disciplina: clínica médica de pequenos animais profa maria

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5/6/2009 1 Pr ofa Mar ia Clor inda – EV/UFG Maria Clorinda Soares Fioravanti Maria Clorinda Soares Fioravanti ([email protected]) ([email protected]) Disciplina: Clínica Médica de Pequenos Animai s Disciplina: Clínica Médica de Pequenos Animai s Escola de Veterinária da UFG Escola de Veterinária da UFG Departamento de Medicina Veterinária Departamento de Medicina Veterinária Pr ofa Mar ia Clor inda – EV/UFG Eq uilíbrio Hidro Eq uilíbrio Hidro- - Eletrolítico Eletrolítico em Pequenos Animais em Pequenos Animais

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Pr ofa Mar ia Clor inda – EV/UFG

Maria Clorinda Soares FioravantiMaria Clorinda Soares Fioravanti

([email protected])([email protected])

Disciplina: Clínica Médica de Pequenos AnimaisDisciplina: Clínica Médica de Pequenos Animais

Escola de Veterinária da UFGEscola de Veterinária da UFG

Departamento de Medicina VeterináriaDepartamento de Medicina Veterinária

Pr ofa Mar ia Clor inda – EV/UFG

Eq uilíbrio HidroEq uilíbrio Hidro--

Eletrolítico Eletrolítico

em Pequenos Animaisem Pequenos Animais

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Pr ofa Mar ia Clor inda – EV/UFG

Escassez de recursos no Escassez de recursos no ambiente e efeitos sobre o ambiente e efeitos sobre o

metabolismo celularmetabolismo celular

36 s36 s ~42 d~42 dTempo (h) até atingir o limite letalTempo (h) até atingir o limite letal

0,010,01 0,10,1 1,01,0 1010 100100 10001000

Início da privaçãoInício da privação

OO22

CalorCalor

ÁguaÁgua

NutrientesNutrientes

NívelNívelnormalnormal

NívelNívelletalletal

Pr ofa Mar ia Clor inda – EV/UFG

Importância do equilíbrio Importância do equilíbrio hidrohidro--eletrolítico na homeostaseeletrolítico na homeostase

HomeostaseHomeostase

Equilíbrio hidroEquilíbrio hidro--eletrolíticoeletrolítico

Água e eletrólitosÁgua e eletrólitos

Perfeito funcionamento Perfeito funcionamento dos órgãosdos órgãos Boa alimentaçãoBoa alimentação

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Pr ofa Mar ia Clor inda – EV/UFG

Funções:Funções:Utilizada praticamente em todos os Utilizada praticamente em todos os

processos do organismo,processos do organismo,Possuí propriedades físicas e químicas Possuí propriedades físicas e químicas

ideais para inúmeros processos fisiológicos,ideais para inúmeros processos fisiológicos,Está presente em quase todas etapas da Está presente em quase todas etapas da

hidrólise, oxidação e da redução,hidrólise, oxidação e da redução,Regulação da temperatura corporal,Regulação da temperatura corporal,Lubrificação dos tecidos,Lubrificação dos tecidos,Meio líquido para o sistema sanguíneo e Meio líquido para o sistema sanguíneo e

linfático.linfático.

Pr ofa Mar ia Clor inda – EV/UFG

Variação no conteúdo de água corporal totalVariação no conteúdo de água corporal total

•• EspécieEspécie

•• IdadeIdade

•• SexoSexo

•• Estado nutricionalEstado nutricionalMassa = peso X 0,7

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Pr ofa Mar ia Clor inda – EV/UFG

Depois do oxigênio é o mais importante Depois do oxigênio é o mais importante elemento para a sobrevivência a curto prazoelemento para a sobrevivência a curto prazo

-- 84% do peso de 84% do peso de recémrecém--nascidonascido

-- 50% a 60% do peso 50% a 60% do peso do adultodo adulto-- perda suportável perda suportável somente de 10% a 12% somente de 10% a 12% do peso corporaldo peso corporal

Pr ofa Mar ia Clor inda – EV/UFG

Fontes:Fontes:

•• Ingestão de líquidosIngestão de líquidos

•• Água ingerida com os alimentosÁgua ingerida com os alimentos

•• Água metabólicaÁgua metabólica(metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras)(metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras)

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Pr ofa Mar ia Clor inda – EV/UFG

Perdas:Perdas:-- UrinaUrina

-- RespiraçãoRespiração

-- FezesFezes

-- Perdas imperceptíveis pela pelePerdas imperceptíveis pela pele

-- Saliva, secreções nasais e genitaisSaliva, secreções nasais e genitais

-- LeiteLeite

Pr ofa Mar ia Clor inda – EV/UFG

intracelular

intersticial

intravascularintravascular

extracelular

OS COMPATIMENTOS SÃO SEPARADOS PELAS MEMBRANASCAPILARES E CELULARES

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Pr ofa Mar ia Clor inda – EV/UFG

Água Água corporal totalcorporal total60% do peso 60% do peso

corporalcorporal

Líquido intravascularLíquido intravascular5% do peso corporal5% do peso corporal

Líquido intersticialLíquido intersticial15% do peso corporal15% do peso corporal

40% do peso 40% do peso

corporalcorporal

LICLIC

20% do peso 20% do peso corporalcorporal

LECLEC

Pr ofa Mar ia Clor inda – EV/UFG

Líquido Extracelular Líquido Extracelular

Fluidos Transcelulares Fluidos Transcelulares

(produzidos por células específicas)(produzidos por células específicas)

