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Chamadinha chamadinha 20 POLÍTICA ECONOMIA EDUCAÇÃO AGRONEGÓCIO TURISMO SAÚDE SEGURANÇA TECNOLOGIA REVISTA DOCUMENTO RESERVADO Nº 44 - DEZEMBRO/2011 - R$ 10,00 www.documentoreservado.com.br Goiabada Todo mundo já sabia. A CPI da Câmara de Curitiba terminou mesmo em pizza Etanol Tudo sobre o combustível alternativo que vem despertando curiosidade no mundo personalidades de um Estado pluralista, inquieto e em constante transformação personalidades de um Estado pluralista, inquieto e em constante transformação

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Documento reservado

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Chamadinha chamadinha

20POLÍTICA ECONOMIA EDUCAÇÃO AGRONEGÓCIO TURISMO SAÚDE SEGURANÇA TECNOLOGIA

REVISTA DOCUMENTO RESERVADONº 44 - DEZEMBRO/2011 - R$ 10,00www.documentoreservado.com.br

GoiabadaTodo mundo já sabia.A CPI da Câmara deCuritiba terminoumesmo em pizza

EtanolTudo sobre o combustívelalternativo que vemdespertando curiosidadeno mundo

personalidadesde um Estado

pluralista,inquieto e em

constantetransformação

personalidadesde um Estado

pluralista,inquieto e em

constantetransformação

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Jornalista responsável e editor-chefePedro Ribeiro

RedaçãoNorma Corrêa, Pedro Ribeiro,e Lucian Haro

RevisãoNilza Batista Ferreira

ComercialJunior [email protected]

FotosShutterstock

IlustraçõesDavidson

Projeto Gráfico e DiagramaçãoGraf Digital

ImpressãoIdealiza Gráfica e Editora

Tiragem10.000 exemplaresImpresso em papel couché foscoLD 150 g, com verniz UV (capa)e couché fosco LD 90 g (miolo)

EndereçoRua João Negrão, n0. 731Cond. New York Building - 120. andar -sl. 1205 - CEP 80010-200 - Curitiba - PR

Telefones(41) 3322-5531 / 3203-5531

[email protected]

REVISTA DOCUMENTO RESERVADONº 44 - DEZEMBRO/2011

expediente

Os maisinfluentes

editorial

assadas as comemorações de final de ano, é hora de botar os pés no chãoe começar a por em prática as promessas de melhoria feitas para

os novos 365 dias que virão. Independente do ramo que você atue, é semprenecessário “fazer a diferença” e contagiar o maior número de pessoas à suavolta com exemplos positivos. O sucesso, como todos sabem, nunca vem aoacaso - muito pelo contrário, em quase todas as vezes, só chega depois demuito esforço e dedicação. E é impossível falar de um futuro profícuo semanalisar o passado e o presente e arrumar bem a casa para que os sonhos setornem realidade.

Por isso, numa edição inédita, a Documento Reservado volta ao recente2011 e apresenta as 20 personalidades paranaenses que mais se destacaramno Estado e que, com certeza, trarão novos frutos neste ano. São empresári-os, políticos, músicos, atletas, comunicadores e religiosos que, de algumaforma, influenciaram a opinião pública durante o ano que passou. A listapode servir, também, como bússola para entender as mudanças que aconte-cerão em 2012 e antever os rumos de um Estado pluralista, inquieto e emconstante transformação.

Mais do que contar histórias de superação e exemplos de sucesso, quere-mos mostrar que, como nós, eles também precisam batalhar diariamente parase destacar no ramo que atuam. Os perfis que você verá aqui vão relatar desdea trajetória de um padre que saiu do interior do Paraná e ganhou o País commúsicas de evangelização até o de um chefe de Poder que adotou medidasdrásticas para moralizar o Legislativo.

Ainda nesta edição, o aumento do número de homicídios em Curitiba, oimbróglio do Etanol e o agronegócios.

Bem – vindo 2012!

Pedro Ribeiro

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P

Circulação Janeiro/2012

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índice

42MAPA DO CRIMEO governador Beto Richa sabe decor o mapa da criminalidade noParaná. Falta colocar policiamen-to no lugar certo para reduzir aonda de violęncia.

34BIOCOMBUSTÍVELA reportagem da revista DocumentoReservado foi a campo ver o que estáaconte4cendo com o combustívelalternativo que vem despertando aatençăo do mundo.

53VAIDADESurgem novas técnicas para aca-bar de vez com aqueles pelinhos queincomodam principalmente as mu-lheres.

50NOVA PROMESSAA cada final e início de ano surgeuma nova promessa. Parece que a re-vitalizaçăo de uma das mais tradicio-nais praias do Paraná – Matinhos –sairá do papel em 2012.

44AGRONEGÓCIOO agronegócio paranaense passa porum momento de reflexăo. Veja re-portagem completa feita pela equi-pe da Federaçăo da Agricultura doParaná (FAEP).

08PERSONALIDADESOs leitores da revista Documento Re-servado e do jornal eletrônico Docu-mento Reservado elegeram as 20 per-sonalidades que se destacaram no Pa-raná em 2011 e prometem um ano ain-da mais próspero em 2012.

06SINTONIA FINA

54COLUNA DA GABI

56AGENDA CULTURAL

30OBRAS NA CIDADEA Prefeitura de Curitiba transformou a ci-dade em um canteiro de obras e entregou,em 2011, mais de 1520 obras transfor-mando a paisagem da capital.

40TUDO ACERTADOMais uma vez a populaçăo viuterminar em pizza denúncias de mauuso do dinheiro público na Câmara deVereadores de Curitiba. A CPI doDerosso foi arquivada.

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sintonia fina

Guerra civilSe levarmos ŕ risca o que recomenda a Organiza-çăo das Naçőes Unidas (ONU) em relaçăo ao nú-

mero de homicídios, a capital paranaense, Curitiba,está mergulhada numa guerra civil. Săo mais de 120homicídios este ano e a previsăo é de chegar a 150. Deacordo com a ONU, 10 homicídios por 100 mil habitan-tes săo considerados uma guerra civil. Portanto, esta-

mos lá ou bem próximos.

Afiador de facasA figura do afiador de facas e

tesouras, desaparecida há muito daface da terra, principalmente dos

grandes centros, começa a ressurgir.Dia desses, em plena Rua XV deNovembro, coraçăo do centro deCuritiba, encontramos um dessesheróis que ainda insiste em afiar

facas e tesouras a R$ 2,00 aunidade. Seu Joăo Oliveira faz estetrabalho há mais de 40 anos e foicom ele que criou os cinco filhos.

Segurançaisraelense

Curitiba, que terá minúscula participa-çăo na Copa do Mundo, prepara umforte esquema de segurança. Paraisso, contratará uma empresa de

segurança de Israel, cuja tecnologia, amais avançada do mundo, é capaz de

captar o rosto de uma pessoa e ocalibre de armas a 25 quilômetros dedistância. Ao término da competiçăo,o sistema poderá ser aproveitado pelacidade como legado da Copa ŕ Curitiba.

Recuos de RossoniPelo jeito a Assembléia Legislativa do Estado do Paranáestá sendo comandada pela imprensa. O que é muito

bom. O jornal Gazeta do Povo escreve, o presidente daCasa, deputado Valdir Rossoni (PSDB), acata. Uma

sucessăo de recuos. Foi assim com seu salárioextra, com o abono dos funcionários e agora, maisrecente, com o 14ș e 15ș salários. Só falta cance-lar o Aerossoni.

CavalariaO governador Beto Richaprecisa dar uma ordem aoseu secretário de segu-rança pública e determi-nar intervençăo nas áre-as de risco do tráfico dedrogas e homicídios. To-dos sabem onde mora operigo. Portanto, năo adi-anta colocar soldados ecavalos patrulhando aRua XV de Novembro e as principais praças do centro da cidade. É preciso estarpresente no Parque dos Tropeiros, Vila Sabará, Vila Verde. É lá que estăo os traficantese criminosos.

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PEDRO RIBEIRO

Rasgando sedaQuem apostava que o governador Beto Richa e odeputado federal, Fernando Francischini, năo

estavam numa boa, errou. Em solenidade noauditório do Museu Oscar Neimayer, Richa

rasgou seda para o parlamentar, elogiando suaatuaçăo na Câmara Federal, com conduta firme e

ousada dentro dos propósitos de contribuir para ofim da corrupçăo no País. Sinalde que Francischini poderá

vir a ser vice de LucianoDucci na campanha para a

Prefeitura de Curitiba.

Atrás do bondeO histórico e glorioso bonde elétrico voltará a circular pelas ruas centraisde Curitiba. Para isso, a prefeitura precisa de recursos da ordem de R$ 15milhőes. A princípio, a linha do bonde terá 1.500 metros, saindo da PraçaEufrásio Correa, passando pela Avenida Silva Jardim até chegar ao Pas-seio Público. O objetivo é incentivar a circulaçăo dos turistas no centro deCuritiba, além de retomar um pouco dos hábitos da populaçăo do início doséculo vinte, que tinham o bonde como meio de transporte.

Coisas de turcosDurante solenidade de assinatura de contratospara casas populares, o presidente da Coha-par, Mounir Chaowiche, revelou a uma pla-téia com mais de 150 prefeitos, que estava

tendo todo o apoio do governador BetoRicha para resgatar a cidadania dos

paranaenses com moradia e con-tou um segredo: o governador

nem confere os recursos querepassa. Richa usou da pala-vra e disse que o colega turco

estava enganado, porque con-fere tudo devido ao sangue árabe

que corre nas veias.

TrabalhãoA secretária nacional do Ministériodas Cidades, Inęs Magalhăes, foidireto ao assunto: “esse Mounir nosdá um trabalhăo”. Quis se referir ŕvitalidade, a energia e os compromis-sos que o presidente da Cohapar tempara com a missăo de proporcionarcasas para 100 famílias nos quatroanos de governo Richa. A meta doprimeiro ano já cumpriu com a assi-natura de mais de 25 mil termos decompromisso.

IndependênciaNo dia 19 de dezembro, o deputado federal

Ratinho Júnior, do PSC, abriu as portasde sua fazenda para receber 180 pré-

candidatos a vereadores numa grande festade confraternizaçăo. Embora tenha ouvido ocanto da sereia do PT, para formalizar apoioao candidato ungido por Gleisi Hoffmann e

Paulo Bernardo, Gustavo Fruet, queagora está no PDT, Ratinho Junior

faz questăo de assegurar a suadisposiçăo de disputar a Prefeiturade Curitiba. Para isso, ele afirma

que já estăo sacramenta-das as alianças com o

PR, o PTdoB, e há umbom diálogo com

o PCdoB ecom o PV.

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os 20 mais

OS20mais

ntender as mudanças pelas quais o Paraná vem passando e prever para onde elas poderão levá-lo não é tarefa fácil. Analisar o perfil das pessoas que vêm se destacando e influenciando a

opinião pública, seja no exercício do poder, na construção de projetos, servindo de inspiração ou pormero talento, pode ajudar, no entanto, a compreender melhor os caminhos, as apostas e os desafiosdo Estado.

Pois bem, nesta árdua tarefa de desvendar o seleto grupo de paranaenses que influenciou e, dealguma forma, ganhou notoriedade em 2011, abrimos um canal de interatividade com nossos leitorese conselheiros, para eleger os homens e mulheres que “ fizeram a diferença” nos ramos que atuaramdurante o ano passado. Essas personagens foram divididas em sete grupos, – Religiosos, Esportistas,Músicos, Políticos, Promessas, Comunicadores e Empreendedores – que invariavelmente podem sesobrepor e interagir. Elas foram selecionadas por sua capacidade de superação, liderança, pioneiris-mo e, por que não, persuasão. É isso que as torna “as mais influentes”.

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LUCIAN HARO

RELIGIOSOS

Reginaldo ManzottiO padre das milhões de vozes

le fez jus à fama de “sacerdote que arrasta multidões” e reuniu mais de 1,2 milhão depessoas para gravar o CD e DVD Padre Reginaldo Manzotti - Milhões de Vozes, Ao

Vivo, em Fortaleza.Devoto de Nossa Senhora do Carmo, o menino que ingressou no Seminário dos Frades

Carmelitas aos 11 anos, influenciado pela religiosidade dos pais, não imaginava que temposmais tarde sairia de Paraíso do Norte, interior do Paraná, congregando fiéis Brasil a fora pormeio da comunicação. Aliás, foi essa a brecha encontrada pelo atual pároco da Igreja NossaSenhora de Guadalupe, em Curitiba, que o permitiu construir um verdadeiro império de evan-gelização.

Fundada por ele em 2005, a Associação “Evangelizar é Preciso” busca despertar nos cristãoso interesse pela prática religiosa autêntica e conta, hoje, com um canal de televisão aberta, umportal na Internet que recebe 1 milhão de acessos/dia e uma rádio própria com programação 24horas por dia, retransmitida por mil emissoras do País inteiro.

Apaixonado pela música, padre Reginaldo estudou flauta durante sua formação e, aindano seminário, compôs suas primeiras canções. Hoje, ele tem dois DVDs, seis CDsmusicais e outros tantos de oração lançados, conquistando três discosde Ouro e um de Platina Duplo.

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“Dou graças a Deus pela presençado Padre Reginaldo em nossaarquidiocese. A missão que elevem desenvolvendo não só noParaná, mas, em todo o País,reflete um forte testemunho defidelidade com Deus por meio daevangelização. Ele temdemonstrado em sua vidamissionária obediência e muitaautenticidade”.

Dom Moacyr José Vitti,arcebispo emérito de Curitiba

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os 20 mais

ESPORTISTAS

Angélica KvieczynskiA ginasta que vale ouro

omando fitas, bolas e arcos, ela fatu-rou uma medalha inédita para o Bra-

sil no Pan de Guadalajara.A toledana que ingressou na ginástica rít-

mica aos oito anos de idade, quando a moda-lidade ainda era uma ilustre desconhecida,mostrou neste ano, aos 20, que já é uma gran-de profissional e que sabe bem o que quer.Angélica Kvieczynski integrou a comitiva deatletas brasileiros que representou o País nosJogos Pan-Americanos de Guadalajara, noMéxico, e trouxe no peito um ouro inédito noindividual geral da modalidade que compete.Ela ainda voltou ao pódio outras duas vezespara receber as medalhas de bronze conquis-tadas nas finais do arco e com a bola.

Atuações espetaculares que, aliás, são asespecialidades de Angélica. Ela compete pro-fissionalmente desde os 10 anos de idade eacumula na bagagem muitas vitórias. Entreelas, a mais recente participação nos Jogos

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Sul-Americanos, na Colômbia, ano passado.Na ocasião, ela operou um verdadeiro arras-tão e conquistou seis medalhas de ouro nasseis categorias disputadas. Repetiu esse desem-penho no Campeonato brasileiro em Vitória,Espírito Santo.

Para o futuro, a ginasta demonstra planosousados e não tem medo do fim da carreira.Enquanto muitas atletas estão perto da apo-sentadoria aos 25 anos ela acha que pode che-gar às Olimpíadas de 2016 no auge de suacarreira. Embora reconheça a grande distân-cia entre o Brasil e as potências da modalida-de (quase todas do Leste Europeu), Angélicase permite sonhar com uma medalha de ourocompetindo em casa.

D“Angélica é um exemplo de atleta

que uniu muito esforço ededicação para alcançar seusobjetivos profissionais. Ela é

motivo de orgulho para o Estado,porque começou e permanece

treinando na cidade onde nasceu(Toledo), além de trazer uma

medalha inédita para o País emsua modalidade.”

Luis Antonio Costenaro, diretor de Esporte eLazer da Secretaria Estadual do Esporte

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ESPORTISTAS

RafinhaComandou a conquista do título de Maior

Vitorioso do Mundo para o Coritiba

meio-campista que já passou por times grandes como Grêmio,São Paulo e Goiás foi umdos principais responsáveis pela sequência de vitórias que colocou o Coxa no Livro dos

Recordes.Como bem sabe, a torcida alviverde, nada vem fácil ao Coritiba. E no caso da homologação

do título de Maior Vitorioso do Mundo, não poderia ser diferente - que o diga a equipe depesquisadores do Memorial Coxa e do Grupo Helênicos -, foram dias revirando papéis e sites atéjuntar a documentação necessária para consolidar o recorde. Dentre os 22 jogadores responsá-veis pela sequência ininterrupta de vitórias, um em especial merece destaque: o meia Rafinha.Oriundo de times de repercussão nacional, o ex-Grêmio e ex-São Paulo acumulou o melhordesempenho nas 24 partidas que renderam o título ao clube.

A boa fase do Coxa começou em fevereiro de 2011, com a vitória por 5x0 para o Iraty, noCampeonato Paranaense, e terminou com a goleada de 6x0 encima do Palmeiras pela Copa doBrasil. Nesse período, o time marcou 74 gols e levou apenas 16. Após conquistar o recordemundial, Rafinha afirmou ainda não ter acabado sua missão no Coritiba e que quer fazer históriano time. Ele teria recusado, inclusive, convites para jogar no Japão em função da nova paixãopelo alviverde.

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“Ao lado do zagueiro Emerson, ele foi um dos principaiscontribuidores para a boa sequência de vitórias do Coritiba

em 2011. É um jogador rápido, de muita habilidade,e que deu os principais passes para os atacantes Bill,

Leonardo e Aquino marcarem gols.”

Jairo Silva, comentarista esportivo

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ESPORTISTAS

Rosilete dos SantosA rainha dos ringues

om golpes certeiros e mão pesada, ela chegou onde nenhuma boxeadora brasileira haviachegado antes.

