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DIREITO SOCIETÁRIO. DIREITO SOCIETÁRIO. Sociedade empresária/ Empresário individual Distinção entre a sociedade simples e a sociedade empresária – objeto social – art.982 CC/02 Duas exceções – p.único do art.982 CC/02. TIPOS DE SOCIEDADE. Os tipos de sociedade (Art. 983 CC/02) - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: DIREITO SOCIETÁRIO

DIREITO SOCIETÁRIODIREITO SOCIETÁRIO

Page 2: DIREITO SOCIETÁRIO

DIREITO SOCIETÁRIODIREITO SOCIETÁRIO

• Sociedade empresária/ Empresário Sociedade empresária/ Empresário individualindividual

• Distinção entre a sociedade simples Distinção entre a sociedade simples e a sociedade empresária – objeto e a sociedade empresária – objeto social – art.982 CC/02social – art.982 CC/02

• Duas exceções – p.único do art.982 Duas exceções – p.único do art.982 CC/02CC/02

Page 3: DIREITO SOCIETÁRIO

TIPOS DE SOCIEDADETIPOS DE SOCIEDADE

• Os tipos de sociedade (Art. 983 CC/02)Os tipos de sociedade (Art. 983 CC/02)• Classificações da sociedades empresárias:Classificações da sociedades empresárias:• 1- Quanto à responsabilidade dos sócios ilimitada,limitada e mista1- Quanto à responsabilidade dos sócios ilimitada,limitada e mista• Não esqueça: a responsabilidade da sociedade é sempre ilimitadaNão esqueça: a responsabilidade da sociedade é sempre ilimitada• 2 – Quanto ao regime de constituição e dissolução - contratual , 2 – Quanto ao regime de constituição e dissolução - contratual ,

InstitucionalInstitucional• ““a sociedade é constituída em função dos interesses particulares dos a sociedade é constituída em função dos interesses particulares dos

sócios e a interferência do legislador é mínima”. sócios e a interferência do legislador é mínima”. • 3- Quanto à composição – sociedades de pessoas(3- Quanto à composição – sociedades de pessoas(affectio societatisaffectio societatis) ou ) ou

de capitalde capital• Sociedades dependentes de autorização (atividades financeiras, seguro, Sociedades dependentes de autorização (atividades financeiras, seguro,

relacionadas à saúde e educação ( art.1123 do CC/02).relacionadas à saúde e educação ( art.1123 do CC/02).• Sociedade nacional (art.1126 CC/02)Sociedade nacional (art.1126 CC/02)• - Mudança da nacionalidade (art.1123 CC/02)- Mudança da nacionalidade (art.1123 CC/02)• Sociedade estrangeira – autorização governamentalSociedade estrangeira – autorização governamental• - Não esqueça: a sociedade estrangeira poderá ser acionista de uma - Não esqueça: a sociedade estrangeira poderá ser acionista de uma

sociedade anônima brasileira, sem que para tanto precise de sociedade anônima brasileira, sem que para tanto precise de autorização(art.1034)autorização(art.1034)

Page 4: DIREITO SOCIETÁRIO

SOCIEDADE ENTRE CÔNJUGESSOCIEDADE ENTRE CÔNJUGES

• Previsão legal: art.977 CC/02Previsão legal: art.977 CC/02• Intenção do legislador ao criar o art.977 do CCC/02: foi de Intenção do legislador ao criar o art.977 do CCC/02: foi de

proteger, de certo modo, o regime de bens adotado pelos proteger, de certo modo, o regime de bens adotado pelos cônjuges.cônjuges.

• O sentido exato da expressão : “O sentido exato da expressão : “entre si ou com terceirosentre si ou com terceiros” ” enunciado n.205 do CJF.enunciado n.205 do CJF.

• Explicação Ricardo Fiuza sobre o art. 977 (p.317)Explicação Ricardo Fiuza sobre o art. 977 (p.317)• Deve uma sociedade fundada antes da vigência do CC/02 Deve uma sociedade fundada antes da vigência do CC/02

por cônjuges casados sob o regime da comunhão universal por cônjuges casados sob o regime da comunhão universal e da separação obrigatória, por exemplo, ser dissolvida?e da separação obrigatória, por exemplo, ser dissolvida?

• - enunciado n.204 do CJF- enunciado n.204 do CJF• O art.977 envolve tanto a participação originária quanto a O art.977 envolve tanto a participação originária quanto a

participação derivada enunciado n.205 do CJFparticipação derivada enunciado n.205 do CJF• Essa proibição aplica a sociedade simples e a sociedade Essa proibição aplica a sociedade simples e a sociedade

empresária?empresária?

Page 5: DIREITO SOCIETÁRIO

Sociedades não- personificadas Sociedades não- personificadas segundo o CC/O2segundo o CC/O2

• Sociedades personificadas e Sociedades personificadas e sociedades não-personificadas.sociedades não-personificadas.

• sociedades não-personificadas: sociedades não-personificadas: sociedade em comum e a sociedade sociedade em comum e a sociedade em conta de participação.em conta de participação.

Page 6: DIREITO SOCIETÁRIO

SOCIEDADES NÃO SOCIEDADES NÃO PERSONIFICADASPERSONIFICADAS• 1- Sociedade de fato1- Sociedade de fato• 2- sociedade em comum (art.986 a 990 do CC/02)2- sociedade em comum (art.986 a 990 do CC/02)• OBS: Nada impede , que se apliquem as normas da OBS: Nada impede , que se apliquem as normas da

sociedade em comum às sociedades de fato e irregulares por sociedade em comum às sociedades de fato e irregulares por analogiaanalogia

• Prova da existência da sociedade em comum (art.987 CC/02)Prova da existência da sociedade em comum (art.987 CC/02)• Responsabilidade dos sócios na sociedade em comum Responsabilidade dos sócios na sociedade em comum • - regra geral no direito societário – art 1024 CC/02N (OS - regra geral no direito societário – art 1024 CC/02N (OS

SÓCIOS REPODEM DE FORMA SUBSIDIÁRIA)SÓCIOS REPODEM DE FORMA SUBSIDIÁRIA)• - ART. 990 CC/02 – regra para a sociedade em comum- ART. 990 CC/02 – regra para a sociedade em comum• - QUE BENS CONSTITUEM O PATRIMONIO SOCIAL, APTOS - QUE BENS CONSTITUEM O PATRIMONIO SOCIAL, APTOS

PARA SEREM EXECUTADOS?PARA SEREM EXECUTADOS?• 3 – Sociedade irregular3 – Sociedade irregular• 4- Sociedade em conta de participação. 4- Sociedade em conta de participação.

Page 7: DIREITO SOCIETÁRIO

SOCIEDADE EM CONTA DE SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃOPARTICIPAÇÃO• Não se trata, propriamente de uma sociedade, mas de um Não se trata, propriamente de uma sociedade, mas de um

contrato especial de investimento.contrato especial de investimento.• Duas categorias de sócio: o sócio ostensivo e o sócios Duas categorias de sócio: o sócio ostensivo e o sócios

participantes (art.991 CC/02)participantes (art.991 CC/02)• A conta de participação é uma “sociedade” que só existe A conta de participação é uma “sociedade” que só existe

internamente, ou seja, entre os sócios(art.991 CC/02)internamente, ou seja, entre os sócios(art.991 CC/02)• O sócio ostensivo quem na verdade, exerce a atividade que O sócio ostensivo quem na verdade, exerce a atividade que

constitui o objeto social.constitui o objeto social.• Se os sócios participantes aparecerem perante terceiros?(art.993, Se os sócios participantes aparecerem perante terceiros?(art.993,

p.único)p.único)• Constituição da sociedade: art.992 CC/02.Constituição da sociedade: art.992 CC/02.• A sociedade em conta de participação possui um contrato? A sociedade em conta de participação possui um contrato?

(art.993 CC/02)(art.993 CC/02)• EX: Empreendimentos temporários ou até mesmo a realização de EX: Empreendimentos temporários ou até mesmo a realização de

determinado negócio específico.determinado negócio específico.

Page 8: DIREITO SOCIETÁRIO

SOCIEDADE EM CONTA DE SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃOPARTICIPAÇÃO• CARACTERÍSTICAS:CARACTERÍSTICAS:• - Não possui personalidade jurídica.- Não possui personalidade jurídica.• - Natureza secreta.- Natureza secreta.• - Não tem nome empresarial.- Não tem nome empresarial.• - Não possui um patrimônio social e sim especial - Não possui um patrimônio social e sim especial

(art.994 CC/02). Essa especialização só produz (art.994 CC/02). Essa especialização só produz efeitos em relação aos sócios (art.994, p.3, efeitos em relação aos sócios (art.994, p.3, CC/02)CC/02)

• ART.995 CC/02: REGRA: o sócio ostensivo não ART.995 CC/02: REGRA: o sócio ostensivo não pode admitir novo sócio sem o consentimento pode admitir novo sócio sem o consentimento expresso dos demais.expresso dos demais.

