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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
MOTIVAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS:
A DIFÍCIL E IMPORTANTE TAREFA DAS
ORGANIZAÇÕES.
JOSIANE PEREIRA DA SILVA
ORIENTADOR:
Paulo José
Prof. Paulo José
Rio de Janeiro
2018 DOCUMENTO P
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O PELA
LEID
E DIR
EITO A
UTORAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
Apresentação de monografia à AVM como
requisito parcial para obtenção do grau de especialista
em Gestão Estratégica de Pessoas.
MOTIVAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS:
A DIFÍCIL E IMPORTANTE TAREFA DAS
ORGANIZAÇÕES.
Rio de Janeiro
2018
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeira a Deus, porque Dele por Ele e para
Ele são todas as coisas. A minha querida mãe pelo apoio
durante toda a minha jornada até aqui. A toda a minha
família e amigos por todo carinho e incentivo.
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DEDICATÓRIA
Dedico esta obra a Jesus Cristo, meu grande
amor. A minha mãe Ruth, Aos meus irmãos, Gabriele,
Gabriel e Joilson, as minhas tias Léa, Ester, Lidia e
Eurides e a todos os meus amigos
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RESUMO
O presente trabalho visa demonstrar quão importante é para as
empresas investir para manter seus funcionários motivados, bem como seus
desafios. Ressaltando o diferencial da motivação em um ambiente
organizacional. A pesar de vermos algumas empresas em busca de novas
diretrizes para a motivação com seus colaboradores, ainda existe uma crise de
motivação que afeta diversas categorias profissionais gerando desânimo e
fazendo com que o trabalho perca seu sentido. Diante desse cenário procurou-
se analisar a questão da motivação em ambientes organizacionais através de
pesquisas e estudos de teorias sobre o assunto. Existe ainda um mundo
desconhecido no que diz respeito a motivação humana, mas existe uma
certeza de que a motivação é uma ferramenta indispensável para o
crescimento constante das organizações, trazendo grandes benefícios não só a
empresa mas também aos próprios indivíduos como um todo.
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METODOLOGIA
As etapas desta pesquisa compreendem revisão bibliográfica sobre o
assunto e pesquisa de campo. Com a revisão bibliográfica pretende-se
aprofundar o conhecimento sobre o conceito e as teorias de motivação.
A pesquisa de campo analisará o comportamento de diversas empresas
com relação a idéia e medidas tomadas para motivação dos colaboradores.
Pretende-se analisar a comparação de empresas que investem e não investem
em ações motivadoras.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO -------------------------------------------------------------------------------- 08
CAPÍTULO I ---------------------------------------------------------------------------------- 10
MOTIVAÇÃO----------------------------------------------------------------------------------- 10
1.1 Conceito ----------------------------------------------------------------------------------- 10
CAPÍTULO II ----------------------------------------------------------------------------------- 13
O COMPORTAMENTO HUMANO NAS ORGANIZAÇÕES------------------------ 13 2.1 Teorias Motivacionais------------------------------------------------------------------- 14
CAPÍTULO III ---------------------------------------------------------------------------------- 26
O QUE REALMENTE MOTIVA AS PESSOAS?-------------------------------------- 26
3.1 O que não é motivação ---------------------------------------------------------------- 31
CAPITULO IV ---------------------------------------------------------------------------------- 32
OS DESAFIOS DAS ORGANIZAÇÕES ------------------------------------------------ 32
4.1 Qualidades de vida no trabalho ------------------------------------------------------ 33
4.1.2 O papel da liderança na motivação ----------------------------------------------- 34
CONCLUSÃO --------------------------------------------------------------------------------- 38
BIBLIOGRAFIA ------------------------------------------------------------------------------- 39
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INTRODUÇÃO
A complexidade do trabalho nas organizações, as suas variadas
demandas, os novos ambientes de produção e a competitividade crescente no
mundo dos negócios têm como essencial a necessidade de valorizar os
empregados e de criar condições favoráveis para maximizar o seu
desempenho e a sua satisfação no trabalho. Devido a isso a ciência da
administração tem sido significativamente enriquecida com vários estudos e
teorias motivacionais, uma rápida visão dessas teorias poderá ser muito útil
para melhor compreensão da questão motivacional nas organizações.
As pessoas passam a maior parte do tempo no trabalho, portanto o local
de trabalho tem extrema relevância no provimento das satisfações humanas.
No entanto, apesar de tantos estudos e pesquisas ainda encontra-se pessoas
desmotivadas, Por que isso ocorre? Como manter as pessoas motivadas para
o trabalho? O que motiva as pessoas? Diferem os indivíduos quanto à
importância dada as diversas necessidades? Essas necessidades são
estáveis? Esse estudo tem a finalidade de responder essas questões tão
importantes no âmbito das relações de trabalho e que tanto influem nos
resultados da empresa, Portanto o objetivo principal consiste em conhecer os
diversos fatores que determinam o comportamento no trabalho, a fim de
identificar aqueles que exercem maior influência sobre o indivíduo, bem como,
descobrir como manter uma motivação continuada no trabalho.
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Para entender melhor o mundo da motivação realizou-se um breve
histórico sobre o tema, analisando diversas teorias, buscando identificar os
fatores que podem influenciar a moral dos trabalhadores, por meio da pesquisa
de caráter exploratório, baseada na teórica de vários autores que discursam
sobre os aspectos do comportamento humano e a motivação no trabalho,
somando-se à contribuição de textos e artigos publicados em revistas,
informativos, trabalhos científicos e outros.
Um dos grandes desafios atuais das organizações está em manter seus
funcionários motivados, conseguir que a motivação não desapareça e fazer
com que o indivíduo continue vendo sentido no que faz; o desaparecimento
desse sentido pode ser atribuído ao descaso das organizações quanto à
motivação para o trabalho. A motivação humana guarda sutilezas e
complexidades que não podem ser desprezadas.
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CAPÍTULO I
MOTIVAÇÃO
Motivação é o empenho de aumentar ou manter tão
alto quanto possível a capacidade de um indivíduo, a fim
de que este possa alcançar excelência na execução das
atividades das quais dependam o sucesso ou o fracasso
da organização a que pertence. (HECKHAUSEN, 1967,
p.32)
1.1.1 Conceito
Pode-se definir motivação como a disposição de um indivíduo para fazer
alguma coisa que ao mesmo tempo seria condicionada pela capacidade dessa
ação trazer a satisfação de uma necessidade deste indivíduo. Esta
necessidade seria uma deficiência física ou psicológica que torna certa ação
atraente. Assim, as pessoas motivadas desempenham melhor suas tarefas do
que as desmotivadas (ROBBINS, 2008).
