direitos humanos professor luis alberto · prova: analista jurídico de defensoria - ciências...

103
DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto

Upload: others

Post on 20-Jul-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

DIREITOS HUMANOSProfessor Luis Alberto

Page 2: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou

Degradantes

1

PRIMEIRO DOCUMENTO INTERNACIONAL DO SISTEMA GLOBAL ESPECÍFICO

Page 3: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

HISTÓRICO

Ratificada no Brasil em 1989

ASSINATURA1984

Dentre as diversas formas de violação dos direitos humanos, a tortura é a que mais causa aversão a

comunidade internacional.

(ONU – Assembleia Geral –XL Sessão)

Page 4: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

3

HISTÓRICO DA CRÍTICA À TORTURA

Digesto Justiniano

Séc. VI

Cesare Beccaria

Séc. XVIII

Abolição da prática nos

Códigos Penais Europeu

Questionamento das informações obtidas

mediante tortura

“a tortura não é condenável apenas

porque é desumana, mas porque é

ineficiente e estúpida”

(Sec. XVIII e XIX)

Page 5: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Não havia preocupação mundial com relação à tortura

Como divisor de águas

Nasce um movimentomundial de repúdio à tortura

Page 6: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

O que significa dizer que a Leide Tortura possui "CaráterBIFRONTE"?

2

Page 7: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

RESPOSTA

Busca-se a proteção às garantias constitucionais básicas do cidadão,não apenas em relação aos agravos realizados por FUNCIONÁRIOPÚBLICO, mas também no que tange aos abusos praticados porQUALQUER PESSOA.

Page 8: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

9 anos sem lei específica.

Page 9: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

1997

Antes Depois

-A TORTURA ERA PUNIDA COMO

HOMICÍDIO, MAUS-TRATOS, LESÃO

CORPORAL, ETC.

- Somente o ECA, no seu artigo 223

punia a tortura à criança ou

adolescente

- Foi criada Lei própria para tipificar e

punir o crime de tortura.

- Lei 9455/97

- revogou o art. 233/ECA.

Page 10: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Art. 233. Submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guardaou vigilância a tortura: (Revogado pela L-009.455-1997)

Pena - reclusão de um a cinco anos.

Page 11: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Banca: FCC Órgão: DPE-SP Prova: Defensor Público

1) Passou a ser previsto como crime autônomo a partir da entrada emvigor da Constituição Federal de 1988 que, no art. 5o , inciso IIIafirma que ninguém será submetido a tortura, nem a tratamentodesumano e degradante e que a prática de tortura será consideradacrime inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.

2

Page 12: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

MOVIMENTO MUNDIAL CONTRA TORTURA

TODOS OS PAÍSES, SEGUIRAM OS TRATADOS INTERNACIONAIS

BRASIL *

TORTURA É CRIME PRÓPRIO TORTURA É CRIME COMUM

* Lei jabuticaba

Page 13: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

3

DOCUMENTOS QUE COMBATEM A TORTURA

Artigo 5º da Declaração Universal dos Direitos

Humanos

Artigo 7º do Pacto Internacional sobre Direitos

Civis e Políticos

Determinam que ninguém será sujeito à tortura ou a pena ou tratamento cruel, desumano ou degradante,

Page 14: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

ARTIGO 1º 1. Para os fins da presente Convenção, o termo "tortura" designaqualquer ato pelo qual dores ou sofrimentos agudos, físicos ou mentais, sãoinfligidos intencionalmente a uma pessoa a fim de obter, dela ou de umaterceira pessoa, informações ou confissões; de castigá-la por ato que ela ouuma terceira pessoa tenha cometido ou seja suspeita de ter cometido; deintimidar ou coagir esta pessoa ou outras pessoas; ou por qualquer motivobaseado em discriminação de qualquer natureza; quando tais dores ousofrimentos são infligidos por um funcionário público ou outra pessoa noexercício de funções públicas, ou por sua instigação, ou com o seuconsentimento ou aquiescência. Não se considerará como tortura as dores ousofrimentos que sejam consequência unicamente de sanções legítimas, ouque sejam inerentes a tais sanções ou delas decorram.

3

Page 15: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

CONCEITO DE TORTURA - Convenção contra Tortura

Qualquer ato FINALIDADE

Informações ou confissões(“...dela ou de terceira pessoa..”)

Castigo por ato que ela ou uma terceira pessoa tenha cometido ouseja suspeita de ter cometido ou

Sujeito ativo

Pessoas instigadas oucom consentimento,

aquiescência do servidor público

Inflição de dor “Funcionário Público”

Outra pessoa no exercício de funções

públicas

Intimidar ou coagir esta pessoa ououtras pessoas ou

Sofrimento físico

Mental

ou

ou

Discriminação de qualquer natureza

Page 16: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

CONVENÇÃO CONTRA TORTURA

TRATAMENTO CRUEL TRATAMENTO DEGRADANTE

Intensificação desnecessária do sofrimento

Atos que visam diminuir ouhumilhar as pessoasAtos que superam a normalidade

Page 17: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Banca: CESPE Órgão: PC-CE Prova: Inspetor de Polícia

A respeito da Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ouPenas Cruéis, Desumanos ou Degradantes, julgue os itens seguintes.

