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0 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA ERIDAN SILVA FRANCO A FORMAÇÃO DO PROFESSOR PARA TRABALHAR COM CRIANÇAS ESPECIAIS Manaus 2012 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA

ERIDAN SILVA FRANCO

A FORMAÇÃO DO PROFESSOR PARA TRABALHAR COM

CRIANÇAS ESPECIAIS

Manaus 2012

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ERIDAN SILVA FRANCO

A FORMAÇÃO DO PROFESSOR PARA TRABALHAR COM

CRIANÇAS ESPECIAIS

Monografia entregue como requisito para a obtenção do Curso de Pós-graduação em Psicopedagogia na Universidade Cândido Mendes. Orientadora: Professora Fabiane Muniz.

Manaus 2012

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DEDICATÓRIA

Dedicamos esta monografia à Deus, pois

sem Ele não conseguiria alcançar este

objetivo.

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AGRADECIMENTOS

A Deus que é bendito e eterno por fazer-se presença viva em minha

existência na pessoa de Jesus pela demonstração do seu amor e proteção nas

todas caminhadas e lutas empreendidas por alcançar os meus objetivos.

À minha família, por sua capacidade de acreditar em mim.

A todos aqueles que de alguma forma estiveram e estão próximos de mim,

fazendo esta vida valer cada vez mais a pena.

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”A escola é um espaço privilegiado para

aprender a resolver conflitos e conviver com

a diferença”.

(Luís Carlos de Menezes)

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RESUMO

Este estudo surgiu da preocupação com a formação do professor para o trabalho com crianças especiais. Sabe-se que as escolas do ensino regular público brasileiro, destinada ao atendimento das crianças ditas normais, têm agora a incumbência de estar preparadas para receber e estruturadas para responder às solicitações da demanda de crianças com necessidades educacionais especiais, as quais, de acordo com a legislação vigente, terão que ser inseridas nas classes comuns. Essa exigência é justificada pela Declaração de Salamanca que preconiza que as crianças com deficiência juntando-se às demais, e com aprendizagem satisfatória torna-se necessária e mais eficiente para o desenvolvimento cognitivo destas. Propor orientações que contribuem fundamentação as ações pedagógicas dos professores para que visse conhecimento acadêmico, representados na escolarização regular, viabilize este processo de inclusão educacional para um bom desempenho intelectual a inserção plena na sociedade em condições de igualdade aos indivíduos reconhecidos normais, a formação do professor é o resgate ao direto e emancipação desses indivíduos tendo o papel do professor significado para concretização deste fato. É preciso, analisar a Educação Inclusiva em todos os seus sentidos porque não é apenas o simples acesso de pessoas à Educação, não é só a apropriação pela Educação de instrumentais e de tecnologias que atendam à diversidade humana, e nem mesmo a reorganização da escola como ambiente acolhedor, que garantem a efetividade deste movimento, inúmeras questões necessitam ser pensadas e refletidas. Esta pesquisa foi aplicada em uma escola pública municipal localizada na Zona Norte da Cidade de Manaus, os resultados foram obtidos através de um questionário que foi aplicado há 10 professores do ensino infantil do turno matutino e vespertino. Palavras-chave: Professor. Aluno especial. Educação Inclusiva.

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RESUMEN Este estudio surgió de la preocupación por la educación de los maestros para trabajar con niños especiales. Se sabe que las escuelas normales públicas de Brasil, para el cuidado de los niños dice que es normal ahora tienen la responsabilidad de estar preparado para recibir y estructurado para satisfacer laspeticiones de la demanda de niños con necesidades educativas especiales, que, de acuerdo con la legislación vigente, que serán colocados en clases regulares.Esta exigencia se justifica por la Declaración de Salamanca, que establece que los niños con discapacidad se unen al otro, y con el aprendizaje satisfactorio se hace necesario y más eficaz para el desarrollo cognitivo de los mismos. Proponer los lineamientos que contribuyen las razones por las acciones pedagógicas de los profesores para ver el conocimiento académico, representado en la educación regular, permitir que este proceso de inclusión educativa para un rendimiento intelectual buena inserción plena en la sociedad en pie de igualdad a las personas reconocidas normal de formación del profesorado es dirigir el rescate y el empoderamiento de los individuos con el papel del profesor destinado a la realización de este hecho. Debemos analizar la educación inclusiva en todos sus sentidos, ya que no sólo es un acceso sencillo a la educación de las personas, no sólo la apropiación de la Educación de los instrumentos y tecnologías que satisfacen la diversidad humana, y la reorganización de la escuela como ambiente acogedor, para garantizar la eficacia de este movimiento, muchas cuestiones de ben tenerse en cuenta y reflejarse. Esta investigación se aplicó en una escuela pública ubicada en la norteña ciudad de Manaus, los resultados se obtuvieron a través de un cuestionario que se aplicó por 10 profesores de la mañana los niños yturno de la tarde. Palabras clave: Maestro. Especial para estudiantes. Educación Inclusiva.

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Curso de Graduação 36

Gráfico 2: Tempo de atuação como profissional de educação 37

Gráfico 3: Tempo de trabalho com crianças especiais 38

Gráfico 4: Aptos a trabalhar com crianças especiais 39

Gráfico 5: Diagnóstico clínico de doença 40

Gráfico 6: Crianças normais em sala de aula 41

Gráfico 7: Aceitação das crianças aos colegas com deficiência 42

Gráfico 8: Alunos especiais e normais juntos 43

Gráfico 9: Atividades pedagógicas diferenciadas 44

Gráfico 10: Atendimento individualizado 45

Gráfico 11: Alunos especiais participam das recreações e jogos 46

Gráfico 12: Opinião sobre integração 47

Gráfico 13: A criança pode conquistar a inclusão social 48

Gráfico 14: A formação do professor influencia na aprendizagem 49

Gráfico 15: Ênfase ao trabalho com deficientes 50

Gráfico 16: Capacitação para o trabalho com crianças deficientes 51

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 9

1.1. OBJETIVOS 10

1.1.1. Geral 10

1.1.2. Específicos 10

1.2. JUSTIFICATIVA 10

2. REFERENCIAL TEÓRICO 12

2.1. CONCEITO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL 12

2.2. CONCEITO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA 13

2.3. FORMAÇÃO DO PROFESSOR PARA EDUCAÇÃO INCLUSIVA 17

2.3.1. A Formação do Educador 22

2.4 O PSICOPEDAGOGO E O DESAFIO DA INCLUSÃO 26

3. METODOLOGIA 33

4. RESULTADOS 36

CONSIDERAÇÕES FINAIS 53

REFERÊNCIAS 55

ANEXOS 58

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1. INTRODUÇÃO

No início deste século, os debates no campo educacional assumem os

discursos da inclusão, colocando-se em pauta a problematização desse tema com

vistas, entre outras coisas, a se propor uma escola que acolha a todos em suas

diferenças.

A educação, enquanto ciência precisa investigar o significado desses

discursos e suas consequências no contexto educacional. Caso contrário

interpretações tendenciosas poderão apagar a luta histórica de vários grupos sociais

que vêm resistindo à subserviência ideológica de dominação.

Este estudo surge da preocupação com a formação do professor para o

processo de inclusão social das crianças com necessidades educacionais especiais.

Sabe-se que as escolas de ensino regular público brasileiro destinadas ao

atendimento de crianças ditas normais têm agora a incumbência de estar

preparadas para recebê-las; e estruturadas para responder às solicitações da

demanda de crianças com necessidades educacionais especiais, as quais, de

acordo com a legislação vigente, terão que ser inseridas nas classes comuns.

Essa exigência é justificada pela Declaração de Salamanca que preconiza

que as crianças com necessidades especiais juntando-se às demais, que não

apresentam déficit no desenvolvimento e com aprendizagem satisfatória tornam-se

mais eficiente e é notável um melhor desenvolvimento cognitivo.

O processo educativo da escola se encaminha mediante a pratica pedagógica

sob responsabilidade do professor, em razão disso nos interessa investigar sobre a

formação e preparação do educador, nos reportando aqueles que lidam com

crianças com necessidades educacionais especiais, formalizando o propósito desta

pesquisa, tendo por objetivos: identificar a formação e a qualificação desse professor

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para que a escola empreenda ações educativas especializadas no aluno com

necessidades educacionais especiais buscando corresponder os objetivos da

educação nacional na tentativa oficial de igualdade de direitos aqueles antes

excluídos: se este professor, estar preparado para que os objetivos, metas e

finalidades da educação sejam alcançados.

1.1. OBJETIVOS

1.1.1. Geral

Analisar como ocorre o processo de formação do professor para a realização

da inclusão social dos indivíduos com necessidades educacionais especiais.

1.1.2. Específicos

§ Identificar como ocorre o processo de formação dos professores frente às

novas políticas públicas da inclusão social;

§ Analisar como a prática da inclusão ocorre nas escolas públicas da Zona

Centro Oeste de Manaus considerando sua formação superior;

§ Propor ações práticas que possam melhorar o processo de inclusão

principalmente das pessoas com necessidades educacionais especiais.