Page 9: DIREITO SOCIETÁRIO

Sociedades personificadasSociedades personificadas

• TIPOS.TIPOS.• PRINCIPAL CONSEQUÊNCIA: é o reconhecimento da sociedade PRINCIPAL CONSEQUÊNCIA: é o reconhecimento da sociedade

como sujeito de direitos, com personalidade distinta de seus como sujeito de direitos, com personalidade distinta de seus sócios e com patrimônio autônomo, que não se confunde com o sócios e com patrimônio autônomo, que não se confunde com o patrimônio dos sócios.patrimônio dos sócios.

• É a própria sociedade, como pessoa jurídica, que exerce a É a própria sociedade, como pessoa jurídica, que exerce a atividade empresarial.atividade empresarial.

• Princípio da autonomia patrimonial das pessoas jurídicas: art.1024 Princípio da autonomia patrimonial das pessoas jurídicas: art.1024 CC/02 (alicerce do direito societário)CC/02 (alicerce do direito societário)

• A personalidade jurídica não constitui um direito absoluto, mas A personalidade jurídica não constitui um direito absoluto, mas está sujeita e contida pela teoria da fraude contra os credores e está sujeita e contida pela teoria da fraude contra os credores e pela teoria do abuso de direito.pela teoria do abuso de direito.

• Teoria da desconsideração da personalidade jurídica: coibir o uso Teoria da desconsideração da personalidade jurídica: coibir o uso abusivo da personalidade jurídica.abusivo da personalidade jurídica.

Page 10: DIREITO SOCIETÁRIO

Sociedade em nome Sociedade em nome coletivocoletivo• ORIGEM: comunidades familiares italianas da Idade Média.ORIGEM: comunidades familiares italianas da Idade Média.• Somente pessoas físicas.Somente pessoas físicas.• Responsabilidade: todos os sócios respondem solidária e Responsabilidade: todos os sócios respondem solidária e

ilimitadamente pelas obrigações sociais. (art.1039 CC/02)ilimitadamente pelas obrigações sociais. (art.1039 CC/02)• ART.1039 p. único CC/02: limitação da responsabilidade ART.1039 p. único CC/02: limitação da responsabilidade

(produz efeitos somente entre eles e não a terceiros).(produz efeitos somente entre eles e não a terceiros).• Perante os credores da sociedade em nome coletivo a Perante os credores da sociedade em nome coletivo a

responsabilidade é sempre ilimitada.responsabilidade é sempre ilimitada.• Sociedade contratual, pessoas,administração compete aos Sociedade contratual, pessoas,administração compete aos

próprios sócios.próprios sócios.• Ler art.1040 e 1041 CC/02.Ler art.1040 e 1041 CC/02.• Nome empresarial : sempre firma social.Nome empresarial : sempre firma social.• Dissolução da sociedade: art.1044 CC/02Dissolução da sociedade: art.1044 CC/02

Page 11: DIREITO SOCIETÁRIO

SOCIEDADE EM COMANDITA SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLESSIMPLES• ORIGEM: -evolução da sociedade em nome coletivo (para ORIGEM: -evolução da sociedade em nome coletivo (para

alguns autores)alguns autores)• - - Commendas medievaisCommendas medievais• Dois sócios: sócios capitalistas ou comanditários – Dois sócios: sócios capitalistas ou comanditários –

responsabilidade limitada (BENS OU DINHEIRO) – ART.1047 responsabilidade limitada (BENS OU DINHEIRO) – ART.1047 CC/02CC/02

• Sócios comanditados- pesoas físicas com responsabilidade Sócios comanditados- pesoas físicas com responsabilidade solidária e ilimitada (art.1045 CC/02)solidária e ilimitada (art.1045 CC/02)

• LER ART.1046 CC/02LER ART.1046 CC/02• ADMINISTRAÇÃO: cabe apenas aos sócios comanditados ADMINISTRAÇÃO: cabe apenas aos sócios comanditados

(art.1047 p.único CC/02)(art.1047 p.único CC/02)• Nome empresarial: firma social – sócios comanditados Nome empresarial: firma social – sócios comanditados

(art.1157 CC/02)(art.1157 CC/02)• DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE. (ART.1051 CC/02)DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE. (ART.1051 CC/02)

Page 12: DIREITO SOCIETÁRIO

SOCIEDADE EM COMANDITA SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕESPOR AÇÕES• É híbridaÉ híbrida• Capital dividido em ações (ART.1090 CC/02 e ART. 280 LSA)Capital dividido em ações (ART.1090 CC/02 e ART. 280 LSA)• DOIS SÓCIOS: responsabilidade limitada e responsabilidade DOIS SÓCIOS: responsabilidade limitada e responsabilidade

ilimitadailimitada• ART.1091 CC/02 e ART.282 LSA: acionista que tem a ART.1091 CC/02 e ART.282 LSA: acionista que tem a

qualidade para administrar a sociedadequalidade para administrar a sociedade• Ler art 1091 p. 2 e 3 do CC/02.Ler art 1091 p. 2 e 3 do CC/02.• ART.1092 CC/02: Limitação da Assembléia GeralART.1092 CC/02: Limitação da Assembléia Geral• Pode abrir o seu capital e emitir valores mobiliáriosPode abrir o seu capital e emitir valores mobiliários• Sociedade de capital e institucional como a S/A Sociedade de capital e institucional como a S/A • Ler art. 284 LSA.Ler art. 284 LSA.• Nome empresarial: firma ou denominaçãoNome empresarial: firma ou denominação

Page 13: DIREITO SOCIETÁRIO

ANTIGA SOCIEDADE DE ANTIGA SOCIEDADE DE CAPITAL E INDUSTRIACAPITAL E INDUSTRIA

• CC/02 não a acolheu.CC/02 não a acolheu.

• Dois sócios: sócio capitalista e sócio Dois sócios: sócio capitalista e sócio de indústriade indústria

• NÃO ESQUEÇA:Ver art. 981 CC/02 : NÃO ESQUEÇA:Ver art. 981 CC/02 : SOCIEDADE SIMPLES - o sócio pode SOCIEDADE SIMPLES - o sócio pode contribuir com a prestação de contribuir com a prestação de serviços.serviços.

Page 14: DIREITO SOCIETÁRIO

SOCIEDADE SIMPLESSOCIEDADE SIMPLES

• ConceitoConceito• As sociedades simples foram introduzidas As sociedades simples foram introduzidas

pelo Código Civil de 2002, em substituição pelo Código Civil de 2002, em substituição às sociedades civis (art. 982 do CC/02)às sociedades civis (art. 982 do CC/02)

• Objeto social – prestação de serviços Objeto social – prestação de serviços profissionais, em que prevalece a profissionais, em que prevalece a característica particular desse intelectual e característica particular desse intelectual e de seus integrantes.de seus integrantes.

• Previsão Legal –Previsão Legal – art. 997 ao art. 1038 do CC/02 art. 997 ao art. 1038 do CC/02• Exemplos de sociedade simplesExemplos de sociedade simples• As disposições da sociedade simples As disposições da sociedade simples

apresentam como regras gerais pertinentes apresentam como regras gerais pertinentes à matéria do direito societário.à matéria do direito societário.

Page 15: DIREITO SOCIETÁRIO

SOCIEDADE SIMPLESSOCIEDADE SIMPLES

• Objetivos:Objetivos:• - Tipos de natureza não empresarial;- Tipos de natureza não empresarial;• - Fonte supletiva das sociedades empresárias- Fonte supletiva das sociedades empresárias;;• Constituição da Sociedade SimplesConstituição da Sociedade Simples;;• --EstruturaçãoEstruturação : art. 997 do CC/02 : art. 997 do CC/02• - OBS: Diferença que existe entre os contratos abrangidos pelo - OBS: Diferença que existe entre os contratos abrangidos pelo

direito contratual e o contrato social.direito contratual e o contrato social.• OBS: Patrimônio social / capital socialOBS: Patrimônio social / capital social• A administração da sociedade simples só cabe à pessoa natural A administração da sociedade simples só cabe à pessoa natural

art.997,VI,CC/02art.997,VI,CC/02• Importante – A sociedade simples pode, inversamente, ser Importante – A sociedade simples pode, inversamente, ser

moldada por uma das espécies de sociedade empresária, moldada por uma das espécies de sociedade empresária, observando-se em sua constituição e funcionamento as observando-se em sua constituição e funcionamento as regras da forma societária eleita (art. 983).regras da forma societária eleita (art. 983).

• , A sociedade simples pode, por exemplo, adotar a forma de uma , A sociedade simples pode, por exemplo, adotar a forma de uma sociedade limitada?sociedade limitada?

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SOCIEDADE SIMPLESSOCIEDADE SIMPLES

• Registro do Contrato da Registro do Contrato da Sociedade Simples – Sociedade Simples – registro civil registro civil das pessoas jurídicas do local de sua das pessoas jurídicas do local de sua sede (art. 998 do CC/02).sede (art. 998 do CC/02).

