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www.spratings.com 7 de abril de 2020 1 Disseminação do coronavírus deve afetar a qualidade de crédito de ativos de infraestrutura na América Latina 7 de abril de 2020 Considerações principais Esperamos que as condições de crédito na América Latina continuem se deteriorando à medida que a pandemia da COVID-19 avança. Atualizamos nossas projeções para a região, que agora esperamos que entre em recessão este ano. Dada a correlação da maioria dos ativos de infraestrutura com a economia, a natureza regulada desses ativos e as medidas impostas até o momento por diversos governos para conter a pandemia, que afetaram a geração de fluxos de caixa, esperamos que o setor permaneça altamente vulnerável no curto e médio prazo. Até o momento, realizamos ações de rating negativas em mais de 60 entidades de infraestrutura da América Latina de nosso portfólio, refletindo primordialmente recentes ações de ratings soberanos e a expectativa de desempenho financeiro mais fraco, sobretudo no setor de transportes, em razão das restrições de circulação. Em nossa opinião, os riscos de deterioração ainda são significativos. Um surto prolongado ou quedas adicionais nos preços do petróleo pressionariam ainda mais as economias locais e, indiretamente, os ratings soberanos. Isso, por sua vez, representaria um maior desafio para os ativos de infraestrutura. A S&P Global Ratings espera que as condições de crédito na América Latina piorem à medida que a pandemia do COVID-19 avança na região. À medida que o vírus se espalha, os governos vêm tomando medidas para contê-lo, que abrangem desde quarentenas obrigatórias até proibições de viagens e restrições de circulação. Nesse novo contexto, e considerando as ameaças globais, atualizamos nossas projeções para a região. Esperamos agora que a América Latina entre em recessão em 2020, registrando seu crescimento mais fraco desde a Crise Financeira Global (CFG). Mais precisamente, projetamos uma contração de 1,3% no PIB da região em 2020, convergindo novamente ao crescimento até 2021. CONTATOS ANALÍTICOS Julyana Yokota São Paulo 55 (11) 3039 9731 julyana.yokota @spglobal.com Candela Macchi Buenos Aires 54 (11) 4891-2110 candela.macchi @spglobal.com Cecilia Fullone Buenos Aires 54 (11) 4891-2170 cecilia.fullone @spglobal.com Daniel Castineyra Cidade do México 52 (55) 5081-4497 daniel.castineyra @spglobal.com Marcelo Schwarz, CFA São Paulo (55) 11 3039-9782 marcelo.schwarz @spglobal.com Vinicius Ferreira São Paulo (55) 11 3039 9763 vinicius.ferreira @spglobal.com ASSISTENTE DE PESQUISA Maria Jose Sombra Furnari Buenos Aires

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www.spratings.com 7 de abril de 2020 1

Disseminação do coronavírus deve afetar a qualidade de crédito de ativos de infraestrutura na América Latina

7 de abril de 2020

Considerações principais

Esperamos que as condições de crédito na América Latina continuem se deteriorando à

medida que a pandemia da COVID-19 avança. Atualizamos nossas projeções para a região,

que agora esperamos que entre em recessão este ano.

Dada a correlação da maioria dos ativos de infraestrutura com a economia, a natureza

regulada desses ativos e as medidas impostas até o momento por diversos governos para

conter a pandemia, que afetaram a geração de fluxos de caixa, esperamos que o setor

permaneça altamente vulnerável no curto e médio prazo.

Até o momento, realizamos ações de rating negativas em mais de 60 entidades de

infraestrutura da América Latina de nosso portfólio, refletindo primordialmente recentes

ações de ratings soberanos e a expectativa de desempenho financeiro mais fraco, sobretudo

no setor de transportes, em razão das restrições de circulação.

Em nossa opinião, os riscos de deterioração ainda são significativos. Um surto prolongado ou

quedas adicionais nos preços do petróleo pressionariam ainda mais as economias locais e,

indiretamente, os ratings soberanos. Isso, por sua vez, representaria um maior desafio para

os ativos de infraestrutura.

A S&P Global Ratings espera que as condições de crédito na América Latina piorem à medida que

a pandemia do COVID-19 avança na região. À medida que o vírus se espalha, os governos vêm

tomando medidas para contê-lo, que abrangem desde quarentenas obrigatórias até proibições de

viagens e restrições de circulação. Nesse novo contexto, e considerando as ameaças globais,

atualizamos nossas projeções para a região. Esperamos agora que a América Latina entre em

recessão em 2020, registrando seu crescimento mais fraco desde a Crise Financeira Global (CFG).

Mais precisamente, projetamos uma contração de 1,3% no PIB da região em 2020, convergindo

novamente ao crescimento até 2021.

CONTATOS ANALÍTICOS

Julyana Yokota

São Paulo

55 (11) 3039 9731

julyana.yokota

@spglobal.com

Candela Macchi

Buenos Aires

54 (11) 4891-2110

candela.macchi

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Cecilia Fullone

Buenos Aires

54 (11) 4891-2170

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Daniel Castineyra

Cidade do México

52 (55) 5081-4497

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(55) 11 3039-9782

marcelo.schwarz

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Vinicius Ferreira

São Paulo

(55) 11 3039 9763

vinicius.ferreira

@spglobal.com

ASSISTENTE DE PESQUISA

Maria Jose Sombra Furnari

Buenos Aires

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Disseminação do coronavírus deve afetar a qualidade de crédito de ativos de infraestrutura na América Latina

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Esperamos que o setor de infraestrutura permaneça altamente vulnerável a curto e médio prazo.

Isso ocorre porque a maioria dos ativos de infraestrutura se correlaciona com o desempenho

econômico, possui natureza regulada e teve a geração de fluxo de caixa afetada pelas medidas

impostas até agora por vários governos. Até o momento, realizamos ações de rating negativas em

mais de 60 entidades de infraestrutura de nosso portfólio. Tais ações resultaram principalmente das

recentes ações nos ratings soberanos - rebaixamos os ratings do México e Trinidad e Tobago, e

alteramos as perspectivas dos ratings do Brasil de positiva para estável e dos ratings da Colômbia

de estável para negativa - e também de nossa expectativa de desempenho financeiro mais fraco,

principalmente no setor brasileiro de transportes (aeroportos, rodovias pedagiadas, portos e

transporte de massa), que foi severamente afetado pelas restrições de circulação.