A motivação é o resultado de forças que agem sobre uma pessoa
levando-a agir com determinado entusiasmo. Segundo Serrano (2000), para
que haja uma ação ou reação é preciso que exista um estímulo ou necessidade
que pode ser externo ou interno, entrando de acordo com o pensamento de
Robbins. Assim tem-se a idéia de um ciclo motivacional, como na figura abaixo
na figura 1:
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Figura 1 – Esquema do processo básico da motivação
Analisando a figura compreendemos que uma necessidade não
satisfeita desencadeia tensão, o que estimula a vontade da pessoa. Esta
vontade leva a busca de objetivos e metas específicas que, quando
alcançadas, terão como conseqüências a satisfação da necessidade e a
redução da tensão, Portanto a motivação de um trabalhador é momentânea,
necessitando de outros desafios.
A palavra motivação origina-se do latim “movere” que significa mover. Essa
origem da palavra encerra a noção de dinâmica ou de ação que é a principal
tônica dessa função particular da vida psíquica (Bergamini, 1998, p.31)
Para Vergara (2005) a motivação é intrínseca, também não podemos
dizer que motivamos os outros a isso ou aquilo. Ninguém motiva ninguém. Nós
é que nos motivamos, ou não. Tudo o que os de fora podem fazer é estimular,
incentivar, provocar nossa motivação. Dito de outra maneira, a diferença entre
motivação e estímulo é que a primeira está dentro de nós e o segundo, fora.
Necessidade
não satisfeita
Vontade
Comportamento
de busca
Necessidade
satisfeita
Redução da
tensão
Tensão
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É importante salientar que quando uma pessoa se direciona a fazer algo
ela não está necessariamente motivada. Muitas vezes as pessoas fazem
determinadas coisas por temerem uma punição ou para receber uma
recompensa, neste caso existe um fator externo que leva a certa ação e,
portanto a motivação não partiu do indivíduo, não sendo uma motivação real,
apesar de existir estudos que defendem a recompensa e a punição. Mas se o
impulso a esta ação for interno, gerado por uma necessidade interior, há uma
vontade própria o que caracteriza a motivação (BERGAMINI apud BUENO,
2002).
Oliveira (2006) defende o mesmo ponto de vista apresentado
anteriormente, para ele motivação é um grupo de motivos que levam uma
pessoa a agir de forma específica e que se esta pessoa for forçada estará
realizando a tarefa apenas pela pressão que está sofrendo, mas se estiver
motivada fará escolhas certas realizando o trabalho, pois significará algo para
ela.
Portanto, são muitos conceitos e idéias sobre a motivação. Mas
independente de qual conceito é mais interessante ou não, a motivação
transformou-se em um requisito importante para o homem e sua profissão.
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CAPÍTULO II
O COMPORTAMENTO HUMANO NAS ORGANIZAÇÕES
O comportamento humano nas organizações é bastante imprevisível,
pois surge das necessidades e dos valores individuais de cada ser humano.
Não existe uma fórmula única e simples para se trabalhar com as pessoas, já
que cada uma é diferente
Comportamento pode ser definido como as reações dos indivíduos e as
respostas que este apresenta a dado estímulo, sendo determinados pelo
conjunto de características ambientais (adquiridas) e hereditárias (genéticas),
com absorção das pressões exercidas pelo meio ambiente. (KANAANE, 1999,
p. 81).
As pessoas preocupam-se em fazer o seu trabalho de formas diferentes.
Elas diferem em suas interações com seus chefes e colegas. Elas diferem em
termos dos hábitos de trabalho – rapidez em completar tarefas,
conscientização em fazer um trabalho de qualidade, cooperação com os
colegas, habilidades para lidar com situações com situações de pressão e
coisas assim. Elas variam no grau de motivação, no nível de esforço que estão
dispostas a exercer em suas tarefas, nos termos de criatividade que expõem
nos seus trabalhos e nos termos da importância que dão a fatores como
segurança, reconhecimento, promoção, apoio social, desafios no trabalho que
fazem e disposição para trabalhar além da hora do expediente. O que
singulariza as pessoas são as características psicológicas individuais como
valores, atitudes, percepções, motivações e personalidades. É preciso
reconhecer a influência exercida pelos fatores psicológicos individuais para
entender a produtividade de empregados, absenteísmo, rotatividade e
satisfação.
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2.1 Teorias motivacionais
As teorias motivacionais começaram a ser desenvolvidas na segunda
metade do século XX, e ainda hoje recebem complementações. Muitos
estudiosos classificaram essas teorias como estudo da “Satisfação”, pois visam
medir o índice de motivação das pessoas, baseadas em suas necessidades e
aspirações.
As mesmas objetivam identificar e analisar os fatores que estimulam o
comportamento das pessoas. No geral, a base para elaboração dessas
hipóteses são as teorias desenvolvidas pelos filósofos gregos que enxergavam
o comportamento humano como atitudes voltadas para a realização de algum
prazer. Elas consideram três estímulos principais do comportamento humano:
ganho material, reconhecimento social e realização pessoal.
TEORIA DAS NECESSIDADES-MASLOW
Maslow cita o comportamento motivacional, que é explicado pelas
necessidades humanas. Entende-se que a motivação é o resultado dos
estímulos que agem com força sobre os indivíduos, levando-os a ação. Para
que haja ação ou reação é preciso que um estímulo seja implementado, seja
decorrente de coisa externa ou proveniente do próprio organismo. Esta teoria
nos dá idéia de um ciclo, o Ciclo Motivacional não se realiza, sobrevém a
frustração do indivíduo que poderá assumir várias atitudes:
a) Comportamento ilógico ou sem normalidade;
b) Agressividade por não poder dar vazão à insatisfação contida;
c) Nervosismo, insônia, distúrbios circulatório-digestivos;
d) Falta de interesse pelas tarefas ou objetivos;
e) Passividade, moral baixo, má vontade, pessimismo, resistência às
modificações, insegurança, não colaboração.
