estreito abre-se lateralmente

    Membrana ondulante

    Tripomastigota Metacclico

    Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

    Epimastigotas

  • Hospedeiro Vertebrado (humano) (HV) Tripomastigota Metacclico -> Amastigota

    Tripomastigota Sanguneo

    Hospedeiro Invertebrado (HI) Tripomastigota Sanguneo -> Epimastigota ->

    (Esferomastigota) -> (Epimastigota) ->Tripomastigota Metacclico

    Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • No Hospedeiro Vertebrado

    Evoluo

    Os tripomastigotas metacclicos penetram ativamente nos macrfagos doponto de inoculao (tecido cutneo ou mucoso) aonde evoluem aamastigotas que se multiplicam durante aproximadamente 5 diasextravacuolarmente

    A penetrao nas clulas pode ser passiva (fagocitose macrfagos apsaderncia) ou ativa (clulas sem grande atividade fagocitria)

    Parasitos em diversas clulas (principalmente fibras musculares lisas ouestriadas, clulas nervosas ganglionares ou no, clulas do SFM e clulasparenquimatosas viscerais)

    Disseminao sangnea ou linftica

    Parasitemia caracterizada laboratorialmente aps 10 a 12 DPI (PPP)

    Tripomastigotas sangneos no se reproduzem (bloqueio da sntese deDNA), enquanto os amastigotas possuem capacidade reprodutiva (divisobinria simples longitudinal), dividindo-se cada 12 horas por 9 geraes

    Amastigotas evoluem a formas tripomastigotas cerca de 12 horas antes deromperem a clula infectada

    Evoluo entre tripomastigotas sangneos e amastigotas pode seprolongar por toda a vida do hospedeiro

    Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • No Hospedeiro Invertebrado Evoluo Os tripomastigotas sanguneos evoluem

    no tubo digestivo do vetor em trsetapas distintas: a estomacal, originando esferomastigotas

    com transformaes pequenas;

    a duodenal, ou intestinal, com formao deepimastigotas (de multiplicao binriarpida) e amastigotas; e

    a retal, ou intestinal posterior, originandoepimastigotas aderentes ao epitliointestinal (haptomonas), epimastigotas noaderentes (leptomonas) e tripomastigotasmetacclicos

    Tripomastigotas metacclicos soeliminados posteriormente, junto com asdejees do inseto, passados 10 a 30dias do repasto infectante, permitindo ainfeco de novo hospedeiro vertebrado(Seo Stercoraria - transmissocontaminativa posterior)

    Formas metacclicas no se reproduzem Variao da temperatura promove

    mudana dos estgios

    Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • Metaciclognese (etapa do ciclo que termina por originarformas infectantes a um novo hospedeiro)

    Linhagens filogenticas T. cruzi I (leses cardacas) = Zimodemas I (marsupiais) e III (Ciclos

    Silvestres)

    T. cruzi II (roedores) (leses digestivas) = Zimodema II (CicloDomstico)

    Cepas apresentam caractersticas de tropismos, por determinadosrgos do hospedeiro (reticulotrpicas, miotrpicas, etc)

    Cepas largas so preferencialmente miotrpicas e mais resistentes, a respostaimune humoral do hospedeiro, permanecendo circulantes por mais tempo(parasitemia prolongadas e mais tardias; evoluo melhor no vetor)

    Cepas delgadas so preferencialmente macrofagotrpicas e menos resistentesa resposta humoral (parasitemias mais precoces; evoluo pior no vetor)

    Existe especificidade da cepa com o vetor em um mesmo local

    Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • Ordem Hemiptera

    Famlia Reduviidae

    Sub-Famlia Triatominae

    Gnero Rhodnius Stal, 1859

    R. prolixus Stal, 1859

    Gnero Panstrongylus Berg, 1879

    P. megistus (Burmeister, 1935)

    Gnero Triatoma Laporte, 1832

    T. infestans (Klug, 1834)

    Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

    Caractersticas Gerais

    Nomes vulgares: barbeiro, chupo, finco, chupana, percevejo

    do serto, rondo

    Hematfagos

    Rostro retilneo, pouco mais longo que a cabea

    Antenas inseridas lateralmente

    Hemilitros bem desenvolvidos

  • Fitfagos: probscida com quatro segmentos,alcanando quase o 3o par de pernas

    Entomfagos (predadores): probscida com trssegmentos curvos, chegando apenas at o 1o par depernas