Em nossa visão, os riscos de deterioração ainda são significativos. Uma pandemia prolongada e/ou

quedas adicionais nos preços do petróleo pressionarão mais as economias locais e indiretamente

os ratings soberanos, sobretudo os de governos que atualmente apresentam desequilíbrios fiscais.

Se essa situação se concretizar, as entidades de infraestrutura da região estarão sujeitas a mais

desafios.

Caminho para a recuperação econômica da COVID-19 permanece incerto

A severidade da pandemia do coronavírus resultou em uma súbita desaceleração da atividade

econômica global. O que começou como um problema para a China e seus parceiros econômicos

próximos no final de 2019 e no início de 2020 se transformou em um evento global sem

precedentes, intensificando a volatilidade do mercado, as saídas de capital (principalmente de

mercados emergentes) e o aumento do estresse de crédito. Nesse contexto, revisamos nossas

premissas e projetamos agora uma recessão global este ano. Esperamos que o PIB mundial de

2020 cresça apenas 0,4%, com um crescimento de cerca de 2,9% na China, mas uma contração

de 2,0% na zona do euro e de 1,3% nos EUA (consulte “Global Credit Conditions: Triple Trouble:

Virus, Oil, Volatility”, 1º de abril de 2020).

A América Latina não é exceção. Como mencionamos acima, esperamos que a região registre seu

crescimento mais fraco desde a CFG. Projetamos uma contração de 1,3% no PIB da América

Latina em 2020, recuperando-se para um crescimento de 2,7% no ano seguinte. Nossas

estimativas consideram todas as respostas que os governos implementaram no mês passado para

conter o número crescente de pessoas infectadas. Essas medidas variam significativamente de um

país para outro - por exemplo, a Argentina, Chile, Colômbia, Panamá e Peru decretaram

quarentenas em todo o país nas últimas duas semanas, enquanto o Brasil e o México responderam

mais tardiamente e determinaram quarentenas parciais.

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Disseminação do coronavírus deve afetar a qualidade de crédito de ativos de infraestrutura na América Latina

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Tabela 1

Crescimento do PIB real

% 2019 2020F 2021 F 2022F

Argentina (2,1) (2,5) 2,4 2,0

Brasil 1,1 (0,7) 2,9 2,5

Chile 1,0 (0,2) 3,0 2,6

Colômbia 3,3 0,7 3,8 3,2

México (0,1) (2,5) 2,2 1,8

Média dos cinco países 0,6 (1,3) 2,7 2,3

P: Projeção Fonte: S&P Global Ratings.

Tabela 2

Principais medidas tomadas para conter a disseminação da COVID-19 em cada país

País Principais medidas Prazo

Argentina Isolamento total a partir de 20 de março. Até 12 de abril.

Brasil

Fechamento das fronteiras com a Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana Francesa, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela.

O Senado brasileiro decretou estado de calamidade pública em 20 de março.

Quarentena parcial, adotou medidas para promover o distanciamento social e evitar aglomerações, e decretou isolamento nos níveis estadual e municipal.

Sem data limite.

Chile Quarentena parcial. Isolamento noturno (entre 22h e 5h) desde 22 de março.

Declarado estado de catástrofe por 90 dias a partir de 19 de março.

Sem data limite.

Colômbia Quarentena nacional por 19 dias a partir de 25 de março.

Fechou fronteiras terrestres e marítimas.

Até 13 de abril.

México Isolamento parcial (o governo anunciou uma emergência sanitária que abrange medidas de distanciamento social, suspensão de atividades não essenciais e restrições a aglomerações de mais de 50 pessoas, entre outras), com início em 30 de março.

Até 30 de abril.

Panamá Isolamento total a partir de 25 de março. Sem data limite.

Peru Declaração de estado de emergência.

Isolamento noturno (entre 10h e 5h) desde 18 de março.

Sem data limite.

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Setor de infraestrutura continuará altamente exposto a riscos nessas condições

A maioria dos ativos de infraestrutura da região está exposta à dinâmica da economia local, à

regulamentação (pois, por natureza, depende de reajustes tarifários ou opera com preços

regulados) e às contrapartes de receita vinculadas ao governo. Portanto, continuamos esperando

uma alta correlação entre seu desempenho e as economias dos países onde operam.

Além disso, e como explicado acima, desde que a COVID-19 se disseminou na região, observamos

várias medidas atenuantes dos governos locais que visavam conter o surto, mas que afetaram

severamente a operação de diferentes setores, incluindo aeroportos, rodovias pedagiadas, metrôs

e, em menor escala, portos. Essas medidas começaram em meados de fevereiro de 2020, e países

específicos (onde havia evidências de circulação local do coronavírus) implementaram restrições

de viagem. No entanto, a situação evoluiu rapidamente e as restrições se intensificaram em

questão de semanas, até que se transformaram em quarentenas voluntárias ou obrigatórias

(dependendo do país), que restringiram trabalhadores de setores não essenciais de saírem de

casa, a não ser para comprar mantimentos ou remédios. Como resultado, o tráfego de passageiros

e veículos nos principais aeroportos e rodovias caiu drasticamente, como observado nas quedas de

mais de 80% e 50% no tráfego, respectivamente. Acreditamos que esses quatro subsetores de

transporte são os mais expostos nas atuais condições, seguidos por ativos de midstream com

algum nível de risco de commodities e, em seguida, por concessionárias reguladas que serão

expostas a reduções na demanda de energia e a possíveis atrasos nos pagamentos de clientes ou

ao congelamento de tarifas.

Folga de liquidez: sensibilidade a um declínio na receita para levar o índice de fontes sobre usos abaixo de 1,0x Baixa: abaixo de 25%. Média: faixa entre 25% a 45%. Alta: acima de 45%. Fonte: S&P Global Ratings.

