documento reservado

80
Prepotência e arrogância das construtoras # 5O JUN/2O12 Ano 4 www.documentoreservado.com.br R$ 1O,OO Cirque du Soleil Página 56 Brasileiros são vaidosos e há quem gaste mais em produtos de beleza do que com a própria comida. A venda de "técnicas milagrosas" para o rejuvenescimento é a mina de dinheiro. O preço da VAIDADE Volta à tona o crime eleitoral Carta marcada na Assembleia Campanha já está nas ruas

Upload: pedro-ribeiro

Post on 11-Mar-2016

255 views

Category:

Documents


13 download

DESCRIPTION

Documento Reservado 41 30196570

TRANSCRIPT

Page 1: Documento Reservado

Prepotência e arrogância

das construtoras

# 5O JUN/2O12 Ano 4www.documentoreservado.com.br

R$ 1O,OO

Cirque du SoleilPágina 56

Brasileiros são vaidosos e há quem gaste mais em produtos debeleza do que com a própria comida. A venda de "técnicas milagrosas"para o rejuvenescimento é a mina de dinheiro.

O preço daVAIDADE

Volta à tonao crime eleitoral

Carta marcadana Assembleia

Campanha jáestá nas ruas

Page 2: Documento Reservado
Page 3: Documento Reservado
Page 4: Documento Reservado
Page 5: Documento Reservado
Page 6: Documento Reservado

6

Documento Reservado / Junho 2012

Jornalista responsável e editor-chefePedro Ribeiro

RedaçãoNorma Corrêa, Pedro Ribeiroe Lucian Haro

RevisãoNilza Batista Ferreira

ComercialJunior [email protected]

FotosFotos de Capa: Saymun SusukyShutterstock

IlustraçõesDavidson

Projeto Gráfico e DiagramaçãoGraf Digital

ImpressãoIdealiza Gráfica e Editora

Tiragem10.000 exemplaresImpresso em papel couché foscoLD 150 g, com verniz UV (capa)e couché fosco LD 90 g (miolo)

EndereçoRua João Negrão, n0. 731Cond. New York Building - 120. andar -sl. 1205 - CEP 80010-200 - Curitiba - PR

Telefones(41) 3322-5531 / 3203-5531

[email protected]

REVISTA DOCUMENTO RESERVADONº 50 - JUNHO/2012

EXPEDIENTE

Rubens Bueno acelera opassso rumo à Prefeitura

editorial

deputado federal, Rubens Bueno (PPS), dá mais um grande passo parachegar à Prefeitura de Curitiba, onde já foi candidato ao cargo por

duas vezes. Ao ser escolhido pelo governador Beto Richa (PSDB) e LucianoDucci (PSB) para compor a vice na chapa de Ducci, Bueno está mais perto doPalácio 29 de Março. Com a confirmação do PPS, são 15 partidos que apoiama reeleição do prefeito Luciano Ducci: PSB, PTB, PSL, PTC, PSD, PSB, PSDB,DEM, PP, PHS, PRP, PRB, PSDC, PMN e PTN. Segundo o candidato, esta “é afrente da coerência, de partidos unidos pela eliminação da miséria e pobrezaem Curitiba. É a frente da cidade que tem a melhor renda média, que vive empleno emprego, que tem melhor educação e que vai avançar ainda mais nospróximos quatro anos”, observa Luciano Ducci.

A revista Documento Reservado traz, nesta edição, um pequeno perfil decada candidato, bem como seus planos de governo para administrar a prefei-tura da capital. Ducci quer eliminar a pobreza, Gustavo Fruet (PDT) preten-de dar um novo rumo aos serviços de terceirização e ampliar as ações naárea de sustentabilidade. O candidato peemedebista, Rafael Greca insiste namelhoria do ensino de primeiro e segundo grau. “Queremos para Curitiba oensino praticado na Finlândia”, diz. Ratinho Junior, do PSC, acha que acidade está estagnada e que falta um planejamento a longo prazo, a exemplodas cidades da Ásia.

Ainda nesta edição, o caderno especial de automóveis que traz os lança-mentos do ano, a disputa pela Mesa Diretora da Assembléia Legislativa, onde oatual presidente, Valdir Rossoni quer permanecer no cargo, as denúncias decompra de voto do deputado federal Fernando Francischini e uma amplamatéria sobre os vices.

A reportagem de capa é sobre a vaidade. São cirurgias plásticas e técnicasde rejuvenescimento, aliado à uma mina de dinheiro e picaretagem, ou seja, aparticipação cada vez maior de falsos médicos da medicina estética.

Boa leitura!

Pedro Ribeiro

6

Documento Reservado / Junho 2012

O

Circulação Julho/2012

Page 7: Documento Reservado

7

Documento Reservado / Junho 2012

índice

34O PERIGO MORA AO LADODiante do “boom” imobiliário que to-mou conta do país nos últimos anos,construçőes que desafiam os limiteshumanos e da natureza, surgem dodia para a noite, ameaçando a segu-rança de quem vive próximo aos can-teiros de obras.

28LUIZĂO DO PT ACELERAEm Pinhais, o prefeito Luiz Goulart, oprofessor Luizăo do PT, vem trans-formando a vida dos moradores domunicípio, com novos equipamentospara lazer, ampliaçăo do número deescolas e conquistando novos empre-endedores. Para ele, a educaçăo é asenha do futuro.

38CARTAS NA MANGAA presidenta Dilma Rousseff bate firme na mesa e mandarecado aos especuladores: temos alternativas para evitarproblemas na economia brasileira.

42VIOLĘNCIA E DIREITOSVeja nesta ediçăo como foi realizada a pesquisa sobre normasculturais e atitudes em relaçăo ŕ violęncia dos direitos humanos.

52BOM E RUIMEstamos em pleno inverno. Com ele, além do frio, as doençastípicas que preocupam as autoridades da área da saúde. Pelolado bom, tem a gastronomia, que inova a cada estaçăo.

56VARIKAI, O SHOW

59SAMBATOM

32BIBINHO CONTRA-ATACAJá está tramitando no Tribunal deContas do Estado farta documenta-çăo onde o ex-diretor-geral da As-sembleia Legislativa, Abib Miguel (Bi-binho) faz uma série de denúnciascontra a atual mesa diretora coman-dada pelos deputados Valdir Rossoni(PSDB) e Plauto Miró (DEM).

24FACA NO PESCOÇOO deputado federal, Fernando Francis-chini (PSDB) continua infernizando avida dos petistas. Agora prova, comfotos, a compra de votos pelo PT emGuaraqueçaba, no que se caracterizacrime eleitoral. Segundo o “delegado”,a compra de votos beneficiou direta-mente a entăo candidata e hoje presi-dente, Dilma Rousseff.

48MATÉRIA DE CAPAA reportagem da revista DocumentoReservado foi a campo para descobrircomo anda a vaidade dos brasileiros.Tem aumentando consideravelmente onúmero de cirurgias plásticas e as “ven-das de técnicas” para rejuvenescimen-to. Uma mina de dinheiro e muita pica-retagem.

08SINTONIA FINA

60COLUNA SOCIALPor Lisley Chiquini

62AGENDA CULTURAL

66PERFILCoronel Malucelli

10CADEIRA COBIÇADAEm nome da solidariedade, o governador Beto Richa (PSDB)explica porque apoia Luciano Ducci (PSB) ŕ Prefeitura deCuritiba. Gustavo Fruet (PDT) quer realizar o sonho de serprefeito; Rafael Greca (PMDB) luta contra tudo e todos eRatinho Junior (PSC) quer chegar ao Palácio 29 de Marçopara subir a rampa do Palácio Iguaçu. Acompanhe a corridapara a Prefeitura de Curitiba.

16PARA QUE SERVE?Muito se questiona, para que serve um candidato a vice, anăo ser para cobrir viagens e férias do titular. Candidatos aprefeito de Curitiba escolhem seus vices mais por critériostécnicos do que por dono de eleitorado. Em muitos casos,săo ilustres desconhecidos, mas fiéis aos partidos.

22CUIDADO, CĂO BRAVO!Na corrida pela reeleiçăo vale tudo, certo?Pelo menos para alguns parlamentares, vale.Até Deus duvida do que eles săo capazespara permanecer no poder. Descubra, naspróximas páginas, o que há por trás daantecipaçăo da eleiçăo ŕ nova Mesa Exe-cutiva da Assembleia Legislativa do Esta-do e porque o atual presidente da Casa,deputado Valdir Rossoni (PSDB), năo querlargar o osso.

30CUSTO DA ÁGUAJá em Piraquara, o prefeito Gabriel Samaha(Gabăo, do PPS), conseguiu aprovar e rece-ber a primeira parcela pela “venda” da águapara a Sanepar. Um faturamento extra deR$ 160 mil por męs pela produçăo de água.

31MENOS JUROS Ŕ CASAO governo federal ampliou os prazos e redu-ziu ainda mais os juros para a compra dacasa própria pela Caixa Econômica Federal.Trata-se de mais um incentivo para a aquisi-çăo de unidades habitacionais.

36AGRONEGÓCIO FATURAA China é a maior parceira do agronegóciobrasileiro. De um faturamento de US$ 10,2bilhőes, a China é a responsável pela com-pra de US$ 3,4 bilhőes.

Page 8: Documento Reservado

8

Documento Reservado / Junho 2012

sintonia fina

Para o caixãoBem humorado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem comentado nosquatro cantos do país sobre sua doença e seu tratamento. Lula disse que aindatem dificuldade para falar e para engolir. Quando fala muito, a garganta dói.Quando toma água, dói, quando mastiga, dói, quando come carne dói, quandocome păo também dói, queixou-se. “Eu brinquei com o Ratinho e disse que eucomprei esse terno quando estava no hospital, preparando para usar nocaixăo”, afirmou.

Salve, mãeO prefeito Luciano Ducci ainda comemora o sucesso do programa Măe Curitibana quevenceu a etapa latino-americana do concurso internacional de boas práticas para maternida-de segura – o pręmio é promovido pela Opas e OMS. O programa ficou entre as tręs melhorese é o único, nessa categoria, a representar o Brasil. Os demais premiados săo de Imbabura(Equador) e Guarjila (El Salvador).

DelírioO pré-candidato a prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PMDB-PR) foi ousado demais ao afirmar, em entrevistaŕ Rede Massa, que pretende implantar modelo similar da educaçăo básica estabelecida na Finlândia, na Europa.

“Vamos basear nosso modelo ŕ escola ŕ Finlandesa”. Segundo Greca, naquele país a criança ingressa aos tręs anos deidade na escola. Aos seis anos, diz Greca, ela sabe ler, escrever e contar. Esperamos que o candidato tenha,

pelo menos, conscięncia do que está prometendo.

Meu pai, pai...O deputado federal, Rubens Bueno (PPS) é o vice de LucianoDucci (PSB) na campanha ŕ Prefeitura de Curitiba. Depois datrapalhada da filha, a vereadora Renata Bueno, que chegou adizer que seu pai era o único que poderia salvar a candidatura deDucci, vieram os bombeiros de plantăo e tudo voltou ŕ normalida-de. Com isso, o candidato ŕ reeleiçăo amplia seu tempo na televi-săo e rádio.

Rejeição

Page 9: Documento Reservado

9

Documento Reservado / Junho 2012

PEDRO RIBEIRO

Em nome da CivilO delegado geral da Polícia Civil,

Marcos Vinicius Michelotto fez um apeloaos policiais civis, durante o primeiro curso

oferecido pela Escola Superior de Polícia Civil(ESPC), realizado em Pato Branco. “Sintam

sempre orgulho em saber que fazem parte deum grupo especial, de uma minoria, que pode

ostentar com altivez o escudo da gloriosaPolícia Civil do Paraná. Por isso, sempre

representem a classe da melhor formapossível”, disse.

Fim damisériaEm resposta ao candidato RafaelGreca, o prefeito Luciano Duccidisse que sua campanha de reelei-çăo vai propor acabar com a po-breza e a miséria em Curitiba. “Nósteremos uma frente ampla e fare-mos em conjunto com os partidosuma campanha que tęm um grande

carro chefe: uma cidade sustentável é uma cidade sem pobreza e sem miséria. Nós jáestamos trabalhando e vamos trabalhar ainda mais para tirar as famílias que aindamoram em barracos nas beiras de rios e dar moradia digna”.

Saindo do armárioEm Săo José dos Pinhais, onde dois candidatos, Ivan Rodrigues e Luiz Carlos Setim,já colocaram seus nomes como candidatos ŕ prefeitura, agora surge uma terceiravia: Rodrigo da Rocha Loures. O industrial e ex-presidente da Federaçăo dasIndústrias do Estado do Paraná coloca seu nome para aprovaçăo do partido, o

PMDB, e sustentaque participará dopleito. Deverá con-tar com o apoio dosenador RobertoRequiăo.

No limbo 1Márcio Antônio do Nascimento é um dos mais de

40 funcionários da Assembleia Legislativa, quefazem parte do famigerado “limbo” – servidores

efetivos considerados pela mesa executiva daCasa como sem funçăo ou com baixa qualificaçăopara continuar trabalhando. É exatamente quanto

a essa justificativa que Nascimento, formado emAdministraçăo de Empresas, se revolta, porque, dizque trabalhou por mais de 36 anos na Assembleia,

na diretoria geral, no setor de tomada de contas e,finalmente, na área de fiscalizaçăo, e năo acha

que tenha baixa qualificaçăo.

No limbo 2“A história năo é nova, mas também năo envelhece.

O presidente (Rossoni), quando assumiu, em fevereirode 2011 e se intitulou paladino da moralidade. O que

ele fez foi perseguir pessoas, coagi-las para queaceitassem trabalhar no Estado sem ganhar a maispor isso. Algumas pessoas aceitaram, em razăo doconstrangimento a que foram submetidas”, conta

Nascimento, ao explicar que, para “parecer” ético,Rossoni procurou desqualificar os servidores. “Năo

agüentei a pressăo e, desde 15 de maio deste anoestou em casa, recebendo sem trabalhar”, lamenta.

Page 10: Documento Reservado

10

Documento Reservado / Junho 2012

política

m futebol e política existe

uma espécie de hierar

quia, onde os participantes do

cenário têm que esperar a sua

vez. Tentar atropelar os fatos é

uma quebra na hierarquia. Man-

tê-la é sinônimo de lealdade e

união do grupo. Luciano Ducci

(PSB) vai ser candidato à Prefei-

tura de Curitiba com uma alian-

ça de mais de uma dúzia de par-

tidos, que optaram por manter a

lealdade ao ex-vice-prefeito e atu-

al prefeito de Curitiba. O símbo-

lo maior dessa corrente é o go-

vernador Beto Richa (PSDB), que

segurou as pontas no ninho tu-

cano para bancar a candidatura

de seu ex-vice, que assumiu a Pre-

feitura da capital quando Beto

saiu para concorrer ao governo

do Estado em 2010.

Há dois anos, essa lealdade

de Beto e seu grupo a Ducci che-

gou a estremecer o partido tu-

cano, culminando com a saída

de Gustavo Fruet do ninho.

Hoje, o trabalho de Luciano

Ducci na Prefeitura de Curitiba

Beto mostra lealdade e

E

10

Documento Reservado / Junho 2012

Page 11: Documento Reservado

11

Documento Reservado / Junho 2012

DA REDAÇÃO

banca Luciano Duccié considerado uma prova de que sua candi-

datura tem poder de fogo.

Ducci manteve o ritmo de obras que foi

marca da gestão de Beto Richa. A capital para-

naense está recheada de grandes obras. E ca-

lhou de ser a assinatura de Luciano Ducci no

projeto do metrô, uma obra de R$ 2,3 bilhões,

o maior investimento na história de Curitiba

em um só projeto. Beto e Luciano iniciaram as

tratativas para o metrô, pleiteando recursos

do governo federal.

Redução da misériaO prefeito, cujo PSB é da base do governo

de Dilma Rousseff, tocou o projeto adiante e

saiu-se bem. Somente do governo federal, a

cidade terá R$ 1 bilhão a fundo perdido para o

metrô. O governo de Beto Richa vai entrar

com R$ 300 milhões, mais R$ 500 milhões vêm

da iniciativa privada por meio de uma PPP.

A presidente Dilma disse que o projeto do

Metrô Curitiba era o melhor apresentado no

PAC. Disse isso ao lado de Beto Richa e Lucia-

no Ducci, em outubro do ano passado, em

solenidade no Parque Barigui.

O metrô, mais o Hospital do Idoso, 600

km de asfalto, as obras da Copa em andamen-

to, os bons índices em educação e saúde e a

redução da miséria são os trunfos de Luciano

Ducci, que assim conquistou a confiança no

próprio grupo.

No fim de semana de 23 e 24 de junho, as

convenções foram realizadas e Luciano Ducci

já tinha garantido o apoio do PTB, PSL, PTC,

PSD, PSB, PSDB, DEM, PP, PHS, PRP, PRB, PSDC,

PMN e PTN.

“Nós teremos uma frente ampla e fare-

mos em conjunto com os partidos uma cam-

panha que têm um grande carro chefe: uma

cidade sustentável é uma cidade sem pobre-

za e sem miséria. Nós já estamos trabalhan-

do e vamos trabalhar ainda mais para tirar

as famílias que ainda moram em barracos

nas beiras de rios e dar uma moradia dig-

na”, disse Luciano Ducci.

Luciano Ducci disse que Curitiba tem que

continuar neste grande avanço. “É assim que

tem que ser: uma cidade igual a todas, onde

os pais podem cuidar bem de seus filhos,

educá-los em escola boa e morar com con-

forto e qualidade. Só desse jeito que se cons-

trói uma cidade melhor e mais justa”, com-

pletou o prefeito.

15 minutos na TVFormalizadas as alianças, Luciano Ducci

deverá contar com um batalhão de mais de

800 candidatos a vereador. O prefeito também

terá o maior tempo no programa eleitoral de

rádio e TV que começa no dia 21 de agosto. O

tempo de Luciano Ducci pode passar dos 15

minutos.

Gustavo Fruet (PDT/PT/PV ) espera ainda

o PRTB e seu tempo deve ficar em seis minu-

tos. Ratinho Júnior (PSC/PCdoB/PR/PTdoB) terá

quatro minutos. E Rafael Greca (PMDB), três

minutos. O restante dos 30 minutos serão divi-

didos entre os candidatos à prefeito do PSTU,

PCB, PSol, PCO e PPL.

Luciano Ducci disse que conta com a

boa avaliação da administração e com o

apoio do governador Beto Richa para dei-

xar a condição de terceiro colocado nas

pesquisas eleitorais na cidade. E acrescenta

também como trunfo sua boa relação com

o governo federal, de onde trouxe recursos

bilionários para obras.

O governador Beto Richa faz coro ao

pupilo e afirmou que o PSDB abriria mão

da vice em favor de outras legendas. “O

PSDB abre mão de indicar o vice de Ducci,

para darmos espaço a outros partidos que

integram a chapa. Quando deixei a prefei-

tura para me candidatar ao Governo do

Estado, fui tranquilo porque sabia o ho-

mem que eu deixaria para assumir a pre-

feitura. Luciano Ducci tem as mãos limpas

e seguras. A cada dia sua administração

me dá mais orgulho”, disse Richa. “Os nú-

meros não mentem. Temos a maior nota

nacional do Ideb, a menor taxa de mortali-

dade infantil e Curitiba reduziu a miséria

em 65%. Nunca teremos uma cidade pron-

ta e acabada, por isso queremos mais qua-

tro anos para continuar esta parceria”,

completou o governador.

Ducci deverácontar com um

batalhão demais de 800candidatos a

vereador

11

Documento Reservado / Junho 2012

Page 12: Documento Reservado

12

Documento Reservado / Junho 2012

política

Fruet alimenta o sonhode ser prefeito

12

Documento Reservado / Junho 2012

Page 13: Documento Reservado

13

Documento Reservado / Junho 2012

ara ver um sonho realizado - o de ser

prefeito de Curitiba - o ex-deputado fe

deral, Gustavo Fruet, rompeu com o PSDB do

governador Beto Richa, filiou-se ao PDT de

Osmar Dias e aliou-se ao PT de Gleisi Hoff-

mann. Aos 49 anos de idade, Fruet comemora

a marca de 10 mil seguidores no miniblog da

rede social e sua performance nas pesquisas,

onde figura em primeiro lugar, seguido de

Luciano Ducci e Ratinho Junior.

O candidato pedetista garante que o im-

bróglio de sua radical mudança, onde aliou-

se ao PT de Luiz Inacio Lula da Silva e Dilma

Rousseff, o qual foi opositor na Câmara Fe-

deral, está resolvido e sustenta que a popu-

lação curitibana soube entender isso por-

que quer mudanças. “Sempre fui bem vota-

do em Curitiba, com aumento do número

de votos em cada pleito. Foi assim como

deputado federal e ao Senado”, observou o

canditado.

As mudanças a qual Fruet se refere estão

no crescimento da capital sem um acompa-

nhamento nas inovações e nos equipamen-

tos de infraestrutura. Houve uma estagna-

ção nos últimos anos, disse. Para ele, é fun-

damental fortalecer o Instituto de Planeja-

mento e Pesquisa de Curitiba - Ippuc - con-

siderado o cérebro da cidade. No seu en-

tender, o que foi feito até agora, foram ape-

nas medidas momentâneas ligadas a pres-

sões do que a resultados.

Fruet disse que Curitiba precisa criar uma

identidade popular e que está preparado para

que isso se torne realidade. Na sua opinião, é

Ao prever umacampanha cara, Fruet

diz que não tem ninguém no governo e muito

menos estrutura econômicae de comunicação

importante criar uma boa identidade com o

servidor público. O candidato afirma que é

preciso maior fiscalização nos contratos de

terceirização, principalmente dentro do Insti-

tuto Curitiba de Informática (ICI), que terá

uma verba de R$ 1 bilhão.

SustentabilidadeEntre os principais pontos de seu

programa de governo, o candidato pedetista

sinaliza com a necessidade de desconcentra-

ção do que chama de crescimento policêntri-

co, que poderá ser implantado com incenti-

vos fiscais em algumas regiões da cidade. Para

isso, diz ele, é preciso alterar a lei de zonea-

mento. A partir daí, “teremos maior mobilida-

de para investimentos em habitações e gera-

ção de empregos”.

Fruet destaca também a importância do

conceito de sustentabilidade, de economia

verde e vai propor a transformação da Secre-

taria do Meio Ambiente na Secretaria do Sane-

amento Ambiental. Para ele, é preciso ter uma

fiscalização rigorosa junto com a Sanepar so-

bre a qualidade do sistema de saneamento

básico da cidade.

No seu programa de governo, Fruet desta-

ca três pontos prioritários: segurança, saúde e

mobilidade. Segundo ele, o prefeito tem que

assumir a responsabilidade pela segurança

pública do município. Entre as ações, está o

aumento do efetivo da Guarda Municipal. “Nós

temos um efetivo de 1,7 mil guardas munici-

pais e seria necessário o dobro”.

O candidato prevê uma eleição dura e

cara. “No meu caso, não tenho ninguém no

governo e muito menos estrutura econômica

e de comunicação. O que me sustenta é a von-

tade de mudanças e o apoio que sempre tive

dos curitibanos”, disse.

P

13

Documento Reservado / Junho 2012

Page 14: Documento Reservado

14

Documento Reservado / Junho 2012

política

14

Documento Reservado / Junho 2012

ou lutar para devolver a prefeitura aos seus moradores. Candidato puro doPMDB à Prefeitura de Curitiba, o ex-prefeito da capital, Rafael Greca, é

corajoso, ousado e passa como um trator por cima de quem o subestime. Naconvenção do partido, obteve 69 votos contra 38 de Reinhold Stephanes Junior.Durante a convenção, também foi confirmada a enfermeira e militante históricado PMDB de Curitiba, Marinalva Gonçalves da Silva, para vice de Rafael Greca. Aescolha por Marinalva atende a um pedido do senador Roberto Requião, presiden-te municipal do partido.

Greca disse que a campanha do PMDB será pautada por ideias inovadoras e“para devolver a Prefeitura de Curitiba à população”.”Vou lutar para devolver aprefeitura aos seus moradores, brigar contra a terceirização e privatização dacidade e trabalhar para implantar projetos inovadores na área social, pela cultura,resgatando o urbanismo”.

“Minha candidatura acontece graças aos verdadeiros peemedebistas, que de-

Greca, ousado e abusado

“Vou lutar para devolvera prefeitura aos

seus moradores.”(Rafael Greca)

fendem um PMDB forte, unido, sem nenhuma aliança espú-ria ou dissonante às diretrizes do PMDB nacional. Agradeço,ainda, imensamente, o apoio do senador Roberto Requião,que acreditou em mim”.

O resultado mostrou a força política do senador RobertoRequião, presidente municipal do partido, que bancou a can-didatura de Greca, enquanto vários outros membros do dire-tório, inclusive 11 dos 12 deputados estaduais da legenda,defenderam, inicialmente, a coligação com o prefeito Lucia-no Ducci (PSB) e, depois, a candidatura de Stephanes.

Apesar da disputa interna dura no partido, e a preferên-cia declarada de vários peemedebistas à reeleição de LucianoDucci, Greca disse contar com todo o partido em sua campa-nha. “Estou estendendo a mão a todos eles. Agora, a disputafoi encerrada e as palavras pesadas, que sejam jogadas foracomo facas sujas de sangue. E que brilhe a luz desse partidopara devolver luz à prefeitura de Curitiba”, disse.