2) Tortura é qualquer ato pelo qual dores ou sofrimentos agudos sãoinfligidos à pessoa a fim de se obterem informações ou confissões,ainda que tais dores ou sofrimentos sejam consequênciasunicamente de sanções legítimas.

2

Page 18: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Banca: ESAF Órgão: CGU Prova: Analista de Finanças e Controle (adaptada)

3) Considerando que o Brasil é Estado Parte da Convenção contra aTortura e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanas oudegradantes como direitos que emanam da dignidade inerente àpessoa humana. Nos termos da Convenção, o termo “tortura”designa qualquer ato pelo qual dores ou sofrimentos agudos, físicosou mentais, são infligidos intencionalmente a uma pessoa a fim deobter dela informação, ainda que as dores ou sofrimentos sejamconsequência unicamente de sanções legítimas.

2

Page 19: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Banca: CESPE Órgão: STM Prova: Juiz-Auditor Substituto

Com base na Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ouPenas Cruéis, Desumanas ou Degradantes, julgue:

4) As penas legítimas que inflijam dores ou sofrimentos agudos,físicos ou mentais, devem ser consideradas tortura.

5) A qualidade especial do agente é essencial para a configuração docrime de tortura.

21

Page 20: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Banca: FDRH Órgão: PC-RS Prova: Escrivão e Inspetor de Polícia - 2°Parte

6) Para os efeitos da Declaração sobre a Proteção de Todas as Pessoascontra a Tortura e Outras Penas ou Tratamentos Cruéis, Desumanosou Degradantes, o ato de tortura

a) caracteriza-se somente quando praticado por funcionário público.

b) é sempre praticado com o fim de obter uma informação ouconfissão.

3

Page 21: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

c) não se configura quando a pena ou o sofrimento foremconsequência da privação legitima da liberdade.

d) nem sempre constitui uma ofensa à dignidade humana.

e) é admitido quando há estado de guerra ou ameaça de guerra.

3

Page 22: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AMProva: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas

(Adaptada)

7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou PenasCruéis, Desumanos ou Degradantes, inclui, na definição de "tortura”,qualquer ato pelo qual uma violenta dor ou sofrimento, físico oumental, é infligido dolosa ou culposamente a uma pessoa ou grupoétnico com o fim de se obter deles informações ou confissão.

2

Page 23: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

TORTURA – INFORMAÇÕES RÁPIDAS

Lei n. 9455/97

Page 24: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

TORTURA TORTURA QUALIFICADA TORTURA OMISSIVA

1) Tortura-prova;

2) tortura para ação ou omissão

criminosa;

3) tortura-discriminação;

4) tortura-castigo

5)Tortura sem finalidade.

Reclusão, de dois a oito anos.

Se resulta lesão

corporal de natureza

grave ou gravíssima

Reclusão de quatroa dez anos

Se resulta morte

Reclusão é deoito a dezesseisanos

Aquele que se omite em facedessas condutas, quando tinha odever de evitá-las ou apurá-las

Detenção de um a quatro anos*

* Não se equipara a crime hediondo.

Page 25: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

MANDADOS DE CRIMINALIZAÇÃO

Legislador ordinário tem a obrigatoriedade de tratar,protegendo determinados bens ou interesses de formaadequada e, dentro do possível, integral.

Page 26: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

CF/88, art. 5o XLII - a prática do racismo constitui crimeinafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nostermos da lei;

CF/88, art. 5o XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis einsuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráficoilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidoscomo crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, osexecutores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;

Page 27: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

CF/88, art. 5o XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível aação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordemconstitucional e o Estado Democrático;

Page 28: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

ORTURA

RÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES

ERRORISMO

RIMES HEDIONDOS

ACISMO

ÇÃO DE GRUPOS ARMADOS

INSUSCETÍVEIS DE GRAÇA (ou

indulto individual),

ANISTIA.

IMPRESCRITÍVEIS

INAFIANÇÁVEIS

Page 29: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Se a CF/88 destaca que a tortura éprescritível e os tratadosinternacionais de forma diferente,como resolver esse impasse?

1

Page 30: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

1ª CORRENTE 2ª CORRENTE

A CF etiquetou a tortura comodelito prescritível.

Imprescritibilidade da tortura.

Deve prevalecer a norma maisfavorável à Dignidade da PessoaHumana (Princípio pro homine).

Deve prevalecer a nossa CartaMaior.

Page 31: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

CONVENÇÃO CONTRA A TORTURA E OUTROS TRATAMENTOS

OU PENAS CRUÉIS, DESUMANOS OU DEGRADANTES

Art. 1º

Item 2. O presente Artigo não será interpretado de maneiraa restringir qualquer instrumento internacional oulegislação nacional que contenha ou possa conterdispositivos de alcance mais amplo.