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Aeroportos

Portos

Rodovias pedagiadas

Refinarias

Concessionárias reguladas

Concessionárias não reguladas

Concessionárias de serviço de água

Gasodutos

Linhas de transmissão

Infraestrutura social

Folg

a d

e liq

uid

ez

Sensibilidade do subsetor à COVID-19

Sensibilidade da indústria

Baixa Média Alta

Baix

aM

édia

Alta

Sensibilidade do subsetor à disseminação do coronavírus versus folga de liquidez para uma potencial mudança de rating devido a uma queda na receita

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Disseminação do coronavírus deve afetar a qualidade de crédito de ativos de infraestrutura na América Latina

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Principais variáveis que monitoramos atualmente

Demanda de

energia Potencial queda na demanda por energia durante o período de isolamento, podendo afetar o capital de giro de concessionárias com contratos de compra e venda de energia take-or-pay. Isso pode ainda reduzir os preços spot.

Tendências de

tráfego

Extensão do período de isolamento que pode afetar ainda mais os aeroportos, uma vez que atualmente incorporamos a nossas projeções uma queda no volume equivalente a três meses de severa redução no tráfego aéreo, com picos de declínio de cerca de 90%.

Destaque para rodovias pedagiadas que dependem sobretudo de veículos leves. As taxas de deslocamento diário já caíram mais de 50% nas primeiras duas semanas após o início do isolamento no Chile e Brasil. Entretanto, esperamos que a recuperação nas rodovias pedagiadas ocorra mais rapidamente do que no tráfego aéreo. Por outro lado, os volumes de veículos pesados permaneceram relativamente estáveis, sustentados por um aumento no e-commerce e pela demanda por bens de consumo essenciais. As rodovias pedagiadas que dependem de veículos pesados sentirão o impacto na demanda da piora nas condições econômicas no segundo semestre do ano, quando esperamos que o surto de coronavírus esteja sob controle.

Esperamos uma queda significativa nos volumes movimentados nos portos no segundo trimestre, à medida que o impacto da COVID-19 se estenda.

Preços de

petróleo e gás Queda na demanda que pode impedir a performance de refinarias e plantas de regaseificação e liquefação, enquanto a queda nos preços do petróleo aliviarão os custos dessas plantas.

Planos de

investimento

Inicialmente, considerávamos primordialmente os desdobramentos com dependência de empreiteiras/fornecedores chineses, e mais recentemente expandimos o escopo a todos os planos de capex relevantes existentes. Faremos uma comparação dos níveis de flexibilidade, datas de expiração e eventos de força maior do contrato de cada concessão.

Suporte do

grupo

A qualidade de crédito de grupos internacionais, especialmente de controladores europeus e asiáticos, pois mudanças em sua qualidade de crédito podem afetar as subsidiárias da região. Poderemos ainda ver atrasos no suporte de acionistas, mesmo se já comprometidos, como já observamos no caso da AES Gener.

Rating

soberano

Dada sua natureza regulada, não esperamos que ativos de infraestrutura passem no teste de estresse hipotético do rating soberano. Portanto, limitamos seus ratings ao rating soberano. Dessa forma, os ratings desses ativos devem seguir a tendência da qualidade de crédito do governo soberano (com algumas exceções, como o Canal de Panamá). De forma similar, transações que possuem contrapartes de receita que dependem do risco de contraparte também podem ser afetados por ações no rating soberano.

$ Posição de

liquidez

Não esperamos refinanciamentos de dívida com base nas atuais condições, exceto se já comprometido. Em geral, as posições de liquidez das empresas são adequadas, pois muitas aproveitaram as boas condições de mercado nos meses anteriores para refinanciar. Entretanto, a capacidade de sustentar a folga de caixa dependerá da extensão e duração da pandemia.

Fonte: S&P Global Ratings.

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Uma análise mais detalhada do potencial impacto na infraestrutura

Aeroportos

O alto risco para a indústria aeroportuária advém da severidade das medidas de isolamento em

todo o mundo, que fizeram com que a demanda de tráfego aéreo caísse abruptamente nas últimas

semanas. Nosso atual cenário-base para passageiros aéreos globais em 2020 pressupõe um

declínio entre 20% e 30% a partir de 2019, com recuperação total apenas em 2022-2023 (leia

nosso artigo “The Coronavirus Pandemic Could Reduce Global Air Passengers By Up To 30% In

2020”, 17 de março de 2020).

Embora os ratings globais de aeroportos estejam pressionados, na América Latina a maior parte de

nosso portfólio avaliado possui flexibilidade financeira na forma de liquidez confortável e métricas

de alavancagem relativamente baixas, proporcionando uma margem para absorver uma queda nas

receitas acima de 50% em 2020. Em nosso portfólio, vemos maior risco para os ratings do ACI

Airport Sudamerica S.A., no Uruguai. Rebaixamos o rating da entidade de 'BBB' para 'BB' e o

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colocamos na listagem CreditWatch com implicações negativas em 27 de março, refletindo as

métricas financeiras abaixo das expectativas este ano.

Gráfico 2

Folga de rating dos aeroportos

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Portos

Os portos da América Latina começaram a registrar volumes comerciais mais baixos, pois os

navios geralmente levam várias semanas para chegar da Ásia e da Europa, que são as principais

origens e destinos das cargas da região.

No Brasil, avaliamos dois terminais de contêineres, a Santos Brasil Participações S.A.

(brAAA/Negativa/--) e o Terminal de Contêineres de Paranaguá S.A. (brAAA/Negativa/brA-1+), que

devem ser fortemente afetados, dada sua exposição ao comércio exterior, principalmente

importações da China e exportações para a Europa. Estimamos uma queda de mais de 15% no

volume de contêineres movimentados no Brasil em 2020, e um contínuo declínio em 2021 que se

seguiria a uma recessão global no comércio.

