DIREITOS SOCIAIS.

PROF. ª Adeneele Garcia Carneiro

Art. 6º. São direitos sociais a

educação, a saúde, a alimentação, o

trabalho, a moradia, o lazer, a

segurança, a previdência social, a

proteção à maternidade e à infância, a

assistência aos desamparados e o

transporte na forma desta

Constituição.

DIREITOS SOCIAIS

DIMENSÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS.

DIREITOS DE SEGUNDA GERAÇÃO.

PRESTAÇÕES POSITIVAS PROPORCIONADAS PELO ESTADO DE FORMA DIRETA OU

INDIRETA.

DEPENDÊNCIA EM GRANDE PARTE DA ATUAÇÃO DO ESTADO.

MAIOR PARTE DAS NORMAS SÃO DE EFICÁCIA LIMITADA.

PROPICIAM CONDIÇÕES MATERIAIS PARA FRUIÇÃO DE OUTROS DIREITOS COMO

IGUALDADE E LIBERDADE.

EXISTE UM PADRÃO MÍNIMO DE OBSERVÂNCIA DESSES

DIREITOS?

COMO EFETIVAR ESTES DIREITOS FRENTE A

DISPONIBILIDADE DE RECURSOS ESTATAIS?

QUAIS AS CONDIÇÕES MATERIAIS MÍNIMAS PARA A

CONCRETIZAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS?

TEORIA DO MÍNIMO VITAL

EXISTE UM MÍNIMO TOLERÁVEL DE

SATISFAÇÃO DAS NECESSIDADES

HUMANAS, SEM O QUE, CORRE-SE O

RISCO DE INVIABILIZAR A EXISTÊNCIA

DIGNA DO SER HUMANO.

DIREITO A PRESTAÇÕES POSITIVAS POR PARTE DO ESTADO.

POR SE TRATAR DE LIBERDADES POSITIVAS E SEREM PRERROGATIVAS

CONSTITUCIONAIS.

IMPÕE-SE AO PODER PÚBLICO VIABILIZAR A FRUIÇÃO DESSES DIREITOS

DE FORMA A CONSUBSTANCIAR A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA, UM

DOS FUNDAMENTOS DO ESTADO DEMOCRÁTICO E SOCIAL DE DIREITO.

Por meio de diversas decisões o Poder Judiciário tem exercido um

certo controle no sentido de intervir nas políticas públicas face a

inércia ou mesmo omissão dos órgãos governamentais.

CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS SOCIAIS (ARTS. 6º A

11) – José Afonso da Silva

Direitos do trabalhador;

Direito à seguridade (saúde, previdência e assistência social);

Direito à educação e à cultura;

Direito à moradia;

Direitos da família, da criança, do adolescente e do idoso;

Direito ao meio ambiente saudável.

DIREITOS DO TRABALHADOR

ART 7º - VIDE _ DISCUSSÕES

GARANTIAS INDISPONÍVEIS

CLT

DIREITO À SAÚDE (ARTS. 196-200,

CR)

SAÚDE COMO DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO.

GARANTIAS DE POLÍTICAS SOCIAIS E ECONÔMICAS QUE

VISEM À REDUÇÃO DO RISCO DE DOENÇA E DE OUTROS

AGRAVOS.

ACESSO UNIVERSAL E IGUALITÁRIO ÀS AÇÕES E SERVIÇOS

(DE RELEVÂNCIA PÚBLICA – art. 197) PARA SUA

PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO.

Direito à saúde consagrado no art. 6º conjugado com o

art. 5º (direito `vida) e com o art. 1º, III (dignidade

humana) a ser garantido pelo Estado e por aqueles que

trabalham neste segmento prestando serviços ao estado

ou atuando paralelamente à ele.

COMANDO POSITIVO

MEDIDAS E PRESTAÇÕES ESTATAIS

QUE VISEM AO TRATAMENTO E À

PREVENÇÃO DAS DOENÇAS

COMANDO NEGATIVO

DIREITO DE EXIGIR DO ESTADO (OU DE

TERCEIROS) ABSTER-SE DE QUALQUER ATO

QUE POSSA TRAZER PREJUÍZO À SAÚDE

DO INDIVÍDUO

Dimensão da norma constitucional

Saúde física e mental Esclarecimento e educação da população no âmbitopreventivo Higiene Saneamento Condições dignas de moradia e trabalho Lazer Alimentação saudável Vacinação Outras medidas necessárias à prevenção e promoção da saúde

Direito à educação (arts. 205-214) e

cultura (arts. 215-216)

Educação – Direito de todos e dever do estado e da

família, promovida e incentivada com a colaboração

da sociedade.

Finalidade da educação – Desenvolvimento pleno

da personalidade humana, exercício da cidadania e

qualificação para o trabalho.