Page 32: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

IMPRESCRITIBILIDADE DA PRETENSÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL DECORRENTE DE ATOS DE TORTURA.

É imprescritível a pretensão de recebimento de indenização pordano moral decorrente de atos de tortura ocorridos durante oregime militar de exceção. Precedentes citados: AgRg no AG1.428.635-BA, Segunda Turma, DJe 9/8/2012; e AgRg no AG1.392.493-RJ, Segunda Turma, DJe 1/7/2011.

STJ-REsp 1.374.376-CE, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em25/6/2013.

Page 33: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Banca: VUNESP Órgão: MPE-SPProva: Promotor de Justiça

8) O crime de tortura, que é imprescritível, segundo a legislaçãopenal brasileira somente pode ser praticado por funcionário públicoou outra pessoa no exercício de função pública.

9) A Constituição Federal tem como cláusula pétrea a garantia de queninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano oudegradante.

21

Page 34: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Banca: CESPE Órgão: DPE-PE Prova: Defensor Público

10) No ano de 1993, João foi preso no Brasil durante umamanifestação popular motivada por reivindicações diversas. Nadelegacia policial, sofreu maus tratos por parte dos policiais e foiencarcerado na condição de preso provisório. Durante o período deencarceramento, ele foi torturado e submetido a abuso sexual poralgumas autoridades policiais para que informasse quem eram oslíderes daquele movimento, informação essa não conhecida por João.No julgamento pela participação na manifestação, o tempo de suacondenação foi inferior ao tempo que ele já havia cumprido comopreso provisório.

1

Page 35: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Logo após sua libertação, João aceitou convite de uma organizaçãonão governamental francesa para residir em Paris, obteve cidadaniafrancesa e passou a visitar o Brasil eventualmente para relatar essaexperiência. Em uma dessas visitas, já em 2001, ele identificou elocalizou um de seus torturadores. Nesse mesmo ano, por intermédiode um conhecido, já que não tinha condições financeiras para custearos honorários de um advogado, João ingressou com pedido judicialem que requereu indenização contra a unidade federativa onde foipreso em razão dos danos decorrentes da tortura e dos maus tratossofridos no período de encarceramento. Esse processo ainda não foijulgado e encontra-se atualmente na primeira instância. João procuraa Defensoria para passar a representá-lo.

1

Page 36: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

A respeito dessa situação hipotética, julgue o item a seguir.

No processo judicial em curso, João tem direito a receber indenizaçãopelos maus tratos e pela tortura sofridos, caso seja possívelcomprová-los.

1

Page 37: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Ano: 2018 Banca: FUNDATEC Órgão: PC-RSProva: Delegado de Polícia - Bloco II (adaptada)

11) A Convenção contra a Tortura e Outros Tratamentos ouPenas Cruéis, Desumanos ou Degradantes entende que seuconceito de tortura não pode ser ampliado pela legislaçãonacional.

2

Art. 1º - O presente Artigo não será interpretado demaneira a restringir qualquer instrumento internacional oulegislação nacional que contenha ou possa conterdispositivos de alcance mais amplo.

Page 38: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

CONVENÇÃO CONTRA A TORTURA E OUTROS TRATAMENTOS

OU PENAS CRUÉIS, DESUMANOS OU DEGRADANTES

ARTIGO 2º

1. Cada Estado Parte tomará medidas eficazes de caráterlegislativo, administrativo, judicial ou de outra natureza, afim de impedir a prática de atos de tortura em qualquerterritório sob sua jurisdição.

Page 39: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

A vedação a tortura, tratamentocruel ou degradante é um direitoabsoluto?

Page 40: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

CONVENÇÃO CONTRA A TORTURA E OUTROS TRATAMENTOS

OU PENAS CRUÉIS, DESUMANOS OU DEGRADANTES

ARTIGO 2º

2. Em nenhum caso poderão invocar-se circunstânciasexcepcionais tais como ameaça ou estado de guerra,instabilidade política interna ou qualquer outra emergênciapública como justificação para tortura.

Page 41: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Banca: PGR Órgão: PGR Prova: Procurador da República

12) EM CASO DE EMERGÊNCIA QUE AMEAÇA A VIDA DE UMANAÇAO, O DIREITO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOSPERMITE A DERROGAÇÃO DE DIREITOS, CONTANTO QUE

a) ( ) o Estado garanta o amplo acesso à Justiça, para a hipótese degrave lesão de direitos fundamentais;

2

Page 42: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

b) ( ) o Estado garanta alguns direitos fundamentais inderrogáveis,como o direito à vida, a proibição da tortura e da escravidão, aliberdade de crença e consciência e os meios ("remedies") paraproteger esses direitos;

c) ) o Estado dê aviso prévio da derrogação, que pode afetarqualquer direito apenas pelo tempo necessário para debelar aemergência;

d) ( ) o Estado se restrinja a suspender somente as garantias quepossam interferir com a formação da opinião pública e apenas pelotempo necessário para debelar a emergência.