• Alteração Contratual –Alteração Contratual – (art. 999 e (art. 999 e seu parágrafo único) - QUORUMseu parágrafo único) - QUORUM

• A sociedade simples que constituir A sociedade simples que constituir filial (art.1000 CC/02)filial (art.1000 CC/02)

Page 17: DIREITO SOCIETÁRIO

SOCIEDADE SIMPLESSOCIEDADE SIMPLES

• Obrigações e Direitos dos sócios:Obrigações e Direitos dos sócios:• - Início e término das obrigações dos sócios – art. 1001 CC/02- Início e término das obrigações dos sócios – art. 1001 CC/02• - Necessidade de anuência dos demais sócios para a substituição - Necessidade de anuência dos demais sócios para a substituição

do sócio no exercício das suas funções – art. 1002 CC/02do sócio no exercício das suas funções – art. 1002 CC/02• - Obrigação do sócio – subscrição e integralização de sua parte no - Obrigação do sócio – subscrição e integralização de sua parte no

capital social.capital social.• - Sócio Remisso – responde pelo dano emergente da mora, - Sócio Remisso – responde pelo dano emergente da mora,

indenização ou exclusão de sócio remisso (ART.1004 DO CC/02)indenização ou exclusão de sócio remisso (ART.1004 DO CC/02)• Direitos dos sócios –Direitos dos sócios – ART.1007 E ART.1008 CC/02. ART.1007 E ART.1008 CC/02.• Responsabilidade dos sócios é subsidiária (art. 1024).Responsabilidade dos sócios é subsidiária (art. 1024).• Direitos inerentes ao “status” de sócio.Direitos inerentes ao “status” de sócio.• Direito de Recesso – art. 1029 do CC/02.Direito de Recesso – art. 1029 do CC/02.• Cessão total ou parcial das quotas sociais por um dos sócios –Cessão total ou parcial das quotas sociais por um dos sócios – art. art.

1003 do CC/02 e art. 999 do CC/02.1003 do CC/02 e art. 999 do CC/02.• Importante Importante - observem que o conteúdo referente as disposições dos - observem que o conteúdo referente as disposições dos

sócios da sociedade simples e outras matérias, já foram tratados nas aulas sócios da sociedade simples e outras matérias, já foram tratados nas aulas anteriores (sociedades contratuais), tendo em vista a aplicação supletiva anteriores (sociedades contratuais), tendo em vista a aplicação supletiva desses dispositivos frente as sociedades empresárias;desses dispositivos frente as sociedades empresárias;

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Sociedade simplesSociedade simples

• AdministraçãoAdministração - arts. 997, V, e 1013 do - arts. 997, V, e 1013 do CC/02.CC/02.

• Obs: art.1010 CC/02 – negócios da Obs: art.1010 CC/02 – negócios da sociedade- maioria dos votossociedade- maioria dos votos

• Responsabilidade Responsabilidade – respondem os – respondem os administradores, de modo solidário, administradores, de modo solidário, perante a sociedade e terceiros perante a sociedade e terceiros prejudicados, por culpa no desempenho de prejudicados, por culpa no desempenho de suas funções (art. 1016 do CC/02).suas funções (art. 1016 do CC/02).

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SOCIEDADE SIMPLESSOCIEDADE SIMPLES

• Relação com Terceiros:os sócios respondem Relação com Terceiros:os sócios respondem pelas dívidas da sociedade simples de pelas dívidas da sociedade simples de acordo com que foi estipulado no contrato acordo com que foi estipulado no contrato social (art. 997, VII).social (art. 997, VII).

• Responsabilidade pode ser:Responsabilidade pode ser:• - ilimitada- art. 1023 e 1024 do CC/02 - ilimitada- art. 1023 e 1024 do CC/02 • - limitada- só depois de integralizado todo o - limitada- só depois de integralizado todo o

capital.capital. Importante –Importante – aplicam-se às sociedades simples aplicam-se às sociedades simples

a teoria da desconsideração da personalidade a teoria da desconsideração da personalidade jurídica (art. 50 do CC/02)jurídica (art. 50 do CC/02)

Page 20: DIREITO SOCIETÁRIO

SOCIEDADE SIMPLESSOCIEDADE SIMPLES

• Deliberações Sociais Deliberações Sociais • Alteração Contratual que tenha por objeto o Alteração Contratual que tenha por objeto o

consenso unânime dos sócios – consenso unânime dos sócios – qualificação dos sócios, qualificação dos sócios, prazo de duração, capital social, quota social,...prazo de duração, capital social, quota social,...

• Administração e responsabilidade dos sócios – Administração e responsabilidade dos sócios – consenso unânime; consenso unânime;

• Demais alterações contratuais (se o contrato não Demais alterações contratuais (se o contrato não prevê deliberação unânime) – prevê deliberação unânime) – iniciativa da maioria iniciativa da maioria absoluta dos sócios (art. 999 do CC/02);absoluta dos sócios (art. 999 do CC/02);

• Decisão de sócios sobre os negócios da sociedade Decisão de sócios sobre os negócios da sociedade (exigida por lei ou estipulada no contrato social – art. (exigida por lei ou estipulada no contrato social – art. 1010) – 1010) – maioria dos votos de acordo com o valor das maioria dos votos de acordo com o valor das quotas de cada sócio;quotas de cada sócio;

Page 21: DIREITO SOCIETÁRIO

SOCIEDADE SIMPLESSOCIEDADE SIMPLES

• Empate das deliberações – Empate das deliberações – decisão tomada pelo decisão tomada pelo maior número de sócios (persistindo o empate, maior número de sócios (persistindo o empate, decidirá o juiz) – art. 1010, parágrafo 2º do CC/02;decidirá o juiz) – art. 1010, parágrafo 2º do CC/02;

• Exclusão judicial de sócio por falta grave ou Exclusão judicial de sócio por falta grave ou incapacidade superveniente – incapacidade superveniente – iniciativa da iniciativa da maioria dos sócios (art. 1030 do CC/02);maioria dos sócios (art. 1030 do CC/02);

• Dissolução da sociedade:Dissolução da sociedade:• Por prazo indeterminado – maioria absoluta (art. Por prazo indeterminado – maioria absoluta (art.

1033, III)1033, III)• Antes do vencimento do prazo de duração – Antes do vencimento do prazo de duração –

consenso unânime dos sócios (art. 1033, II do consenso unânime dos sócios (art. 1033, II do CC/02).CC/02).

Page 22: DIREITO SOCIETÁRIO

Sociedade de AdvogadosSociedade de Advogados

• ConceitoConceito• Previsão legal:Lei 8906/94 Previsão legal:Lei 8906/94 • Objeto socialObjeto social – prestação de serviço de advocacia, – prestação de serviço de advocacia,

não podendo inserir no escopo social, nem prestar de não podendo inserir no escopo social, nem prestar de fato, atividades estranhas de advocacia (art. 16 do fato, atividades estranhas de advocacia (art. 16 do Estatuto).Estatuto).

• Razão social Razão social – nome– nome dede pelo menos um advogado pelo menos um advogado responsável pela sociedade.responsável pela sociedade.

Personalidade Jurídica Personalidade Jurídica – inscrição de seus atos – inscrição de seus atos constitutivos, exclusivamente, no Conselho Seccional constitutivos, exclusivamente, no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver a sede. da OAB em cuja base territorial tiver a sede.

Page 23: DIREITO SOCIETÁRIO

SOCIEDADE LIMITADASOCIEDADE LIMITADA

• 1 – Considerações Iniciais e Legislação 1 – Considerações Iniciais e Legislação Aplicável:Aplicável:

• Origem – Alemanha em 1892;Origem – Alemanha em 1892;• Tipo societário de maior preferência entre Tipo societário de maior preferência entre

empresários.empresários.• Sucesso em razão das suas características Sucesso em razão das suas características

essenciaisessenciais • Limitação da responsabilidade subsidiária dos Limitação da responsabilidade subsidiária dos

sócios à integralização do capital social sócios à integralização do capital social – cada – cada sócio responde, solidariamente, pela integralização sócio responde, solidariamente, pela integralização de todas as cotas sociais. de todas as cotas sociais.

• ContratualidadeContratualidade

Page 24: DIREITO SOCIETÁRIO

SOCIEDADE LIMITADASOCIEDADE LIMITADA

• Previsão Legal Previsão Legal – Arts. 1052 a 1087 do CC/02;– Arts. 1052 a 1087 do CC/02;• Omissão das normas aplicáveis especificamente às Omissão das normas aplicáveis especificamente às

limitadas (capítulo específico tratado no Código Civil limitadas (capítulo específico tratado no Código Civil de 2002) – de 2002) – aplicação das normas da sociedade simples aplicação das normas da sociedade simples (art. 1053 do CC/02);(art. 1053 do CC/02);

• Exemplo:Exemplo: art. 1010, parágrafo 2º do CC/02 art. 1010, parágrafo 2º do CC/02 • Também é previsto como diploma legal supletivo Também é previsto como diploma legal supletivo

para as limitadas a Lei de S/A, para isto é necessário para as limitadas a Lei de S/A, para isto é necessário que o contrato social contemple cláusula expressa que o contrato social contemple cláusula expressa neste sentido.neste sentido.