1.2. JUSTIFICATIVA

Importa-nos também analisar como a prática da inclusão ocorre nas escolas

públicas na visão do educador, tendo por base a formação obtida. Finalmente,

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propor orientações que contribuam com as ações pedagógicas dos professores para

que vissem conhecimentos acadêmicos, representados na escolarização regular,

que viabilizem o processo de inclusão das crianças com necessidades educacionais

especiais para um bom desempenho intelectual. A inserção plena na sociedade em

condições de igualdade aos indivíduos reconhecidos normais, tendo constatado as

realidades: a formação do professor e inclusão social trata-se de resgate ao direito

de toda a educação escolarizada e criada a oportunidades a emancipação desses

indivíduos tendo o papel do professor significado para concretização deste fato.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. CONCEITO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

É um processo que visa promover o desenvolvimento das potencialidades de

pessoas portadoras de deficiências, conduta típica ou de altas habilidades, e que

abrange os diferentes níveis e graus do sistema de ensino.

Fundamenta-se em referenciais teóricos e práticos compatíveis com as

necessidades específicas de seu alunado.

O processo deve ser integral, fluindo desde a estimulação essencial até os

graus Superiores de ensino sob o enfoque sistêmico, a educação especial integra o

sistema educacional vigente, identificando-se com sua finalidade, que é a de Formar

cidadãos conscientes e participativos. Segundo Scotti (1999, p.20) a e educação

deve ser, por princípio liberal, democrática e não doutrinária. Dentro desta

concepção o educando é, acima de tudo, digno de respeito e do direito à educação

de melhor qualidade.

A principal preocupação da educação, dessa forma, deve ser o

desenvolvimento Integral do homem e a sua preparação para uma vida produtiva na

sociedade, fundada no equilíbrio entre os interesses individuais e as regras de vida

nos grupos sociais.

A Educação Especial obedece aos mesmos princípios da Educação Geral,

deve se iniciar no momento em que se identifique atraso ou alterações no

desenvolvimento global da criança e continuar ao longo de sua vida, valorizando

suas potencialidades e lhe proporcionando todos os meios para desenvolvê-las.

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2.2. CONCEITO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA

É a implementação de uma pedagogia que é capaz de educar com sucesso

todos os educandos, mesmo aqueles comprometidos, isto é, oferecer às pessoas

com necessidades especiais as mesmas condições e oportunidades sociais,

educacionais e profissionais acessíveis às outras pessoas, respeitando-se as

características específicas de cada um. Logo a Educação Inclusiva dar-se-á através

de mecanismos que irá atender a diversidade, como, por exemplo, proposta

curricular adaptadas, a partir daquelas adotadas pela educação comum.

O atendimento dos educandos/portadores de necessidades educativas

especiais incluídos em classes comuns, exige serviços de apoio integrado por

docentes e técnicos qualificados e uma escola aberta à diversidade.

A Inclusão na Educação tem se estabelecido, a partir da década de 1990, em

questão relevante para legisladores, para gestores de políticas públicas, assim como

na produção acadêmica, constituindo-se ainda em um desafio para as instituições

educacionais e as práticas pedagógicas.

Trata-se de uma expressão impactante, quer pelas questões de direitos

humanos, quer pela tão reclamada justiça social, quer pelo sentido de universalidade

do exercício da cidadania. Sua forma concisa, sumária e fechada, minimiza a

possibilidade de réplica, de discordância. Educação Inclusiva é um lema ou, se

preferirem, um slogan pedagógico, e nesta condição, como qualquer outro slogan,

está a serviço de uma causa (REBOUL, 1999).

Educação Inclusiva, fórmula irmã de “Educação para Todos”, é a expressão

que se cristaliza a partir do contexto histórico que produziu a Conferência Mundial de

Educação para Todos, em 1990, em Jomtien, Tailândia, e a Conferência Mundial

Sobre Necessidades Educativas Especiais, realizada em 1994, em Salamanca, na

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Espanha. Este último evento reafirma o primeiro em todas as suas demandas

essenciais, assim como o Direito à Educação de cada indivíduo estabelecido na

Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU, 1948).

A Declaração consensual de Salamanca afirma que crianças e jovens com

necessidades educacionais especiais devem estar incluídos em Escolas Comuns.

Essa declaração consensual constitui a gênese do movimento pela inclusão na

educação do final do século XX e conforma a opção brasileira por construir um

sistema educacional inclusivo (Parecer CNE/CEB nº 17/2001).

Podemos tomar aí como referência Kato (2003), que estuda a principal das

exclusões, a gerada pela perda do emprego e pela precária Inclusão na Educação

tem se estabelecido, a partir da década de 1990, em questão relevante para

legisladores, para gestores de políticas públicas, assim como na produção

acadêmica, constituindo-se ainda em um desafio para as instituições educacionais e

as práticas pedagógicas.

O ano de 1996 foi reconhecido como Ano Internacional contra a Exclusão,

decisão tomada na Conferência dos Direitos da Criança para o século XXI, realizada

neste mesmo ano em Salamanca. O "Informe à UNESCO", realizado pela Comissão

Internacional, sobre a Educação para o século XXI, apresenta o mesmo seguimento,

pois estabelece que a educação tenha por finalidade transmitir conhecimentos

teóricos e técnicos, estando ao alcance de todos.

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), lei 9.394/96 (Brasil,

1996), o artigo 58 esclarece que a Educação Especial, é a modalidade de educação

escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educando

portadores de necessidades especiais. Segue em destaque os parágrafos desta lei:

1-Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola

regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial;

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2- O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços

especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não

for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular;

3- A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem início

na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil (BRASIL,1996).

Ainda de acordo com a Lei de Diretrizes, o artigo 59, inciso I, II, III e IV da lei

9.394/96 (Brasil, 1996) os sistemas de ensino assegurarão aos educando com

necessidades especiais tratamento diferenciado, ou seja:

I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização

específicos, para atender às suas necessidades;

II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível

exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e

aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os

superdotados;

III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior,

para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular

capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns;

IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na

vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem

capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos

oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas

áreas artística, intelectual ou psicomotora (BRASIL,1996).

A partir da inclusão o mundo caminha para a construção de uma sociedade

mais justa. Nota-se que este processo de construção é crescente em diversos

ambientes tais como: estabelecimentos de ensino, sociedade em geral, mídia,

serviços públicos e recursos disponíveis.

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Observa-se que o sistema educativo inclusivo traz benefícios a toda a

sociedade, pois não havendo discriminação entre as pessoas, os valores universais

da democracia, tolerância e respeito às diferenças estarão garantidos.

Posteriormente, registra-se alguns comentários e debates encontrados na Educação

Inclusiva.

Se parte das políticas de inclusão na educação se estruturam com base nas

questões inerentes à participação de grupos historicamente excluídos do processo

educacional, não podemos deixar de registrar que as políticas de inclusão na

educação principalmente se situam em um contexto global de políticas focais, que

visam a minorar os processos de exclusão e de desigualdades.

No campo da Sociologia e da Ciência Política a adoção do termo exclusão, e

conseqüentemente da inclusão, é resultado da influência do pensamento francês,

que se debruça em analisar as causas e os processos das desfiliações e rupturas,

estando frequentemente associada ao estudo do desmonte do Estado de Bem-Estar

Social e a internacionalização do capital.

Podemos tomar aí como referência layolo (2002), que estuda a principal das

exclusões, a gerada pela perda do emprego e pela precarização do trabalho.

Todas estas questões nos remetem a refletir, de imediato, sobre os diferentes

processos que desembocam neste movimento, as essencialidades, os princípios e

os valores que neles estão contidos e que raramente são desnudados, o que nos faz

pensar na precarização do trabalho. Podemos afirmar que algumas características

marcam o slogan pedagógico que se apresenta como um princípio, uma evidência

de fato ou razão: a verdade em si.

A autoria do slogan se perde no processo histórico, ou seja, há uma força no

slogan pelo seu anonimato que acentua o sentido de evidência. Outro aspecto

fundamental no slogan pedagógico é seu caráter polêmico, pois se opõe a uma

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outra informação ou idéia: o sumário, tudo isto se estabelece por um excesso de

sentido (REBOUL, 1999).

Quando pensamos em “Educação Inclusiva”, logo nos perguntamos: o que é

incluir? Há um excesso de sentido nesta palavra. Podemos ainda nos perguntar: de

que Educação estamos falando? “Educação” e “Inclusão” já são por excelência

impactantes, cada uma carrega em si um valor positivo. Então, diante do impacto

desta fórmula “Educação Inclusiva”, ficamos, na maioria das vezes, com um

sentimento primário de que devemos incluir pessoas, grupos que não participam da

Educação.

O aluno da Educação Especial é aquele que, por apresentar necessidades

diferentes dos demais alunos no domínio da aprendizagem curricular

correspondente à sua idade, requer recursos pedagógicos e metodológicos

educativos específicos. Genericamente chamados de portadores de necessidades

especiais, classificando-os em: portadores de necessidades mental, visual, auditiva,

Física, múltipla e portadores de altas (superdotados).