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Quando a necessidade não é satisfeita e não sobrevindo as situações
anteriormente mencionadas, não significa que o indivíduo permanecerá
eternamente frustrado. De alguma maneira, segundo Maslow, a necessidade
será transferida ou compensada. Daí percebe-se que a motivação é um estado
cíclico e constante na vida pessoal. A teoria de Maslow é conhecida como uma
das mais importantes teorias de motivação. Para ele, as necessidades dos
seres humanos obedecem a uma hierarquia, ou seja, uma escala de valores a
serem transpostos. Isto significa que no momento em que o indivíduo realiza
uma necessidade, surge outra em seu lugar, exigindo sempre que as pessoas
busquem meios para satisfazê-la. Poucas ou nenhumas pessoas procurarão
reconhecimento pessoal e status se suas necessidades básicas estiverem
insatisfeitas. De acordo com esta teoria, o ser humano possui diversas
necessidades que podem ser separadas em categorias hierarquizadas. Para
motivar uma pessoa, deve-se identificar qual é a categoria mais baixa na qual
ela tem uma necessidade, e suprir estas necessidades antes de pensar em
outras em categorias mais altas. Estas categorias são normalmente
apresentadas na forma de uma pirâmide como mostrada na figura 2.
Necessidades Fisiológicas: São relacionadas às necessidades do organismo,
e é a principal prioridade do ser humano. Entre elas estão respirar e se
alimentar. Sem estas necessidades supridas, as pessoas sentirão dor e
desconforto e ficarão doentes.
Necessidades de Segurança: Envolve a estabilidade básica que o ser
humano deseja ter. Por exemplo, segurança física (contra a violência),
segurança de recursos financeiros, segurança da família e de saúde.
Necessidades Sociais: Com as duas primeiras categorias supridas, passa-se
a ter necessidades relacionadas à atividade social, como amizades, aceitação
social, suporte familiar e amor.
Necessidades de Status e Estima: Todos gostam de ser respeitados e bem
vistos. Este é o passo seguinte na hierarquia de necessidades: ser reconhecido
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como uma pessoa competente e respeitada. Em alguns casos leva a exageros
como arrogância e complexo de superioridade.
Necessidade de Auto Realização: É uma necessidade instintiva do ser
humano. Todos gostam de sentir que estão fazendo o melhor com suas
habilidades e superando desafios. As pessoas neste nível de necessidades
gostam de resolver problemas, possuem um senso de moralidade e gostam de
ajudar aos outros. Suprir esta necessidade equivale a atingir o mais alto
potencial da pessoa.
Segundo Maslow, o ser humano persegue a satisfação dos seus desejos
e motiva-se para atendê-los. Quando suas necessidades não são satisfeitas,
geram tensão. Na tentativa de diminuir essa tensão, o indivíduo ganha força
motivadora para buscar realização das necessidades. As necessidades
fisiológicas constituem a sobrevivência do indivíduo e a preservação da
espécie: alimentação, sono, repouso, abrigo, etc. As necessidades de
segurança constituem a busca de proteção contra a ameaça ou privação, a
fuga e o perigo. As necessidades sociais incluem a necessidade de
associação, de participação, de aceitação por parte dos companheiros, de
troca de amizade, de afeto e amor. A necessidade de estima envolvem a auto
apreciação, a autoconfiança, a necessidade de aprovação social e de respeito,
de status, prestígio e consideração, além de desejo de força e de adequação,
de confiança perante o mundo, independência e autonomia. As necessidades
de auto realização são as mais elevadas, de cada pessoa realizar o seu próprio
potencial e de auto desenvolver-se continuamente.
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Figura 2 - Pirâmide das Necessidades de Maslow.
TEORIA DOS DOIS FATORES-FREDERICK HERZBERG
A Teoria dos dois fatores é a teoria proposta por Frederick Herzberg, o
objetivo era identificar era identificar os fatores que causam a satisfação e a
insatisfação dos empregados no ambiente de trabalho. Para isso questionou os
entrevistados sobre o que os agradava e desagradava nas empresas em que
trabalhavam. Herzberg então dividiu estes relatos em dois fatores:
Motivacionais (os que agradavam) e higiênicos (os que desagradavam).
STATUS E
ESTIMA
SOCIAS
SEGURANÇA
FISIOLÓGICAS
AUTO REALIZAÇÃO
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Diferente de Maslow, que estudou a satisfação das necessidades das pessoas
em diversas áreas da vida, Herzberg procurou estudar o comportamento e a
motivação dentro do ambiente de trabalho especificamente.
Fatores Motivacionais: Estão relacionados com o conteúdo do cargo e com a
natureza das tarefas que o indivíduo executa. Sendo assim os fatores
motivacionais é de responsabilidade do indivíduo, pois se relaciona com o que
ele faz, portanto ele quem controla seu nível de motivação nesse aspecto.
Os fatores motivacionais estão ligados ao sentimento de crescimento pessoal,
de reconhecimento profissional e necessidades de auto realização
Fatores Higiênicos: Dizem respeito às condições físicas do ambiente de
trabalho, salário, benefícios sociais, políticas da organização, clima
organizacional, oportunidades de crescimento, etc. Segundo Herzberg, estes
fatores são suficientes apenas para evitar que as pessoas fiquem
desmotivadas. A ausência desmotiva, mas a presença não é elemento
motivador. São chamados fatores insatisfacientes, também conhecidos como
extrínsecos ou ambientais.
Ao final do estudo, Frederick Herzberg concluiu que os fatores que
levavam à insatisfação profissional nada tinham a ver com aqueles que
influenciavam na produção de satisfação dos trabalhadores. Assim, o autor
percebeu que os fatores que causavam a satisfação dos trabalhadores
estavam relacionados ao seu trabalho, à tarefa desempenhada, sua natureza,
responsabilidade, promoção, entre outros.
Herzberg constatou, também, que os fatores que causam a insatisfação
dos empregados são puramente ambientais, que não dizem respeito à tarefa
desempenhada. São relacionados à natureza das relações interpessoais,
condições do ambiente de trabalho, salário etc.
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TEORIA X E Y- MCGREGOR
A teoria de Mc Gregor é na verdade um conjunto de dois extremos
opostos de suposições. Estes conjuntos foram denominados "X" e "Y". Por
esse motivo, também é conhecida pelo nome de "Teoria X e Teoria Y".
