distribuicao de renda

28
UNIVILLE - Universidade da Região de Joinville CIÊNCIAS ECONÔMICAS A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E O IMPACTO NA ECONOMIA André Alexandre Maes

Upload: dkbelga

Post on 12-Jun-2015

1.155 views

Category:

Documents


3 download

TRANSCRIPT

Page 1: Distribuicao de Renda

UNIVILLE - Universidade da Região de JoinvilleCIÊNCIAS ECONÔMICAS

A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E O IMPACTO NA ECONOMIA

André Alexandre Maes

Page 2: Distribuicao de Renda

A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E O IMPACTO NA ECONOMIA

Objetivo Geral

Analisar a Distribuição de renda e o impacto na economia.

Page 3: Distribuicao de Renda

A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E O IMPACTO NA ECONOMIA

Verificar as relações do impacto na economia, referente à má distribuição de renda.

Evidenciar o impacto da distribuição de renda entre as regiões do Brasil entre 1970 a 2007.

Analisar renda per capita e distribuição de renda.

Elencar algumas sugestões que podem contribuir efetivamente para uma melhor distribuição de renda.

Objetivo Específico

Page 4: Distribuicao de Renda

A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E O IMPACTO NA ECONOMIA

As teorias clássicas sobre renda, buscavam explicar os rendimentos da

terra. O tipo de pagamento que ordinariamente se conhece como renda,

pode incluir um pagamento pelo aluguel da terra. O aluguel de uma casa,

por exemplo, abrangerá geralmente uma soma que seja suficiente para

cobrir o valor anual da terra em que se situa a casa, mas constitui,

igualmente, pagamento de outras coisas. O proprietário investiu seu

dinheiro nos materiais de construção e espera que tal investimento lhe

traga um rendimento.

Renda

Page 5: Distribuicao de Renda

“Todas as pessoas devem ter direito inalienável a uma modesta, porém,

incondicional renda garantida, não importa sua origem, raça, sexo, condição

civil ou socioeconômica: uma renda de cidadania” (Suplicy) .

A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E O IMPACTO NA ECONOMIA

Page 6: Distribuicao de Renda

David Ricardo (Londres, 1772 – 1823)

Escreveu, “Princípios de Economia Política e Tributação” publicado em

1817.

Primeiro economista a sugerir uma teoria acabada para o processo de

distribuição de renda, explicando os três principais fatores de produção:

trabalho, capital e terra.

A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E O IMPACTO NA ECONOMIA

DISTRIBUIÇÃO DE RENDA

Page 7: Distribuicao de Renda

A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E O IMPACTO NA ECONOMIA

Segundo Ricardo apud Hunt (1981):

O produto da terra – tudo que é retirado de sua superfície pelo emprego

conjunto do trabalho, das máquinas e do capital – é dividido entre três classes

da comunidade, a saber: o proprietário da terra, o dono do capital necessário

para o seu cultivo e os trabalhadores que entram para o cultivo da terra. O

principal problema da Economia política é determinar as leis que regem esta

distribuição.

Renda Marginalista

Page 8: Distribuicao de Renda

A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E O IMPACTO NA ECONOMIA

O ponto de partida do utilitarismo é a noção de utilidade, o nível de felicidade

ou satisfação que a pessoa obtém de suas circunstâncias. A utilidade é uma

medida de bem-estar e, de acordo com os utilitaristas, é o objetivo último de

todas as ações privadas e públicas. O objetivo adequado do governo seria

maximizar a soma de utilidade de todos na sociedade.

A Distribuição e a visão Utilitarista

Page 9: Distribuicao de Renda

A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E O IMPACTO NA ECONOMIA

Os liberalistas afirmam que a igualdade de oportunidades é mais importante do

que a igualdade de rendas. Acreditam que o governo deveria garantir os

direitos individuais para assegurar que todos tenham as mesmas

oportunidades de usar seus talentos e obter sucesso.

Uma vez estabelecidas essas regras do jogo, o governo não tem motivos para

alterar a distribuição de renda resultante.

A Distribuição de Renda segundo o Liberalismo

Page 10: Distribuicao de Renda

A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E O IMPACTO NA ECONOMIA

De acordo com Bacha apud Zioni (1999):

Convivem, no mesmo território, estados muito diferenciados, alguns, se não

têm padrões europeus, porém estão no grupo dos países mais bem

situados do Terceiro Mundo: Coréia, Costa Rica, Uruguai, Chile. E há o

Nordeste, que varia entre o subcontinente indiano e os piores países da

África.