2.3. FORMAÇÃO DO PROFESSOR PARA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Quando se trata da inclusão, devem-se considerar aspectos ligados a

professor, uma vez que, este deve estar preparado e seguro para trabalhar com o

aluno com necessidade educacional especial. Conforme já destacava Piaget (1984,

p. 62).

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(...) a preparação dos professores constitui questão primordial de todas as reformas pedagógicas em perspectiva, pois, enquanto não for à mesma resolvida de forma satisfatória, será totalmente inútil organizar belos programas ou construir belas teorias a respeito do que deveria ser realizado. Ora esse assunto apresenta dois aspectos. Em primeiro lugar, existe o problema social da valorização ou da revalorização do corpo docente primário e secundário, a cujos serviços não são atribuídos o devido valor pela opinião pública, donde o desinteresse e a penúria que se apoderaram dessas profissões e que constituem um dos maiores perigos para o progresso, e mesmo para a sobrevivência de nossas civilizações doentes. A seguir, existe a formação intelectual e moral do corpo docente, problema muito difícil, pois quanto melhores são os métodos preconizados para o ensino mais penoso se tornam o ofício do professor, que a pressupõe não só o nível de uma elite do ponto de vista dos conhecimentos do aluno e das matérias como também uma verdadeira vocação para o exercício da profissão. Para esses dois problemas existe uma única e idêntica solução racional: uma formação universitária completa para os mestres de todos os níveis (pois quanto mais jovens são os alunos, maiores dificuldades assumem o ensino, se levado a sério).

Os três elementos apontados por Perrenoud (2000) se constituem em

aspectos fundamentais para a construção de profissionais que assumam a tarefa de

desbravar e abrir novos caminhos, construindo com isso uma autonomia individual e

liderança na gestão de sala de aula. Na condição de profissionais reflexivos, as

receitas prontas não são mais adequadas e sim as habilidades para identificar,

definir, projetar, avaliar os desafios.

Se para trabalhar com alunos que apresentam diferentes níveis de

desempenho já se faz necessário desenvolver essas habilidades, mais importante

ainda serão essa características diante das necessidades especiais dos alunos

incluídos.

A responsabilidade começa com a compreensão de que é necessário estar

em permanente processo de aprendizagem e interação com outros profissionais

para conseguir desenvolver as competências docentes necessárias na

contemporaneidade.

Se considerarmos ainda, que a formação inicial perdeu sua característica de

processo extenso, complexo e valorizado para se converter em uma atividade

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parcial, simplificada, desarticulada e que ao longo das últimas décadas foi sendo

gradativamente desvalorizada, pode-se vislumbrar o enorme desafio que a tarefa se

impõe.

Nesse aspecto, a Educação como essência do trabalho escolar, se apresenta

como elemento fundamental no processo de desenvolvimento de potencialidades

que poderão contribuir para uma resignificação da condição humana dos portadores

de necessidades educativas especiais.

Um ensino de qualidade para crianças com necessidades especiais, na perspectiva de uma educação inclusiva, envolve pelo menos, dois tipos de formação profissional docente: professores “generalistas” do ensino regular, com um mínimo de conhecimento e prática sobre alunado diversificado; e professores “especialistas” nas diferentes “necessidades educacionais especiais”, quer seja para atendimento a essa população, quer seja para apoio ao trabalho realizado pelos profissionais de classes regulares que integrem esses alunos (BUENO, 1999, p.93).

O professor especializado precisa participar de todas as ações, opinando e

discutindo com o professor do ensino regular e colaborando em todo o planejamento

em suas fases de elaboração, execução e avaliação. Desta forma, ambos terão

oportunidade de socializar o seu saber específico e junto aos outros profissionais da

equipe contribuir para a melhoria da qualidade do ensino oferecido.

A integração de professores generalistas e especialistas com outros

profissionais como: pedagogos, psicólogos, psicopedagogos, intérpretes de língua

de sinais e assistentes sociais, levaria a capacitação dessa equipe colaborativa em

serviço, e contribuiria para uma mudança na qualidade da escola inclusiva.

Além dessa integração entre pares, não se pode deixar de destacar a

importância de tanto professores quanto gestores em relação aos equipamentos e

tecnologias assistivas, que são aquelas necessárias para facilitar o processo de

inclusão de alunos com deficiência.

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O Brasil ainda apresenta um índice mínimo de acessibilidade digital, e as

adaptações de material didático e livre acesso aos meios de comunicação ainda

deixam muito a desejar em relação a outros países. É especialmente frustrante para

pessoas com deficiências a impossibilidade de acessar os conteúdos

disponibilizados na Internet, pelas instituições de ensino pela falta de teclados

adaptados, caixas de som, ou mesmo acesso com rampas ou bancadas adaptadas

a cadeirantes nos laboratórios de informática.

Se não existe uma cultura inclusiva na sociedade como um todo e nas

instituições de ensino, fatalmente se estará comprometendo a formação de

professores, não apenas no curso de pedagogia, mas em todas as demais

licenciaturas. Portanto, ao retornar-se o problema quais são os desafios para a

formação de professores na graduação em pedagogia tendo em vista a concepção

de educação inclusiva? Pode-se afirmar que esses desafios são grandes, devido

principalmente à falta de uma tradição histórica na lida com a problemática.

Associado a isso vive um momento histórico em que a falta de recursos compromete

a capacitação dos membros da equipe da escola em lidar com essa realidade.

Para isso faz-se necessário o desenvolvimento de um novo grupo de

profissionais-intelectuais, que deve ser entendida como aquele cuja atividade prática

– profissional - serve base para a elaboração de novas teorias – intelectual - que vão

propiciar o surgimento de práticas pedagógicas diferenciadas, flexíveis e

libertadoras.

Portanto, o trabalho docente com portadores de necessidades educativas

especiais na contemporaneidade deve combinar estes dois aspectos, o profissional

e o intelectual, e para isso se impõe o desenvolvimento da capacidade de reelaborar

conhecimentos. Desta maneira, durante a formação inicial, outras competências

precisam ser trabalhadas como a elaboração, a definição, a reinterpretação de

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currículos e programas que propiciam a profissionalização, valorização e

identificação do docente (PIMENTA, 2002, p. 131-132).

A verdadeira profissionalização se dá a partir do momento em que é permitido

ao professor racionalizar e analisar a própria prática, criticando-a, revisando-a,

fundamentado-a na construção do crescimento da unidade de ensino como um todo.

O professor é um agente fundamental no processo de inclusão, mas ele precisa ser

apoiado e valorizado, pois sozinho não poderá efetivar a construção de uma escola

fundamentada numa concepção inclusivista. Para tanto faz-se necessário “a

preparação de todo o pessoal que constitui a educação, como fator chave para a

promoção e progresso das escolas inclusivas” (Declaração SALAMANCA p.27). E

também, “a provisão de serviços de apoio é de importância primordial para o

sucesso das políticas educacionais inclusivas.” (Declaração SALAMANCA p. 31).

Tendo em vista o aumento considerável de professores-alunos que

atualmente frequentam a Graduação de Pedagogia, essa etapa constitui-se um

momento adequado para instrumentalizá-los a fazer uso dos recursos tecnológicos

como elementos não somente de mediação pedagógica, mas principalmente de

inclusão acadêmica e social, servindo para construir conhecimentos e dar sentido a

uma prática diferenciada.

O investimento se concretiza na dedicação ao trabalho, nas leituras, na busca

de alternativas pedagógicas que permitam não somente o desenvolvimento dos

alunos regulares, mas a sua integração e interação com os incluídos, de modo a que

ambos se beneficiem e enriqueçam com a experiência.

Por fim a criatividade, que é resultante das experiências acumuladas e

desenvolvimento pessoal, e também do acesso a diferentes recursos e infraestrutura

que a escola venha a disponibilizar.

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2.3.1. A Formação do Educador

Em seu estudo, Consinet (apud MAZZOTTA, 1993, p.31), comenta que há

dois pontos contraditórios que permeiam o problema da formação do educador: deve

ter dons naturais (nasce feito); deve aprender o ofício. Dependendo da época, ou

dos indivíduos, uma das afirmações prevaleceu. Para ele, grandes expectativas das

famílias assentam-se sobre três elementos: saber, valer ou valor, saber fazer.

O saber é algo especialmente privativo do educador, pois consiste na posse

de outra maneira de conhecimento e que deve transmitir e que só é capaz de

transmitir. Esse saber tem duplo sentido: instrumental e cultural. A leitura, a escrita e

o cálculo constituem saber instrumental; o saber cultural quanto mais “saber” tiver o

professor, mais fará com que os alunos o adquiram.

O saber fazer consiste em um composto de autoridade e habilidade. O valer

é, com efeito, qualidade indispensável ao educador, mas é qualidade igualmente

transmissível.

O saber escolar deve ser organizado com auxilio da habilidade do educador

de modo que todos os alunos possam recebê-lo.

O professor com uma boa formação profissional e conhecimentos,

experiência e habilidade transmitirá o saber acadêmico aos alunos de forma que

aprendam: leitura, escrita e cálculo. Mialaret (apud MAZZOTA, 1993, p.34) diz que

formar um educador, não é transmitir-lhe apenas receita, não é ensinar-lhe

suplemento e nem um trabalho de rotina, é essencialmente, permitir-lhe, aperfeiçoar-

se, evoluir, adaptar-se as novas situações que virão a ser impostas pela civilização

de amanhã.