O senador Requião disse que a convenção mostrou opoder do partido. “Mostrou que o PMDB tem um núcleoforte e, daqui para a frente a campanha é comum, com omelhor candidato, a melhor vice e a melhor proposta paraCuritiba. O Rafael é extraordinariamente superior a seusadversários. E o PMDB mostrou respeito a Curitiba comessa convenção”, disse, alertando que poderá enquadrarpeemedebistas que trabalharem por outro candidato. “OPMDB tem candidato e seus filiados serão cobrados a traba-lhar por esse candidato”, disse.

Requião também ironizou o fato de ter as máquinas fede-ral, estadual e municipal como adversárias nesta campanha.“Vamos colocar com clareza as propostas, o programa. Quemvota é o curitibano, não a máquina. A máquina não vai servirpara nada. A máquina deles vai se revelar uma verdadeiraSinger de pedal, uma máquina velha de costura”, provocou.“Vamos com chapa pura contra as ‘pornocoligações’ queandam por aí”, concluiu.

V

Page 15: Documento Reservado

15

Documento Reservado / Junho 2012

15

Documento Reservado / Junho 2012

Da Prefeitura ao Palácio Iguaçuão foram poucas as tentativas no senti-do de desestimular o deputado federal

Ratinho Junior (PSC) para desistir da pré-can-didatura à Prefeitura de Curitiba. Bombeirosde plantão do grupo do governador Beto Ri-cha (PSDB) e do próprio prefeito de Curitiba ecandidato à reeleição, Luciano Ducci (PSB),fizeram várias inserções oferecendo, inclusi-ve, a vice de Ducci ao jovem parlamentar quebate e não arreda o pé. “Sou candidato a pre-feito de Curitiba e não tem conversa. Pelomenos no primeiro turno”, avisa.

Os mesmos interlocutores foram falar como patriarca da família, Carlos Massa, o apresen-tador Ratinho, para que ele convencesse o filhoa desistir da intenção. Não teve jeito. “Está difí-cil tirar isso da cabeça do moleque e ele temum compromisso com os eleitores de Curitibaque o transformaram em deputado federal”,desconversa o pai. Até o próprio ex-presidenteLuiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve no progra-ma do Ratinho para falar sobre política e tentaro apoio de Junior ao PT paranaense.

Bem nas pesquisas, Ratinho Junior susten-ta sua campanha e já contratou experientespolíticos para fazer parte de sua equipe comoos históricos peemedebistas, Renato Adur eMarcelo Almeida. A campanha está nas ruas. Apergunta que se faz e nem os cientistas políti-cos conseguem responder é se os tradicionaiscuritibanos votam no PT ou em um candidatocom o nome de “Rato?”.

Ratinho Junior não pensa dessa forma.Acredita que houve uma mudança de com-portamento ao longo dos últimos anos eprova disso é sua própria carreira política.Em 2002, aos 21 anos, foi eleito o deputadoestadual mais votado pelo PPS no Paraná.Em 2006, foi eleito o segundo deputado fe-deral mais votado no Paraná. Em 2010 ree-legeu-se deputado federal, obtendo a maiorvotação no Paraná e a sexta maior do Brasil.Agora, aos 31 anos, quer ser prefeito da ca-

Ratinho Juniorquer chegarao governo do Estado.

pital paranaense. É um passo para chegarao Palácio Iguaçu, disse.

O deputado federal poderá ser a surpresado período pré-campanha. As primeiras pes-quisas eleitorais o colocaram em segundo lu-gar na preferência do eleitorado, atrás de Gus-tavo Fruet (PDT) e à frente do atual prefeito,Luciano Ducci (PSB). E o jovem já fala compropriedade sobre planejamento e urbanismo.Segundo ele, perdeu seu histórico padrão degestão e de planejamento. Pensam apenas emseus mandatos e eu faço parte de uma novasafra de políticos que pensa na frente, a exem-plo dos asiáticos, que fazem um planejamentoa longo prazo.

Questionado sobre sua experiência comoadministrador público, o jovem candidatodiz que experiência se constrói com uma boaequipe. O prefeito tem que ser um bom ges-tor de talentos, de equipes, e ser um líderque saiba se posicionar e tomar as melhoresdecisões para atender as demandas da cida-de. A experiência na política tem que sermuito bem analisada, porque muitas vezes ésinônimo de safadeza, de ladroagem, de pi-caretagem. Hoje, a política precisa muito maisde caráter, de honradez, transparência, com-prometimento com os desafios, com aquiloque a população precisa do que de qualquertipo de experiência.

N

Page 16: Documento Reservado

16

Documento Reservado / Junho 2012

política

Vice é tudo...Ao contrário do que

dizia o jargão dopersonagem do

humorista Jô Soares,no Programa da Globo“Faça Humor, não façaGuerra”, que “vice não

é nada, vice é vice”. EmCuritiba, “vice é tudo”.

Tanto é assim, que nãosão poucos os

candidatos acandidatos a vice.

A disputa é acirradaporque existe a

“maldição” de que,quem é vice, acaba

virando prefeito

humorista Jô Soares, nos bons tempos

do programa “Faça Humor não Faça

Guerra”, na Rede Globo, tinha uma persona-

gem que dizia que “vice não é nada, vice é

vice”. Era uma brincadeira, na época, em que

ser vice não representava absolutamente nada

no cenário político. Não tinha poder sobre

nada. No entanto, se o Brasil é um País de ex,

como dizem os especialistas, Curitiba é a terra

dos vices. E não é à toa que, desde a eleição de

Jaime Lerner, em 1988, que um representante

deste grupo político é eleito para a Prefeitura

de Curitiba, e se mantém no comando da ci-

dade desde então. É essa a razão para que a

disputa pela vaga de vice-prefeito, de Luciano

Ducci (PSB), para as eleições deste ano, está

acirrada. Não há político que não queira o

cargo. E a explicação é bem simples: quem é

vice-prefeito, fatalmente, vira prefeito num

futuro bem próximo. E os candidatos para

esse futuro não faltam. É uma guerra surda, de

bastidores, mas que fatalmente terá que haver

apenas um escolhido entre todos os postulan-

tes ao cargo. E não é para menos. Cassio Tani-

guchi, foi vice de Jaime Lerner; Beto Richa foi

vice de Cássio; e, agora, Luciano Ducci foi

vice de Beto. A história se repete há algum

tempo...

O

Ao longo dos anos, Curitiba deu muitos passos à frente em todos os setores, graçasà iniciativa administrativa dos seus muitos prefeitos, independente de sigla partidária

Page 17: Documento Reservado

17

Documento Reservado / Junho 2012

NORMA CORRÊA

“Vice é uma peça importante na campa-

nha, não só para alinhavar apoio do grupo

político, mas também acrescentar preciosos

minutos de tempo de TV para a propaganda

política. Quanto maior o número de partidos

gravitando em torno de uma candidatura,

maior será o potencial da chapa para vencer

uma eleição”, disse o cientista político, Luiz

Domingos da Costa, professor da Uninter. Para

ele, essa questão da disputa por ocupar o car-

go de vice-prefeito de Ducci, não é despropo-

sital. “A partir de Greca (Rafael, prefeito de

Curitiba entre 1993 a 1996 – que renunciou ao

cargo para assumir o Ministério do Turismo,

no Governo de Fernando Henrique Cardoso),

o grupo de Jaime Lerner vem se revezando no

Poder. Tudo por conta de um trabalho orienta-

do, com forte padrão em torno das necessida-

des da cidade que tem levado essas pessoas à

vitória. Além do mais, também permitir que

vice assuma o comando de Curitiba por um

determinado tempo, também contribuir para

elevar a imagem de quem pretende ser prefei-

to na sequência”, explica, ao assegurar que

esta prática (de assumir vice ou alguém do

mesmo grupo) também é comum no Governo

do Estado. “Por exemplo, Beto Richa pode se

candidatar à Presidência da República, certa-

mente, o seu vice, poderá ser um nome à sua

sucessão na administração pública paranaen-

se. Daí a oferta excessiva de vices, cujo recru-

tamento é feito num espaço restrito, para aque-

les que têm a intenção de buscar cargos majo-

ritários”, conta.

Até agora, o PMDB, o PSD, DEM e o PSDB

mantém disputa acirrada pela vaga de vice na

chapa de Ducci, que vai à reeleição. No PMDB

criou-se um racha, em razão de um grupo de-

fender que o partido deve se aliar a Luciano

Ducci, a chamada ala “Pró Ducci”, e já indica-

ram a escolha “técnica” do deputado Stephanes

Júnior para ser o vice-prefeito. “Stephanes Jr.,

Vice-prefeito É o segundo em exercício no cargo do Executivo municipal. No Brasil, esse representante é eleito pormeio de voto direto, de quatro em quatro anos, juntamente com o prefeito, de modo vinculado(Constituiçăo Federal Artigo 29, I e II). O vice-prefeito é o substituto do prefeito municipal em casode ausęncia por l icença ou outro impedimento. Pode e deve exercer funçăo dentro daadministraçăo municipal.

Relaçăo dos prefeitos de CuritibaJosé Borges de Macedo 1835 a 1838 1° Prefeito de CuritibaCândido Ferreira de Abreu 1892 a 1894 Guilherme Xavier de Miranda 1894 Cyro P. Veloso 1895 Jorge Hermano Meyer 1896 Cícero Gonçalves Marques 1896 Ignácio de Paula França 1897 InterinoManoel José Gonçalves 1897 a 1898 InterinoCícero Gonçalves Marques 1897 a 1900 Arthur de Souza Ferreira 1900 Vice Presidente da CâmaraLuiz Antonio Xavier 1900 a 1907 Antonio Rodrigues da Costa 1907 a 1908 Joaquim Pereira de Macedo 1908 a 1912 Joăo Antonio Xavier 1912 Cândido Ferreira de Abreu 1913 a 1916 Joăo Antonio Xavier 1916 Claudino R. F. dos Santos 1916 Joăo Antonio Xavier 1917 a 1920 Percy Withers 1920 Joăo Moreira Garcez 1920 a 1924 Joăo Moreira Garcez 1924 a 1928 Eurides da Cunha 1928 a 1930 Joaquim Pereira de Macedo 1930 a 1932 Outubro/1930 a Janeiro de/1932Avelino Lopes 1932 Substituto Janeiro/MarçoJoăo Lothário Meissner 1932 a 1937 Fevereiro/1932 a junho de 1937Nicolau Mader Junior 1937 Substituto Junho/1937Aluizio França 1937 Junho/1937 a Setembro/1937Carlos Heller 1937 a 1938 Setembro/1937 a Janeiro/1938Oscar Borges 1938 Fevereiro/1938 a Abril/1938Joăo Moreira Garcez 1938 a 1940 Maio/1938 a Julho/1940Angelo Lopes 1940 Rozaldo Gomes de Mello Leităo 1940 Setembro/1940Alexandre Beltrăo 1943 a 1944 Arnaldo Izidoro Beckert 1944 Resp. ExpedienteJoăo Macedo Souza 1945 Resp. ExpedienteAlô Guimarăes 1945 Algacyr Munhoz Maeder 1945 Joăo Macedo Souza 1946 Angelo Lopes 1947 Raul de Azevedo Macedo 1947 >>

Page 18: Documento Reservado

18

Documento Reservado / Junho 2012

política

além de uma opção política, também é uma

opção técnica oferecida pelo PMDB para a com-

posição da aliança. O deputado é economista

formado pela Universidade Federal do Paraná e

tem experiência em administração pública in-

ternacional: fez especializações no Instituto Fri-

derick Malman, na Alemanha e em Harward,

nos Estados Unidos, depois de cursar um MBA

em Administração, na Universidade Federal do

Rio de Janeiro. A candidatura de Stephanes é

muito importante para o PMDB pelo que repre-

senta não apenas politicamente, mas também

na área da administração pública”, reforça Alti-

no Loureiro, secretário adjunto do PMDB de

Curitiba e militante histórico do partido. Ou-

tros peemedebistas, porém, defendem a candi-

datura própria com o ex-deputado, ex-ministro

e ex-prefeito Rafael Greca.

No ninho tucano,,,,, porém, há quem enten-

da que é o partido que deve ocupar a vaga de

vice na chapa de Ducci. “O PSDB não pode

abrir mão da vice na chapa, uma vez que já

deixou de lançar candidatura própria quando

optou pelo apoio à reeleição do atual prefei-

to”, disse o secretário geral do PSDB de Curiti-

ba, deputado Mauro Moraes. Embora defenda

a indicação de um tucano para a vice de Duc-

Joăo Kracik Netto 1947 Resp. ExpedienteJoăo Macedo Souza 1947 Resp. ExpedienteJoăo Kracik Netto 1948 Resp. ExpedienteNey Leprevost 1948 Lineu do Amaral 1949 a 1951 Amâncio Moro 1951 Ernani Santiago de Oliveira 1951 Wallace Tadeu de Mello e Silva 1951 Erasto Gaertner 1951 a 1953 Mario Afonso Alves de Camargo 1952 Resp. ExpedienteJoăo Stival 1952 Resp. ExpedienteMilton Anselmo da Silva 1953 Resp. ExpedienteDr. José Luis Guerra Ręgo 1953 a 1954 Ernani Santiago de Oliveira 1954 Ney Amintas de Barros Braga 1954 a 1958 15/11/54 a 15/11/58Aristides Simăo 1958 Fev-1958 - Presidente da CâmaraElias Karam 1958 Julho/Agosto -

Vice Presidente da CâmaraEdmundo Leinig Saporski 1958 Agosto a Outubro –2ș Vice Presidente da CâmaraElias Karam 1958 Setembro a Outubro –

Vice Presidente da CâmaraIberę de Mattos 1958 a 1961 15/11/58 a 15/11/61Aristides Athayde Junior 1961 20 a 23 Janeiro -

Presidente da CâmaraErondy Sivério 1961 20/Fevereiro a 11/MarçoErondy Sivério 1962 28/Agosto a 08/OutubroIvo Arzua Pereira 1962 a 1966 15/11/62 a 16/11/66Erondy Sivério 1966 16/11/66 a 01/12/66Ivo Arzua Pereira 1966 a 1967 01/12/66 a 14/03/67Acyr Haffez José 1967 14/03/67 a 22/03/67 –

Presidente da CâmaraOmar Sabbag 1967-1971 22/03/67 a 15/03/71Edgar Dantas Pimentel 1971 16/03 a 21/03 - SubstitutoJaime Lerner 1971 a 1974 Donato Gulin 1974 Presidente da CâmaraSaul Raiz 1975 a 1979 Jaime Lerner 1979 a 1983 Maurício Fruet 1983 a 1985 Roberto Requiăo de Mello e Silva 1986 a 1988 1ș Prefeito EleitoJaime Lerner 1989 a 1992 Rafael Greca de Macedo 1993 a 1996 Cassio Taniguchi 1997 a 2000

2001-2004 Reeleito em 2001Beto Richa 2005-2008

2009-2010 Eleito em 2004Luciano Ducci 2010 Afastamento do Prefeito

Beto Richa para candidaturaao Governo do Estado

Ex-deputado, ex-ministro e ex-prefeito RafaelGreca briga, dentro do próprio partido, para sercandidato à Prefeitura de Curitiba

Page 19: Documento Reservado

19

Documento Reservado / Junho 2012

ci, Moraes afirma categoricamente que não

tem interesse na vaga. Segundo ele, nomes

fortes, como do deputado federal Fernando

Francischini, que demonstra grande interesse

em ocupar o posto,

podem colaborar com

o projeto de reeleição

do prefeito, “etapa im-

portante para as elei-

ções de 2014”, diz. O

deputado, porém,

acredita que o partido

não pode cometer erros em uma eleição que

possivelmente será decidida em dois turnos.

“Qualquer erro pode ser fatal em uma eleição

disputada por candidatos fortes”, alerta. A vaga,

contudo, já tem “olho grande” de cinco depu-

tados. Os deputados federais Fernando Fran-

cischini (PSDB) e Rubens Bueno (PPS), além

dos estaduais Ney Leprevost (PSD), Osmar

Até agora, o PMDB, o PSD, DEM e o PSDB mantém disputa acirradapela vaga vice na chapa de Ducci, que vai à reeleição. No PMDB criou-se um racha, em razão de um grupo defender que o partido deve se aliara Luciano Ducci, a chamada ala “Pró Ducci”, e já indicaram a escolha

“técnica” do deputado Stephanes Júnior para ser o vice-prefeito.

Bertoldi (DEM) e Mauro Moraes (PSDB). Ru-

bens Bueno, por enquanto, nega que queira o

cargo, justificando que o PPS tem uma pré-

candidata à Prefeitura de Curitiba, que é a sua

filha, a verea-

dora Renata

Bueno. A defi-

nição, porém,

terá definição,

até porque a

legislação elei-

toral exige, em

meados de julho, quando os grupos se lançam

para a campanha eleitoral.

Luciano Ducci toma posse no dia 30 de março de 2010, como prefeito de Curitiba Luciano Ducci e Beto Richa, já foram deputados estaduais e vice-prefeito

Deputado estadual, Ley Leprevost, do PSD,é cotado para a vice de Ducci

Deputado Stephanes Júnior briga, dentro do próprio partido,pelo apoio do PMDB a Luciano Ducci

Page 20: Documento Reservado

20

Documento Reservado / Junho 2012

política

Biografia e realizações dos Maurício Fruet (1983 a 1985)

Foi o último prefeitoeleito por indicaçăo emCuritiba. Seu partido,o PMDB venceu a elei-çăo para o Governo doEstado, com José Ri-cha. A lei eleitoral daépoca pregava que ogovernador é quemdeveria indicar o pre-feito da Capital. Mau-ricio foi um radialista

que tinha sido eleito deputado federal com 142 milvotos. A sua administraçăo ficou conhecida comoparticipativa, porque passou a ter reuniőes periódi-cas com a populaçăo, principalmente nos bairrosdiscutindo as prioridades da regiăo. Foi criado otelefone 153, para receber as sugestőes e críticasda comunidade. Pediu recursos do Projeto Cura aoBanco Nacional de Habitaçăo e investiu na áreasocial, apoiado por técnicos da Organizaçăo Mundi-al de Saúde (OMS), foram criados mais 16 postosde saúde, as creches municipais passaram a ternutricionista, assistęncia médica e odontológica.Investiu na infra-estrutura dos bairros mais afasta-dos, asfaltou ruas, aumentou a rede elétrica, aágua encanada e a captaçăo de esgoto. Na educa-çăo, foram estipuladas eleiçőes diretas nas escolasmunicipais, pais de alunos, professores e servidorespassaram a eleger os diretores. Ao concluir seumandato, Mauricio Fruet reassumiu sua vaga deDeputado Federal.

Roberto Requiăo (1985 a 1989)Primeiro prefeito elei-to depois do fim doregime militar 1964/85. Na sua adminis-traçăo a prioridade foia área social. Notransporte coletivocriou a maior frota deônibus, aumentou osterminais e baixou a

passagem de ônibus, na época foi considerada amais baixa do País. A Prefeitura, que é dona das

linhas de transporte coletivo e cede o direito aempresas particulares, estipulou o pagamento porquilômetro rodado, exigiu ônibus novos e reposi-çăo dos ônibus com vida útil vencida, a jornada detrabalho dos motoristas e cobradores foram redu-zidas para 6 horas diárias, foi criada a linha madru-gueiro e o vale transporte. Criou o Parque dasCięncias, implantou 09 escolas integrais, o CentroCultural do bairro Portăo e o Museu Municipal,criou o telefone 200-1616 para receber denunci-as de agressőes ao meio ambiente e implantou ummoderno sistema de coleta de lixo hospitalar. Osistema de saúde foi ampliado com a contrataçăode clínicos gerais, pediatras, ginecologistas e den-tistas, e o atendimento passou a ser dia e noite.Foram criadas mais creches municipais, nos bair-ros, quilômetros de valetas foram fechadas. Paraouvir a populaçăo, a Prefeitura nomeou um Ouvi-dor Geral, o segundo na historia da cidade, o pri-meiro foi em 1718, quando a cidade tinha 1.000habitantes. Ao deixar a Prefeitura, Roberto Re-quiăo foi considerado o melhor prefeito entre ascapitais do País. Em 1990 foi eleito governadordo Paraná, senador em 1994 e voltou a governaro Paraná em dois mandatos consecutivos.

Jaime Lerner (1989 a 1992)Depois de perder aeleiçăo para a Prefei-tura de Curitiba, em1985, por 10 mil vo-tos de diferençapara Roberto Re-quiăo, Jaime Lernervoltou a administrara Prefeitura pela ter-ceira vez, ao ganhar

as eleiçőes de 1988. Administrou a cidade em1971/75 e 1979/83. Nesta eleiçăo, Jaime Lernerquase teve sua candidatura impugnada pela Justi-ça Eleitoral, por causa do prazo de transferęnciade seu titulo de eleitor do Rio de Janeiro paraCuritiba. A Justiça Eleitoral lhe deu permissăo paraconcorrer ŕs vésperas da eleiçăo, que ficou famo-sa como a “Campanha dos 12 dias”, Curitiba foicoberta por coraçőes vermelhos, símbolos da can-didatura de Lerner. Apesar do pouco tempo para

divulgar sua campanha, foi eleito com 49% dosvotos. Na terceira gestăo foi criado o Programalixo que năo é lixo, a coleta seletiva separando olixo orgânico do material reciclável como: papel,papelăo, vidro, latas e plásticos; o Câmbio Verde,que trocava material reciclável por cadernos esco-lares, frutas, verduras, doces e brinquedos, umcaminhăo da prefeitura ia diariamente a um pontodeterminado em um bairro da cidade para realizara troca. Foi inaugurada a Universidade livre doMeio Ambiente (Unilivre), no bairro Pilarzinho, logose transformando num dos pontos turísticos dacidade, na inauguraçăo estava presente o Ocea-nógrafo francęs Jacques Cousteau. O sistema detransporte mais uma vez foi aprimorado, com acriaçăo da linha de ônibus ligeirinho e as estaçőestubo, aumentou as linhas expressas com a implan-taçăo dos primeiros ônibus bi articulados. O prefei-to Jaime Lerner tinha por hábito anotar todas assuas idéias em um caderninho, de onde saíramvárias obras que mudaram a cara da cidade, comoo Jardim Botânico, a Opera de Arame, a PedreiraPaulo Leminski e a Rua 24 Horas. Também surgi-ram várias áreas verdes para lazer da populaçăocomo os bosques Reinhard Maack, Gutierrez eZaninelli e o Parque Municipal do Passauna, naárea de entorno da barragem do rio Passauna quegarante o abastecimento de água de parte dapopulaçăo. Na área de saúde surgiram os Postosde Saúde 24 horas e o Laboratório de AnalisesClinicas. Quando encerrou seu mandato, contavacom o apoio da maioria da populaçăo, que ajudoua eleger o seu sucessor e mais tarde se elegeuGovernador do Estado.

Rafael Greca de Macedo (1993 a 1996)O Engenheiro RafaelGreca de Macedonasceu em Curitibano dia 17 de marçode 1956. Na suagestăo investiu naeducaçăo e cultura,criou as Liçőes Curi-

tibanas, uma coleçăo de 12 livros didáticos dis-tribuídos para os alunos de 1Ș a 4Ș séries, os

20

Documento Reservado / Junho 2012

Page 21: Documento Reservado

21

Documento Reservado / Junho 2012

prefeitos de CuritibaFaróis do Saber e Farol da Cidade. Criou a Or-questra de Musica Popular Brasileira, o Conser-vatório de Musica Popular Brasileira de Curitiba,o Teatro Novelas Curitibanas, o Museu TheodoroDe Bona, a Casa Vermelha e o Museu Metropo-litano de Arte, uma fusăo do museu Municipal deArte e do Centro Cultural do Portăo. Construiuuma serie de locais temáticos ligados ŕ imigraçăocomo o Bosque Alemăo, O Memorial da ImigraçăoJaponesa, o Parque Tingui e seu memorial Ucra-niano, a Fonte de Jerusalém, o Parque dos Tro-peiros, o Bosque de Portugal e reformou o Bos-que Săo Cristóvăo, que ganhou a denominaçăode Parque Italiano. Também foram inaugurados oBosque da Fazendinha e os Parques Caiuá, Dia-dema e Tanguá, e a linha de ônibus Turismo quepercorre os principais parques, bosques, museuse bairros da cidade, lançou os novos ônibus biarticulados com capacidade para 270 passagei-ros e sistema de som para orientar os pontos deparada. Para guardar a Historia e a Cultura deCuritiba, foi construído o Memorial da Cidade, acatedral foi restaurada e ascendeu a condiçăode Basílica Menor, as Ruínas de Săo Franciscoforam revitalizadas, a Praça Generoso Marques eo seu casario em volta e o paço Municipal foramrecuperados através do projeto Cores da Cidadeem parceria com a Fundaçăo Roberto Marinho eas Tintas Ypiranga. O Passeio Publico foi revita-lizado e o Cemitério Săo Francisco de Paula ga-nhou uma nova fachada. Na saúde, ampliou para97 o número de postos de saúde, criou a Farmá-cia Curitibana com 62 medicamentos distribuí-dos gratuitamente e reequipou o Laboratório deAnalises Clínicas do Município. Na regiăo da ruaVicente Machado ampliou a canalizaçăo do rioIvo, reformou o viaduto do Capanema e cons-truiu as Ruas da Cidadania ao lado dos terminais,que oferece serviços da Prefeitura, Sanepar,Copel e outros serviços municipais.