No Peru, também esperamos que o porto de Paita (BB+/Estável) registre queda na atividade de

cerca de 5%, mas ainda possui certa folga em suas métricas financeiras. No momento, o tráfego no

Canal do Panamá (A/Estável/--) continua estável, exceto para linhas de cruzeiros, que representam

uma pequena parte das receitas.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

GrupoAeroportuario del

Centro NorteS.A.B. de C.V.

GrupoAeroportuario delPacifico S.A.B. de

C.V.

Aerodom AA2000 AeropuertoInternacional deTocumen S.A.

Cerealsur S.A.

Colchão deliquidez

Gatilho detráfego depassageiros

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Gráfico 3

Exposição de cargas dos portos

Rodovias pedagiadas e transporte público

Acreditamos que as rodovias pedagiadas que dependem de volume estarão altamente expostas no

atual cenário. A principal diferença em relação a outras crises econômicas é que o fim da pandemia

depende da imposição de restrições de circulação que resultaram em quedas de mais de 50% nas

taxas de deslocamento diário nas últimas semanas em alguns países, como Brasil e Chile. Ainda

assim, diferentemente do tráfego de aeroportos, esperamos que o tráfego das rodovias com

pedágio se recupere até o final de 2020, à medida que os passageiros retomem as atividades

diárias normais.

A pandemia do coronavírus aumentou a já enfraquecida folga nas métricas de cobertura das

rodovias pedagiadas chilenas afetadas pela decisão do governo de congelar o reajuste tarifário

após os protestos que o país enfrentou em outubro de 2019 (leia nosso artigo “Chile's Social Spring

Could Ripple Through The Corporate Sector”, 20 de novembro de 2019). Consequentemente, em 6

de abril, revisamos nossas expectativas quanto ao desempenho operacional das rodovias

pedagiadas chilenas Sociedad Concesionaria Vespucio Norte Express S.A., Sociedad

Concesionaria Autopista Central S.A. e Sociedad Concesionaria Costanera Norte S.A. Além disso,

alteramos recentemente a perspectiva dos ratings da Empresa de Transporte de Pasajeros Metro

S.A. (Santiago Metro) de estável para negativa. Além disso, reafirmamos os ratings ‘A+’ da

empresa, incorporando a queda de 40% no nível de passageiros em 2020 e a consequente

deterioração da liquidez.

Além disso, estamos monitorando de perto as sete rodovias pedagiadas que avaliamos no México,

onde as expectativas de contração do PIB, bem como as exigências sanitárias que estão

postergando as exportações para os EUA, podem reduzir ainda mais suas métricas de cobertura da

dívida. Começamos a observar queda nos volumes de tráfego principalmente na segunda quinzena

de março, com reduções gerais entre 5% e 10%, e esperamos que a queda atinja um pico em abril

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

TCP Participações

Santos Brasil Participações S.A.

Paita

Canal do Panamá

Po

rto

s a

vali

ad

os

América do Norte Ásia Europa América Latina Outros

Fonte: S&P Global Ratings.Copyright © 2020 por Standard & Poor’s Financial Services LLC. Todos os direitos reservados.

Composição por destino

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e maio, à medida que as restrições de circulação aumentam e os casos de coronavírus

provavelmente atinjam o pico. Acreditamos que a maioria das rodovias pedagiadas dispõem de

certa flexibilidade financeira; no entanto, esperamos que as séries subordinadas sejam as mais

pressionadas.

Da mesma forma, continuamos monitorando nossas rodovias pedagiadas no Brasil, uma vez que

os números preliminares indicam que os volumes de tráfego diminuíram de 20% a 30%, resultantes

de uma combinação de uma queda de 50% no tráfego de veículos leves e cerca de 10% a 15% de

veículos pesados, dependendo da região onde estão localizadas as rodovias pedagiadas. No

entanto, em geral, as rodovias pedagiadas do país são detidas por grandes grupos que operam

portfólios de ativos, proporcionando maior flexibilidade financeira. Além disso, limitamos a maioria

de nossos ratings dessas rodovias pedagiadas aos ratings soberanos. Portanto, há uma folga para

absorver uma queda na geração de caixa sem afetar imediatamente os ratings. Por outro lado,

rebaixamos recentemente os ratings da Investimentos e Participações em Infraestrutura S.A.

(Invepar) de 'CCC+' para 'CCC', com perspectiva negativa, uma vez que o grupo enfrenta maiores

riscos de refinanciamento - a empresa holding possui um elevado vencimento de dívida em abril de

2021, enquanto as condições de mercado de crédito pioraram significativamente. Acreditamos que

o impacto da pandemia da COVID-19 afetará significativamente o desempenho operacional dos

principais ativos da Invepar (rodovias pedagiadas, um aeroporto e transporte de massa).

Por fim, rebaixamos os ratings da rodovia pedagiada peruana Rutas de Lima S.A.C (RdL) de 'B'

para 'CCC' e colocamos os ratings em CreditWatch negativo. A ação de rating incorpora nossa

expectativa de que os fluxos de caixa da RdL disponíveis para o serviço da dívida não serão

suficientes para cobrir o serviço da dívida nos próximos 12 meses. Entretanto, a empresa pode

pagar os próximos dois pagamentos de cupom com seu caixa e equivalentes de caixa de cerca de

PEN8 milhões e recursos da conta de reserva de serviço da dívida (DSRA, na sigla em inglês para

Debt Service Reserve Account) para os próximos seis meses. Entretanto, a incapacidade de

manter o DSRA de seis meses integralmente financiado constituiria uma quebra de covenant

(cláusula contratual restritiva), levando a um evento de default.

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Gráfico 4

Exposição de tráfego de rodovias pedagiadas

Refinarias

O setor pode enfrentar maiores riscos devido à forte queda nos preços do petróleo (consulte “S&P

Global Ratings Cuts WTI And Brent Crude Oil Price Assumptions Amid Continued Near-Term

Pressure”, publicado em 19 de março de 2020), bem como a esperada redução da demanda de

25%-30% em março e abril. Entretanto, nosso portfólio avaliado compreende entidades vinculadas

ao governo, que dispõem de suporte extraordinário no caso de eventos inesperados. Por exemplo,

no caso da Petroleos del Peru Petroperu S.A. (BBB-/Estável/--), o governo forneceu, por meio de

um Decreto de Necessidade e Urgência, a possibilidade de a empresa acessar financiamento do

banco nacional a taxas de juros convenientes durante 2020 para fins de necessidade operacional

ou de investimento. Consequentemente, em geral não esperamos ações de rating neste setor.