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O educador precisa e deve estar aberto a todos os conhecimentos, não

apenas aos da pedagogia, mas também a todos da ciência e da técnica

contemporânea.

Esse ponto de vista é respaldado pelo posicionamento de Mazzota (1993,

p.34) “a necessidade da cultura geral para o educador é incontestável, e a condição

fundamental para que possa progredir”.

O professor e suas condições de funcionamento da escola, seu tipo especial de condição intra-escolar. Enriquece mais essa importância ao descontinuar na prática do professor em sentido político em si que se realiza também pela incompetência técnica (MELLO, 1985, p.43-45).

Por competência profissional (do professor) aponta várias características: em

primeiro lugar o domínio adequado do saber escolar a ser transmitido, juntamente

com a habilidade de organização e transmitir esse saber de modo a garantir que ele

seja efetivamente apropriado ao aluno. Em segundo lugar, uma visão relativamente

integrada e articulada dos aspectos relevantes de sua própria prática, ou seja, um

atendimento das múltiplas relações entre vários aspectos da escola: organização,

currículo, métodos de ensino, etc. Em terceiro lugar uma compreensão das relações

entre preparo técnico que recebeu a organização da escola, e os resultados de sua

ação. Em quarto lugar, uma compreensão mais ampla das relações entre a escola e

a sociedade, que passaria, necessariamente, pela questão de suas condições de

trabalho e remuneração.

Mazzotta (1993, p.35) comenta a respeito dessa hierarquia de características

apontada para Mello, chamando a atenção para o fato de que elas não implicam,

necessariamente, uma visão crítica e superada dos determinantes estruturais da

sociedade de classe e da dominação econômica. Diz ainda que o sentido político da

prática docente que valoriza se realiza pela mediação da competência técnica e

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constitui condição necessária, embora não suficiente, para a plena realização desse

mesmo sentido político da prática docente para o professor.

Buscar-se compreender o sentido da expressão. “Competência técnica para

melhor, situar a formação do educador”. Para Saviani (apud. MAZZOTTA, 1983,

p.36), “a competência técnica significa o conhecimento, o domínio das formas

adequadas de agir, é, pois o saber fazer: tal conceito engloba as três qualidades

apontadas por Cousinet já mencionadas anteriormente. Mazzotta (1993, p.36)

esclarece: esse saber não é desvinculado do conhecimento social e político, o extra

escolar, já que a ação educativa, não se resume em modificar ou aplicar método de

ensino (didatismo) ou mesmo em prática irreflexível (pragmatismo), já que a teoria

não pode ser menosprezada. Acrescenta mais, o saber fazer, assim entendido, liga-

se necessariamente a melhor explicitação possível do papel da escola ou da

educação escolar, que por sua vez, é historicamente determinado.

A formação do educador/professor além dos critérios de sua seleção em

condições gerais em que é colocado para seu trabalho depende do contexto social,

econômico e político da sociedade.

Outro importante estudo a respeito da educação e do que significa ser

professor, foi realizado por Fetzon, apresentando resultados de sua análise

conforme descritos a seguir:

§ Sociológico, o professor é entendido como educador por excelência (no

sistema escolar): a escolarização é uma das formas assumidas pelo

próximo educador;

§ Filosófico, entende-se o professor como educador - a ação educativa do

professor é então típica e específica; modelo e conselheiro significa que,

na medida em que for professor exercerá influência na formação do aluno.

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§ Político-pedagógico o professor é visto como eminentemente, um

educador e assim deve ser formado, qualquer que seja a especialidade de

campo de conhecimento solicitado pelos conteúdos programáticos. É o

professor que detém a principal responsabilidade da educação formal a

cargo do sistema.

§ Pedagógico entende-se a tarefa do professor enquanto agente da

educação sistemática como um “facilitador do processo, entendendo que

tal tarefa exige todo um preparo especializado...”.

§ Psicológico o comprometimento do educador com as metas propostas, da

consecução dos objetivos propostos pela educação escolar e etc.

Da desescolarização, mesmo entre aqueles que não entendem a

Instituição escolar como educativa, ocorrem os que entendem o Professor como

educador.

Segundo a autora, partindo do que entendem seja a educação, os teóricos

por elas analisados mantém coerência intensa em nível de antecedentes e

consequências. Os antecedentes seriam os entendimentos a respeito da educação e

a consideração da escola como instituição educativa. A consequência seria o

trabalho docente como eminentemente educativo.

Entendido como educador, o professor usa o ensino como um meio de

libertação, desenvolvimento e aperfeiçoamento do educando, a partir do potencial

individual e humano dele próprio educando, e do autoconhecimento pelo qual o

educando enfrenta a sua realidade pessoal e constrói a partir dela, o mundo em que

vive. Visto que “ensino-aprendizagem é sempre um processo bilateral, tanto aluno

quanto professor são por ele atingidos” Mazzotta (1993, p.39).

Acrescentando, diz Saviani, uma justa consciência da realidade em que irá

atuar uma fundamentação teórica que permite uma ação coerente, além de uma

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satisfatória instrumentalização técnica que lhe possibilite uma ação eficaz, constitui

os fins de um curso de formação do educador. Sua concretização implica

abrangência nos níveis: atitudinal, crítico-contextual, cognitiva e instrumental.

Mazzotta entende que, no sistema escolar o professor constitui elemento

chave, cujo papel político não é desconsiderado no conjunto das decisões políticas

da sociedade.

2.4 O PSICOPEDAGOGO E O DESAFIO DA INCLUSÃO

Enquanto campo de conhecimento humano, a Psicopedagogia tem sido

influenciada por diversas correntes teóricas e, em seu histórico, sempre esteve

voltada para as questões relativas à aprendizagem. Nas décadas de 50 e 60 do

século passado, em seu iniciar, a visão predominante era a médica. Nesta visão,

buscava-se enfocar problemas que ocorriam com os sujeitos em relação à

aprendizagem a partir de uma abordagem neuropsicológica, já que a existência de

problemas de aprendizagem apresentados por tais sujeitos gerava fracassos no

espaço escolar.

De acordo com Bossa (2000, p.37) a psicopedagogia surgiu na Europa, mais

precisamente na França, em meados do século XIX, onde a Medicina, Psicologia e a

Psicanálise, começaram a se preocupar com uma alternativa de intervenção nos

problemas de aprendizagem e suas possíveis correções. Os primeiros centros

psicopedagógicos foram fundados na Europa em 1946 por J. Boutonier e George

Mauco, com direção médica e pedagógica. Estes centros uniam conhecimentos da

área de Psicologia, Psicanálise e Pedagogia, onde tentavam readaptar crianças com

comportamento socialmente inadequados na escola ou no lar e atender crianças

com dificuldades de aprendizagem apesar de serem inteligentes.

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O profissional psicopedagogo surge para contribuir com soluções aos

problemas de aprendizagem, pois um dos maiores desafios dos docentes é trabalhar

com alunos que apresentam algum tipo de problema. E é nesse sentido, que este

procura facilitar e evitar que as interferências no processo de construção do

conhecimento seja um obstáculo.

De acordo com Bossa (2000, p.14)

A Psicopedagogia não é sinônimo de psicologia Escolar ou Psicologia Educacional. É uma área de estudos resultante da articulação de conhecimentos dessa e de outras disciplinas, apontando com novos caminhos para a solução de problemas antigos na Psicopedagogia, enquanto área de aplicação em que atua o Psicopedagogo. Esse profissional ocupa-se dos problemas de aprendizagem, os quais inicialmente foram estudados pela Medicina e pela Pedagogia, sendo hoje tratados por um corpo teórico que vem se estruturando a partir das contribuições de outros campos.

A psicopedagogia é uma ciência que se dedica a entender como o sujeito

cognoscente elabora o seu conhecimento e porque em determinados momentos

este não se torna sujeito do seu aprender. Compreender a singularidade de cada

criança diante do aprender, faz desta ciência um campo de conhecimentos

abrangentes e necessários no contexto escolar. Entender que a aprendizagem é

fruto da história de cada sujeito e das relações que ele consegue estabelecer com o

conhecimento ao longo da vida, afirma Bossa (2000). Sendo assim, é necessário

compreender como alguns autores se apropriam do conceito de aprendizagem na

visão psicopedagógica. Fernández (2001) relata que todo sujeito tem sua

modalidade de aprendizagem e os seus meios para construir o próprio

conhecimento, e isso significa uma maneira muito pessoal para se dirigir e construir

o saber.

Almeida (2003, p.28), também considera que a aprendizagem ocorre no

vínculo com outra pessoa, a que ensina, “aprender, pois, é aprender com alguém”. É

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no campo das relações que se estabelecem entre professor e o aluno que se criam

às condições para o aprendizado, seja quais forem os objetos de conhecimentos

trabalhados. Por isso, é fundamental estabelecer um bom vínculo entre professor-

aluno, pois através deste, o processo de ensino-aprendizagem será de maneira

significativa para o aluno, permitindo que ele sinta desejo em aprender. Para a

criança especial estabelecer o vínculo com alguém é um dos princípios

metodológicos que a partir da confiança estabelecida com o outro este poderá

quebrar a barreira com o mundo do objeto, interagindo com este.