•• Fluido cérebroFluido cérebro--espinhal (cefaloraquidiano)espinhal (cefaloraquidiano)

•• Fluido gastrointestinalFluido gastrointestinal

•• Fluido sinovialFluido sinovial

••BileBile

•• LinfaLinfa

•• Secreções glandulares e respiratóriasSecreções glandulares e respiratórias

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Pr ofa Mar ia Clor inda – EV/UFG

•• DESIDRATAÇÃODESIDRATAÇÃO –– deficiênciadeficiência dede volumevolume

intersticialintersticial e/oue/ou intracelularintracelular

•• HIPOVOLEMIAHIPOVOLEMIA –– diminuiçãodiminuição dodo volumevolume

circulantecirculante (intravascular)(intravascular)

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A queda generalizada do volume do líquido A queda generalizada do volume do líquido extracelular desencadeia redução do extracelular desencadeia redução do

volume e da pressão sanguínea volume e da pressão sanguínea

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-- Receptores de estiramento Receptores de estiramento das grandes veias e átrios das grandes veias e átrios cardíacoscardíacos--Liberação de renina pela Liberação de renina pela células renais células renais angiotensinogêneo angiotensinogêneo angitensina I angitensina I angiotensina IIangiotensina IIingestão aumentada de águaingestão aumentada de água-- Hormônio antidiuréticoHormônio antidiurético

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Substâncias que se tornam ionizadas na Substâncias que se tornam ionizadas na

presença de águapresença de água

Eletrólito é um termo "médico/científico" Eletrólito é um termo "médico/científico" para os sais, especificamente os íons. O para os sais, especificamente os íons. O termo eletrólito significa que este íon é termo eletrólito significa que este íon é carregado eletricamente e se move para carregado eletricamente e se move para

outro eletrodo negativo (cátodo) ou positivo outro eletrodo negativo (cátodo) ou positivo (ânodo)(ânodo)

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Pr ofa Mar ia Clor inda – EV/UFG

Representam 95% dos solutos nos Representam 95% dos solutos nos líquidos corporaislíquidos corporais

Pr ofa Mar ia Clor inda – EV/UFG

Cátions:Cátions:São íons positivos que migram para o eletrodo São íons positivos que migram para o eletrodo negativo.negativo.

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••Sódio Sódio

•Potássio

•Cálcio

•Magnésio

••Potássio Potássio •Sódio •Cálcio (quantidades relativamente altas)

•Magnésio

LIC

LEC

Pr ofa Mar ia Clor inda – EV/UFG

PLASMA INTERSTÍCIOPLASMA INTERSTÍCIO INT RACELULARINT RACELULAR

H2OH2O

H2OH2O

PPRROOTT

NaNa KK

LECLEC LICLIC

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Ânions:Ânions:SãoSão íonsíons negativosnegativos queque migrammigram parapara oo eletrodoeletrodo

positivopositivo..

Íon fosfato Íon sulfato

Proteínas Ácidos orgânicos

Bicarbonato

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••CloroCloro•Bicarbonato

•Fosfato

•Sulfato

•Ácidos orgânicos

•Proteínas

••FosfatoFosfato•Cloro•Bicarbonato•Sulfato•Proteínas

LIC

LEC

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Na+

143

K+

4,4Ca+

5,3

Mg+

1,8

HCO3-

20,0

Cl-

106,0

HPO4-

1,6

SO4-2,0

Ácidos orgânicos

10,0Proteínas

14,5

CátionsCátions ÂnionsÂnions

TOTALTOTAL 155155 155155

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Composição média em mEq/L dos eletrólitos presentes Composição média em mEq/L dos eletrólitos presentes no plasma das diversas espéciesno plasma das diversas espécies

Espécie Na+ K+ Ca++ Mg++ Cl- HCO3-

Cão 145 4,4 5,3 1,8 110 21

Gato 150 4,4 5,0 1,8 120 23

Cavalo 145 3,9 5,0 1,5 104 25

Vaca 145 4,4 5,5 2,3 104 25

Porco 150 5,9 5,7 2,2 103 24

Homem 142 5,0 5,0 2,0 105 24

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•• PrincipalPrincipal eletrólitoeletrólito dodo compartimentocompartimentoextracelularextracelular..

•• AA concentraçãoconcentração osmóticaosmótica éé reguladaregulada pelapelamanutençãomanutenção dodo balançobalanço dede sódiosódio ee fornecefornece aapressãopressão osmóticaosmótica parapara oo equilíbrioequilíbrio dada águaágua nonocompartimentocompartimento intersticialintersticial..

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•• Geralmente,Geralmente, desequilíbriosdesequilíbrios dede águaágua ee sódiosódioocorremocorrem simultaneamentesimultaneamente..

•• NívelNível dede sódiosódio indicaindica balançobalanço geralgeral dosdos fluidosfluidos..

•• ConcentraçãoConcentração dede sódiosódio éé reguladaregulada pelospelos rins,rins,

porpor meiomeio dada aldosteronaaldosterona ee outrosoutros fatoresfatores

relacionadosrelacionados..