    Hematfagos: trs segmentos retilneos

    Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • 1-4 cm

    Dois pares de asas (hemilitros e

    membranosas)

    Achatado dorso-ventralmente (pode

    ingurgitar-se)

    Insero das antenas de grande importncia

    Aparelho Digestivo

    ao canal de suco segue-se uma faringe

    musculosa (suco) e o esfago curto

    (estomodeu)

    mesnteron dilatado (estmago) (digesto)

    proctodeu longo e delgado

    hematofagismo para produo de ovos

    (frteis ou no), produo persiste enquanto

    houver sangue no papo

    Aparelho respiratrio: traquias com estigmas

    torcicos e abdominais

    Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • Reflexo de defecao

    Hbitos noturnos

    Suco estimula a cpula que demorada

    Ovos so branco-avermelhados, ovides e operculados

    Cinco estdios ninfais

    Ciclo geralmente anual

    Aparecem nos domiclios em setembro (Hemisfrio Sul)

    Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • Caractersticas Gerais 9,5-39,5 mm de comprimento

    Tubrculos antenferos na metade ou logo atrs da metade da poroanteocular da cabea

    T. infestans Alta endemicidade, alta densidade, distribuio restrita regio centro-oriental

    e sul

    Domstico, peridomstico

    Principal vetor do Trypanosoma cruzi na Amrica do Sul

    Negro com manchas amarelas no conexivo, crio e pernas

    Desenvolvimento em temperatura amena e pouca umidade do ar, climasmesotrmicos e secos

    Em fendas, currais, galinheiros, etc

    Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • Caractersticas Gerais Tamanho mdio ou grande (19-38 mm de comprimento)

    Tubrculos antenferos juntos margem anterior do olho (base da regioanteocular)

    P. megistus Baixa domesticidade, baixa densidade, distribuio ampla, nordeste

    Grande

    Olhos grandes

    Ampla distribuio

    Brasil do PA-RS (principalmente em MG, GO, BA), Bolvia, Paraguai, Argentina,Uruguai, Chile

    Domstico, peridomstico, silvestre (ninhos de gamb, roedores, palmeiras,bromlias, etc)

    Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • Caractersticas Gerais Pequeno ou mdio

    Menor que 26 mm de comprimento

    Tubrculos antenferos inseridos prximos da extremidade anterior da regio anteocular

    R. prolixus Alta domesticidade, alta densidade, distribuio pequena, no apresenta

    ocorrncia importante no Brasil

    Mxico, Amrica Central, Colmbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Bolvia e Brasil

    Castanho-amarelado com manchas castanho-escuras espalhadas

    Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • Endemia de alta prevalncia, principalmente na Amrica doSul.

    Sazonalidade: maior prevalncia de casos agudos no vero

    e outono (decorrente da biologia do vetor). Vero n detriatomneos transmisso n de casos agudos

    DISTRIBUIO GEOGRFICA

    AMRICA DO NORTE

    EUA (Texas, Califrnia e Tenessee 5 casos autctones),Mxico

    AMRICA CENTRAL

    Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Panam

    AMRICA DO SUL (todos exceto Guiana Inglesa e Holandesa)

    Argentina (10%), Colmbia (17%), Chile (4%), Venezuela, Brasil

    Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • BRASIL (6.000.000 casos em 1989, provavelmente mais de 10.000.000 em 1990; CP = 4,2% em 1981) NORTE

    Acre (2,4%), Amazonas (1,9%), Par (0,5%), Rondnia (0,4%), Roraima (0,3%)

    NORDESTE

    Alagoas (ao norte pouco), Bahia (toda menos noroeste - P.megistus), Cear: Regies midas (P. megistus); Regies Semi-ridas (T. braziliensis, T. maculata), Maranho (0,1%), Paraba(11,0%-12,0% - semi-rido), Pernambuco (serto e agreste 13,4%), Piau (0,88%-11,0%), Rio Grande do Norte (12,2% - Rural),Sergipe (ao sul pouco)