O psicopedagogo diante desta relação de vinculo que deverá ser estabelecida

poderá atuar com um mediador entre professor e aluno, aluno e aluno. Cabe a este

profissional ter um olhar humano para que de uma forma singular possa clarificar as

relações para o professor de quanto é importante nestes primeiros contatos

apresentar uma rotina segura, de confiança para que esta criança sinta-se confiante

e se entregue para o aprender.

Para Weiss (2000), a prática psicopedagógica deve considerar o sujeito como

um ser global, composto pelos aspectos orgânico, cognitivo, afetivo, social e

pedagógico. Por isso, devemos valorizar cada individuo como ele é considerando

suas habilidades e respeitando suas limitações. Respeitar os limites de cada sujeito

é uma das formas que o psicopedagogo na sua atuação diante dessas crianças

especiais. Reconhecer esse sujeito como um se que estabelece seus vínculos com o

mundo de uma forma restrita, mas que apesar desta inserção é capaz de

desenvolver habilidade e competência no mundo do conhecimento. A forma como

esse sujeito se comunica com o mundo não pode é não deve ser a marca do não

aprender, mas a evidencia de que todos podem construir conhecimento, onde a

primeira atitude deve ser de quebra das barreiras, para adentrar neste mundo tão

singular de uma criança especial.

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Segundo Feldman (2006) ao psicopedagogo cabe avaliar o aluno e identificar

os problemas de aprendizagem, buscando conhecê-lo em seus potenciais

construtivos e em suas dificuldades. Após essa identificação deve ser

encaminhando, por meio de um relatório, quando necessário, para outros

profissionais - psicólogo, fonoaudiólogo, neurologista, etc. que realizam diagnóstico

especializado e exames complementares com o intuito de favorecer o

desenvolvimento da potencialização humana no processo de aquisição do saber.

Esse trabalho em equipe visa uma melhora significativa no desenvolvimento da

criança, mas quando isso é realizado precocemente.

Tendo em vista que o ser humano é um ser complexo, não podemos estudar

separadamente o afetivo, cognitivo, físico. Devemos levar em conta a singularidade

e a diversidade de cada indivíduo, pois cada um constrói a sua rede, apesar de

conviver na mesma família, cada um tem uma forma de ser, agir e pensar.

De acordo com Perrenoud (2001, p.69):

No início do ano, um professor de ensino fundamental depara-se com 20 a 25 crianças diferentes em tamanho, desenvolvimento físico, fisiologia, resistência ao cansaço, capacidades de atenção e de trabalho; em capacidade perceptiva, manual e gestual; em gostos e capacidades criativas; em personalidade, caráter, atitudes, opiniões, interesses, imagens de si, identidade pessoal, confiança em si; em desenvolvimento intelectual; em modos e capacidades de relação e comunicação; em linguagem e cultura; em saberes e experiências aquisições escolares; em hábitos e modo de vida fora da escola; em experiências e aquisições escolares anteriores; em aparência física, postura, higiene corporal, vestimenta, corpulência, forma de se mover; em sexo, origem social, origem religiosa, nacional ou étnica; em sentimentos, projetos, vontades, energias do momento...

Por isso, cabe ao Psicopedagogo ter esse olhar, dando suporte ao professor

para que ele consiga trabalhar com essa diversidade, para assim realizar um

trabalho de maneira individualizado. Auxiliar na compreensão de problemas na sala

de aula, acompanhando a educadora a trabalhar com esse educando, olhar a

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metodologia, oferecendo suporte ao professor, observando se o mesmo esta

trabalhando de forma “adequada” com esse educando.

Segundo Rotta (2006, p.112) a definição dos problemas de aprendizagem

passa primeiro pelo conceito de aprendizagem, visto que não há dúvida que o ato de

aprender se passa no sistema nervoso central, onde ocorrem modificações

funcionais condutais, que dependem do contingente genético de cada indivíduo,

associado ao ambiente onde esse ser está inserido.

O psicopedagogo tem um olhar mais amplo no que se refere ao processo de

aprendizagem, pois ele consegue perceber o individuo como um todo, porque não

podemos estudar separadamente o físico, cognitivo, social e o emocional. Isso tudo

é uma rede, que deve estar sempre interligada, e só assim o ser terá uma

aprendizagem significativa e válida para sua vida.

A partir deste estudo percebe-se que os problemas na aprendizagem no

geral, requerem um olhar atento dos profissionais da educação, pois estes podem

ter origem orgânica, psicológica ou ambiental. Cabe ao professor perceber tais

problemas, e já encaminhar seu aluno aos profissionais que poderão prestar um

atendimento especializado. E quanto mais cedo for detectado, com certeza o

resultado será significativo. Nesse caso, o Psicopedagogo é o profissional que pode

estar contribuindo, para realizar este trabalho, pois através de suas técnicas irá

realizar uma hipótese diagnóstica e encaminhar para o profissional especializado.

Após um diagnóstico elaborado, este deve ser encaminhado para o atendimento por

uma equipe multidisciplinar, formada por psicólogos, neurologistas, fonoaudiólogos,

entre outros profissionais que através de estudos conjuntos poderão estar atuando

frente ao problema.

O presente estudo está centrado na atuação do Psicopedagogo diante da

inclusão do aluno especial, assumindo o papel de desmistificador do fracasso

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escolar, entendendo o erro apresentado pelo indivíduo no processo de construção

do seu conhecimento (Piaget), a as interações (Vygotsky), como fator importante no

desenvolvimento das habilidades cognitivas.

O campo da psicopedagogia tem duas áreas muito distintas uma sendo

preventiva, onde psicopedagogo pode atuar nas escolas através de assessoria

pedagógica. Também pode atuar em cursos de formação de professores,

esclarecendo sobre o processo evolutivo das áreas ligadas à aprendizagem escolar

(perceptiva motora, de linguagem, cognitiva, emocional), auxiliando na organização

de condições de aprendizagem de forma integrada e de acordo com as capacidades

dos alunos. E a outra de caráter curativo, é dirigida as crianças, adolescentes e

adultos com distúrbios de aprendizagem.

Portanto a psicopedagogia não lida diretamente com o problema, mas sim

com as pessoas envolvidas. Lida com as crianças, com os familiares e com os

professores, levando em conta os aspectos sociais, culturais, econômicos e

psicológicos. Nesse caso, o psicopedagogo procura avaliar a situação da forma mais

eficiente e proveitosa. Em sua avaliação, no encontro inicial com o aprendente e

seus familiares, que é um recurso importantíssimo, utiliza a chamada “escuta

psicopedagógica,” que o auxiliará a captar através do jogo, do desenho, elementos

que possam explicar a causa do não aprender. Segundo Fernandes (2000, p.117),

a intervenção psicopedagógica não si dirige ao sintoma, mas o poder para mobilizar a modalidade de aprendizagem, o sintoma cristaliza a modalidade de aprendizagem em um determinado momento, e é a partir daí que vai transformando o processo ensino aprendizagem.

As atribuições do psicopedagogo também se constituem na interação com a

família, dirigindo os passos deste com essa criança. Todos nós lutamos por uma

sociedade inclusiva, que aceite a diversidade como fator que nos diferencia uma

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pessoa da outra, pois todos nós somos diferentes, independente de sua cor, classe

social, etnia. Por isso devemos valorizar cada pessoa como ela é, respeitando seu

modo de ser, pensar e agir.

Temos todo respaldo da legislação onde é assegurado e garantido o direito

desses alunos juntamente com os “ditos normais”, mas percebo o sentimento de

angústia, medo, é quando o diferente bate na porta do professor, acredito que não é

má vontade do educador e sim despreparo de como proceder com aquela situação.

Percebe-se que os educadores têm dificuldade em trabalhar com o diferente,

pois isso mexe com suas memórias educativas, exigindo-lhes uma mudança de

postura, uma nova forma de conceber sua prática pedagógica, onde eles terão que

repensar e modificar seu fazer. Cada educando passa aprender de um jeito, tendo

como ponto de partida um único conteúdo.

Desta forma deve-se ter a clareza de que o profissional que irá atuar na

educação inclusiva, deverá então possuir uma formação permanente através da

formação continuada em atividades de pesquisa, grupos de estudo entre outros

meios de formação. No entanto, não basta apenas o professor ter formação, faz-se

necessário que a escola esteja disposta a vencer as barreiras impostas, por ela

mesma. A educação inclusiva, haja vista que toda comunidade escolar deverá estar

empenhada e aberta às mudanças que proporcionem o avanço no processo.

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3. METODOLOGIA

Ao procurarmos estudar o significado e influência do professor para a inclusão

da criança com necessidades educacionais especiais, nos interessa investigar a

relação existente entre a formação desse docente e a inclusão social dessas

crianças que agora está sob a incumbência da escola pública e desenvolvida sob

responsabilidade do professor no ensino regular. Tornam-se como objeto desse

estudo, professores que atuam na Zona Centro Oeste; Particulariza-se a

investigação apenas aos professores do ensino fundamental.