Rosilete tem 1,59 m, 52 quilos, mas um cruzado de esquerda de derrubar gigantes. Dona dedois títulos unificados, ela é a atual campeã mundial pela Associação Internacional de BoxeFeminino e pela Comissão Mundial de Pugilismo na categoria supermosca (até 52,2 kg), sendoconsiderada a atleta mais premiada da história do esporte nacional.

Mas nem sempre o cinturão e o reconhecimento fizeram parte da vida da atleta. Assim comoa personagem Maggie do filme “Menina de Ouro” (2004), Rosilete também é de origem simples.Ela começou a treinar há 10 anos, quando ainda morava em Castro, no interior do Paraná, e tevede enfrentar muitos rounds para se tornar uma vencedora. As semelhanças com a boxeadora dastelonas, no entanto, não param por ai. A paranaense vai ganhar, inclusive, um documentáriosobre a sua trajetória de vida, que ainda não tem data definida para sair.

“O diferencial da Rosilete é ocarisma. Além de muito dedicada euma excelente profissional, ela émãe, esposa e muito humilde.”

Macaris do Livramento, marido e ex-treinador deRosilete

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MÚSICOS

A Banda Mais Bonita da CidadeOs seis minutos de fama, eles já têm

les são os autores de um dos clipes mu-sicais mais acessados do Youtube neste

ano. A “Oração” dos curitibanos entrou no larde milhões de brasileiros e, em pouco tempo,recheou a agenda de shows da banda.

É difícil encontrar quem não tenha aomenos ouvido alguém cantarolar um pedaci-nho da música “Oração”, da Banda Mais Boni-ta da Cidade. Sucesso absoluto na Internet, ohit que era para ser apenas uma gravação des-contraída entre amigos foi a chave para o su-cesso do grupo. Com mais de 8,6 milhões de

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acessos no Youtube, eles têm agenda cheia atéo final de 2012.

O clipe foi filmado sete vezes, depois devários ensaios na casa de uma amiga dos inte-grantes da banda - que aparece tocando ban-dolim nas imagens -. “Oração” é o terceiro dosclipes promocionais, os outros são “CançãoPara Não Voltar” e “A Boa Pessoa”, todas can-

ções inéditas. São só cinco integrantes: UyaraTorrente, Vinícius Nisi, Rodrigo Lemos, DiegoPlaca e Luís Bourscheidt e com exceção deUyara, todos são formados em música ou pro-dução musical pela Universidade Federal doParaná (UFPR). Há dois anos eles mantêm aformação e, também, a independência. Todostocam em outras bandas.

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“A qualidade musical e a postura que eles apresentaram no vídeofoi o que rendeu os milhões de acessos. A canção também agradou os

mais variados públicos, porque eles souberam usar a novatendência de ‘virose musical’ na internet.”

Dirceu Saggin, produtor musical

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os 20 mais

PROMESSAS

Gabriel D’EspíndulaO melhor do mundo

estudante curitibano conquistou a premiação máxima durante o maior torneio interna-cional de educação profissional.

Considerado um dos melhores do mundo no ramo que atua, a Eletrônica Industrial, oestudante Gabriel D’Espíndula, de 22 anos, conquistou para o Brasil o prêmio máximo noWorldSkills, maior torneio de formação profissional do Mundo. A competição foi realizada nomês de outubro, em Londres, e contou com a participação de quase mil jovens vindos de maisde 50 países.

Ex-aluno do curso de Eletrônica Industrial, na modalidade Aprendizagem Industrial, Gabrielvenceu, em 2009, a etapa estadual da Olimpíada do Conhecimento do SENAI-PR e no anoseguinte conquistou o mesmo torneio em caráter nacional, no Rio de Janeiro. Depois disso,venceu as seletivas que definiriam o representante brasileiro na WorldSkills. Passou, ainda, portreinamentos e provas para confirmar seu índice. Os resultados alcançados em todas essas faseso credenciaram o estudante a disputar do torneio mundial.

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“Esse menino representa o quetemos de melhor no Estado.Temos que usar o exemplo delepara incentivar que cada vez maisalunos invistam em cursos deformação profissional.Queremos que os jovenspercebam a importância daeducação profissional e asoportunidades que existem nomercado de trabalho.”

Edson Campagnolo, presidente da Federação dasIndústrias do Estado do Paraná (Fiep)

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POLÍTICOS

Álvaro DiasO guerreiro da oposição

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nquanto denúncias de todas as ordenssacudiram o Planalto Central, ele arre-

gaçou as mangas e lutou para impedir que aonda de impunidade se alastrasse pelo Legisla-tivo

Devido à sua postura crítica, especialmenteno combate à corrupção no País, o senadorÁlvaro Dias (PSDB-PR), de oposição ao gover-no, se sobressaiu no Congresso Nacional, em2011. Na opinião de especialistas, o parlamen-tar pode ser considerado um verdadeiro com-batente diante de um mundo político em quehá, de um lado, as leis de mercado e, do ou-tro, as dos compadres.

No Senado, Álvaro Dias lutou contra a

corrupção alastrada principalmente pelo PT,que paradoxalmente condenou essa práticaao longo de mais de 20 anos de governos daoposição. O senador paranaense afirma que aindignação entre os brasileiros exige muito

mais que uma bonita retórica sobre a dita faxi-na que a presidente Dilma pretende fazer. Paraele, o itinerário da corrupção no País é devas-tador e parece estar medindo a pressão dasaspirações populares diferente da temperatu-ra que alguns senadores vêm sentindo.

“Acredito que ele percebeu, ao longo de sua carreira como políticoprofissional, que a massa brasileira tem identificado na atividade

parlamentar um jogo fundamentalmente sujo, aonde existe tudo, menosética e estão tentando mudar essa realidade. Não o vimos fazendo jogo

duplo na política, nem entrando em esquemas em que os amigos ecorregilionários honram apenas os compromissos relacionados com

quem não tem comprometimento ético ou ideológico.”

Norma Corrêa, jornalista e cientista política

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POLÍTICOS

Beto RichaO governador que está arrumando a casa

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esponsabilizando (más) gestões anteriores, ele diz não ter o poder de mudar arealidade do Estado “da noite para o dia” e assume ter deixado a desejar principal

mente em segurança pública, no ano de 2011. Algumas metas de governo foramcumpridas.

“No primeiro ano, nunca é fácil. Tem que botar a casa em ordem”, disse o governadordurante coletiva à imprensa para balanço de seu primeiro ano de gestão. Em que pesemas dificuldades financeiras, a reduzida capacidade de investimentos e a desorganização daestrutura administrativa, ele afirma ter alcançado resultados positivos para o Estado noano que passou.

Entre as conquistas, a readequação de algumas secretarias, uma economia de R$ 70milhões nos gastos do Executivo e a promessa de melhorias no serviço público, viacontratação de novos comissionados e organizações sociais (OSs). Ainda como méritos desua gestão, Richa enfatizou a capacidade de diálogo com a classe política e a incessantebusca por investimentos privados para o Paraná.

Entre as frustrações, o governador destacou a segurança pública - um dos principaisgargalos do Estado -, mas projeta um cenário melhor para 2012, com aumento de investi-mentos na área. Parte da mudança se dará pelo aumento de 271% nas taxas do Departa-mento de Trânsito (Detran), aprovado recentemente pela Assembleia Legislativa (AL).

“Neste primeiro ano de gestão, Beto Richaaproveitou para fazer uma remodelagem no

Governo no Estado, não só para firmar aoposição ao governo anterior, mas paramudar o jeito de administração pública

mesmo. Leva-se um tempo até alcançar osobjetivos de gestão e é muito cedo para

dizer se será melhor ou pior que a eraRequião e Pessuti.”

Emerson Cervi, cientista político da UFPR

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POLÍTICOS

Gleisi HoffmannA Dilma da Dilma

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m menos de cinco meses no Senado, elafoi escolhida para ser a “fiel escudei-

ra” da presidente Dilma, assumindo forte as-cendência sobre os demais colegas de Espla-nada.

O cafezinho no quarto andar do Paláciodo Planalto – onde fica o gabinete da minis-tra-chefe da Casa Civil – já esteve frio, masanda sendo servido bem mais quente. Anunci-ada como substituta de Antônio Palocci, afas-

tado depois de uma série de acusações de en-riquecimento ilícito e tráfico de influência,Gleisi Hoffmann chegou à Casa como umaescolha pessoal da presidente Dilma Rousseffe não teve tempo de fazer corpo-mole. Ela foiapresentada ao País como sendo a “Dilma daDilma”, numa irônica referência feita pela pre-sidente sobre o tempo em que ela era a super-ministra do governo Lula.

A trajetória da parlamentar, no entanto, é

mais longa do que se pensa. Nascida em Curi-tiba, Gleisi Hoffmann iniciou sua carreira po-lítica ainda na adolescência, quando ingres-sou no movimento estudantil Edson Luis deLima Souto, do Colégio Nossa Senhora Media-neira. Depois passou a integrar a União Metro-politana dos Estudantes Secundaristas e Grê-mio Estudantil do Cefet e em 1989 filiou-se aoPartido dos Trabalhadores (PT). Formada emDireito, ela é especialista em Gestão de Orga-nizações Públicas e Administração Financeira.Agora, a paranaense tem a responsabilidadede coordenar projetos e ser um ponto agrega-dor do Governo Federal. Mudou de instância,mas não de caminho em defesa do Paraná.

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“O ano de 2011 foi muito positivopara o PT do Paraná. E semdúvidas um dos momentos maisimportantes para o partido foi oconvite da presidenta DilmaRousseff para a senadora GleisiHoffmann assumir a Casa Civil.Em toda a história o Paraná nuncateve tanta força política comoagora. O desempenho de Gleisicomo ministra é extremamentepositivo. Ela é uma pessoa demuita capacidade técnica,sensibilidade e, acima de tudo,comprometida com odesenvolvimento social do Brasile do Paraná.”

Ênio Verri, deputado estadual epresidente do PT- PR

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POLÍTICOS

Luciano DucciO perfil do prefeito socialista

le chegou de fininho após a renúncia de Beto Richa, que seguiu rumo aogoverno do Estado, e na Prefeitura de Curitiba desenvolve uma gestão

muito profícua.Médico pediatra por formação, Luciano Ducci vive um momento diferente

em sua carreira pública. Acostumado a sempre trabalhar nos bastidores do poder- já foi secretário estadual e municipal de saúde – colhe os louros de uma gestãomuito tranquila à frente da Prefeitura de Curitiba. Entre os feitos de 2011, recebeu,inclusive, o prêmio nacional de “Prefeito Inovador 2011”, concedido pelo Movi-mento Brasil Competitivo (MBC) em reconhecimento à utilização de recursos darenovação digital na gestão pública.

Quanto aos avanços conquistados aos curitibanos durante o ano, divulga aárea habitacional, com a revitalização de antigas áreas invadidas, e conquistas nossetores de saúde e educação, com a menor taxa de mortalidade infantil do Brasile a melhor educação fundamental pública do País.

A trajetória de Ducci na política é ainda muito recente e começou depois quelideranças representativas do Estado, atraídas pelo seu histórico de experiênciasbem no Executivo, o convidaram para disputar sua primeira eleição em 2002,quando se tornou deputado estadual pelo PSB. Ainda na Secretaria Municipal deSaúde, criou o programa Mãe Curitibana, replicado em outras cidades brasileirase até fora do País. Até agora, 150 mil gestantes da cidade foram atendidas.

“Luciano Ducci fez uma gestão tranquilaem 2011, mas deixou a desejar no ramo que

mais entende, a saúde. Com a chegadado PAC 2 para a Copa, ele terá a chance de

mostrar a que veio e capitalizar melhoresrecursos para a cidade.”

Edson Fonseca, jornalista responsável pelo site Jornale

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POLÍTICOS

Paulino ViapianaO político cultural de 2011epois de cinco anos à frente da Fundação Cultural de Curitiba, ele assu-miu, em janeiro de 2011, a Secretaria de Estado da Cultura e também a

missão de gerir harmonicamente os espaços culturais do Paraná. Entre as realiza-ções, a aprovação de um projeto de lei que destina mais recursos para os setoresartísticos locais

Responsável por desmistificar as críticas feitas aos governos anteriores a BetoRicha, que teriam privilegiado alguns equipamentos culturais do Paraná em detri-mento de outros, o secretário de Estado da Cultura, Paulino Viapiana, viabilizouo diálogo e a sintonia de ação entre, por exemplo, o Museu Oscar Niemeyer, oTeatro Guaíra e outras instituições representativas do Paraná.

Com uma vasta experiência em planejamento estratégico, o jornalista, que jápassou pelas redações da Revista Veja - sucursais de Curitiba e de Brasília - e Folhade São Paulo, também integrou a equipe que elaborou o plano de Comunicaçãoe Marketing do Governo do Estado, responsável pela atração de importantesmontadoras de automóveis (Renault, Chrysler e Audi/ Wolkswagen). No anopassado, à frente da secretaria, viajou por 14 cidades do Estado realizando audi-ências públicas para descobrir os principais anseios da população. Com o mate-rial levantado, criou um projeto de lei que institui o Programa Estadual deFomento e Incentivo à Cultura e Fundo Estadual da Cultura (FEC), aprovado naAssembleia Legislativa recentemente. Se tudo der certo, o plano deve entrar emação ainda neste ano.

“O secretário desenvolveu uma brilhante atuação à frenteda pasta do Estado, no ano passado, e conseguiu congregaras principais necessidades da Cultura no Estado, indo até aspequenas comunidades para ouvir os anseios doscoordenadores artísticos e gestores culturais locais. As leisde incentivo e fundo estadual também são ganhosmaravilhosos para o Paraná.”

Marili Azim, diretora de Patrimônio Cultural da Fundação Cultural de Curitiba

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POLÍTICOS

Renata BuenoA voz dissonante na Câmara Municipal de Curitiba

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la ignorou as boas relações do PPS com o PSDB para bater de frente em Derosso e nãopensou duas vezes antes de afirmar que tem “gentalhas” como colegas de Legislativo. Na

Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) montada na Câmara Municipal de Curitiba para apuraras denúncias de irregularidades envolvendo contratos de publicidade firmados na gestão dopresidente licenciado João Cláudio Derosso (PSDB), só uma pessoa apareceu tanto quanto ouaté mais que o próprio acusado: a vereadora Renata Bueno (PPS).

Destemida e muito incisiva ela, que cumpre seu primeiro mandato público, e vem de umafamília de políticos profissionais - filha do deputado federal Rubens Bueno (PPS), esposa dotambém vereador Juliano Borghetti (PP) e consequentemente cunhada da deputada federal CidaBorghetti (PP) – mostrou não se importar com as relações firmadas pelo seu partido com ostucanos, para destruir um jogo de cartas marcadas e afastar Derosso do cargo.

Renata também comandou um grande agito na Casa depois de acusar alguns colegas departiciparem da “máfia” que protegia o presidente afastado, e classifica-los como “gentalhas”.Com a postura austera, a vereadora continua sendo o melhor nome do PPS para as eleiçõesmunicipais do ano que vem.

“Renata apareceu como uma vereadoracrítica e aguerrida na Câmara Municipal de

Curitiba, em 2011. Uma das principaisarticuladoras no caso Derosso, ela sustentou

acusações contra os próprios colegase desfez a hegemonia do sólidoesquema que existia na Casa.”

Ricardo Oliveira, cientista político da UFPR

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Valdir RossoniComandou o fim da Babel Política no Paraná

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aldir Rossoni mexeu nas aposentadoriasirregulares, domou os privilégios aos de-

putados e deu um choque de moralidade noLegislativo.

“Quem não trabalhar não vai receber nofinal do mês”. Engrossando a voz e fazendoameaças como essa, o deputado estadual Val-dir Rossoni (PSDB) assumiu a presidência daAssembleia Legislativa do Paraná com planosum tanto quanto ousados de moralizar etransformar o Legislativo na melhor Casa deLeis do País. A “faxina” começou logo nosprimeiros dias de gestão, com a descobertade um suposto esquema de espionagem queexistiria no gabinete presidencial, e depoisseguiu com implantação de um gabinete mi-litar na Casa, Portal da Transparência, fim deaposentadorias irregulares, corte dos 14º e15º salários dos deputados e, mais recente-mente, a divulgação de uma economia de 90milhões aos cofres públicos.

“Ele é adepto da seguintefilosofia: É preciso mudar ascoisas, para que elaspermaneçam da mesmamaneira que estão”.

Ricardo Oliveira, cientista político da UFPR

Há quem diga que as medidas adotadaspor Rossoni foram muito corajosas e outros,mais incrédulos, que foram arriscadas. Pre-ferindo dar de ombros aos comentários, eleusa a máxima que “é impossível agradar atodos” e que “toda mudança drástica invari-avelmente gera descontentamento em al-guns”. Para 2012, a promessa é continuar assabatinas de austeridade no Legislativo, masoutras ambições podem entrar em jogo coma chegada das eleições municipais. Fala-se,inclusive, que Rossoni seria o nome maiscotado para vice de Luciano Ducci, que tentareeleição.

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os 20 mais

EMPREENDEDORES

Carlos Antonio GussoRevolucionou a entrega de “quentinhas”

arlos Antonio Gusso descobriu um nicho de mercado muito promissor e transformou osetor de refeições coletivas no País. Há 36 anos, quando decidiu interromper sua promis-

sora carreira de executivo do Citibank para apostar em um novo negócio, o empresário curitiba-no Carlos Gusso não imaginava aonde chegaria. Com visão empreendedora e muita força devontade, ele transformou o velho restaurante da família em uma das maiores e mais conceitua-das redes de refeições coletivas do Brasil: a Risotolândia.