Concessionárias de serviços de utilidade pública de energia elétrica e geração

No Chile, não esperamos impacto imediato para as geradoras de energia, mesmo que as

condições econômicas se deteriorem, uma vez que a maioria das entidades avaliadas em nosso

portfólio dispõe de elevados saldos de caixa, certa folga em seus perfis de risco financeiro para

absorver um pico temporário de alavancagem, e flexibilidade de adiar planos de investimento em

andamento. Ainda assim, os riscos de deterioração advêm principalmente de duas frentes:

Menor demanda de empresas de distribuição e mineração, considerando que esses contratos

são de natureza take-and-pay e podem ajustar volumes em um cenário de ciclo descendente; e

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Costanera Norte

ENA Sur Trust

ENA Norte Trust

Monterrey-Cadereyta

Autopista Central S.A.

OPI

Concesionaria Mexiquense S.A. de C.V.

Rutas de Lima

Vespucio

Libramiento Plan del Rio

Autopista Rio Verde

RCO

Ecorodovias

CART

Perote-Xalapa

Metropolitana de Monterrey

CCR

AB Concessões SA.

Arteris S.A.

Libramiento de Matehuala

Tráfego pesado Tráfego leve

Fonte: S&P Global Ratings.Copyright © 2018 por Standard & Poor’s Financial Services LLC. Todos os direitos reservados.

Distribuição por tipo de tráfego

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Execução de ambiciosos planos de investimento em projetos renováveis, pois alguns

equipamentos vêm da Ásia e podem enfrentar atrasos.

As exceções são os projetos renováveis de menor porte expostos ao risco de mercado. Também

monitoramos a exposição que algumas empresas de geração podem ter às entidades de

mineração, que podem sofrer com a recessão.

O risco regulatório e a exposição cambial são o foco de nossa avaliação de risco do setor na

Argentina - tais exposições já estavam em níveis relativamente altos antes da pandemia.

Continuaremos monitorando a situação e esperamos ações de rating negativas se o fluxo de caixa

das operações piorar mais do que o esperado.

No momento, não esperamos grandes problemas no Brasil e na Colômbia, onde grande parte das

receitas e EBITDA das concessionárias e geradoras provém do segmento residencial, que é mais

resiliente, enquanto a energia hidrelétrica corresponde a mais de 60% da matriz energética, ou

seja, no primeiro quartil de custo de produção de energia. No entanto, monitoraremos os riscos de

contraparte para as geradoras e se os contratos (principalmente no Brasil) podem estar sujeitos à

renegociação de termos, incluindo de volumes e preços contratados. Para as distribuidoras, a

atividade econômica mais fraca provavelmente se traduzirá em menor demanda de energia de

clientes industriais e comerciais e maior inadimplência e perdas de clientes residenciais. No Brasil,

o órgão regulador anunciou que as distribuidoras são proibidas de cortar por um período de 90 dias

os serviços de clientes residenciais inadimplentes. Em nossa opinião, o impacto depende da área

de concessão de cada distribuidora, mas em geral isso deve resultar em maiores necessidades de

capital de giro, até que esse efeito seja incorporado às tarifas, embora o momento para isso seja

incerto. Outras medidas visando aliviar o ônus das contas de concessionárias reguladas para

clientes finais podem representar um risco para os perfis de crédito dessas entidades.

Em nossa opinião, o Peru apresenta riscos de deterioração moderados. Mesmo considerando o

cenário de recessão, o impacto nas concessionárias e geradoras ainda deve ser gerenciável. No

momento, não esperamos ações de rating para as entidades peruanas do setor.

Por fim, no México, o principal risco está relacionado ao governo soberano e sua capacidade de

prover suporte à Comisión Federal de Electricidad (CFE; moeda estrangeira: BBB/Negativa/--;

moeda local: BBB+/Negativa/--). Dada a importância da CFE como a única distribuidora e

transmissora de eletricidade do país, equiparamos seus ratings ao do rating soberano, com base

em nossa visão de suporte extraordinário quase certo pelo governo em caso de estresse financeiro.

A CFE é também contraparte em alguns projetos, o que limita sua capacidade de crédito àquela da

CFE e do rating soberano. Monitoraremos o impacto na CFE da atividade econômica mais fraca,

uma vez que isso se traduziria na menor demanda dos clientes industriais e comerciais.

Concessionárias de serviços de fornecimento de água

Historicamente, as concessionárias de serviços de água têm sido bastante resistentes às crises

econômicas, dada a natureza essencial de seus serviços. No entanto, pode haver um potencial

risco de queda, pois as concessionárias reguladas acabam sendo expostas a interferências

políticas, como medidas de emergência para aliviar o impacto econômico negativo para a

população em geral. Além disso, dada sua natureza regulada, os ratings geralmente são limitados

por aqueles do respectivo governo soberano. Nesse contexto, avaliamos a Sabesp em 'BB-/Estável'

(mesmo nível do rating do Brasil), enquanto avaliamos a Aqualectra em 'BBB/Negativa', alinhado ao

rating de Curaçao.

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Disseminação do coronavírus deve afetar a qualidade de crédito de ativos de infraestrutura na América Latina

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Gasodutos, linhas de transmissão e infraestrutura social

A maioria desses ativos avaliados são remunerados com base na disponibilidade e, portanto, não

depende dos níveis de demanda ou dos preços das commodities, o que diminui sua exposição

geral ao impacto da COVID-19. No entanto, poderemos observar algumas consequências se a

qualidade do crédito das principais contrapartes se enfraquecer.