O procedimento adotado consiste na pesquisa teórica que formalizam a

fundamentação deste estudo, busca-se situar as temáticas que abordam a formação

do professor para inclusão das crianças com necessidades educacionais especiais.

Posteriormente adota-se a pesquisa de campo junto aos professores que atuam com

essas crianças (Anexo A), tendo por instrumento de coleta de informações um

questionário que permitiu traçar um perfil positivo ou negativo das condições de

formação desse profissional, verificando essa influência no processo de inclusão das

crianças com necessidades educacionais especiais.

Alguns autores (DEMO, 1981; LUNA, 1999) apontam para vantagens e

desvantagens do uso do questionário. As vantagens do mesmo estão no fato de ser

um instrumento aplicável a um grande número de pessoas, transportável, de caráter

impessoal e com instrução padronizados. Entretanto, discute-se a relatividade das

palavras e frases que poder assumir interpretações diferentes para cada pessoa. Os

questionários podem ser elaborados através de questões fechadas com respostas

de múltipla escolha.

Neste trabalho, optou-se utilizar o questionário junto aos professores,

possibilitando identificar qual o tipo de formação obtida, a prática pedagógica, a

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forma como tem ocorrido a inclusão educacional social das crianças com

necessidades educacionais especiais, com o objetivo de investigar a relação entre a

formação do professor e a inclusão educacional social; resultado que pretende-se

obter a partir das informações coletadas junto ao professor que atua com essas

crianças portadoras de necessidades especiais.

Como colaboração que venha melhorar o trabalho pedagógico na tarefa e

educar crianças com necessidades educacionais especiais, na perspectiva positiva

para que ocorra efetivamente sua inclusão educacional através do ensino dos

conteúdos formais por estes absorvidos, os quais lhes proporcionem emancipação

ao dominar o ler e escrever.

O questionário foi aplicado em comum acordo entre professor, direção da

escola e a pesquisadora. A apresentação da pesquisadora às professoras seguiu a

dinâmica estabelecida pela escola. Nesta apresentação a pesquisadora buscará

explicar os objetivos da pesquisa de modo claro, assim como todas as etapas da

coleta de informações, garantindo-se o sigilo quanto à identidade dos participantes.

As informações adquiridas relatam a configuração do perfil positivo ou negativo da

formação do professor, permitindo a análise do processo de inclusão na escola

pública.

Diante ao referencial teórico, suporte deste estudo e as contribuições dos

professores, foi possível comprovar como a educação inclusiva esta ocorrendo,

tratando-se em particular de uma escola pública da Zona Centro Oeste de Manaus.

Destaca-se que este estudo, dá-se por amostra, já que não estarão envolvidas todas

as escolas, nem todos os professores que lidam com crianças com necessidades

educacionais especiais.

Contudo cremos que serviu para esclarecer e despertar os educadores para a

necessidade de uma formação especializada como condição imprescindível para a

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inclusão dessas crianças, servindo como indicativo para posteriores estudos de

maior aprofundamento e abrangência a respeito da temática, como pretende a lei de

diretrizes e base da educação nacional.

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4. RESULTADOS

Esta pesquisa foi aplicada há 10 professores dos turnos matutino e vespertino

de uma escola pública municipal localizada na Zona Centro Oeste da Cidade de

Manaus.

Através desta pesquisa pode se constatar que todos os professores

entrevistados possuem nível superior, o que é muito positivo para uma boa

qualidade de ensino.

O gráfico 1 apresenta a resposta dos professores quanto ao Curso de

graduação, por meio do qual nota-se que 10% dos entrevistados concluíram o curso

de pedagogia, 30% possuem apenas o ensino médio do curso de Magistério, quanto

ao curso superior optaram por outras áreas, tipo engenharias; e 60% dos

entrevistados têm o Curso Normal Superior.

Gráfico 1: Curso de Graduação

Fonte: Pesquisa acadêmica (2012)

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Dos professores entrevistados 7 deles já possuem algum tipo de

especialização, estatística favorável para a escola em estudo.

O gráfico 2, questiona quantos anos esses professores atuam na área. Notou-

se, portanto, que 10% dos entrevistados estão de 5 a 10 anos na profissão; 20% tem

mais de 20 anos e 70% já possuem entre 10 a 20 anos como profissional de

educação.

Gráfico 2: Tempo de atuação como profissional de educação

Fonte: Pesquisa acadêmica (2012)

Verifica-se assim que para a construção de uma Educação Inclusiva e

inovadora no sistema educacional, um dos princípios, é obter novos paradigmas e

estratégias de ensino-aprendizagem. O desafio a ser vencido é construir e pôr em

prática no ambiente escolar com uma pedagogia que consiga ser comum ou válida

para todos os alunos, porém capaz de atender diferencialmente aos alunos cujas

características requeiram um trabalho diferenciado (BEYER, 2007).

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Em entrevista aos professores foi questionado quantos participaram de algum

tipo de capacitação em educação inclusiva, apenas 1 nunca tinha participado, o

restante composto por 9 professores já tinham participado de alguma palestra ou

curso voltado para alunos deficientes.

Através do gráfico 3, ilustra-se em quanto tempo esse profissional atua com

crianças especiais, vimos que 40% dos entrevistados já trabalham com crianças

especiais entre 5 a 10 anos; 60% dos entrevistados atuam há pouco tempo entre 1 a

5 anos.

Gráfico 3: Tempo de trabalho com crianças especiais

Fonte: Pesquisa acadêmica (2012)

A Educação Inclusiva atenta a diversidade inerente à espécie humana, busca

perceber e atender as necessidades educativas especiais de todos os sujeitos-

alunos, em salas de aulas comuns, em um sistema regular de ensino, de forma a

promover a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal de todos. Com força

transformadora, a educação inclusiva aponta para uma sociedade inclusiva.

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Por meio do gráfico 4, foi questionado aos professores se eles sentem-se

preparados para atuar com crianças especiais. Dentre os entrevistados, nenhum

disse está preparado para atuar com as crianças especiais, 40% dos entrevistados

responderam que razoavelmente, ou seja, são se sentem aptos a trabalhar com

crianças deficientes e 60% responderam a desejar, que não tem condições e nem

preparo para lecionar para essas crianças.

Gráfico 4: Aptos a trabalhar com crianças especiais

Fonte: Pesquisa acadêmica (2012)

O professor, na educação inclusiva, precisa ser preparado para lidar com as

diferenças, com a singularidade e a diversidade de todas as crianças e não com um

modelo de pensamento comum a todas elas.

...cabe a ele, a partir de observações criteriosas, ajustar suas intervenções pedagógicas ao processo de aprendizagem dos diferentes alunos, de modo que lhes possibilite um ganho significativo do ponto de vista educacional, afetivo e sociocultural (PRADO & FREIRE, 2001, p.5).

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Por meio do gráfico 5, os entrevistados responderam quais as crianças que

tem diagnóstico clínico da doença, as respostas dos professores foram 20%

responderam algumas, 30% responderam não e 50% responderam sim.

Gráfico 5: Diagnóstico clínico de doença Fonte: Pesquisa acadêmica (2012)

Vale ressaltar que a noção de escola inclusiva, cunhada a partir da

Declaração de Salamanca (1994), toma uma dimensão que vai além da inserção dos

portadores de deficiências, pois esses não são os únicos excluídos do processo

educacional. É fato constatado que o nosso sistema regular de ensino, programado

para atender aquele aluno “ideal”, com bom desempenho psicolinguístico, motivado,

sem problemas intrínsecos de aprendizagem, e oriundo de um ambiente sócio

familiar que lhe proporciona estimulação adequada, tem se mostrado incapaz de

lidar com o número cada vez maior de alunos que, devido a problemas sociais,

culturais, psicológicos e/ou de aprendizagem, fracassam na escola.

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Por meio do gráfico 6, foi questionada quais as crianças ditas normais

compõem a turma, os entrevistados responderam o seguinte: 10% de 30 a 40

crianças; 10% acima de 40 crianças; 30% de 20 a 30 crianças e 50% de 10 a 20

crianças. Através desta pesquisa podemos notar que todas as turmas são

compostas 20 crianças e algumas turmas chegam a ter 52 crianças, isto é um

quadro muito negativo, que infelizmente é a realidade de várias escolas públicas

localizadas na cidade de Manaus.

Gráfico 6: Crianças normais em sala de aula

Fonte: Pesquisa acadêmica (2012)

A escola pública, criada a partir dos ideais da Revolução Francesa como

veículo de inclusão e ascensão social, vem sendo em nosso país inexoravelmente

um espaço de exclusão não só de deficientes, mas de todos aqueles que não se

enquadram dentro do padrão imaginário do aluno “normal”. As classes especiais, por

sua vez, se tornaram verdadeiros depósitos de todos aqueles que, por uma razão ou

outra, não se enquadram no sistema escolar (GLAT, 2000, p.18).

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Através do gráfico 7, foi questionado aos professores acerca de qual a

aceitação das crianças normais aos seus colegas com deficiência. Notou-se por

meio das respostas que 20% dos entrevistados responderam que esta aceitação é

regular e 80% é boa a aceitação dos alunos.