A fórmula do sucesso para o empresário talvez tenha sido a mistura da ousadia com asexperiências adquiridas em 15 anos de trabalho na área de negócios e finanças, que o ajudou amodernizar seus serviços de Buffet para atender festas e eventos em geral. Atualmente a empresacumpre 250 mil atendimentos diários em mais de 700 pontos na Região Metropolitana de Curi-tiba e conta com 2,5 mil colaboradores.

O reconhecimento à contribuição de Gusso ao Paraná veio no final do mês passado, quandofoi um dos escolhidos para receber a comanda “Ordem Estadual do Pinheiro”, maior honrariaconcedida pelo Governo do Estado a algum cidadão paranaense. Entre as personalidades que járeceberam a condecoração, a médica sanitarista Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, eo presidente da Renault do Brasil, Jean-Michel Jalinier.

“Carlos Gusso foi um dos escolhidos para receber ahonraria por ser uma figura ilustre ao Estado e porter contribuir para o desenvolvimento econômico e

social do Paraná, por meio da Risotolândia.”

Beto Richa, governador do Paraná

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EMPREENDEDORES

Dr. ConstantiniO seu coração é a vida dele

e um sonho ousado, ele criou o em-preendimento que é hoje referência

em atendimento cardíaco no PaísO sonho de combater, de forma rápida,

eficiente e segura, as doenças do coração, eoferecer às pessoas um local que reunisse omelhor para o tratamento de cardiopatias, le-vou o médico Constantino Constantini a pla-nejar um lugar ideal: O Hospital Constantini,hoje referência em análise, diagnóstico e tra-tamento de infarto agudo do coração.

O empreendimento surgiu em 1998, aindacom a Clínica Cardiológica C. Constantini e jána concepção do projeto foram estabelecidos

“O Hospital CardiológicoConstantini sempre atuou dentrodos princípios éticos, profissionaise tecnológicos de seu fundador.Para os paranaenses, é umatranquilade contar com umestabelecimento desse porte emodernidade no atendimento dosproblemas de coração.”

Renato Merolli, presidente da Federação dosHospitais do Paraná (Fehospar)

pontos fundamentais, que guiam incondicio-nalmente a trajetória do Hospital. Uma equi-pe formada por profissionais especializados ededicados e a filosofia de prestar um atendi-mento rápido, seguro e acima de tudo, huma-nizado, tem sido as palavras de ordem paratrabalho no Constantini.

O médico mantém, ainda, planos bemousados para o futuro do empreendimento,tornar o Constantini uma organização de re-ferência na sociedade, possuindo os melho-res profissionais em todas as áreas (médica ede apoio), mantendo a sustentabilidade ins-titucional.

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EMPREENDEDORES

Joel MalucelliOs sonhos de um milionário

os 66 anos de idade e prestes a se aposentar, o empresário que ironicamente tem umaempresa para cada ano de vida ensaia uma estreia nas urnas em 2014. Administrar o

conglomerado de 66 empresas, que faturou próximo de R$ 2 bilhões só no ano passado, já nãoé mais o bastante para Joel Malucelli. Com aposentadoria anunciada para o início deste ano, oempresário que é um dos mais bem-sucedidos do Paraná pretende, agora, dedicar-se a um outrosonho antigo: a política. Lançando candidatura a algum cargo público, ele acabaria de vez comas especulações de anos em que sempre aparece cotado como vice de outro político do Estado,seja para prefeito ou para governador.

Filiado ao PSD, ele, que desde os nove anos de idade já mostrava perfil empreendedorvendendo revistas usadas em Curitiba, afirma que pretende estrear nas urnas em 2014, “se houverconvites”. Sobre as chances de ser eleito, Malucelli manteve a simplicidade que é sua marcaregistrada e disse ainda ter dúvidas. Ele fala da necessidade de mudanças na administraçãopública e da dificuldade que teria para “fazer demagogia”. Contrariando os compadres doempresário, que afirmam que ele sempre gostou de trabalhar com parentes – em seu grupo estãomais de 50 - Malucelli afirma, no entanto, que na vida pública o nepotismo não terá vez.

“Joel tem como principal característica alealdade. É um homem solidário, um

excelente pai e amigo. Extremamentecompetente naquilo que se propõe a fazer,

ele é muito dinâmico e sempre enxergoualém de seu tempo. Na política, não será

diferente. Ele tem carisma e preparo parasumir qualquer cargo.”

Ney Leprevost, deputado estadual epresidente do PSD de Curitiba

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EMPREENDEDORES

Miguel KrigsnerO imperador dos cosméticos

iguel Krignser criou uma das maiores companhias de cosméticos do Brasil usando potencial construtivo100% nacional e permanece no Estado em que tudo começou, gerando empregos e oportunidades.

Sempre à frente do seu tempo, quando abriu uma pequena farmácia de manipulação no Centro de Curitiba, há30 anos, Miguel Krigsner parece já ter criado aquela que seria a essência de O Boticário. Empreendedore visionário, ele transmitiu desde cedo às suas equipes a alma do seu negócio: um conjunto decrenças aprimoradas, que norteiam até hoje a rotina dos mais de 12 mil colaboradores que aempresa tem em todo o Brasil. Numa fórmula parecendo muito bem construída, O Boticáriocresceu, e tornou-se uma rede de lojas de alcance mundial, relações éticas com a comunidade,além da prática constante da responsabilidade social. É, atualmente, a maior rede franqueadoraem operação no País, tanto em faturamento quanto em número de lojas.

Desde muito cedo o empreendedor buscou não apenas uma empresa industrial e comercial,mas uma empresa que beneficiasse milhares de pessoas por meio de seus programas culturais,sociais e educativos. Tanto que em 1990 foi criada a Fundação Boticário de Proteção à Natureza,justamente na intenção de garantir e promover ações de conservação ao meio ambiente. Apolítica adotada destina até 1% da receita líquida em investimento social privado.

O Boticário também é responsável pela criação de empregos direta e indire-tamente no Paraná. Só a fábrica, localizada em São José dos Pinhais, é res-ponsável pelo sustento de 1.200 famílias. O portfólio da empresa contacom cerca de 600 itens, divididos em cuidados com corpo, proteto-res solares, maquiagem, perfumes, desodorantes, sabonetes eshampoos.

“O Paraná e a sua gente tem muito aagradecer ao O Boticário e ao seufundador, Miguel Krigsner. São mais detrês décadas marcadas por trabalho eempreendedorismo aliados a umapreocupação ambiental inovadora queconsolidaram a empresa comoreferência no Brasil e no exterior”,

Ricardo Barros, secretárioEstadual de Indústria e Comércio

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EMPRESÁRIOS DA NOITE

Rafael Ghignone SilvaEle trouxe um pedaçode Cuba para Curitiba

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ono da tabacaria mais famosa da cidade, o empresário conseguiu harmonizar charutose bebidas num ambiente descolado. O consenso é um só: caipirinha tem que ser

brasileira e charuto, cubano. Enquanto os caribenhos acendem seus populares Monte Cristo eGuantanamera em ruas e praças públicas, os brasileiros preferem degustar seus charutos emmomentos tranquilos como um ritual, um passatempo. Na boca dos curitibanos, o melhorlugar para apreciar a iguaria é, sem duvida, a Tabacaria Tesouros de Cuba, do empresário RafaelGhignone Silva, prestes a abrir uma nova filial na cidade.

O ambiente, que inicialmente era para apreciadores, tornou-se aos poucos ponto deencontro para amigos e familiares, a fim de passar momentos de descontração em um lugaraconchegante e ao mesmo tempo moderno. O local também ganhou destaque como redutopara os fumantes da cidade, em época que se fez valer a lei antitabagismo, garantindo confortoe descrição para as pitadas do dia-a-dia.

“A Tabacaria conseguiu reunir um públicoespecializado, principalmente em tempos onde

se vale a lei antifumo. O ambiente é muitoagradável e tornou-se reduto para

descontração e consumo de produtos dequalidade.”

Fábio Aguayo, presidente da Associação Brasileira de Bares eRestaurantes do Paraná (Abrabar)

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COMUNICADORES

Gilmar PiollaO mestre da comunicação

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ilmar Piollla mobilizou brasileiros e argentinos para eleger as Cataratas do Iguaçu como sendo umadas Sete Novas Maravilhas da Natureza. Se para sonhar não é preciso estar necessariamente em sono

profundo, novas conquistas exigem olhos muito bem abertos para as oportunidades. Oportunidades que,aliás, serão muitas para o Brasil e principalmente para as Cataratas do Iguaçu, ainda mais agora que forameleitas uma das Sete Novas Maravilhas da Natureza pela Fundação News Seven Wonders. Por trás de toda afama que o ponto turístico vai ganhar com o título, dos milhões de votos que o elegeram e da mobilizaçãocriada em prol da eleição, uma única figura se destaca: a do jornalista e superintendente de Comunicação daItaipu Binacional, Gilmar Piolla.

Também presidente do Fundo de Desenvolvimento e Promoção Turística do Iguaçu, ele foi umprecursores da candidatura das cataratas no concurso, abraçando o sonho de muitosbrasileiros e argentinos num árduo processo de convencimento. Primeiro foi precisofazer com que a população refletisse e acreditasse na importância do título e,depois, criar um plano infalível de comunicação para ser inserido em todos ostipos de mídia. As redes sociais foram fundamentais para a coleta de indica-ções.

A eleição representa um “up” na divulgação, tanto de Foz do Iguaçucomo de Puerto Iguazú (ARG), inserindo definitivamente as Cataratas doIguaçu no cenário turístico internacional. Por certo, haverá ganhos imensurá-veis para todos que vivem na região.

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“O Piolla é um profissional versátil, dinâmico ecompetente. Tem um apuradíssimo domínio

sobre as áreas nas quais atua, combinando commaestria técnicas de comunicação e

mobilização social. o Sucesso da campanhaVote Cataratas foi alcançado, em grande parte,

graças a sua liderança agregadora emotivadora. Quando ele canaliza toda sua

energia criativa numa causa, o êxito nuncatarda. É um gestor de mão cheia.”

Jorge Miguel Samek, diretor regional brasileiro da Itaipu Binacional

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os 20 mais

COMUNICADORES

Bárbara, Débora e Julia AlcântaraAs irmãs que ornam

À frente do blog de moda mais badaladoda cidade, as irmãs falam de estilo, com

portamento e beleza como ninguémDepois de chamar a atenção nas redes soci-

ais pelo estilo próprio de se vestir, as meninascriaram, de forma despretensiosa, o Tudo Orna(www.tudoorna.com) para compartilhar dicasde looks e ensaios fotográficos que faziam. Não

“A ideia de criar um blog de modaadotada pelas meninas traduz de umamaneira mais informal aquelas dicas

que vemos em revistasespecializadas, por exemplo. É algo

mais prático, onde as leitoras seidentificam e passam a segui-las.”

Larissa Jedyn, colunista de Moda da Gazeta do Povo

esperavam elas tornar-se referência em bomgosto para homens e mulheres curitibanos, cadavez mais antenados nas tendências mundiais. Oendereço eletrônico, que tem mais de um anode vida, recebe mensalmente 28 mil acessos,comprovando que as irmãs sabem mesmo falarde moda com propriedade.

Bárbara e Débora são formadas em Co-

municação, enquanto Julia estuda Design. Oempenho e dedicação das meninas, no en-tanto, vai além dos conhecimentos técnicose inclui muita criatividade. Em meio às dicasde roupas para festas, baladas e dia-a-dia,elas imprimem traços muito próprios e umjeitinho a mais de montar looks, característi-co das Alcântara.

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cidades

CURITIBA FECHA 2011 CURITIBA FECHA 2011

Prefeitura faz conjuntosde obras sem precedentesna história de Curitiba

Prefeitura de Curitiba chega ao finalde 2011 com 1.525 obras concluídas

ou em andamento. São grandes obras viárias,como Linha Verde, trincheiras e revitalizaçãode avenidas, além de obras de infraestruturaem todos os bairros, como 130 km de pavi-mentação em 186 ruas.

“Realizamos e estamos fazendo um con-junto de obras sem precedentes na história deCuritiba. São obras de saúde, educação, habi-tação, abastecimento, iluminação e meio am-biente. Somente as obras viárias, de asfaltonovo, de calçadas novas, iluminação nova,atendem mais de 600 mil moradores”, disse oprefeito Luciano Ducci.

A capital do Paraná, segundo Ducci, abreum ciclo desenvolvimento econômico e soci-al muito grande. A cidade já é o quarto PIB dopaís, segundo o IBGE, e a cidade de grande

porte que mais reduziu a pobreza, atestadapela Fundação Getúlio Vargas.

“Isso mostra que trabalhamos nas duaspontas, no desenvolvimento econômico, ge-rando riquezas, empregos de qualidade, e nocombate à miséria, pobreza, com programasque fizeram que mais de 600 mil curitibanossubissem às classes C, B e A”, destaca.

CorredoresNo campo das obras, Curitiba está ga-

nhando grandes corredores viários, como oEixo Oeste-Norte, pelas avenidas FredolinWolf e Toaldo Túlio, que formam 13 quilô-metros. Outro eixo que está sendo forman-do entre as ruas Eduardo Pinto da Rocha eDesembargador Antônio de Paula, que in-terliga o Umbará ao Boqueirão. Também estáem andamento o Anel Viário, com 25 quilô-

metros, que vai desafogar o trânsito do Cen-tro e melhorar a vida dos pedestres com 50quilômetros de calçadas.

Um novo conjunto de binário foi criadoentre o Água Verde e o Bigorrilho, formadopelos binários da Desembargador Costa deCarvalho e Euclides da Cunha, Julia da Costae Princesa Isabel e Jerônimo Durski e GastãoCâmara.

Outra ligação importante é a formadapelo Eixo Viário de Integração, que liga oTatuquara à CIC, agilizando o acesso para50 mil famílias. Também há a nova ligaçãoda trincheira Bacacheri/Bairro Alto, que vaidesafogar o trânsito na região da rua Fagun-des Varela com a BR-476. Outra mudançaque vai facilitar o trânsito é o binário daChile/Guabirotuba, que atende 90 mil pes-soas.

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DA REDAÇÃO

COM 1.525 OBRAS COM 1.525 OBRASNovo binário

Ainda em dezembro, a Prefeitura entregouo novo binário formado pelas ruas JerônimoDurski e Gastão Câmara, entre os bairros Ba-tel e Campina do Siqueira. O novo binário vaise interligar a outros dois existentes formandouma nova ligação viária, entre o Água Verde eBigorrilho, beneficiando mais de 50 mil pes-soas que transitam pela região diariamente.

A Prefeitura investiu R$ 3,5 milhões emobras de drenagem, construção de novosmeio-fios, calçadas e rampas de acesso, alémde paisagismo e iluminação. As novas calça-das são de blocos de concreto intertravado,antiderrapantes e com pista táctil. Ao longodo binário, foi plantado grama e colocadosnovos postes, com um sistema de ilumina-ção diferenciado.

O binário cria um novo sistema viário

que desafoga as avenidas Martim Afonso ePadre Agostinho, melhorando o fluxo de ve-ículos, em especial do transporte coletivo.Além disso, as obras vão valorizar os imóveisda região e trarão mais segurança aos pedes-tres e motoristas.

O novo binário se interliga aos bináriosformados pelas ruas Júlia da Costa e PrincesaIzabel, e Euclides da Cunha e DesembargadorCosta Carvalho. Os dois binários interligamos bairros Água Verde, Bigorrilho e Campinado Siqueira.

6 mil vagasEntre 2011 e 2012, Curitiba vai ganhar

6.264 novas vagas nas creches municipais.Foram inauguradas seis novas creches, 18 es-tão em construção e cinco, em ampliação.Neste ano, foram inauguradas as creches Fran-

cisco Cunha Pereira Filho (Uberaba), FaniLerner (Tatuquara), Eraldo Kuster (Pinheiri-nho), Miguel Arraes (CIC) e Osni CamargoCarvalho (CIC) e Professora Clarice Rochada Rosa, no Alto Boqueirão.

Este ano, a Prefeitura conclui a EscolaDona Pompília, no Tatuquara, para 210 alu-nos. E a Escola Kó Yamawaki, no Bairro Alto,para 900 estudantes. Estão sendo construídasmais três escolas: Parolin (Portão), Corbélia(CIC) e a Vila Torres (Prado Velho). Elas re-presentam mais três mil vagas.

As escolas estão ganhando quadras poli-esportivas cobertas. Em 2011, foram entre-gues 13 novas quadras. Já são 136 escolasmunicipais contam com o equipamento.Outras cinco quadras estão em construção edez em processo de licitação.

As quadras são usadas ainda pelos mo- >>

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cidades

radores em atividades do Comunidade Es-cola. O programa mantém abertas 92 esco-las nos fins de semana com atividades cul-turais e de lazer.

400 kmEm 2011, A Prefeitura pavimentou em 2011

mais de 130 quilômetros de asfalto novo em186 ruas de Curitiba, com investimento de R$147 milhões. Deste total, 60 quilômetros fo-ram feitos pelas duas recicladoras de asfalto,que reciclaram 96 ruas da cidade, por ondepassam o transporte coletivo.

A Prefeitura vai iniciar no ano que vem aum programa de 400 km de pavimentação deruas. Outra ação será a ampliação das equipesde recuperação de asfalto (tapa-buraco), queterá 160 patrulhas. Nos últimos dois anos, fo-ram feitos 250 km de pavimentação, com in-vestimento de R$ 220 milhões

Casa novaO programa habitacional de Curitiba aten-

deu, nos anos de 2010 e 2011, um total de4.290 famílias, com entrega de casas, sobra-dos e apartamentos. As novas moradias fo-ram entregues para famílias que estavam ins-critas na Cohab ou moravam áreas de risco.Do total de imóveis construídos, 2.414 casase sobrados foram destinados ao reassenta-mento de famílias que viviam em situação derisco, a maioria delas originárias das mar-gens de rios.