Os projetos de infraestrutura social mexicanos remunerados com base na disponibilidade têm uma

contraparte de receita de departamentos/secretarias vinculados ao governo, que já avaliamos dois

degraus abaixo do rating soberano. Dessa forma, poderemos revisar a qualidade do crédito dessas

entidades se observarmos uma deterioração geral da flexibilidade financeira do México para lhes

dar suporte. Além disso, poderemos ver um enfraquecimento desses ativos se a pressão fiscal do

México aumentar, o que pode atrapalhar a prioridade dos pagamentos relacionados aos contratos

de serviço dessas entidades governamentais.

Entidades de infraestrutura estão pressionadas e podem enfrentar turbulências adicionais

A S&P Global Ratings reconhece um alto grau de incerteza sobre a taxa de disseminação e o pico

do surto de coronavírus. Algumas autoridades governamentais estimam que a pandemia atingirá

seu pico no meio do ano, e estamos nos baseando nesta premissa para avaliar as implicações

econômicas e de crédito. Acreditamos que as medidas adotadas para conter a COVID-19 levaram

a economia global à recessão (consulte nossas atualizações macroeconômicas e de crédito em

www.spglobal.com/ratings). À medida que a situação evoluir, atualizaremos em conformidade

nossas premissas e estimativas.

Esperamos que o setor de infraestrutura latino-americano continue altamente vulnerável nos

próximos meses. Além das ações de rating que já realizamos, se o surto durar mais do que o

previsto ou se os preços do petróleo caírem ainda mais, poderemos realizar outras ações de rating

para as entidades do setor. Consideramos que os setores de maior risco são aeroportos, rodovias

pedagiadas, transporte público e portos, devido às restrições do governo que limitam o movimento,

mas continuaremos monitorando o impacto em todos os setores de infraestrutura.

Apêndice

Apêndice 1 – Análise de sensibilidade de aeroportos

Entidade País Rating Folga de liquidez

Aeropuertos Argentina 2000 S.A. Argentina B-/Negativa raA-/Negativa/-- Baixa

Aeropuerto Internacional de Tocumen S.A. Panamá BBB+/Estável Média

México City Airport Trust México BBB/Negativa Alta

Aeropuertos Dominicanos Siglo XXI S.A Rep. Dominicana BB-/Estável/-- Alta

Grupo Aeroportuario del Centro Norte S.A.B. de C.V. México mxAAA/Estável/-- Alta

Grupo Aeroportuario del Pacifico S.A.B. de C.V. México mxAAA/Estável/-- Alta

Folga de liquidez: sensibilidade a um declínio na receita para levar o índice de fontes sobre usos abaixo de 1,0x. Baixa: abaixo de 25%. Média: entre 25% e 45%. Alta: acima de 45%.

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Disseminação do coronavírus deve afetar a qualidade de crédito de ativos de infraestrutura na América Latina

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Apêndice 2 – Análise de sensibilidade de portos

Entidade País Rating Folga de liquidez

Terminales Portuarios Euroandinos Paita S.A Peru BB+/Estável Baixa

TESC - Terminal Santa Catarina S.A. Brasil D/--/-- Baixa

Terminal de Contêineres de Paranaguá S.A Brasil brAAA/Negativa/brA-1+ Baixa

Autoridad del Canal de Panamá Panamá A/Estável/-- Alta

EBT-Empresa Brasileira de Terminais e Armazéns Gerais Ltda. Brasil brAAA/Estável/-- Alta

Log-In Logística Intermodal S.A. Brasil brBBB/Estável/-- Alta

Santos Brasil Participações S.A. Brasil brAAA/Negativa/-- Alta

Folga de liquidez: sensibilidade a um declínio na receita para levar o índice de fontes sobre usos abaixo de 1,0x. Baixa: abaixo de 25%. Média: entre 25% e 45%. Alta: acima de 45%.

Apêndice 3 – Análise de sensibilidade de rodovias pedagiadas e transporte de massa

Entidade País Rating Folga de liquidez

Arteris S.A. Brasil brAAA/Estável/-- Baixa

Autopista Fernão Dias S.A. Brasil brAAA/Estável/-- Baixa

Autopista PlanAlta Sul S.A. Brasil brAAA/Estável/-- Baixa

Autopista Regis Bittencourt S.A. Brasil brAAA/Estável/-- Baixa

Via Paulista S.A. Brasil brAAA/Estável/-- Baixa

Concesionaria Autopista Perote-Xalapa, S.A. de C.V. México mxAA/Negativa Baixa

EcoRodovias Concessões e Serviços S.A. Brasil brAAA/Estável/-- Baixa

Concessionaria Ecovias dos Imigrantes S.A. Brasil brAAA/Estável/-- Baixa

Fideicomiso CIB/2076 (Autopista Rio Verde y Libramiento La Piedad) México mxA+/Estável Baixa

Investimentos e Participações em Infraestrutura S.A. (Invepar) Brasil CCC/Negativa/-- brB-/Negativa/-- Baixa

Concessionária Auto Raposo Tavares (CART) Brasil brB-/Negativa/-- Baixa

Libramiento Plan del Rio México mxB+/Negativa Baixa

OPI México mxAA-/Estável Baixa

Rutas de Lima S.A.C Peru CCC/CW Neg. Baixa

Transjamaican Altaway Ltd. Jamaica B+/Estável Baixa

AB Concessões SA. Brasil brAA+/CW Neg./-- Média

Rodovias das Colinas S.A. Brasil brAA+/CW Neg./-- Média

Triângulo do Sol Auto-Estradas S.A. Brasil brAA+/CW Neg./-- Média

Concessionária da Rodovia MG-050 S.A. (Nascentes das Gerais) Brasil brAA-/CW Neg./-- Média

Empresa de Transporte de Pasajeros Metro S.A. (Santiago Metro) Chile A+/Negativa Média

ENA Norte Trust Panamá BBB/CW Neg. Média

ENA Sur Trust Panamá BBB-/CW Neg. Média

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Fideicomiso No. 80698 (Periferico del Area Metropolitana de Monterrey) México mxAAA/Estável Média