Princípios aptos a viabilizar o direito à

educação

Igualdade de condições de acesso e permanência;

Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar opensamento, a arte e o saber;

Pluralismo de ideias;

Gratuidade do ensino;

Valorização dos profissionais da educação;

Gestão democrática do ensino público;

Garantia de padrão de qualidade;

Piso salarial profissional nacional para os profissionais da educaçãoescolar pública.

CULTURA

Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos

direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e

apoiará e incentivará a valorização e a difusão das

manifestações culturais.

O DIREITO À CULTURA (ou os direitos culturais) É

PARTE INTEGRANTE DOS DIREITOS HUMANOS.

ACESSO À CULTURA

PLURALISMO CULTURAL – Ideologia pautada num modelo de convivência entre os

diversos grupos da sociedade (etnia, cultura, religião, línguística, racial etc).

DIREITO DE PARTICIPAÇÃO - .Consulta popular sobre os critérios e prioridades de

acesso à cultura.

DIREITO À INFORMAÇÃO – Viabilizar o acesso às fontes culturais bem como as formas

de fruição do direito à cultura.

FORMAÇÃO CULTURAL – Possibilitar a interação cultural entre as diversas

classes sociais criando oportunidades de acesso à cultura nos mais variados

segmentos da vida em sociedade (escola, trabalho, lazer, espaços

públicos).

Patrimônio Cultural Brasileiro

Bens de natureza material ou imaterial, de

forma individual ou em conjunto, que tem

relevância com a identidade e memória dos

diferentes grupos formadores da sociedade

brasileira (art. 216, CR).

Formas de expressão;

Criação e vivência;

Criações científicas, artísticas e tecnológicas;

Obras, objetos, documentos, edificações e espaços

destinados às manifestações culturais;

Conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico,

artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e

científico.

Cultura como elemento essencial do desenvolvimento

humano (preservação da história e da memória de uma

dada sociedade).

A cultura capacita o ser humano a desenvolver uma

consciência de si e da coletividade.

Direito à moradia – art. 6º, CR (EC n.

26/2000)

Envolve a faculdade de habitar de forma digna eadequada:

-Dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, CR);

-Direito à intimidade e privacidade (art. 5º, X, CR);

-Direito à inviolabilidade (art. 5º, XI, CR – a casa é asiloinviolável).

-Direito de natureza prestacional que legitima o cidadão arealização deste direito por via de ação positiva doEstado.

Declaração dos Direitos Humanos

(1948) – Art. XXV

Toda pessoa tem direito a um padrão de vida

capaz de assegurar a si e a sua família saúde

e bem e bem-estar, inclusive alimentação,

vestuário, habitação, cuidados médicos e os

serviços sociais indispensáveis

Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais

e Culturais de 1996 – Decreto 591/92 - Art. 11

Os Estados Partes do presente Pacto reconhecem o direito

de toda pessoa a nível de vida adequado para si próprio e

sua família, inclusive à alimentação, vestimenta e

moradia adequadas, assim como a uma melhoria contínua

de suas condições de vida. Os Estados Partes tomarão

medidas apropriadas para assegurar a consecução desse

direito, reconhecendo, nesse sentido, a importância

essencial da cooperação internacional fundada no livre

consentimento.

MEIO AMBIENTE

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente

ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo

e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao

Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e

preservá- lo para as presentes e futuras gerações.

Previdência Social e proteção a

maternidade.

Art. 201- A previdência social será organizada sob a forma de regime geral,

de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que se

preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e atenderá nos termos da lei, a:

II- proteção à maternidade, especialmente à gestante;

Assistência Social - A Constituição Federal de 1988 prevê, em seu artigo 203,

inciso V, na forma de prestação continuada, à garantia de umsalário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora dedeficiência e à pessoa idosa que não possuam meios deprover à própria subsistência ou tê-la provida por sua família.Posteriormente à promulgação da Carta Fundamental, foicriada a Lei 8.742/93 de 07.12.1993, a qual regulamentou odispositivo mencionado, tendo por denominação Lei Orgânicada Assistência Social – LOAS –, bem como o Decreto nº.6.214/2007.

I - a proteção à família, à maternidade, à infância, àadolescência e à velhice. (CF/88, art. 6º, 7º, 201 e 203).

BIBLIOGRAFIA

CONSTITUIÇÃO FEDERAL INTERPRETADA. MACHADO, Antonio Claudio

Costa (org.); FERRAZ, Anna Candida da Cunha (coord.). Barueri, SP:

Manole, 2010.

CAVALCANTI, ELIZABETH NANTES CAVALCANTE, Justificativas

para os Direitos Sociais: teoria do piso mínimo vital.

2010.

Alexandre. Direito Constitucional. 28 ed. São Paulo: Atlas,

2012.