E mais obras estão em andamento. São5.317 novas unidades habitacionais. Além dis-so, estão sendo contratadas mais 2.541 unida-des para reassentamento de famílias em situa-ção de risco e mais 1.895 unidades para cadas-trados da Cohab.

Além dos imóveis novos, a Cohab regula-rizou o terreno de milhares de famílias. Em

2010, foram beneficiadas 2.435 famílias em 2010e, neste ano, são mais 4.475 famílias. Para 2012,a regularização será de mais 4.229 domicílios.Até o fim do próximo ano, serão atendidas21.987 famílias, incluindo casas, reassentamen-tos e titulações.

O prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB), é aprovado por 67% da populaçăo, conforme o Instituto Paraná Pesquisas. A pesquisa divulgada emdezembro também revela que o governador Beto Richa (PSDB) é aprovado por 71,1% dos curitibanos. O levantamento, realizada entre os dias 4 e 8 dedezembro, entrevistou 930 eleitores e sua margem de erro é de 3,5%.

Ducci é aprovado pelos homens (64,8%) e mulheres (69%) e por todas as faixas de escolaridade. Entre os eleitores do ensino fundamental, o prefeitode Curitiba tem 70,9% de aprovaçăo, entre os do ensino médio – 65.1%, e no ensino superior, 62,4% aprovam a sua administraçăo ŕ frente da prefeiturade Curitiba.

“Estou muito contente com a pesquisa porque ele reflete o empenho e o trabalho dos servidores da prefeitura no atendimento ŕ populaçăo e o conjuntode obras, sem precedentes, que estamos fazendo em Curitiba. Em todo canto que se anda, se vę obra da prefeitura”, disse Ducci.

67% de aprovação

Entre 2011 e 2012, Curitiba vai ganhar6.264 novas vagas nas creches. Foraminauguradas 6 novas creches, 18 estão

em construção e 5 em ampliação

A Prefeitura de Curitiba vai iniciarno ano que vem a um programa de400 km de pavimentação de ruas

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biocombustível

mbora os números do setor cana-vieiro impressionem, tanto na ex-

tensão da área cultivada, quanto na trans-formação da cana-de-açúcar, em açúcar eálcool, no Brasil, o setor ainda convivecom as sucessivas crises durante a entres-safra. E o resultado é sempre o mesmo: opreço do açúcar aumenta nas prateleirasdos supermercados e há falta de álcoolnos postos de combustíveis, além da dis-parada do preço nas bombas. A propa-ganda em torno dos benefícios do uso doetanol como combustível, em razão daevidente redução da poluição atmosféri-ca, não se traduziu no campo, em termosde incentivo aos produtores. Hoje, plan-tar cana-de-açúcar é muito vantajoso, maspara transformar em açúcar que, no mer-

cado externo, o valor mais que dobrou nosúltimos anos. Em 2007, por exemplo, a tonela-da de açúcar era comercializada por US$ 270e, hoje, o produto é vendido por US$ 540 atonelada. No Paraná, que já foi o principalprodutor de cana-de-açúcar – hoje é o tercei-ro colocado na produção de açúcar, e apenaso quinto de etanol – o setor está praticamenteestabilizado. O Estado tem 645 milhões de hec-tares cultivados com cana-de-açúcar desde2007. Porém, em termos de produção, ao in-vés de aumentar, desde 2008, quando o Paranáproduziu 44 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, não há alteração, para cima, no culti-vo, conforme contou o coordenador do setorsucroalcooleiro da Secretaria de Estado da Agri-cultura e do Abastecimento (SEAB), DivoneiVampieri. “Ao contrário, houve queda. Em 2011,

o Estado vai encerrar o ano com 41 milhõesde toneladas. Isto porque, desde 2007, depoisda grande crise no setor, houve pouco investi-mento no cultivo, não houve investimentosem canaviais, e, por isso, deve permanecerestável”, disse. E o resultado disso é evidente:hoje, não é mais vantajoso abastecer os veícu-los, com etanol em número cada vez mais cres-cente em circulação nas ruas.

A situação não parece tão simples assim:na entressafra, há falta de produto, o preçosobe e depois, tudo volta à normalidade. Hoje,há falta de cana para suprir a demanda. Issosem contar que muitos produtores desistiramda cultura. “Até 2007, o País conviveu no ufa-nismo, na empolgação do etanol como com-bustível, por causa dos incentivos do Gover-no ao setor. As ideias para uso do álcool se

EO vai e vem do etanolO vai e vem do etanol

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NORMA CORRÊA

Mais carros nas ruas usandoetanol e a entressafra estão

entre as principais causas dassucessivas crises que a cultura da

cana-de-açúcar enfrentamhá décadas. Alternativas para asaída desta situação, conforme

técnicos do setor, é a redução deimpostos e estoque regular

multiplicaram. Até 2007 era grande o númerode decisões para novos investimentos, tantoem usinas de beneficiamento, quanto em áre-as para plantio. De lá para cá, praticamentesem incentivo, o setor vem se ajustando”, dis-se Vampieri, ao contar que o Paraná tem 29usinas que beneficiam a cana-de-açúcar plan-tada em mais de 650 mil hectares de terra,principalmente, em Umuarama, Paranavaí eMaringá [as três principais produtoras], naregião Noroeste do Estado, e que são respon-sáveis por dois terços da oferta paranaense doproduto. Desse total, a área colhida é de 611mil hectares, que se resumem em 41,5 mi-lhões de toneladas, sendo 2,8 milhões de to-neladas de açúcar, e 1,4 bilhões de litros deetanol. Segundo ele, o grande problema como abastecimento de etanol começou na crise

de 2008, quando muitas empresas se endivida-ram, em razão da alta do dólar. Nessa época,houve uma crise entre o setor produtor e osfornecedores de cana, com atraso no paga-mento e, por isso, muitos agricultores desisti-ram de plantar. Além disso, outra fonte dedemanda por álcool é a alcoolquímica, quesubstitui a poluente petroquímica.

No Brasil, o plantio da cana-de-açúcar, nasúltimas décadas, tem determinado importan-tes mudanças no aspecto agroambiental. Acana-de-açúcar ocupa entre 6 a 6,5 milhões deha de terras, o equivalente a 1,5 % dos soloscultivados no País. Um levantamento feito peloIBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Esta-tística) e pela FAO (Organização das NaçõesUnidas para Alimentação e Agricultura), sobrea oferta de cana-de-açúcar no mundo, no pe-

ríodo de 1990-2000, mostra a consolidação doBrasil e da Índia como líderes da produção. OPaís produz cerca de 370 milhões de toneladasde cana por ano, o que equivale a 27 % daprodução mundial. Em cinco anos, depoisdesse estudo, o mercado cresceu seguidamen-te, 10 % ao ano, exigindo, dessa forma, plane-jamentos estratégicos e mudanças de tecnolo-gia para garantir uma alta produtividade, com-petitividade e harmonia com as questões am-bientais. Os números, porém, são mais ex-pressivos quando em média, 55% da cana bra-sileira é convertida em álcool e 45 % em açú-car. As receitas em divisas variam entre US$ 1,5a 1,8 bilhões por ano, representando cerca de3,5 % do total das exportações brasileira. Oestado de São Paulo é o maior produtor comuma área de aproximadamente 3 milhões de >>

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Cana-de-açúcar

biocombustível

ha, envolvendo mais de 350 municípios cana-vieiros. Essa atividade empregou diretamente235 mil trabalhadores, na safra 99/2000 e 80mil na agroindústria do açúcar, álcool e aguar-dente, totalizando 315 mil pessoas ocupadasnessa atividade.

CultivoCultivar cana-de-açúcar, segundo especia-

listas, é muito complexo. Num único plantiopode resultar em cinco a sete colheitas e, de-pois de cada ciclo, o produtor deve fazer ‘altosinvestimentos’ para renovação do canavial e,consequentemente, haja boa produtividade dacolheita seguinte. Entre esses investimentos, estáo custo com pesticidas para controle de inse-tos, pragas e ervas daninhas, que provocam sé-rios prejuízos à cultura. Hoje, para controlaresses organismos, existem inseticidas para osinsetos e herbicidas para as ervas indesejáveis.Esses produtos, além de elevar o custo da cultu-ra, têm duração prolongada no ambiente, po-dendo eliminar partes significativas de popula-ções de organismos benéficos e, ainda, seremlevados pelas águas das chuvas, pelo processo

de lixiviação, para mananciais aquáticos, po-dendo contaminar peixes e outras espécies deseres vivos. Essa, no entanto, é uma preocupa-ção que tem ocupado a comunidade científica,a sociedade civil e as autoridades, que estudammecanismos para reverter a situação, em razãodas questões ambientais e a preservação da vidano Planeta. A perspectiva do cultivo orgânicoda cultura da cana-de-açúcar surge como umaalternativa viável e essa ideia tem levado os pro-dutores a adequar a atividade agrícola, a uso demedidas ambientalmente corretas e economi-camente viáveis, então, os métodos alternativosao controle químico, abrindo grande oportuni-dade para a implementação de pesquisas comagentes de controle biológico. Para renovaçãodo cultivo, algumas indústrias canavieiras fa-zem, a cada quatro ou cinco anos, plantios deleguminosas, como a soja, por exemplo, querecupera o solo pela fixação de nitrogênio.Outra questão é quanto aos problemas com aqueima ‘controlada’ na época do corte, cujasituação está sendo encaminhada por meio demovimento em direção à mecanização da co-lheita, o que aumenta de ano para ano,alémde rigorosos protocolos que prevêem o fim daqueima até 2014.

Nova criseEm janeiro desse ano, o setor apresentou

os mesmos problemas de sempre com o eta-

nol. De nova, a entressafra chegou com esto-ques baixos e preços em alta. Na época, olitro do etanol anidro chegou a custar R$1,29 nas usinas, sem impostos, enquanto queo hidratado subiu mais de 16% em apenas 30dias. Os técnicos dizem que isso aconteceuem razão do excesso de chuvas, da crise fi-

A cana-de-açúcar (Saccharum officinarum) originária da Ásia, é uma gramínea semiperene cujo caule chega a medir 6 metros de altura, rica em sacarose, amplamente utilizada na alimentaçăohumana (açúcar), animal (raçăo) e como matéria-prima para indústria. Utilizando-se tecnologia química e biotecnológica é possível obter desta gramínea, diversos derivados (atualmente săocomercializados mais de cem subprodutos da cana no mundo). Destaca-se também pela potencialidade de gerar energia em nível superior ŕ capacidade para obtę-la, além de ser detentora de elevadacapacidade fotossintética e, portanto, contribuir para atenuar o efeito estufa.

Colonizadores portugueses introduziram a cana no Brasil, no século XVI, cujo cultivo se tornou importante fonte de renda e deu origem ao ciclo econômico do açúcar no País. A princípio, o cultivoocupou áreas do nordeste brasileiro e parte do litoral do sudeste. Por vários séculos foi um produto importante para a economia do Brasil, mesmo enfrentando diversas crises na produçăo influenciadaspela demanda internacional e pela concorręncia com outras regiőes produtoras.

No século XX, com a crise do café, o açúcar ressurge como possibilidade econômica para os produtores do centro-sul. Depois das fases de avanço e recuo na produçăo, na década de 1930, oGoverno interveio na reorganizaçăo da estrutura produtiva do setor agroindustrial canavieiro no Brasil. Em 1933, foi criado o Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA) e o Governo passou a dominarpraticamente toda a estrutura do setor, ficando responsável pelo ciclo de produçăo e comercializaçăo, inclusive fixaçăo de preços, cotas, exportaçăo e importaçăo. Segundo um histórico da UNICA(Uniăo da Indústria de cana-de-açúcar), a criaçăo do IAA se dá em um contexto em que o Governo considerava que a produçăo nacional de açúcar excedia as necessidades de consumo; que haviatendęncia mundial de limitaçăo da produçăo açucareira; que havia necessidade de assegurar o equilíbrio do mercado de açúcar; e que a produçăo de etanol seria uma alternativa viável para a indústriaaçucareira. Foi assim que foram definidas políticas de Governo voltadas para manter organizada e rentável a atividade. Em 1940, o Brasil tinha mais de 30 destilarias para a produçăo de álcool anidro,produzindo mais de 500 mil litros/dia e com perspectivas de expansăo para o centro-sul. Com o fim da Segunda Guerra e início da ‘Era Vargas’, houve aumento na demanda pelo produto que, somadoa tendęncia de estimulaçăo ŕ produçăo industrial, criaram as condiçőes que os usineiros paulistas precisavam para se expandir para os estados vizinhos.

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Proálcool

nanceira que deixou usinas sem capital degiro, obrigando-as a desovar seus estoquespor valores baixíssimos; e também por causada forte demanda no mercado externo poraçúcar. A notícia ruim é que esses fatores vãocontinuar prejudicando o setor sempre, umavez que o etanol éuma commodity agrí-cola, ou seja, cujaprodução dependedas condições climá-ticas, o que, em con-sequência, determinaos preços. Estão sen-do tomadas medidas,porém, como: o Governo colocar em práticaos estoques reguladores, que podem ser aci-onados em situações de emergência, como aentressafra. Em 2010, o Governo disponibili-

zou uma linha de crédito específica para osusineiros montarem seus estoques. Porém,com os números abatidos por causa da crise,poucas usinas tiveram acesso aos financia-mentos. No entanto, novas negociações es-tão em andamento, e podem diminuir, nomédio prazo, a sazonalidade nos preços e naoferta de etanol. Uma das medidas adotadasno curto prazo, para evitar o desabastecimen-to, foi anunciada no início de janeiro peloGoverno, que foi a redução de 25% para 20%no percentual de etanol anidro na gasolina.

Redução de impostosTécnicos do setor consideraram a última

safra da cana-de-açúcar, como desastrosa. Ementrevista à Agência Brasil, o presidente daUnião da Indústria da Cana-de-Açúcar (Uni-ca), Marcos Jank, disse que há necessidadede maior competitividade ao etanol brasilei-ro. Para ele, a medida mais importante é adesoneração tributária do etanol, em especi-al do Programa de Integração Social (PIS) eContribuição para Financiamento da Seguri-dade Social (Cofins). Hoje, as usinas pagam9,25% de PIS/Confins. “Estamos estimandoque, em 2020, vamos produzir 1,2 bilhões detoneladas de cana e 40% dessa cana vão paraa produção de etanol. E a grande questão é acompetitividade. O mais importante é a re-

dução dos tributos que são cobrados sobre oetanol”, disse o representante dos usineiros.Segundo ele, o etanol deveria ter o mesmotratamento da gasolina, beneficiada pela re-

Apesar da experięncia na utilizaçăo de álcool combus-tível, desde início do século XX, foi somente em 1975,ainda sob efeito da crise do petróleo, que o Governobrasileiro criou o Programa Nacional do Álcool (PRO-ÁLCOOL), com vistas a criar mecanismos necessáriospara a expansăo da produçăo no País. O principal obje-tivo do Programa era atender as necessidades do mer-cado interno e externo, a partir de uma política de com-bustíveis automotivos. Para isso, o Governo previa aexpansăo da produçăo por meio do estímulo ŕ moderni-zaçăo e ampliaçăo das destilarias existentes, instala-çăo de novas unidades produtoras, anexas a usinas ouautônomas, e a criaçăo de unidades armazenadoras. OProálcool nasceu em razăo do forte impacto negativona economia causado pela crise do petróleo, no períodoentre 1973 e 1978. Foi assim que, em razăo dos finan-ciamentos e estímulos oferecidos pelo Proálcool, quea produçăo brasileira de etanol cresceu de 555 milhőesde litros, em 1975/76, para mais de 12 bilhőes delitros no início da década de 1990. Foi a implantaçăo doProálcool que marcou a opçăo do álcool carburante,como alternativa ao uso da gasolina. E, apesar dassucessivas crises e dificuldades, o programa sobrevi-ve até hoje como importante alternativa aos combus-tíveis fósseis.

dução da Contribuição de Intervenção noDomínio Econômico (Cide). “Entendemos queo etanol tem que passar pelo mesmo proces-so. Hoje, a tributação que incide sobre a gaso-

lina está na faixa de 35%do preço de bomba e ado etanol, em 31%. Acha-mos que deveria tambémhaver redução sobre oetanol [para torná-lomais competitivo]”, ava-lia, ao acrescentar que,os estados também pode-

riam reduzir o Imposto sobre Circulação deMercadorias e Serviços (ICMS), assim comoocorreu em São Paulo, que baixou de 25%para 12,5% a alíquota do imposto.

Cultivar cana-de-açúcar, segundo especialistas, é muitocomplexo. Num único plantio pode resultar em cinco a sete

colheitas e, depois de cada ciclo, o produtor deve fazer‘altos investimentos’ para renovação do canavial e,

consequentemente, haja boa produtividade da colheita seguinte.

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Álcool

biocombustível

O álcool etílico, ou etanol, é usado no Brasil, em largaescala, como combustível, por meio de dois programasdistintos: como álcool hidratado, comercializado via bom-bas específicas nos postos de abastecimento, em veícu-los movidos exclusivamente a álcool e em veículos FlexFuel, ou como álcool anidro em mistura obrigatória ŕ gaso-lina. A Lei nș 8.723, de 28 de outubro de 1993, dispőeque o Poder Executivo fixará o percentual da mistura deálcool anidro na gasolina no intervalo de 18% a 25%. Antesda publicaçăo da Lei nș 12.490 em 19/09/11, o limitemínimo de mistura era de 20%.