Cássio Taniguchi (1997 a 2004)

O Engenheiro Eletrônico forma-do pelo ITA (Instituto Tecnoló-gico da Aeronáutica) CássioTaniguchi, filho de imigrantes

que chegaram no Brasil em 1930, é natural deParaguaçu Paulista, interior de Săo Paulo, ondenasceu no dia 15 de outubro de 1941 e cresceuem meio a plantaçőes de café, em 1965 veiomorar em Curitiba. Foi eleito prefeito de Curitibano dia 03 de outubro de 1996, mas já fazia parteda administraçăo do município. Teve importanteparticipaçăo no Planejamento Urbano do Municí-pio desde o inicio da década de 1970, tendo atu-ado na área durante tręs gestőes de Jaime Lerner.No inicio dos anos 70, Cássio colocou em opera-çăo a nova Rodoferroviaria da cidade que foiconsiderada uma obra modelo no Brasil, o fatoaproximou o engenheiro Cássio do prefeito JaimeLerner. Entre 1972/75 foi diretor-presidente daURBS – Urbanizaçăo de Curitiba S.A., empresaque gerencia o transporte coletivo de Curitiba,foi presidente do Instituto de pesquisa e Plane-jamento Urbano de Curitiba – IPPUC, entre 1979/83 e 1989/92, foi também um dos responsáveispela criaçăo e implantaçăo da Cidade Industrialde Curitiba - CIC. Entre 1995/96 foi Secretáriode Planejamento, Indústria e Comércio do Esta-do do Paraná.

Beto Richa (2005 a 2010)Em 2004, aos 39anos, Carlos AlbertoRicha, Beto Richa,derrotou o candida-to do PT, Ângelo Va-nhoni, na eleiçăo mu-nicipal de Curitiba,elegendo-se prefeitocom 494.440 vo-tos, 54,78% do to-tal. Em sua primeira

gestăo, quando assumiu a frente executiva daPrefeitura, Beto aprofundou o acervo de políti-cas públicas da cidade, orientado pelo planeja-mento ambiental, e instaurou uma nova agenda,pautada na construçăo de convergęncias estru-turais nas relaçőes sociais, econômicas e cul-turais. Ainda na primeira gestăo, cr iou aSecretaria Antidrogas, que atua na prevençăo econscientizaçăo contra o tráfico e o consumo dedrogas, através de programas dirigidos a jovens e

adolescentes residentes nos bairros socialmentemais vulneráveis. Em 2008, com a elevada apro-vaçăo dos curitibanos e com o apoio de lideran-ças importantes do Paraná, Beto Richa foi reelei-to, ainda no primeiro turno, prefeito de Curitiba,com mandato até 2012, com 778.514 votos,que equivale a 77,27% dos votos válidos, derro-tando a candidata do PT, Gleisi Hoffmann, queficou com a segunda colocaçăo com 18,17 %dos votos. Essa administraçăo fica marcadapelo desenvolvimento sustentável, que determi-nou uma série de investimentos em infra-estrutu-ra social e urbana. Ŕs regiőes com os menoresindicadores de desenvolvimento humano foramdirecionados 70% dos recursos orçamentários,destacadamente nas áreas de educaçăo, saúde,moradia popular, segurança alimentar, proteçăosocial, transporte público e estrutura viária. Aprioridade no combate ŕ exclusăo foi harmoniza-da com o desenvolvimento econômico, assim comona preservaçăo ambiental. Beto Richa intensifi-cou o diálogo com a populaçăo, promovendo, emquatro anos, 245 audięncias públicas – realiza-das em todos os 75 bairros de Curitiba -, nasquais as comunidades organizadas puderam par-ticipar diretamente da definiçăo do orçamento edos programas e políticas públicas municipais.Richa concluiu a primeira etapa da Linha Verde,obra viária de 9,2 quilômetros de extensăo queintegra a cidade, instituiu o sexto corredor detransporte público e estimula a criaçăo de umnovo eixo de desenvolvimento econômico. Aobra, planejada por governos anteriores, foi exe-cutada por Beto Richa. Em 30 de março de 2010, renunciou o seu mandato na Prefeiturade Curitiba para poder concorrer ao Governodo Paraná e em 3 de outubro de 2010 foieleito governador do Estado, no primeiro turno.

Fonte: RedeCeape.org (Rede Integrada deRecursos Humanos e Centro de Apoio

Educacional) e Wikipedia (Enciclopédia livre, nainternet)

21

Documento Reservado / Junho 2012

Page 22: Documento Reservado

22

Documento Reservado / Junho 2012

política

Cartas marcadas

Na eleiçãoà nova

Mesa Executivada Assembleia,

sucessor deRossoni pode

ser ele mesmo

e o clima é de tensão para dezenas de vereadores e prefeitos

do Paraná que tentarão a reeleição neste ano, na Assembleia

Legislativa do Estado (AL) não é diferente. Com o fim anunciado demais uma gestão, tem gente por lá disposta a tudo para permane-

cer no cargo por mais um mandato. Estamos falando, aqui, de es-

tratégias baixas de campanha que vão desde a promessa de apoiopartidário nos pleitos municipais de outubro, até o pagamento de

“vales - reeleição” milionários, disfarçados de verbas de gabinete.

Tudo isso patrocinado, claro, com dinheiro público.

S

22

Documento Reservado / Junho 2012

Page 23: Documento Reservado

23

Documento Reservado / Junho 2012

Embora todos esses aspirantes à perma-nência no poder tenham suas táticas própriaspara angariar votos, nenhum parece ser tãoastuto quanto o atual presidente do Legislati-vo, o deputado Valdir Rossoni (PSDB). Elenunca escondeu de quem quer que fosse, avontade de permanecer no cargo por mais doisanos - como permite o Regimento Interno daAssembleia. Por esta, talvez, ninguém esperas-se: o tucano conseguiu alterar o estatuto daCasa e aprovar, em plenário, a antecipação dopleito à Mesa Executiva em dois meses (dedezembro para outubro).

A diferença de menos de 60 dias para oprocesso pode até parecer insignificante, masé suficiente para que ele se aproveite do fatode ainda estar no comando do diretório esta-dual do PSDB para persuadir os outros depu-tados a votarem nele. Como se daria isso? Fá-cil. Primeiro, com a promessa de apoio políti-co a quem vai correr nas eleições municipaise, depois, com “agradinhos” parlamentarescomo o que aumentou em 30% as verbas degabinete para cada deputado.

Nos bastidores, fala-se, inclusive, que Ros-soni teria começado a “amarrar” a antecipaçãoda eleição depois que um grupo de deputados,insatisfeitos com a forma como ele tem admi-nistrado a Casa, iniciou um movimento paraapresentar uma Proposta de Emenda Constitu-cional (PEC) que proibisse a reeleição à presi-dência da Assembleia. Segundo fontes da AL, aPEC já teria recebido as assinaturas de 32 dos 54parlamentares e estaria apenas à espera domomento certo para ser apresentada.

ManobraUm dos episódios que mais irritou os

deputados foi, sem sombra de dúvidas, a de-cisão do presidente de extinguir, ainda nofinal do ano passado, o pagamento de doissalários extras anuais a título de convocaçãoe desconvocação que eles recebiam – os cha-mados 14º e 15º salários. Mais do que a perdada verba de R$ 40 mil/ano, os parlamentaresreclamam em especial da forma como o tu-cano tomou a medida, sem consultar os líde-res ou, sequer, os próprios integrantes daMesa Executiva. Na avaliação dos desconten-

tes com o corte do benefício, Rossoni capita-lizou sozinho a manobra perante a opiniãopública, expondo os demais deputados aoconstrangimento de ficarem com a pecha dedefensores do privilégio.

Quando questionado sobre os reais obje-tivos da antecipação da eleição, o tucano, cla-ro, escorrega pela tangente. Ele justificou ape-nas que a medida é uma maneira de permitiruma transição mais tranquila entre quem en-tra e quem sai do poder. “Quem vier a ser opresidente da Assembleia tem que ter uma boatransição para que entenda e compreenda aparte administrativa da Casa para fazer umbom trabalho”, alegou. Ele ainda sustenta que,desta vez, a decisão foi tomada em consensocom as lideranças da Casa.

É importante deixar registrado, no entan-to, que Rossoni enfrentou um duro calváriopara conseguir convencer os colegas de ple-nário a compactuarem com seus planos. Eleprecisou procurar, por diversas vezes, as ban-cadas partidárias da Casa, a fim de tentar evi-tar a formação de uma chapa adversária queameaçasse sua candidatura.

OportunismoPara o cientista político da Universidade

Federal do Paraná (UFPR), Ricardo Oliveira, amanobra de Rossoni nada mais é do que atentativa de manter um posicionamento estra-tégico para as eleições municipais deste ano.“A Mesa diretora da Assembleia tem muita for-ça política e exerce muita influência sobre to-das as prerrogativas do poder estadual para-naense. Por isso tanta vontade de permanecer

É importante deixar registrado, no entanto, que Rossoni enfrentou um duro calvário paraconseguir convencer os colegas de plenário a compactuar com seus planos. Ele precisouprocurar, por diversas vezes, as bancadas partidárias da Casa, a fim de tentar evitar a

formação de uma chapa adversária que ameaçasse sua candidatura.

>>

23

Documento Reservado / Junho 2012

LUCIAN HARO

Page 24: Documento Reservado

24

Documento Reservado / Junho 2012

política

Crime eleitoralDeputado Fernando Francischini apresenta provas de crime eleitoral e irregularidades em

alguns procedimentos tomados pelo então superintendente da Pesca e Aquicultura no Paraná,José Wigineski, que foi substituído por José Antônio Faria de Brito, em 31 de maio

deputado federal Fernando Francischi-ni (PSDB) não perdeu o gosto pela

investigação. Com a experiência de delegadoda Polícia Federal, ele conseguiu troca no co-mando da Superintendência da Pesca e Aqui-cultura, no Paraná. Em maio, ele encaminhouofício com as denúncias contra o superinten-dente da Pasta, José Wigineski, à ministra dasRelações Institucionais da Presidência da Re-pública, Ideli Salvatti, e ao Ministério PúblicoFederal de Paranaguá. No documento, Fran-cischini diz que Wigineski havia cometidocrime eleitoral, além de identificar procedi-mento irregular. Entre as provas, o tucanoapresentou fotos tiradas durante a campanhaeleitoral de 2010, e que mostram o então supe-

rintendente da Pesca e Aquicultura do Paraná,José Wigineski, entregando carteiras de pesca-dores, que servem para receber seguro defeso,junto com material de campanha eleitoral dapresidente da República, Dilma Roussef (PT).Diante das provas, não restou outro caminhoa não ser a substituição no comando do braçodo Ministério da Pesca, no Paraná. No dia 31de maio, José Antônio Faria de Brito, assumiua Superintendência Federal de Pesca e Aqui-cultura no Estado.

Além das fotos, o deputado acumulououtras provas contra Wigineski, como porexemplo, o pedido de ressarcimento de des-pesas de hospedagem para Caroline Gualber-to, funcionária da Agil Serviços Especiais Ltda.,

e a justificativa para o pagamento é que “amesma deverá ocupar cargo de chefe de Divi-são desta SEPA”. “Existe, ainda, a questão denotas fiscais, que têm fortes indícios de seremfrias ou calçadas”, adianta, ao contar sobreum contrato assinado entre a União de Coope-rativas da Agricultura Familiar e EconomiaSolidária do Estado do Paraná, a Unicafes (deFrancisco Beltrão), e Valdecir Miester (de Cas-cavel), “para a contratação de horas técnicaspara assessoria e acompanhamento da cadeiade peixe no Paraná”. “Aconteceu que o contra-to não especifica o tipo de serviço e nem quemvai executá-lo, apenas estabelece o valor de R$19.148,80 como pagamento pelo serviço pres-tado”, observa Francischini, ao adiantar que,

José Wigineski, no alto da escada (de boné), mostra a carteira aos pescadores Nesta foto fica claro o crime eleitoral: Wigineski e os pescadores mostram ascarteiras e a propaganda eleitoral da então candidata Dilma Rousseff

O

Page 25: Documento Reservado

25

Documento Reservado / Junho 2012

NORMA CORRÊA

as notas fiscais apresentadas, porém, ultrapas-sam em mais de R$ 7 mil, o valor estipuladoinicialmente. O valor total das notas é de R$26.881,07. Isso tudo, conforme o deputado,deve ser minuciosamente investigado.

Para chegar a este desfecho, Francischinicontou que, primeiro, fez a denúncia para aministra Ideli Salvati, durante uma audiênciapública, que aconteceu na Comissão de Fisca-lização Financeira e Controle, da Câmara Fe-deral, convocada em razão de denúncias deirregularidades na compra de 28 lanchas, peloMinistério da Pesca. Naquela oportunidade, odeputado tucano pediu, ainda, que fossemesclarecidas as denúncias sobre a empresa In-tech Boating, que teria sido beneficiada pelocontrato milionário de R$ 31 milhões. Essa

mesma empresa, segundo Francischini, teriafeito uma doação de R$ 150 mil ao comitê doPT, que teria bancado parte da campanha elei-toral de Ideli, que concorria ao Governo deSanta Catarina, em 2010. De acordo com o

tucano, a auditoria do TCU (Tribunal de Con-tas da União), realizada entre junho e outubrodo ano passado, apontou que houve desper-dício de dinheiro público, quando da compradas lanchas.

Wigineski e os pescadores mostrando as carteirasde pesca e a propaganda eleitoral de Dilma Rousseff

Wigineski, sentado, troca com o pescador, apropaganda de Dilma Rousseff pela carteira da pesca

Deputado Fernando Francischini não perdeu a “mania” de investigar e encontroudiversas irregularidades na Superintendência da Pesca e Aquicultura no Paraná

Page 26: Documento Reservado

26

Documento Reservado / Junho 2012

política

no cargo”, disse o especialista. Ainda segundoOliveira, o tucano gastador quer manter seucargo para poder resolver problemas familia-res e de aliados, como o do filho dele, Rodri-go Rossoni - prefeito de Bituruna, que foi cas-sado recentemente -, por exemplo. Rodrigoteve seu mandato interrompido por abuso depoder econômico e ficará inelegível pelos pró-ximos oito anos. Para a Justiça Eleitoral, queacatou ação proposta pelo Ministério PúblicoEleitoral (MPE), o abuso está no fato de ele tercontratado 528 cabos eleitorais na campanhanum município com apenas 12.073 eleitores.

Ainda sobre a indicação de mudança nocomando da Casa com a eleição que se enca-minha, o professor da UFPR é categórico aoafirmar que, “o corporativismo ainda é o mai-or partido presente na Assembleia”, indican-do que pouca coisa deve ser mexida.

ProporcionalidadeA insatisfação com o atual método usado

para eleição da Mesa Executiva da AssembleiaLegislativa não é de hoje. Várias tentativas paramudar o processo já foram levadas à aprecia-ção dos deputados, mas sem sucesso. Em 2010,por exemplo, o deputado Tadeu Veneri (PT),apresentou uma Proposta de Emenda à Cons-tituição Estadual (PEC) que sugeria o fim dapossibilidade de reeleição para qualquer vagae a indicação individual dos parlamentaresaos cargos, como ocorre na Câmara dos De-putados e no Senado Federal. Pelo sistemaproposto, a eleição deveria seguir a proporci-onalidade das bancadas da Casa na indicaçãode deputados à Mesa. ‘’O partido ou blococom maior número de deputados teria direitode escolher o presidente, e assim por diante’’,explicou Veneri. ‘’A Constituição Estadual járespeitava esse princípio, mas foi modificadapor uma PEC em 2003, que tornou possível areeleição’’, contou.

Se a sugestão da ala petista fosse aceita, abancada do PMDB, maior partido em plenário

atualmente, seria a responsável por escolher onovo “manda-chuva” do Legislativo. E se de-pendesse deles, a indicação já estaria feita: oatual 1º vice-presidente, Artagão de Mattos LeãoJunior (PMDB), segundo indicou o deputadoStephanes Junior.

Ainda na base do governo, há adeptos da

candidatura do 1º secretário, Plauto Miró Gui-marães Filho (DEM), que teria apoio no gru-po para substituir Rossoni. O deputado tam-bém teria a simpatia do Palácio Iguaçu que,oficialmente, não interfere na eleição, mascuja posição é determinante para o resultadoeleitoral.

A Mesa Diretora do Legislativo é o órgão responsável peladireção dos trabalhos na Casa. É composta por um presidente,

1º, 2º e 3º vice-presidentes, 1º, 2º, 3º, 4º e 5º secretários.O mandato de seus membros tem duração de dois anos.

Veja quem está atualmente no poder:

1ș vice-presidenteArtagăo de Mattos

Leăo Jr (PMDB)

PresidenteValdir Rossoni (PSDB)

2ș vice-presidenteAugustinho Zucchi

(PDT)

1ș secretárioPlauto Miró uimarăes

Filho (DEM)

4ș secretárioGilson de Souza

(PSC)

3ș secretárioStephanes Junior

(PMDB)

2ș secretárioReni Pereira

(PSB)

3ș vice-presidenteDouglas Fabrício

(PPS)

26

Documento Reservado / Junho 2012

Page 27: Documento Reservado

27

Documento Reservado / Junho 2012

Page 28: Documento Reservado

28

Documento Reservado / Junho 2012

cidades

Pinhais descortina

onsciente de que a educação é a senhapara o futuro, que a escola deve ser

uma causa ampla, generosa e democrática, eque a saúde representa, acima de tudo, quali-dade de vida, o professor Luiz Goulart, prefei-to do município de Pinhais, tem pautado suaadministração nestes dois elos de ligação en-tre os desejos e expectativas da população poruma vida melhor. Neste sentido, ao oferecer,como governante, programas de educação esaúde mais eficientes, Luizão diz que seus ob-jetivos são encorajar as pessoas a adotar emanter padrões de vidas sadios, tomar suaspróprias decisões, tanto individual como co-letivamente, sempre procurando melhorar suascondições de saúde, seus conhecimentos e ascondições do meio ambiente.

Dentro desses princípios de governo, Lui- zão vem formando uma vasta constelação debenfeitorias no município e transformando oritmo de vida dos moradores de Pinhais. Maisescolas, postos de saúde e hospital, guardamunicipal, equipamentos para lazer e incenti-vos para novos empreendimentos, ampliandoa teia de ações de infraestrutura na cidade eelevando o município no ranking dos melho-res para se morar e viver do País. “Hoje, comomenor município em área territorial e umapopulação de aproximadamente 118 mil habi-tantes, estamos entre as 100 melhores cidadesbrasileiras para se fazer negócios”, comemorao prefeito.

Como grande potencial econômico da re-gião metropolitana de Curitiba, Pinhais parti-cipa da economia paranaense como a décimamaior economia do Estado e a terceira da re-gião metropolitana. Para o prefeito Luizão, es-tas conquistas, somado ao destaque da Fede-ração das Indústrias do Estado do Rio de Ja-neiro (Firjan) que apontou o município comoa segunda melhor colocação do Paraná e adécima oitava do Brasil em gestão fiscal, sãofrutos de uma administração voltada para acoletividade, sem distinção de burguesia ouplebe. “O palco do nosso sucesso é de todos”,afirma o prefeito.

Cpara novos

Luiz Goulart: ”estamos entre as 100 melhorescidades brasileiras para se fazer negócios”

Page 29: Documento Reservado

29

Documento Reservado / Junho 2012

Prefeito Luizão investe na

educação para inteligência

e saúde à qualidade de vida

SustentabilidadeO prefeito Luizăo, que administra seu município ouvindo a comunidade e com o apoio

do governo federal, tem dispensado atençăo especial ao meio ambiente e ŕ preservaçăodos mananciais de água depositados em sua área. Entende que desenvolvimento susten-tável é necessário, principalmente para atender ŕs demandas da sociedade. Antes, oscidadăos de Pinhais reclamavam que năo tinham equipamentos adequados para o lazere até mesmo para diversăo.

Hoje a realidade é outra, diz Luizăo. “Além das novas opçőes comerciais que passarama ser oferecidas, com a chegada de grandes empresas como a Havan, Mc Donalds, Condor,aliadas ao Autódromo e ao Centro de Convençőes - Expotrade - temos lugares como oCentro de Convivęncia do Idoso, os Centros de Referęncia em Assistęncia Social, Centrode Formaçăo dos Profissionais da Educaçăo, que fornecem serviços ŕ sociedade.

Mas foi a implantaçăo do Bosque Municipal que chamou ainda mais a atençăo dacomunidade. Com isso, Pinhais ganhou mais um cartăo postal e a aprovaçăo dosmoradores. Em breve, será inaugurado mais um bosque na regiăo do Alto Tarumă,anunciou o prefeito.

PEDRO RIBEIRO

horizontes empreendedores

Menos violênciaCom a criação da Guarda Municipal e

investimentos na área de segurança, Pinhaisreduziu a onda de violência que assusta eamedronta municípios de regiões metropoli-tanas. “Pinhais é vista agora pelos moradorescomo uma cidade boa para se viver porqueoferece infraestrutura necessária a uma boaqualidade de vida e atrai novos empreende-dores ao seu grande campo de oportunida-des”, observa Luizão.

A atual realidade do município de Pinhais“nos desafia e nos encoraja a aumentar aindamais nossas responsabilidades para com a

população”, diz o prefeito ao explicar o atingi-mento das principais metas propostas pelogoverno petista em termos de desenvolvimen-to, principalmente o humano, onde o municí-pio figura como o décimo quarto na lista deIDH (Índice de Desenvolvimento Humano)dos 399 municípios paranaenses.

Luizão aponta a expansão de obras emtoda a cidade, em especial para antigos pro-

blemas como o combate às constantes enchen-tes que tiravam o sono dos habitantes. Estaação, segundo o prefeito, foi encarada comoprioridade na administração, e realizou obrasde drenagem e pavimentação em vários pon-tos de risco, além da dragagem dos rios quecortam a cidade. O resultado já foi visível comas últimas chuvas, onde as obras sustentaramas fortes enchentes e enxurradas.

Page 30: Documento Reservado

30

Documento Reservado / Junho 2012

PEDRO RIBEIROcidades

Governo paga pelaprodução de água

Gabão: o dinheiro será investidona preservação do manancial

Município dePiraquara passa areceber R$ 2 milhõespor ano por ser donodo manancialabastecedor de água

município de Piraquara ampliará emR$ 2 milhões por ano (R$ 160 mil por

mês) seus recursos para investir na preserva-ção dos mananciais que abastecem de águaCuritiba e região metropolitana. A partir dejulho, o Governo do Estado, através da Com-panhia de Saneamento de Água e Esgoto, Sa-nepar, iniciará o repasse do dinheiro a Pira-quara e outros 11 municípios da região metro-politana de Curitiba, em forma de compensa-ção pela produção de água.

Gabriel Samaha, prefeito de Piraquara,explica que a decisão é inédita no País e aconquista veio através da Assembleia Legislati-va, com a PEC dos Mananciais. O município éo maior responsável pela produção da água etodo o dinheiro será investido na preservaçãodos mananciais, na rede de água, na coleta etratamento do lixo e na qualidade de vida dosmoradores da região.

Somente em habitação, através do PAC,o município de Piraquara está construindo800 unidades habitacionais no bairro Gua-rituba, justamente para preservar e não im-pactar a água que passa pelo canal extrava-sor localizado na região que tem mais de 50mil habitantes. “É seguramente o maiorprojeto de urbanização do Paraná, com sa-neamento, rede de água e luz, pavimenta-ção, transporte e regularização fundiária”,comemora o prefeito.

Os investimentos do PAC Piraquara so-

mam R$ 92 milhões, sendo R$ 6 milhões domunicípio, R$ 25 milhões do Governo doEstado, através da Cohapar e R$ 61 milhõesdo governo federal.

Gabão, como é conhecido o prefeito quetambém preside a Associação dos Municípiosdo Paraná (AMP) está em seu segundo manda-to e não pensa em continuar na política. Pelomenos por enquanto. Disse à revista Docu-mento Reservado que não tem interesse naAssembléia Legislativa, instituição que consi-dera desgastada e falida, sem oposição.

O

Page 31: Documento Reservado

31

Documento Reservado / Junho 2012

á está em pleno vigor as novas regras daCaixa Econômica Federal para financia-mentos habitacionais. A partir de agora,

os mutuários terão mais cinco anos para qui-tar os empréstimos. A Caixa ampliou o prazodo crédito habitacional de 30 anos para 35. Osempréstimos serão feitos com recursos do Sis-tema Brasileiro de Poupança e Empréstimo(SBPE). Os financiamentos do SBPE benefici-am apenas os mutuários que ganham mais deR$ 5,4 mil por mês ou que adquirirem imóveisde mais de R$ 170 mil.

A Caixa também reduziu as taxas de jurospara essas modalidades. Para imóveis finan-ciados pelo Sistema Financeiro da Habitação(SFH), as taxas caíram de 9% para 8,85% aoano. Para os imóveis fora do SFH, os jurospassaram de 10% para 9,9% ao ano.