Para Mc Gregor, se aceitarmos a teoria "X", e nos comportarmos de
acordo com ela, as pessoas se mostrarão preguiçosas e desmotivadas. Já se
aceitarmos a teoria "Y", as pessoas com quem interagimos se mostrarão
motivadas.
A teoria X caracteriza-se por ter um estilo autocrático que pretende que as
pessoas façam exatamente aquilo que a organização pretende que elas façam,
de jeito similar a Administração Científica de Taylor, a Clássica de Fayol e a
Burocrática de Weber.
A teoria Y desenvolve um estilo altamente democrático através do qual
administrar é um processo de criar oportunidades e proporcionar orientação
quanto a objetivos (...) (BUENO, 2002, p.16).
FATORES HIGIÊNICOS FATORES MOTIVACIONAIS
Reconhecimento
Política da empresa
Trabalho em si
Supervisão
Responsabilidade
Segurança
Avanço de carreira
Salário
Produzem efeito negativo quando ausentes Produzem efeito positivo quando presentes
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Douglas McGregor desenvolveu em “O lado humano das organizações” (1960)
as seguintes teorias referentes ao estilo de comando dos diretivos:
Teoria X
• Os trabalhadores não gostam do trabalho em si e sempre farão o
possível para evitá-lo.
• Para que atinjam as metas precisam ser pressionados por meio de
coação e punições.
• Os trabalhadores não gostam de responsabilidades e sempre procurarão
ordens formais.
• A maioria dos trabalhadores mostra pouca vontade de crescer e colocam
a segurança acima de qualquer outro fator.
Teoria Y
• Os trabalhadores podem considerar o trabalho tão natural e importante
quanto descansar, por exemplo.
• Se estiverem comprometidos com os objetivos demonstrarão
autocontrole e auto-orientação.
• Qualquer pessoa pode ter boas e inovadoras idéias, esta não é uma
capacidade exclusiva de cargos superiores.
• Normalmente as pessoas podem aprender e aceitar as
responsabilidades.
Mesmo que a Teoria X está ainda estendida por muitos diretivos, se
considera uma forma de pensar obsoleta. McGregor propõe a adoção da
Teoria Y para aumentar a motivação dos empregados.
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TEORIA DA FIXAÇÃO DE METAS
De acordo com Spector (2006), a teoria de Fixação de Metas é a mais
interessante para os estudos de motivação, muitas organizações utilizam a
fixação de metas em seus processos de trabalho, embora nem todas se
baseiem na teoria.
A teoria afirma que “as intenções – expressas como metas – podem ser
fonte principal de motivação no trabalho”. Pode-se dizer que metas claras
aumentam a produtividade e se o indivíduo aceita metas difíceis, estas geram
alto desempenho (ROBBINS, 2008).
Meta é aquilo que uma pessoa realmente deseja alcançar. Podendo ser
específica, quando se deseja determinado objeto ou resultado em um
determinado tempo ou situação, ou ser genérica, quando se deseja algo que
necessita de várias outras metas especificas para alcançá-la (SPECTOR,
2006). Por exemplo, desejar vender certa máquina em uma semana, é
uma meta específica. Mas se o desejo é ter o melhor desempenho em vendas,
é uma meta genérica, pois necessitará de várias vendas específicas para
atingir o objetivo final.
Valor é um padrão ou convicção pessoal fortemente enraizado, é uma
convicção em algo muito importante para o indivíduo, como a dignidade do
trabalho ou a honestidade. Os valores que cada um detém, geram o desejo de
se comportar coerentemente com os mesmos. Por exemplo, se um executivo
valoriza a honestidade, este tenta estabelecer uma meta de tentar contratar
apenas empregados honestos (RODRIGUES, 2006, p.1).
O quadro abaixo ilustra os fatores que são fundamentais para fixação de metas
em uma empresa:
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FATORES IMPORTANTES PARA QUE A FIXAÇÃO DE METAS
MELHORE O DESEPENHO NO TRABALHO
1. Aceitação da meta pelo funcionário
2. Feedback sobre o progresso em direção às metas
3. Metas difíceis e desafiadoras
4. Metas específicas
Quadro de Fatores para fixação de metas
Como pode ser observado, em primeiro lugar as metas devem ser
aceitas e os objetivos da organização devem ser vistos como objetivos
pessoais, pois somente desta forma há motivação. É preciso, em segundo
lugar, dar um retorno aos colaboradores, para que eles saibam se estão no
caminho certo. Devem-se estabelecer metas desafiadoras, para haver um
melhor desempenho. E por fim, estipular metas claras e objetivas.
Um importante requisito é que as metas sejam atingíveis, para isso
necessita-se um estudo do que será proposto aos colaboradores, pois se caso
a meta seja impossível de alcançar ela pode gerar o efeito oposto, a
desmotivação.
TEORIA DO REFORÇO
A Teoria do Reforço, conclui que as ações com consequências positivas
sobre o individuo que as pratica tendem a ser repetidas no futuro, enquanto o
comportamento que é punido tende a ser eliminado. As consequência são
positivas sempre que as pessoas sentem prazer com o seu próprio
desempenho. Daqui resulta a importância da informação sobre a organização
como fator de motivação, em especial a relativa às áreas em que a pessoa se
encontra envolvido.
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Segundo a Teoria do Reforço, o comportamento das pessoas pode ser
influenciado e controlado através do reforço (recompensa) dos
comportamentos desejados e ignorando as ações não desejadas (o castigo do
comportamento não desejado deve ser evitado na medida em que tal
contribuiria para o desenvolvimento de sentimentos de constrangimento ou
mesmo de revolta). Skinner defende mesmo que o comportamento das
pessoas pode ser controlado e moldado por longos períodos de tempo sem
que estas se elas percebam mas se sentindo livres.
Os principais tipos de reforços abordados por Skinner são:
1. POSITIVO: todo estímulo que quando está presente aumente a
probabilidade de que se produza uma conduta.
2. NEGATIVO: todo estímulo aversivo que ao ser retirado aumenta a
probabilidade de que se produza a conduta.
3. EXTINÇÃO: a qual se apresenta quando um estímulo que previamente
reforçava a conduta deixa de atuar.