A competęncia legal para definir o percentual de álcoolanidro na gasolina é do Conselho Interministerial do Açú-car e do Álcool (CIMA). Desde 01/10/11 vigora a misturade 20% de álcool anidro na gasolina, conforme definido naResoluçăo CIMA nș 01 de 31/08/11.

Os veículos Flex Fuel foram lançados comercialmente nomercado brasileiro em 2003. Atualmente dez montado-ras (Peugeot-Citroen, Fiat, Ford, General Motors, Volkswa-gen, Renault, Mitsubishi, Toyota, Honda e Nissan) estăofabricando e comercializando 114 modelos de veículosFlex Fuel no Brasil. A Kia Motors também comercializano Brasil veículos Flex Fuel produzidos na Coréia do Sul.Os proprietários destes veículos podem escolher o com-bustível (qualquer proporçăo ou mistura de gasolina ou

álcool hidratado) a cada abastecimento conforme preço edisponibilidade dos combustíveis, desempenho e consu-mo. Desde o lançamento já foram comercializados 14,6milhőes de veículos Flex Fuel. Em 2011 (até setembro) aparticipaçăo destes veículos no mercado brasileiro deveículos leves foi de 83,4 %.

Com o aumento significativo dos veículos Flex Fuel em cir-culaçăo, gerou expressivo consumo de álcool hidratado noBrasil: 4,3 bilhőes de litros em 2003 para 15 bilhőes delitros em 2010. Cabe destacar que nos EUA a frota destetipo de veículo é superior a 7 milhőes de unidades que po-dem ser abastecidas com qualquer mistura de E-85 (85%de etanol e 15% de gasolina) e gasolina. Outros países comoSuécia, Espanha, Alemanha, França, Holanda, Inglaterra eCanadá estăo incentivando o uso de veículos Flex Fuel.

Os veículos Flex Fuel e os movidos exclusivamente a ál-cool hidratado tęm alíquotas do Imposto sobre ProdutosIndustrializados (IPI) menores em relaçăo aos veículos agasolina. O Decreto nș 4.317, de 31 de julho de 2002,fixou as alíquotas do IPI de veículos Flex Fuel (início dotratamento tributário destes veículos) e induziu o lança-mento dos mesmos no ano seguinte. As atuais alíquotasdo IPI para automóveis que atendam os requisitos previs-tos no Art. 2ș do Decreto nș 7.567, de 15 de setembrode 2011, de acordo com a cilindrada e o combustível, cons-tam no item “Estatísticas e anexos”.

Fabricantes brasileiros tęm trabalhado no desenvolvimen-to de motocicletas Flex Fuel cujo primeiro modelo (HondaCG 150 Titan MIX) foi lançado comercialmente em mar-ço de 2009.

Desde 2005 a indústria aeronáutica Neiva, subsidiária daEmpresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), comerci-aliza aviőes agrícolas movidos a álcool hidratado, usadospara pulverizaçăo de lavouras. O modelo Ipanema foi aprimeira aeronave de série no mundo a obter autorizaçăopara voar com álcool combustível. Para os proprietáriosde modelos Ipanema movidos a gasolina, existe a opçăode realizar a conversăo do motor para utilizar álcool pormeio de kits. Mais informaçőes em http://www.aeroneiva.com.br/site/content/home/default.asp

Em outubro de 2007 foi lançado o primeiro ônibus brasi-leiro movido a álcool, com o Projeto BEST - BioEthanol forSustainable Transport. Trata-se de uma iniciativa da UniăoEuropéia que tem como objetivo divulgar mundialmente ouso do álcool combustível, com o apelo ŕ reduçăo do usode combustíveis fósseis e de emissőes de gases gerado-res de efeito estufa. O Projeto está sendo coordenado peloCentro Nacional de Referęncia em Biomassa (CENBIO)da Universidade de Săo Paulo (USP). Os ônibus (chassis emotores) com motorizaçăo do ciclo diesel, movidos a ál-cool, serăo importados da Suécia e circularăo no corredorJabaquara – Săo Matheus (Regiăo Metropolitana de Săo

Até novembro deste ano, a moagem dacana-de-açúcar atingiu 488,46 milhões de to-neladas na Região Centro-Sul do País, umaqueda de 10,23% em relação ao volume pro-cessado no mesmo período de 2010 (544,12milhões de toneladas). Na segunda quinzenade novembro, foram moídas 9,11 milhões de

Álcool etílico (etanol ou metilcarbinol) é um líquido in-color, transparente, volátil, de cheiro etéreo, sabor pi-cante e miscível em água e em diferentes líquidos or-gânicos. O produto é formado por dois átomos de car-bono, cinco átomos de hidrogęnio e um grupo hidroxila.Ao contrário da gasolina, o etanol é uma substânciapura, composta por um único tipo de molécula:C2H5OH.

toneladas, menos da metade do que foi pro-cessado no mesmo período na safra passada.A produtividade da cana no período agrícola2011/2012 foi a menor em 24 safras, lamentaLuiz Antonio Dias Paes, gerente de Produtosdo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC).“Essa safra foi um desastre total em termos deprodutividade”, consequência do clima, comocorrência de geadas e estiagens prolongadano inverno, e a menor renovação do canavial,resultado da crise econômica. Do que foi pro-cessado na segunda quinzena de novembro,44,58% foi para a fabricação de açúcar (498,60mil toneladas). A produção de etanol, por suavez, somou 383,8 milhões de litros, sendo 99,6milhões de litros de álcool anidro e 284,20milhões de litros de hidratado. No acumuladoda safra, até o fim de novembro, foram produ-zidos 20,38 bilhões de litros de etanol, sendo7,89 bilhões de litros de álcool anidro e 12,49

bilhões de litros de hidratado. A produção deaçúcar somou quase 31 milhões de toneladas.

As vendas de etanol, entre abril e o dia1º de dezembro, somaram 14,61 bilhões delitros, 17,95% abaixo do volume vendido nasafra passada. Desse total, 13,08 bilhões delitros foram destinados ao mercado domés-tico e 1,53 bilhão de litros à exportação. Odiretor técnico da Unica, Antonio de PaduaRodrigues, estima que a safra de cana deveultrapassar 490 milhões de toneladas. Parao mercado de etanol, ele estimou que asexportações devem ficar entre 1,65 bilhãode litros e 1,7 bilhão de litros. Até 2020, aexpectativa dos usineiros é dobrar a produ-ção, de 555 milhões de toneladas para 1,2bilhão de toneladas. Para atingir esse resul-tado, o executivo calcula que serão neces-sárias 120 novas usinas. “Precisamos produ-zir muito mais cana para atender a todos os

Uso do álcool combustível

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No Paraná

Paulo) para a realizaçăo de estudos de viabilidade comer-cial e avaliaçăo do desempenho deste tipo de ônibus emrelaçăo aos ônibus convencionais.

No Brasil a alcoolquímica é anterior ŕ petroquímica. Sóalgumas décadas depois de a indústria alcoolquímica tersido implantada é que chegou a petroquímica. Com a ele-vaçăo dos preços do petróleo, a indústria química procurasucedâneos e já duas novas indústrias foram anunciadaspara produzir eteno a partir de etanol. O retorno da alco-olquímica abre grandes perspectivas para ampliaçăo demercado para a agroindústria sucroalcooleira.

O BNDES possui programas para o financiamento de di-versos elos da cadeia produtora de biocombustíveis, taiscomo: plantio da cana-de-açúcar e de oleaginosas; aquisi-çăo de máquinas e equipamentos; desenvolvimento tec-nológico; infra-estrutura para armazenagem, cogeraçăode energia.

O BNDES desembolsou em 2010 cerca de R$ 7,6 bilhőespara o setor sucroalcooleiro. Em 2009, o bancoliberou R$ 6,5 bilhőes para o setor.

Pode-se citar os seguintes programas de financiamentodo BNDES para a cadeia sucroalcooleira: FINAME agrí-

cola (financiamento para aquisiçăo de máquinas e equipa-mentos novos, de fabricaçăo nacional), FINEM (financia-mento para a realizaçăo de projetos de implantaçăo, ex-pansăo e modernizaçăo), MODERFROTA (financiamentopara a aquisiçăo de tratores agrícolas e implementos as-sociados e colheitadeiras), MODERMAQ (financiamen-to ŕ aquisiçăo de bens de capital), FUNTEC (apoiar finan-ceiramente projetos que objetivam estimular o desenvol-vimento tecnológico e a inovaçăo de interesse estratégi-co para o país), PROINFA (investimentos em projetos degeraçăo de energia a partir de fontes alternativas).

Destaca-se o FUNTEC (fundo tecnológico), por ser umprograma destinado a investir em áreas consideradas defronteira tecnológica, incluída os desenvolvimentos tec-nológicos ligados ŕs energias renováveis provenientes dabiomassa, capazes de assegurar, no longo prazo, a compe-titividade do Brasil nesta área.

Em 2011 (até setembro) o Brasil exportou 1,264 bilhăo delitros de álcool, volume 4,7% inferior ao mesmo períodode 2010. Em 2010 o Brasil exportou 1,9 bilhăo de litrosde álcool, volume 42,4% inferior ao de 2009. As receitasobtidas com as exportaçőes de álcool em 2010 foram deUS$ 1 bilhăo (reduçăo de 24% em relaçăo a 2009). Da-dos mais detalhados podem ser obtidos no item “Estatís-ticas e anexos”.

O Brasil exporta para países como EUA, Japăo, Jamaica,Nigéria, Coréia do Sul, Suécia, Países Baixos (Porto deRoterdam, Holanda), Costa Rica, El Salvador e México.

Os EUA săo grandes importadores de álcool brasileiro(313 milhőes de litros importados diretamente em 2010),apesar do seu nível elevado de imposto de importaçăo (oálcool importado pelos EUA é tributado com a alíquotaespecífica de US$ 0,14 por litro e a alíquota ad valorem de2,5%). Empresas brasileiras também exportam parapaíses da América Central e do Caribe etanol hidratadoque é reindustrializado (desidratado e transformado emanidro) e reexportado para os EUA. Em 2009 o Brasilexportou para os referidos países cerca de 777 milhőesde litros. Os países da Uniăo Européia também importamvolumes significativos do Brasil. Em 2009 importaramcerca de 876 milhőes de litros de álcool do Brasil. NaUniăo Européia, o imposto que incide sobre o álcool brasi-leiro tem dois valores: US$ 0,24 por litro para o álcooletílico năo desnaturado e US$ 0,13 por litro para o álcooletílico e aguardentes, desnaturados.

Em 2011 (até setembro) o Brasil importou 570 milhőes delitros de álcool, volume 922% superior ao mesmo perío-do de 2010.

(Fonte: MDIC (Ministério do Desenvolvimento,Indústria e Comércio Exterior)

Historiadores contam que, até o final da década de 1960, a cana-de-açúcarno Paraná năo apresentava expressăo de cultura canavieira. O açúcar produ-zido destinava-se ao consumo interno. Além do mais, a aguardente produzidano Estado era também para atender necessidades locais. Em termos deproduçăo de álcool e açúcar, destacam-se as usinas de Bandeirantes, nomunicípio de Bandeirantes; Central Paraná, no município de Porecatu; Jaca-rezinho, no município de Jacarezinho e Morretes no litoral norte do Estado.Até 1979, foi mantida essa estrutura produtiva e com poucas perspectivasde expansăo. A partir da década de 1980, essa realidade começou a mudarcom a decadęncia da cafeicultura no Norte do Estado, surgindo a cana-de-açúcar, como alternativa para a crise que estava instalada há 10 anos; soma-se a isto a expansăo natural das lavouras de cana que atingiam a fronteira doParaná a partir de Săo Paulo. Estes fatores ganharam impulso com a implan-taçăo da segunda fase do Proálcool, que estimulou a produçăo de álcool hidra-tado e a expansăo das destilarias autônomas voltadas exclusivamente paraa produçăo alcooleira. Com as novas perspectivas foram implantadas noParaná 19 unidades produtoras, que absorveram boa parte dos recursos doPrograma Federal. Dados do CENAL (Comissăo Executiva Nacional do Álco-ol), com o apoio do Governo, a área de cana colhida no Paraná passou de57.990 ha em 1980, para 140.772 ha em 1986, e a participaçăo do Estadona produçăo total nacional passou de 2,2%, para mais de 5%. O Paraná temhoje 29 unidades produtoras de açúcar e álcool, com impacto econômicosobre 130 municípios, onde geram 74 mil empregos diretos.

mercados que a gente tem e, para isso, precisamos de políticas públicas eprivadas também”.

Consumo de combustíveisApesar da crise, os técnicos do setor avaliam que o consumo de combustíveis no

País deve crescer 5% este ano, em relação a 2010, mais que a variação do ProdutoInterno Bruto (PIB) brasileiro, estimado em 3,5%. Pelo menos foi o que disse à AgênciaBrasil, o presidente da Petrobras Distribuidora, José Lima de Andrade Neto. Segundoele, no ano passado, por exemplo, a alta foi aproximadamente 10%, ante crescimentode 7,5% da economia brasileira, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia eEstatística (IBGE). Mas, este ano, além do crescimento menor do PIB, também influen-ciou no resultado o menor volume de combustíveis oferecido nas bombas, por causada queda da safra da cana-de-açúcar e, consequentemente, da oferta de etanol. Comisso, caiu a oferta de álcool hidratado, que sai da bomba para o tanque do carro,enquanto a produção do etanol anidro, usado na mistura com a gasolina, aumentou.“Há uma redução do volume [consumido], por dois motivos: O primeiro é o PIB, queestá menor. O segundo é porque ocorreu um deslocamento do consumo de álcoolpara gasolina. Em termos de volume, é um pouco menor, mas, em termos de energia,é a mesma coisa”, observa. De acordo com Lima, a distância que um carro percorrecom um litro de etanol é a mesma que com 700 mililitros de gasolina.

Alcoolquímica

BNDES

Exportação e importação

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política

Pizza “À La Derosso”EMBORA O FIM DA CPI DO DEROSSO JÁ

ESTIVESSE SENDO ESPERADO, O

ARQUIVAMENTO DAS DENÚNCIAS CONTRA O

PRESIDENTE LICENCIADO DA CÂMARA DE

CURITIBA PROVOCOU INDIGNAÇÃO. O

RELATÓRIO DO VEREADOR DENÍLSON PIRES ISENTA

DEROSSO DAS ACUSAÇÕES DE IRREGULARIDADES NOS

CONTRATOS DE PUBLICIDADE, ASSINADOS ENTRE A CÂMARA, A

EMPRESA DE SUA ESPOSA E DUAS AGÊNCIAS DE PUBLICIDADE

grande maioria dos vereadores quecompõe a Câmara de Curitiba aprovou

o relatório apresentado pelo vereador Denil-son Pires (DEM), relator da CPI, instalada naCasa para investigar supostas irregularidadesem contratos de publicidade envolvendo opresidente licenciado, vereador João CláudioDerosso (PSDB), no período entre 2006 e 2010.Na papelada apresentada na tarde de terça-feira (20), Pires isenta o tucano de qualquerresponsabilidade pelos gastos de mais de R$31 milhões em publicidade e, ainda, não reco-menda nenhum tipo de punição ao presiden-te licenciado. O relator diz que o documentotraz indícios de equívocos, “que são imorais,mas não ilegais”, e aponta “soluções” para queas falhas não aconteçam novamente. Pior, overeador parecia convictos de que não exis-tem provas de que Derosso tenha agido de máfé ou com intenções de obter benefícios noscontratos de publicidade. E, por isso, o resul-tado da CPI não chegou a surpreender, mascausou indignação, porque muita gente aindatinha um “fiozinho” de esperança de que aComissão e seus membros pudessem traba-lhar com seriedade. O que acabou não acon-

tecendo e a pizza “À La Derosso” foi servidapor ele mesmo, o que demonstra a influên-cia que o vereador tucano exerce nos de-mais parlamentes, pelo menos, a 27 deles.Aliás, situação que foi se fortalecendo ao lon-go de 16 anos em que Derosso ficou à frenteda presidente da Câmara da Capital. No rela-tório, Pires concluiu que a qualidade das in-formações acumuladas durante a investigaçãojustificam o procedimento (arquivo). “O rela-tório final possui oito volumes e perto de trêsmil páginas. Não chegamos a provas concre-tas, mas levantamos indícios que ajudarão osórgãos de fiscalização. Também fazemos reco-mendações ao plenário da Câmara Municipal,para melhorar a administração interna”, dizPires. A decisão de enviar toda a documenta-ção ao Ministério Público (MP) e Tribunal deContas do Estado (TCE) foi apoiada pelos ve-readores Emerson Prado (PSDB), Paulo Frote(PSDB), Nely Almeida (PSDB), Zezinho do Sa-bará (PSB) e Zé Maria (PPS).

O posicionamento do vereador Zé Maria,favorável ao relatório aprovado pela CPI daCâmara Municipal, pode lhe render o afasta-mento do partido. Pelo menos é o que preten-

de o secretário-geral do PPS do Paraná, RubicoCamargo, que entrou com representação noConselho de Ética do diretório estadual, pe-dindo o afastamento liminar do parlamentarde todas as funções partidárias. Atualmente, oZé Maria é o primeiro vice-presidente do PPSde Curitiba. Rubico quer também que Zé Ma-ria deixe a liderança do partido na Câmara,por entender que, ao aprovar o relatório queisentou Derosso das denúncias, o vereadornão seguiu a linha de pensamento do PPS.“Desde que as irregularidades da Câmara deVereadores se tornaram públicas, o partidopediu rigorosas investigações e, inclusive, oafastamento de Derosso da presidência da Casa.O posicionamento de Zé Maria é contrário atodo o trabalho do PPS neste ano, a favor datransparência e da busca por esclarecimentos.O PPS tem convicção das irregularidades pra-ticadas pelo presidente licenciado. O partido

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NORMA CORRÊA

analisou os documentos e pediu a saída doentão presidente do cargo. O PPS não toleraque um representante esteja na linha de defe-sa do grupo que mergulhou o legislativo mu-nicipal em sua maior crise. Pediremos o afas-tamento do Zé Maria das funções partidárias eda liderança da bancada”, informa Rubico, aoacrescentar, ainda que, ao ser membro da CPI,Zé Maria representou o partido nos trabalhose, por isso, defende que oPPS não dê legenda ao vere-ador para a próxima eleição.“O PPS não concorda com orelatório. Se houve indíciode irregularidades, o presi-dente licenciado não pode-ria ser isento de qualquer responsabilidadeno caso”, afirmou.