A instituição também ampliou o prazo dosfinanciamentos para a construção de casas eapartamentos com recursos da poupança. Apartir desta semana, as construtoras e incor-poradoras terão 36 meses para pagar os em-préstimos. Antes, o prazo correspondia a 24meses. Os juros dessas linhas também foramreduzidos de 11,5% para 10,3% ao ano.

Para a construção de imóveis comerciais,os juros efetivos caíram de 14% para 13% aoano. Nas operações de financiamento para aconstrução e aquisição de imóvel para usopróprio, a empresa pagará taxa de 12,5% aoano, ante 13,5% cobrados atualmente.

DA REDAÇÃOhabitação

Mais prazo e menosjuros à casa da Caixa

Em todos os casos, o mutuário tambémpagará a Taxa Referencial (TR), juros variá-veis cobrados nos financiamentos imobiliá-rios. No entanto, as taxas efetivas podem fi-car ainda menores se o mutuário for corren-tista da Caixa.

As mudanças não valem para financiamen-tos com recursos do Fundo de Garantia doTempo de Serviço (FGTS), que inclui o Pro-grama Minha Casa, Minha Vida. Para essasmodalidades de financiamento, o prazo conti-nua 30 anos.

O vice-presidente de Governo e Habita-

ção da Caixa, José Urbano Duarte, disse queo aumento do prazo dessas linhas de crédi-to depende de aprovação do Conselho Cu-rador do FGTS. “A Caixa já pediu autoriza-ção ao Conselho Curador para aumentar oprazo.”

De acordo com o vice-presidente, a Caixaestima em R$ 96 bilhões a concessão de finan-ciamentos habitacionais para este ano, anteR$ 80 bilhões do ano passado. Até maio, ainstituição havia emprestado R$ 36,7 bilhões,contra R$ 25 bilhões nos cinco primeiros me-ses do ano passado.

J

Para imóveis financiados pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), as taxas caíram de 9%para 8,85% ao ano. Para os imóveis fora do SFH, os juros passaram de 10% para 9,9% ao ano.

Page 32: Documento Reservado

32

Documento Reservado / Junho 2012

política

documento denúncia encaminhadopelo ex-diretor-geral da Assembleia

Legislativa, Abib Miguel, aos deputados Val-dir Rossoni (PSDB) e Plauto Miró (DEM), pre-sidente e primeiro-secretário da AssembleiaLegislativa do Paraná, e divulgado com ex-clusividade pela revista Documento Reserva-do, tramita agora no Tribunal de Contas doEstado. No relatório, Bibinho reforça os pe-didos de explicações sobre a suposta econo-mia financeira que a mesa executiva da Casadiz que está fazendo, entre outras ações queconsidera ilícitas.

O pedido de providências foi protocola-do no dia 11 de junho no Tribunal de Contas,pelo advogado Joe Robson Coppi, que repre-senta o ex-diretor-geral da Assembleia Legisla-tiva, Abib Miguel. No documento, o denunci-ante pede para que a Mesa diretora expliqueas “economias” que afirmaram ter feito e que,segundo eles, ultrapassa R$ 100 milhões.

Para o advogado,”tal economia é fantasio-sa, fruto de um delírio. É mais um mecanismoeleitoreiro para antecipação de campanha, efaz com que as ilegalidades floresçam a cadapasso da empreitada”. Coppi denuncia tambémirregularidades na contratação da empresa desegurança Embrasil, na reforma do telhado daCasa, no asfalto colocado na área de estaciona-mento do prédio do Legislativo, e na campanhapublicitária para divulgar essa economia.

O

Bibinho fazdenúncias no TCE

Advogado de Abib Miguel, Joe Copp, protocola reclamação,com pedido de providências, no Tribunal de Contas do Estado,

sobre a nova administração da Assembleia Legislativa

Adianta ainda que corre na Justiça do Es-tado uma ação de reparo de danos trabalhis-tas que pode chegar a R$ 4 bilhões, o quedeverá ser, certamente, a maior ação de inde-nização da história do País.

De acordo com o advogado, o contratode terceirização da segurança da AL, com aEmbrasil – Empresa Brasileira de SegurançaLtda –, precisa ser explicado. Esse contrato

com a empresa de segurança, que foi assina-do em dezembro de 2010, com validade paradois anos, estava superfaturado, denuncia Bi-binho. “O contrato originário era para doispostos de trabalho, a um custo unitário deR$ 3.300,00. Mas, a atual gestão firmou umaditivo contratual e aumentou para 19 pos-tos, elevando (em fevereiro), também o cus-to unitário em cerca de 260%, ou seja, R$8.566,24”, conta.

Além desse processo que corre no TCE, oadvogado assina outra ação popular, desta vezno Tribunal de Justiça, questionando um pos-sível privilégio no repasse de informações doMinistério Público do Estado, ao jornal Gazetado Povo. Esta ação, já teve um parecer da juízaVanessa Camargo, que extinguiu o processoalegando que não haveria danos patrimoniaisaparentes aos envolvidos no caso.

Telhado de ouroEm fevereiro deste ano, o primeiro-secre-

tário da Assembleia Legislativa, deputado Plau-to Miró, divulgou notícia de que o telhado daAssembleia Legislativa precisava de reparosurgentes. De acordo com o deputado, alémde rachaduras, telhas quebradas, falta de pin-tura, janelas enferrujadas e outros problemasestavam comprometendo os três prédios quecompõem o Poder Legislativo. Por isso, o pre-sidente da casa determinou em caráter emer-

Ex-diretor geral da Assembleia Legislativa,Abib Miguel é autor de várias ações na Justiça,

questionando a conduta da atual diretoria da AL

Page 33: Documento Reservado

33

Documento Reservado / Junho 2012

NORMA CORRÊA

gencial a manutenção e os reparos nas cober-turas.

O trabalho foi feito e, para isso, a mesaexecutiva pagou R$ 271 mil. No entanto, oadvogado de Bibinho, Joe Coppi, assegura queesta é mais uma irregularidade. Segundo ele,apenas algumas “coisas” foram trocadas, comomadeirame e duas ou três telhas, o que nãojustificaria o gasto. “O telhado foi apenas lava-do e há imagens gravadas disso. Outro agra-vante, é que uma reforma já havia sido feita,no mesmo local. Neste caso, por se tratarde um órgão público, todo e qualquer serviçoprestado tem garantia legal de cinco anos.Então, a direção da Assembleia deveria teracionado a empresa que fez o serviço de repa-ro e ter cobrado a garantia, e não pagaria nadaa mais por isso”, disse, contando que, a em-presa que fez o trabalho deve acionar, na Jus-tiça, a mesa executiva da AL, porque o empre-sário alega que teve imagem denegrida. “Nãoacionaram a garantia e espalharam que o tra-balho foi mal feito. Isso é afronta, porque oempresário está tendo dificuldades em expli-car essa situação”, acrescenta.

Na mesma linha, Coppi conta que tam-bém deverão ser dadas explicações sobre as

obras de pavimentação asfáltica num peque-no trecho do estacionamento da Assembleia.De acordo com o advogado, para esta “obra”foram pagos R$ 391 mil para colocação denova manta que, segundo ele, custaria muito

menos que R$ 80 mil. “Também neste caso évisível o superfaturamento”, assegura.

Ainda conforme o advogado, como se nãobastasse o “desperdício de dinheiro público”,toda a “manobra” foi feita como marketingpolítico, inclusive o pagamento de mais de R$

94 mil em outdoors, alguns em Curitiba, emaior parte em Ponta Grossa (base eleitoraldo primeiro-secretário, Plauto Miró), falandosobre a suposta economia de R$ 90 milhões.“Isso tudo, aliado ao aumento de verba degabinete, em quase R$ 20 mil para cada um

dos 54 deputados, faz parte da campanha dereeleição dessa mesa executiva da Assembleia”,disse. Concluiu ainda, que a ilegalidade queestá sendo cometida na AL está materializadapor várias provas, que fazem parte da peçaprocessual. Os deputados Plauto Miró e Valdir Rossoni são alvos de ações de autoria do ex-diretor da Casa, Abib Miguel

Em Ponta Grossa, vários outdoors agradeciam apenas ao deputado Plauto Miró a economia de R$ 90 milhões

De acordo com o advogado, ocontrato de terceirização da

segurança da AL, com aEmbrasil – Empresa Brasileirade Segurança Ltda. –, precisa

ser explicado

Page 34: Documento Reservado

34

Documento Reservado / Junho 2012

construção civil

GIGANTES URBANOSCom eles ninguém podeQuem não se lembra da imensa cratera que se abriu numcanteiro de obras, durante a madrugada, assustandomoradores da região e deixando o trânsito complicado naqueletrecho da via por vários dias?

s dias de trabalho da vendedora Daiane de Souza não são mais os mes-mos. A loja de roupas íntimas em que ela trabalha fica ao lado de

uma grande construção, numa das mais movimentadas quadras daAvenida João Gualberto, no bairro Juvevê, em Curitiba. Não bastas-se o incômodo pelo bate-estaca constante, o local ficou conhecidopor protagonizar um drama em meados de junho do ano passado.Quem não se lembra da imensa cratera que se abriu num canteiro deobras, durante a madrugada, assustando moradores da região edeixando o trânsito complicado naquele trecho da via por váriosdias? Pois bem, até hoje o assunto não foi completamente esclareci-do, muito menos as reais causas do acidente divulgadas.

Uma combinação de fatores teria ocasionado o surgimento doburaco, segundo afirmou a empreiteira responsável pelo projeto,que chegou a culpar a Sanepar pelos transtornos. Problemas deinfiltração no subsolo da avenida aparecem como a principal causada rachadura, tendo sido possivelmente agravada pelas condiçõesna estrutura da obra.

Um ano depois do acontecido, a enorme cratera de 30 metros decomprimento, 5 metros de largura e quase 6 metros de profundidadejá não está mais lá. No seu lugar, um grande e imponente prédiocomercial de 20 andares - o que não quer dizer que o perigo acabou.“Ouço muitos barulhos e as rachaduras não param de aparecer nasparedes da loja”, disse a vendedora.

Pelo que revelou a locatária do espaço, que pediu para não seridentificada, a Defesa Civil inspecionou o local depois do acidente eliberou a loja para funcionar, pois não haveria mais riscos. Ela prefe-re não falar mais sobre o assunto, mas deixou escapar que “caso algoaconteça, os responsáveis serão eles (a Defesa Civil)”.

A poucos metros dali, no terreno que fica atrás de onde o

O

FO

TO

: FELIP

E R

OSA

Page 35: Documento Reservado

35

Documento Reservado / Junho 2012

LUCIAN HARO

Prepotência da Thá e Rossi

Na Avenida Iguaçu, esquina com a rua Bento Vianna, a Thá e a paulista Rossi erguemum edifício. Alí, a bronca é grande e o pior de tudo é que os empreiteiros, engenheirose advogados, estão pouco se lixando com os moradores de residências e prédioslocalizados nas imediações e que estão sofrendo danos com as escavações. Apenasdizem que vão realizar os consertos, mas ignoram a extensão dos mesmos. Rachaduras,canos de água e esgoto estourados, moradores que já tiveram que arcar com reparos enão foram ressarcidos. Se acham os donos do mundo e parece que a Prefeitura deCuritiba está do lado deles. Infelizmente.

buraco se abriu, o susto também foi grande.O zelador de um prédio residencial, JoséManoel, conta que foram poucos os danos

causados à estrutura da edificação, mas quealguns moradores precisaram deixar o lo-

cal às pressas por precaução. “Agora jáestá tudo resolvido, mas foi bem com-

plicado. Temos muitos idosos mo-rando aqui”, disse ele. Manoel ain-

da lembrou que a construção temcerca de uma década e ficou pa-

rada por quatro anos. “Nuncatinha dado problema”, com-

pletou o zelador.E não são apenas os

moradores do Juvevê quesofrem por vizinhar comgrandes edificações, não.Existem, atualmente, nacidade, mais de 3.100 gran-des obras sendo tocadas,de acordo com o Sindica-to da Indústria da Constru-ção Civil no Paraná (Sin-duscon-PR). O que repre-senta centenas de outraspessoas passando pelos

mesmos problemas. Mais do que rachadurasnas paredes e buracos na rua, queremos tra-tar, aqui, de outro problema bem mais grave,escondido em meio aos tapumes e sacos decimento que vemos entrar e sair desses terre-nos em centros urbanos. Estamos falando daconstrução indiscriminada de prédios imen-sos em espaços onde os olhos humanos diri-am que caberia, no máximo, uma boa casaconfortável.

Basta andar pelas ruas da cidade e per-ceber que pequenos terrenos são usadospara a construção de monstruosas edifica-ções, que, claro, ficam esmagadas em meioa um lugar que não seria para elas, e desafi-am os limites humanos e da natureza. Sãomuito raras, para não dizer nulas, as empre-sas que se preocupam também com o bemestar dos moradores que há anos ocupam a

vizinhança. Dão valor apenas à conquistade novos inquilinos e novas unidades ven-didas.

Motivo de espanto, também, é o fato de aprefeitura da cidade não fazer nenhum tipo defiscalização espontânea durante a construçãode prédios e edifícios. Apenas no caso de de-núncia, é que uma equipe de técnicos da Co-missão de Segurança de Edificações e Imóveis(Cosedi) vai vistoriar os canteiros de obras. Antesde começar a operar as máquinas, no entanto,a empreiteira precisa solicitar à secretaria deUrbanismo um alvará para realizar a constru-ção. Essa liberação pode incluir restrições aotamanho ou ao tipo do empreendimento, con-forme o zoneamento urbano. Somente ao fimdos trabalhos, a secretaria e a Cosedi verificamse o edifício foi construído conforme as especi-ficações técnicas do alvará.

Suspeitas de irregularidades em construções devem ser informadaspelo número 156 da prefeitura. Durante o ano passado inteiro, a

Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis (Cosedi) recebeucerca de 500 chamados. Destes, cerca de 10% foram para essa questãode obras que geraram algum problema, como o caso da João Gualberto.

Neste ano, a central já recebeu 50 denúncias desse tipo.

Page 36: Documento Reservado

36

Documento Reservado / Junho 2012

agricultura

Agronegócio faturaUS$ 10,2 bilhões em exportações

Maior comprador do Brasilé a China, com US$ 3,4 bi

Desafio do séculoAssegurar o acesso mundial à alimentação, face ao impacto das mudanças climáticas, deve ser um dos maiores desafios desse século.

Atualmente 850 milhões de pessoas passam fome no mundo. Dessas, 820 milhões vivem em países em desenvolvimento, que também serãoos mais afetados pela mudança no clima. Governos, organizações internacionais, sociedade civil, setor privado e outros atores devemtrabalhar juntos para enfrentar esses desafios e desenvolver estratégias apropriadas de combate.

agronegócio brasileiro está franco cres-cimento. Em maio, as vendas ao exte-

rior somaram US$ 10,26 bilhões, resultado21,2% maior que o alcançado de maio anopassado e superior ao recorde anterior, deagosto de 2011, com exportações de US$ 9,84bilhões. Com a redução de 14,1% nas impor-tações, que ficaram em US$ 1,34 bilhão, o sal-do comercial do setor fechou maio em US$8,92 bilhões.

Dados do Ministério da Agricultura mos-tram que no acumulado dos últimos 12 meses,as exportações brasileiras do agronegócio cres-ceram 17,9%, chegando a US$ 97,4 bilhões. Asimportações aumentaram 13,9% e fecharamem US$ 17,4 bilhões, resultando em saldo co-mercial, entre junho de 2011 e maio deste ano,US$ 80 bilhões.

Segundo relatório produzido pela Secreta-ria de Relações Internacionais do Agronegó-cio, do Ministério da Agricultura, “o recordedas exportações do agronegócio em maio foiobtido, principalmente, em função da amplia-ção das exportações do complexo soja”, queaumentou suas vendas em US$ 1,52 bilhão e

respondeu por cerca de 90% do incrementototal das exportações do agronegócio, que foiUS$ 1,79 bilhões. Sozinho, o complexo sojaexportou US$ 4,9 bilhões, equivalente a 47,7%dos embarques feitos em maio.

O segundo setor que mais vendeu para oexterior foi o de carnes, com US$ 1,45 bilhão;

seguido pelo complexo sucroalcooleiro (açú-car e etanol), com US$ 1,08 bilhão; produtosflorestais, com US$ 771 milhões; e café, comUS$ 495 milhões. Juntos, os cinco produtosmais vendidos tiveram participação de 84,7%no valor total das vendas do agronegócio. Osdois últimos apresentaram redução nas ven-

O

Page 37: Documento Reservado

37

Documento Reservado / Junho 2012

DA REDAÇÃO

A seca pegou valendo a safra do Paraná eos prejuízos foram grandes- acima dos R$ 5bilhões em valor da produção. Não forammaiores – até mesmo em relação a outrosestados – porque além da alta dos preçosinternacionais, os produtores do Paraná fo-ram os que mais se utilizaram do seguro(37,25% dos contratos de todo o país, em2011). Mesmo assim esta segurança foi insu-ficiente porque o sistema ainda não está fir-memente implantado. Quando da votaçãodo orçamento no Congresso, os recursospropostos pelo Governo para subsídio doprêmio foram cortados, como em anos ante-riores, afastando seguradoras. Elas tambémnão contam ainda com o “fundo de catástro-fe” para prevenir quebras de empresas emcaso de violentos desastres ambientais, con-forme estabelecido em lei.

Alem da seca, que é esporádica, contri-bui igualmente para redução de nossa rendano meio rural. as delongas infindáveis parasolução de nossos problemas de logística,que incidem de forma perversa na formaçãodos preços pagos aos produtores. Não é ape-nas o porto de Paranaguá, nossa saída paraas exportações com filas de navios cobrandosobre-estadias (demurrage) em diárias de de-zenas de milhares de dólares. Toda a malharodoviária que cobra pedágios escorchantese ainda assim não duplicada, e as ferroviasdefasadas no tempo cujas tarifas são maioresque as cobradas pelos caminhoneiros.

Tudo isso conspira contra as oportunida-des que podem se abrir ao nosso estado nomercado internacional, ávido por grãos e car-nes. Oportunidades que, a curto prazo, estãoameaçadas também pela crise internacional.

O maior mercado para produtos brasi-leiros, a China, está estrategicamente desace-lerando o seu crescimento para evitar que opasso maior do que as pernas inviabilize oseu modelo econômico. Portanto, os chine-ses devem reduzir a sua demanda por grãos,especialmente, soja e carnes.

A União Europeia a cada dia revela umamá notícia e o seu encolhimento econômicotambém implica na redução da demanda. Ea União Europeia é também grande clientede nossos produtos.

Isso revela o grande dilema do produ-tor rural: crescer ou não crescer. Os preços– tanto interno como externos - ainda estãomuito interessantes para desestimular umafreada na produção, mesmo com a alta dospreços dos insumos, notadamente os fertili-zantes. Mas, e o futuro próximo, a próximasafra de verão com toda esta conjuntura des-favorável internacionalmente e com a eco-nomia brasileira dando efetivos sinais deestagnação?

Cada vez mais o produtor rural precisaperscrutar o que indica o mercado futuro.Talvez não seja o momento de lançar-se de-sabridamente para um crescimento da suaprodução sem a certeza de colocação de seuproduto.

A situação do mundo e do Brasil exigecerta cautela para contornar uma possívelqueda de preços influenciada pela crise que,ao invés de dar sinais de arrefecer, mostraque pode se agravar.

* Ágide Meneguetteé presidente da Federação

da Agricultura do Estadodo Paraná - FAEP

das em relação a maio de 2011, de 8,6% e30,6%, respectivamente.

Só a China, maior compradora dos pro-dutos do agronegócio brasileiro, aumentousuas compras em 57,8% na comparação demaio de 2011 com o mesmo mês deste ano,com US$ 3,4 bilhões em compras. Em segui-da, mas com valores bem menores, aparecemos Países Baixos (US$ 537,6 milhões), EstadosUnidos (US$ 530,8 milhões) e a Rússia (US$419,9 milhões).

Agricultura familiarPara incentivar a agricultura familiar bra-

sileira, o ministro do Desenvolvimento Agrá-rio, Pepe Vargas, afirmou, após reunião noPalácio do Planalto com a presidenta DilmaRousseff e representantes do Grito da TerraBrasil 2012, que o governo vai liberar R$ 22bilhões para ações de apoio à agricultura fa-miliar.

Deste total, R$ 18 bilhões serão destina-dos para o crédito no âmbito do Plano Safra2012/2013. Segundo Pepe Vargas, o limite decrédito para o agricultor familiar vai passar deR$ 50 mil para R$ 80 mil. Serão destinadosainda R$ 1,2 bilhão para o Programa de Aqui-sição de Alimentos, R$ 1,1 bilhão para a com-pra de alimentos para escolas e R$ 542 mi-lhões para a assistência técnica.

Pepe Vargas anunciou que o programaMinha Casa, Minha Vida também vai incluir asmoradias nos assentamentos. “É um novomodelo, nós estamos colocando o Minha Casa,Minha Vida na reforma agrária”, explicou.

O ministro acrescentou que os recursospara a obtenção de terras para a reforma agrá-ria não serão contingenciados. “Em relação àquestão agrária, não há nenhum contingenci-amento dos recursos previstos no orçamentode 2012 no que tange à obtenção de terraspara fins de assentamentos agrários. Nós te-mos um orçamento de R$ 706,5 milhões quenão sofrerá nenhum contingenciamento”.

ARTIGO

O risco de crescerÁgide Meneguette *

Page 38: Documento Reservado

38

Documento Reservado / Junho 2012

DA REDAÇÃOeconomia

reocupada com boatos sobre crise eco-nômica, a presidenta Dilma Rousseff

sustentou que quem quiser tirar proveitoda crise econômica internacional vai per-der. “O governo possui um arsenal de medi-das que podem ser utilizadas quando fornecessário para combater os efeitos da cri-se”, garantiu.

“Quem aposta na crise, como alguns apos-taram há quatro anos atrás, vai perder de novo.Enfrentaremos novas dificuldades com trans-parência, sem esconder os problemas, mascom metódica e cuidadosa ação governamen-tal (…) O Brasil vai se manter no rumo, asmedidas necessárias estão sendo tomadas eainda temos um arsenal de providências queserão adotadas quando necessário”, disse apresidenta.

Segundo Dilma, o Brasil vai enfrentar asegunda onda da crise internacional com maissabedoria e melhores instrumentos. A presi-denta afirmou que, sistematicamente, serãoadotadas medidas para expandir o investimen-

Alerta a especuladores

to público e estimular o investimento privadoe o consumo das famílias.

Dilma afirmou ainda que a crise econô-mica internacional não pode servir de pre-texto para interromper a proteção ao meioambiente.

“Nós sabemos que é possível enfrentar essacrise e continuar defendendo o desenvolvi-mento sustentável. A crise não pode ser umargumento para que se interrompam as medi-das de proteção ao meio ambiente, como nãopode ser um argumento para que se interrom-pam as políticas de inclusão social”.

PIB enfraqueceO mercado vem reduzindo a estimativa

para o PIB (Produto Interno Bruto).A projeçãopara o PIB (a soma de todas as riquezas produ-zidas por um país) de 2012 foi reduzida de2,99%, para 2,72% hoje. Para 2013, a estimati-va foi mantida em 4,50%.

O otimismo com relação à economia per-

de força mais uma vez após divulgação doresultado do PIB no primeiro trimestre, quecresceu apenas 0,2% na relação com o quartotrimestre e subiu 0,8% com o mesmo períodode 2011.

A projeção deste ano para inflação oficial(medida pelo Índice de Preços ao Consumi-dor Amplo, o IPCA) também caiu, passandode 5,17%, na semana passada, para 5,15%. Para2013, a previsão ficou em 5,60%. O centro dameta do governo para este ano é de 4,5% e oteto, 6,5%.

Já a previsão para a taxa básica de juros,a Selic, neste ano, foi mantida em 8% (amínima histórica foi de 8,75% em 2009), pelaterceira semana seguida. Para 2013, foi re-duzida de 9,5%, na semana passada, para9,38% hoje.

A projeção para o valor do dólar em2012 se manteve em R$ 1,90. Para 2013, foielevada de R$ 1,85, na semana passada, paraR$ 1,87 hoje.

A projeção deste ano para inflação oficial (medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo,o IPCA) também caiu, passando de 5,17%, na semana passada, para 5,15%

P

Segundo apresidenta DilmaRousseff, oBrasil vaienfrentar asegunda ondada criseinternacionalcom maissabedoria emelhoresinstrumentos

Page 39: Documento Reservado

39

Documento Reservado / Junho 2012

De acordo com o secretário de Vigilância em

Saúde, Jarbas Barbosa, com a camisinha feminina,

a mulher passa a decidir sobre o uso do preservativo,

não deixando a escolha apenas com o homem

Ministério da Saúde vai distribuir 2,2 milhões de preserva-

tivos femininos para os estados e o Distrito Federal. É o

primeiro lote, do total de 20 milhões de unidades que serão distri-

buídas este ano.

Terão prioridade as profissionais do sexo, mulheres que

convivem com doenças sexualmente transmissíveis, usuárias de

drogas e pessoas atendidas pelo sistema prisional. Essa camisi-

nha também pode ser uma opção para mulheres que tenham

dificuldade de negociar o uso do preservativo masculino com o

parceiro.