• EX: o desempate deverá seguir os ditames do art. 129, EX: o desempate deverá seguir os ditames do art. 129, parágrafo 2º, da LSA, determinando uma nova assembléia parágrafo 2º, da LSA, determinando uma nova assembléia para discutir a questão, em, no mínimo 60 dias, persistindo para discutir a questão, em, no mínimo 60 dias, persistindo o empate deverá submeter litígio ao Juiz;o empate deverá submeter litígio ao Juiz;

• Conclusão Conclusão

Page 25: DIREITO SOCIETÁRIO

SOCIEDADE LIMITADASOCIEDADE LIMITADA

2 – Responsabilidade dos Sócios:2 – Responsabilidade dos Sócios:- Responsabilidade Limitada dos Sócios- Responsabilidade Limitada dos Sócios - - Capital subscritoCapital subscrito - - Capital IntegralizadoCapital Integralizado - - SolidariedadeSolidariedade MUITO IMPORTANTE: MUITO IMPORTANTE: A responsabilidade solidária dos sócios pela A responsabilidade solidária dos sócios pela

totalidade do capital social não integralizado é o que caracteriza a totalidade do capital social não integralizado é o que caracteriza a diferença entre a sociedade limitada e a sociedade anônima, ou diferença entre a sociedade limitada e a sociedade anônima, ou seja, na anônima o sócio responde no limite da parte do capital seja, na anônima o sócio responde no limite da parte do capital social por ele subscrito e não integralizado. Já nas sociedades social por ele subscrito e não integralizado. Já nas sociedades limitadas, conforme já dito, os sócios são responsáveis solidários limitadas, conforme já dito, os sócios são responsáveis solidários pelo total do capital subscrito e não integralizado. Assim, mesmo pelo total do capital subscrito e não integralizado. Assim, mesmo que um sócio já tenha integralizado a sua parte pode ser que um sócio já tenha integralizado a sua parte pode ser responsável pela integralização do capital social de outros sócios, responsável pela integralização do capital social de outros sócios, devido a solidariedade entre os mesmos;devido a solidariedade entre os mesmos;

ConclusãoConclusão - se o contrato social estabelece que o capital está totalmente - se o contrato social estabelece que o capital está totalmente integralizado, os sócios não têm nenhuma responsabilidade pelas integralizado, os sócios não têm nenhuma responsabilidade pelas obrigações sociais. obrigações sociais.

Page 26: DIREITO SOCIETÁRIO

SOCIEDADE LIMITADASOCIEDADE LIMITADA

• – – Responsabilidade Ilimitada dos SóciosResponsabilidade Ilimitada dos Sócios• A regra de limitação da responsabilidade dos sócios em uma limitada pode A regra de limitação da responsabilidade dos sócios em uma limitada pode

comportar exceções, mas os sócios respondem sempre subsidiariamente pelas comportar exceções, mas os sócios respondem sempre subsidiariamente pelas obrigações da sociedade, caso não haja bens suficientes poderão responder obrigações da sociedade, caso não haja bens suficientes poderão responder ilimitadamente com seus bens particulares, nos seguintes casos:ilimitadamente com seus bens particulares, nos seguintes casos:

• 1- Sócios que adotarem deliberação contrária à lei ou ao contrato social 1- Sócios que adotarem deliberação contrária à lei ou ao contrato social responderão ilimitadamente pelas obrigações sociais relacionadas à responderão ilimitadamente pelas obrigações sociais relacionadas à deliberação ilícita (art. 1080 do CC/02). deliberação ilícita (art. 1080 do CC/02).

• 2- Justiça do Trabalho também não respeita a limitação quanto à 2- Justiça do Trabalho também não respeita a limitação quanto à responsabilização dos sócios em uma limitada. responsabilização dos sócios em uma limitada.

• 3 - 3 - Sociedade entre Marido e MulherSociedade entre Marido e Mulher – art. 977 do CC/02. Assim, caso seja – art. 977 do CC/02. Assim, caso seja registrada na Junta Comercial sociedade composta exclusivamente por marido registrada na Junta Comercial sociedade composta exclusivamente por marido e mulher, os seus sócios responderiam ilimitadamente pelas obrigações e mulher, os seus sócios responderiam ilimitadamente pelas obrigações sociais, pois tal sociedade poderia importar em fraude contra o direito de sociais, pois tal sociedade poderia importar em fraude contra o direito de família;família;

• 4 - 4 - Desconsideração da Personalidade JurídicaDesconsideração da Personalidade Jurídica • 5- 5- Débitos junto à Seguridade Social (INSS) (ART. 13, da Lei 8620/93) Débitos junto à Seguridade Social (INSS) (ART. 13, da Lei 8620/93)

e créditos tributários (art. 135, III do CTN) e créditos tributários (art. 135, III do CTN) – responsabilização dos sócios – responsabilização dos sócios da limitada, de forma ilimitada (responsabilidade direta).da limitada, de forma ilimitada (responsabilidade direta).

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SOCIEDADE LIMITADASOCIEDADE LIMITADA

• Natureza da Sociedade Limitada:Natureza da Sociedade Limitada:

““A sociedade limitada, a exemplo A sociedade limitada, a exemplo dos demais tipos societários dos demais tipos societários contratuais, pode ser de pessoa contratuais, pode ser de pessoa ou de capital, de acordo com a ou de capital, de acordo com a vontade dos sócios. O contrato vontade dos sócios. O contrato social define a natureza de cada social define a natureza de cada limitada”. (Fábio Ulhoa);limitada”. (Fábio Ulhoa);

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Sociedade limitadaSociedade limitada

• Assim, conforme prevê o contrato social a sociedade Assim, conforme prevê o contrato social a sociedade limitada pode ser: limitada pode ser: Sociedade de PessoasSociedade de Pessoas e e Sociedade Sociedade de Capitalde Capital

• O nome empresarial da sociedade limitada:O nome empresarial da sociedade limitada: pode ser pode ser constituído por firma ou razão social, ou denominação. constituído por firma ou razão social, ou denominação. Assim, a firma deve conter o nome de um ou mais sócios, Assim, a firma deve conter o nome de um ou mais sócios, desde que sejam pessoas físicas, acompanhado da desde que sejam pessoas físicas, acompanhado da expressão “limitada”, e, na hipótese de adotar expressão “limitada”, e, na hipótese de adotar denominação esta deve designar o objeto da sociedade denominação esta deve designar o objeto da sociedade limitada, sendo também permitido nela figurar o nome de limitada, sendo também permitido nela figurar o nome de um ou mais sócios; (art. 1158, parágrafos 1º e 2º do CC/02)um ou mais sócios; (art. 1158, parágrafos 1º e 2º do CC/02)

• ExemplosExemplos: Juliana Braga e Cia Ltda, Braga & Silva Ltda, J. : Juliana Braga e Cia Ltda, Braga & Silva Ltda, J. Braga &Silva, Livros Técnicos Ltda, Silva Comércio de Livros Braga &Silva, Livros Técnicos Ltda, Silva Comércio de Livros Técnicos,...Técnicos,...

Page 29: DIREITO SOCIETÁRIO

SOCIEDADE LIMITADASOCIEDADE LIMITADA

• A omissão da palavra “limitada” determina a A omissão da palavra “limitada” determina a responsabilidade solidária e ilimitada dos responsabilidade solidária e ilimitada dos administradores que assim empregarem a firma ou administradores que assim empregarem a firma ou a denominação da sociedade (art. 1158, parágrafo a denominação da sociedade (art. 1158, parágrafo 3º do CC/02);3º do CC/02);

• As sociedades limitadas enquadradas nas As sociedades limitadas enquadradas nas categorias de microempresa (ME) ou de empresa de categorias de microempresa (ME) ou de empresa de pequeno porte (EPP) e dessa forma registradas, pequeno porte (EPP) e dessa forma registradas, mediante declaração em instrumento próprio na mediante declaração em instrumento próprio na Junta Comercial de sua inscrição originária, devem Junta Comercial de sua inscrição originária, devem acrescer em seu nome empresarial a expressão acrescer em seu nome empresarial a expressão certificadora de sua condição “ME” ou “EPP” (art. certificadora de sua condição “ME” ou “EPP” (art. 11 da Lei 8864/94). 11 da Lei 8864/94).

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SOCIEDADE LIMITADASOCIEDADE LIMITADA

• Requisitos de Validade do Contrato Requisitos de Validade do Contrato Social : Social :

- Requisitos Gerais de validade de qualquer Requisitos Gerais de validade de qualquer ato jurídico (art. 104 do CC/02).ato jurídico (art. 104 do CC/02).