2

Page 43: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Ano: 2016 Banca: FUNCAB Órgão: PC-PAProva: Delegado de Polícia Civil

13) Conforme estabelecido na Convenção contra a Tortura eoutros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ouDegradantes, admite-se excepcionalmente a prática detortura para se evitar crime de genocídio ou em caso deguerra declarada.

2

Page 44: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

CONVENÇÃO CONTRA A TORTURA E OUTROS TRATAMENTOS

OU PENAS CRUÉIS, DESUMANOS OU DEGRADANTES

ARTIGO 2º

3. A ordem de um funcionário superior ou de umaautoridade pública não poderá ser invocada comojustificação para a tortura.

Page 45: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Exp

uls

ão, d

evo

luçã

o o

u

extr

adiç

ão

Não precisa de acordo bilateral

Não pode ocorrer se houver risco de torturano país em que praticou o crime

Page 46: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

CONVENÇÃO CONTRA A TORTURA E OUTROS TRATAMENTOS

OU PENAS CRUÉIS, DESUMANOS OU DEGRADANTES

ARTIGO 3º

1. Nenhum Estado Parte procederá à expulsão, devoluçãoou extradição de uma pessoa para outro Estado quandohouver razões substanciais para crer que a mesma correperigo de ali ser submetida a tortura.

Page 47: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AMProva: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas

(Adaptada)

14) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ouPenas Cruéis, Desumanos ou Degradantes, estabelece que,por nenhuma razão, nem mesmo a inexistência de acordobilateral sobre o assunto, um Estado-Parte deixará deexpulsar, devolver ou extraditar uma pessoa para outroEstado quando houver fundadas evidências de que nesteoutro Estado ela tenha cometido crime de tortura.

2

Page 48: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

CESPE/DPE-PE - Defensor Público

Com relação aos tratados internacionais de proteção aosdireitos humanos, julgue o próximos item.

15) A tortura é um crime que viola o direito internacional,porém, em circunstancias excepcionais, como em casos desegurança nacional, se comprovada grave ameaça asegurança pública, pode ser exercida com limites.

2

Page 49: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

CONVENÇÃO CONTRA A TORTURA E OUTROS TRATAMENTOS

OU PENAS CRUÉIS, DESUMANOS OU DEGRADANTES

ARTIGO 3º

2. A fim de determinar a existência de tais razões, asautoridades competentes levarão em conta todas asconsiderações pertinentes, inclusive, quando for o caso, aexistência, no Estado em questão, de um quadro deviolações sistemáticas, graves e maciças de direitoshumanos.

Page 50: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Banca: ESAF Órgão: CGU Prova: Analista de Finanças e Controle

16) Considerando que o Brasil é Estado Parte da Convençãocontra a Tortura e outros tratamentos ou penas cruéis,desumanas ou degradantes como direitos que emanam dadignidade inerente à pessoa humana, marque a opçãocorreta.

3

Page 51: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

a) Nos termos da Convenção, o termo “tortura” designaqualquer ato pelo qual dores ou sofrimentos agudos, físicosou mentais, são infligidos intencionalmente a uma pessoa afim de obter dela informação, ainda que as dores ousofrimentos sejam consequência unicamente de sançõeslegítimas.

b) Nos casos de guerra, devido às circunstânciasexcepcionais, é possível justificar-se o uso de tortura.

3

Page 52: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

c) Não se concederá a extradição de pessoa quandohouver razões para crer que a mesma corre perigo de ali sersubmetida a tortura.

d) É vedado a um Estado Parte deter pessoa denacionalidade diversa suspeita de praticar tentativa detortura.

e) O apátrida vítima de tortura deverá comunicar oocorrido, imediatamente, a qualquer Estado Parte.

3

Page 53: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

CONVENÇÃO CONTRA A TORTURA E OUTROS TRATAMENTOS

OU PENAS CRUÉIS, DESUMANOS OU DEGRADANTES

ARTIGO 6º

3. A qualquer pessoa detida segundo com o parágrafo 1 serágarantido o direito de comunicar-se imediatamente com orepresentante mais próximo do Estado de que é cidadãoou, se for apátrida, com o representante do Estado ondenormalmente reside.

Page 54: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Jurisdiçãocompulsória e universal

3

(...para os indivíduos suspeitos de terem praticado tortura)

Page 55: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Jurisdiçãocompulsória

Independentemente

do território onde a violação tenha ocorrido

Os Estados-parteestão obrigadosa punir ostorturados

nacionalidade do autor da tortura

nacionalidade da vítima de tortura

Page 56: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA NA LEI DE TORTURA

Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se aindaquando o crime não tenha sido cometido emterritório nacional, sendo a vítima brasileira ouencontrando-se o agente em local sob jurisdiçãobrasileira.

Page 57: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Justiça Universal

no país onde se encontra

O acusado depraticar a torturadeverá serprocessado:

extraditado para o país deorigem.*

OU

* Independentemente de haveracordo prévio bilateral sobre aextradição

Page 58: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL

3

Compromisso assumido pelos Estados partes

Tentativa de Tortura

cumplicidade ou

participação na tortura.