4. CASTIGO: igual ao da extinção funciona para reduzir a conduta.
A teoria do reforço é à base dos sistemas de incentivo. As comissões
oferecidas a vendedores, prêmios por assiduidade e os pagamentos por item
produzidos são exemplos práticos da teoria. Assim é possível recompensar um
serviço quando este pode ser mensurado.
Existindo dois tipos de recompensas:
• Tangíveis: dinheiro, prêmios e benefícios.
• Intangíveis: reconhecimento, valorização e realização por meio da ação.
Muitas pesquisas têm demonstrado a eficiência prática desta teoria e já foi
comprovado que há um aumento significativo na produtividade dos
colaboradores quando recompensados. Mas o sucesso dos incentivos não é
uma regra, há estudiosos que não alcançaram bons resultados.
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As razões podem ser muitas, desde a falta de estrutura da empresa para que o
funcionário consiga atingir o objetivo até a falta de interesse por parte dos
colaboradores em relação ao próprio incentivo oferecido.
TEORIA DAS EXPECTATIVAS
“O termo expectativa refere-se à probabilidade de que um esforço
chegue a um resultado”.
A teoria das Expectativas é conhecida como uma das muitas teorias que
procuram explicar as motivações humanas foi desenvolvida, inicialmente, pelo
psicólogo Victor H. Vroom em 1964.
Segundo Vroom, o processo de motivação deve ser explicado em função
dos objetivos e das escolhas de cada pessoa e das suas expectativas em
atingir esses mesmos objetivos.
Esta teoria consiste numa abordagem cognitiva, que considera que o
comportamento e o desempenho são resultado de uma escolha consciente,
sendo que geralmente o comportamento é escolhido.
Os principais componentes da Teoria são: Valor, Instrumentalidade e
Expectativa.
Valor
As diferentes compensações ligadas às alternativas A, B e C terão
diferentes valores ("valências) para uma pessoa. Um novo emprego, por ex.,
poderá ter como valores positivos um maior salário e uma maior visibilidade e
como valor negativo uma carga maior de trabalho e uma mudança para outra
cidade.
Instrumentalidade
Toda pessoa tem um percepção da compensação que terá se alcançar
certo resultado. Ela pode, por ex., estar convencida de que se chegar a B será
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promovida. Essa relação entre desempenho e compensação, na linguagem de
Vroom, é chamada de "instrumentalidade".
Expectativa
Uma pessoa avalia a probabilidade de obter certo resultado comparando
os esforços necessários para tanto com suas próprias capacidades. Se ela
entender que a probabilidade ligada à alternativa A, por exemplo, é muito
baixa, ela irá fazer sua escolha entre B e C. Se ela achar que, para ela, é
impossível atingir C, ela não fará qualquer esforço para isso.
Se um determinado esforço for exercido por um indivíduo que
disponibilize de meios e competências para atingir o sucesso, o resultado será
um desempenho bem sucedido (expectativa esforço-desempenho).
Por outro lado, há que ter em consideração a expectativa de que, se um
determinado esforço tiver sucesso será obtida uma recompensa (expectativa
esforço-resultado).
EXPECTATIVA
Instrumentali-
dade
VALOR
MOTIVAÇÃO
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CAPÍTULO III
O QUE REALMENTE MOTIVA AS PESSOAS?
Sirota, Mischkind e Meltzer resumiram muito bem o assunto quando
declararam em seu artigo: “Na verdade, talvez não exista mais poderosa tática
de motivação do que dar liberdade para que as pessoas competentes façam
seu trabalho da maneira que acharem melhor”.
Segundo Bergamini, a motivação para o trabalho depende do significado
que cada um atribui a ele e não se pode negar que em condições favoráveis as
pessoas exercem naturalmente seu poder criativo atendendo seu próprio
referencial de auto-identidade e auto-estima.
É incorreto afirmar que uma regra geral explicaria o problema da
motivação, pois uma simples ação pode ter inúmeras explicações. É também
inapropriado afirmar que o problema de desempenho nas organizações é
devido unicamente a falta de motivação, pois deve-se levar em conta as
habilidades pessoais de cada indivíduo. Entretanto é de grande
responsabilidade das organizações adotarem medidas para motivar e manter
seus colaboradores motivados.
Dentre inúmeras ações que podem ser tomadas, Richard Florida, fez
uma pesquisa com mais de 20.000 profissionais no mundo inteiro e chegou a
uma lista de 10 coisas que mais motivam as pessoas no trabalho, são elas:
1. Desafios e responsabilidade;
Manter os funcionários sempre desafiados e dispostos a cumprir
suas responsabilidades é uma grande ferramenta de motivação, Isso,
porém não acontece a partir de uma ameaça, do medo, da punição ou da
simples promessa de prêmios e sim do desejo de dar uma contribuição
positiva. William Edward Deming, reconhecido pela melhoria dos processos
produtivos nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, afirmou
certa vez que a tarefa do líder é afastar o medo da organização, de modo
que os funcionários sejam encorajados a tomar decisões de maneira
autônoma
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2. Flexibilidade (para tomar decisões, inclusive em relação a
horários);
O trabalho flexível não só ajuda a melhorar a produtividade dos
funcionários, reduzindo o espaço de escritório subutilizado e os
deslocamentos, como também ajuda os trabalhadores a se tornarem
mais eficientes.
3. Ambiente estável de trabalho (rotatividade provoca mais
rotatividade);
A presença de um clima organizacional harmonioso é essencial para
toda empresa que pretende satisfazer as expectativas de seus clientes. Para
conquistá-los, é preciso conquistar as pessoas que cuidam deles. Se os
colaboradores se consideram importantes, eles produzem melhor. O
relacionamento entre as pessoas do trabalho deve ser saudável para que a
empresa também esteja com saúde, este assunto está ligado diretamente com
a satisfação do trabalhador e seus resultados na corporação. Estar em um
ambiente receptivo, amigável e agradável gera motivação e melhora o
desempenho dos funcionários, pois eles estarão mais confiantes e seguros.
Porém se estiverem em um ambiente negativo, adverso e desagradável é
provável que se sintam retraídos gerando rotatividade.
4. Dinheiro/salário/remuneração;
Seguramente um dos pontos importantes para a motivação de
colaboradores é a existência de um Sistema de Remuneração,
consistente e voltado para a dinâmica, estratégia e eficiência dos
negócios da Organização.