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•• PrincipalPrincipal eletrólitoeletrólito dodo compartimentocompartimentointracelularintracelular ((9898%% estáestá localizadolocalizado dentrodentro dasdascélulas)células)..•• GaranteGarante aa forçaforça osmóticaosmótica queque mantémmantém oobalançobalanço dada águaágua nono compartimentocompartimentointracelularintracelular..•• NívelNível plasmáticoplasmático dede potássiopotássio podepode nãonão refletirrefletiroo totaltotal dodo corpocorpo (medida(medida indiretaindireta dodo K+K+intracelular)intracelular)..

Pr ofa Mar ia Clor inda – EV/UFG

•• DesequilíbriosDesequilíbrios resultamresultam emem alteraçãoalteração dada

excitabilidadeexcitabilidade dasdas membranasmembranas (coração(coração ee SNC)SNC)..

•• FunçãoFunção renalrenal normalnormal éé necessárianecessária parapara evitarevitar

hipercalemiahipercalemia..

•• HIPOCALEMIAHIPOCALEMIA devedeve serser tratadatratada lentamentelentamente::

nãonão podepode excederexceder 00,,55 aa 11mEqmEq K+/kg/hr,K+/kg/hr, atéaté aa

concentraçãoconcentração máximamáxima dede 4040mEq/LmEq/L..

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Pr ofa Mar ia Clor inda – EV/UFG

A depleção crônica de A depleção crônica de potássio parece ser uma potássio parece ser uma

alteração séria e alteração séria e relativamente comum, relativamente comum,

especialmente nos gatos especialmente nos gatos portadores de doença portadores de doença

renal renal (20% a 30% de animais (20% a 30% de animais com insuficiência renal com insuficiência renal

crônica apresentam crônica apresentam hipocalemia)hipocalemia)

Pr ofa Mar ia Clor inda – EV/UFG

atenção com a onda T

ampliação do QRS

aumento do intervalo PR

parada atrial

morte

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•• BicarbonatoBicarbonato dede sódiosódio aplicadoaplicado viavia EVEV lentolento nanadosedose dede 11 aa 22mEq/kgmEq/kg (sempre(sempre queque aaconcentraçãoconcentração dede KK excederexceder 88mEq/l)mEq/l)•• InsulinaInsulina regularregular nana dosedose dede 00,,2525 aa 00,,55UI/kgUI/kg viaviaEV,EV, seguidaseguida dede glicoseglicose aa 2020%%

((22gg glicoseglicose :: 11UIUI insulina)insulina)•• GluconatoGluconato dede cálciocálcio aa 1010%% nana dosedose dede 00,,55 aa11ml/kg/EVml/kg/EV lentolento (efeito(efeito rápidorápido –– estabilizaçãoestabilizaçãocardíaca)cardíaca)

Tratamento da HipercalemiaTratamento da Hipercalemia

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• Alta capacidade de ligação a proteína; o nívelde cálcio plasmático total varia de acordo com aquantidade de albumina, entretanto os valoresde cálcio ionizado podem permanecerconstantes.

• Íon vital → atividadeneuromuscular normal, ritmo econtratilidade cardíaca, função damembrana celular e coagulaçãosanguínea.

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•• PrincipalPrincipal ânionânion dodo compartimentocompartimento

extracelularextracelular..

•• RegulaçãoRegulação renalrenal dada eletroeletro neutralidadeneutralidade

geralmentegeralmente resultaresulta emem relaçãorelação inversainversa entreentre ClCl--

ee HCOHCO33--

••DesequilíbriosDesequilíbrios dodo cloro,cloro, emem geral,geral, nãonão

necessitamnecessitam serser diretamentediretamente corrigidoscorrigidos..

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•• BicarbonatosBicarbonatos sãosão saissais queque contémcontém oo anionanion

HCOHCO33--

•• ÉÉ oo principalprincipal tampãotampão queque neutralizaneutraliza osos

ácidosácidos provenientesprovenientes dodo metabolismometabolismo..

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PrincipaisPrincipais PontosPontos::1.1. OsOs líquidoslíquidos extracelularesextracelulares (plasma(plasma ee

interstício)interstício) contêmcontêm grandesgrandes quantidadesquantidades dedesódiosódio ee clorocloro..

2.2. OsOs líquidoslíquidos intracelularesintracelulares contêmcontêm grandesgrandesquantidadesquantidades dede potássiopotássio ee fosfatofosfato..

3.3. AA concentraçãoconcentração totaltotal dede cátionscátions éé sempresempreigualigual àà concentraçãoconcentração totaltotal ânionsânions emem todostodososos líquidoslíquidos corporaiscorporais..

Pr ofa Mar ia Clor inda – EV/UFG

É uma alteração no equilíbrio É uma alteração no equilíbrio hídrico, caracterizada pela hídrico, caracterizada pela

diminuição da porcentagem diminuição da porcentagem fisiológica de água. Raramente fisiológica de água. Raramente

aparece sozinha, estando quase aparece sozinha, estando quase sempre acompanhada de um sempre acompanhada de um desequilíbrio hidroeletrolítico.desequilíbrio hidroeletrolítico.

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Pr ofa Mar ia Clor inda – EV/UFG

ÉÉ caracterizadacaracterizada porpor duasduas fasesfases::

11.. DiminuiçãoDiminuição dodo fluidofluido extracelular,extracelular, ouou seja,seja,

dosdos espaçosespaços intravascularesintravasculares ee intersticiais,intersticiais,

comcom perdaperda dede sódiosódio..