Colaborar emqualquerprocesso criminalrelativo a torturaincluindo:

Page 59: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

3

ARTIGO 9, Item 1. Os Estados partes comprometem-se a prestar todaa colaboração possível em qualquer processo criminal relativo àsinfrações previstas no artigo 4.º, incluindo a transmissão de todos oselementos de prova de que disponham necessários ao processo.

ARTIGO 4º, Item 1. Cada Estado Parte assegurará que todos os atosde tortura sejam considerados crimes segundo a sua legislação penal.O mesmo aplicar-se-á à tentativa de tortura e a todo ato de qualquerpessoa que constitua cumplicidade ou participação na tortura.

Item 2. Cada Estado Parte punirá estes crimes com penas adequadasque levem em conta a sua gravidade.

Page 60: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

TORTURA OMISSIVA(Lei n. 9455/97)

Page 61: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

TORTURA OMISSIVA

Art. 1º§ 2º Aquele que se OMITE em face dessas condutas, quandotinha o dever de EVITÁ-LAS ou APURÁ-LAS, incorre na pena dedetenção de um a quatro anos.

** Há dois comportamentos omissivos.

a) OMISSÃO IMPRÓPRIA OU TORTURA IMPRÓPRIA (O AGENTE TINHAO DEVER DE EVITAR);

b) OMISSÃO PRÓPRIA OU TORTURA PRÓPRIA (O AGENTE TINHA ODEVER DE APURAR).

Page 62: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Torturador ativo Torturador por omissão

Art. 1°, I, II e §1°

Regime inicial fechado

Equiparado a hediondo, a

progressão se dá com 2/5, se

primário, ou 3/5 se reincidente

Art. 1, §2°.

REGIME SEMIABERTO ou aberto

(punido com detenção)

NÃO É EQUIPARADO À

HEDIONDO (progressão com 1/6

da pena)

Page 63: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Ano: 2017 Banca: FAPEMS Órgão: PC-MSProva: Delegado de Polícia

17) O Decreto n°40, de 15 de fevereiro de 1991, promulgou aConvenção Contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis,Desumanos e Degradantes, passando a ser executada e cumprida tãointeiramente como nela se contém, conforme dispõe o artigo 1°desse decreto. Segundo essa Convenção,

a) será excluída qualquer jurisdição criminal exercida de acordo como direito interno.

3

Page 64: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

b) nenhum Estado-Parte procederá à expulsão, à devolução ou àextradição de uma pessoa para outro Estado quando não houverrazões substanciais para crer que a mesma corre perigo de ali sersubmetida a tortura.

c) nenhum Estado-Parte procederá à expulsão, à devolução ou àextradição de uma pessoa para outro Estado quando houver razõessubstanciais para crer que a mesma corre perigo de ali ser submetidaà tortura.

3

Page 65: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

d) cada Estado-Parte assegurará que todos os atos de tortura sejamconsiderados crimes segundo a sua legislação penal, o mesmo seaplicando à tentativa de tortura, não se estendendo às hipóteses departicipação na tortura.

e) a pessoa processada por crime de tortura não poderá recebertratamento justo em todas as fases do processo.

3

Page 66: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

3

Compromisso assumido pelos Estados Partes

(Proibição de tortura)

Incorporados no treinamento do pessoal civil ou militar

encarregado da aplicação da lei

Pessoal médico, funcionários

públicos

Qualquer pessoa submetida a qualquer forma de prisão,

detenção ou reclusão.

Ensino e informações

Page 67: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

ARTIGO 10

1. Cada Estado Parte assegurará que o ensino e a informação sobre aproibição de tortura sejam plenamente incorporados no treinamentodo pessoal civil ou militar encarregado da aplicação da lei, do pessoalmédico, dos funcionários públicos e de quaisquer outras pessoas quepossam participar da custódia, interrogatório ou tratamento dequalquer pessoa submetida a qualquer forma de prisão, detenção oureclusão.

2. Cada Estado Parte incluirá a referida proibição nas normas ouinstruções relativas aos deveres e funções de tais pessoas.

3

Page 68: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

ARTIGO 11

Cada Estado Parte manterá sistematicamente sob exame as normas,instruções, métodos e práticas de interrogatório, bem como asdisposições sobre a custódia e o tratamento das pessoas submetidas,em qualquer território sob sua jurisdição, a qualquer forma de prisão,detenção ou reclusão, com vistas a evitar qualquer caso de tortura.

3

Page 69: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

ARTIGO 12

Cada Estado Parte assegurará suas autoridades competentesprocederão imediatamente a uma investigação imparcial sempre quehouver motivos razoáveis para crer que um ato de tortura tenha sidocometido em qualquer território sob sua jurisdição.

3

Page 70: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

MECANISMOS DE REPARAÇÃO ÀS VÍTIMAS DE TORTURA, TRATAMENTO OU PENAS CRUÈIS, DESUMANAS OU

DEGRADANTES.