    CENTRO-OESTE

    Gois (alta endemicidade - P. megistus), Mato Grosso

    SUDESTE

    Espirito Santo, Minas Gerais (alta endemicidade - P. megistus e T. infestans), Rio de Janeiro, So

    SUL

    Paran (norte e nordeste), Rio Grande do Sul (alta endemicidade), Santa Catarina (sul - T. infestans)

    Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

    Incidncia da Doena de Chagas em pases da Amrica do Sul

  • Clima Quente (23-27 c) e seco

    Tropical e Temperado

    Fauna

    Reservatrios

    Ordem Artiodactyla (bois, porcos), Ordem Carnivora (raposas, coatis,onas, fures, ces e gatos), Ordem Chiroptera (morcegos), OrdemEdentata (tatus, tamandus e preguias), Ordem Lagomorpha(coelhos), Ordem Marsupialia (gambs - glndulas de cheiro comepimastig. - marmosas e cucas), Ordem Perissodactyla (cavalos),Ordem Primates (macacos, sagis), Ordem Rodentia (ratos, pres,esquilos, pacas, cotias e coandus)

    Transmissores

    Panstrongylus megistus

    Rhodnius prolixus

    Triatoma infestans

    Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • Zoonose (anfixenose) Antropozoonose Destruio do habitat natural do vetor causando sua

    domiciliao

    Invaso humana dos ectopos naturais

    Habitao humana inadequada (casas de pau-a-pique,sopapo, etc)

    Falhas no controle de hemoderivados (= transmissosangnea) endemia urbana (antroponose)

    Migrao rural-urbana: casos urbanos (transfuso)

    Scio-Econmicos: populaes pobres moradiaindigna e sem educao sanitria

    Zonas rurais: endemia rural de transmissointradomiciliar

    Faixa etria: adultos e velhos com prevalncia maior(cronificao)

    Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • Faixa Etria: crianas so mais sensveis a infeco (7% deletalidade na fase aguda)

    Nvel Scio-Econmico: pobres > ricos

    Mecanismos de Transmisso Pelo Vetor: hematofagismo-defecao (transmisso natural)

    Por Hemoderivados: 2% dos doadores de SP positivos (1980)

    Congnita: 10% dos prematuros de zonas endmicas tem mes infectadas

    Por Via Oral: aleitamento materno, carne contaminada (carnivorismo)

    Por Secrees: saliva, esperma, outras

    Por Transplante de rgos

    Resistncia Em suspenso de suor humano e fezes do vetor, resistem por 17 minutos

    (tripomastigotas metacclicos)

    Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • Ao Mecnica Traumtica

    Ao Txico-Alrgica

    Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • Geral Reao inflamatria (focal dependente de parasitos -

    difusa no ) + Despopulao neuronalparassimptica (parassimpticopriva de Keberle)

    Ganglionite e peri-ganglionite

    Neurite e perineurite

    Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • FASE AGUDA

    A essncia desta fase a leso local relacionada a presena deparasitos com imunomodulao celular (Th1) e humoral (emicroangiopatia)

    Aspectos Gerais: citlise determina infiltrao focal primaria depolimorfonucleares, evoluindo infiltrao linfomononuclear, estacom infiltrados confluentes difusos e posterior degenerao ounecrose.

    Resoluo basicamente reabsortiva

    Chagoma de Inoculao (Complexo Cutneo-Ganglionar de Basso eBasso): reao inflamatria da epiderme ao subcutneo(pandermite), com infiltrado polimorfonuclear, hiperplasia ehipertrofia histiocitria e edema do conjuntivo, e focosgranulomatosos no subcutneo

    Sinal de Romaa (Complexo Oftalmo-Ganglionar de Mazza):decorrente de infiltrado inflamatrio na conjuntiva com infiltradosplasmocitrios e manifestaes congestivas e hemorrgicas

    Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • Edema Subcutneo: de aspecto gelatinoso

    Linfadenite: superficial ou profunda (inicialmente local

    Hepatomegalia

    Esplenomegalia

    Miocardite: cardiomegalia, infiltradomonolinfohistioplasmocitrio, despopulao neuronal(ndulo trio-ventricular e ramo direito do feixe de Hiss)

    Miosite intensa (lisa ou estriada)