Sociedad Concesionaria Vespucio Norte Express S.A. Chile BBB-/CW Neg. Média

CCR S.A. Brasil brAAA/Estável/-- Alta

Autoban – Concessionária do Sistema Anhanguera-Bandeirantes S.A. Brasil brAAA/Estável/-- Alta

Companhia do Metrô da Bahia (MetroBahia) Brasil brAA+/Estável/-- Alta

Concessionária da Rodovia Presidente Dutra S.A. (Nova Dutra) Brasil brAAA/Estável/-- Alta

Rodonorte – Concessionária de Rodovias Integradas S.A. Brasil brAAA/Estável/-- Alta

Concesionaria Mexiquense S.A. de C.V. México BBB/Negativa mxAAA/Estável Alta

Fideicomiso Autopista Monterrey-Cadereyta No. 3378 México mxAAA/Estável Alta

Fideicomiso 1784 (Autopista Rio Verde y Libramiento La Piedad) - Series A2 México mxAAA/Estável Alta

Fideicomiso No. 2227 (Periferico del Area Metropolitana de Monterrey) México mxAA/Estável Alta

Impulsora del Desarrollo y el Empleo en America Latina S.A.B. de C.V. México BBB/Negativa Alta

Libramiento de Matehuala México BBB/Negativa/-- mxAA+/Estável Alta

Red de Carreteras de Occidente, S.A.B. de C.V. México BBB/Negativa/-- mxAAA/Estável Alta

Sociedad Concesionaria Autopista Central S.A. Chile A-/CW Neg. Alta

Sociedad Concesionaria Costanera Norte S.A. Chile A/Estável Alta

Folga de liquidez: sensibilidade a um declínio na receita para levar o índice de fontes sobre usos abaixo de 1,0x. Baixa: abaixo de 25%. Média: entre 25% e 45%. Alta: acima de 45%.

Apêndice 4 – Análise de sensibilidade de refinarias

Entidade País Rating Folga de liquidez

Administracion Nacional de Combustibles Alcohol y Portland (ANCAP) Uruguai BB+/Estável Baixa

Empresa Nacional del Petróleo (ENAP) Chile BBB-/Estável Baixa

Petróleos del Perú - PETROPERÚ S.A Peru BBB-/Estável Baixa

Folga de liquidez: sensibilidade a um declínio na receita para levar o índice de fontes sobre usos abaixo de 1,0x. Baixa: abaixo de 25%. Média: entre 25% e 45%. Alta: acima de 45%.

Apêndice 5 – Análise de sensibilidade de concessionárias reguladas e geradoras de eletricidade

Entidade País Rating Folga de liquidez

AES Andres B.V. República Dominicana BB-/Estável/-- Baixa

AES Panamá S.R.L. Panamá BB/Negativa/-- Baixa

CESP - Companhia Energética de São Paulo Brasil

BB-/Estável/-- brAAA/Estável/--

Baixa

Chapada do Piauí I Holding S.A. Brasil brBBB-/CW Neg. Baixa

Empresa Distribuidora Y Comercializadora Norte S.A. Argentina CCC+/Negativa/raBB- Baixa

Empresa Generadora de Electricidad Itabo S.A. República Dominicana BB-/Estável/-- Baixa

Enel Chile S.A. Chile BBB+/Estável Baixa

Eneva S.A. Brasil brAAA/Estável/-- Baixa

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Geradora Eólica Bons Ventos da Serra I S.A. Brasil brA+/Estável Baixa

Grupo Energia Bogota S.A.E.S.P. Colômbia BBB-/Negativa/-- Baixa

Gas Natural de Lima y Callao S.A. (Calidda) Peru BBB-/Negativa/-- Baixa

Inversiones Latin America Power Limitada Chile BB+/Negativa Baixa

ISAGEN S.A. E.S.P. Colômbia BBB-/Negativa/-- Baixa

Itaipu Binacional Brasil brAAA/Estável/-- Baixa

Light Serviços de Eletricidade S.A. Brasil brAA+/Estável/brA-1+ Baixa

Neoenergia S.A. Brasil

BB-/Estável/-- brAAA/Estável/brA-1+

Baixa

Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (COELBA) Brasil

BB-/Estável/-- brAAA/Estável/--

Baixa

Companhia Energética de Pernambuco (CELPE) Brasil

BB-/Estável/-- brAAA/Estável/--

Baixa

Companhia Energética do Rio Grande do Norte (COSERN) Brasil

BB-/Estável/-- brAAA/Estável/--

Baixa

Elektro Redes S.A. Brasil brAAA/Estável/-- Baixa

Santa Vitória do Palmar Holding S.A Brasil brAA-/Estável Baixa

Desarrollos Eólicos Mexicanos de Oaxaca 1 S.A.P.I. de C.V. México mxBBB/Estável Média

Comision Federal De Electricidad México

BBB/Negativa/-- mxAAA/Estável/--

Média

Companhia de Gás de São Paulo - Comgas Brasil brAAA/Estável/-- Média

Companhia Energética de Minas Gerais - CEMIG Brasil

B/Estável/-- brA+/Estável/--

Média

CEMIG Distribuição S.A. Brasil

B/Estável/-- brA+/Estável/--

Média

CEMIG Geração e Transmissão S.A. Brasil

B/Estável/-- brA+/Estável/--

Média

Compania de Transporte de Energia Electrica en Alta Tension (TRANSENER) Argentina B-/Negativa/-- Média

EDP Espírito Santo Distribuição de Energia S.A. Brasil

BB-/Estável/-- brAAA/Estável/--

Média

EDP São Paulo Distribuição de Energia S.A. Brasil brAAA/Estável/-- Média

Enel Americas S.A. LatAm BBB/Negativa/-- Média

Emgesa S.A. Colômbia BBB/Negativa/-- Média

Energisa S.A. Brasil

BB-/Estável/-- brAAA/Estável/--

Média

Energisa Paraíba - Distribuidora de Energia S.A. Brasil

BB-/Estável/-- brAAA/Estável/--

Média

Energisa Sergipe - Distribuidora de Energia S.A. Brasil

BB-/Estável/-- brAAA/Estável/--

Média

Fenix Power Peru S.A. Peru BBB-/Estável/-- Média

Guacolda Energia S.A Chile BB-/Negativa/-- Média

Naturgy México S.A. de C.V. México mxAA+/Estável/-- Média

Orazul Energy Peru S.A. Peru BB/Estável Média

UHE São Simão Energia S.A. Brasil brAAA/Estável/-- Média

Transelec S.A. Chile BBB/Estável Média

YPF Energia Electrica S.A. Argentina B-/Negativa/-- Média

AES Argentina Generacion S.A Argentina B-/Negativa/-- Alta

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AES Gener S.A. Chile BBB-/Estável/-- Alta