3

Page 71: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

3

Esta

do

s Pa

rte

dev

em

gara

nti

r as

vít

imas

de

tort

ura

Direito à reparação

Indenização justa e adequada

Incluindo meios para reabilitação

Indenização pela Convenção não elimina a indenização das leis nacionais.

Page 72: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

ARTIGO 14

1. Cada Estado Parte assegurará, em seu sistema jurídico, à vítima deum ato de tortura, o direito à reparação e a uma indenização justa eadequada, incluídos os meios necessários para a mais completareabilitação possível. Em caso de morte da vítima como resultado deum ato de tortura, seus dependentes terão direito à indenização.

2. O disposto no presente Artigo não afetará qualquer direito aindenização que a vítima ou outra pessoa possam ter em decorrênciadas leis nacionais.

3

Page 73: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-SPProva: Escrivão de Polícia

18) A Convenção Contra a Tortura e outros Tratamentos ou PenasCruéis, Desumanos ou Degradantes dispõe, expressamente, que cadaEstado Parte assegurará, em seu ordenamento jurídico, à vítima deum ato de tortura, direito

a) a ter proteção especial para depor como testemunha contra seuofensor, com direito aos meios e condições suficientes para viver emlugar seguro custeado pelo Estado.

2

Page 74: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

b) à reparação e a uma indenização justa e adequada, incluindo osmeios necessários à sua mais completa reabilitação possível.

c) a obter indenização justa e em dinheiro por parte do ofensor e umapensão mensal a ser suportada pelo próprio Estado.

d) a obter a devida justiça com o julgamento do seu ofensor e queeste seja compelido a reparar os danos causados.

e) a receber assistência legal, psicológica, social e financeira do poderpúblico e do próprio ofensor para refazer sua vida em todos os seusaspectos.

2

Page 75: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

ARTIGO 15

Cada Estado Parte assegurará que nenhuma declaração que sedemonstre ter sido prestada como resultado de tortura possa serinvocada como prova em qualquer processo, salvo contra uma pessoaacusada de tortura como prova de que a declaração foi prestada.

2

Page 76: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AMProva: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas

19) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou PenasCruéis, Desumanos ou Degradantes,

a) estabelece que, por nenhuma razão, nem mesmo a inexistência deacordo bilateral sobre o assunto, um Estado-Parte deixará deexpulsar, devolver ou extraditar uma pessoa para outro Estadoquando houver fundadas evidências de que neste outro Estado elatenha cometido crime de tortura.

3

Page 77: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

b) prevê que, exceto para preservação da segurança nacional emsituação extrema de ameaça ou estado de guerra, nenhuma outracircunstância excepcional, instabilidade política interna ouemergência pública poderá ser invocada como justificativa para atortura.

c) dispõe que cada Estado-Parte assegurará que nenhuma declaraçãocomprovadamente obtida sob tortura possa ser admitida como provaem qualquer processo, exceto contra uma pessoa acusada de torturacomo prova de que tal declaração foi dada.

3

Page 78: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

d) inclui, na definição de "tortura”, qualquer ato pelo qual umaviolenta dor ou sofrimento, físico ou mental, é infligido dolosa ouculposamente a uma pessoa ou grupo étnico com o fim de se obterdeles informações ou confissão.

e) prevê, para o Estado-Parte, a obrigação de implementarprogressivamente o registro audiovisual de todos os interrogatóriosde pessoas submetidas a detenção, disponibilizando o acesso dasimagens aos comitês nacionais e internacionais de monitoramentosempre que solicitado.

3

Page 79: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

MECANISMOS DE

FISCALIZAÇÃO

3

Page 80: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

COMITÊ CONTRA TORTURA

Composição

Dez peritos

Elevada reputação moral e reconhecidacompetência em matéria de direitoshumanos, os quais exercerão suas funções atítulo pessoal.

Page 81: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

COMITÊ

Eleição

Mandato

❑ Eleitos em votação secreta dentre umalista de pessoas indicadas pelos EstadosPartes.

✓ 4 anos.

❑ Cada Estado Parte pode indicar umapessoa dentre os seus nacionais.

✓ O mandato de cinco dos membros eleitosna primeira eleição expirará ao final dedois anos;

Page 82: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Ano: 2018 Banca: FUNDATEC Órgão: PC-RSProva: Delegado de Polícia - Bloco II

20) A Convenção contra a Tortura e Outros Tratamentos ouPenas Cruéis, Desumanos ou Degradantes:

3

Page 83: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Art. 1º - ... Não se considerará como tortura as dores ou sofrimentosque sejam consequência unicamente de sanções legítimas, ou quesejam inerentes a tais sanções ou delas decorram.

3

a) Abrange, no conceito de tortura, as sanções legítimas.

b) Entende que seu conceito de tortura não pode ser ampliado pelalegislação nacional.

Art. 1º - O presente Artigo não será interpretado de maneira arestringir qualquer instrumento internacional ou legislação nacionalque contenha ou possa conter dispositivos de alcance mais amplo.