Um bom Sistema de Remuneração deve ser estruturado a partir
do equilíbrio interno (hierarquia de cargos) e do equilíbrio externo
(mercado), deve ainda, estar apoiado numa política e critérios claros de
administração, de modo a permitir, avaliação de cargos e salários
baseada em critérios técnicos, captação e retenção de mão-de-obra e,
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ainda, na melhoria do clima organizacional, levando os ganhos de
produtividade.
Estabelecer remuneração condizente, em busca do equilíbrio
interno e externo da sua estrutura de cargos e salários (Salário Fixo) e
sistemas que premiam/recompense também o ocupante do cargo pelo
seu desempenho na participação e/ou contribuição no alcance dos
resultados (salário variável).
Um plano de cargos e salários com remuneração justa, harmoniza
os interesses econômico-financeiros da organização com os interesses
de crescimento e qualidade de vida de seus colaboradores;
5. Desenvolvimento pessoal;
É de suma importância que as empresas além de investir em tecnologia
e processos, desenvolvam ações que valorizem os funcionários como um dos
principais responsáveis pelo sucesso dos projetos, compreendendo que
desenvolver pessoas significa cuidar do seu principal ativo, o que significa dizer
que é a partir delas que toda e qualquer operação será executada. Negócios de
sucesso dependem do êxito individual e coletivo de seus colaboradores, sendo
esse resultado uma representação concreta do retorno sobre o investimento
que é feito em uma contratação.
Desenvolver pessoas proporciona crescimento à empresa, fornecendo
uma base sólida de capital intelectual, que é um dos aspectos que mais
influencia no valor de uma organização. Além disso, esse tipo de política
voltada para o aperfeiçoamento de colaboradores gera efeitos positivos na
cultura organizacional, tornando-se um diferencial de mercado.
É importante ressaltar que desenvolver pessoas não é o mesmo que
simplesmente treinar, para Chiavenato, O treinamento diz respeito ao estímulo
constante de mudanças sistemáticas do comportamento de colaboradores,
direcionadas a uma maior produtividade e desenvolver pessoas é “um conjunto
de experiências não necessariamente relacionadas com o cargo atual, mas que
proporcionam oportunidades para desenvolvimento e crescimento profissional,
29
e ele está mais focalizado no crescimento pessoal do empregado e visa à
carreira futura — e não apenas ao cargo atual.
6. Reconhecimento;
O reconhecimento profissional é uma das ferramentas mais importantes
e eficazes para motivação de funcionários. Ele é importante no ambiente de
trabalho e contribui positivamente com a produtividade assim como contribui
com o clima organizacional.
Essa é uma parte essencial na vida de todo ser humano, principalmente
no âmbito profissional. Ao obter reconhecimento pelo trabalho executado e
pelos resultados obtidos, a tendência é que o colaborador se sinta mais
motivado e proativo, provocando assim o seu crescimento na empresa.
Existem estudos científicos que mostram que há uma parte do cérebro
dedicada à recompensa e motivação. Quando esse sistema é ativado,
automaticamente, o organismo da pessoa em questão liberará elementos
químicos que farão com que ela se torne mais comprometida, proativa e focada
em seus objetivos.
Para mostrar reconhecimento aos funcionários a empresa precisa
acompanhar de perto o trabalho de seus colaboradores, comunicar-se com
eles e elogiar, Quando notar que o colaborador fez um bom trabalho, é muito
importante não deixar de pontuar os pontos positivos. Dessa maneira, a equipe
se sentirá motivada a manter bons resultados e terão a sensação de liberdade
e criatividade dentro da corporação.
7. Chefe e colegas que dão apoio;
O líder ganha a admiração dos colaboradores quando os apóia e da
suporte. Quando faz assim, gera também uma equipe de apoio mútuo, gerando
companheirismo no ambiente de trabalho. Isso ajuda a reter talentos.
30
8. Tarefas motivadoras;
É muito importante que o líder motive seus funcionários lhes
dando tarefas que o ajudem a crescer como um todo. Vale ressaltar que
o líder deve tomar cuidado na criação de metas inalcançáveis, muitas
vezes alguns líderes colocam metas irreais, isso compromete, e muito, a
motivação.
9. Cultura da empresa;
A cultura organizacional é responsável por reunir os hábitos,
comportamentos, crenças, valores éticos e morais e as políticas internas
e externas de uma empresa. Uma boa cultura pode motivar os
funcionários e ajudá-los a crescer junto com o empreendimento, assim
como uma cultura “desorganizacional” pode empurrar a empresa e os
funcionários para problemas de produtividade e no ambiente de trabalho.
Em outras palavras, é a cultura organizacional que vai desenvolver
diretrizes para uma empresa de sucesso, a começar pela forma como os
funcionários vão enxergar o negócio e agir dentro dele. Quem investe em
uma gestão de pessoas e uma cultura corporativa de qualidade acaba
gerando maior satisfação entre os funcionários e os clientes e obtendo
maior lucro em suas atividades.
10. Localização.
Ter uma localização de fácil acesso ou tornar o acesso o mais fácil
possível para os funcionários.
31
3.1 O que não é motivação
Como podemos perceber ao longo desse trabalho, o termo motivação
tem recebido diversos conceitos e definições, o que pode trazer grande
confusão quanto ao seu real conteúdo. Para alguns é preciso aprender a
motivar pessoas, segundo estes o impulso à motivação vem de fora do
indivíduo. Outros acreditam que ninguém motiva ninguém, estes defendem
uma ação espontânea do indivíduo que age conforme o que já tem dentro de
si.
Embora se reconheça que as ações dos indivíduos sejam impulsionadas
tanto por força externas quanto internas não se podem confundir os dois tipos
de comportamento, pois são qualitativamente diferentes. Quando os
determinantes são agentes externos, o comportamento é concebido como
Movimento, neste caso, desaparecendo o que é externo, cessa o movimento.
Quando a ação tem origem em potenciais internos e próprios à pessoa, é
chamado de Motivação, assim, enquanto o objetivo não é alcançado, a pessoa
continua a agir por si mesma.
É importante ressaltar que a motivação envolve mais fatores do que um
sorriso no rosto ou uma gargalhada, não tem a ver tampouco com liberação de
endorfina no sangue (hormônio do prazer), como quando fazemos exercícios
físicos, por exemplo, ou seja, não está totalmente associada a aparência.