Impacto Econômico

Page 11: Distribuicao de Renda

A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E O IMPACTO NA ECONOMIA

REGIÃO PARTICIPAÇÃO PERCENTUAL

NORTE

NORDESTE

CENTRO OESTE

SULDESTE E SUL

2,1%

3,3%

14,5%

80,1%

TOTAL 100%

Desigualdade de Renda – Censo 1970

Fonte: IBGE – censo de 1970 apud Brum (2000)

Fonte: IBGE – censo de 1970 apud Brum (2000)Fonte: IBGE – censo de 1970 apud Brum (2000)

Page 12: Distribuicao de Renda

A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E O IMPACTO NA ECONOMIA

Poderemos acompanhar os dados por meio dos quadros que iremos

apresentar mostrando as variações e as regiões mais pobres e mais ricas e

por quanto cada uma responde percentualmente.

Page 13: Distribuicao de Renda

A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E O IMPACTO NA ECONOMIA

INDICADORES

Proporção de Renda Apropriada

ANO

1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999

10% mais pobres

20% mais pobres

40% mais pobres

40% mais ricos

20% mais ricos

10% mais ricos

0,7

2,3

8,5

80,7

61,9

45,4

0,6

2,2

8

81,9

64,2

48,3

0,7

2,3

8

81,9

64

47,6

0,6

2,2

7,8

82,1

63,9

47,3

0,6

2,2

7,8

82,1

64

47,5

0,7

2,3

8

82

64

47,6

0,7

2,4

8,2

81,6

63,6

47,2

Total 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

Fonte: IBGE, PNAD apud Boletim do IPEA/Políticas Sociais (2001).

Diferenças Regionais – Brasil 1992 - 1999

Page 14: Distribuicao de Renda

A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E O IMPACTO NA ECONOMIA

Regiões

Indicadores

Ano

1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999

BRASIL

Pobres 40,6 41,5 33,8 33,4 33,7 32,6 33,8

Indigentes 19,2 19,4 14,5 14,9 14,8 13,9 14,3

Centro-Oeste

Pobres 33,6 32,2 26,1 26,2 23,7 22,6 24,9

Indigentes 11,7 11,1 8,7 8,9 7,6 6,8 7,9

Nordeste

Pobres 65,4 66,5 58,8 58,8 59,6 57,4 58,3

Indigentes 38,2 40,4 30 31,8 31,9 29,1 29,4

Norte

Pobres 52,5 52,1 42,8 43,7 45,2 45,1 45,6

Indigentes 27,4 22,9 17,4 18,1 19,4 19,5 19

Sudeste

Pobres 27,4 29,4 20,1 19,5 19,7 19,3 20,6

Indigentes 9,7 9,8 6,5 6,2 6,3 6,1 6,5

Sul

Pobres 32,1 30,2 25,5 24,5 24,5 25,7 24

Indigentes 12,1 10,2 9,4 9 8,2 8,6 9,4

Total 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%Fonte: IBGE, PNAD apud Boletim do IPEA/Políticas Sociais (2001).

Diferenças Regionais - Pobres e indigentes por Regiões -1992 1999

Page 15: Distribuicao de Renda

A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E O IMPACTO NA ECONOMIA

Os índices mais elevados de pobreza e indigência nas regiões Norte e

Nordeste são devidos, principalmente, ao fato de ter ocorrido um menor

desenvolvimento das forças produtivas tradicionais, disponibilizando menor

renda para as pessoas e conseqüentemente, aumentando os níveis de

pobreza em relação a regiões mais desenvolvidas.

EFEITOS DE UMA DISTRIBUIÇÃO DE RENDA EFICAZ

Page 16: Distribuicao de Renda

A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E O IMPACTO NA ECONOMIA

Muitas vezes nos perguntamos por que estudamos? Provavelmente as

respostas seriam variadas se a pergunta fosse feita a diferentes pessoas, pois

várias respostas alternativas surgiriam: porque assim podemos entender

melhor a sociedade em que vivemos, porque é uma maneira de aprender uma

profissão, porque o estudo é necessário para a sobrevivência.

Educação e Distribuição de Renda

Page 17: Distribuicao de Renda

A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E O IMPACTO NA ECONOMIA

“Um crescimento de 3% ao ano na renda per capita, por exemplo, tende a

reduzir a pobreza em um valor aproximado de um percentual a cada dois

pontos. Ou, ainda, um crescimento contínuo e sustentado de 3% ao ano na

renda per capita que levaria, no Brasil, mais de 25 anos para reduzir a

proporção de pobres abaixo de 15%” (Barros - 2001).