- O contrato social da limitada deve O contrato social da limitada deve preencher outros, que decorre de sua preencher outros, que decorre de sua natureza particular, são eles: contribuição natureza particular, são eles: contribuição dos sócios e distribuição dos resultados.dos sócios e distribuição dos resultados.

- Contribuição dos SóciosContribuição dos Sócios - Distribuição dos resultadosDistribuição dos resultados

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Sociedade limitadaSociedade limitada

• Pressupostos de Existência do Contrato:Pressupostos de Existência do Contrato:- Pluralidade dos Sócios;- Pluralidade dos Sócios;- ““Affectio Societatis”.Affectio Societatis”.• Cláusulas Essenciais – são indispensáveis para a Cláusulas Essenciais – são indispensáveis para a

formação do contrato social e arquivamento do formação do contrato social e arquivamento do mesmo na Junta Comercial. Se o contrato não as mesmo na Junta Comercial. Se o contrato não as apresenta, a sociedade não pode ser registrada e é apresenta, a sociedade não pode ser registrada e é irregular;irregular;

• Exemplos:Exemplos:• Cláusula Acidental – correspondem às negociações Cláusula Acidental – correspondem às negociações

específicas estabelecidas entre os sócios de uma específicas estabelecidas entre os sócios de uma sociedade particular;sociedade particular;

• Exemplos: cláusulas que determinam a retirada Exemplos: cláusulas que determinam a retirada mensal do “pro-labore”, cláusulas que definem as mensal do “pro-labore”, cláusulas que definem as conseqüências quanto o falecimento dos sócios,...conseqüências quanto o falecimento dos sócios,...

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Sociedade limitadaSociedade limitada

• Forma dos ContratosForma dos Contratos- Forma: Forma: escrita, por instrumento público escrita, por instrumento público

ou particular.ou particular.- – – Das quotas sociais:Das quotas sociais:- ““A quota social é a fração do capital A quota social é a fração do capital

da sociedade. Sua titularização pelo da sociedade. Sua titularização pelo cotista tem natureza bifrontal: cotista tem natureza bifrontal: confere ao sócio direitos patrimoniais confere ao sócio direitos patrimoniais e direitos pessoais”. (Waldo Fazzio e direitos pessoais”. (Waldo Fazzio Júnior);Júnior);

Page 33: DIREITO SOCIETÁRIO

Sociedade limitadaSociedade limitada

• Observação: Observação: uma única quota pode pertencer a mais de um uma única quota pode pertencer a mais de um sócio, sendo indivisível perante a sociedade, salvo para o efeito de sócio, sendo indivisível perante a sociedade, salvo para o efeito de transferência. É o denominado “condomínio de quotas” (indiviso).transferência. É o denominado “condomínio de quotas” (indiviso).

• Cessão das Quotas SociaisCessão das Quotas Sociais• Liberdade Contratual – Liberdade Contratual – possibilidade dos sócios cederem a possibilidade dos sócios cederem a

título oneroso ou gratuito as suas quotas sociais;título oneroso ou gratuito as suas quotas sociais;• Requisito – Requisito – necessidade de alteração contratual para produzir necessidade de alteração contratual para produzir

efeitos perante terceiros;efeitos perante terceiros;• Previsão no Contrato Social –Previsão no Contrato Social –• Omissão do Contrato Social sobre a Transferência das Omissão do Contrato Social sobre a Transferência das

Quotas –Quotas – aplicação do Art. 1057 do CC/02 (representação de ¾ aplicação do Art. 1057 do CC/02 (representação de ¾ do capital social);do capital social);

• Observação -Observação - saliente-se que esse impedimento limita-se à saliente-se que esse impedimento limita-se à alienação de quotas a terceiros, e não aos demais sócios;alienação de quotas a terceiros, e não aos demais sócios;

• Prazo –Prazo – até dois anos depois de averbado o instrumento de até dois anos depois de averbado o instrumento de cessão de quotas, respondem o cedente e o cessionário, cessão de quotas, respondem o cedente e o cessionário, solidariamente, perante a sociedade e terceiros, solidariamente, perante a sociedade e terceiros,

Page 34: DIREITO SOCIETÁRIO

Sociedade limitada- Sociedade limitada- Penhorabilidade das Penhorabilidade das QuotasQuotas• Omissão do Novo Código Civil .Omissão do Novo Código Civil .• ANDRÉ LUIZ SANTA CRUZ- “uma forte corrente doutrinária e ANDRÉ LUIZ SANTA CRUZ- “uma forte corrente doutrinária e

jurisprudência- defende que as quotas de uma sociedade limitada de jurisprudência- defende que as quotas de uma sociedade limitada de pessoas não podem ser objeto de penhora devido ao princípio do pessoas não podem ser objeto de penhora devido ao princípio do affectio societatis e da preservação da empresaaffectio societatis e da preservação da empresa

• Obs: O STJ ainda não consolidou um entendimento acerca da Obs: O STJ ainda não consolidou um entendimento acerca da possibilidade da penhora das quotas da LTDA. Mas o que parece possibilidade da penhora das quotas da LTDA. Mas o que parece prevalecer é uma posição intermediária, que permite a penhora das prevalecer é uma posição intermediária, que permite a penhora das quotas , mas resguarda a affectio societatis , na medida em que quotas , mas resguarda a affectio societatis , na medida em que permite à sociedade permite à sociedade remir a execuçãoremir a execução, impedindo a entrada de , impedindo a entrada de estranho no quadro socialestranho no quadro social

• Posição ContráriaPosição Contrária – – Rubens RequiãoRubens Requião sustenta que a penhora deveria sustenta que a penhora deveria incidir sobre os lucros e créditos ou produto líquido (no caso de liquidação). incidir sobre os lucros e créditos ou produto líquido (no caso de liquidação). E, sendo, constada a fraude, a solução seria buscar a aplicação da E, sendo, constada a fraude, a solução seria buscar a aplicação da desconsideração da personalidade jurídica da sociedade e penhora dos desconsideração da personalidade jurídica da sociedade e penhora dos haveres dos sócios; haveres dos sócios;

• Conclusão : após o CC/02 parece-nos que a possibilidade de penhora das Conclusão : após o CC/02 parece-nos que a possibilidade de penhora das quotas sociais é admitida para garantir as dívidas pessoais dos sócios , o quotas sociais é admitida para garantir as dívidas pessoais dos sócios , o credor não ingressa na sociedade , a quota será liquidada e o sócio que teve credor não ingressa na sociedade , a quota será liquidada e o sócio que teve suas quotas penhoradas será excluído da sociedade- ver art.1026, art.1030 e suas quotas penhoradas será excluído da sociedade- ver art.1026, art.1030 e art.1031 CC/02 art.1031 CC/02

Page 35: DIREITO SOCIETÁRIO

PENHORABILIDADE DAS PENHORABILIDADE DAS QUOTAS DA LTDAQUOTAS DA LTDA

• Conclusão : após o CC/02 parece-nos Conclusão : após o CC/02 parece-nos que a possibilidade de penhora das que a possibilidade de penhora das quotas sociais é admitida para garantir quotas sociais é admitida para garantir as dívidas pessoais dos sócios , o as dívidas pessoais dos sócios , o credor não ingressa na sociedade , a credor não ingressa na sociedade , a quota será liquidada e o sócio que teve quota será liquidada e o sócio que teve suas quotas penhoradas será excluído suas quotas penhoradas será excluído da sociedade- ver art.1026, art.1030 da sociedade- ver art.1026, art.1030 p.único e art.1031 CC/02 p.único e art.1031 CC/02

Page 36: DIREITO SOCIETÁRIO

• Transferência de Quotas de Ascendente para Transferência de Quotas de Ascendente para DescendenteDescendente

• Falecimento do Cônjuge do Sócio e Separação Falecimento do Cônjuge do Sócio e Separação Judicial do SócioJudicial do Sócio

• Ocorrendo um desses dois casos são aplicadas às Ocorrendo um desses dois casos são aplicadas às disposições do novo Código Civil: a) não pode os disposições do novo Código Civil: a) não pode os herdeiros do cônjuge dos sócios, ou o cônjuge que se herdeiros do cônjuge dos sócios, ou o cônjuge que se separou judicialmente, exigir, desde logo, a parte separou judicialmente, exigir, desde logo, a parte que lhes couber no capital social, mas devem que lhes couber no capital social, mas devem concorrer com a divisão periódica dos lucros, até que concorrer com a divisão periódica dos lucros, até que se liquide a sociedade (art. 1027 do CC/02); b) a se liquide a sociedade (art. 1027 do CC/02); b) a admissão do herdeiro do cônjuge do sócio ou do ex-admissão do herdeiro do cônjuge do sócio ou do ex-cônjuge na sociedade, tornando-se sócio, depende cônjuge na sociedade, tornando-se sócio, depende da existência de cláusula contratual admitindo a da existência de cláusula contratual admitindo a inserção e inexistindo, cabe a autorização dos sócios inserção e inexistindo, cabe a autorização dos sócios remanescentes (art.1028 CC/02)Dremanescentes (art.1028 CC/02)D

Page 37: DIREITO SOCIETÁRIO

SOCIEDADE LIMITADA SOCIEDADE LIMITADA UNIPESSOALUNIPESSOAL

• O Brasil admite a sociedade limitada O Brasil admite a sociedade limitada unipessoal?(art.981CC/02)unipessoal?(art.981CC/02)

• EXCEÇÃO: sociedade subsidiária integral EXCEÇÃO: sociedade subsidiária integral (art.251, p.2, LSA)(art.251, p.2, LSA)

• CRÍTICA: É comum no Brasil a constituição CRÍTICA: É comum no Brasil a constituição de sociedades limitadas em que 99% das de sociedades limitadas em que 99% das quotas são de titularidade de uma pessoa e quotas são de titularidade de uma pessoa e 1% de outra, trata-se na verdade de uma 1% de outra, trata-se na verdade de uma sociedade limitada unipessoal disfarçada sociedade limitada unipessoal disfarçada sendo drible no atraso da nossa legislação. sendo drible no atraso da nossa legislação.