Pessoas motivadas estão cientes de sua luta interna e externa por atingir um
objetivo, estão envolvidas com tudo o que engloba o processo, a pessoa
motivada tem a coragem de ser o que é, de aceitar seus talentos e reconhecer
seus aspectos negativos a serem melhorados dentro da organização.
32
CAPÍTULO IV
OS DESAFIOS DAS ORGANIZAÇÕES
A pesar dos esforços de muitas organizações, muitos são os desafios em
motivar seus funcionários e mantê-los motivados. Isso se da, talvez pelo
conceito que é foi disseminado durante anos no Brasil, de que a motivação
consistia apenas no uso do medo e dos incentivos financeiros.
Talvez o grande desafio da atualidade, seja manter uma força de trabalho
motivada, saudável e preparada para a competição acirrada em que vivemos,
ainda, a capacidade das organizações responderem à demanda por parte de
seus empregados com relação à melhor qualidade de vida.
As pessoas são diferentes e consequentemente tem necessidades
diferentes e como foi dito anteriormente não existe uma “receita de bolo” para a
motivação, isso torna o trabalho das organizações mais detalhado e minucioso,
na tentativa de compreender seus funcionários.
As mudanças tecnológicas e a evolução do mundo também têm grande
influência na motivação das organizações, pois aquilo que hoje as pessoas
desejam de seus empregos está longe de ser o mesmo que desejavam há
décadas atrás. As grandes mudanças sociais e no trabalho propiciaram, de
certa forma, a garantia das necessidades fisiológicas e de segurança; como
muitas destas necessidades estão garantidas as pessoas começaram a se
preocupar mais com motivos sociais, de reconhecimento e auto-realização.
Sendo assim, dada à mudança de prioridades as organizações atuais devem
criar um tipo de ambiente que satisfaça e motive mais do que necessidades
fisiológicas e de segurança.
Muitos afirmam que o fracasso da maioria das empresas não está na
falta de conhecimento técnico e sim na maneira como lidam com as pessoas, é
preciso levar em consideração que as pessoas são seres individuais e únicos e
não mudam de uma hora para outra sua personalidade, ou seus gostos.
Apesar das dificuldades que as organizações têm enfrentado com as
pessoas elas não podem abrir mão desse desafio de atrair e mantê-las
desempenhando suas atividades com eficácia e satisfação, além do desafio de
33
buscar o potencial produtivo e criativo existente no interior de cada um
transformando-o em comportamento natural, espontâneo e produtivo
Sem dúvida, conhecer e valorizar os dons de cada pessoa torna-as mais
criativas, competitivas e eficazes. As organizações que tem lutado contra o
senso de alienação, isolamento e desconfiança, inspiram em contrapartida o
senso de autoconfiança, satisfação e segurança.
4.1 Qualidade de vida no trabalho
As pessoas passam grande parte de sua vida dentro das organizações,
portanto o trabalho ocupa uma posição de grande importância em sua vida.
Para alguns é visto como um fardo pesado, algo indesejado que acaba
impedindo de viver. Para outros, algo que dá sentido à vida, eleva seu status,
define identidade pessoal e impulsiona ao seu crescimento como pessoa.
Muitas pessoas acabam tendo o trabalho simplesmente como um meio
de sobrevivência, não tendo alternativa de avaliar se ele atende às suas
expectativas motivacionais e este acaba perdendo o sentido como referencial
de auto-estima. Como concluíram diversos autores, a motivação precisa estar
sendo sempre positivamente estimulada a fim de liberar todo o potencial da
pessoa, portanto é papel do líder propiciar meios adequados para o
desenvolvimento deste como um todo, daí a importância de lançar mão da
qualidade de vida como uma importante aliada na tentativa de resgatar a auto-
estima e a motivação humana fundamentais para criar um ambiente de
trabalho saudável, humano, produtivo e eficaz.
A busca pela qualidade de vida vai além de oferecer para os
empregados um alto salário ou a ocupação de um cargo importante. O
propósito principal consiste na satisfação pessoal do indivíduo na execução de
suas tarefas dentro das organizações. Como se sabe, muitas pessoas acabam
adoecendo por causa do trabalho; Por que o trabalho se tornou fonte de
stress? Como se percebe, a preocupação com satisfação, motivação e bem
34
estar do indivíduo no trabalho vem sendo abordado há muito por vários
estudiosos em suas diversas pesquisas e teorias já abordadas nesse trabalho.
No entanto, de acordo com Moscovici (apud RODRIGUES, 2008, p. 21) “Na
organização moderna é mantido um imenso descompasso entre o progresso
tecnológico e o progresso social em termos de qualidade de vida”,
4.2 O papel da liderança na motivação
Um elemento de grande relevância nas organizações é a relação do
individuo e o seu chefe. As pessoas estão sempre procurando estar atento em
antecipar os desejos, evitar erros e conseguir elogio, portanto os processos de
comunicação vertical são de extrema importância para que as informações
sejam passadas de forma clara evitando-se assim deturpações os duplos
sentido. Entretanto, é interessante avaliar a influência dos vários estilos de
liderança com relação ao líder/seguidor.
Os sistemas de organizações, baseados no autoritarismo força o
indivíduo a adaptar-se à organização sem dar espaço para que esta se adapte
ao indivíduo e mata qualquer iniciativa; é aquela do tipo “ordens são para ser
cumpridas e não questionadas”. Nesse modelo, à medida que as organizações
crescem se tornam mais complexas, percebe-se um aumento de pressão nos
níveis mais baixos, restrições de liberdade de ação, decisão, iniciativa e muitos
casos de ritmo acelerado de mudança. Isso pode afetar o equilíbrio das
relações desenvolvendo ansiedades e tensões cada vez maiores.
O líder motivado e motivador é fundamental na organização. Seu papel é
de extrema importância e sua função é estratégica, para que os objetivos
organizacionais sejam atingidos. Assumir um cargo de liderança, não é tarefa
fácil; exige muita competência e muita dedicação, pois as pressões por
resultados são grandes, e para atingir esse resultado, depende-se das pessoas
da equipe.
A expressão “líder desmotivado” é pouco conhecida, mas será mesmo que não
existem líderes desmotivados? É claro que existem, mas será que se dá a eles
a mesma atenção que aos demais colaboradores? Cabe a Gestão de Pessoas,
transpor mais essa barreira organizacional.