22.. AgravamentoAgravamento dodo processo,processo, dede modomodo queque

ocorreocorre reduçãoredução dodo líquidolíquido intracelular,intracelular, comcom

perdaperda dede potássiopotássio..

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A perda de água determina vários graus A perda de água determina vários graus

de desidrataçãode desidratação

No animal hidratado a distribuição da água é No animal hidratado a distribuição da água é

regulada pelas forças osmóticas dos regulada pelas forças osmóticas dos

solutos solutos –– 295mOsm/kg 295mOsm/kg

(280 a 310mOsm/kg)(280 a 310mOsm/kg)

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grave: >8%grave: >8%

Porcentagem de perda de água:Porcentagem de perda de água:

leve: 4% a 6%leve: 4% a 6%

moderada: 6% a 8%moderada: 6% a 8%

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A desidratação caracterizaA desidratação caracteriza--se clinicamente por:se clinicamente por:

Perda da elasticidade cutâneaPerda da elasticidade cutânea

Flacidez da peleFlacidez da pele

Olhos afundados nas órbitasOlhos afundados nas órbitas

Mucosas ressecadasMucosas ressecadas

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AnamneseAnamnese:: detectardetectar aa presençapresença dede vômitos,vômitos, diarréia,diarréia,poliúriapoliúria -- estadoestado dede desidrataçãodesidratação subclínicosubclínico ououclínicoclínico..

ElasticidadeElasticidade cutâneacutânea:: oo melhormelhor lugarlugar parapara avaliaravaliar ooturgorturgor cutâneocutâneo éé aa áreaárea dorsodorso--lombarlombar..

MembranasMembranas mucosasmucosas:: indicamindicam indiretamenteindiretamente oo graugraudede desidrataçãodesidratação aoao perderperder aa umidadeumidade ee suavidadesuavidade..

GlobosGlobos ocularesoculares:: nosnos pacientespacientes desidratadosdesidratados diminuidiminuioo volumevolume dada gorduragordura retroretro--orbitalorbital..

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SinaisSinais dede choquechoque:: presentespresentes emem pacientespacientes comcom maismaisdede 1010%% dede desidratação,desidratação, especialmenteespecialmente sese esteesteprocessoprocesso ocorreuocorreu dede formaforma rápidarápida.. OsOs sinaissinais dedechoquechoque sãosão:: mucosasmucosas pálidas,pálidas, pulsopulso débil,débil, tempotempo dedeenchimentoenchimento capilarcapilar aumentado,aumentado, hipotermiahipotermia eetaquicardiataquicardia..

AvaliaçãoAvaliação laboratoriallaboratorial:: AA formaforma maismais objetivaobjetiva dedeavaliaravaliar aa desidrataçãodesidratação éé verificandoverificando osos seguintesseguintesparâmetrosparâmetros:: volumevolume globularglobular (VG),(VG), proteínasproteínas totais,totais,albuminaalbumina ee densidadedensidade dada urinaurina..

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Porcentagem de

desidratação

Sinais

< 4 Não detectáveis 4 - 5 Perda sutil da elasticidade cutânea 6-8 Demora definida no retorno da pele à posição

normal, os olhos podem estar fundos nas órbitas, tempo de enchimento capilar levemente prolongado, mucosas possivelmente ressecadas

10 - 12 A pele distendida mantém-se no lugar, tempo de enchimento capilar prolongado, olhos fundos nas órbitas, mucosas possivelmente ressecadas, prováveis sinais de choque (freqüência cardíaca aumentada, pulso fraco)

12 - 15 Sinais de choque presentes, morte iminente

Pr ofa Mar ia Clor inda – EV/UFG

Classificada considerando a concentração de Classificada considerando a concentração de

eletrólitos no espaço intercelulareletrólitos no espaço intercelular

Desidratação isotônicaDesidratação isotônica

Desidratação hipotônicaDesidratação hipotônica

Desidratação hipertônicaDesidratação hipertônica

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ConcentraçãoConcentração dede eletrólitoseletrólitos nono espaçoespaço intercelularintercelular

DesidrataçãoDesidratação isotônicaisotônica –– perdaperda dede líquidolíquido

isotônicoisotônico ee sódiosódio.. DesidrataçãoDesidratação discretadiscreta comcom

hiponatremiahiponatremia.. NestaNesta condiçãocondição nãonão haveráhaverá

migraçãomigração dede líquidoslíquidos entreentre osos meiosmeios intraintra ee extraextra

celulares,celulares, poispois aa osmolalidadeosmolalidade ee tonicidadetonicidade

permanecempermanecem constantesconstantes ((295295mOsm/kg)mOsm/kg)..

Pr ofa Mar ia Clor inda – EV/UFG

DesidrataçãoDesidratação isotônicaisotônica

CausasCausas:: vômito,vômito, diarréia,diarréia, seqüestroseqüestro dede líquidoslíquidos

extracelularextracelular emem infecçõesinfecções comocomo peritoniteperitonite..

TratamentoTratamento:: EstáEstá indicadaindicada aa fluidoterapiafluidoterapia comcom

líquidoslíquidos isotônicosisotônicos queque contenhamcontenham sódio,sódio, comocomo aa

soluçãosolução fisiológicafisiológica aa 00,,99%% ouou aa soluçãosolução dede ringerringer

lactatolactato..

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DesidrataçãoDesidratação hipotônicahipotônica –– perdaperda acentuadaacentuada dede

líquidolíquido hipotônicohipotônico ee sódiosódio.. DesidrataçãoDesidratação gravegrave

comcom hiponatremiahiponatremia gravegrave.. HáHá perdaperda dede líquidolíquido

hiperosmolarhiperosmolar ee oo compartimentocompartimento extracelularextracelular

tornatorna--sese hiposmolarhiposmolar ee hipotônicohipotônico emem relaçãorelação aoao

intracelular,intracelular, ocorrendoocorrendo passagempassagem dede líquidolíquido

extracelularextracelular parapara oo interiorinterior dada célulacélula..

Pr ofa Mar ia Clor inda – EV/UFG

DesidrataçãoDesidratação hipotônicahipotônica –– estesestes pacientespacientes estãoestão

maismais predispostospredispostos aoao colapsocolapso vascularvascular ee requeremrequerem

terapiaterapia agressivaagressiva..

CausasCausas:: insuficiênciainsuficiência dada corticalcortical dada adrenal,adrenal, usouso

inadequadoinadequado dede diuréticosdiuréticos ee reposiçãoreposição dede perdasperdas

isotônicasisotônicas comcom glicoseglicose aa 55%%ouou águaágua..

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Pr ofa Mar ia Clor inda – EV/UFG

DesidrataçãoDesidratação hipotônicahipotônica

TratamentoTratamento:: EmEm hiponatremiashiponatremias severasseveras (Na+(Na+

plasmáticoplasmático << 115115mEq/L)mEq/L) aa reposiçãoreposição dede sódiosódio sese

darádará mediantemediante perfusãoperfusão dede soluçãosolução salinasalina

hipertônicahipertônica.. ParalelamenteParalelamente oo volumevolume extracelularextracelular

seráserá repostoreposto comcom perfusãoperfusão dede salinasalina isotônicaisotônica..

Pr ofa Mar ia Clor inda – EV/UFG

DesidrataçãoDesidratação hipertônicahipertônica –– perdaperda dede águaágua semsem

perdaperda dede sódiosódio.. DesidrataçãoDesidratação discretadiscreta.. AA saídasaída dodolíquidolíquido dada célulacélula restabelecerestabelece oo equilíbrioequilíbrio entreentre ososcompartimentoscompartimentos..CausasCausas:: baixabaixa ingestãoingestão dede água,água, aumentoaumento dasdas

perdasperdas insensíveisinsensíveis (febre,(febre, taquipnéia),taquipnéia),administraçãoadministração dede soluçõessoluções muitomuito concentradasconcentradas eediabetesdiabetes insipidusinsipidus..

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Pr ofa Mar ia Clor inda – EV/UFG

DesidrataçãoDesidratação hipertônicahipertônica

TratamentoTratamento:: NesteNeste tipotipo dede desequilíbriodesequilíbrio estãoestão

indicadasindicadas asas soluçõessoluções cristalóidescristalóides comcom

administraçãoadministração simultâneasimultânea dede soluçõessoluções glicosadasglicosadas

isotônicasisotônicas..

Pr ofa Mar ia Clor inda – EV/UFG

Desidratação Concentração de sódio

Proteína Plasmática

VG (Hematócrito)

Isotônica sem alteração

sem alteração

sem alteração

Hipotônica ↑ ↑ ↑ ↑

Hipertônica ↓ ↓ ↑ ↑ ↑ ↑

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Pr ofa Mar ia Clor inda – EV/UFG

Pr ofa Mar ia Clor inda – EV/UFG

Objetivos:Objetivos:•• Correção da desidratação Correção da desidratação •• Recuperar o volume vascular Recuperar o volume vascular •• Apoiar o sistema vascular na anestesia Apoiar o sistema vascular na anestesia •• Melhorar o aporte de OMelhorar o aporte de O2 2 para os tecidos para os tecidos •• Corrigir anormalidades ácidoCorrigir anormalidades ácido--básicas básicas •• Veicular drogas Veicular drogas •• Corrigir anormalidades eletrolíticasCorrigir anormalidades eletrolíticasProporcionar suporte nutricional???? Proporcionar suporte nutricional???? Corrigir anemia???? Corrigir anemia????

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Paciente Paciente -- cão com 9 kgcão com 9 kg

Situação Situação -- internado recebendo: internado recebendo:

fluidoterapia convencional fluidoterapia convencional (60 ml de dextrose a (60 ml de dextrose a 50% + 540ml de solução de Ringer)50% + 540ml de solução de Ringer)

OUOU

nutrição parenteral nutrição parenteral (151ml de dextrose a 50% + (151ml de dextrose a 50% + 130ml de lipídios a 20% + 242 ml de aminoácido 130ml de lipídios a 20% + 242 ml de aminoácido a 8,5% + 77ml de solução de Ringer)a 8,5% + 77ml de solução de Ringer)

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Necessidadesdo Paciente

Fórmula deNutriçãoParenteral

FluidoTradicional

EnergiaMetabolizável

(kcal)

514 517 102

Proteína (g) 20 21 0Fluidos (ml) 600 600 600

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1. Tamanho molecular e 1. Tamanho molecular e permeabilidade capilarpermeabilidade capilar

1.1. Cristaloíde1.1. Cristaloíde1.2. Coloíde1.2. Coloíde

2. Osmolaridade ou tonicidade2. Osmolaridade ou tonicidade 1.1. Hipotônico1.1. Hipotônico1.2 Isotônico1.2 Isotônico1.3. Hipertônico1.3. Hipertônico

3. Função pretendida3. Função pretendida 1.1. Manutenção1.1. Manutenção1.2. Reposição1.2. Reposição

Classificação dos líquidos empregados Classificação dos líquidos empregados na fluidoterapiana fluidoterapia

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OsOs fluidosfluidos podempodem sese classificarclassificar emem

CRISTALÓIDESCRISTALÓIDES ee COLÓIDESCOLÓIDES..

AsAs SOLUÇÕESSOLUÇÕES CRISTALÓIDESCRISTALÓIDES contêmcontêm

eletrólitoseletrólitos capazescapazes dede entrarentrar emem todostodos osos

compartimentoscompartimentos corporaiscorporais (vascular,(vascular, intersticialintersticial

ee intracelular)intracelular)..

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SoluçõesSoluções CristaloídesCristaloídes::Neste grupo estão os seguintes tipos de soluções:Neste grupo estão os seguintes tipos de soluções:

Ringer lactatoRinger lactatoRingerRingerNaCl 0,9%NaCl 0,9%NaCl 3%NaCl 3%NaCl 7,5%NaCl 7,5%GlicosalinoGlicosalinoManitol 15%Manitol 15%Glicose 5%Glicose 5%Glicose 10%Glicose 10%Glicose 30%Glicose 30%PoliônicoPoliônico

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Composição de Fluidos CristalóidesSolução Tipo* Na Cl K Ca Mg Lact Acet Gluc %

Dex pH Osm

Plasma - 144 107 5 5 1.5 - - - - 7.5 290

2.5% Dextrose, 0.45% NaCl M 77 77 - - - - - - 2.5 4.0 280

2.5% Dextrose, 1/2 Solução de Ringer Lactato M 65.5 55 2 1.5 - 14 - - 2.5 5.0 263

5% Dextrose - - - - - - - - - 5 4.0 252

10% Dextrose - - - - - - - - - 10 4.0 505

0.9% NaCl R 154 154 - - - - - - - 5.0 308

Solução de Ringer R 148 156 4 4.5 - - - - - 6.0 309

Solução de Ringer Lactato R 130 109 4 3 - 28 - - - 6.5 273

Plasmalite A R 140 98 5 - 3 - 27 23 - 7.4 294

Plasmalite 148 R 140 98 5 - 3 - 27 23 - 5.5 294

Plasmalite 56 + 5% Dextrose M 40 40 16 3 - 16 - 5 5.0 362

Plasmalite 56 M 40 40 13 3 - 16 - - 5.5 110

7.5 % NaCl Hipertônico R 1283 1283 5.0-5.7 2567

íons são apresentados como mEq/l M = manutenção; R = reposiçãoíons são apresentados como mEq/l M = manutenção; R = reposição

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SoluçõesSoluções cristaloídescristaloídes hipertônicashipertônicas::

• NaCl a 5% = 6 a 10ml/kg, com taxa NaCl a 5% = 6 a 10ml/kg, com taxa máxima de infusão de 1ml/kg/minmáxima de infusão de 1ml/kg/min•• NaCl a 7,5% = 4 a 8ml/kg, com taxa NaCl a 7,5% = 4 a 8ml/kg, com taxa

máxima de infusão de 1ml/kg/minmáxima de infusão de 1ml/kg/min

• NaCl a 5% ou 7,5% = 6 2ml/kg, com NaCl a 5% ou 7,5% = 6 2ml/kg, com taxa máxima de infusão de 1ml/kg/mintaxa máxima de infusão de 1ml/kg/min

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SoluçõesSoluções ColidaisColidais::ContêmContêm substanciassubstancias dede altoalto pesopeso molecular,molecular, quequeficamficam restritasrestritas aoao compartimentocompartimento vascularvascular;; têmtêminfluênciainfluência osmótica,osmótica, oo queque sese traduztraduz nana entradaentradadada águaágua nana rederede vascularvascular e,e, conseqüentemente,conseqüentemente,aumentoaumento dada pressãopressão ee volemiavolemia..OsOs colóidescolóides sãosão osos fluidosfluidos dede eleição,eleição, paraparaseremserem administradosadministrados nono choquechoque hipotensivohipotensivo eeemem casoscasos dede severasevera hipoalbuminemiahipoalbuminemia (<(<11,,55g/dl)g/dl)..

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SoluçõesSoluções ColidaisColidais::

DentreDentre asas substanciassubstancias coloidais,coloidais, asas maismais

utilizadasutilizadas sãosão::

Plasma (plasma congelado ou plasma fresco)Plasma (plasma congelado ou plasma fresco)

Gelatinas (Haemacell)Gelatinas (Haemacell)

Polissacáridos (Dextran 40, Dextran 70, Polissacáridos (Dextran 40, Dextran 70,

Hetastarch)Hetastarch)

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Composição de Fluidos ColóidesSolução Na Cl K Ca

Coloíde COP(mmHg) pH Osm

Plasma 144 107 5 5 - 7.5 290

Hetastarch 6% a 0,9% NaCl 154 154Amilopectina Hidroxietilado 60g/L MW 450KD

31 5.5 310

Dextran 40 a 0,9% NaCl 154 154 Dextran 100g/L MW 40KD >100 3.5-7.0 310

Dextran 70 a 0,9% NaCl 154 154 Dextran 60g/L MW 70KD >100 5.0 309

6% Albumina a 0,9% NaCl 154 154 MW 69KD 30 5.5 310

7,5% NaCl - 6% Dextran 70 1283 1283 75 4-5 2567

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Tipo de fluido e volume para restauração do volume plasmático

Fluido ExemploVolume necessário para aumentar o o plasma em 1 litro

Distribuição Indicação clínica

Colóide Gelatina fluida Dextran 1 litro Volume plasmático

Hipovolemia, hipotensão, hemodiluição

normovolêmica, hipoalbuminemia

Cristalóide hipertônica 7,5% salina 300ml

Imediata expansão do volume plasmático e

redução LIC Choque hipovolêmico,

edema cerebral

Cristalóide hipotônica 5% dextrose 14 litros Peso corporal total Deficit de água,

hipernatremia

Cristalóide isotônica 0,9% NaCL, SRL 3 litros

Expansão do plasma e interstício

Desidratação, hipovolemia, hipotenção, hemodiluição

normovolêmica

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FluidosFluidosdede ReposiçãoReposiçãoDevemDevem serser formuladosformulados parapara déficitsdéficits eletrolíticoseletrolíticos ouou ácidoácido--básicosbásicos específicosespecíficos..

FluidosFluidosdede ManutençãoManutençãoSãoSão soluçõessoluções polieletrolíticaspolieletrolíticas queque diferemdiferem muitomuito dodo sorosoroporpor seremserem pobrespobres emem sódio,sódio, conteremconterem potássiopotássio adicionaladicionalee seremserem hipotônicoshipotônicos.. PodePode--sese fazerfazer essesesses fluidosfluidosmisturandomisturando dede umauma parteparte dede soluçãosolução ricarica emem salsal (Riger(Riger--lactato,lactato, NaClNaCl aa 00,,99%% ouou soluçãosolução dede Ringer)Ringer) comcom duasduaspartespartes dede dextrosedextrose aa 55%% ee aa adiçãoadição dede 1515 aa 2020mEqmEq dedecloretocloreto dede potássiopotássio parapara cadacada litrolitro dede soluçãosolução finalfinal..

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ViasVias dede AdministraçãoAdministração

11.. AlimentarAlimentar –– oraloral ouou retalretalVantagensVantagens:: OsOs fluidosfluidos nãonão precisamprecisam serserestéreis,estéreis, podepode--sese administraradministrar grandesgrandes volumesvolumessemsem incorrerincorrer emem gastosgastos elevados,elevados, aa absorçãoabsorção ééseletiva,seletiva, muitomuito boaboa parapara neonatosneonatos..DesvantagensDesvantagens:: podepode ocorrerocorrer pneumoniapneumonia porporaspiração,aspiração, nãonão éé recomendadarecomendada quandoquando aareposiçãoreposição éé medidamedida dede urgênciaurgência (baixa(baixa taxataxa dedeabsorção),absorção), nãonão devedeve serser usadausada nono animalanimal quequeestáestá vomitandovomitando..

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ViasVias dede AdministraçãoAdministração

22.. SubcutâneaSubcutâneaVantagensVantagens:: IndicadaIndicada parapara correçãocorreção dededesidrataçãodesidratação médiamédia aa moderada,moderada, manutençãomanutenção dedepacientepaciente comcom quadroquadro nãonão muitomuito severo,severo, requerrequerqueque oo fluídofluído sejaseja estérilestéril ,, isotônicoisotônico ee nãonão irritanteirritante..DesvantagensDesvantagens:: nãonão devedeve serser colocadacolocada sobsob pelepeleinfeccionadainfeccionada ouou desvitalizada,desvitalizada, nãonão podepode serserempregadaempregada nono choque,choque, nãonão podempodem serser usadasusadassoluçõessoluções irritantes,irritantes, nãonão éé utilizadautilizada emem cãescães dedegrandegrande porteporte devidodevido aosaos grandesgrandes volumesvolumesnecessáriosnecessários..

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ViasVias dede AdministraçãoAdministração

33.. IntraperitonealIntraperitonealVantagensVantagens:: PodePode serser usadausada quandoquando oo acessoacessointravenosointravenoso éé impraticável,impraticável, podempodem serseradministradosadministrados grandesgrandes volumesvolumes emem umum pequenopequenoespaçoespaço dede tempo,tempo, absorçãoabsorção relativamenterelativamente rápida,rápida,requerrequer fluídofluído estérilestéril ee isotônicoisotônico..DesvantagensDesvantagens:: podepode ocorrerocorrer peritonite,peritonite, fluídosfluídoshipertônicoshipertônicos podempodem agravaragravar aa desidratação,desidratação, nãonãopodepode serser usadousado nosnos casoscasos dede ascite,ascite, sepsis,sepsis,peritoniteperitonite ee cirurgiascirurgias abdominaisabdominais..

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ViasVias dede AdministraçãoAdministração

44.. IntravenosaIntravenosaVantagensVantagens:: ÉÉ aa únicaúnica viavia satisfatóriasatisfatória quandoquando sesequerquer promoverpromover umauma hidrataçãohidratação rápidarápida nono animal,animal,podepode--sese administraradministrar grandesgrandes volumesvolumes dede fluidos,fluidos,éé aa únicaúnica viavia dede nutriçãonutrição parenteralparenteral ee dedeadministraçãoadministração dede substitutossubstitutos dodo sangue,sangue, melhormelhorrotarota parapara corrigircorrigir hipotensão,hipotensão, promovepromove rápidarápidaliberaçãoliberação dede dosesdosesprecisasprecisas..

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ViasVias dede AdministraçãoAdministração

44.. IntravenosaIntravenosaDesvantagensDesvantagens:: devedeve--sese evitarevitar osos excessos,excessos, oocatetercateter podepode desencadeardesencadear flebiteflebite ee septicemia,septicemia,podepode ocorrerocorrer embolismosembolismospelopelo catetercateter ee pelopelo arar..

OsOs fluidosfluidos devemdevem serser estéreis,estéreis, semsem substânciassubstânciaspirogênicaspirogênicas ee nãonão devemdevem desencadeardesencadear hemólisehemólise eeirritaçãoirritação dodo endotélioendotélio vascularvascular..

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Fluidoterapia com bomba de infusãoFluidoterapia com bomba de infusão

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55.. IntraósseaIntraósseaAs vantagens dessa via são iguais as da viaintravenosa.Permite o acesso ao espaço vascular peloscapilares da medula óssea.Muito utilizada em pacientes recém nascidos.Via indicada para pacientes com colapsocirculatório ou trombose periférica venosa.Indicações:Administração rápida de fluídos, sangue ederivados ou drogas em situações deemergência.

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Colocação da agulha no espaço IO da medulaColocação da agulha no espaço IO da medula

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Após o exame clínico, Após o exame clínico,

vamos aos cálculosvamos aos cálculos

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Não é Não é

recomendável recomendável

repor 100% repor 100%

no primeiro no primeiro

dia !!!!!dia !!!!!

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Déficit = Déficit = Peso vivo X % de desidrataçãoPeso vivo X % de desidratação

100 100

1)1) Cálculo do déficit (baseado no grau de desidratação) Cálculo do déficit (baseado no grau de desidratação) REPOSIÇÃO (para 24 horas)REPOSIÇÃO (para 24 horas)

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Déficit = Déficit = Peso vivo X % de desidratação Peso vivo X % de desidratação X 0,8X 0,8

100 100

1)1) Cálculo do déficit (baseado no grau de desidratação) Cálculo do déficit (baseado no grau de desidratação) REPOSIÇÃO (para 24 horas)REPOSIÇÃO (para 24 horas)

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Déficit = Déficit = Peso vivo X % de desidrataçãoPeso vivo X % de desidratação X 0,7X 0,7

100 100

1)1) Cálculo do déficit (baseado no grau de desidratação) Cálculo do déficit (baseado no grau de desidratação) REPOSIÇÃO (para 24 horas)REPOSIÇÃO (para 24 horas)

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2) Cálculo do requerimento diário 2) Cálculo do requerimento diário –– MANUTENÇÃOMANUTENÇÃO

40 a 60ml/kg/dia40 a 60ml/kg/dia

(44 a 66ml/kg/dia)(44 a 66ml/kg/dia)

60ml/kg/dia60ml/kg/dia

(70ml/kg/dia)(70ml/kg/dia)

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3) Cálculo das perdas digestivas:3) Cálculo das perdas digestivas:

Vômito = 40ml/kg/diaVômito = 40ml/kg/dia

Diarréia = 50ml/kg/diaDiarréia = 50ml/kg/dia

Ambos = 60ml/kg/diaAmbos = 60ml/kg/dia

4) Cálculo do volume total a ser infundido dentro das 4) Cálculo do volume total a ser infundido dentro das próximas 24 horas:próximas 24 horas:

Total = reposição + manutenção + perdas (se estiverem Total = reposição + manutenção + perdas (se estiverem presentes)presentes)

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Atenção!!!!!!!Atenção!!!!!!!

Considerar o limite renal máximo (LRM)Considerar o limite renal máximo (LRM)LRM = peso do animal em kg X 10ml/hLRM = peso do animal em kg X 10ml/h

SoluçõesSoluções quandoquando oo LRMLRM forfor superiorsuperior aoao volumevolumepropostoproposto nono períodoperíodo dede tempotempo determinadodeterminado::

•• AumentarAumentar oo númeronúmero dede horashorasdede infusãoinfusão

•• DiminuirDiminuir oo volumevolume diáriodiário

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5) Cálculo do gotejamento:5) Cálculo do gotejamento:gpmgpm = = volume do fluído (ml)volume do fluído (ml)

3 ou 4* X tempo (h)3 ou 4* X tempo (h)*fator para equipo macro gotas*fator para equipo macro gotas

gpmgpm = = volume do fluído (ml)volume do fluído (ml)tempo (h)tempo (h)

equipo micro gotasequipo micro gotas

Equipo A: 15 gotas = 1 ml logo

F = 60/15 = 4 (macro gotas)

Equipo B: 20 gotas = 1 ml logo

F = 60/20 = 3 (macro gotas)

Equipo C: 60 gotas = 1 ml logo

F = 60/60 = 1 (micro gotas)

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Especificação Sódio Potássio

Necessidades diárias

3mEq/kg/dia 1mEq/kg/dia

Perdas já ocorridas 6mEq/100ml a repor 2mEq/100ml a repor

Perdas gastrointestinais

9mEq/100ml a repor 3mEq/100ml a repor

Parâmetros para a reposição de sódio e potássioParâmetros para a reposição de sódio e potássio

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PARA CASAPARA CASA

Caso Clínico de FluidoterapiaCaso Clínico de Fluidoterapia