Page 38: DIREITO SOCIETÁRIO

A IMPORTÂNCIA DA LTDA A IMPORTÂNCIA DA LTDA UNIPESSOALUNIPESSOAL

• A IMPORTÂNCIA DA LTDA A IMPORTÂNCIA DA LTDA UNIPESSOAL PARA O UNIPESSOAL PARA O DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS:ECONÔMICAS:

• PRINCÍPIO DA AUTONOMIA PRINCÍPIO DA AUTONOMIA PATRIMONIALPATRIMONIAL

• As pessoas jurídicas(sociedades As pessoas jurídicas(sociedades empresárias) não atuam sozinhas no empresárias) não atuam sozinhas no mercado – empresários individuais mercado – empresários individuais

Page 39: DIREITO SOCIETÁRIO

• Possíveis técnicas especiais de limitação da Possíveis técnicas especiais de limitação da responsabilidade:responsabilidade:

A) Reconhecimento de patrimônio de afetação para A) Reconhecimento de patrimônio de afetação para os empresários individuais.os empresários individuais.

Obs: essa teoria quase já foi adotada pela LC N Obs: essa teoria quase já foi adotada pela LC N 123/06 – lei geral das ME(S) E EPP(S)123/06 – lei geral das ME(S) E EPP(S)

OBS:No Brasil há uma única hipótese de empresário OBS:No Brasil há uma única hipótese de empresário individual de responsabilidade limitada – trata-se individual de responsabilidade limitada – trata-se do empresário individual incapaz – art. 974 ,p 2, do empresário individual incapaz – art. 974 ,p 2, do CC/02do CC/02

B) A possibilidade de constituição de uma sociedade B) A possibilidade de constituição de uma sociedade limitada unipessoal.limitada unipessoal.

Page 40: DIREITO SOCIETÁRIO

Administração na Administração na Sociedade LimitadaSociedade Limitada• A sociedade limitada pode ser administrada, conforme suas A sociedade limitada pode ser administrada, conforme suas

peculiaridades e interesses, por sócio e não sócio, designados no peculiaridades e interesses, por sócio e não sócio, designados no contrato social ou em ato separado, podendo ser tanto pessoa contrato social ou em ato separado, podendo ser tanto pessoa física quanto pessoa jurídica;física quanto pessoa jurídica;

• No caso de ser administrada por não-sócio é necessária expressa No caso de ser administrada por não-sócio é necessária expressa autorização no contrato social (art. 1061 do CC/02);autorização no contrato social (art. 1061 do CC/02);

• O mandato do administrador pode ser por prazo determinado ou O mandato do administrador pode ser por prazo determinado ou indeterminado. indeterminado.

• devem ser averbados os atos de condução, recondução e devem ser averbados os atos de condução, recondução e cessação do exercício do cargo de administrador;cessação do exercício do cargo de administrador;

• Renúncia do AdministradorRenúncia do Administrador – deve ser feita por escrito e este – deve ser feita por escrito e este ato só produz efeito em relação a terceiros, após o arquivamento ato só produz efeito em relação a terceiros, após o arquivamento na Junta Comercial e publicação (ART. 1063 do CC/02);na Junta Comercial e publicação (ART. 1063 do CC/02);

• Obrigações dos Administradores – Obrigações dos Administradores – prestação de contas aos prestação de contas aos sócios em assembléia anualsócios em assembléia anual ou por outro modo previsto no ou por outro modo previsto no contrato social. contrato social.

Page 41: DIREITO SOCIETÁRIO

Responsabilidade dos Responsabilidade dos AdministradoresAdministradores• ““A norma geral, quanto à responsabilidade A norma geral, quanto à responsabilidade

do administrador, sócio ou não sócio, é a de do administrador, sócio ou não sócio, é a de não lhe ser imputada responsabilidade não lhe ser imputada responsabilidade pessoal por atos de representação (em pessoal por atos de representação (em relação a terceiros) e de gestão da relação a terceiros) e de gestão da sociedade limitada (em relação aos sócios). sociedade limitada (em relação aos sócios). Essa regra é congente e imperativa no Essa regra é congente e imperativa no tocante aos atos regulares (sem atentado à tocante aos atos regulares (sem atentado à lei ou excesso de poderes) por ele praticado lei ou excesso de poderes) por ele praticado no exercício da gerência ou administração no exercício da gerência ou administração da sociedade limitada” (Marino Pazzaglini da sociedade limitada” (Marino Pazzaglini Filho e Andréa Di Fuccio Catanese);Filho e Andréa Di Fuccio Catanese);

Page 42: DIREITO SOCIETÁRIO

• Culpa do Administrador no Culpa do Administrador no desempenho de suas funções –desempenho de suas funções – (art. (art. 1016 do CC/02)1016 do CC/02)

• Exemplos: Exemplos: realização de operações realização de operações mercantis estranhas ao objeto social ou mercantis estranhas ao objeto social ou praticar sem o consentimento dos praticar sem o consentimento dos demais sócios atos liberalidade (doação demais sócios atos liberalidade (doação de bem da sociedade, venda dos bens de bem da sociedade, venda dos bens sociais);sociais);

Page 43: DIREITO SOCIETÁRIO

Responsabilidade Responsabilidade TributáriaTributária • Débitos da sociedade enquadráveis como dívida ativa Débitos da sociedade enquadráveis como dívida ativa

tributária ou não tributária, os administradores, sejam tributária ou não tributária, os administradores, sejam eles sócios ou não, respondem pelo inadimplemento eles sócios ou não, respondem pelo inadimplemento da sociedade limitada, nos termos do art. 135, III do da sociedade limitada, nos termos do art. 135, III do CTN. CTN.

• Art 135, III, do Código Tributário Nacional –Art 135, III, do Código Tributário Nacional – “são “são pessoalmente responsáveis pelos créditos pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultante correspondentes a obrigações tributárias resultante de atos praticados com excesso de poderes ou de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatuto”. As infração de lei, contrato social ou estatuto”. As pessoas referidas nesse dispositivo legal podem ser: pessoas referidas nesse dispositivo legal podem ser: os diretores, gerentes ou representantes de pessoas os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.jurídicas de direito privado.

Page 44: DIREITO SOCIETÁRIO

• Importante –Importante – cumpre ressaltar que a falta de cumpre ressaltar que a falta de pagamento do tributo, por si só, não caracteriza a pagamento do tributo, por si só, não caracteriza a responsabilidade do administrador ou do sócio da responsabilidade do administrador ou do sócio da sociedade limitada. É preciso para tanto que um sociedade limitada. É preciso para tanto que um ou outro tenha concorrido para o descumprimento ou outro tenha concorrido para o descumprimento da obrigação tributária com dolo ou fraude;da obrigação tributária com dolo ou fraude;

• Conclusão –Conclusão – mera dívida fiscal contraída pela mera dívida fiscal contraída pela sociedade limitada, que não resultou de atos de sociedade limitada, que não resultou de atos de gestão abusivos ou fraudulentos praticados ou gestão abusivos ou fraudulentos praticados ou consentidos por administradores ou sócios, é de consentidos por administradores ou sócios, é de responsabilidade exclusiva da sociedade limitada responsabilidade exclusiva da sociedade limitada devedora;devedora;

Page 45: DIREITO SOCIETÁRIO

Débitos junto à seguridade Débitos junto à seguridade socialsocial

• responsabilidade solidária dos sócios, responsabilidade solidária dos sócios, com o comprometimento de seus com o comprometimento de seus bens particulares, sem respeito à bens particulares, sem respeito à regra de limitação da regra de limitação da responsabilidade dos sócios;responsabilidade dos sócios;

