doenÇa de chagas
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FACULDADE FMN-CGPARASITOLOGIA HUMATRANSCRIPT
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Tripanossomíase americana
(Doença de Chagas)
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INTRODUÇÃO
O Trypanosoma cruzi é o agente etiológico da doença
de Chagas.
Seus hospedeiros invertebrados são numerosas espécies
de hemípteros hematófagos da família Reduviidae (REY,
2003).
A doença de Chagas é um dos maiores problemas de
saúde pública em nosso país (NEVES et al., 2003).
O protozoário e a doença foram descobertos e descritos
pelo grande cientista brasileiro Carlos Ribeiro Justiniano
das Chagas (BRENER, 1989; CIMERMAN; CIMERMAN,
1999).
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Epidemiologia da doença de Chagas
Além do homem, mamíferos domésticos e silvestres
têm sido encontrados infectados pelo Trypanosoma
cruzi (REY, 2003).
Os mais importantes no ciclo doméstico são aqueles
que coabitam ou estão muito próximos do homem
como o cão, o rato, o gambá e o tatu (PESSÔA;
MARTINS, 1982).
Prevalência- Brasil: 4,1%; Argentina: 10%; Chile, 18,5%.
Atualmente, cerca de 90 milhões de pessoas vivem
em áreas onde há risco de infecção, das quais 16 a 18
milhões estariam infectadas (NEVES et al., 2003).
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Nos Estados Unidos da América, o parasitismo foi
encontrado em muitas espécies de triatomíneos e em
mamíferos silvestres.
Estima-se que naquele país haja mais de 300.000
imigrantes portadores da doença (REY, 2003).
Casos isolados, que até recentemente eram detectados
de maneira isolada na Amazônia, vêm aumentando nos
últimos anos, o que significa que a endemia pode se
expandir geograficamente (COURA et al., 2002).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a
doença de Chagas constitui uma das principais causas
de morte súbita que pode ocorrer na fase mais produtiva
do cidadão (NEVES et al., 2003).
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Histórico
Carlos Justiniano Ribeiro Chagas
Oswaldo Cruz
Instituto Soroterápico Federal, 1900
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Formas do parasita e o inseto vetor encontrados por Chagas, denominado “Schizotrypanum cruzi“
Epimastigota
Panstrongylus megistus
Tripomastigota
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Fato inédito para a época, Chagas descreveu o agente etiológico, sua biologia no hospedeiro vertebrado e invertrebado, seus reservatórios e diversos aspectos da patogenia e sintomatologia da doença.
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Filogenia do gêneroTrypanosoma
Sub-reino Protozoa;
Filo Sarcomastigophora;
Ordem Kinetoplastida;
Família Trypanosomatidae;
Gênero Trypanosoma;
Espécie Trypanosoma cruzi.
Outras espécies
Trypanosoma rangeli
Trypanosoma gambiense
Trypanosoma rhodesiense
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Vetores da doença de Chagas
Os triatomíneos são insetos grandes, hematófagos,
que medem de 1 a 4 cm de comprimento.
Os gêneros de maior interesse para a medicina são:
Triatoma, Panstrongylus e Rhodnius (NEVES et al.,
2003).
As espécies mais encontradas no ciclo doméstico
são: Triatoma infestans, Panstrongylus megistus,
Triatoma sordida, Triatoma brasiliensis, Triatoma
pseudomaculata e Rhodnius neglectus (NEVES et al.
2003).
Pertencem à classe Insecta, Ordem Hemíptera, família
Reduviidae e subfamília Triatomidae; são conhecidos
como barbeiro, chupão ou chupança (REY, 2003).
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– espécies hematófagas:
– Reduviidae - Triatominae (barbeiros)
– Diferente dos pernilongos: todos os estágios e ambos os sexos são hematófagos
Vetores de T. cruzi : Hemíptera
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Triatoma infestans Panstrongylus megistus Rhodnius prolixus Triatoma dimidiata
Triatoma pallidipennis Triatoma sordida Triatoma brasiliensis
Triatomíneos mais importantes na transmissão da doença de Chagas
NO CO
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Ciclo de vida
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Rhodnius prolixus : repasto sanguíneo
1º Passo: a infecção
Gota de fezes e urina
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2º Passo: A invasão de células pelas tripomastígota metaciclíca
Fatores importantes: •Adesão celular
•Fagocitose induzida
(macrófagos ou outras cel.)
•Ação lítica-hemolisina para escape do lisossomo
•Perde o flagelo e se transforma em amastígota (4 micrômetros- 36h- e se repete a cada 12 horas
•Após 5 dias completam o ciclo intracelular e as tripomastígotas rompem o macrófago
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Detalhes notáveis das tripomastígota metacíclica Formas finas: 20µ/ e 2 de larg. Aspecto de S + rápida e + patogênicas Formas largas: 12µ/4µ, Aspecto de C, lentas, mais infect. para os triatomíneos
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3º Passo: a disseminação no hospedeiro vertebrado
Infecção local
Nódulos linfáticos
Sistema nervoso central
Coração
Aparelho digestivo
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4º Passo: a contaminação do vetor invertebrado
Tripomastigota sangüíneo
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Transmissão da doença de Chagas
Transmissão vetorial (CIMERMAN; CIMERMAN, 1999).