De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas

Barbosa, com a camisinha feminina, a mulher passa a decidir sobre

o uso do preservativo, não deixando a escolha apenas com o ho-

mem. “É uma estratégia que faz parte da política brasileira de ampli-

ar as opções de proteção às doenças sexualmente transmissíveis”.

Desde 1997, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária

(Anvisa) aprovou a comercialização da camisinha feminina no Bra-

sil, o Ministério da Saúde distribuiu cerca de 16 milhões de unida-

des em todo o país. A meta para este ano é 25% maior do que o total

já adquirido pela pasta.

A distribuição de preservativos masculinos atingiu a marca

de 493 milhões de unidades no ano passado, 45% a mais do que

em 2010.

DA REDAÇÃOsaúde

Camisinhas femininasO

Page 40: Documento Reservado

40

Documento Reservado / Junho 2012

Page 41: Documento Reservado

41

Documento Reservado / Junho 2012

Page 42: Documento Reservado

42

Documento Reservado / Junho 2012

comportamento

Violação de direitoshumanos e violência

Núcleo de Estudos da Violência da Uni-versidade de São Paulo (NEV/USP),

acaba de lançar a “Pesquisa Nacional por Amos-tragem Domiciliar sobre Atitudes, NormasCulturais e Valores em Relação à Violação deDireitos Humanos e Violência”. O estudo foifeito em 11 Capitais de Estado”. O objetivodesta pesquisa é examinar as relações entreser vítima de violência (quer por testemunhar,quer por ser vítima direta) e atitudes, normase valores em relação à violência e aos direitoshumanos e às instituições encarregadas degarantir a segurança dos cidadãos.

Além de monitorar o impacto que a contí-nua exposição à violência temsobre a percepção, atitudes

e valores, esta pesqui-

sa pode auxiliar na identificação e desenvolvi-mento de programas de prevenção à violênciae de campanhas educativas para minimizar osefeitos/riscos da violência, sensibilizar os en-carregados da aplicação das leis para a per-cepção que a população tem do desempenhode suas instituições e o impacto desta percep-ção sobre a credibilidade delas, e apontar fa-tores, até então subestimados, na reproduçãoda violência. Os dados coletados podem tam-bém auxiliar na disseminação de temas pre-sentes no Programa Nacional dos Direitos Hu-manos e na implementação de programas edu-cacionais voltados aos direitos humanos.

Este Survey foi originalmente aplica-do em 1999, em 10 capitais de estados

brasileiros - Porto Alegre, São Paulo,Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Sal-

vador, Recife, Belém, Manaus,Porto Velho e Goiânia. Em

2001, uma versão ampliadado questionário foi aplica-

da aos moradores da ci-

dade de São Paulo. Este questionário passou aser o questionário padrão e foi novamenteutilizado em 2003, 2006, 2008.

Em 2010, foi aplicado em 11 capitais deestados brasileiros - as dez capitais citadas an-teriormente, tendo sido incluída a cidade deFortaleza -, o que permitiu que se traçassemcomparações com os dados de 1999. Foramrealizadas em 2010, 4025 entrevistas domicilia-res com pessoas residentes nestas capitais, com16 anos ou mais, selecionados segundo o per-fil demográfico dos respectivos setores censi-tários. Para a seleção destes setores foi utiliza-da a técnica probabilística.

Graves violaçõesNos últimos 15 anos o país vivenciou um

período de intenso esforço em direção à uni-versalização do acesso aos direitos humanos eà superação das graves violações. Quer atra-vés da formulação de Programas Nacionais deDireitos Humanos, quer pela criação da Se-cretaria de Estado de Direitos Humanos, pelasSecretarias dedicadas a temas específicos (daMulher, da Integração Racial, entre outras) ouatravés de programas especiais voltados paraproblemas específicos: erradicação do traba-lho infantil, do trabalho escravo, da tortura,da exploração sexual, do tráfico de seres hu-manos etc.

Neste período, entretanto, a violência e ainsegurança que ela provoca, permanece-

ram como problemas a consumir recursosdas diferentes esferas de governo e da so-

O

42

Documento Reservado / Junho 2012

Page 43: Documento Reservado

43

Documento Reservado / Junho 2012

DA REDAÇÃO

ciedade. Ao lon-go dos últimos 20

anos, a violência urba-na cresceu em quase todas

as capitais do Brasil, em parti-cular nas regiões metropolitanas

e, apesar de ter diminuído sensivel-mente em algumas, em outras ocor-reu fenômeno oposto.

O estudo das relações entre o con-tato com a violência e as atitudes, va-lores e normas culturais em relaçãoaos direitos humanos visa monitoraro impacto da violência sobre estasatitudes e informar tanto o planeja-mento de programas, que tem como

objetivo ampliar o acesso aos direi-tos, como a comunicação com a sociedade,

pois o apoio desta é vital para que se atinjamesses objetivo.

Como a pesquisa é extensa, mais de 400páginas, a revista Documento Reservado fazum resumo dos principais temas visando ori-entar o leitor. Como abertura dessa síntese,escolhemos o tema violência e as vítimas.Acompanhe, pela pesquisa, a avaliação da evo-lução da violência:

ViolênciaA violência tem sido apontada como um

dos principais problemas do país em diferen-tes pesquisas de opinião, ao longo dos últi-mos vinte anos. O tema da violência sempre

aparece entre os 5 principais problemas, jun-to à saúde, educação, desemprego, corrupçãoetc. No entanto, a posição que o tema violên-cia ocupa nesses rankings de problemas naci-onais tem variado ao longo dos anos.

Na última déca-da, o país testemu-nhou uma reversãona tendência decrescimento das ta-xas de homicídios,sobretudo em al-guns dos estadosmais populososcomo São Paulo.Contudo, a obser-vação mais atenta dos dados mostra que estaqueda varia em intensidade, ou seja, não há umpadrão de queda generalizado. O que há é umaqueda significativa em alguns estados e cida-des, permanecendo a média nacional pratica-mente estável. Isto pode ser observado referen-te às taxas de homicídios (mortes por agres-são), nas capitais pesquisadas no período entre1996 e 2010.

A queda da taxa dos homicídios podeter sido um dos motivos que levou à quedano consenso sobre o crescimento da violên-cia. Se, em 1999, era quase unânime (93%) asensação de que a violência vinha crescen-do, em 2010, esta sensação, ainda que predo-minante (73%), é moderada pelos crescimen-tos das percepções de que a violência não

cresceu (passando de 5,4% para 18,9%) e deque a violência diminuiu (passando de 1,21para 8,3%).Estas diferenças são estatisticamen-te significantes.

HomicídiosA queda na percepção de crescimento da

violência ocorreu em todas as faixas etárias,sendo mais acentuada no grupo mais jovem(abaixo de 19 anos). Entre as capitais estuda-das houve maior variabilidade do que entre

grupos etários, sugerindo que há padrões lo-cais que afetam esta percepção.

Em Salvador, a percepção do crescimentoda violência permanece bastante alta e istotalvez esteja relacionado com o crescimento

do número de ho-micídios que, nes-ta cidade ao longodos anos 2000, au-mentou de 6,3(1999) para 57,3(2010) por 100 mil,ainda que não sepossa imputar so-mente a este fenô-meno a percepção

de crescimento da violência.A percepção de crescimento, estabilidade

ou declínio da violência depende de múlti-plos fatores. Contudo, duas das cidades pes-quisadas onde houve considerável queda dehomicídios foram também as que apresenta-ram maior queda na percepção de crescimen-to da violência, Recife e São Paulo. Em Recife,as taxas de homicídios caíram de 65,7 (1999)para 42,7 (2010) e em São Paulo de violênciacomo crescente era 95% (1999) e caiu para60,2% (2010) e, em São Paulo, passou de 95,2%(1999) para 69% (2010).

Salvador, Goiânia, Porto Alegre, e Belémsão as cidades que apresentam as menoresquedas na percepção decrescimento da vio-lência entre 1999 e 2010 e são também aquelas >>

Em Recife, as taxas de homicídioscaíram de 65,7 (1999) para42,7 (2010) e em São Paulode violência como crescente

era 95% (1999) e caiu para 60,2%(2010) e, em São Paulo, passou

de 95,2% (1999) para 69% (2010)

Page 44: Documento Reservado

44

Documento Reservado / Junho 2012

comportamento

onde mais também cresceu a taxa de mortespor homicídios ao longo do período. Em Por-to Alegre, esta taxa começa a cair apenas apartir de 2009.

Exposição às drogasObservou se, em relação a 1999, um cres-

cimento da exposição às drogas em 7 das capi-tais pesquisadas. As menções a contatos comdrogas caíram apenas em três capitais: Recife,Goiânia e Belo Horizonte. Em Belém houveforte crescimento na vitimização grave. Nestacidade também cresceram o roubo com armade fogo, a exposição às drogas, o número decasos de parente próximo assassinado ou se-questrado, agressão por policiais e de amea-ças à integridade física.

O roubo com arma de fogo cresceu tam-bém no Rio de Janeiro, em Manaus, Salvador eBelo Horizonte e apresentou alta freqüênciaem Fortaleza (comparativamente às outras ci-dades). Manaus se destaca ainda pelo cresci-mento de ameaças, de casos de parente próxi-mo seqüestrado e exposição às drogas.

Extorsões por policiaisNo Rio de Janeiro também aumentaram as

menções a situações de extorsão por policiais,exposição às drogas e casos de parente se-questrado .Os indicadores de melhora no per-fil da vitimização são expressos pelas seguin-tes quedas: (1) de menções aparente próximoassassinado em Porto Alegre, Rio de Janeiro,Salvador e São Paulo; (2) das ameaças à inte-gridade física, queda esta que ocorreu na mai-oria das cidades pesquisadas (oito): Belo Ho-rizonte, Goiânia, Porto Alegre, Porto Velho,Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo;(3) nas menções a ferimentos por arma defogo, que caíram em: Belo Horizonte, Manaus,Porto Velho, Goiânia, Rio de Janeiro, Salvadore São Paulo; (4) nos roubos com arma de fogoem: Porto Alegre, Recife, São Paulo e PortoVelho; e (5) nas menções a agressões/extorsãopor policiais ou autoridades em: Belo Hori-zonte, Manaus, Porto Velho, Porto Alegre, Re-cife, Salvador e São Paulo.

Uso de armas

Comprar uma arma poderia ser uma es-tratégia de autodefesa? O que os entrevistadospensam sobre o papel das armas na autopro-teção? Três perguntas buscam identificar suasatitudes em relação às armas: ‘ Ter uma armaem casa torna a casa mais segura? Carregaruma arma faz com que a pessoa esteja maissegura? As pessoas usam armas por diferentesmotivos. Vou lhe apresentar alguns dessesmotivos e gostaria que você dissesse, na suaopinião, qual o principal motivo para as pes-soas usarem armas.

As duas primeiras frases exploram as cren-ças que as pessoas têm sobre o efeito das ar-mas. O que se espera é que, se elas não acredi-tam na eficácia das armas para a proteção desi ou de seus familiares, discordem totalmentedas duas frases. Comparando se os dados de1999 com 2010, observa se uma queda na dis-cordância em relação às duas frases.

Em 1999, 79,8% das pessoas entrevistadasnas 10 capitais discordaram totalmente da fra-se “carregar uma arma faz com que a pessoa sesinta mais segura” e 74% discordaram da frase“ter uma arma em casa torna a casa mais segu-ra”. Estas percentagens caíram, em 2010, para67,5% e 63,2%, respectivamente.

Esta queda ocorreu em função do aumen-to de pessoas que discordam, mas, apenas emparte, da frase. Ou seja, discordam de modomenos enfático que aqueles entrevistados de1999. Não houve aumento da aprovação àsfrases, o que sinalizaria uma maior crença naeficiência das mesmas para a autoproteção.Dentre os poucos que expressam concordân-cia com as frases, os mais jovens aparecemcom maior freqüência, 14,7% concordam to-talmente que uma arma em casa a deixa maissegura e 11,6% concordam que carregar umaarma faz com que a pessoa esteja mais segura.

O mesmo padrão apareceu em 1999, quan-do entre 18,8% e 14,2% daqueles com menosde 19 anos concordavam totalmente com asduas frases. A queda nestes percentuais, ainda

Observou se, em relação a 1999, um crescimentoda exposição às drogas em 7 das capitais pesquisadas.

As menções a contatos com drogas caíram apenasem três capitais: Recife, Goiânia e Belo Horizonte

Page 45: Documento Reservado

45

Documento Reservado / Junho 2012

que pequena, é um sinal positivo, porém, acontinuidade da aprovação, ainda que pouca,reitera o que a literatura enfatiza sobre riscode violência: os jovens são mais vulneráveis acrer nesta eficiência das armas.

Eficiência das armasOs resultados nas capitais são positivos

quando comparados com os de outros países,principalmente com o dos Estados Unidos,onde, com maior freqüência, são realizadoslevantamentos de opinião pública sobre a efi-ciência das armas. Segundo Howard, Webstere Vernick (1999), em pesquisa nacional nosEUA, as armas tornam uma casa mais segurapara 29% de seus entrevistados, sendo que,apenas 40% dos entrevistados discordavam queter uma arma em casa a tornava mais segura.

Outro estudo sobre as crenças em relaçãoa armas de Kellermann (2000), utilizando umaquestão bastante semelhante, “uma casa comuma arma é menos segura que uma casa semarma”, verificou que 55,5% dos entrevistados4 concordavam com a frase. Porém, alterandoa formulação da pergunta, a rejeição às armascaia para 30,7%. Os dados coletados, quer em1999 quer em 2010, apresentam um panoramamenos sombrio para as capitais pesquisadas,mas sugerem que não se pode abandonar osesforços em prol da educação do público, emparticular do público mais jovem, sobre osriscos que armas apresentam. Quanto às capi-tais, a tendência majoritária é de rejeitar o usode armas, porém, em algumas cidades, há umapoio não desprezível às armas de fogo. Istoocorreu em Porto Alegre, Manaus e Porto Ve-lho onde cerca de 1/3 dos entrevistados con-corda totalmente ou em parte com estas fra-ses. Isto representa alguma mudança em rela-ção a 1999, quando Porto Alegre não se desta-cava por maior apoio às frases, mas sim Recifee Goiânia.

Em 2010, nestas duas últimas cidades hou-ve um forte declínio da concordância tanto

com opção de se ter armas em casa como comcarregar uma arma. Crenças em relação aouso de armas. O que leva as pessoas a usaremarmas? Ao responderem esta questão, os en-trevistados estão revelando atribuições que dãoao comportamento de outros como tambémàs crenças que possuem em como as armaspoderiam influenciar estes comportamentos.

As alternativas apresentadas não são mu-tuamente excludentes e a pergunta é repetidavárias vezes, dando ao entrevistado a oportu-nidade de dar até 3 motivos para as pessoasusarem armas. Aqui, são apresentadas as res-postas à primeira pergunta feita, por meio daqual se presume que represente aquilo que secrê ser o principal motivo ou aquele ao qualos entrevistados atribuem o maior peso.

Força e poderEm 2010, o motivo mais freqüente para se

usar armas é “se sentir forte” (27,8%), seguidode “se sentir importante” (20,2%). Já em 1999,

o motivo mais apontado era “se proteger”(34,8%), seguido de “se sentir forte” (22,6%).Os motivos variam por faixa etária e por cida-de. Em 1999, entre os mais idosos as armas,além de servirem para proteger (44%), tam-bém seriam usadas para “impressionar”. Em2010, entre os mais jovens, os motivos maiscitados são “se sentir forte” e “impressionar oscolegas”, sendo que quase dobraram as men-ções a “resolver disputas” que, em 1999, eraum dos motivos menos mencionados.

Entre os mais jovens, o principal motivopara se usar arma era, em 1999, “se proteger”,seguido de se “sentir forte”. Já entre os maisidosos, predomina, em 2010, além do se “sen-tir forte” (24,6%), “se sentir importante”(22,5%). Ou seja, o uso de armas teria muito aver com imagem social que quem usa a armapretende construir, manter ou passar aos ou-tros. Em 1999, o principal motivo menciona-do pelos entrevistados com mais de 60 anosera “se proteger” (44 %).

Em 2010, o motivo mais freqüente para se usar armasé “se sentir forte” (27,8%), seguido de “se sentir importante”

(20,2%). Já em 1999, o motivo mais apontado era “se proteger”(34,8%), seguido de “se sentir forte” (22,6%)

Page 46: Documento Reservado

46

Documento Reservado / Junho 2012

comportamento

A queda das frequências de respostas as-sociando o uso da arma à proteção sugereque, no período, poderia ter caído a crençana eficácia do uso de armas, mas a associaçãoentre armas e aspectos como “impressi-onar colegas” ou ainda “se sentir impor-tante” sugere outrosproblemas: poderiaestar em curso uma associação positivaentre usar armas e auto imagem. Assim,o gerenciamento da imagem social po-deria estar sendo um forte motivador aouso de armas para alguns grupos, emparticular junto aos jovens.

Neste grupo etário poderia estar cres-cendo, uma certa percepção de funcio-nalidade no uso de arma como, porexemplo, “resolver disputas”. Há que seter cuidado com esta combinação deimagens. Há indícios de que os mais osjovens não estejam tão imunes a algunsdestes elementos. Como eles são, commaior freqüência, vítimas de armas de fogo, asobrevivência destas crenças é preocupante.Em relação a 1999, o uso de armas para “sesentir forte” cresceu em Belo Horizonte, Reci-fe, Manaus, cidades onde quase 1/3 dos entre-vistados apontaram este como o principalmotivo para se usar armas. Em 2010, “se sentirimportante” foi a segunda categoria mais men-cionada em relação ao uso de armas em SãoPaulo, Porto Velho e Salvador.

Como proteçãoO terceiro motivo mais freqüentemente

citado foi o uso de armas “para se prote-ger”, sendo este mais comum nas cidadesde Goiânia, Porto Velho e Porto Alegre, re-presentando nestas três cidades a opiniãode quase 1/3 dos entrevistados locais. Estepadrão de resposta difere um pouco de 1999,quando algumas capitais também se desta-cavam por apresentar freqüências superio-res à média em relação ao uso de armas.Naquele ano, 51% dos entrevistados de Be-lém 40,2% dos de Salvador citaram “se pro-

teger” como o principal motivo pelo qualas pessoas usariam armas.

Ser jovem tem especificidades que preci-sam ser consideradas para se compreender as

causas da sua maior exposição à violência.De forma geral, é possível dizer que essa é

uma fase da vida caracterizada por uma forteindeterminação social e de identidade, quetraz para aqueles que a vivenciam diferentesdesafios. Na modernidade, ser jovem repre-senta um momento crítico onde as condutasde risco tornam se emblemáticas e passam aser intensamente adotadas (Le Breton, 2000).Isso ocorre devido à própria indeterminaçãoque também é característica desse momentohistórico no qual vivemos. Verifica se, dessemodo, uma ausência de referências sólidascapazes de orientar e simbolizar a transiçãopara a vida adulta. E é nesse momento que ascondutas de risco ganham um valor essencial,por meio das quais os jovens buscam acharum sentido que justifique suas vidas.

O risco conforma se, assim, como um ele-mento central na construção da identidade ebusca de reconhecimento social entre os jo-vens (Le Breton, 2000; Peralva, 2000). Na cons-trução da identidade, não só as experiênciasdo risco são relevantes, como também a ne-

cessidade de autorealização, esta última ex-pressa por novos padrões de consumo quepassam a figurar como aspecto fundamentalde reconhecimento social desses jovens. Nes-

se sentido, observa se a centralidade que,como veremos a seguir, “ter muito di-nheiro” e “vestir se com roupas de mar-ca” adquire entre os jovens.

Ademais, ser jovem também varia deacordo com o contexto social mais especí-fico. Desta maneira, em determinados lo-cais, somados a essa indeterminação con-temporânea, tem se e alguns problemas,como as desigualdades sociais e a intensacapilarização do mercado de drogas ilíci-tas, bem como a debilidade dos quadrosinstitucionais capazes de reconhecer e ga-rantir direitos mínimos, como o direito àvida, o que acaba transformando algunsjovens em sujeitos mais vulneráveis à viti-mização e envolvimento em situações de

violência (Peralva, 2000). Nesses contextos, comoestratégia de sobrevivência, alguns jovens aca-bam por engajar se em certas modalidades derisco seja como forma de proteção, auto realiza-ção ou reconhecimento social.

As questões abordadas a seguir fornecemalguns indicativos dessa necessidade de assu-mir riscos entre os jovens, especialmente natentativa de aceitação entre os pares. Além dis-so, indicam um crescimento de jovens que têmamigos vitimados ou envolvidos em situaçõesde violência. Aqui são tratados os dados relati-vos aos jovens na faixa etária de 16 a 19 anos(correspondendo a 7,8% da amostra). Especifi-camente para esse grupo, foi apresentada umasérie de questões que tentam identificar o riscode exposição à violência a partir do grupo depares, as expectativas em relação ao futuro, bemcomo valores importantes na condução de suatrajetória e construção de sua identidade. Asquestões estão divididas em três subgrupos: I)exposição à violência via grupo de pares; II)expectativa de vida (chance de estar vivo aos 25anos); III) jovens e valores.

Page 47: Documento Reservado

47

Documento Reservado / Junho 2012

mapa da violência 2012 é uma espé-cie de retrato do Brasil atual, inter-

pretando a dinâmica da selvageria nos últi-mos anos. O número de homicídios é tãoaterrorizante que nos faz imaginar um verda-deiro campo de batalha. Em 30 anos, pas-mem!, deste crime no país, um milhão devítimas foram registradas.

Os números revelam que de 2003 emdiante houve uma redução nos índices dehomicídios, graças à eficiência das políticaspúblicas adotadas em alguns estados popu-losos, a exemplo São Paulo. Lastimavelmen-te, em direção oposta, outras unidades dafederação permitiram o acréscimo desse tipopenal, impedindo uma redução efetiva. Até2003, os índices de homicídios majoravamna ordem de 4, 4% ao ano. A partir dessadata, até 2010, os indicadores cresceram emmédia 1, 4 % ao ano, constatando-se, a partirde 2005, oscilações ano a ano, alternandoaumento e arrefecimento do crime.

Neste importante estudo, que tem comopesquisador o competente sociólogo JúlioJacobo, está evidente a interiorização do de-lito. Os grandes centros, através de açõeseficazes, passaram a obter bons resultadosno enfrentamento da criminalidade. Contu-do, por falta de estrutura das forças de segu-rança no interior, as pequenas cidades tor-naram-se o destino preferencial das práticascriminosas, registrando-se uma impressionan-te migração.

Outra questão importante, que deve serexteriorizada neste texto, é que, em compa-ração com países como Paquistão e Índia, oBrasil confirma o elevado grau de atrocida-

de, pois mesmo com números de habitantessemelhantes ou inferiores, nota-se, aqui, umamaior quantidade de mortes. Deste modo, agrande população não pode ser consideradao motivo para os algarismos alarmantes. Ade-mais, no Brasil, não há disputas territoriais,movimentos emancipatórios, guerras civis,conflitos religiosos, raciais ou étnicos.

Segundo o estudo de Jacobo, em 1980 fo-ram registrados 13.910 homicídios no Brasil;em 2010, foram 49.932. Assim, o aumento foide 259 % nestes 30 anos. Já a população era,em 1980, de 119 milhões de habitantes, e em2010, 190, 7 milhões. Neste caso, o aumentofoi de 60, 3 % no período. Isso significa dizerque os registros de homicídios, em termospercentuais, desenvolveram-se mais rapida-mente do que a contagem dos habitantes.

Se considerarmos os casos de mortes por100.000 habitantes, encontraremos o seguinteresultado: em 1980, contabilizamos 11, 7 víti-mas de homicídio por 100.000. Já em 2010, 26,2. A ampliação observada dessa maneira, nes-ses 30 anos, foi de 124 %. Portanto, são infor-mações que apontam o Brasil como um dospaíses mais violentos do planeta, posto que,para a Organização Mundial da Saúde - OMS -, o limite é de 10 por 100.000.

O estado de São Paulo tem dado um showde competência nesse aspecto: a redução doshomicídios no período de 2000 a 2010 foi de63, 2%, sendo que na capital a diminuição foide 80 %. O Rio de Janeiro anotou um abaixa-mento de 52, 9 %, e na capital carioca a quedafoi de 57 %.

Em contrapartida, Alagoas tornou-se o es-tado mais violento do Brasil no final da déca-

ARTIGO

Um milhão de homicídios em trinta anosMendonça Prado *

da. Ele, que era o 11.º, passou para o 1.ºlugar no ranking nacional. O Pará passoudo 21.º para o 3.º, e a Bahia que era o 23.ºmais violento passou a ser o 7.º. As capitais,Natal, Salvador e São Luis triplicaram osnúmeros de homicídios na década. Já Be-lém, João Pessoa Curitiba e Florianópolismais que duplicaram. Além destes aspec-tos, comprovam-se as capitais que mais sedestacam com números que ratificam a re-dução: Recife, Cuiabá, Rio de janeiro e ascidades de Petrolina, Juazeiro, Campinas ea Baixada Santista. A boa informação é queem 41, 1 % dos municípios brasileiros, nãoforam historiados homicídios em 2010. Isso,indiscutivelmente, representa uma luz nofim do túnel.