Page 46: DIREITO SOCIETÁRIO

Representação da Representação da SociedadeSociedade

• ““A sociedade limitada pratica A sociedade limitada pratica negócios jurídicos válidos, negócios jurídicos válidos, constitutivos de direitos e constitutivos de direitos e obrigações, por intermédio da obrigações, por intermédio da atuação do administrador ou atuação do administrador ou administradores que a administradores que a representam”. (Fábio Ulhoa representam”. (Fábio Ulhoa CoelhoCoelho ) “ ) “

Page 47: DIREITO SOCIETÁRIO

Teoria “ultra vires” Teoria “ultra vires”

• O novo Código Civil foi o responsável por introduzir a teoria O novo Código Civil foi o responsável por introduzir a teoria “ultra vires” no nosso ordenamento jurídico. Neste sentido, “ultra vires” no nosso ordenamento jurídico. Neste sentido, ao buscarmos a sociedade simples como fonte supletiva ao buscarmos a sociedade simples como fonte supletiva para as sociedades limitadas, ela não responde pelos atos para as sociedades limitadas, ela não responde pelos atos praticados em seu nome que forem evidentemente praticados em seu nome que forem evidentemente estranhos ao objeto social ou aos negócios que ela costuma estranhos ao objeto social ou aos negócios que ela costuma desenvolver. Essa “irresponsabilidade” manifestada pelo desenvolver. Essa “irresponsabilidade” manifestada pelo art. 1015, parágrafo único, III, do CC/02, representa a art. 1015, parágrafo único, III, do CC/02, representa a primeira manifestação no direito positivo brasileiro da primeira manifestação no direito positivo brasileiro da teoria “ultra vires” .De acordo com esta teoria, a pessoa teoria “ultra vires” .De acordo com esta teoria, a pessoa jurídica só responde pelos atos praticados em seu nome se jurídica só responde pelos atos praticados em seu nome se for compatível com o seu objeto social. Se estranhos à for compatível com o seu objeto social. Se estranhos à finalidade da pessoa jurídica, quem responde por esse ato é finalidade da pessoa jurídica, quem responde por esse ato é a pessoa física de quem agiu em nome dela;a pessoa física de quem agiu em nome dela;

Page 48: DIREITO SOCIETÁRIO

• Por outro lado, quando a sociedade Por outro lado, quando a sociedade limitada estiver sujeita à regência limitada estiver sujeita à regência supletiva do regime das anônimas supletiva do regime das anônimas (previsão expressa no contrato social), (previsão expressa no contrato social), ela responderá por todos os atos ela responderá por todos os atos praticados em seu nome, podendo, por praticados em seu nome, podendo, por certo, ressarcir-se dos prejuízo em certo, ressarcir-se dos prejuízo em regresso contra o administrador que regresso contra o administrador que excedeu os poderes.excedeu os poderes.

Page 49: DIREITO SOCIETÁRIO

Deveres dos Deveres dos AdministradoresAdministradores • Os deveres dos administradores devem estar expressos no Os deveres dos administradores devem estar expressos no

contrato social e se o mesmo for omisso aplicam-se, contrato social e se o mesmo for omisso aplicam-se, supletivamente, as normas gerais que tratam da supletivamente, as normas gerais que tratam da administração da sociedade simples. Assim, são deveres administração da sociedade simples. Assim, são deveres básicos dos administradores:básicos dos administradores:

• Dever de cuidado e diligência – Art. 1011 do CC/02;Dever de cuidado e diligência – Art. 1011 do CC/02;• Dever de prestação de contas – Art. 1020 do CC/02;Dever de prestação de contas – Art. 1020 do CC/02;• Dever, na prática dos atos de gestão, de respeitar a Dever, na prática dos atos de gestão, de respeitar a

vontade da maioria social;vontade da maioria social;• Responsabilidade por perdas e danos – Responsabilidade por perdas e danos – hipótese que hipótese que

estabelece a prática de atos em discordância com a maioria estabelece a prática de atos em discordância com a maioria social (art. 1013, parágrafo segundo do CC/02);social (art. 1013, parágrafo segundo do CC/02);

• Dever de transparência e informação com relação a Dever de transparência e informação com relação a todos os ato praticados pelos administradores (art. todos os ato praticados pelos administradores (art. 1017 do CC/02);1017 do CC/02);

Page 50: DIREITO SOCIETÁRIO

NOVIDADE CÓDIGO CIVILNOVIDADE CÓDIGO CIVIL

O Código Civil inova no sentido de admitir a O Código Civil inova no sentido de admitir a renúncia do administrador, renúncia do administrador, independentemente da concordância dos independentemente da concordância dos outros sócios e o momento oportuno que outros sócios e o momento oportuno que essa renúncia será eficaz perante terceiro, essa renúncia será eficaz perante terceiro, após a averbação e publicação da renúncia. após a averbação e publicação da renúncia. No entanto, a eficácia desse ato perante a No entanto, a eficácia desse ato perante a sociedade ocorrerá desde o momento que sociedade ocorrerá desde o momento que está recebe a comunicação por escrito (art. está recebe a comunicação por escrito (art. 1063, parágrafo 3º); 1063, parágrafo 3º);

Page 51: DIREITO SOCIETÁRIO

Quórum exigido por lei para Quórum exigido por lei para a designação e destituição a designação e destituição de administradores sócios e de administradores sócios e não-sóciosnão-sócios

• 1 - 1 - Exigência da unanimidade dos sócios Exigência da unanimidade dos sócios – – designação de administradores não-sócios designação de administradores não-sócios enquanto o capital social não estiver enquanto o capital social não estiver totalmente integralizado (art. 1061 do CC/02);totalmente integralizado (art. 1061 do CC/02);

• 2- 2- Exigência de 2/3, no mínimo, do Exigência de 2/3, no mínimo, do capital social –capital social – designação de designação de administradores não sócios após a administradores não sócios após a integralização do capital social (art. 1061), integralização do capital social (art. 1061), destituição de administradores sócios destituição de administradores sócios nomeados no contrato social, salvo nomeados no contrato social, salvo estipulação em contrário (art. 1063, estipulação em contrário (art. 1063, parágrafo primeiro do CC/02);parágrafo primeiro do CC/02);

Page 52: DIREITO SOCIETÁRIO

• Exigência de mais da metade do Exigência de mais da metade do capital social –capital social – designação e destituição designação e destituição de administradores sócios feito em ato em de administradores sócios feito em ato em separado e não no contrato social (art. separado e não no contrato social (art. 1071, II, c/c art. 1076, II ), destituição de 1071, II, c/c art. 1076, II ), destituição de administradores não sócios nomeados no administradores não sócios nomeados no contrato social ou em ato separado;contrato social ou em ato separado;

• Exigência de ¾ do capital social - Exigência de ¾ do capital social - designação de administradores sócios designação de administradores sócios nomeados no contrato social.nomeados no contrato social.

Page 53: DIREITO SOCIETÁRIO

Conselho Fiscal NA LTDAConselho Fiscal NA LTDA

• O antigo estatuto das limitadas não previa o O antigo estatuto das limitadas não previa o funcionamento do conselho fiscal nas funcionamento do conselho fiscal nas limitadas.limitadas.

• OBS: Atualmente o referido órgão só se OBS: Atualmente o referido órgão só se justifica para aquelas sociedades limitadas justifica para aquelas sociedades limitadas que detém um número significativo de sócios que detém um número significativo de sócios afastados do cotidiano da empresa. Na afastados do cotidiano da empresa. Na generalidade das limitadas, não é conveniente generalidade das limitadas, não é conveniente ou economicamente justificável a sua ou economicamente justificável a sua instalação e funcionamento;instalação e funcionamento;

Page 54: DIREITO SOCIETÁRIO

Conselho Fiscal NA LTDAConselho Fiscal NA LTDA

• Composição: Composição: mínimo de três componentes, não mínimo de três componentes, não previsão na lei de um limite máximo (art. 1066 do previsão na lei de um limite máximo (art. 1066 do CC/02)CC/02)

• Integrantes –Integrantes – eleitos pelos votos dos sócios que eleitos pelos votos dos sócios que representam a maioria do capital social (art. 1076), representam a maioria do capital social (art. 1076), para o exercício de mandato anual, por ocasião de para o exercício de mandato anual, por ocasião de assembléia geral. Pode ser representado por sócios assembléia geral. Pode ser representado por sócios ou terceiros;ou terceiros;

• Direito dos sócios minoritários –Direito dos sócios minoritários – representação representação de pelo menos 1/5 do capital social para eleger, por de pelo menos 1/5 do capital social para eleger, por meio de votação, pelo menos um conselheiro e o meio de votação, pelo menos um conselheiro e o respectivo suplente (art. 1066, parágrafo segundo);respectivo suplente (art. 1066, parágrafo segundo);

Page 55: DIREITO SOCIETÁRIO

Conselho Fiscal NA LTDAConselho Fiscal NA LTDA

• Objetivos –Objetivos – órgão subordinado e de órgão subordinado e de assessoramento da assembléia dos sócios, assessoramento da assembléia dos sócios, cujo objetivo principal é o controle da cujo objetivo principal é o controle da legalidade dos atos de gestão e legalidade dos atos de gestão e representação dos administradores da representação dos administradores da sociedade limitada;sociedade limitada;