Outras formas (NEVES et al., 2003; REY, 2003):
Transfusão de sangue contaminado;
Transmissão congênita;
Transmissão oral (via digestiva);
Aleitamento materno;
Coito;
Transmissão direta de animais infectados;
Acidentes laboratoriais;
Transplante de órgãos.
J
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Fisiopatologia da doença de Chagas
Abordagem tradicional
Fase aguda
Sinal de Romaña (Edema bipalpebral unilateral)
Chagoma de inoculação (complexo cutâneo-
linfodonal)
Febre, hepatomegalia, esplenomegalia,
insuficiência cardíaca e perturbações neurológicas
(DE CARLI, 2002).
Fase indeterminada
Muitos hospedeiros jamais saem desta fase, vindo
a falecer por outras causas (REY, 2002).
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Sinal de Romaña
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Fase crônica
Tem início quando surgem novos sintomas da
doença (REY, 2002).
Cardiopatia chagásica crônica: insuficiência
cardíaca congestiva, fenômenos tromboembólicos
(NEVES et al., 2003).
Forma digestiva: megaesôfago e o megacólon -
tosses, náuseas, salivação excessiva, desnutrição
crônica, constipação, obstrução e perfuração do
intestino (REY, 2003).
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Fase crônica: Cardiomegalia e aneurisma de ponta
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Fase crônica: Miocardite chagasica
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Fase crônica: Megacôlon
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Frequência e natureza de patologias observadas em pacientes crônicos da doença de Chagas: Os “megas“
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Diagnóstico
Clínico
Sinal de Romaña; chagoma de inoculação.
Laboratorial
Direto: exame de sangue ou biópsia;
Indireto: sorologia, cultura, inoculação em cobaias,
xenodiagnóstico (DECARLI, 2002; OMS, 1994).
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Xenodiagnóstico
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Tratamento
Nenhuma droga conseguiu suprimir a infecção e promover
uma cura definitiva da doença (NEVES et al., 2003).
A diversidade genética do parasita dificulta o tratamento.
O nifurtimox é eficiente em chagásicos crônicos na
Argentina, porém pouco eficaz em Minas Gerais (MURTA,
1998; REY, 2003).
O Benzonidazol (5-6 mg/kg peso em 30-60 dias) possui
efeito apenas contra as formas sangüíneas. É indicado
nos casos agudos e na prevenção da transmissão por
transplantes de órgãos (VILLARREAL et al., 2004).
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O nitrofural inibe a tripanotiona redutase. Porém,
não é utilizado devido aos efeitos adversos que
promove (FERREIRA; VARANDA; CHUNG, 2001).
Chung et al. (2003) alteraram a molécula do nitrofural
e produziram o hidroximetilnitrofural. Atualmente,
está sendo avaliada a toxicidade do composto em
ratos e camundongos.
Vacinas:
O alvo ideal seriam antígenos da fase amastigota (resposta celular -> Amastigote surface protein 2)
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Existem poucos estudos sobre a capacidade vetorial de triatomíneos nesta área
A distribuição de vetores de T. cruzi
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- Área endêmica Brasil: 1/4 território
- 8 milhões de pessoas infectadas
(MG,RS,GO,SE,BA)
- 25 milhões de pessoas expostas
ao risco de infecção
Região amazônica: enzootia emergente?
Áreas de risco de infecção com T . cruzi
Onde há presença de vetores existe a possibilidade de infecção
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- Depois da descoberta (anos 10 e 20 do século passado) por Chagas, tentativas frustradas de eliminação do vetor Panstrongylus megistus usando querosene, água fervente e até lança-chamas em casas de pau-de-pique.
Primeiras tentativas de controle de vetor
- Nos anos 40: introdução de DDT ineficiente contra triatomíneos
- Outros organoclorados, dieldrina e HCH (Lindan): eficientes
- Chagas, Pellegrino e Dias perceberam que a melhoria das moradias mostrou grande efeito
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• A primeira campanha em solo brasileiro foi incentivada pelo sucesso obtido na Venezuela (anos 70): • No começo dos anos 80: Introdução dos piretróides sintéticos
Primeira campanha nacional (1984), objetivo: erradicação do Triatoma infestans:
• Mapeamento dos lugares infestados por triatomíneos
• borrifação das moradias
• Notificação do reaparecimento de triatomíneos por postos descentralizados.
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Revés: O programa ficou suspenso, quando o combate à reintrodução de Aedes aegypti foi declarado prioritário em 1986
A reintrodução dos vetores também ocorreu, exigindo um esforço multilateral para sucesso do controle.
Dias et al. 2002 MIOC
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A Iniciativa Cone Sul 1991-2000
- Objetivos: - Erradicação do Triatoma infestans
- Controle dos bancos de sangue para contenção do risco de infecção transfusional
- Diminuição do impacto econômico e social da Doença de Chagas.