Ainda sobre o relatório, Denilson Piresatesta que o jornal “Câmara em Ação” – queos vereadores da bancada de oposição na Casaafirmam ser “fantasma” – que o material foiimpresso e distribuído em Curitiba. Segundoele, há 99% de chance deste material ter sidofeito. E culpa a “metodologia utilizada pelasgráficas”, que venceram a licitação, para di-vulgar as atividades da Casa. “Poucas pessoaslembravam ter recebido, mas isso não querdizer que não tenham recebido”, afirma. So-bre a participação de Cláudia Queiroz, esposade Derosso e proprietária da Oficina da Notí-cia, nas licitações da Câmara, Pires repete ahistória de que Derosso e a jornalista não eramcasados quando a empresa venceu a licitação,o que, para ele, legitima a concorrência públi-ca. Isso sem contar com as suspeitas de paga-mento de aditivos, cujo “negócio” entre a Câ-mara e a Oficina da Notícia, conforme infor-ma o Tribunal de Contas, teria sido de R$ 5,2milhões por ano. “Os aditivos, nós podemosdizer que são imorais, mas não ilegais já que aempresa venceu a licitação”, defende Denil-son Pires. A CPI foi criada na Câmara parainvestigar várias denúncias de supostas irregu-laridades nos contratos de publicidade daCâmara de Curitiba e, entre elas, o possível

favorecimento da empresa da esposa de De-rosso, a jornalista Cláudia Queiroz, em licita-ções e o pagamento ilegal de aditivos. Apesarde ter isentado de culpa o vereador Derosso,Denilson Pires fez, ainda, uma série de reco-mendações. Diz ele que, a partir da retomadadas sessões plenárias, em fevereiro de 2012, oplenário da Câmara Municipal vai avaliar assugestões contidas no relatório, que reforçam

a figura do gestor de contratos e propõe adefinição porcentual de valores em procedi-mentos licitatórios. O relatório de DenílsonPires pede a criação de uma Comissão Perma-nente de Supervisão de Contratos em Execu-ção, cuja atribuição seria certificar a lisura daadministração do Legislativo. O relator tam-bém se refere ao regimento interno, pedindoa sua revisão, e a criação de um sistema onlineonde os vereadores tenham acesso às licita-ções, contratos e acompanhamento da execu-ção dos serviços contratados pela Câmara.

Do outro lado da trincheira, os vereado-

res Pedro Paulo (PT) e Paulo Salamuni (PV)apresentaram relatório paralelo, e pedem aresponsabilização do presidente licenciado daCâmara, além de, também, fazerem recomen-dações adicionais ao plenário. A proposta re-cebeu o apoio de Tito Zeglin (PDT). O presi-dente da CPI, Emerson Prado, disse que partedas indicações contidas no segundo relatório,poderiam ter sido incorporadas ao original,

para enriquecê-lo. “Nós fi-zemos a nossa parte, levan-tando informações que aju-darão o MP e TCE nas suasapurações. Não poderia serdiferente disso, uma vezque conduzimos o proces-

so com responsabilidade”, garante o presidenteda CPI. Salamuni e Pedro Paulo discutiram oresultado, afirmando que a Câmara deixou dese posicionar publicamente diante do caso.“Nós temos conclusões diferentes, por isso,apresentamos um relatório paralelo. Vamosentregar o nosso trabalho diretamente ao Mi-nistério Público”, disse Pedro Paulo. Além dosvereadores já citados, acompanharam a reu-nião final da comissão de inquérito os parla-mentares Noemia Rocha (PMDB), Algaci Tulio(PMDB), Professora Josete (PT), Jonny Stica(PT) e Professor Galdino (PSDB).

Vereador Denílson Pires, relator da CPI do Derosso,diz que as ações foram imorais, mas legais

Vereador Paulo Salamuni, da oposição, quer dar outro fim àCPI do Derosso e assinou também o relatório paralelo

Vereador Pedro Paulo, da bancada de oposição,fez parte da produção de um relatório paralelo

Vereador Zé Maria pode ser punido pelo diretório estadual doPPS por ter apoiado a aprovação do relatório da CPI do Derosso

Os vereadores Pedro Paulo (PT) e Paulo Salamuni (PV)apresentaram relatório paralelo, e pedem a

responsabilização do presidente licenciado da Câmara.

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segurança

Richa sabe onde

intervenção do Estado resolverámora o crime e só a

governador Beto Richa (PSDB), sabeonde mora o perigo. Tem, em suas

mãos, todo o mapa do tráfico de drogas ecrimes do Estado, principalmente de Curiti-ba. E somente o governador poderá colocarum basta na violência, determinando a inter-venção nesses locais. Não adianta, portanto,colocar todo o Regimento Coronel Dulcídiopara passeios nas principais avenidas e praçasda cidade. A cavalaria tem que estar presentenos pontos críticos. Tem que acampar, porexemplo, no Parque dos Tropeiros, na CidadeIndustrial de Curitiba (CIC), pois é lá quemoram os traficantes e os homens mais peri-gosos do Estado.

É no Jardim Sabará, na CIC, ao lado doCaique, nas imediações do Parque dos Tropei-ros e na Vila Verde, que estão concentrados omaior volume de traficantes de drogas e mai-or número de homicídios da capital. Hoje,Curitiba e região metropolitanaregistram um históri-co número de 120homicídios nesteano e poderá che-gar à triste marca de

150 homicídios à bala. É importante lembrar,neste caso, que a Organização das NaçõesUnidas (ONU) considera acima de 10 homicí-dios por 100 mil habitantes, uma guerra civil.

De acordo com informações da própriaPolícia Civil do Estado, o segundo bairro commaior número de tráfico de drogas e homicí-dios é o Xaxim, seguido do Alto Boqueirão eBoqueirão. Na região metropolitana, o AltoMaracanã, em Colombo, é o campeão absolu-to, com criminalidade próximos de cidadescomo Foz do Iguaçu e até mesmo o Rio deJaneiro. No Alto Maracanã residem 218 milpessoas com apenas uma delegacia e é ali quese concentram, também, os desmanches decarros e é para lá que são levadas pessoasvítimas de seqüestro relâmpago na capital.

VaporzinhosAlém dessas regiões, somam-se ainda Cam-

pina Grande do Sul, Vila Zumbi, Trindade eCajuru. O tráfico de drogas no Parque dosTropeiros, Caique, Sabará e Vila Verde come-ça às 11 horas e a entrega da maconha e prin-cipalmente craque é feita de táxis e motos. AVila Sabará e Vila Verde concentram, juntas,

60 mil pessoas. O aviso da chegada do carre-gamento de drogas é feito através de assoviose a polícia é recebida com fogos de artifíciospara avisar os traficantes.

Mais sério é no Xaxim que, de acordo comuma fonte da própria polícia civil, a chegadadas pedras de crack e da maconha é anunci-ada com tiros de revólver. O tráfico éfeito por crianças e adolescentes – deoito a 17 anos – e, este ano, dois va-porzinhos, um de oito anos e outrode 11, foram mortos na Vila Verde.

Embora existam 32 associ-ações na Vila Sabará, nãoexiste nenhum conselho co-munitário de segurança. Aordem do tráfico é curta egrossa: se fundarem a enti-dade vão morrer.

Vítimas de armas de fogoDados do Ministério da Saúde indicam que

35.233 brasileiros morreram, em 2010, vítimasde armas de fogo. O número corresponde a70,5% dos 49.932 assassinatos cometidos nopaís, no ano passado. Se forem considerados ossuicídios, os acidentes e mortes de intençãoindeterminada, as armas de fogo foram os ins-trumentos responsáveis pela morte de mais de38 mil pessoas. O levantamento faz parte doSistema de Informações de Mortalidade publi-cado regularmente pelo ministério em seu site.

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Governador tem que determinarintervenção nas áreas de risco

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PEDRO RIBEIRO

Os números, que ainda são preliminares,são inferiores aos registrados em 2009 (39,6mil mortes violentas, sendo 36,6 mil homicí-dios provocados por armas de fogo), mas se-gundo o secretário executivo do Ministério daJustiça, Luiz Paulo Barreto, as taxas de 2010ainda são consideradas “altas taxas”, mesmose levando em conta que as comparações de-vem ser feitas com cuidado pelo fato de osdados serem preliminares. Barreto comentouo levantamento do Ministério da Saúde noSeminário de Desarmamento, Controle deArmas e Prevenção à Violência, promovidopela representação das Nações Unidas no Bra-sil em parceria com a Assembleia Legislativado Rio de Janeiro (Alerj).

“Várias políticas de segurança pública têmsido levadas a cabo pelo Ministério da

Justiça, mas, todos os dias, ve-mos casos de pessoas

que sofrem aci-

dentes domésticos com armas de fogo, de umapessoa que se envolve em briga de bar e mata aoutra por estar com uma arma de fogo, brigasde trânsito, brigas de vizinhos. São pessoas quenão eram criminosas e passam a ser por estarcom uma arma de fogo em suas mãos”, disse.

Segundo Barreto, para reverter esse qua-dro, é preciso reduzir o número de armas defogo nas mãos de civis. Entre as políticas volta-das para esse objetivo estão as campanhas dedesarmamento. A campanha mais bem sucedidafoi a realizada entre os anos de 2004 e 2005, logoapós a aprovação do Estatuto do Desarmamentoem 2003, quando mais de 500 mil armas foramentregues voluntariamente por cidadãos ao Esta-do e, posteriormente, destruídas.

Dados do Ministério da Saúde mostramque as mortes por armas de fogo caíram de39,3 mil, em 2003, para 37,1 mil, em 2004, e 36mil, em 2005. Na campanha deste ano, quecomeçou há sete meses e se encerra no dia 31,já foram recolhidas 35 mil armas.

O coordenador das ações de desarmamen-to da organização não governamental Viva Rio,Antônio Rangel Bandeira, no entanto, cobrauma melhor fiscalização das autoridades go-vernamentais sobre a venda de armas no país.“O que precisamos, de fato, é aplicar a lei[Estatuto do Desarmamento]. A lei existe e éboa. O Estatuto do Desarmamento está sendocopiado por oito países no momento, comouma das leis mais avançadas do mundo. Mas oBrasil legal não tem nada a ver com o Brasilreal”, disse Bandeira.

Bandeira cita, como exemplo, a facilidadepara se comprar armas de fogo nas lojas doRio de Janeiro. Já Barreto diz que há, sim, umcontrole efetivo realizado pela Polícia Federale pelo Exército, que vai desde a fabricação daarma até a venda ao cidadão. “A arma tem umcontrole desde a indústria, com numeração,código de série, vendedor, comprador. No Bra-sil, tudo isso é rastreado. O que acontece éque, muitas vezes a arma que o cidadão temem casa, é roubada”, afirma.

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agronegócios

DENTRO E FORADA PORTEIRA

Federação da Agricultura do Estado doParaná (FAEP) realiza estudos sobre logística

para contribuir com o desenvolvimentodo nosso Estado

studos analíticos para contribuir com o desenvolvimento do Estado doParaná foram apresentados, dia 21 de novembro, pela federação da Agricul-

tura do estado do Paraná ( FAEP) durante o “Fórum de Logística do AgronegócioParanaense”, realizado no Hotel Radisson, em Curitiba. Trata-se das “Perspectivas de ex-portação de granéis sólidos pelo Porto de Paranaguá”, realizado pelo economista José RobertoMendonça de Barros, da MB Associados, e “Analise das tarifas ferroviárias e rodoviárias doAgronegócio do Paraná”, da ESALQ-LOG/USP.

O presidente da FAEP, Ágide Meneguette, explicou que “dentro da porteira a economiademonstra pujança, fora dela temos muitos problemas”. Segundo ele, “nossa intenção com essesestudos é demonstrar o que estrangula o desenvolvimento do agronegócio e por conseqüênciado Estado, num momento de grandes oportunidades”. Anualmente cerca de 35 milhões detoneladas de produtos agrícolas (soja, milho, açúcar, etc.) circulam pelas rodovias e ferrovias noterritório paranaense. “Apesar da perspectivas de crescimento mundial menos nos próximosanos, a demanda de alimentos continuara forte. Os países emergentes, em especial a Ásia,continuarão a crescer a taxa elevada (7% a 8%), diz Mendonça de Barros.

O evento da FAEP contou com a presença dos secretários Noberto Ortigara, da Agricultura;Cássio Taniguchi, do Planejamento, José Richa Filho, da Infraestrutura e Logística, o secretáriode Política Nacional de Transportes, Marcelo Perrupato; o superintendente da Appa, Airton VidalMaron e o diretor Empresarial (DIREMP), Lourenço Fregonese, o diretor presidente da Ferroeste,Mauricio Querino Theodoro; o presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econô-mico e Social - IPARDES, Gilmar Mendes Lourenço; o diretos do centro de Pesquisa, Julio TakeshiSuzuki Júnior; Darci Piana , presidente do sistema Fecomercio; Paulo Scalco, diretor do porto de

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Cerca de 35 milhõesde toneladas de

produtos agrícolascirculam pelas rodoviase ferrovias paranaenses

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Antonina; Nelson Costa, superintendente daOcepar; Miguel Rubens Tranin, presidente daAlcopar; ex ministro Euclides Scalco represen-tantes de cooperativas e empresas multinacio-nais ligadas ao agronegócio, lideranças sindi-cai de todo Paraná e produtores.

Terra e marA ESALQ-LOG instituiu o Projeto “Jamai-

ca” para analisar as tarifas ferroviárias e ro-doviárias do Estado do Paraná de diversosprodutos do agronegócio nacional (soja,milho, farelo de soja, açúcar,etanol, calcário, fertilizantes,carnes e derivados), apresen-tando a inter-relação entre osusuários do serviço ferroviá-rio ( empresas envolvidas noprojeto), as concessionáriasdas ferrovias presentes no es-tado e a Agencia Nacional deTransporte Terrestre ( ANTT). Já a MB Asso-ciados avaliou que, mesmo considerandoque o consumo interno de grãos no Paranáser elevado, o Porto de Paranaguá precisararealizar investimentos para suportar a de-manda adicional de embarque resultante da

agronegócios

expansão das exportações de soja, milho,farinha de soja e açúcar ao longo dos próxi-mos 5 as 10 anos.

Frete caroOs gastos no frete rodo-ferroviario deve-

riam ser menores do que o preço do ferro-viário direito de uma origem para o Porto,tornando o preço do frente intermodal com-petitivo. E isso não ocorre, demonstra o es-tudo da ESALQ-LOG. Uma carga de açúcar,por exemplo, que saia de uma cidade no

Centro Norte paranaense, dirige-se até o ter-minal de Maringá onde é carregada por fer-rovia até o Porto de Paranaguá. Esse trajetointermodal citado deve custar menos do quelevar diretamente o produto entre a cidadede origem e o Porto, por rodovia.

Alem disso, o transporte ferroviário apre-senta outros problemas: elevado “transit time”de carga ( que demora mais dias para chegarao porto quando comprada ao modal rodovi-ário) o grande número de operações a seremrealizadas (frete de ponta, transbordo e freteferroviário), enquanto que para o frente rodo-viário direto é necessário apenas uma opera-ção ( contratação do frete rodoviário) .

O estudo mostra que “o preço do freterodo-ferroviario representa, em média, 103%do frete rodoviário direto. Em outras pala-

vras, a alternativa intermo-dal torna-se inviável eco-nomicamente ao se anali-sar todo o conjunto de gas-tos necessários”.

Foi possível notar queos preços de frete ferroviá-rios praticados pelas em-presas do agronegócio pa-

ranaense correspondem a aproximadamente71% do preço determinado pela tarifa teto daANTT. Conforme o esperado, este indicadormostra claramente que o atual calculo de tari-fa teto pela ANTT não corresponde a um limi-te coerente dentro das expectativas dos usuá-rios do transporte ferroviário.

O estudo aponta ainda que as “tarifas teto”estipulada pela ANTT devem ser revistas, esta-belecendo-se realidades mais próximas dosusuários do transporte ferroviário, garantindoadequada prestação do serviço de transporte(como a própria missão da ANTT sugere ).

A cadeia logísticaParticiparam do projeto “Jamaica” 22 em-

presas do agronegócio paranaense separadasem dois grandes grupos, levando em conside-ração sua principal atividade agrícola: 8 empre-sas do setor sucroalcoleiro e as demais sãoempresas de grãos. O motivo é que cadeia lo-gística agroindustrial dessas empresas segue um

Participaram do projeto “Jamaica” 22 empresas doagronegócio paranaense separadas em dois grandes

grupos, levando em consideração sua principalatividade agrícola: 8 empresas do setor sucroalcoleiro

e as demais são empresas de grãos.

Um dos problemas no transporte rodoviário é a deficiência na infraestrutura e elevados tempos de carga

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OS ESTUDOS MOSTRAMO QUE ESTRANGULA ODESENVOLVIMENTO DOAGRONEGÓCIOS.Agide Meneguette ”

caminho bastante semelhante entre a produçãoe o destino. O projeto estudou a logística deaproximadamente 97% do total de açúcar pro-duzido pelo estado do Paraná e 75% dos grãos.