CAPEX S.A. Argentina

B-/Negativa/-- raBBB+/Negativa/--

Alta

Eletrobras-Centrais Eletricas Brasileiras S.A. Brasil

BB-/Estável/-- brAAA/Estável/brA-1+

Alta

Colbun S.A. Chile BBB/Estável/-- Alta

CPFL Energia S.A. Brasil brAAA/Estável/-- Alta

Companhia Paulista de Força e Luz Brasil brAAA/Estável/-- Alta

Companhia Piratininga de Força e Luz Brasil brAAA/Estável/-- Alta

RGE Sul Distribuidora de Energia S.A. Brasil brAAA/Estável/-- Alta

Engie Energia Chile S.A. Chile BBB/Estável/-- Alta

Equatorial Energia S.A. Brasil brAAA/Estável/-- Alta

Equatorial Alagoas Distribuidora de Energia S.A. Brasil brAA/Estável/-- Alta

Equatorial Maranhão Distribuidora de Energia S.A Brasil brAAA/Estável/-- Alta

Equatorial Pará Distribuidora de Energia S.A. Brasil brAAA/Estável/-- Alta

Integração Transmissora de Energia S.A. Brasil brAAA/Estável/-- Alta

México Generadora de Energia, S. de R.L. México BBB+/Estável Alta

Nautilus Inkia Holdings LLC Peru BB/Estável/-- Alta

Termocandelaria Power Ltd Colômbia BB/Estável/-- Alta

Transportadora de Gas del Sur (TGS) Argentina B-/Negativa Alta

Folga de liquidez: sensibilidade a um declínio na receita para levar o índice de fontes sobre usos abaixo de 1,0x. Baixa: abaixo de 25%. Média: entre 25% e 45%. Alta: acima de 45%.

Apêndice 6 – Análise de sensibilidade de concessionárias de serviço de fornecimento de água

Entidade País Rating Folga de liquidez

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Brasil BB-/Estável/-- brAAA/Estável/-- Média

Comision Estatal de Aguas de Queretaro (CEAQ) México mxAA/Estável/-- Média

Gs Inima Industrial S.A. Brasil brAA+/Estável/-- Alta

Integrated Utilities Holding N.V. (Aqualectra) Curaçao BBB/Negativa Alta

Colchão de liquidez: sensibilidade a um declínio na receita para levar o índice de fontes sobre usos abaixo de 1,0x. Baixa: abaixo de 25%. Média: entre 25% e 45%. Alta: acima de 45%.

Apêndice 7 – Análise de sensibilidade de gasodutos, linhas de transmissão e infraestrutura social

Entidade País Rating Folga de liquidez

Infraestructura Energetica Nova S. A. B. de C. V. México

BBB/Negativa/--

mxAA+/Estável/-- Alta

APP Coatzacoalcos Villahermosa S.A.P.I de C.V. México mxAAA/Negativa Alta

Cachoeira Paulista Transmissora de Energia S.A. Brasil brAAA/Estável Alta

Celeo Redes Operacion Chile S.A. Chile BBB/Estável Alta

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Celeo Redes Transmissão de Energia S.A. Brasil brAAA/Estável Alta

Eletrans S.A. Chile A-/Estável Alta

Fermaca Enterprises S. de R.L. de C.V. México BBB/Negativa Alta

Fideicomiso 00874 (Sarre y Papagos) México mxBBB/CW Neg. Alta

Fideicomiso 1784 (Autopista Rio Verde y Libramiento La Piedad) - Series A1 México mxAA/Negativa Alta

Fideicomiso F/2213 (CFRS Oaxaca) México mxAA/Negativa Alta

Fideicomiso Sarre y Papagos México mxAA-/Estável Alta

Interconexion Electrica S.A. E.S.P. (ISA) Colômbia BBB-/Negativa Alta

Jauru Transmissora de Energia S.A. Brasil brAAA/Estável Alta

Norte Brasil Transmissora de Energia S.A. Brasil brAAA/Estável Alta

Oleoducto Central, S.A. (OCENSA) Colômbia BBB-/Negativa/-- Alta

Peru LNG S.R.L. Peru B/Estável/-- Alta

The National Gas Company of Trinidad and Tobago Limited Trinidad & Tobago BBB/Estável Alta

Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A. Brasil

BB-/Estável/--

brAAA/Estável/brA-1+ Alta

Transportadora de Gas Internacional S.A. E.S.P. Colômbia BBB-/Negativa/-- Alta

Folga de liquidez: sensibilidade a um declínio na receita para levar o índice de fontes sobre usos abaixo de 1,0x. Baixa: abaixo de 25%. Média: entre 25% e 45%. Alta: acima de 45%.

Este relatório não constitui uma ação de rating.

A S&P Global Ratings reconhece as grandes incertezas sobre a taxa de propagação do

coronavírus (COVID-19) e o pico do surto. Algumas autoridades governamentais estimam que o

pico da pandemia será entre junho e agosto, e trabalhamos com essa premissa para avaliarmos

suas consequentes implicações econômicas e creditícias. Acreditamos que as medidas tomadas

para conter a COVID-19 levarão a economia global a uma recessão e provocarão uma série de

defaults entre os tomadores de empréstimos corporativos não financeiros (consulte nossas

atualizações macroeconômicas e de crédito em www.spglobal.com/ratings). À medida que a

situação evolui, atualizaremos nossas premissas e estimativas em conformidade.

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