• Conseqüências –Conseqüências – dever de examinar, pelo dever de examinar, pelo menos trimestralmente, livros, papéis da menos trimestralmente, livros, papéis da sociedade, emitir pareceres, com o intuito sociedade, emitir pareceres, com o intuito de sugerir providências úteis à sociedade e de sugerir providências úteis à sociedade e denunciar erros, fraudes ou crimes que denunciar erros, fraudes ou crimes que descobrirem (art. 1069 do CC/02);descobrirem (art. 1069 do CC/02);

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Direitos dos Sócios na Direitos dos Sócios na LimitadaLimitada

• Dentre os direitos dos sócios que Dentre os direitos dos sócios que devem estar estipulados no contrato devem estar estipulados no contrato social, temos os seguintes: social, temos os seguintes: participação nos resultados sociais, participação nos resultados sociais, “pro-labore”, participação nas “pro-labore”, participação nas deliberações sociais, direito de deliberações sociais, direito de retirada ou de recesso e direito de retirada ou de recesso e direito de preferência;preferência;

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Paticipação nos Resultados Paticipação nos Resultados SociaisSociais • O novo Código Civil é omisso quanto à O novo Código Civil é omisso quanto à

distribuição dos resultados sociais;distribuição dos resultados sociais;• Na sociedade limitada a divisão dos lucros pode ser Na sociedade limitada a divisão dos lucros pode ser

matéria a ser negociada entre os sócios, de matéria a ser negociada entre os sócios, de preferência, tal negociação deve constar preferência, tal negociação deve constar expressamente em cláusula estabelecida no contrato expressamente em cláusula estabelecida no contrato social;social;

• Sócios Minoritários – Sócios Minoritários – possibilidade do contrato possibilidade do contrato social preveja expressamente uma porcentagem social preveja expressamente uma porcentagem mínima de lucros sociais a serem distribuídos a cada mínima de lucros sociais a serem distribuídos a cada exercício social ou até mesmo buscar a aplicação da exercício social ou até mesmo buscar a aplicação da Lei de Sociedade por Ações (art. 202 da LSA).Lei de Sociedade por Ações (art. 202 da LSA).

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““Pro-Labore”Pro-Labore”

• ““Os lucros remuneram o investimento, e Os lucros remuneram o investimento, e o “pro-labore” é a contribuição ao o “pro-labore” é a contribuição ao gerenciamento da empresa. Quando gerenciamento da empresa. Quando deliberada à distribuição dos lucros, deliberada à distribuição dos lucros, todos os sócios têm direito ao todos os sócios têm direito ao recebimento de sua parte. Já o “pro-recebimento de sua parte. Já o “pro-labore” só é devido ao sócio, ou sócios, labore” só é devido ao sócio, ou sócios, com direito ao seu recebimento com direito ao seu recebimento mencionado no contrato social” (Fábio mencionado no contrato social” (Fábio Ulhoa Coelho).Ulhoa Coelho).

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Participação nas Participação nas Deliberações SociaisDeliberações Sociais

• ““A extensão do direito de participar das A extensão do direito de participar das deliberações sociais é proporcional à deliberações sociais é proporcional à quota de sócio no capital social. Desse quota de sócio no capital social. Desse modo, embora os sócios devam ser modo, embora os sócios devam ser consultados nas decisões mais consultados nas decisões mais importantes da sociedade, nem todos importantes da sociedade, nem todos têm condições de influir, com sua têm condições de influir, com sua vontade ou entendimento, no conteúdo vontade ou entendimento, no conteúdo destas” (Fábio Ulhoa);destas” (Fábio Ulhoa);

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Matérias que exigem Matérias que exigem quorum deliberativoquorum deliberativo

DDesignação e destituição de esignação e destituição de administradores, remuneração dos administradores, remuneração dos administradores, votação das contas administradores, votação das contas anuais dos administradores, anuais dos administradores, modificação do contrato social, modificação do contrato social, operações societárias, dissolução e operações societárias, dissolução e liquidação da sociedade, impetração de liquidação da sociedade, impetração de concordata (art. 1071 do CC/02), concordata (art. 1071 do CC/02), expulsão de minoritário (art. 1085 do expulsão de minoritário (art. 1085 do CC/02 CC/02

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Convocação para a Convocação para a AssembléiaAssembléia Necessidade de publicação de avisos por três Necessidade de publicação de avisos por três

vezes na imprensa oficial e em jornal de grande vezes na imprensa oficial e em jornal de grande circulação, com antecedência mínima de oito circulação, com antecedência mínima de oito dias. A assembléia só pode deliberar validamente dias. A assembléia só pode deliberar validamente se atenderem à convocação os sócios que se atenderem à convocação os sócios que representem pelo menos ¾ do capital social. representem pelo menos ¾ do capital social. Caso não atinja esse número, deve-se proceder à Caso não atinja esse número, deve-se proceder à segunda convocação, com três outras segunda convocação, com três outras publicações de avisos e antecedência de cinco publicações de avisos e antecedência de cinco dias. Neste segundo momento, desde que dias. Neste segundo momento, desde que atendidas as formalidades legais, a assembléia se atendidas as formalidades legais, a assembléia se instala validamente com qualquer número; instala validamente com qualquer número;

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Obrigatoriedade para a Obrigatoriedade para a realização da assembléiarealização da assembléia

Exigência de onze ou mais sócios nas Exigência de onze ou mais sócios nas limitadas. Se o número de sócios não limitadas. Se o número de sócios não ultrapassar a dez, a assembléia não ultrapassar a dez, a assembléia não é obrigatória e as matérias poderão é obrigatória e as matérias poderão ser consensualmente deliberadas em ser consensualmente deliberadas em documento firmado por todos os documento firmado por todos os sócios (art. 1072, parágrafo sócios (art. 1072, parágrafo primeiro);primeiro);

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Assembléia anual ou ordinária Assembléia anual ou ordinária dos sócios da limitada dos sócios da limitada

É obrigatória a realização de É obrigatória a realização de assembléia em pelo menos um ano, assembléia em pelo menos um ano, para tomar a conta dos para tomar a conta dos administradores, votar o balanço administradores, votar o balanço patrimonial e de resultados, eleger patrimonial e de resultados, eleger administradores, eleger os membros administradores, eleger os membros do conselho fiscal, conforme previsão do conselho fiscal, conforme previsão expressa no contrato social. expressa no contrato social.

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Reunião de SóciosReunião de Sócios na na LTDALTDA• Caso a sociedade tenha no máximo dez sócios, o Caso a sociedade tenha no máximo dez sócios, o

contrato pode prever que as deliberações sobre as contrato pode prever que as deliberações sobre as matérias tratadas serão adotadas em “reunião de matérias tratadas serão adotadas em “reunião de sócios”, e não em assembléia de sócios. Nesta sócios”, e não em assembléia de sócios. Nesta reunião, diferentemente do que acontece na reunião, diferentemente do que acontece na assembléia, o contrato social é livre para dispor assembléia, o contrato social é livre para dispor sobre a periodicidade, convocação, realização e sobre a periodicidade, convocação, realização e registro da reunião dos sócios. E as normas sobre a registro da reunião dos sócios. E as normas sobre a assembléia só se aplicam às reuniões, nas omissões assembléia só se aplicam às reuniões, nas omissões do contrato social;do contrato social;

• Liberdade para a convocação da reunião –Liberdade para a convocação da reunião – pode ser por telefone e instalada com qualquer pode ser por telefone e instalada com qualquer número;número;

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• Consenso de todos os sócios quanto às Consenso de todos os sócios quanto às deliberações sociais –deliberações sociais – a assembléia ou a assembléia ou reunião pode ser sempre substituída por reunião pode ser sempre substituída por documento que explicite a deliberação documento que explicite a deliberação adotada, desde que assinado por todos os adotada, desde que assinado por todos os sócios.sócios.

• Arquivamento –Arquivamento – a ata da assembléia ou a ata da assembléia ou reunião regulada no contrato social, ou ainda, reunião regulada no contrato social, ou ainda, o documento assinado por todos devem ser o documento assinado por todos devem ser levados a arquivamento na Junta Comercial; levados a arquivamento na Junta Comercial;

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““Quorum Deliberativo” Quorum Deliberativo” (regra geral)(regra geral)

• ““Quorum Deliberativo” (regra Quorum Deliberativo” (regra geral) geral) em geral, os sócios deliberam em geral, os sócios deliberam por maioria de votos dos sócios por maioria de votos dos sócios presentes à assembléia ou reunião, presentes à assembléia ou reunião, computados proporcionalmente ao computados proporcionalmente ao valor das quotas que titularizam.valor das quotas que titularizam.

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““Quorum Deliberativo” Quorum Deliberativo” exigido por Lei :exigido por Lei :