A maior parte destas infraestruturas logís-ticas são compartilhadas entre diversos esta-dos dos pais, entre eles o Mato Grosso e oMato Grosso do Sul. Por isso, a utilização damalha viária disponível é feita por estadosmuito competentes na produção agrícola na-cional o que indica que qualquer melhoriaque venha a ser realizada neste setor benefici-ara não só o estado do Paraná mas diversosoutros estados produtores do Brasil, garantin-do a competitividade agrícola dos produtosnacionais mundo afora.

No transporte ferroviário foram avaliadasa Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A (Ferrooes-te) que escoa anualmente pelos seus 248,6kmcerca de 1,5 milhões de toneladas, principal-mente grãos (soja, milho e trigo), farelos econtêineres, com destino ao Porto de Parana-guá, no litoral do estado. No sentido importa-ção, a ferroviária transporta principalmenteadubos, fertilizantes, cimento e combustíveis.

E a ALL que detém aproximadamente 16mil quilômetros de trilhos, na região sul dopais. No Paraná atua em todas as regiões, comterminais ferroviários em Maringá, Araucária,além de outras unidades no Estado. Na árearodoviária foram avaliadas no estudo da ESALQ-LOG a BR 277 Foz do Iguaçu - Paranaguá); BR376 (Apucarana- Curitiba-BR 277); BR 369 (Lon-drina - Cambará) e BR 116 (São Paulo-Curitiba).

Gargalos logísticosEm relação ao modal ferroviário, o estu-

do da ESALQ-LOG foram apontados falta devagões disponibilizados para o serviço de trans-porte; quebras de contrato, recebimento devagões sujos, elevado “transit time”; elevadopreço de frente; ineficiência e má organizaçãodos transbordos; falta de investimento em

material rodante; perda de vagão durante otransporte; extravio de documentação atrasos,erros de informações; rompimento do lacredos vagões e roubos de cabos para refrigera-ção de contêineres.

Além disso, há a constatação bastante evi-dente que neste modal existe a falta de acessodos pequenos agentes de mercado gerandouma utilização seletiva da ferrovia para o trans-porte de cargas agrícolas no estado.

Problemas no transporte rodoviárioFiscalização por eixo, difícil de ser obti-

do nas unidades de carregamento e é fiscali-zado nas estradas; deficiência na infraestru-tura e elevados tempos de carga; grande sa-zonalidade na procura por serviço de trans-porte e elevado preço de frete; elevados pre-ços de pedágio; demora na descarga portuá-ria; prática de sobrepeso; infidelidade entretransportador e embarcador; frota antiga efalta de profissionalismo dos motoristas tam-bém foram destacados.

Parceria no esforçoO estudo da ESALQ-LOG indica que para

o aumento da produtividade logística do esta-do é desejável o esforço das empresas do setor(investimentos próprios em infraestruturas) edo Governo. Este, de forma direta, através deincentivos fiscais e tributários e em parceriaspublica-privadas. “O governo também é umagente importante nesse processo de melho-ria, podendo investir de forma direta no setor,ou através de incentivos (fiscais, tributários,entre outros) governamentais, viabilizando,eventualmente, parcerias público-privadas”,relata o estudo da ESALQ-LOG.

O estudo realizado pela MB Associadosmostra que nos países emergentes o cresci-mento econômico e por conseqüência da ren-da tem se traduzido em forte aumento do con-sumo de alimentos nos países emergentes. “Asmudanças no padrão de consumo da popula-ção, decorrentes da urbanização acelerada le-vará ao crescimento da demanda mundial degrãos”, diz o estudo da MB Associados. Parale-

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agronegócios

lamente, haverá limitações na expansão daprodução de grandes consumidores, como aChina, aponta Mendonça de Barros, e a ampli-ação de novos mercados de produtos agríco-las como bio combustíveis, plásticos e outrosprodutos químicos.

Assim, o Brasil deve aumentar importân-cia no comercio mundial com novas oportu-nidades diante de algumas condições existen-tes no país, entre elas:

Abundância de recursos naturais e a eleva-da competitividade da agricultura nacional;alto grau de competitividade, sem subsídios,da nossa agricultura e necessidade de elevar aeficiência econômica; contínuo e importanteinvestimento do setor publico e do setor pri-vado em tecnologia e pesquisa.

O trabalho prevê preços dos alimentos emalta, em função de problemas de oferta. “Ao con-trario da Argentina que teve reduzido seu reba-nho na ultima década e da Austrália com cresci-mento pífio no mesmo período, o rebanho bra-sileiro aumentou em mais de 23%. Advinhemquem será o grande fornecedor mundial de car-ne?”. Diz Mendonça de Barros. No caso das car-nes brasileiras, o principal problema a ser supe-rado são as limitações devido à sanidade animal.

Sua previsão é a de que 2021, a Chinadeverá importar anualmente em média 4 mi-lhões de toneladas de carnes de 15 milhõesde milho; A maior parte desta demanda de-verá ser atendida pelos EUA. Entretanto, oBrasil também deverá ser positivamente afe-tado, exportando 2 milhões de toneladas adi-cionais por ano de milho e 5 milhões de sojapor conta desta nova demanda, diz Mendon-ça de Barros.

Porto de Paranaguá“Se de fato houver investimentos para

melhorar a infraestrutura de acesso ao Porto esua efeciência, o volume de carga adicionalpara Paranaguá poderia chegar a mais de 10milhões de toneladas de 2021”, afirma o estu-do de Mendonça de Barros. Há, por exemplo,investimentos em andamento no setor sucro-alcooleiro.

Estão previstos investimentos em otimiza-ção e aquisição de novo shiploader o que ele-vará a capacidade anual de embarque para 5,5milhões de toneladas; cnstrução de nova mo-ega para descarga de açúcar, com capacidadede movimentação de 30 mil ton. m3/dia; comisso, o porto seria capaz de absorver o volume

adicional de exportações de açúcar previstossem competição com os demais granéis.

A movimentação de açúcar granel, em 2010,foi de 2,493,030 toneladas, com previsão de3,141,658 para 2016 e 3,385,235 em 2021. Avariação na década (2010/21) seria da orde de892,205 toneladas, segundo o estudo.

A partir de 2012 haverá recuperação dasexportações de soja paraguaia por Paranaguácom previsão de exportação de 1 milhão detoneladas de soja .

O Porto, porem, encontra-se atualmentebastante saturado e precisará realizar investi-mentos adicionais para que seja capaz de su-portar o volume adicional de cargas estimadopara os próximos anos.

Os principais gargalos são infraestrutu-ra terrestre de acesso ao Porto; problemasde profundidade dos berços e dos cais, queimpedem o aproveitamento de cargas emnavios maiores e baixa produtividade dePorto que impede maior movimentação decargas e resultam em filas de caminhões enavios no Porto.

O plano nacionalO secretário de Política Nacional de Trans-

portes, do Ministério dos Transportes (MT),Marcelo Perrrupato, apresentou no fórum deLogística do Agronegócio o “Plano Nacionalde Logística e Transportes (PNLT)”. Segundoele, o país precisa crescer de forma sustenta-da e a taxas superiores ás registradas nas ulti-mas décadas. “Temos que pensar em voo deáguia”, avaliou. A previsão é que os investi-mentos públicos em transporte somem R$ 23bilhões e 970 mil em 2011. Até 2025, R$ 300bilhões. O valor significa R$30 bilhões porano, em torno de 0,6% do PIB, o que é baixoinvestimento na comparação com os paísesdos BRICS (China, Rússia e Índia) que inves-tem na faixa de 4 a 6% em logística.

*Material produzido pela equipe do Boletim FAEP

O volume de carga adicional para Paranaguá poderia chegar a mais de 10 milhões de toneladas de 2021

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Prefeito Luizão tem 84 %de aprovação dos pinhaienses

O mandato do prefeito Luizão Goulart (PT) em Pinhais, na

Região Metropolitana de Curitiba, tem 84% de aprovação da po-

pulação do município. É o que aponta um levantamento do Insti-

tuto Paraná

Pesquisas, realizado no início do mês de outubro. A pesquisa

avaliou, também, a aceitação dos pinhaienses quanto ao governo

de Beto Richa (PSDB) e de Dilma Rousseff (PT). Ambos tiveram

parecer favorável.

Durante os primeiros cinco dias de outubro, 678 moradores

da cidade, todos maiores de 16 anos, foram consultados individu-

almente a respeito de suas opiniões sobre as administrações mu-

nicipal, estadual e federal. De acordo com o diretor do Paraná

Pesquisas, Murilo Hidalgo Lopes de Oliveira, "tal amostra repre-

sentativa do município de Pinhais atinge um grau de confiança de

95% para uma margem estimada de erro de 4%".

Luizão alcançou 84,96% de aprovação dos pinhaienes, sendo

que a popularidade dele é maior entre as pessoas com mais de 60

anos. Já no caso do governador Beto Richa, a aprovação foi de

70,35%, com percepção mais positiva entre os jovens de 16 a 24

anos. A presidente Dilma, por sua vez, apresenta menos populari-

dade entre os moradores de Pinhais, ficando com apenas 57,08%

de aprovação, conquistada principalmente entre quem tem mais

de 60 anos.

Estudo do Instituto Paraná Pesquisasfoi realizado no início do mês de outubro

cidades DA REDAÇÃO

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infraestrutura

Promessa antigaA revitalização da orla de Matinhos pode sair do papel em 2012

epois de 20 anos de reivindicações dosmoradores e também turistas de Mati-

nhos, no litoral paranaense, a engorda da praiapode finalmente começar no ano que vem. Ogovernador Beto Richa liberou pouco mais deum milhão de reais para que o projeto execu-tivo fosse elaborado. Em seguida será realiza-da uma licitação para contratar uma empresaespecializada em executar o serviço. O proje-to prevê a recuperação de um trecho de 6,5quilômetros, entre Caiobá e o balneário Flóri-da. A ideia da engorda é impedir que a erosãomarinha não destrua ainda mais a orla do mu-nicípio. A ampliação para conter o avanço domar será feita com areia que virá do oceano,de um local conhecido como “plataforma in-terna”, a seis quilômetros da costa.

Os recursos para elaboração do projetoexecutivo serão colocados no orçamento de2012 do Instituto das Águas do Paraná, queficará responsável pela obra. De acordo como prefeito de Matinhos, Eduardo Dalmora,depois de tanto tempo só no projeto, desta veza ampliação tem que sair. A previsão, segundoele, é que já na próxima temporada de verão apopulação e os veranistas possam usufruir dasmelhorias. “Acredito que em novembro de 2012as obras estarão finalizadas. Será um novo li-toral para o povo paranaense, uma reivindica-ção que depois de muito tempo será atendi-da”, comenta o prefeito.

A cada temporada, o litoral do Paraná se

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Revitalização da orla de Matinhos é antiga

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LORENA MALUCELLI PELANDA

prepara para receber os turistas. Melhorias quepodem ser percebidas em vários setores. “Nes-ta época do ano a segurança e a saúde sãomelhores. Para evitar enchentes dragamos to-dos os rios. A nossa estrutura é boa e ficarácompleta com o engordamento da praia”, ga-rante Dalmora.

Mas com tantas promessas, muitos mora-dores não estão tão confiantes com o começodas obras, já que o projeto existe há muitotempo, porém sem ser executado. Um deles éo presidente da Associação Comercial de Ma-tinhos, Adauto Mendes, que lamenta os preju-ízos causados com os problemas na praia, comoo afastamento de turistas. “Com tanto temposó de promessa, não acreditamos que algo vaimudar rapidamente. Os danos ficam para osmoradores, que não podem utilizar de um bomlugar que merecem. Só esperar, quem sabeem 2012. Matinhos já foi considerado um ‘po-int’, um bom lugar para curtir o verão”, afir-ma Adauto.

Uma obra com esse porte é inédita noestado, mas muito comum em outros países.O projeto é semelhante ao usado frequente-mente no Japão e também na Espanha.

Santa Catarina para paranaensesOs freqüentes problemas no litoral do

Paraná durante a temporada de verão têmfeito com que muitos veranistas desçam aserra rumo às praias catarinenses. A mudan-

ça não é nova, mas tem prejudicado muito aeconomia do Paraná, que deixa de movimen-tar até R$ 400 milhões por temporada. Entreas reclamações dos moradores e também vi-sitantes estão as péssimas condições dos bal-neários, principalmente em relação à saúde,qualidade da água do mar e falta de infraes-trutura para atender toda a demanda de visi-tantes durante os dias mais quentes do ano.Uma dessas pessoas que deixou de frequen-tar as praias do estado é o jornalista KelsonHenrique. Mensalmente ele tenta passar al-guns dias em Florianópolis ou São Franciscodo Sul. Kelson explica que o estado vizinho émais atraente, principalmente em relação àprestação de serviços. “O atendimento é umfator que chama atenção. Os catarinenses sãomais solícitos, mais atenciosos e dominammais o turismo de verão que os paranaenses.É preciso associar qualidade na prestação deserviços, com infraestrutura que ofereça o

Eduardo Dalmora,prefeito de Matinhos,garante que a orlaestará revitalizadaaté o fim de 2012

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O paranaense ainda prefere Santa Catarina. Oprejuízo é de R$ 400 milhões em cada temporada,lamenta o presidente da Assindilitoral, José Carlos

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infraestrutura

mínimo de conforto e segurança”, lamenta ojornalista.

Mesmo com as dificuldades, a fisiotera-peuta Anna Stubert não deixa de aproveitarCaiobá, praia que frequenta desde pequena.“Não troco Caiobá por nenhuma outra. Quemjá conhece, volta. Nossas prai-as estão cada vez mais limpasa cada temporada e maisseguras. Muitas vezes dá paranotar que os turistas, aquelesque colocam dinheiro paracircular nas cidades, são vis-tos com maus olhos, como seestivessem ali só para atrapalhar, raros os luga-res que você vai e é bem recebido. É precisomudar a cultura do nosso litoral para receber oturista e conseguir explorar a beleza que ele nosreserva”, recomenda a fisioterapeuta.

Segundo o presidente da Associação deHotéis, Pousadas, Restaurantes, Bares, CasasNoturnas e Similares do Litoral Paranaense,José Carlos Chicarelli, a preferência para San-ta Catarina diminuiu nos últimos anos, masainda falta apoio ao turismo, tanto do gover-no como da população. “As coisas já forambem piores. Pontal do Paraná, por exemplo,está em condição precária. A população cres-ce e as melhorias para atender os turistas fi-cam de lado. Não há bom saneamento, que éalvo de muita crítica. Sem falar que o nosso

pedágio é muito caro. Santa Catarina tambémtem problemas, como os estragos causadospelas chuvas, porém tem gente que prefere irpara lá”, comenta Chicarelli.

80% das pessoas que visitam o litoral sãode Curitiba e Região Metropolitana, e segundo

o presidente do sindicato dos estabelecimen-tos, a maioria está satisfeita. “Falta valorizaçãodo paranaense, para que conheça e ajude oestado a se desenvolver. As chuvas do começode 2011 motivaram os turistas a conheceremas praias. É possível atrair novamente os visi-tantes, mas é preciso apoio, não só financeiro,para o nosso turismo”, diz Chicarelli.

A expectativa é que o faturamento nestatemporada de verão nas praias paranaensesseja de um bilhão de reais. Em média, cadapessoa deve gastar R$50 por dia.

Valorização imobiliáriaOs aluguéis de imóveis no litoral do Para-

ná subiram até 30% para a temporada de 2011/2012. A maioria das imobiliárias das praias

reajustou os preços um pouco acima do que éde costume. A locação este ano vai sair entre20 e 30% mais cara que no ano passado. Oprincipal motivo apontado pelo setor é o ta-manho da temporada, que vai ser mais curtaque nos outros anos. Os aluguéis subiram,

mas a procura continuagrande, inclusive para ocarnaval. Os imóveis quetêm mais procura são ascasas ou sobrados que têmcapacidade para, entre 4a 6 pessoas. As diárias va-riam de R$ 150 a R$ 700,

dependendo da localização, do número dehóspedes e dos itens de conforto como: TV acabo, internet e piscina, por exemplo. Os bal-neários mais concorridos são, como sempre,os que ficam em Guaratuba e Matinhos.

Os aluguéis de imóveis no litoral do Paraná subiramaté 30% para a temporada de 2011/2012.

A maioria das imobiliárias das praias reajustouos preços um pouco acima do que é de costume.

O jornalista Kelson Henrique trocou o litoral doParaná pelas praias do estado vizinho

Os veranistas improvisam para aproveitar orestante da areia que sobrou em Matinhos

Há 20 anos a erosão marinha destrói a orla do município A ampliação para conter o avanço do marserá feita com areia que virá do oceano

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erão, muito calor, roupas curtas. Com achegada do período mais quente do ano

muita gente se prepara em academias, faz dietase depilação! Para muitos, os pelos são indeseja-dos nessa época e a forma mais eficaz e procu-rada de eliminá-los é a depilação definitiva.

Não é apenas uma preocupação estética,eles também interferem psicologicamente navida das pessoas, tanto que alguns evitam ir àpraia ou sentem vergonha de se despir na frentede alguém. Muitos buscam umaforma de eliminação rápida ecom efeitos duráveis. Os mei-os mais comuns de retirar ospelos são a depilação com ceraquente, a lâmina e a pinça.

Nos últimos anos surgiu uma técnica maiseficaz, que promete eliminar boa arte dos pe-los: a Depilação a Laser. O método é o quetem de mais recente para acabar de vez com oincômodo que pode ser até semanalmente,dependendo do caso.