Gráfico 7: Aceitação das crianças aos colegas com deficiência

Fonte: Pesquisa acadêmica (2012)

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O gráfico 8, questiona aos professores se ter alunos deficientes na sala de

aula dificulta o ensino ao restante da turma, ou seja, aos ditos normais. Por meio da

entrevistada aplicada notou-se que 10% dos professores responderam totalmente,

ou seja, confirmam que fica difícil trabalhar com este misto de alunos em sala de

aula; 30% dos entrevistados responderam insignificantes afirmando que não se

importam com as diferenças encontradas em sala de aula; 60% dos entrevistados

alegam que significativamente é problema trabalhar com alunos especiais e normais

juntos.

Gráfico 8: Alunos especiais e normais juntos

Fonte: Pesquisa acadêmica (2012)

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O gráfico 9 aborda se as atividades pedagógicas são diferenciadas entre

crianças normais e especiais, constatou-se que 40% dos entrevistados afirmam ser

as mesmas atividades e 60% das entrevistadas dizem que totalmente diferente, ou

seja, aumenta o seu trabalho.

Gráfico 9: Atividades pedagógicas diferenciadas

Fonte: Pesquisa acadêmica (2012)

Quando se aborda a necessidade da diferenciação curricular é comum atribuir

essa responsabilidade ao professor. Segundo Rodrigues (2006), os professores

“inclusivos” fazem-na e os professores “tradicionais” mantém-se em modelos não

diferenciados.

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O gráfico 10, questiona aos entrevistados se a criança com necessidades

especiais tem atendimento individualizado, 10% afirmam ser impossível haver esta

diferenciação; 40% dizem que sim, pois as atividades precisam ser diferenciadas

para haver aprendizagem; 50% mais ou menos, pois tentam envolver os alunos em

atividades diferenciadas e as incluem nas atividades normais.

Gráfico 10: Atendimento individualizado Fonte: Pesquisa acadêmica (2012)

Uma escola que não diferencia o seu currículo não usa modelos inclusivos e

forçosamente não promove a igualdade de oportunidades entre os seus alunos.

Cabe aqui notar que a diferenciação a que nos referimos é no âmbito de uma escola

comum a todos os alunos e não a perspectiva histórica de diferenciação curricular

que, como nota Roldão (2003), era uma forma de sancionar a estratificação social

através do currículo escolar.

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Através do gráfico 11 foi perguntado se os alunos especiais participam das

atividades de recreações e jogos. 20% dos professores entrevistados afirmam que

não e 80% dos entrevistados alegam que procuram envolver os alunos especiais

nas atividades normais.

Gráfico 11: Alunos especiais participam das recreações e jogos

Fonte: Pesquisa acadêmica (2012)

A escola é uma estrutura com uma inércia organizacional de dimensão

considerável. Os alunos são agrupados aleatoriamente em grupos (turmas ou

classes) que permanecem estáveis ao longo de vários anos. Este agrupamento, se

não for desmembrado em função das atividades, do nível dos alunos, dos projetos,

etc. torna-se um constrangimento e uma limitação dado que é um grupo artificial e

aleatório de aprendizagem. Por vezes, o maior ou menor sucesso dos alunos na

escola depende deste mecanismo puramente aleatório: se estivesse numa outra

classe o sucesso do aluno poderia ser completamente diferente. Por outro lado,

horários, espaços, equipamentos, materiais, etc. representam importantes

constrangimentos para realizar uma diferenciação curricular e que não são possíveis

de remover por uma vontade solitária (FONSECA, 1995).

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Foi questionado se os pais dessas crianças especiais acompanham a vida

escolar de seus filhos. Todos os professores entrevistados dizem que os pais dos

alunos especiais os acompanham diariamente em suas atividades escolares.

O gráfico 12 foi questionado aos professores a opinião deles acerca de se

envolver os alunos especiais com a classe comum é integração. As respostas foram

as seguintes: 10% responderam afirmativamente; 40% disseram que não e 50%

acreditam que parcialmente, ou seja, nota-se que a opinião entre os professores

está bem dividida.

Gráfico 12: Opinião sobre integração Fonte: Pesquisa acadêmica (2012)

Os professores entendem a inclusão escolar, buscando, também, conhecer

as dificuldades existentes e as suas necessidades de preparação para promover a

inclusão de alunos com deficiência no ensino comum.

Foi questionado aos entrevistados se estas crianças especiais possuem

diagnóstico clínico especializado. 3 professores não sabem informar e 7 afirmam que

sim, as crianças possuem acompanhamento clínico especializado. Infelizmente ficou

nítido por meio desta pesquisa que a escola em estudo não possui uma equipe

multidisciplinar como apoio técnico ao trabalho pedagógico de seus professores.

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Fica claro que a simples inserção de alunos com necessidades educativas

especiais, sem nenhum tipo de apoio ou assistência aos sistemas regulares de

ensino, pode redundar em fracasso, na medida em que esses alunos apresentam

problemas graves de qualidade, expressos pelos altos níveis de repetência, de

evasão e pelos baixos níveis de aprendizagem (BUENO, 1999).

Todos os professores dizem que existe na secretaria de educação um setor

voltado aos alunos com necessidades especiais, no entanto, nenhuma orientação,

ou material pedagógico é passado aos professores que auxiliam nas atividades com

estes alunos.

Por meio do gráfico 13 foi perguntado aos professores sua opinião sobre

inclusão, que questionou o seguinte: as crianças matriculadas em escolas normais

podem conseguir sua inclusão social. As respostas foram 10% responderam não;

40% responderam sim e 50% comentaram que para esta conquista há a

necessidade de outros fatores.

Gráfico 13: A criança atendida na escola pode conquistar a inclusão social

Fonte: Pesquisa acadêmica (2012)

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Através do gráfico 14, questiona se a formação do professor influencia na

aprendizagem dos alunos especiais, as respostas foram: 20% disseram que não;

40% responderam que sim e 40% acreditam que influenciam totalmente

aprendizagem dos alunos com necessidades especiais.

Gráfico 14: A formação do professor influencia na aprendizagem dos alunos especiais

Fonte: Pesquisa acadêmica (2012)

Rodrigues (2003) afirma que a formação deficitária traz sérias consequências

à efetivação do princípio inclusivo, pois este pressupõe custos e rearranjos

posteriores que poderiam ser evitados. Vale destacar, porém, que a formação

docente não pode restringir-se à participação em cursos eventuais, mas sim, precisa

abranger necessariamente programas de capacitação, supervisão e avaliação que

sejam realizados de forma integrada e permanente.

A formação implica um processo contínuo, o qual precisa ir além da presença

de professores em cursos que visem mudar sua ação no processo ensino

aprendizagem. O professor precisa ser ajudado a refletir sobre a sua prática, para

que compreenda suas crenças em relação ao processo e se torne um pesquisador

de sua ação, buscando aprimorar o ensino oferecido em sala de aula.

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Foi perguntado aos professores se a sua formação acadêmica garante um

bom preparo para a atuação aos alunos com necessidades especiais, dentre os

entrevistados 50% disseram que sim, e 50% que não, pois nunca chegaram a

abordar tais questões.

Através do gráfico 15, foi perguntado aos professores se durante a formação

profissional deles foi dado ênfase quanto à educação com alunos especiais, as

respostas foram as mais diversas, 10% dos entrevistados responderam que sim;

40% responderam que não; e 50% responderam parcialmente, ou seja, constata-se

que deve ser dado mais ênfase quanto aos estudos voltados à alunos especiais.

Gráfico 15: Ênfase ao trabalho com deficientes

Fonte: Pesquisa acadêmica (2012)

Para efetivação do processo de inclusão educacional, torna-se necessário o

envolvimento de todos os membros da equipe escolar no planejamento de ações e

programas voltados à temática. Docentes, diretores e funcionários apresentam

papéis específicos, mas precisam agir coletivamente para que a inclusão escolar

seja efetivada nas escolas. Por outro lado, torna-se essencial que esses agentes

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dêem continuidade ao desenvolvimento profissional e ao aprofundamento de

estudos, visando à melhoria do sistema educacional. No que se refere aos diretores,

cabe a eles tomar as providências – de caráter administrativo – correspondentes e

essenciais para efetivar a construção do projeto de inclusão (SANT’ANA, 2005).

O gráfico 16 ilustra a opinião dos professores se eles acham que há a

necessidade de capacitação para trabalhar com alunos especiais, 40% disseram

que sim e 60% responderam que não.

Gráfico 16: Capacitação para o trabalho com crianças deficientes

Fonte: Pesquisa acadêmica (2012)

Finalizando esta entrevista foi perguntado aos professores se eles vêm

necessidade de uma formação específica para atuarem com alunos com

necessidades especiais. Apenas um professor acha que não há necessidade e 9

dos entrevistados alegam que sim, pois sentem dificuldade na atuação junto aos

alunos deficientes.

Todos os professores sentem a necessidade de uma capacitação continuada

quando se refere ao trabalho com crianças especiais, pois gostariam de saber as

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metodologias ideais para trabalhar com estas crianças, tentando com isto ensiná-las

sem prejudicar os alunos normais.