Destarte, está de parabéns o InstitutoSangari por essa publicação. Os dados sãorelevantes para que as autoridades possamformatar políticas públicas capazes de re-duzir a criminalidade, e propiciar a paz tãoalmejada a todos os cidadãos. É bom reme-morar que o governo federal não dispõe deum banco de dados completo, o que preju-dica sobremaneira o planejamento das au-toridades policiais. O que existe são duaspropostas em apreciação no Congresso,uma oriunda do Poder Executivo, e outrade minha autoria.

* Mendonça Prado éadvogado,

deputado federal porSergipe, vice-presidentenacional do Democratas

e vice-presidente daComissão de Segurança

Pública e Combate aoCrime Organizado

O

Page 48: Documento Reservado

48

Documento Reservado / Junho 2012

saúde

Custos e riscos do“rejuvenescimento”

vaidade é o componente de estímulo àproliferação de pessoas que vendem o

“rejuvenescimento” ou o “antienvelhecimen-to”. No Paraná, como em todo o País, profissi-onais de saúde - médicos sobretudo - e oschamados esteticistas acabam convencendo ospacientes sobre milagrosas “técnicas e medi-camentos” que transformam as pessoas danoite para o dia. São tratamentos com nomescientíficos que acabam envolvendo as pesso-as. São os chamados anti-aging, cosmiatria,ultrassonografia, laser, ortomolecular etc. Nãose pode generalizar, uma vez que existem mé-dicos, profissionais, com especialização, masa grande maioria desse pessoal que “vendebeleza” é constituída por falsos médicos, osautênticos picaretas da medicina. São parasi-tas que alardeiam algumas técnicas antienve-lhecimento, muitos deles até respondendo asindicâncias ou processos éticos no ConselhoRegional de Medicina do Paraná.

Trata-se de um comércio que envolvemuito dinheiro. Aliás, uma mina de dinheiro.Recente pesquisa realizada pela Universidadede Michigan, nos Estados Unidos, revela quesomente três técnicas têm eficácia científicacomprovada contra rugas. São o uso dos cre-mes de retinol, as injeções de ácido hialurôni-co e as aplicações de laser de gás carbônico.Todos estimulam a formação e a renovaçãodo colágeno, ou seja, uma fibra muito impor-tante que existe em grande quantidade na pele.

É como se fosse um cimento que dá sustenta-ção à pele, dá o tônus da pele”, explica a der-matologista Denise Steiner, em entrevista aosite do Fantástico, com o aval do também der-matologista Alexandre Felippo. “Cada métodotem a sua característica e ajuda de uma formadiferente e eles se somam, com certeza”, dizDenise Steiner.

O colágeno fica numa faixa entre a epider-me - que é a parte externa da pele - e a derme,

que é a camada mais profunda. A partir dos25, 30 anos, sua produção começa a diminuire ele perde qualidade. É nessa faixa etária quecomeçam a surgir as primeiras rugas e os sinasde envelhecimento da pele. A exposição ex-cessiva ao sol, o cigarro, o álcool, a má ali-mentação e a vida sedentária ajudam a acele-rar esse processo. Dos três tratamentos apon-tados, o laser de gás carbônico é o mais radi-cal. Ele é uma técnica extremamente agressi-va, pois rompe as camadas mais superficiaisda pele e gera um calor muito grande. Essecalor excessivo além de estimular a produçãodo colágeno provoca queimadura das cama-

das mais externas e um forte descamamen-to. Resultado: surge uma nova pele.

A aplicação do retinol é o maissimples dos três tratamentos e ser-

ve para prevenir ou tratar rugasnão muito profundas. Mas os

resultados só aparecem amédio prazo. “O retinole seus derivados, comoo ácido retinóico, re-nino aldeido, têm essacapacidade quando

A

Page 49: Documento Reservado

49

Documento Reservado / Junho 2012

PEDRO RIBEIRO E ELINE CARRANO

passados na pele na formade creme. Eles agem na su-perfície da pele, melhoran-do a troca, fazendo com quesejam regeneradas essas célu-las. Ou seja, ele melhora a ir-rigação e melhora o colágeno”,explica Denise Steiner. A injeçãode ácido hialurônico é o que temefeito mais imediato. Logo após aaplicação já dá para ver o resultado.É uma espécie de preenchedor derugas e não é definitivo. Dura de8 a 12 meses. É ideal para ate-nuar a ruga de expressão quesai do nariz e as ruguinhas queficam na área acima do lábio su-perior.

Falso ou verdadeiro?A terapia antienvelhecimento, ou anti-

aging, que se popularizou no Brasil nos últi-mos anos, vem dividindo a opinião da classemédica. A Sociedade Brasileira de Geriatria eGerontologia (SBGG), passou a questionar a fal-ta de comprovações científicas para a reposição hormonal e a suplementação. Noentanto, profissionais adeptos à prática garantem os resultados aos tratamentos e lem-bram que as críticas são o reflexo da desatualização de colegas. Em recente entrevista,o médico José Luiz Verde dos Santos, de Curitiba, que vem tratando seus pacientes coma terapia anti-aging disse que considera mentirosas as acusações divulgadas na mídianacional e adianta que, em breve, haverá um posicionamento oficial quanto ao assun-to. “Já estamos preparando uma resposta à altura”, afirmou.

De qualquer forma, vale lembrar, os brasileiros são muito vaidosos. Um estudodo IBGE revelou que há quem gaste mais com a beleza do que com a comida. Deacordo com a pesquisa, o brasileiro gasta 1,3% do que ganha mensalmentepara cuidar dos cabelos e das unhas. É quase o dobro da despesa com arroze feijão (0,68%). O gasto mensal com xampu, condicionador e maquia-gem (1,46% do salário) chega a ser quase a mesma coisa que se gastacom carne (1,73%). Algumas pessoas chegam a gastar ainda maisde R$ 300 por mês em salões de beleza para cuidar do cabelo,das unhas e da pele. >>

Page 50: Documento Reservado

50

Documento Reservado / Junho 2012

Atualmente a venda de produtos que pro-metem rejuvenescimento ou atenuação dosdanos causados pela idade são muito comuns.No Brasil, segundo dados do Pyxis Consumo,cerca de R$ 36,2 bilhões são gerados a partirdas vendas de produtos voltados à estética. Ascirurgias plásticas também se tornaram umaalternativa muito procurada. No Brasil um es-tudo feito pelo IBOPE indica que cada cirur-gião plástico brasileiro faz cerca de 148 cirur-gias reparadoras por ano, esses dados não in-cluem implante de silicone e nem procedi-mentos não cirúrgicos. Dentro destes núme-ros, 69% foram cirurgias com fins exclusiva-mente estéticos e apenas 39% foram com in-tenções reparadoras. A pesquisa também apon-tou que dentre os pacientes que procuramesse tipo de método 82% são mulheres e ape-nas 18% são homens.

O que importa

saúde

A exploração do ramo estético tem sidoalta e visível, mas a questão principal é queexiste um público grande interessado, motiva-do pela mídia e por padrões que nem sempresão realmente dignos de serem classificadoscomo belo. É importante lembrar que os pon-tos principais abordados pelos médicos se re-sumem em cuidar da alimentação, praticarexercícios físicos e evitar o uso de determina-das substâncias. “É importante estar bem con-sigo para poder estar bem para o exterior, nãoadianta não ter nenhuma ruga no rosto e sermal resolvido interiormente”, afirma a psicó-loga Priscila. Este é o foco, estar bem com oespelho é importante mas não é essencial.

Primeiro, um grande susto,depois, aos poucos, o alívio“Após entrar na sala de recuperação do

pós-cirúrgico, fiquei assustado com o que vi.Na cama, toda enfaixada e com enormes he-matomas, estava minha esposa. Parecia ummonstro. A princípio, quis sair do quarto, masa curiosidade em saber como seria a recupe-ração me levou a permanecer no local. De-pois, foram mais de dois meses para que oshematomas diminuíssem da simples cirurgiade papas que ela se submeteu”. O depoimentoé de Antonio Seleto Cordeiro, empresário emarido de uma paciente de Curitiba que rea-lizou cirurgia plástica e que preferiu não seidentificar. Ela afirma não pretender repetir oprocedimento. “Jamais vou me submeter a umacirurgia dessas. Parece muito simples, mascorremos dois riscos: a dúvida de sair como agente queria e a expectativa de não dar certo.”

A doutora Fabiane afirma que hoje em diaas cirurgias plásticas são menos agressivas. “Épreferível fazer vários procedimentos que le-vem à um resultado, do que apenas um queacabe mudando as características naturais dopaciente. Antigamente as cirurgias plásticaseram muito mais radicais, hoje em dia os

métodos são mais simples para preservar ostraços da pessoa evitando grandes transforma-ções,” afirma a dermatologista. A importânciada capacitação dos profissionais para efetuaresse tipo de procedimento estético é um dospontos que as entrevistadas ressaltaram. Éimportante verificar junto ao Conselho Regio-nal de Medicina se ele é um dos membroscadastrados e qual a sua real especialidade.

Outra situação alarmante é o fato de muitosadolescentes procurarem os métodos cirúrgi-cos estéticos. Sobre este ponto, a Dra. Leniseressalta que “A cirurgia plástica por uma defor-midade funcional ou algo que cause transtornoao paciente, e este tendo condições cirúrgicas,pode ser indicada na adolescência e até infân-cia dependendo do caso. Quando por fins esté-ticos deve ser avaliada e discutida com o ado-lescente, pais e cirurgião individualmente.” Amédica também afirma que é necessário médi-cos plantonistas nas clínicas que efetuam pro-cedimentos cirúrgicos de grande porte.

Os cuidadosque os pacientes

devem tomarcom os picaretas

que “vendem beleza”

“Entreguei minhamulher na clínicae me devolveram

um monstro”

Page 51: Documento Reservado

51

Documento Reservado / Junho 2012

PEDRO RIBEIRO E ELINE CARRANO

A vaidade sempre esteve presente no serhumano, o caso acima é apenas um exemplodo transtorno que a busca pela beleza podegerar. Os preços pagos para alcançar objetivosvariados que vão de reparação de danos cau-sados por acidentes até técnicas de antienve-lhecimento são altos na maioria das vezes. Épossível dar exemplos variados de pessoas quejá recorreram às cirurgias plásticas ou investi-ram dinheiro em produtos que prometiammilagres estéticos e tiveram seus rostos defor-mados. Alguns exemplos são encontrados naala das celebridades, nomes como Joan VanArk, conhecida no Brasil por ter atuado noseriado “Dallas”, ficou quase irreconhecívelapós passar por cirurgias drásticas e tratamen-tos de pele que fizeram com que seu rostoperdesse a naturalidade.

Na opinião da médica Fabiane MulinariBenner, qualquer tipo de tratamento estéticotem seus riscos. Cicatrizes, problemas de pós-operatório ou até mesmo alergias causadaspor hidratantes são sintomas que podem acon-tecer à qualquer pessoa. “A questão é que acapacitação dos profissionais faz toda a dife-rença, um médico capacitado pode alertar esolucionar os problemas que possam ocorrerdevido aos tratamentos.” Ela explica tambémque existem três tipos de produtos estéticos.Os cosméticos, que são os hidratantes quepodem ser comprados nas farmácias, batonsque hidratam os lábios, entre outros. Eles pos-suem testes de segurança, mas seus efeitos sãomínimos. “Há uma melhora na pele, umamaior hidratação, mas quando a gente colocaessa pele sob o microscópio a diferença queeles fazem é mínima”, diz Fabiane.

O segundo tipo de produto que existe sãoos intermediários chamados de Cosmecêuti-cos. Eles possuem comprovação de eficáciapequena, são os cremes comprados em catá-logos que possuem uma fórmula mais elabo-rada para o tratamento da pele. E por fim

existem os remédios voltados para a estética,que exigem prescrição médica para seu uso eque são elaborados por uma medicina basea-da em evidência. “Esses produtos possuemuma eficácia verdadeira, porém deixam a pelemuito sensível ao sol, o que faz com que o usodo protetor solar seja indispensável.”

A médica Fabiane alerta que os efeitoscolaterais dos remédios podem ser tão fortesque alguns exigem que a paciente não engravi-de durante o período do tratamento. “Todotratamento tem seu risco, por isso o médicodeve alertar seu paciente. Um médico que nãoexpõe os possíveis efeitos colaterais e riscosdos procedimentos deve ser questionado, ne-nhum tratamento é 100% seguro.”

Envelhecer com saúde, é a regraNa opinião da médica Lenise Luz, o im-

portante é envelhecer com saúde e boa esti-ma. “Deve-se estar bem para sua faixa etária,não é natural ter 70 anos e querer parecer 20anos! Mas pode-se ter 70 anos e estar com aaparência jovem e saudável para esta idade.”Ela também afirma que não existem milagres,“O que existe são tratamentos que auxiliam noretardo do envelhecimento.”

Os procedimentos de cirurgia plástica tam-bém são muito procurados. O Brasil realizacerca de 629 mil cirurgias por ano, segundopesquisa do Datafolha. Um dos responsáveispor essa busca desenfreada pelo rejuvenesci-mento e pela beleza, segundo a opinião dapsicóloga Dra. Priscila Grizafis, pode ser omercado de trabalho. “Hoje em dia a aparên-cia conta muito para alguns ramos profissio-nais, por isso a gente vê tantos casos de exage-ros nas cirurgias, algumas pessoas que ganhama vida com a sua aparência acabam tendo umconflito muito grande ao se deparar com aidade e perceber que o corpinho de 18 já nãoé mais o mesmo.”

Ela também afirma que os distúrbios ali-

mentares são gerados à partir da mesma es-sência, “a sociedade impõe um padrão de be-leza algumas vezes impossível de ser alcança-do por algumas pessoas. Se o corpo da meni-na tem por natureza um quadril mais largo elacomeça a se achar feia e recorre à métodosartificiais para alcançar os objetivos, por issoé preciso o acompanhamento da família des-de criança para que não haja essa exigênciapessoal à partir do próprio jovem”, afirma aDra. Priscila. Também existem outros fatorescitados pela psicóloga, como pressão familiar,efeitos midiáticos e outros traumas. “O impor-tante é que os médicos também tenham cons-ciência do que é necessário, do que é exageroe exponha os fatos para o paciente. Essa preo-cupação com a beleza é algo que existe no serhumano por essência, mas em excesso se tor-na algo doentio e prejudicial à saúde.”

Há quem gastemais com beleza

do que coma alimentação

Page 52: Documento Reservado

52

Documento Reservado / Junho 2012

inverno

Frio, doenças, solidariedad

52

Documento Reservado / Junho 2012

inverno começou e com ele o tradici-

onal frio e as ondas de chuvas. A pre

visão para os meses de julho, agosto e setem-

bro, é de temperaturas até mais baixas que o

normal no Sul do País. Já para as outras regiões,

apesar de haver algumas variações, as tempera-

turas devem ficar acima da média, com menor

volume de chuva e temporadas mais secas. De

acordo com meteorologistas do Simepar, o Sul

deverá ter bastante chuva nos próximos meses,

especialmente em agosto e setembro. Os Esta-

dos do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina,

que geralmente registram as temperaturas mais

baixas do País nesta época do ano, devem ter

frio até mais forte que o normal.

O mês de julho começou frio, mas logo

esquentou. Po-

rém, uma

massa

de ar frio causa declínio acentuado de tempe-

ratura na maior parte do País, principalmente

no fim do mês, com geada e neve nas regiões

serranas de Santa Catarina e do Rio Grande do

Sul. Em agosto, a maior parte das frentes frias

atua apenas no Sul do Brasil. Apenas dois sis-

temas chegam ao Sudeste nos primeiros e nos

últimos dias do mês. As frentes frias e seus

ciclones extratropicais associados devem pro-

vocar bastante chuva no Rio Grande do Sul.

Em setembro, o sistema de alta pressão

predomina na primeira quinzena do mês e

dificulta a formação de nuvens de chuva. A

região Centro-Oeste registra baixos índices de

umidade. As frentes frias são fracas. Na segun-

da quinzena três sistemas chegam ao Sudeste.

As massas polares já não são mais intensas o

suficiente para provocar resfriamento signifi-

cativo. Chove mais que o normal no Paraná

com a permanência de frentes frias.

Doenças típicasO frio exige algumas precauções. A brusca

mudança de temperatura faz com que as defe-

sas do corpo funcionem com menos eficiên-

cia, o que causa as doenças mais comuns nes-

ta época do ano, como resfriado, gripe, rini-

te, sinusite e pneumonia. O sinal vermelho

já acendeu nos órgãos governa-

mentais da área da saú-

de, principalmente

com a possibili-

OO frio exige algumasprecauções. A brusca

mudança detemperatura faz com

que as defesas docorpo funcionem com

menos eficiência, o quecausa as doenças mais

comuns nesta épocado ano, como resfriado,

gripe, rinite, sinusite epneumonia.

Page 53: Documento Reservado

53

Documento Reservado / Junho 2012

LISLEY CHIQUINI

de e gastronomiadade de uma nova onda de gripe, como a

Influenza A. Hospitais e postos de saúde am-

pliaram os estoques de vacinas e há uma cons-

ciência geral da população da necessidade de

cuidados, principalmente com as crianças.

De acordo com a Secretaria de Estado da

Saúde, desde o início do ano, já contabiliza

cinco mortes por gripe A (H1N1) no Paraná.

Em alerta, devido aos 64 casos confirmados

no mês de junho, a secretaria de saúde reco-

menda que a população fique em ambientes

mais arejados, com bom fluxo de ar, evitando

a circulação do vírus.

A secretaria prepara ainda materiais edu-

cativos sobre as principais formas de preven-

ção e orientações quanto aos casos suspeitos

de gripe. O material será distribuído para to-

dos os municípios do Estado.

A Fundação de Ação Social (FAS), em par-

ceria com o Instituto Pró-Cidadania de Curitiba

(IPCC), promove há oito anos a Campanha do

Agasalho da Prefeitura de Curitiba 2012 - Doe

Calor, atendendo milhares de famílias em situ-

ação de vulnerabilidade social, tendo sempre

início no segundo trimestre do ano, até o dia 31

de agosto. A Campanha que faz arrecadações

de roupas, agasalhos, calçados e cobertores,

conta com doações que são entregues em pos-

tos de coleta instalados nos estabelecimentos

comerciais participantes e também em órgãos

da Prefeitura espalhados por toda a cidade.

Doando calorCom o objetivo de levar mais conforto e

proteção na estação mais fria do ano às famílias

beneficiadas, a “Doe Calor” tem como meta aten-

der 350 mil pessoas do município. “Antes de che-

gar ao fim das arrecadações, já foram entregues

mais de 50 mil cobertores novos e 80 mil peças

de roupas e calçados”, afirmou Sérgio Luiz Zaca-

rias, assessor de informações da IPCC.

Os beneficiados são famílias atendidas

pelos programas da prefeitura e instituições

instaladas em comunidades da cidade que es-

tão inscritas pela FAS. Já para os moradores de

rua, desde que aceitem o acolhimento, po-

dem receber abrigos pela Fundação Social,

ganhando roupas, cobertores e alimentação,

incluindo assistência médica. Toda ação para

deixar o inverno curitibano mais quentinho,

principalmente para atender pessoas em fragi-

lidade social, contribui com muito aconche-

go para a temporada.

Ainda assim, o inverno não traz apenas

aspectos negativos, existem muitas coisas inte-

ressantes nesta época para serem aproveitadas

e desfrutadas com muito prazer. Os Curitiba-

nos acostumados com a estação, já sabem o

que podem fazer para curtir o frio da melhor

forma, e começam tirando do armário casa-

cos, botas e cobertores quentes.

A expectativa de vendas no comércio nes-

ta temporada fria, conforme um levantamen-

to encomendado pela Associação Comercial

do Paraná (ACP), mostra que os lojistas apos-

tam em um aumento significativo nas vendas

deste ano.

GastronomiaNão são apenas as roupas de inverno,

que aquecem nas baixas temperaturas. Para

aproveitar a estação, nada melhor do que

um cardápio recheado de opções quentes e

apetitosas.

Contrariando as regras, ao invés dos sal-

gados, os doces foram os primeiros a serem

apreciados por essa reportagem. Apesar de ser

um sucesso durante o ano todo, as opções

com chocolate continuam agradando clientes

de todos os gostos.

Em um dos estabelecimentos visitados

pela nossa reportagem, o Restaurante Château

de Gazon, que funciona há 20 anos em Gra-

mado, Rio Grande do Sul, e há 10 anos em

Curitiba, oferece o famoso Fondue à La Carte,

o principal é o mais pedido na casa. A receita

leva chocolate branco, preto, sorvete, toble-

rone, tiramissú, derretidos, acompanhados de

marshmallow e variedades em frutas. “É o mais

procurado por clientes nos dias de frio”, in-

forma a proprietária Carla Fioreze. Além do

chocolate derretido, a guloseima é servida com

ingredientes optativos, como frutas da esta-

ção, chantilly, wafles ou marshmallow. Ótima

opção para brindar, já que o estabelecimento

tem uma ótima carta de vinhos.

O Le Duc Café possui uma variedade de

pratos que são elaborados com alta qualidade

e produtos de primeira. Localizado no centro

cívico, além de um cardápio muito recomen-

dado incluindo massas, carnes, saladas, vinhos

e cafés, o restaurante e cafeteria oferece exce-

lência em doces. A novidade da Torta de Bro-

wnie e Capuccino Frozen tem atraído muitos

clientes ao Le Duc. “Durante todo o dia muito >>

Page 54: Documento Reservado

54

Documento Reservado / Junho 2012

movimento na cafeteria e em dias mais frios, a

preferência dos produtos fica para o famoso

chocolate, que tem destaque nos doces ofere-

cidos pela casa”, informa Sergio Lange, pro-

prietário do local.

Caldos e sopasUm dos pratos quentes mais requisitados

nos restaurantes da cidade nos dias de frio

são os caldos verdes, que levam em sua re-

ceita ingredientes básicos como batata, cou-

ve, temperos com ervas e lingüiça. Os Cre-

mes como mandioquinha, abóbora com ca-

marões, ervilhas, espinafre, entre outras op-

ções e as tradicionais sopas dos mais varia-

dos sabores.

Alguns dos restaurantes visitados já estão

preparados com o cardápio completo para as

seleções de pratos focados no inverno. Segun-

do a supervisora de receitas e marketing da rede

Atlantica Hotels Internacional, Michelle Cir-

queira, “estamos com a maior variedade de so-

pas e cremes para a temporada de inverno”,

conta ela. Todas as noites um cardápio diversi-

ficado, com muitas opções deliciosas de sabo-

res no Restaurante Origens do Radisson Hotel

Curitiba, no centro. Para cada dia da semana,

três opções de sopas são preparadas com os

mais selecionados ingredientes, que ressaltam

os produtos da culinária regional.

As receitas são servidas no legítimo pão

italiano gratinado com queijo parmesão. O

diferencial vai além do menu variado e do

Buffet nas quartas-feiras, pois ao degustar qual-

quer opção de sopa salgada, todas as noites, o

cliente ganha a cortesia de uma cumbuca da

Sopa de Chocolate, uma receita exclusiva da

chef Cleuza Reis e do Origens. A saborosa sopa

do Restaurante Origens é servida com muita

gentileza pelos garçons, e o melhor de tudo,

com um valor super acessível. Vale a penaconferir esta delícia e aquecer a sua noite.

Luciane Barrichello, nutricionista

Sopa, um bom pedido para o frio Sopa de chocolate: sabor que combinacom o inverno

inverno

Page 55: Documento Reservado

55

Documento Reservado / Junho 2012

Outra opção para os dias frios é o Restau-

rante Dona Ambrosina, um tradicional restau-

rante aberto desde 1997, que serve oito tipos

de sopas todas as noites, além de massas como

pizzas, lasanhas e calzones. Com um ambiente

aconchegante, bastante freqüentado pelos cu-

ritibanos nas noites frias, o restaurante fica

localizado no Jardim Social. As variedades de

sopas são alternadas a cada noite, mesmo as-

sim, três tipos são fixos na casa: canja, eslava e

milho, além de uma deliciosa canjica, que

pode ser acompanhada com amendoim, faro-

fa e coco ralado.

CaloriasConforme a nutricionista Luciane Barriche-

llo, nas estações mais frias do ano, o consumo

de alimentos calóricos ricos em gordura e açú-car tende a aumentar por conta da maior quan-

tidade de energia que o corpo gasta para man-

ter-se aquecido. De acordo com ela, no inver-

no o corpo humano gasta cerca de 5% a mais de

energia para manter a temperatura corpórea

ideal, que varia entre 36 e 37 graus.

“Os alimentos que produzem mais ener-

gia, como gorduras e carboidratos, ajudam a

manter a temperatura, sendo que os açúcares

e amidos estão incluídos nos carboidratos.

Os carboidratos são de rápida digestão

produzindo assim energia com mais

rapidez e conseqüentemente ca-

lor rápido, já as gorduras for-

necem maior quantidade de

energia e calor, mas de for-

ma mais lenta.”

Entretanto, segundo Lucia-

ne, é preciso cuidado para nãotransformar essas refeições leves em

“bombas calóricas”, que não fazem bem à saúde.