EFICÁCIA E DIMINUIÇÃO DA DESIGUALDADE SOCIAL E UMA MELHOR DISTRIBUIÇÃO DE RENDA

Page 18: Distribuicao de Renda

TRIBUTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO

Os 10% mais pobres da população brasileira pagam o equivalente a 32,8% da

renda em tributos. Para os 10% mais ricos, essa carga é de apenas 22,7%.

Pelos cálculos do presidente do IPEA, os pobres pagam 44% mais impostos

do que os mais ricos. “Quem é pobre no Brasil está condenado a pagar mais

imposto”.

A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E O IMPACTO NA ECONOMIA

Page 19: Distribuicao de Renda

A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E O IMPACTO NA ECONOMIA

Até 2 2 a 5 5 a 10 15 a 20 20 a 30 mais de 30

28.2

21.017.4

15.1 14.917.9

48.9

35.931.8 30.5 28.5

26.3

Evolução da Carga Tributária

1996 2003

73,4% foi o aumento da carga

tributária para a população que recebe até 2 salários

mínimos

46,9%foi o aumento para quem

recebe mais de 30 salários mínimos

Fonte: IPEA (2008).

Page 20: Distribuicao de Renda

A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E O IMPACTO NA ECONOMIA

1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

1,011 1,003932 921 899

831 831869

932 960

RENDA EM R$

Fonte: IPEA (2008).

Page 21: Distribuicao de Renda

A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E O IMPACTO NA ECONOMIA

A renda média do trabalhador chegou em 2007 a R$960 por mês, com um

índice de 3,2% maior do que no ano anterior, recuperando perdas que os

brasileiros registraram em anos anteriores.

A renda do brasileiro subiu em 2007, mas ainda ficou abaixo do que há 11

anos, quando foi registrado um valor de R$1.011.

A Queda da desigualdade de Renda

Page 22: Distribuicao de Renda

A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E O IMPACTO NA ECONOMIA

1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

0.5800.575

0.567 0.5660.563

0.554

0.5470.544

0.541

0.528

INDICE DE GINI

Fonte: IPEA (2008).

Page 23: Distribuicao de Renda

A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E O IMPACTO NA ECONOMIA

Apesar de a renda do brasileiro, em 2007, ter ficado abaixo da renda

de 1997, o índice de Gini caiu, revelando uma menor concentração de

renda.

Page 24: Distribuicao de Renda

A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E O IMPACTO NA ECONOMIA

NORTE NORDESTE SUDESTE SUL CENTRO OESTE

BRASIL0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

40.9%

57.3%

21.4% 21.4%28.4% 33.3%

35.7%

28.2%

34.8% 35.7%

38.1% 33.3%

23.5%14.5%

43.8% 42.8%33.4% 33.3%

População Brasileira dividida em três Estratos - 2001

1/3 Inferior 1/3 Médio 1/3 Superior

Fonte: IBGE. PNAD 2001. (Elaboração IPEA).

Page 25: Distribuicao de Renda

TRIBUTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO

NORTE NORDESTE SUDESTE SUL CENTRO OESTE

BRASIL0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

36.2%49.2%

16.9% 15.0%21.6%

27.4%

39.3%

34.1%

37.6% 36.4%

40.1%36.7%

24.4%16.7%

45.5% 48.5%38.3% 35.8%

População Brasileira dividida em três Estratos - 2007

1/3 Inferior 1/3 Médio 1/3 Superior

Fonte: IBGE. PNAD 2001. (Elaboração IPEA).

Page 26: Distribuicao de Renda

A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E O IMPACTO NA ECONOMIA

A maior mudança está concentrada na passagem do Grupo 1 para o Grupo 2,

representando 74,0% do conjunto dos indivíduos que lograram ascender

socialmente. Contudo, esses movimentos não foram homogêneos por todo o

País, revelando que, apesar dos avanços, as desigualdades regionais

continuam muito significativas.

Page 27: Distribuicao de Renda

A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E O IMPACTO NA ECONOMIA

A cada ano, o Brasil está propenso a uma economia mais sólida, porém não

ocorrerá uma distribuição de renda melhor aplicada sem o envolvimento das

elites econômicas e políticas do País, que sempre se eximiram dessa

responsabilidade, transferindo para o Estado a solução das mazelas da

sociedade brasileira.

Considerações Finais

Page 28: Distribuicao de Renda

A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E O IMPACTO NA ECONOMIA

“É incorreto e mistificador colocar sobre o indivíduo a responsabilidade por sua

ascensão ou queda dentro de uma sociedade capitalista” (Keynes).