Page 84: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Art. 5º, item 3 - Esta Convenção não exclui qualquer jurisdiçãocriminal exercida de acordo com o direito interno.

3

c) Não exclui qualquer jurisdição criminal exercida de acordo com odireito interno.

d) Assevera que os membros do Comitê Contra a Tortura não podemser reeleitos.

Art. 17, item 5 – Os membros do Comitê serão eleitos para ummandato de quatro anos. Poderão, caso suas candidaturas sejamapresentadas novamente, ser reeleitos.

Page 85: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Art. 10, item I - Cada Estado Parte assegurará que o ensino e ainformação sobre a proibição de tortura sejam plenamenteincorporados no treinamento do pessoal civil ou militar encarregadoda aplicação da lei, do pessoal médico, dos funcionários públicos e dequaisquer outras pessoas que possam participar da custódia,interrogatório ou tratamento de qualquer pessoa submetida aqualquer forma de prisão, detenção ou reclusão.

3

e) Torna opcional a informação sobre a tortura para membros dapolícia civil.

Page 86: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

3

Responsabilidade do Comitê

Relatórios

(art. 19)

Comunicações Interestaduais

(art. 21)

Petições Individuais

(art. 22)

Processamento dos mecanismos de fiscalização

Page 87: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Ano: 2016 Banca: FUNCAB Órgão: PC-PAProva: Delegado de Polícia Civil

21) Conforme estabelecido na Convenção contra a Tortura eoutros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ouDegradantes, é correto afirmar:

5

Page 88: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Art. 17, item 1: O Comitê será composto por dez peritos de elevadareputação moral e reconhecida competência em matéria de direitoshumanos, os quais exercerão suas funções a título pessoal. Osperitos serão eleitos pelos Estados Partes, levando em conta umadistribuição geográfica equitativa e a utilidade da participação dealgumas pessoas com experiência jurídica.

5

a) O Comitê contra a tortura será composto por dez peritos deelevada reputação moral e reconhecida competência em matéria dedireitos humanos, indicados diretamente pelo Secretário Geral dasNações Unidas.

Page 89: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Art. 2°, item 2. Em nenhum caso poderão invocar-secircunstâncias excepcionais tais como ameaça ouestado de guerra, instabilidade política interna ouqualquer outra emergência pública comojustificação para tortura.

5

b) Admite-se excepcionalmente a prática de torturapara se evitar crime de genocídio ou em caso deguerra declarada.

Page 90: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Art. 1°, item 1: Para os fins da presente Convenção, o termo "tortura"designa qualquer ato pelo qual dores ou sofrimentos agudos, físicosou mentais, ...NÃO se considerará como tortura as dores ousofrimentos que sejam consequência unicamente de sançõeslegítimas, ou que sejam inerentes a tais sanções ou delas decorram.

5

c) Considera-se tortura qualquer ato pelo qual dores ou sofrimentosagudos, físicos ou mentais, são infligidos intencionalmente a umapessoa, ainda que sejam consequência unicamente de sançõeslegítimas.

Page 91: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Art. 22, item 2: O Comitê considerará inadmissível qualquercomunicação recebida em conformidade com o presente Artigo queseja anônima, ou que, a seu juízo, constitua abuso do direito deapresentar as referidas comunicações, ou que seja incompatível comas disposições da presente Convenção.

5

d) O Comitê Contra Tortura deverá receber e examinar todas ascomunicações, ainda que anônimas, enviadas por pessoas quealeguem ser vítimas de violação, por um Estado Parte, dasdisposições da Convenção.

Page 92: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Art. 15: Cada Estado Parte assegurará que nenhuma declaração quese demonstre ter sido prestada como resultado de tortura possa serinvocada como prova em qualquer processo, salvo contra umapessoa acusada de tortura como prova de que a declaração foiprestada.

5

e) Cada Estado Parte assegurará que nenhuma declaração que sedemonstre ter sido prestada como resultado de tortura possa serinvocada como prova em qualquer processo, salvo contra uma pessoaacusada de tortura como prova de que a declaração foi prestada.

Page 93: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Banca: CESPE Órgão: DPE-PE Prova: Defensor Público

22) No ano de 1993, João foi preso no Brasil durante umamanifestação popular motivada por reivindicações diversas. Nadelegacia policial, sofreu maus tratos por parte dos policiais e foiencarcerado na condição de preso provisório. Durante o período deencarceramento, ele foi torturado e submetido a abuso sexual poralgumas autoridades policiais para que informasse quem eram oslíderes daquele movimento, informação essa não conhecida por João.No julgamento pela participação na manifestação, o tempo de suacondenação foi inferior ao tempo que ele já havia cumprido comopreso provisório.

1

Page 94: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Logo após sua libertação, João aceitou convite de uma organizaçãonão governamental francesa para residir em Paris, obteve cidadaniafrancesa e passou a visitar o Brasil eventualmente para relatar essaexperiência. Em uma dessas visitas, já em 2001, ele identificou elocalizou um de seus torturadores. Nesse mesmo ano, por intermédiode um conhecido, já que não tinha condições financeiras para custearos honorários de um advogado, João ingressou com pedido judicialem que requereu indenização contra a unidade federativa onde foipreso em razão dos danos decorrentes da tortura e dos maus tratossofridos no período de encarceramento. Esse processo ainda não foijulgado e encontra-se atualmente na primeira instância. João procuraa Defensoria para passar a representá-lo.