“Deve-se evitar o “acréscimo”, por exem-

plo, um Capuccino é ótimo, e com chantilly

melhor ainda, mas ele pode ser facilmente

substituído por um café com leite. Com as

massas, procure os molhos mais simples como

o pomodoro, ou a base de ervas que são mais

naturais e menos calóricos, evitando os muito

calóricos, como a base de queijo”, indica a

nutricionista, que ressalta a importância de se

consumir apenas o necessário.

Os exercícios físicos, que além de aquecer

o corpo também queimam as gorduras, é ou-

tra orientação básica para quem abusa das

delícias do inverno. “Evite os exageros, por-

que o organismo se acostuma e depois que o

frio passa, a queima calórica diminui e a ten-

dência em manter os hábitos adquiridos faz o

sobrepeso aparecer. Mantenha seus exercícios

físicos e não esqueça que mesmo no inverno

seu organismo necessita de hidratação”, con-

clui a nutricionista. Capuccino

Fondue de chocolate

Torta brownie

Page 56: Documento Reservado

56

Documento Reservado / Junho 2012

entretenimento

Missão social doCirque du Soleilé mostrada emcada espetáculo

Varekai, nome doespetáculo que o

Cirque du Soleiltrouxe para o Brasileste ano, significa

“onde quer queseja”. Originado da

linguagem dosciganos (os

eternos viajantes),Varekai , segundo

contam osprodutores do

espetáculo, é umahomenagem à

alma nômade, aoespírito e à arte datradição circense e

a todos aquelesque desafiam com

infinita paixão oslongos caminhos

que levam à cultura

Page 57: Documento Reservado

57

Documento Reservado / Junho 2012

PEDRO RIBEIRO

asa cheia, como sempre. É só desembar-car no Brasil e anunciar os nomes

das cidades onde vai se apresentar que come-ça a mobilização da sociedade e a consequen-te busca pelos ingressos. É assim desde quan-do se apresentou, pela primeira vez no País,que o canadense, Cirque du Soleil reacende amágica do circo na vida das pessoas. Dia 15 dejunho, quando estreiou o espetáculo Varekai,em Curitiba, não foi diferente. Arena comple-tamente lotada e uma plateia entusiasmadaque aplaudia a cada cena até chegar ao épico,com cinco mil pessoas em pé ovacionando osatores de mais um show único no Brasil.

Varekai, nome do espetáculo que o Cir-que du Soleil trouxe para o Brasil este ano,significa “onde quer que seja”. Originado dalinguagem dos ciganos (os eternos viajantes),Varekai , segundo contam os produtores doespetáculo, é uma homenagem à alma nôma-de, ao espírito e à arte da tradição circense e atodos aqueles que desafiam com infinita pai-xão os longos caminhos que levam à cultura.Os produtores e diretores sustentam ainda queVarekai está diretamente ligada à filosofia devida do grupo de artistas que trabalham nacompanhia .

O espetáculo, com duração de pouco maisde 150 minutos com 30 minutos de intervalo,começa numa floresta escura, onde suposta-mente o destino se agarra a seus pés. Acima,um vaga-lume voa em zigue-zague até que océu se abre e um sopro de vento chega paradar início ao que chamam de “deixa levar”.Num piscar de olhos, criaturas de outro mun-do bailam em um abismo. São seres errantes emísticos, porém, inofensivos.

É mais de uma hora de pura emoção. Acada segundo, um ato diferente, que leva opúblico ao delírio, desde a criança, ajustada

C

>>

Page 58: Documento Reservado

58

Documento Reservado / Junho 2012

na cadeira com uma almofada extra, até osmais idosos da plateia. “É tudo muito mági-co”, disse o ex-governador paranaense, Jai-me Lerner, que assistiu a estreia nas primei-ras filas. O jornalista e escritor, Eduardo Sgan-zerla, ao lado da jornalista Martha Feldenrs,também saiu da tenda entusiasmado com oespetáculo.

Apesar de moderno, o Cirque du Soleilbusca sua inspiração através do espírito quemove os artistas itinerantes desde o início. Des-de que a companhia adquiriu os meios de ir embusca de seus sonhos e entreter pessoas de todoo mundo, escolheu envolver-se com a comuni-

entretenimento

dade e, em particular, com jovens em risco.Através de um trabalho de parceria, o Cirqueestá envolvido em 80 comunidades no mundotodo, em 20 países de cinco continentes.

Para inspirar indivíduos e as companhiasem seu redor, o Cirque du Soleil decidiu com-partilhar o seu comprometimento com a par-ticipação social. Tem, como foco, a luta con-tra a pobreza, usando a inspiração e energiados seus espetáculos para tornar mais um so-nho em realidade: melhorar a qualidade devida das pessoas, onde quer que elas vivam.

Profundamente dentro de uma floresta,no cume de um vulcão, existe um mundo

extraordinário - um mundo onde outra coisaé possível. Um mundo chamado Varekai. Docéu cai um homem solitário jovem, e a histó-ria de Varekai começa. Pára-quedas para assombras de uma floresta mágica, um mundocaleidoscópico habitado por criaturas fan-tásticas, o jovem embarca em uma aventuraabsurda e extraordinária. Neste dia, na orlado tempo, neste lugar de todas as possibili-dades, começa um encantamento inspiradoà vida redescoberta. A palavra Varekai signifi-ca “onde quer”, na língua romani dos ciga-nosos errantes universais. Esta produção pres-ta homenagem à alma nómada, ao espírito earte da tradição circense e à paixão infinitadaqueles cuja busca os leva ao longo do ca-minho que leva a Varekai.

Page 59: Documento Reservado

59

Documento Reservado / Junho 2012

PEDRO RIBEIRO

música egastronomia

bar Ao Distinto Cavalheiro, localiza-do no centro de Curitiba, na esquina

das ruas Visconde do Rio Branco com Salda-nha Marinho, já pode ser considerado o pointdo happy hour dos curitibanos. Bateu 18 ho-ras, vão chegando um a um e logo o pequenoestabelecimento, todo decorado com peças eobjetos musicais antigos, vai ficando aperta-do, mas aconchegante aos frequentadores.

Do lado de dentro do balcão, o arquitetoCarlos e o professor Wella, proprietários dacasa. Com os cotovelos encravados no balcãopodemos encontrar quase que diariamente, o

Distinto Sambatom

jornalista e escritor Dante Mendonça, o histórico Henrique (vi-tamina), os chargistas e cartunistas, Thiago Rechia (Três Inimi-gos), Solda, Paixão, Jacobsen, entre publicitários, jornalistas eestudantes.

Com meia dúzia de mesas e totens instalados do lado defora, bem ao estilo dos pubs ingleses e irlandeses, o Ao DistintoCavalheiro é um bar com alma. A começar por estar em umaesquina e bar tem que ser de esquina. O chopp é do melhor,uma boa seleção de cachaças mineiras enchem os olhos do bomapreciador. Tem vinho e petiscos. O carro-chefe é a costelinhade carne de porco. Também tem bolinhos de carne, de baca-lhau, empadinhas e, é claro, o ovo cozido, que dá o tom deglamour no “boteco”. O caldinho de feijão é o que a rapaziadamais jovem chama de “esquenta”.

Agora, o Distinho está bombando com o grupo Sambatom.Todas as segundas-feiras, quatro belas jovens arrebentam nopandeiro, no surdo, teclado e soltam a voz. Cantam apenassamba de raíz e chorinho. São elas: Cris Loureiro (teclado epercussão), Gabriela Bruez (percussão), Mariana Souza (voz,flauta e percussão) e Luciana Worms (voz e percussão). Além doDistinto, o grupo, formado por iniciativa do professor Wella, dácanja no Beto Batata e Jokers.

O

Grupo Sambatom

O Ao Distinto Cavalheiro é um bar com alma. A começarpor estar em uma esquina e bar tem que ser de esquina.

Foto

: Anto

nio

Cost

a (

Gazeta

do P

ovo)

Page 60: Documento Reservado

60

Documento Reservado / Junho 2012

social

CASA CORA MARCA

DO BOM GOSTOCasa Cor Paraná 2012 chega ŕ sua 19Ș

ediçăo apresentando o que existe demais moderno, criativo e ousado nomundo da arquitetura e decoraçăo.

Realizada na Casa Cultural UniăoJuventus, localizada no Bairro Batel, no

Quadrilátero da Decoraçăo da capitalparanaense, o evento tem em vista

retratar a moda, estilo etecnologia. Sob o tema “Retrofit”,expressăo que significa “colocar o

antigo em forma”, Casa Cor Paraná foiaberta para visitaçăo em Junho e

permanecerá até o dia 11 de Julho,retratando as tendęncias do universofashion, cada vez mais presentes nos

projetos de decoraçăo.

VAREKAI, UM SHOW DE TIRAR O FÔLEGODividido em 14 atos com acrobacias, contorcionismos, palhaços, malabares, coreografias etrapézios, o Cirque Du Soleil foi, mais uma vez, sucesso de público em Curitiba. Criado e dirigidopor Dominic Champagne, o espetáculo Varekai que significa “onde quer que seja” na linguagemcigana, faz uma homenagem ŕ alma nômade, ao espírito e arte da tradiçăo circense e a todosaqueles que desafiam com infinita paixăo os longos caminhos.O espetáculo nasce da explosiva fusăo do teatro com a acrobacia. A trilha sonora original étocada ao vivo por uma banda com maestro, tecladista, baterista, percussionista, baixista,violinista, cantores e um músico que comanda os instrumentos de sopro. Os cenários săoperfeitamente harmonizados com fantásticas coreografias que “falam” a universal linguagemdo movimento. O novo espetáculo do Soleil teve sua estréia em Curitiba no dia 15 de junho.

NOVO COMPLEXO PARQUE BARIGUIGovernador Beto Richa participa da inauguraçăo do Centro de Eventos Expo Renault Barigui.Da esquerda para a direita: arquiteto Manoel Coelho; presidente do Conselho de Administra-çăo do Grupo Positivo, Oriovisto Guimarăes; presidente da Renault Brasil, Olivier Murguet;

presidente do grupo Malucelli, Joel Malucelli; governador Beto Richa; prefeito de Curitiba,Luciano Dutti e o presidente do Grupo Positivo, Hélio Rotemberg.

Foto

: Jos

é Gom

erci

ndo

/ ANP

r

Page 61: Documento Reservado

61

Documento Reservado / Junho 2012

por LISLEY CHIQUINI

[email protected]

CITROËN PROVENCE AGORA EM CURITIBAA primeira concessionária CITROËN, do Grupo Provence, de Ponta Grossa, acaba de se

instalar em Curitiba, na rua Mateus Leme. O grupo é o maior da rede de concessionáriasda marca no Paraná e a novidade da inauguraçăo foi o lançamento do DS3, que chegou

para concorrer com o MINI Cooper e o Audi A1. O investimento foi de R$ 8 milhőes e aprevisăo de vendas para este ano é de 720 veículos novos e 400 seminovos. A loja ocupa

um terreno de 11.000 m2, com 4.800 m2 de área construída.

MARISA MONTEEM VERDADE UMA ILUSÃOA cantora Marisa Monte resgatou antigos sucessos, reuniu músicos excepcionais,inovou no cenário e encantou as centenas de pessoas que lotaram o Teatro Guaíra noinício do męs de junho com o espetáculo “Verdade uma Ilusăo”. Foram destaques noshow, as músicas “O Que Vocę Quer Saber de Verdade” e “Descalço noParque”, que foram projetadas em uma tela semi transparente que criava uma ilusăode ótica. No show, a cantora estava descontraída e até arriscou alguns passos dedança, como no clipe de “Ainda bem”, uma das músicas do repertório. Entre asmúsicas do set list, Marisa cantou “De mais ninguém”, relembrando Cássia Eller, e ohit da cantora Mina Mazzini, interpretada em italiano, “Sono Come Tu me Vuoi”. Umadas músicas mais aplaudidas do show foram “Năo Vá embora” e “Velha Infância”.

MEGAEXPOSIÇÃO MICHELANGELOCuritiba recebeu, pela primeira vez, no dia 22 de junho, a megaexposiçăo Michelângelo, que reuniu

obras do renomado artista renascentista italiano. A mostra, que conta com 25 esculturas emgesso, esboços e fotos artísticas, retratando de forma didática e educativa todo o percurso

desenvolvido pelo artista, foi realizada no novo pavilhăo de exposiçőes do Parque Barigui, ondeocupa mais de tręs mil metros quadrados.

Em curta temporada em Curitiba, a produçăo da 360ș Eventos, em parceria com o Museu a CéuAberto (MCA), já está em cartaz no país desde 2008, passando por Săo Paulo, onde foi vista pormais de 70 mil pessoas, e Recife, com mais de 45 mil visitaçőes. O grande número de visitaçőes

explica-se pela importância do artista italiano nascido em Caprese.

Page 62: Documento Reservado

62

Documento Reservado / Junho 2012

agenda

Exposições

62

Documento Reservado / Junho 2012

Cinema

O Espetacular Homem-Aranha É a história de Peter Parker, um estudante rejeitado por seus colegas e que foi abandonado por seus pais ainda criança, sendo entăo criado por seu Tio Bene pela Tia May. Como muitos adolescentes, Peter tenta descobrir como ele se tornou a pessoa que é. Peter também está começando uma história com sua

primeira paixăo, Gwen Stacy e juntos eles lidam com amor, compromissos e segredos. Quando Peterdescobre uma misteriosa maleta que pertenceu a seu pai, ele começa uma jornada para entender odesaparecimento de seus pais – o que o leva diretamente ŕ Oscorp e ao laboratório do Dr. Curt Connors,antigo sócio de seu pai. Procurando por respostas e uma conexăo, Peter comete um erro que o coloca emrota de colisăo com o Alter ego do Dr. Connors, O Lagarto. Como Homem-Aranha, Peter tem que tomardecisőes que podem alterar vidas, para usar seus poderes e moldar seu destino de se tornar um herói.Elenco: Andrew Garfield, Emma Stone, Martin Sheen, Rhys Ifans, Sally Field, Denis Leary, Chris Zylka, C.Thomas Howell, Campbell Scott, Julianne Nicholson, Annie Parisse, Irrfan Khan, Stan Lee, Amber Stevens.Direçăo: Marc Webber. Estreia: 6 de julho.

Até a eternidadeMesmo após um evento traumático um grupo de amigos decide manter as férias anuais napraia. Porém, a culpa e a amizade serăo levadas até as ultimas conseqüęncias, fazendo comque eles confessem mentiras que tem contado uns para os outros. Elenco: Marion Coti-llard, François Cluzet, Benoît Magimel, Gilles Lellouché, Jean Dujardin, Laurent Lafitte.Direçăo: Guillaume Canet. Estreia: 6 de julho.

Bem amadasDe Paris, nos anos 60, até Londres, nos nossos dias: Madeleine e a filha Vera vagam pelassuas vidas e pelas dos homens que amam. Mas o amor pode ser luminoso e amargo, feliz edoloroso. E será capaz de resistir ŕ passagem do tempo? Elenco: Chiara Mastroianni, Catherine Deneuve, Ludivine Sagnier, Louis Garrel, Milos Forman,Paul Schneider, Radivoje Bukvic. Direçăo: Christophe Honoré. Estreia: 13 de julho.

Percurso EscultóricoA exposiçăo fica em cartaz de 12 de abril a 29 de julho, no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba. A mostra reúne46 obras do artista Sergio Camargo das décadas de 1960 e 1970. Entrada: R$4

Michelangelo A mostra que traz 25 esculturas em gesso, esboços e fotos artísticas do artista renascentista Michelangelo, ficaem cartaz até dia 15 de julho, no Pavilhăo de Exposiçăo do Parque Barigui. Horário: Segunda a sexta: 16h ŕs 21h,sábado e domingo: 10h ŕs 21h. Entrada: R$ 20.

A Cor do BrasilAs 22 imagens da VI Maratona Fotográfica de Curitiba ficarăo em cartaz até 16 de julho de 2012, na Galeria daEscola Portfólio. O concurso fotográfico foi promovido em novembro de 2011 pela escola cujo tema era dar nome ao evento. Entrada Gratuita. Endereço:R. Alberto Folloni, 634 A, Ahú.

“1968”A exposiçăo “1968 Tempos Incômodos” fica em cartaz até 12 de agosto de 2012, na Galeria da Caixa, em Curitiba. Săo 43 imagens em preto e branco,pelas lentes do fotógrafo alemăo Michael Ruetz, que retratam os anos 60.

Page 63: Documento Reservado

63

Documento Reservado / Junho 2012

63

Documento Reservado / Junho 2012

ChernobylÉ uma trama de terror em que um grupo de seis jovens que decide passar suasférias na cidade de Pripyat, onde moravam operários que trabalhavam na usinanuclear de Chernobyl - famosa pelo acidente nuclear ocorrido em 1986, quedeixou, pelas contas do entăo governo soviético, cerca de 15 mil mortos.Elenco: Jesse McCartney, Ingrid Bolso Berdal, Jonathan Sadowski, Olivia Du-dley, Nathan Phillips, Devin Kelley, Pasha D. Lychnikoff. Direçăo: Bradley Pa-rker. Estreia: 13 de julho.

Na EstradaNos ritmos do jazz, do sexo, das drogas e da busca pelo desconhecido, conta ahistória de um escritor aspirante de 18 anos de idade chamado Sal Paradise,cuja vida é energizada e, finalmente, redefinida pela chegada de Dean Moriarty, um espírito livre, destemido, que passou boa parte de sua vida dentro e forada cadeia. Entre eles, uma paixăo: uma garota precoce e libertária de 16 anos chamada Marylou. Juntos, Sal e Dean atravessam a América em busca dediversăo de alta voltagem, inspiraçăo e da última fronteira do país. Ao longo da jornada eles transcendem todas as barreiras sociais e geográficas em buscada derradeira experięncia de transcendęncia física e sensorial. Elenco: Kristen Stewart, Amy Adams, Viggo Mortensen, Kirsten Dunst, Elisabeth Moss,Steve Buscemi, Garrett Hedlund, Alice Braga, Terrence Howard, Sam Riley. Direçăo: Walter Salles. Estreia: 13 de julho.

ValenteA princesa Merida vive na Escócia do século 10, e é uma menina selvagem que prefere viver numa casa nasmontanhas, em vez do castelo da família. Merida é um pouco alienada de sua família: Rei Fergus, a rainhaEleanor e seus irmăos trigęmeos mais jovens. Elenco: Vozes no Original de: Kelly Macdonald, EmmaThompson, Kevin McKidd, Julie Walters, Billy Connolly. Direçăo: Brenda Chapman e Mark Andrews.Estreia: 20 de julho.

Aqui é meu lugarSean Penn vive um desmotivado ex-astro do rock cinquentăo que está a procurade seu pai, um ex-nazista criminoso de guerra que é refugiado nos EstadosUnidos. Elenco: Sean Penn, Frances McDormand, Judd Hirsch, Eve Hewson,Kerry Condon,Harry Dean Stanton, Joyce Van Patten, David Byrne, OlwenFouere, Shea Whigham, Liron Levo. Direçăo: Paolo Sorrentino.

As mil palavrasHomem descobre que tem somente mais mil palavras para falar antes de morrer. Elenco: Clark Duke,Eddie Murphy, Cliff Curtis, Allison Janney, Kerry Washington, Ariel Winter, John Witherspoon.Direçăo: Brian Robbins. Estreia: 27 de julho.

Page 64: Documento Reservado

64

Documento Reservado / Junho 2012

agenda

64

Documento Reservado / Junho 2012

51ș FESTIVAL FOLCLÓRICOE DE ETNIAS DO PARANÁ

Local e data: Teatro Guaíra. Dias 03/07/2012 - 14/07/2012Endereço: Rua XV de Novembro 971 - Centro Telefone: (41) 3304-7900 / 3304-7999Informaçőes: Associaçăo Interétnica do Paraná Site: www.aintepar.com.br/contato.htmlContato: Rogério Berbeki Figueiredo – PresidenteTel: (41) 9187 4914 / 3336 9037 / 3022 8510

3Ș ETAPA DO CAMPEONATOPARANAENSE DE ARRANCADA

Dias: 07 e 08 de julhoLocal: Autódromo Internacional de CuritibaEndereço: R. Iraí,16 - PinhaisFone: (41) 3667-3636Informaçőes: Autódromo Internacional de CuritibaEndereço: R. Iraí,16 - PinhaisFone: (41) 3667-3636Site: www.autodromodecuritiba.com.br

30Ș FESTA DO FRANGO, POLENTA E VINHOAlegria, música, frango e muitos outros pratos típicos săo motivos paracomemorar a boa safra do vinho e a recordaçăo das festas da distanteItália.

Eventos

Abertura: 6Ș ŕs 18h com entrada franca até ŕs 19h e distribuiçăo gratuitade polenta com molho.Dias: 06 e 07 de julho. Sábado ŕs 10h e domingo ŕs 8h com a Missa Italiana.Local: Bosque Săo Cristóvăo - Memorial ItalianoEndereço: R. Margarida Angela Zardo Miranda s/nș. - Santa FelicidadeInformaçőes: ACISFEndereço: R. Manoel Ribas, 5480 - Santa FelicidadeFone: (41) 3273-4605 /3372-9908Site: www.acisf.com.brE-mail: [email protected]

FESTIVAL DE FÉRIAS - INVERNO

CURITIBAAtividades recreativas e esportivas desenvolvidas nas tardes de 2 semanas nas férias escolares para crianças de 06 a 12 anos,acontece em locais diferenciados atingindo as nove regionais da cidade.De 09/07/2012 a 13/07/2012 Locais: 09 regionais da CidadeEndereço: diversosFone: (41) 3350 -3714 Informaçőes: Secretaria Municipal do Esporte Lazer e JuventudeEndereço: Rua Desembargador Westphalen,1566Fone: (41) 3350 -3714/ 3350-3715Site: www.curitiba.pr.gov.br

CSBC -XXXII CONGRESSO DA SOCIEDADEBRASILEIRA DE COMPUTAÇĂO

Dia : 16 ou 19 de julho (data a definir)Local: Centro Politécnico da Universidade Federal do ParanáEndereço: R. Cel. Francisco Heráclito dos Santos, Jardim das Américas Informaçőes: Departamento de Informática da FederalSite: [email protected]

XIII FEIRA SABORES DO PARANÁ As delícias produzidas em várias regiőes do Paraná. Público estimado de 30.000 pessoas.De 18 a 22 de julhoHorário: 4Ș das 16h ŕs 22h , 5Ș e 6Ș das 14h ŕs 22h, sábado das 12h ŕs22h e domingo das 12h ŕs 21hIngresso: R$5Local: Pavilhăo de Exposiçőes de Curitiba Endereço: Rodovia do Café KM 0 - BR 277 - Parque Barigui Telefone: (41) 3335-7592 Informaçőes: SEAB - Sec de Estado Agr. Abastecimento Endereço: R. dos Funcionários, 1551 - Cabral Fone: (41) 3313-4009Site: www.fabricadoagricultor.pr.gov.br e www.pr.gov.br/seab

Page 65: Documento Reservado

65

Documento Reservado / Junho 2012

65

Documento Reservado / Junho 2012

Shows

Pouca VogalOs músicos gaúchos Humberto Gessinger (En-genheiros do Hawaii) e Duca Leindecker (Cida-dăo Quem) se unem para formar o projeto Pou-ca Vogal, que se apresenta no Teatro Positivo,em Curitiba, no dia 7 de julho. O repertório incluicançőes do Pouca Vogal e das bandas Engenhei-ros do Hawaii e Cidadăo Quem, presentes noDVD “Pouca Vogal Ao Vivo em Porto Alegre”,lançado em 2009. Ingressos: Platéia inferior:R$ 110 (˝ entrada: R$ 55) e Platéia superior:R$ 90 (˝ entrada: R$ 45).

RevelaçăoO Grupo Revelaçăo se apresenta dia 6 de julhono Curitiba Master Hall. O conjunto traz ŕ capi-tal paranaense a turnę de divulgaçăo do DVD“Ao vivo no Morro da Urca II”. Ingressos: apartir de R$ 60. Informaçőes: (41) 3315-0808.

TităsA banda realiza única apresentaçăo na capitalparanaense dia 21 de julho, no Curitiba MasterHall. Atualmente o grupo realiza a turnę “CabeçaDinossauro”, em comemoraçăo ao aniversáriode 30 anos da formaçăo. No repertório do con-junto estăo as cançőes “Polícia”, “Sonífera Ilha”e “Homem Primata”. O preço dos ingressos va-ria entre R$ 60 e R$ 70.

LeonardoO cantor Leonardo se apresenta em Curitiba,no dia 13 de julho. Com sua nova turnę “NadaMudou”, o cantor traz cançőes inéditas, suces-sos antigos. Ingressos: Platéia inferior: R$ 290e Platéia superior: R$ 250. Mais informaçőes:(41) 3317-3107.