São necessárias pelo menos oito sessões,que devem ser feitas em até 45 dias. A necessi-dade de intensidade e número de procedi-mentos dependem de cada caso e também daregião escolhida. “A redução permanente é de-finida como uma diminuição significativa nonúmero de pelos, estável por pelo menos 8meses após a aplicação. A depilação é feita emsessões de 30 dias ou mais para que o folículotenha um tempo para cicatrizar da lesão pro-vocada pelo disparo do laser e reinicie umnovo ciclo de crescimento normal, receben-do uma nova sessão e ficando cada vez maisfraco. A depilação definitiva refere-se à ausên-cia total, o que é muito difícil de conseguir. Omais normal é uma redução grande dos pelos,geralmente seguida por uma depilação parci-al, ou seja, é uma redução e um prolonga-

LORENA MALUCELLI PELANDAsaúde

Pelos? Nunca mais!mento no crescimento, não é ausência”, expli-ca a fisioterapeuta Paula Abrão.

As formas do tratamento também interfe-rem no resultado: tem a depilação a laser e aluz pulsada, que não tem a mesma capacidadede destruição da raiz do pelo como o poderdo laser. “Cada vez mais as pessoas queremficar sem pelos. Ele veio para ficar. Os equipa-mentos de laser mais modernos são caros e amaioria é importada. Não estou falando de

Luz Intensa Pulsada que é um tratamento maisbarato para a depilação e não muito eficaz.Quando surgiu a febre da ‘depilação definiti-va’ vieram também as franquias de fotodepila-ção onde se abriu um leque maior de pessoasque poderiam se beneficiar com o tratamen-to. Lembrando que laserterapia e fotodepila-ção são coisas distintas”, afirma Abrão.

A advogada Gabriela Franco fez depilaçãodefinitiva na axila e só tem o que comemorar.“Valeu muito a pena, pois diminuiu muito aquantidade de pelo. Na hora dói um pouco,mas nem se compara com a dor da remoçãocom cera ou pinça. É um investimento, quedeixa a pele macia e faz com que a gente selivre de um grande incômodo”, comenta aadvogada.

A história de que não se pode começarum tratamento a laser no verão é mito. Segun-do a fisioterapeuta, o tratamento pode come-çar agora, mas é preciso mais cuidado comrelação ao sol do que se começasse em outraépoca do ano. “““““Os tratamentos são a longoprazo, tem tratamento de laser que dura o

ano todo. A melhor época para se começar éem março, onde o clima já está mais friozinhoe não tem muito efeito do sol”, orienta. Antesde começar os trabalhos, é preciso que o inte-ressado pare de arrancar os pelos e de tomarsol. Porém, nenhum Laser consegue eliminaros pelos brancos, já que todos os equipamen-tos de luz ou laser orientam-se pela melanina(pigmento que dá cor à pele e ao pelo). Opelo é utilizado como “pára-raio”, ou seja,

absorve toda a energia dolaser até o bulbo capilar, cau-sando a cauterização do bul-bo e impedindo a geraçãodos pelos.

Para elas e para elesO público do sexo masculino também

vem procurando a depilação a laser. De acor-do com a médica, os homens procuram adepilação, mas o ranking ainda é das mulhe-res. “As áreas mais procuradas pelos homenssão a barba e as costas”, comenta a médica.O procedimento aplicado neles é mais traba-lhoso e o grande diferencial é que o sexomasculino exige mais sessões no tratamentopor conta dos hormônios e da densidadedo pelo.

Os preços para depilaçãoa laser variam de R$ 200 aR$ 2.000 dependendo dotamanho da área a serdepilada e daquantidade desessões.

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Nos últimos anos surgiu uma técnica mais eficaz, que prometeeliminar boa arte dos pelos: a Depilação a Laser. O método é oque tem de mais recente para acabar de vez com o incômodo

que pode ser até semanalmente, dependendo do caso.

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social

RECONHECIMENTOO senador mineiro Aécio Neves foi um dos 46 homenageados com a OrdemEstadual do Pinheiro, no último dia 19 de dezembro de 2011 – dia que foicomemorado 158 anos da emancipaçăo política do Paraná. Neves foicondecorado com o título de Gră-Cruz, e agradeceu o governador Beto Richa,que a homenagem é dedicada a todo o povo mineiro, que tem história similarcom o Paraná. “Estou extremamente honrado. Fico feliz em ser lembrado porRicha para receber esse pręmio. O Paraná tem uma grande história política esocial”, disse o senador, que destacou a contribuiçăo do ex-governador JoséRicha na democratizaçăo e elaboraçăo da Constituiçăo brasileira.

COLEÇÃO VIDA TODESCHINIA loja Todeschini Augusto Stresser traz em seu showroom a última coleçăo da marca,intitulada Vida. Os seis amplos ambientes projetados na nova unidade – duas cozinhas,

quarto do casal com closet, quarto kids, biblioteca e área de trabalho – mostram o conceitoda coleçăo, inspirada no design escandinavo, que vem com a proposta de materializar o bem

viver, permitindo a composiçăo de espaços sofisticados e ao mesmo tempo acolhedores edespojados. A ideia é a humanizaçăo do design, baseado no bem-estar e nas sensaçőes

provocadas nos ambientes.

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Os diretores da Ademilar Consórcio de Imóveis, RaulSchuchovsky Neto e Tatiana Schuchovsky Reichmann, como gerente comercial da empresa, Claudir Santos, em jantar

do grupo no restaurante Madalosso.

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As arquitetasSony Luczyszyn(ŕ esq.) eCristiane Maciel(ŕ dir.) vencedorasda promoçăo“Sábado Criativode Natal”,realizado pelaGarimpo Inove.

O governador Beto Richa, o senador de Minas Gerais Aécio Neves e osecretário de Esporte, Lazer e Juventude de Curitiba, Marcello Richa

PARCERIA SOLIDÁRIA (ARQUIVO: SERVOPA / FOTO: DIVULGAÇÃO)O Grupo Servopa apoia novamente o Hospital Evangélico com a doaçăo de um carro para o projeto Bancode Pele, destinado a crianças e adultos da ala de queimados do Evangélico. O carro será usado paratransportar o material que ajudará na recuperaçăo destes pacientes. Desde 2009, o Grupo Servopadisponibilizou um carro para a coleta de leite humano. Para se ter uma ideia, em 2010, foram realizadas3.466 visitas domiciliares, com acompanhamento de um profissional de enfermagem, que coletaram2.000,60 litros de leite humano, destinado ao atendimento de 1.086 bebęs internados na UTI Neo Natal.

o Diretor Superintendente da Servopa, DarliAntonio Borin, e o Diretor Geral do Hospital

Evangélico, Pastor Odair BraunFo

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por GABI GATTI

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ELEMENTOS-FOGO

Para celebrar a inauguraçăo da loja do Shopping Crystal, totalmen-

te revitalizada, a Geara lançou a Coleçăo 2012 “Elementos –

Fogo”. Inspirada em mulheres fortes e ousadas, as peças apare-

cem pontuadas pelo colorido e pelas linhas sinuosas de labaredas e

pássaros de fogo, em conjuntos de brincos, colares e anéis.

AU-AU NA PRAIAAs duas lojas do Au-Au no litoral do Paraná – em Caiobá e Guara-tuba – já estăo funcionando. Até o final da temporada de verăo,elas atendem ao público de segunda a segunda, a partir das 11haté a madrugada, com os cardápios completos.

FÉRIAS EM DOBRO

A Rede Slavieiro de Hotéis lança neste męs de janeiro a promo-

çăo “Férias em Dobro”, que garante desconto de 50% sobre a

tarifa balcăo para os hóspedes. A promoçăo é válida até o dia 26

de fevereiro para todas as 19 unidades da Rede - nos Estados

do Paraná, Santa Catarina, Săo Paulo e Espírito Santo.

NOVO BOSSAO Bossa Nova, um dos bares mais cariocas do Brasil, vai ganhar novo layout. Comreabertura no dia 12 de janeiro a casa abre as portas e apresenta o LoungeIpanema, novo palco, mais moderno e bem posicionado, com sistemas de áudio eiluminaçăo mais atuais. E as novidades năo param por aí. O ponto de encontro daboemia carioca e brasilidade passa a abrir também ŕs quintas-feiras, com muitomais samba rock, samba soul e samba funk para animar as noites. Vale a penaconhecer o novo espaço que traz um pedacinho do Rio de Janeiro e todo o seuastral único para Curitiba.

CLIENTES VENCEDORASOs tradicionais sorteios de Natal e final de ano dos shoppings centers movimentamas compras e empolgam consumidores e lojistas da capital. Os diversos estabeleci-mentos divulgaram, no final do męs de dezembro, seus vencedores. A ganhadora doautomóvel BMW série 5 GT oferecido pelo ParkShoppingBarigüi foi a clienteElissandra Ganzert. Já no shopping Crystal, Maria do Carmo Carvalho Mussi vai viajarpara Milăo, na Itália, com um acompanhante. A cliente vai participar da Semana deModa de Milăo, com direito a assistir aos desfiles das marcas mundiais, ficaráhospedada no Ho-tel Bulgari Milano e além de um motorista particular, terá cinco milEuros para gastar nas lojas e restaurantes de Milăo.

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CÃES NO SHOPPINGPermitir a entrada de animais de estimaçăo em lugares privadosé, sem dúvida, uma tendęncia mundial. O Shopping Crystal aderiua esta proposta e liberou a circulaçăo de căes nos corredores eem lojas. A liberaçăo é para cachorros com coleira e guia, sempreacompanhados de seus donos. Os căes que pesam mais de 20 kgtambém devem estar com focinheira – conforme determinaçăoda lei municipal.

Elizabeth Bianco, daIdeally Iluminaçăo, com a

arquiteta Daniela Barrancoque também foi premiada na

comemoraçăo encerroua Campanha de

Fidelizaçăo de 2011.

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agenda

Exposições

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Amilcar de Castro

Coleçăo Brasiliana ItaúAté 29 de janeiro, o Museu Oscar Niemayer abriga a exposiçăo “Coleçăo Brasiliana Itaú”, uma das maiscomplexas coleçőes relacionadas ŕ cultura brasileira. Quase 300 itens estarăo distribuídos nos mil metrosquadrados das salas Tarsila do Amaral e Guignard. A coleçăo é resultado do interesse de Olavo Setúbal(1923-2008), executivo do Itaú, pelas manifestaçőes culturais do país. A mostra está dividida em setenúcleos que contemplam os conteúdos do século 16 até o século 20. Săo desenhos, gravuras, primeirasediçőes de obras literárias, manuscritos, objetos e entre as curiosidades há uma luneta que pertenceu aSantos Dumont. Informaçőes: (41) 3350-4400.

Anita MalfattiO Museu Oscar Niemayer abriga até 29 de janeiro a exposiçăo “Anita Malfatti”, que reúne cerca de 100 obras da artista, na sala Miguel Bakun. Informaçőes:(41) 3350-4400

Imersăo na CorO Museu Alfredo Andersen abriga até 5 de fevereiro a exposiçăo “Imersăo na Cor”, que comemora os 151 anos do nascimento do artista norueguęs AlfredoAndersen. Francis Rodrigues, Leila Valebona, Marise Hauser e Miriam Fischer assinam cerca de 30 obras que fazem releituras dos trabalhos de Andersen. Informaçőes: (41) 3323-5139.

Sem LimitesA SIM Galeria abriga até 14 de fevereiro a exposiçăo “Sem Limites”, que reúne obras dos artistas Alexandre Mazza, Cleverson Oliveira, Eliane Prolik, GustavoSperidiăo, Juliana Stein, Paulo Almeida, Pjota, Rafael Alonso, Romy Pocztaruk e Tony Camargo. Entre os trabalhos estăo fotografias, vídeos, pinturas eesculturas, entre outras. Informaçőes: (41) 3322-1818.

Histórias de NanquimAté 19 de fevereiro, a Gibiteca do Centro Cultural Solar do Barăo abriga a exposiçăo “Histórias de Nanquim”. A mostra reúne os trabalhos do desenhista AndréCaliman – que mistura linguagem de quadrinhos com pinturas em nanquim. As imagens da exposiçăo săo páginas originais da H.Q. “E.L.F”, publicada nos EstadosUnidos. Informaçőes: (41) 3321-3240.

Séries Autobiográficas – Louise BourgeoisAté 19 de fevereiro, o Centro Cultural Solar do Barăo abriga a exposiçăo “Séries Autobiográficas – Louise Bourgeois”, composta por obras da artista que fazemparte do acervo municipal da capital paranaense. Informaçőes: (41) 3321-3240.

InterioresO Memorial de Curitiba abriga até 26 de fevereiro a exposiçăo “Interiores”, da artista plástica Annette Kesselring. Em suasobras, a desenhista utiliza giz pastel sobre papel, dando ęnfase nos aspectos da natureza – representando elementos comofolhas, flores, frutos e pequenos animais. Informaçőes: (41) 3321-3313.

Translúcido – Imagens e MovimentosAté 26 de fevereiro, o Museu Oscar Niemayer abriga a exposiçăo “Translúcido – Imagens e Movimentos”, composta por obras de videoarte e videoinstalaçăodos artistas Arthur Tuoto e Joăo Krefer. A atraçăo é promovida pelo Museu da Imagem e do Som do Paraná e tem curadoria do cineasta Fernando Severo e docrítico de arte Fernando Bini. Informaçőes: (41) 3350-4400.

Outras FormasAté 29 de fevereiro, o Centro Cultural Sistema Fiep abriga a exposiçăo “Outras Formas”, que exibe trabalhos de artistas quemantém um diálogo entre design e artes. A mostra traz obras que foram concebidas enquanto projeto ou executadas porterceiros. Estăo expostos trabalhos de Amilcar de Castro, Arnaldo Antunes, Emanuel Nassar e Alex Cabral, entre outros.Informaçőes: 0800 6480-088.

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Espetáculos

Shows

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MonoblocoA banda Monobloco se apresenta no Café Cura-çao, em Guaratuba, no dia 21 de janeiro. Infor-maçőes: (41) 3315-0808.

Claudia LeitteA cantora Claudia Leitte se apresenta no CaféCuraçao, em Guaratuba, no dia 28 de janeiro.Informaçőes: (41) 3315-0808.

Joăo Neto e FredericoNo dia 18 de fevereiro, a dupla sertaneja JoăoNeto e Frederico se apresenta no Hyddra LoungeBar, em Caiobá. Informaçőes: (41) 3315-0808.

Rosa de SaronNo dia 11 de fevereiro, a banda de rock cristăRosa de Saron realiza única apresentaçăo no Curi-tiba Master Hall. Informaçőes: (41) 3315-0808.

Técnicas da ImaginaçăoA Sala do Artista Popular (SAP) abriga até 2 de março a exposiçăo “Técnicas da Imaginaçăo”, mostra que reúne esculturas de diversos artistas paranaenses.As obras săo caracterizadas por reaproveitarem materiais recicláveis, como massa corrida, madeira de demoliçăo, raiz de árvores derrubadas e cerâmica.Informaçőes: (41) 3321-4743.

De Valentim a ValentimA exposiçăo “De Valentim a Valentim” fica em cartaz no Museu Oscar Niemayer até 4 de março de 2012. A mostra reúne obras de célebres escultores brasileiroscomo Valentim da Fonseca e Silva, Rodolfo Bernardelli, Victor Brecheret e Rubem Valentim, entre outros. A exposiçăo apresenta um panorama da história daescultura nacional entre os séculos XVIII e XX. Informaçőes: (41) 3350-4400.

Arcangelo Ianelli O Museu Oscar Niemayer abriga por tempo indeterminado a exposiçăo “Arcangelo Ianelli”, que reúne 19 obras que representam fases distintas dotrabalho do artista. As obras pertencem ao acervo do MON e foram doadas pela família do artista, que expressou este desejo em testamento.Informaçőes: (41) 3350-4400.

Mulheres com XNos dias 28 e 29 de janeiro, o Teatro Regina Vogue recebe o espetáculo “Mulheres com X”, apresentado pelo grupo As Olívias. As atrizes revisitam seus melhoresesquetes cômicos, utilizando um humor rápido e inteligente e sempre com muita improvisaçăo. As cenas mostram o lado mais divertido do universo feminino,com situaçőes que exploram a TPM, a maternidade, a mente inquieta e criativa das mulheres e, como năo poderia deixar de ser, a relaçăo com os homens. Entreos destaques do espetáculo, um divertido momento de bate-papo entre as atrizes, com temas sugeridos pela plateia, além de um workshop que ensina oshomens a se comportarem no fatídico “dia seguinte” ao primeiro encontro. Informaçőes: (41) 2101-8292.

Só Ria - Stand Up ComedyNos dias 11, 18 e 25 de fevereiro, um dos principais representantes do gęnero no país, Marco Zeni volta ao Teatro Regina Vogue com seu solo de Stand UpComedy falando sobre fatos do cotidiano, como: casamento, namoro, músicas, filmes entre outros assuntos. Informaçőes: (41) 2101-8292.

Santo ImprovisoDe 11 a 26 de fevereiro, o Teatro Regina Vogue recebe novamente o espetáculo “Santo Improviso”. Marco Zenni, LucasCahet e Vitor Hugo văo tirar risos da plateia, com a espontaneidade e ironia dos jogos de improvisaçăo e pequenasapresentaçőes de Stand-up. Informaçőes: (41) 2101-8292.

FernandinhoTambém no dia 11, o cantor de rock gospel Fer-nandinho se apresenta no Marumby ExpoCenter. Informaçőes: (41) 3333-1221

Paralamas do SucessoNo dia 19 de fevereiro, a banda Paralamas doSucesso se apresenta no Café Curaçao, em Gua-ratuba. Informaçőes: (41) 3315-0808.

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