Além da participação de docentes e gestores no contexto da inserção dos

alunos com deficiência na rede regular de ensino, outros fatores, como os

relacionados à estrutura do sistema educacional, precisam ser considerados na

análise e nas discussões sobre as possibilidades de implementação de projetos

nessa área.

A proposta pedagógica da Educação Inclusiva passa claramente pela oferta

de oportunidades de aprendizagem diversificadas para os alunos. Se a “diferença é

comum a todos” e assumimos a classe como heterogênea é importante responder a

essa heterogeneidade em termos de estratégias de ensino e aprendizagem

(RODRIGUES, 2006, p.11).

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao concluirmos este trabalho, temos definido como visão e postura a

inclusão das crianças com necessidades especiais sob encargo da escola pública é

uma tarefa coletiva que tratando-se do ambiente escolar, é um papel que deve ser

conduzido e bem desempenhado por todos os elementos que compõem a

organização e estrutura da escola como instituição oficial de relevância para a

sociedade, no qual compete sua função ministradora do conhecimento socialmente

produzido.

Ao estudar o significado e influencia do professor para a inclusão da criança

com necessidades educacionais, nos interessa investigar a relação existente entre a

formação desse docente e a inclusão social dessas crianças que agora esta sob a

incumbência da escola pública e desenvolvida sob responsabilidade do professor no

ensino regular.

Para os docentes entrevistados, a presença de uma equipe que dê suporte

aos agentes educacionais constitui-se na principal necessidade para a educação

inclusiva. O professor precisa ser auxiliado no processo de inclusão e não pode

trabalhar isoladamente. Decorre daí o fato de que os educadores destacaram o

imprescindível apoio de profissionais especializados.

Tornaram-se objeto desse estudo, professores que atuam na Zona Centro

Oeste, particularizando a investigação apenas de uma escola de ensino

fundamental. O procedimento adotado consistiu: na pesquisa teórica que formalizou

a fundamentação deste estudo, buscando sempre situar a formação do professor

para a inclusão das crianças com necessidades educacionais posteriormente

adotou-se a pesquisa de campo, junto aos professores que atuam com essas

crianças tendo como instrumento a coleta de informações de um questionário geral

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que permitiu traçar um perfil das condições de formação desse profissional

verificando a sua influencia de no processo educacional.

Portanto cabem ao gestor, aos professores, funcionários, alunos, aqueles cuja

condição é reconhecida dentro do padrão de normalidade, o acesso em igualdade

de condições assegurando essa lei as crianças com necessidades educacionais

especiais é um direito e deve como tal ser respeitado de maneira romper as

barreiras da exclusão sejam as diferenças existentes entre as crianças ditas normais

e aquelas apresentam na sua estrutura física, cognitiva algum tipo de problema

tratados não do ponto de vista de um diagnóstico e venham construir-se na prática

na escola para estigmatizar ou dificultar o desenvolvimento psíquico, intelectual e

social das crianças com necessidades educacionais especiais.

Diante disso, o psicopedagogo ocupa um papel extremamente importante,

pois por meio de técnicas e métodos próprios, ele possibilita uma intervenção

psicopedagógica visando à solução de problemas de aprendizagem em espaços

institucionais, juntamente com toda equipe escolar. Por isso o quão é importante

esse trabalho, porque ele consegue mediar esse processo, oferecendo um suporte

para os professores e contribuindo no desenvolvimento desses educandos e quando

necessário ele faz o encaminhamento para profissionais de outras áreas.

Esperamos que este trabalho seja a semente inicial para a ampliação de uma

discussão sobre a necessidade de formar e informar os professores sobre tão vasto

e importante tema de discussão.

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ANEXOS

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ANEXO “A”

QUESTIONÁRIO

PROFESSOR: I – NOME: ___________________________________________________________ IDADE: ____ ANOS II – ESCOLARIDADE MÉDIO SUPERIOR COMPLETO SUPERIOR INCOMPLETO

III – CURSO MAGISTÉRIO MÉDIO NORMAL SUPERIOR PEDAGOGIA

IV – PÓS-GRADUAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO MESTRADO

V – QUANTOS ANOS NO EXERCÍCIO PROFISSIONAL? 1 a 5 5 a 10 10 a 20

VI – JÁ PARTICIPOU DE CURSO DE CAPACITAÇÃO EM EDUCAÇÃO INCLUSIVA? SIM NÃO

VII – QUANTO TEMPO LIDA COM CRIANÇAS ESPECIAIS? ____ ANOS VIII – SENTE-SE PREPARADA PARA LIDAR COM CRIANÇAS ESPECIAIS? RAZOAVELMENTE PLENAMENTE A DESEJAR

IX – AS CRIANÇAS DAS QUAIS LIDA, TÊM DIAGNÓSTICO CLÍNICO DE DEFICIÊNCIA? SIM NÃO ALGUMAS

X – QUANTAS CRIANÇAS APRESENTAM DEFICIÊNCIA DE APRENDIZAGEM? ____ CRIANÇAS XI – QUANTAS CRIANÇAS DITAS NORMAIS COMPÕEM A TURMA? ____ CRIANÇAS XII – QUAL É A ACEITAÇÃO DAS CRIANÇAS NORMAIS AOS COLEGAS COM DEFICIÊNCIA? PÉSSIMA REGULAR BOA

XIII – TER AS CRIANÇAS DEFICIENTES NA SUA CLASSE DIFICULTA O SEU TRABALHO COM O RESTANTE DA TURMA? INSIGNIFICANTE SIGNIFICATIVAMENTE TOTALMENTE

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XIV – OS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS SÃO PROPOSTOS DA MESMA FORMA PARA AS CRIANÇAS NORMAIS? NÃO HÁ DIFERENÇA DOSADO SUBTRAÍDO

XV – AS ATIVIDADES PEDAGÓGICAS SÃO DIFERENCIADAS DAS ATRIBUÍDAS AS CRIANÇAS NORMAIS? AS MESMAS TOTALMENTE DIFERENTE

XVI – A CRIANÇA COM NECESSIDADES ESPECIAIS TEM ATENDIMENTO INDIVIDUALIZADO? SIM MAIS OU MENOS IMPOSSÍVEL

XVII – AS CRIANÇAS ESTÃO BEM INTEGRADAS AO AMBIENTE ESCOLAR? SIM NÃO

XVIII – AS CRIANÇAS PARTICIPAM DAS RECREAÇÕES E JOGOS? SIM NÃO

XIX– OS PAIS ACOMPANHAM A VIDA ESCOLAR DOS FILHOS? SIM NÃO

XX – A CRIANÇA TEM ACOMPANHAMENTO CLÍNICO ESPECIALIZADO? NÃO TENHO INFORMAÇÃO TODOS

XXI – NA SUA ESCOLA TEM UMA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR COMO APOIO TÉCNICO AO SEU TRABALHO PEDAGÓGICO? SIM NÃO

XXII – HÁ ALGUM SETOR DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO ESPECÍFICA NO ATENDIMENTO ÀS NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS? SIM NÃO

XXIII – VOCÊ ACHA QUE A FORMA COMO A CRIANÇA ESTÁ INSERIDA NAS CLASSES COMUNS É INTEGRAÇÃO? SIM NÃO PARCIALMENTE

COMPLEMENTO: _______________________________________________________ XXIV – VOCÊ CRÊ QUE A CRIANÇA ATENDIDA NA ESCOLA DE ENSINO REGULAR PODE CONQUISTAR SUA INCLUSÃO SOCIAL? SIM NÃO DEPENDE DE OUTROS FATORES

COMPLEMENTO: ____________________________________________________ XXV – VOCÊ CONSIDERA QUE A FORMAÇÃO DO PROFESSOR INFLUENCIA NO PROCESSO DE INCLUSÃO SOCIAL DAS CRIANÇAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS? SIM NÃO TOTALMENTE

XXVI – A SUA FORMAÇÃO PROFISSIONAL GARANTE UMA BOA ATUAÇÃO JUNTO AS CRIANÇAS PORTADORAS DE NECESSIDADES ESPECIAIS? SIM NÃO RAZOAVELMENTE

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XXVII – DURANTE SUA FORMAÇÃO PROFISSIONAL, FOI DADO ÊNFASE À EDUCAÇÃO DE DEFICIENTES? SIM NÃO PARCIALMENTE

XXVIII – NA SUA ESCOLA TODOS OS PROFESSORES DO ENSINO REGULAR DO 1º AO 5º ANOS DEVEM SER CAPACITADOS PARA LIDAR COM CRIANÇAS DEFICIENTES? _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ XXIX – EM SUA OPINIÃO O PROFESSOR DE CRIANÇAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS DEVE TER FORMAÇÃO ESPECÍFICA ORIENTADA PARA INCLUSÃO SOCIAL? _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ XXX – COMO PROFISSIONAL VOCÊ TEM NECESSIDADES DE CAPACITAÇÃO CONTINUADA EM EDUCAÇÃO ESPECIAL? SIM NÃO IMPRESCINDÍVEL

XXXI – COMO VOCÊ DEFINE A EDUCAÇÃO INCLUSIVA? ______________________________________________________________________________________________________________________________________