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Liderança é uma capacidade, que nasce com a pessoa, ou que é desenvolvida
por ela, dependendo da sua necessidade. É uma habilidade muito procurada
pelas empresas, porém, o que se espera delas, é ser praticamente um “super-
herói”, o que é um erro, não apenas porque super-heróis não existem, mas
também porque se trata de um ser humano, conduzindo outros seres humanos.
Vários estudos foram realizados na tentativa de explicar e defender os diversos
tipos de liderança, bem como mostrar as característica de cada uma. Portanto,
diante da diversidade administrativa apresentando situações cada vez mais
complexas se torna imprescindível rever as formas de liderança formal da
decisão. Desse modo uma nova perspectiva vem surgindo dando importância
aos membros do grupo e não apenas o líder.
A realidade atual começou a desafiar a eficiência da liderança altamente
diretiva e importância cada vez maior foi dada aos problemas de
motivação e de relações humanas.
Segundo Balcão e Cordeiro, antes de definir como liderar determinado grupo o
administrador deverá considerar determinadas variáveis de personalidade que
podem influenciar o comportamento dele mesmo e de cada indivíduo, assim
como o conjunto de expectativas do subordinado às atitudes de seu chefe com
relação a ele. Quanto melhor o administrador compreende esses fatores, com
maior precisão poderá determinar que tipo de comportamento, de sua parte,
permitirá aos subordinados agir com maior eficiência.
O Administrador poderá permitir maior liberdade dos subordinados se
existirem às seguintes condições:
� Se eles tiverem necessidades relativamente grande de liberdade.
� Se tiverem disposição para assumir responsabilidades pela tomada de
decisões.
� ·Se eles tiverem grande segurança na incerteza.
� Se estiverem interessados no problema e sentirem que é importante.
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� Se compreenderem e identificarem o problema com os objetivos da
organização.
� Se aprenderem a esperar participação nas decisões.
Se as condições acima não existirem, o administrador não terá
alternativa a não ser usar pessoalmente a sua autoridade total, pois em cada
situação o indivíduo deverá sentir-se preparado para enfrentá-la, caso contrário
não servirá como estímulo motivacional. De outra forma, o efeito restritivo
dessa forças dependerá do grau de confiança dos subordinados para seu
chefe, pois se o indivíduo aprendeu a confiar nele e a respeitá-lo ele poderá
variar seu comportamento que não será visto como chefe autoritário nas
ocasiões em que tomar pessoalmente uma decisão e quando passar essa
decisão ao grupo não será visto como tentativa de livrar-se da
responsabilidade.
Hollander propõe a teoria das trocas, onde destaca como importante
fator de eficácia na liderança o equilíbrio que deve ocorrer entre as
expectativas do subordinado e as repostas comportamentais oferecidas por
seu líder. Concomitantemente House e Mitchel propõem a teoria caminho-
objetivo, segundo a qual o líder não só deve conhecer os objetivos dos
subordinados, mas tornar um facilitador na consecução dos mesmos.
O papel do líder é de um agente a quem cabe desbloquear a força
motivacional contida no interior do seu seguidor, como explica Bergamini
(2008): a perspectiva mais natural de compreender a motivação humana é
aquela em que leva em consideração a história particular de cada um, o que se
chama de realidade motivacional; assim é imprescindível que o líder conheça
bem a cada um dos seus seguidores, dispensando-lhes uma consideração
individualizada.
A motivação nas organizações está muito ligada à interação
líder/seguidor. A eficácia do líder está relacionada com a forma positiva pelo
qual o seguidor o vê. O líder eficaz consegue facilitar a auto-estima e
autoconsciência, portanto o nível de motivação além de estar ligado ao
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indivíduo e ao seu trabalho tem estrita relação com a competência e
sensibilidade do líder.
Bergamini afirmou que o administrador eficaz deve influenciar o
comportamento de seus subordinados; é aquele que se apóia no seu poder de
manipular as variáveis externas para chegar aos resultados propostos, pois
quando o padrão de comportamento de uma pessoa corresponde as nossas
expectativas com relação a sua função, pode-se dizer que ela está motivada,
ao passo que, aqueles que acreditam que podem motivar as pessoas
entendem que elas devem ser chefiadas e não lideradas.
Com os processos de globalização e as rápidas mudanças tecnológicas
enfrentadas pelas organizações, tornou-se imprescindível preparar os líderes
para agirem de forma que garanta aumentar a motivação dos subordinados, de
sorte que não basta ter habilidade interpessoal, é indispensável também que
ele saiba utilizá-la.
Liderar é buscar resultados pela motivação. Desta forma, o líder
completo é aquele que é capaz de buscar resultados não negligenciando a
motivação, nesses termos, manter a motivação dos subordinados hoje é um
dos grandes desafios da liderança.
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CONCLUSÃO
Este trabalho apresenta um estudo sobre o desafio que as organizações
vêm enfrentando para manter seus colaboradores motivados. Nos dias de hoje
fica cada vez mais difícil satisfazer todos os desejos e necessidades de seus
colaboradores.
As organizações como um todo, devem procurar mecanismos para
tentar tornar o ambiente de trabalho mais agradável, alegre e principalmente
produtivo. As características do trabalho são possíveis atributos mais fáceis de
serem modificados para melhorar a motivação das pessoas. Elas se referem à
quantidade de responsabilidade, feedback e variedade das tarefas.
No contexto atual, percebemos como hipótese de análise a importância de
identificar principais formas de conseguir uma pessoa motivada e
comprometida com seu trabalho aumentando a responsabilidade da mesma,
tornando-se pertinente esse diagnóstico para o sucesso das organizações e
conseqüente motivação dos colaboradores.
Motivação tem sido um dos temas mais estudados nos últimos anos, e o
que mais tem preocupado as organizações em seu cotidiano. A valorização
humana deve ser vista como objeto primordial das empresas. O importante é
criar um ambiente para os colaboradores que lhes proporcionem segurança,
conforto e estabilidade, ao mesmo tempo em que eles encontrem metas a
serem alcançadas, desafios a serem vencidos e reconhecimento pelo trabalho
desenvolvido.
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BIBLIOGRAFIA
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RAE – Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v.30, n.2, p.23-
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