    Meningoencefalomielite

    Inflamaes de outros rgos: tireide, ovrios, tero, rins,testculos, etc

    Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • FASE CRNICA Forma cardaca indeterminada com miocardite focal leve entrando em

    um ciclo continuado de leso e reparao proporcional por degradaoe apoptose

    Aspectos gerais: focos inflamatrios escassos adquirindo as vezesaspecto de granulomas

    Resoluo com tendncia a fibrose, e com baixo parasitismo

    Formas Cardacas (miocardiopatias): cardiomegalia com dilataopredominantemente ventricular, globoso, flcido e com pontaventricular, pesando at 500g (corao de boi); aneurisma de pontaesquerda por acinesia e presso sistlica relativa local aumentada(leso fibrtico-degenerativa mioendocrdica com formaotrombtica endocrdica), degenerao isqumica miocrdicadecorrente da destruio vascular para reparo de reas; tromboseparietal; despopulao intracardaca. Granulomas determinam fibrosedifusa, que associada a novas reaes inflamatrias, determinamsubstituio de msculo por tecido conjuntivo (com conseqentediminuio da fora contrtil) causando aumento do volume das fibras,aumento do volume cardaco, dilatao das cavidades, hipertrofia dasparedes, e taquicardia

    Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

    Cardiopatia Chagsica Crnica

  • Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

    Miocardiopatia Chagsica

    Crnica:

    Fibrose intracardaca

    (Sup. Esq.)

    Cardiomegalia (Sup. Dir.)

    Trombose intracardaca e

    aneurisma de ponta de

    Ventrculo Esq (Inf. Esq.)

    Cardiomegalia (Inf. Dir.)

  • Formas digestivas (megas digestivos; esfago e clon): infiltradolinfohistioplasmocitrio, formao de granulomas, e degeneraoneuronal mioentrica (despopulao neuronal parassimptica =DNP). Outras estruturas ocas raramente ocasionam megas

    Sistema Nervoso Central: processos inflamatrios, com poucosfocos parasitrios, congesto e edema, discreta infiltraoperivascular, formao de granulomas disseminados (ndulos),causando meningoencefalite difusa

    Leses de outros rgos: Decorrentes das manifestaestromboemblicas e da insuficincia cardaca

    Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

    FISIOPATOLOGIA DAS FORMAS DIGESTIVAS CRNICAS

    AUMENTO DA LESO DO PLEXO DE AUERBACH

    DNP + INFLAMAO (ESOFAGITE E/OU

    COLITE)

    HIPOTROFIA E ALTERAES REGRESSIVAS DA ISQUEMIA

    RELATIVA

    DISCINESIA E ACALASIA

    ESTASE

    HIPERTROFIA MUSCULAR (LEI DE CANNOM)

    DILATAO (MEGAS)

    AUMENTO DA RESISTNCIA DO MEIO

    FIBROSE

    ISQUEMIA

    DEGENERAOAUMENTO DA LESO DO P. DE AUERBACH

    NECROSE

    ULCERAOINFLAMAO SECUNDRIA ATE A SUB-MUCOSA

    LESO DO PLEXO DE MEISSNER

    COMPRESSO DA MUCOSA

  • Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

    Megaesfago

  • Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

    Megaclon

  • FASE AGUDA

    Assintomtica em 90-98% dos casos (Brasil)

    Perodo de incubao: em torno de 15 dias

    Durao: em torno de 60 dias

    Sinais de Porta de Entrada (30% a 40% dos casos) (at 2 meses)

    Sinal de Romaa (40% - 60%): edema bipalpebral, uni oubilateral, elstico, indolor, de cor rseo-violcea, comcongesto e hiperemia da conjuntiva, escassa secreoconjuntival, linfadenite satlite (prauricular) e dacrioadenite.

    Chagoma de Inoculao: formao cutnea pouco saliente,endurecida, eritematosa, pouco dolorosa, circundada poredema elstico, e com linfadenite satlite.

    Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

    Sinal de Romaa

    Chagoma de Inoculao

  • Sintomas Gerais Febre

    Adenomegalias

    Edema

    Cefalia

    Astenia

    Outros Hepato-Esplenomegalia

    Esquizotripnides

    Miocardite aguda

    Achados laboratoriais: leucocitose eventualmentepresente, linfocitose, plasmocitose e neutropenia(posteriormente eosinofilia), hipoproteinemia eproteinria discreta

    Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • FASE CRNICA Forma Indeterminada (50 - 70% dos infectados)

    S diagnosticada laboratorialmente

    Sintomticos

    Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • Forma Cardaca (80% dos Chagsicos) Caracterizada pela miocardite chagsica crnica, sendo suas

    manifestaes decorrentes de arritmias, insuficincia cardaca etromboembolismo e apresentando:

    Palpitao (por extrassstole). aumentando com o esforo

    Dor pr-cordial difusa, no intensa e de durao varivel

    Sndrome de Stokes-Adams (por perturbao da excitao econduo por BAV) com bradicardia hipxia cerebral vertigens, desmaios, lipotmias e outros

    Insuficincia cardaca progressiva, global, comdescompensao direita principalmente (turgncia jugular,hepatomegalia dolorosa e edema inferior)

    Cardiomegalia

    Manifestaes tromboemblicas originando infartos(pulmonares, renais, esplnicos, cerebrais, e miocrdicos)

    Astenia

    Alteraes eletrocardiogrficas (bloqueio de ramo direito,bloqueio trio-ventricular, e extrassistolia ventricular)

    Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • Forma Digestiva

    Caracterizada pelo megas digestivos

    Megaesfago (20% dos chagsicos)

    Evoluindo em at 2 anos,podendo ser observado at emcrianas

    Disfagia dominante e precoce,iniciando-se com os slidos eprogredindo para a sensao deplenitude retroesternal

    Regurgitao precoce(hipercinesia) ou tardia (decbito)

    Epigastralgia ou dor retroesternaldesaparecendo com ingestolquida

    Odinofagia (dor a deglutio porespasmo esofgico ou esofagite)

    Soluo

    Ptialismo (hipertrofia dasglndulas salivares)

    Emagrecimento

    Tosse e sufocao noturnas(bronco-aspirao)

    Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

    Megaclon (24% dos chagsicos)

    Constipao de instalao lenta einsidiosa

    Meteorismo

    Aumento do volume abdominal

    Pseudo-tumoraes palpveis

    Ulceraes

    Aumento da necessidade delaxantes at catrticos e lavagens

    Outros

    Outros megas

    Raros devido a contedosviscerais lquidos

    Forma Nervosa (acomete o SNC) Encefalopatias crnicas da infncia

    Sndromes

    Perturbaes da linguagem e dainteligncia

    Outras manifestaes (hipercinesia,hipertonia, convulses, etc)

  • CLNICO

    Anamnese

    Sinais de porta de entrada

    Alteraes cardacas e digestivas

    LABORATORIAL

    Fase Aguda

    Pesquisa no sangue

    Esfregao corado (pelo mtodo de Giemsa)

    Reaes sorolgicas

    R.I.F.I. para IgM

    E.L.I.S.A. para IgM

    Fase Crnica

    Reaes sorolgicas

    R.I.F.I. para IgM (reagudizaes) e IgG (cronificao)

    E.L.I.S.A. para IgM (reagudizaes) e IgG (cronificao)

    R.F.C. ( Reao de Machado-Guerreiro)

    Xenodiagnstico

    Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

    Xenodiagnstico

  • Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

    Etiopatogenia

  • ETIOLGICO

    Benznidazol (benzonidazol) (eficcia discutvel na fasecrnica)

    SINTOMTICO

    Formas cardacas Diurticos - insuficincia

    Amiodarona - extrassstole ventricular

    Marcapasso - bradirritmias

    Formas digestivas Disppticos

    Antiemticos

    Laxativos

    Cirurgia: resseco parcial, miotomia esfago-gstrica,outras

    Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • Combate ao Vetor Desinsetizao com piretrides

    Controle biolgico (Telenomusfaria parasito dos ovos do vetor)

    Melhoria da habitao

    Educao sanitria

    Controle (diagnstico e abate) dos reservatrios domsticos e pra-domsticos

    Controle do sangue Triagem

    Uso de tripanosomicidassangneos (violeta de genciana)

    Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

  • Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO

    Nunca devemos esquecer que

    nossa determinao em

    vencer mais importante que

    qualquer outra coisa.

    Abraham Lincoln