1

Page 95: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

A respeito dessa situação hipotética, julgue o item aseguir.

É correto afirmar que a cidadania francesa de João eo fato de ele não residir mais no Brasil justificam aimprocedência da ação por ele proposta.

2

Page 96: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Banca: ACAFE Órgão: PC-SC Prova: Delegado de Polícia

23) De acordo com a Convenção contra a Tortura e outrosTratamentos ou Penas Cruéis, Desumanas ou Degradantes, é corretoafirmar:

a) A referida denúncia eximirá o Estado-parte das obrigações que lheimpõe a presente Convenção relativamente a qualquer ação ouomissão ocorrida antes ou após a data da denúncia. Todavia, adenúncia não acarretará a suspensão do exame de quaisquerquestões que o Comitê já começara a examinar antes da data em quea denúncia fora realizada.

4

Page 97: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Artigo 31, item 2, da Convenção

" A referida denúncia não desobrigará o Estado Parte das obrigaçõesque lhe são impostas por esta Convenção no que concerne aqualquer ação ou omissão ocorrida antes da data em que a denúnciase tornar efetiva; a denúncia não prejudicará, de qualquer modo, oprosseguimento da análise de quaisquer assuntos que o Comitê jáhouver começado a examinar antes da data em que a denúnciaproduziu efeitos."

4

Page 98: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

b) As controvérsias entre dois ou mais Estados-partes com relaçãoà interpretação ou aplicação da presente Convenção serão sempresubmetidas à Corte Internacional de Justiça, mediante solicitaçãofeita em conformidade com o Estatuto da Corte.

4

Artigo 30, item 1, da Convenção:"Quaisquer controvérsias entre dois ou mais Estados Partes com relação àinterpretação ou à aplicação desta Convenção que não puderem serresolvidas por meio de negociação serão, a pedido de um deles, submetidasa arbitragem. Se no prazo de seis meses, contados da data do pedido dearbitragem, as Partes não conseguirem chegar a um acordo no que dizrespeito à organização da arbitragem, qualquer das Partes poderá levar acontrovérsia à Corte Internacional de Justiça,mediante requerimentoelaborado em conformidade com o estatuto da Corte."

Page 99: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

c) Todo Estado-parte poderá denunciar a presente Convençãomediante notificação por escrito endereçada ao Secretário Geral dasNações Unidas. A denúncia produzirá efeitos 30 (trinta) dias depoisda data do recebimento da notificação pelo Secretário Geral.

4

Artigo 30, item 1, da Convenção: "Um Estado Parte poderá denunciara presente Convenção mediante notificação por escrito dirigida aoSecretário-Geral das Nações Unidas. A denúncia produzirá efeitos umano após a data em que o Secretário-Geral tiver recebido anotificação. "

Page 100: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

d) Todo Estado-parte na presente Convenção poderá proporemendas e depositá-las junto ao Secretário Geral da Organização dasNações Unidas. Quando entrarem em vigor, as emendas serãoobrigatórias para os Estados-partes que as aceitaram, ao passo que osdemais Estados-partes permanecem obrigados pelas disposições daConvenção e pelas emendas anteriores por eles aceitas.

4

Page 101: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

Artigo 29, itens 1 e 3:"1. Todo Estado Parte na presente Convenção poderá propor uma emenda eentregá-la ao Secretário-Geral das Nações Unidas. O Secretário-Geral comunicará aproposta de emenda aos Estados Partes, pedindo-lhes que indiquem se desejam aconvocação de uma conferência dos Estados Partes para examinar a proposta esubmetê-la a votação. Se no prazo de quatro meses, contados da data da referidacomunicação, pelo menos um terço dos Estados Partes se declarar favorável à talconferência, o Secretário-Geral a convocará sob os auspícios das NaçõesUnidas. Toda emenda adotada pela maioria dos Estados Partes presentes e votantesna conferência será submetida pelo Secretário-Geral à aceitação de todos osEstados Partes.""3. Quando essas emendas entrarem em vigor, tornar-se-ão obrigatórias para todosos Estados Partes que as aceitaram, continuando os demais Estados Partesobrigados pelas disposições desta Convenção e pelas emendas anteriores que elestenham aceitado. "

4

Page 102: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas

e) A partir da data de protocolo da denúncia de um Estado-parte, o Comitê não dará início ao exame de qualquer nova questãoreferente ao Estado em apreço.

4

Artigo 31, item 3 da Convenção:

"A partir da data em que a denúncia de um Estado Parte tornar-seefetiva, o Comitê não dará início ao exame de nenhum novo assuntoreferente a tal Estado"

Page 103: DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto · Prova: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas (Adaptada) 7) A Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas