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Disciplina SAS5703 Gestão de Resíduos Sólidos Área de Concentração: 6139 Criação: 18/05/2012 Ativação: 30/08/2012 Nr. de Créditos: 4 Carga Horária: Docentes Responsáveis: Wanda Maria Risso Günther Ednilson Viana Objetivos: Os objetivos da disciplina são: Possibilitar aos alunos o domínio do conhecimento e aquisição de habilidades para a prática do processo de gestão e gerenciamento integrado de resíduos sólidos, considerados em suas diversas fontes geradoras; Coletar dados, discutir e dimensionar/elaborar plano de gestão para resíduos sólidos com base em estudos de caso; Permitir aos participantes uma visão ampla e inter-relacionada dos aspectos legais, sociais, econômicos, ambientais, políticos e de saúde que envolvem a gestão de resíduos sólidos. Justificativa: Os resíduos sólidos por definição, e de acordo com a Lei 12.305 de 2010, referem-se a uma ampla gama de resíduos que vão além daqueles unicamente no estado sólido, envolvendo inclusive alguns líquidos e gases contidos, gerados em múltiplas fontes e com composição, periculosidade e características diversificadas. Tais fatos exemplificam a dimensão e a complexidade que envolve a gestão dos resíduos sólidos, quando consideradas suas mais variadas fontes geradoras e os impactos ambientais, socioeconômicos e sanitários a eles associados. Apesar dos avanços identificados na referida lei como a meta para extinção dos lixões no país, a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos e a introdução do instrumento “logística reversa”, dentre outros, avanços no processo de gestão são urgentes, pois se notam, no cenário nacional, intensas deficiências em todas as etapas do gerenciamento de resíduos sólidos, em todos os setores. Dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, de 2008, expõem uma realidade crítica sobre os programas municipais de coleta seletiva, os sistemas de disposição no solo, os processos de tratamento de resíduos de serviço de saúde e do gerenciamento, de modo geral, dos resíduos sólidos em todas as suas dimensões. O processo de gestão precisa ser aprimorado, revisto em relação ao modelo adotado no país, e apropriar-se das condições e características locais. Neste aspecto, um dos fatores primordiais e que tem influenciado severamente na gestão dos resíduos sólidos é a deficiência na qualificação profissional dos agentes ligados ao processo de gestão no Brasil e que muitas vezes estão à frente do processo decisório em âmbito municipal, estadual e federal, ou atuam em empresas de consultoria e prestadoras de serviços, em indústrias ou órgãos de fiscalização, controle e vigilância. Disponibilizar e desenvolver mecanismos que tendem a suprir estas necessidades faz parte da abrangência da disciplina, ampliando os horizontes de atuação profissional dos participantes do curso. Teórica (por semana) Prática (por semana) Estudos (por semana) Duração Total 3 1 1 12 semanas 60 horas Página 1 de 3 26/06/2014 https://uspdigital.usp.br/janus/Disciplina?sgldis=SAS5703

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  • Disciplina SAS5703 Gesto de Resduos Slidos

    rea de Concentrao: 6139

    Criao: 18/05/2012

    Ativao: 30/08/2012

    Nr. de Crditos: 4

    Carga Horria:

    Docentes Responsveis:

    Wanda Maria Risso Gnther

    Ednilson Viana

    Objetivos:

    Os objetivos da disciplina so: Possibilitar aos alunos o domnio do conhecimento e aquisio de habilidades para a prtica do processo de gesto e gerenciamento integrado de resduos slidos, considerados em suas diversas fontes geradoras; Coletar dados, discutir e dimensionar/elaborar plano de gesto para resduos slidos com base em estudos de caso; Permitir aos participantes uma viso ampla e inter-relacionada dos aspectos legais, sociais, econmicos, ambientais, polticos e de sade que envolvem a gesto de resduos slidos.

    Justificativa:

    Os resduos slidos por definio, e de acordo com a Lei 12.305 de 2010, referem-se a uma ampla gama de resduos que vo alm daqueles unicamente no estado slido, envolvendo inclusive alguns lquidos e gases contidos, gerados em mltiplas fontes e com composio, periculosidade e caractersticas diversificadas. Tais fatos exemplificam a dimenso e a complexidade que envolve a gesto dos resduos slidos, quando consideradas suas mais variadas fontes geradoras e os impactos ambientais, socioeconmicos e sanitrios a eles associados. Apesar dos avanos identificados na referida lei como a meta para extino dos lixes no pas, a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos e a introduo do instrumento logstica reversa, dentre outros, avanos no processo de gesto so urgentes, pois se notam, no cenrio nacional, intensas deficincias em todas as etapas do gerenciamento de resduos slidos, em todos os setores. Dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Bsico, de 2008, expem uma realidade crtica sobre os programas municipais de coleta seletiva, os sistemas de disposio no solo, os processos de tratamento de resduos de servio de sade e do gerenciamento, de modo geral, dos resduos slidos em todas as suas dimenses. O processo de gesto precisa ser aprimorado, revisto em relao ao modelo adotado no pas, e apropriar-se das condies e caractersticas locais. Neste aspecto, um dos fatores primordiais e que tem influenciado severamente na gesto dos resduos slidos a deficincia na qualificao profissional dos agentes ligados ao processo de gesto no Brasil e que muitas vezes esto frente do processo decisrio em mbito municipal, estadual e federal, ou atuam em empresas de consultoria e prestadoras de servios, em indstrias ou rgos de fiscalizao, controle e vigilncia. Disponibilizar e desenvolver mecanismos que tendem a suprir estas necessidades faz parte da abrangncia da disciplina, ampliando os horizontes de atuao profissional dos participantes do curso.

    Terica

    (por semana)

    Prtica

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    Estudos

    (por semana)Durao Total

    3 1 1 12 semanas 60 horas

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  • Contedo:

    a) Fundamentos em resduos slidos e em seu processo de gesto; b) Classificao e caracterizao de resduos slidos e sua influncia nos planos de gesto; c) Diagnstico ou inventrio dos resduos slidos como base para a elaborao de planos de gerenciamento e gesto; d) Sistemas de resduos slidos, etapas do gerenciamento e os impactos socioeconmicos, ambientais e sade; e) Principais mtodos de tratamento e de disposio de resduos slidos no solo; f) O processo de gesto dos resduos slidos urbanos e os fatores crticos que o influenciam; g) Gesto de resduos especficos: resduos de servio de sade, resduos da construo civil, resduos industriais, resduos eletroeletrnicos - cenrio atual, marco legal regulatrio, impactos socioeconmicos e ambientais e efeitos sade envolvidos; h) Elaborao de planos de gesto de resduos slidos, considerando as diversas fontes geradoras, o atual marco legal regulatrio nacional e a sustentabilidade social, econmica e ambiental; i) Elaborao e apresentao de trabalhos inseridos no contexto atual da gesto dos resduos slidos no Brasil; j) Visitas tcnicas a instalaes e unidades dos sistemas de gerenciamento de resduos slidos urbanos, industriais e especiais.

    Forma de Avaliao:

    A disciplina ser avaliada por meio de prova individual, sem consulta.

    Observao:

    A disciplina bsica para o eixo gesto de servios de saneamento ambiental, abordando conceitos bsicos do sistema de resduos slidos urbanos e especiais e a interface com a gesto desses sistemas. As aulas sero contempladas por exposio oral, dilogo e discusso dos temas expostos; apresentao e discusso de estudos de caso; visitas tcnicas a instalaes e unidades dos sistemas de resduos slidos estudados; exerccios e discusso em grupos de trabalho. recomendada consulta aos websites: www.cetesb.gov.br; www.epa.gov; www.who.int. e www.abrelpe.org.br/panorama e s normas tcnicas da Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT).

    Bibliografia:

    1. ALBUQUERQUE, J. B. T. Resduos Slidos. Independente Editora e Distribuidora de Livros. 1A Edio. So Paulo. 2011. 2. BATSTONE, R.; SMITH, E. & WILSON, D. The Safe Disposal of Hazardous Wastes: The Special Needs and Problems of Developing Countries. World Bank Technical Paper Number 093. Washington, 1989. 3v. 3. BIDONE, F.R.A. e POVINELLI, J. Conceitos bsicos de resduos slidos. So Carlos: EESC/USP, 1999.109p. 4. BRASIL. Lei 12.305 de Agosto de 2010. Institui a Poltica Nacional de Resduos Slidos e d outras providncias. Braslia, 2010. Legislao Federal e marginalia. 5. CAIXETA-FILHO, J. V. et al. Logstica ambiental de resduos slidos. Editora Atlas. So Paulo, 2011. 6. GNTHER, WMR & Grimberg, E. Directrices para la gestin integrada y sostenible de resduos slidos urbanos em Amrica Latina y el Caribe. So Paulo: AIDIS/IDRC, 2006.118 p. 7. JACOBI, Pedro (org). Gesto compartilhada dos resduos slidos no Brasil: inovao com incluso social. Annablume. So Paulo, 2006. 8. JACOBI, P. e BESEN, G. R. Gesto de resduos slidos na Regio Metropolitana de So Paulo - avanos e desafios. So Paulo em Perspectiva, v. 20, n. 2. So Paulo: Seade, 2006. 9. LEMOS, P.F.I. Resduos slidos e responsabilidade civil ps-consumo: Lei da politica nacional de resduos slidos (Lei 12,305/2010), Decreto regulamentador (Dec. 7,404/2010), Responsabilidade compartilhada, logstica reversa. So Paulo, SP, Brasil: Editora Revista dos Tribunais, 2011,254 p. 10. Manejo e gesto de resduos de construo. Manual de orientao 1 - Como implantar um sistema de manejo e gesto dos resduos da construo civil nos municpios. Diponvel em: https://webp.caixa.gov.br/urbanizacao/publicacao/texto/programa/Manual_RCD_Vol1.pdf 11. MESQUITA JUNIOR, J.M. Gesto integrada de resduos slidos - Rio de Janeiro: IBAM, 2007.39p 12. OPAS - ORGANIZACIN PANAMERICANA DE LA SALUD. Informe de la evaluacin

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  • regional de los servicios de manejo de resduos slidos municipales em Amrica Latina y el Caribe. Washington, D.C., 2005. 13. PROSAB. Programa de Pesquisa em Saneamento Bsico. Resduos slidos urbanos: aterro sustentvel para municpios de pequeno porte. Coordenador Armando B. de Castilhos Junior - Florianpolis: s.n, 2003, 280 p. 14. PROSAB. Programa de Pesquisa em Saneamento Bsico. Digesto de resduos slidos orgnicos e aproveitamento do biogs. Coordenador Servio Tulio Cassini, Vitoria: s.n, 2003, 196 p. 15. PROSAB. Programa de Pesquisa em Saneamento Bsico. Metodologias e tcnicas de minimizao, reciclagem e reutilizao de resduos slidos urbanos. Rio de Janeiro: ABES, 1999. 65p. 16. PROSAB. Programa de Pesquisa em Saneamento Bsico. Resduos slidos do saneamento: processamento, reciclagem e disposio final. Coord. C.V. Andreoli -Curitiba: s.n., 2001, 257 p. 17. SCHNEIDER, V. E. et al. Manual de gerenciamento de resduos slidos de servios de sade. So Paulo: CLR Baliero, 2001. 173 p. 18. RIBEIRO, H. & GNTHER, WMR. Urbanizao, modelo de desenvolvimento e a problemtica dos resduos slidos urbanos. In: RIBEIRO, WC (Org.). Patrimnio Ambiental Brasileiro, So Paulo: Editora da Universidade de So Paulo: Imprensa Oficial do Estado de So Paulo, 2003. (Uspiana: Brasil 500 Anos). 19. Vilela Junior, A. & Demajorovic, J. Modelos e ferramentas de gesto ambiental. So Paulo: Editora Senac, 2006. 20. VILHENA, A. (Coord). Lixo Municipal: manual de gerenciamento integrado. 3a. Edio. So Paulo, CEMPRE, 2010. 21. Tchobanoglous, George; Kreith, Frank. Handbook of solid waste management. 2nd ed. New York:McGraw-Hill, 2002.

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