WTCC -CAMPEONATO MUNDIAL CATEGORIATURISMO WTCC E BRASILEIRO DE MARCASUm dos maiores eventos de automobilismo do mundo pela 7Ș vez emCuritiba. Data: 22 de julhoLocal: Autódromo Internacional de Curitiba Endereço:Av. Iraí, 16 - Jd. Weisópolis Fone: (41) 3667-3636 Site: www.autodromodecuritiba.com.br

10ș FESTIVAL

INTERNACIONALDE HIP HOP

Data: 21 e 22 de julhoLocal: Teatro PositivoEndereço: Fone: (41) Informaçőes: Dance & Concept Fone: (41) 3079 -8130Site: www.festivalhiphop.com.brE-mail: [email protected]

X CONGRESSODE TERAPIA

FAMILIAR

CURITIBAData (25 de julho – 28 dejulho)Local: Expo Unimed Curitiba Endereço: R. Prof. Pedro V. Parigot de Souza, 5700Fone: (41) 3317-3107Informaçőes: Idealiza EventosFone: (41)3362-7822Site: http://www.abratef.org.br/congresso2012/E-mail: [email protected]

CORRIDA DE REVEZAMENTO DASNASCENTES DO IGUAÇU

Data: 29 de julhoLocal: ruas da cidadeInformaçőes: Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e JuventudeEndereço: R. Desembargador Westphalen, 1566 - RebouçasFone: (41) 3350-3715 Fax: 3333-9494 Site: www.curitiba.pr.gov.br E-mail: [email protected]

Page 66: Documento Reservado

66

Documento Reservado / Junho 2012

Coronel Malucelli,eterno comandante

perfil

ilitar linha dura quando comandou asações da Polícia Militar na capital, o

coronel Sergio Malucelli acompanha diaria-mente, com olhos e ouvidos bem abertos, osacontecimentos na área de segurança públicado Estado e confessa que não gosta do que vê.Continua fazendo palestras a estudantes e mi-litares, onde leva seus conhecimentos das cor-porações da Polícia Rodoviária, do Corpo deBombeiros, e de dezenas de cursos que fez noexterior e no comando da capital.

Técnico do Malutrom Master, Felipinho,como é chamado, acabou absorvendo a paci-

M

Hoje na reserva e prestando serviços como diretor-executivoda Federação das Empresas de Transportes de Cargas do Paraná,Malucelli acaba de ser agraciado com a Medalha de Mérito JK pelasua atuação na área dos transportes. Alegre, brincalhão e mestreem dar apelidos a colegas no Malutrom, o coronel só se transfor-ma e fica sizudo quando a piada ou apelido reverte contra si.

66

Documento Reservado / Junho 2012

ência que Deus deu ao seu primo e coman-dante geral, Joel Malucelli. Pelo menos na horade escalar o time para os jogos de Morretes edas excursões ao exterior. Pode ter 30 ou 40atletas que ele dá um jeito para que todosjoguem. Embora fique bravo com algumascacacas, no final, perde ou ganha, lá vem elecom uma piada e tudo fica bem.

Para escalar o time, sua estratégia é sim-ples: primeiro joga a camisa nove para oJoel, a dez para o Walde, a seis para o Heinz,a oito para o Costantino, a onze para o LuizHenrique, a dois para o André Malucelli e acinco para o Abdo. Este é o time base (ouda casa). As demais camisas é por sorteioou a pedido do Joel e do Walde. Assim fun-ciona o nosso técnico que, há mais de umano, deixou de me dar a camisa sete. Desis-ti. Numa boa.

Pedro Ribeiro

Page 67: Documento Reservado

67

Documento Reservado / Junho 2012

Page 68: Documento Reservado

68

Documento Reservado / Junho 2012

Page 69: Documento Reservado

TecnologiaAudi A6 Avant: maisconforto, elegânciae tecnologia

NovidadesModelos da Fiat na linha2013 com novidades emestética e conteúdo

# O5- JUN/2O12www.documentoreservado.com.br

ENCARTE ESPECIA

L

AUTOMÓVEIS

JUN/2012Também apresenta transmissão automática

de oito velocidades e kit multimídia

Kia Mohave chega ao Brasilcom nova motorizaçãoKia Mohave chega ao Brasilcom nova motorização

Page 70: Documento Reservado

70

Documento Reservado / Junho 2012 / ESPECIAL AUTOMÓVEIS

Jornalista responsável e editor-chefePedro Ribeiro

RedaçãoRT Press ComunicaçãoEd Carlos Rocha

RevisãoNilza Batista Ferreira

ComercialJunior [email protected]

FotosDivulgação Ford, Divulgação Chevrolet,Divulgação Peugeot, Shutterstock

IlustraçõesDavidson

Projeto Gráfico e DiagramaçãoGraf Digital

ImpressãoIdealiza Gráfica e Editora

Tiragem10.000 exemplaresImpresso em papel couché foscoLD 150 g, com verniz UV (capa)e couché fosco LD 90 g (miolo)

EndereçoRua João Negrão, n0. 731Cond. New York Building - 120. andar -sl. 1205 - CEP 80010-200 - Curitiba - PR

Telefones(41) 3322-5531 / 3203-5531

[email protected]

REVISTA DOCUMENTO RESERVADOENCARTE ESPECIAL AUTOMÓVEIS# 05 - JUNHO/2012

EXPEDIENTE

Redução do IPIe as promoções

editorial

redução do IPI e as promoções que as montadoras vêm fazendo ajudaram amelhorar as vendas no último mês no mercado de automóveis, que andava

“meio parado” desde o início do ano. No entanto, além de reduzir preços, as fabrican-tes tratam de apresentar cada vez mais novidades para atrair o público.

Mostramos neste mês as novas tacadas de empresas como Mistubishi, Audi, Kia eFiat para fazer o consumidor ficar tentado a levar um dos seus modelos para casa. Seos carros por aqui ainda são caros em relação a outros países, o bom é que variedadeé o que não falta. Como mostramos nesta edição, de picape a SUV para sete lugares,tem modelo com novidade para todo o gosto e bolso. A dica é sempre pesquisar, fazertest drive e avaliar pós e contra antes de fechar negócio.

Boa leitura!

Pedro Ribeiro

A

índice71FIATNovidades na linha 2013 da Fiat

72AUDIAudi A6 Avant: mais conforto,elegância e tecnologia

74KIAKia Mohave chega ao Brasilcom nova motorizaçăo

76MITSUBISHIMitsubishi L200 Triton 2013vem recheada de tecnologia

78GIRO CARRO Ka 2013 BMW valiosa Tá no código

79HYUNDAIHyundai faz prévia do luxuoso Equus

70

Documento Reservado / Junho 2012 / ESPECIAL AUTOMÓVEIS

Page 71: Documento Reservado

71

Documento Reservado / Junho 2012 / ESPECIAL AUTOMÓVEIS

fiat

Novidades na linha 2013 da FiatDestaque é o Linea, que conta agora com câmbio Dualogic Plus

Apesar de toda esportividade, motor apresentaredução de combustível em 10%

ários modelos da Fiat na linha 2013 es-tão chegando ao mercado com novida-

des em estética, acabamento e conteúdo. Oobjetivo é tornar os carros mais atraentes parao consumidor.

Exemplo é o Fiat Linea 2013, que ganhouo novo câmbio Dualogic Plus. Ele torna atroca de marcha mais confortável e traz jun-to as novas tecnologias “Creeping” e “Auto-Up Shift Abort”, que proporcionam retoma-das com mais torque.

O modelo traz agora nova grafia do qua-dro de instrumentos com display de LCDbranco. A versão Essence ganhou opcionaiscomo novas rodas de 16 polegadas e coman-do de câmbio no volante tipo borboleta paraa versão Dualogic. Já na Absolute, comandode câmbio tipo borboleta, assim como osparafusos anti-furto e tapete em carpete pre-to são de série.

Já o Fiat Idea 2013 chega com um interi-or renovado, começando pelo novo rádio,com design moderno, na cor preta para asversões Attractive e Essence, e Cinza para aversão Adventure. Com o novo rádio, osbotões das funções Locker e My Car passama ser abaixo dele, enquanto o botão de tra-vamento das portas fica agora abaixo dassaídas de ar centrais.

A nova picape Strada - líder de mercadohá 12 anos consecutivos em seu segmento –agrega novidades como a nova motorizaçãoE-torQ 1.6 16V, que se soma às Fire 1.4 e E-torQ 1.8 16V, e passa a oferecer a Cabine Du-pla em todas as versões. Já o novo Palio We-ekend está disponível em quatro versões, quetem à sua disposição três motorizações: Fire1.4, E-torQ 1.6 16V e E-torQ 1.8 16V. Enquantoque o sedã Siena EL vem com uma lista de

equipamentos completa e opções de motoresFire 1.0 e 1.4.

A versão Adventure dos Fiat Palio Weekende Strada também está disponível com o câm-bio Dualogic® e o bloqueio de diferencialLocker – a Fiat é a primeira montadora domundo a oferecer um veículo com diferencialblocante na tração dianteira. Já em termos desegurança, o conceito HSD (High Safety Dri-ve), composto por air bag duplo e freio ABScom EBD, compõe a lista de equipamentos desérie dos novos modelos 2013.

Novos desenhosA frente dos Fiat Palio Weekend, Strada e

Siena apresenta um visual renovado, em har-monia com a lateral e a traseira. O para-cho-que mais volumoso e de linhas limpas trazuma nova grade superior com desenho emcolméias e uma barra horizontal cromada. Na

parte inferior do para-choque, destaque-se onovo design que aumenta o dinamismo daárea dos faróis de neblina e da grade inferior,alargando e abaixando o carro.

O interior dos modelos recebeu tecidosmais nobres nas forrações, novo volante, qua-dro de instrumentos com novas grafias quemelhoraram a leitura e a assimilação das in-formações transmitidas, além de inúmerositens de conveniência como porta-copos, ob-jetos e revistas. A soma de todos esses elemen-tos resultou em um ambiente interno maisagradável, harmônico e funcional.

Novo câmbiodo Lineatroca asmarchas deforma maisconfortável

Modelos ganharam atualizaçõesde acabamento e conteúdo

V

Page 72: Documento Reservado

72

Documento Reservado / Junho 2012 / ESPECIAL AUTOMÓVEIS

audi

Audi está trazendo para o Brasil a A6Avant, nova perua da marca alemã que

chega com tecnologias de ponta utilizadas nasfamílias A7 e A8. A A6 Avant 3.0 TFSI quattro éuma opção mais rápida, esportiva e dinâmicapara os consumidores que querem carros gran-des e familiares. Acelera de 0 a 100 km/h emapenas 5,6 segundos. Além da performance,oferece sistemas de auxílio ao motorista ino-vadores, como o Audi Night Vision, que detec-ta e alerta para a presença de pessoas e ani-mais até 300 metros à frente do veículo quan-do escurece; o ACC (Adaptative Cruise Con-trol), um controle de cruzeiro adaptativo queregula automaticamente a distância e veloci-dade dos veículos à frente; e o Audi Pre SensePlus, que proporciona maior segurança porantecipar uma situação de emergência, antesda percepção do motorista e, automaticamen-te, acionar o sistema de freios, modificar oposicionamento dos assentos e fechar total-mente os vidros e o tetosolar. Outro equipamentode ponta é o head-up dis-play que projeta as princi-pais informações sobre opára-brisa em forma desímbolos e dígitos.

A nova Audi A6 Avantfoi lançada recentementeno mercado europeu e temforte apelo de design e es-portividade. O modelovem equipado de sériecom diversos sistemas desegurança, idênticos aos in-corporados ao modelosedã, como carroceria ul-

Audi A6 Avant: mais conforto,elegância e tecnologia

tra leve, graças à mistura inteligente de materi-ais; direção assistida eletromecânica; e o siste-ma Audi Drive Select. A Audi oferece também,como opcional na nova A6 Avant, faróis FullLEDs. Em relação ao consumo, a nova perua é21% mais econômica do que a versão anteriore faz, na média cidade/estrada, 12,2 km/litrode combustível.

DesignA sétima geração do Audi A6 oferece um

modelo com visual elegante e sofisticaçãodos equipamentos. Medindo 4,92 metros decomprimento, 1,87 metro de largura e 1,46metro de altura, a perua oferece bastante es-paço interno e conforto aos passageiros, prin-cipalmente para quem viaja no banco trasei-ro, graças a maior distância entre-eixos, quecresceu para 2,91 metros.

A iluminação para todos os tipos de con-dições climáticas substitui os faróis de nebli-

na, cuja localização tradicional na entradade ar recebeu sensores do radar do ACC(Adaptive Cruise Control) com funçãoStop&Go. Seu alcance é de 60 metros - qua-tro vezes maior do que luzes de nevoeiroconvencionais, além de utilizar menos ener-gia. Em combinação com o xenon plus e osfaróis LED, a Audi também oferece luzes tra-seiras com tecnologia LED, dando um efeitotridimensional ao conjunto.

A carroceria, extremamente leve, possuisignificativa porção de componentes de alu-mínio – mais de 20% do conjunto. A estruturade baixo peso é ao mesmo tempo rígida esegura, em uma composição com diversos ele-mentos em alumínio e aço de alta resistência,que reduziram o peso em até 70 quilos emcomparação ao modelo anterior.

O porta-malas tem capacidade de 565 li-tros, que pode chegar até 1.680 litros com osbancos rebaixados, e possui porta-traseira com

abertura e fechamento elétri-cos. A novidade é que a tam-pa do porta-malas tambémpode ser aberta com o pé.Quando está com as mãoscarregadas, por exemplo, ousuário do veículo pode abrira porta com um ligeiro movi-mento embaixo do pára-cho-que (semelhante a um chute),onde um sensor capta o mo-vimento da perna e abre au-tomaticamente a tampa. AAvant também vem equipadacom spoiler traseiro e rodasde liga leve de 18 polegadas,com pneus 245/45 R18. Audi A6 Avant: Mais conforto, elegância e tecnologia

A

Mesmo grande, veículoacelera de 0 a 100 km/h

em 5,6 segundos

Page 73: Documento Reservado

73

Documento Reservado / Junho 2012 / ESPECIAL AUTOMÓVEIS

Page 74: Documento Reservado

74

Documento Reservado / Junho 2012 / ESPECIAL AUTOMÓVEIS

Kia Mohave kia

ao Brasil com Com muitos itens

de série e conforto,

SUV tem lugar

para sete pessoas

Page 75: Documento Reservado

75

Documento Reservado / Junho 2012 / ESPECIAL AUTOMÓVEIS

chegas concessionárias da Kia Motors do Bra-sil de todo o país começaram a receber

as primeiras unidades do Kia Mohave com novatransmissão automática de oito velocidades,kit multimídia – que inclui GPS, DVD player eBluetooth – e novo motor 3.0 diesel, que aten-de às exigências do Proconve L6, o Programade Controle da Poluição do Ar por VeículosAutomotores, responsável por determinar li-mites máximos de emissão de poluentes nosveículos comerciais leves a diesel.

O SUV mais potente da Kia agora está dispo-nível em duas versões, H.570 e H.670. A versãoH.570 possui motor diesel 3.0 litros V6 DOHCde 24 válvulas EVGT, com 256 cv e transmissãoautomática de oito velocidades com opção detroca sequencial. A versão comercializada ante-riormente apresentava 6 cv a menos de potên-cia e transmissão de 6 velocidades.

Já a versão H.670 contempla motor a ga-solina 3.8 litros V6 DOHC de 24 válvulas CVVT,com 275 cv de potência. A transmissão é au-tomática de cinco marchas, também comopção de troca sequencial. Os preços públi-cos sugeridos são, respectivamente, R$ 189,9mil e R$ 169,9 mil.

Com tração 4x4, o Mohave apresenta 4.880mm de comprimento, 1.915 mm de largura e1.810 mm de altura, com distância entre-eixosde 2.895 mm. O veículo foi desenvolvido paraacomodar bem sete pessoas.

O Mohave continua a oferecer de série omesmo nível elevado de itens de conforto esegurança visto em toda a linha Kia. Entre eles,

nova motorizaçãoTambém apresenta transmissão automática

de oito velocidades e kit multimídia

Smart Key; computador de bordo; memóriaintegrada para banco do motorista, retroviso-res externos e volante; ar-condicionado digi-tal com controle independente frontal e tra-seiro; air bags frontais, laterais e de cortinacom sensor de capotamento; câmera de ré;freios a disco nas quatro rodas com ABS e EBDe os sistemas HAC, DBC, TCS e ESP.

Sorento e Sportage com GPSA Kia tem mais novidades. O SUV Sportage

passa a contar agora com um kit multimídia emsua versão topo de linha. O sistema possui GPSintegrado ao sistema de som, CD/MP3 com en-trada USB e para iPod, Bluetooth com controlede chamada no volante, câmera de ré com vi-sor no sistema multimídia, tela sensível ao to-que, calculadora e conversor de unidades.

O Sportage disponível no Brasil com osistema de navegação apresenta motorizaçãoflex de 2.0 litros, capaz de gerar 169 cv seabastecido com gasolina e 178 cv com eta-nol. A transmissão é automática de seis velo-cidades com opção de troca sequencial e tra-ção 4x2. O preço público sugerido da versãoé de R$ 115.900,00.

Outro modelo da marca que ganha o kitmultimídia é o Kia Sorento. O Sorento com osistema de navegação possui motor 3.5 litrosgasolina V6, capaz de gerar 278 cv a 6.300rpm. Conta com tração 4x4, transmissão au-tomática de seis velocidades e bancos parasete ocupantes. O preço público sugerido daversão é de R$ 130,9 mil.

A

Page 76: Documento Reservado

76

Documento Reservado / Junho 2012 / ESPECIAL AUTOMÓVEIS

Mitsubishi L200 Triton 2013

Mitsubishi Motors está apresentando a linha 2013 das pi-capes L200 Triton com as versões HPE, Savana, GLS, GLX

e GL. Para a cidade, os modelos têm um amplo espaço internoe levam a família e amigos com conforto e segurança. No cam-po, o sistema de tração 4x4 Easy Select 4WD, faz a L200 Tritoncircular facilmente entre fazendas, estradas e riachos, com apraticidade de transportar grandes volumes.

Toda a família L200 Triton está equipada com novidades nalinha 2013: o Full Displacement e o SDS. A Mitsubishi Motors éa primeira no país a implantar em toda sua linha de picapes osamortecedores Full Displacement, uma nova tecnologia quepermite uma resposta dinâmica mais rápida que a dos amorte-cedores tradicionais, proporcionando ainda mais estabilidade eagilidade, e aumentando o conforto do veículo em todas assituações. Como as picapes são para uso misto, ou seja, podemestar transportando grande quantidade de carga ou estarem va-zias, o Full Displacement compensa essa diferença, deixando oveículo com o conforto e a performance para todas as ocasiões.

Todo o conjunto de suspensão foi redimensionado e passoua contar com o sistema SDS (Sport Dynamic Suspension), umconjunto de melhorias que reduz o movimento da carroceria edeixa o veículo ainda mais estável, tanto no asfalto, como nouso off-road.

Força e traçãoA L200 Triton HPE 2013 está disponível com motores flex

ou diesel. A versão flex é equipada com motor 3.5L V6 MPI, 24válvulas, SOHC, desenvolvendo potência de 205 cv a 5.000rpm com etanol e 200 cv a 5.000 rpm com gasolina. O torquechega a 33,5 kgf.m a 3.500 rpm (etanol) e 31,5 kgf.m a 3.500rpm (gasolina. O motor diesel é um 3.2 litros, 16 válvulas,DOHC com injeção eletrônica direta Common-Rail, turbo-compressor e intercooler, resultando em eficiência, baixos

mitsubishi

vem recheada índices de vibração e ruído, além de menor emissão de polu-entes. A potência é de 170 cv a 3.500 rpm e o torque é de 35kgf.m a 2.000 rpm. A versão a diesel tem dois tipos de trans-missão, automática ou manual.

Outra grande novidade da marca no segmento off-road é olançamento da nova L200 Triton Savana. A carroceria reforçadaem seis pontos garante ainda mais segurança e versatilidade paraeste off-road. Com motor diesel 3.2 litros, 16 válvulas, DOHCcom injeção eletrônica direta Common-Rail, turbocompressor eintercooler, a L200 Triton Savana é equipada com snorkel, quepermite atravessar trechos alagados com até 800mm de profundi-dade, rack de teto, ideal para o transporte de grandes objetossobre a cabine, prancha, que auxilia em situações extremas debaixa aderência, e duas caixas para acessórios na caçamba.

Linha L200 TritonAlém da L200 Triton HPE e L200 Triton Savana, a Mitsubishi

oferece uma linha completa de cabines dupla. Lançadas noinício deste ano, a L200 Triton GLS, L200 Triton GLX e a L200Triton GL (exclusiva para frotistas), são veículos para quemprocura confiabilidade, custo benefício e praticidade para odia a dia, já que a caçamba tem maior capacidade de carga.Todas as versões são equipadas com ar condicionado, retrovi-sores com ajuste elétrico e a nova grade frontal.

Em toda a linha L200 Triton o sistema de freios tem atecnologia 4-ABS com EBD, que distribui eletronicamente aforça de frenagem em cada roda, mantendo o veículo em umatrajetória correta e segura mesmo em situações limites deutilização dos freios.

Os valores partem de

R$ 83.990 (L200 Triton GL)

a R$ 121.490 (L200 Triton

HPE Diesel AT).

A

Page 77: Documento Reservado

77

Documento Reservado / Junho 2012 / ESPECIAL AUTOMÓVEIS

de tecnologiaUma das novidades é o sistema de amortecedor

que deixa veículo mais estável e ágil

Com carroceriareforçada, versão Savana

é ideal para off-road

Interior espaçoso e confortável contribuipara uso na cidade e em viagens

Page 78: Documento Reservado

78

Documento Reservado / Junho 2012 / ESPECIAL AUTOMÓVEIS

giro carro

Art. 195Art. 195Art. 195Art. 195Art. 195 - Desobedecer às ordens emanadas da autoridade competente de trânsito ou de seus agentes:Infração - grave;Penalidade – multa de R$ 127,69 e cinco pontos na carteira de habilitação.

Tá no código

Com importantes lançamentos e umdesempenho de vendas recorde em todasas regiões, a BMW se tornou a marca maisvaliosa do mundo no setor automotivo,ultrapassando a atual líder Toyota. Segun-do pesquisa divulgada pela Millward Bro-wn, a estratégia à longo prazo e o desen-volvimento crescente em mercados com-petitivos, como nos países do BRIC, aliadoao investimento em tecnologia e qualida-de de produtos, levaram a marca a atingir

a posição no Braz Top 100 Most Valuable Brand, na categoria automóveis. Com resultados expressivos, o BMW Group deve chegar à marca de 2milhões de carros vendidos antes de 2016. Durante o ano contábil de 2011, o BMW Group vendeu aproximadamente 1,67 milhões de veículos emais de 113.000 motos em todo o mundo.

A mesmo tempo em que promoveu a redu-ção de preços com o novo IPI, a Ford iniciou asvendas da linha 2013 do Ka. O carro chega aomercado trazendo valores em média 10% me-nores e propiciando maior valorização para ocliente na hora da revenda devido à mudançapara o ano-modelo 2013. O automóvel está avenda por R$ 21.240. A linha 2013 mantém aoferta dos modelos Flex 1.0 e 1.6. As pesquisasda Ford indicam que o Ka tem os melhoresíndices de aceitação da categoria entre os seusproprietários.

BMW valiosa

Ka 2013

Page 79: Documento Reservado

79

Documento Reservado / Junho 2012 / ESPECIAL AUTOMÓVEIS

hyundai

Hyundai faz préviado luxuoso Equus

Hyundai deu uma prévia aos clientessobre o novo lançamento da marca, o

luxuoso Equus 4.6 l, que chegará ao mercadonacional nas próximas semanas. O veículosestá exposto no 43° Festival Internacional deInverno de Campos do Jordão, realizado até31 de julho, Campos do Jordão (SP).

O Equus chega para concorrer com carrosde categorias de alto luxo e vem equipadocom itens premium que exploram ao máximoconforto, segurança, desempenho, além derequinte e exclusividade. O veículo possui opotente motor Tau V8 4.6 l DOHC que gera366 cv a 6.500 rpm, acoplado ao câmbio auto-mático Shiftronic de oito velocidades.

Modelo, que chega ao Brasil nas próximas semanas, estáexposto em Festival de Inverno em Campos do Jordão (SP)

Entre os itens de conforto destaque paradireção elétrica progressiva com sensor detorque, console traseiro com frigobar, assentovip com sistema de massagem, controle declima dos bancos, sistema de áudio LexiconLOGIC 7.1, além do sistema Smart Cruise Con-trol (SCC) também presente no Genesis quefunciona como um piloto automático inteli-gente de última geração, que mantém umavelocidade constante da forma mais segura emais econômica possível.

GenesisOutro modelo exposto foi o Genesis, re-

cém-lançado no Brasil. O modelo foi projeta-

do para desempenhar alta performance com amáxima economia de combustível. O motorLambda II 3.8 l V6 foi desenvolvido para ofuturo e está em perfeita harmonia com o câm-bio automático de oito velocidades com co-mando manual Shiftronic.

. O modelo vem equipado com um painelde instrumento super vision 3D, DIS (sistemade informação para o motorista) com rotaçãomais 8 vias de rolagem e função Multimídia deentretenimento Premium, rádio integrado comleitor de CD, DVD e MP3 com entrada paraiPOD/USB/ auxiliares e comandos no volantee sistema de som Lexicon LOGIC 7.1. O Gene-sis está à venda no valor de R$ 230 mil.

Equuschega para

concorrer nosegmento de

alto luxo

A

Page 80: Documento Reservado

80

Documento Reservado / Junho 2012 / ESPECIAL AUTOMÓVEIS