direito fiscal internacional e europeu cej julho de 2008 i

32
www.saldanhasanches.pt 1 Direito Fiscal Internacional e Europeu – parte I Centro de Estudos Judiciários Julho de 2008 J.L. Saldanha Sanches

Upload: jl-saldanha-sanches

Post on 19-Jun-2015

2.742 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: Direito Fiscal Internacional E Europeu Cej Julho De 2008 I

www.saldanhasanches.pt 1

Direito Fiscal Internacional e Europeu – parte I

Centro de Estudos JudiciáriosJulho de 2008

J.L. Saldanha Sanches

Page 2: Direito Fiscal Internacional E Europeu Cej Julho De 2008 I

www.saldanhasanches.pt 2

Direito Fiscal Internacional e Europeu

I

Bibliografia: J.L. Saldanha Sanches, Manual de Direito Fiscal3 (Coimbra: 2007), 75-99.

Page 3: Direito Fiscal Internacional E Europeu Cej Julho De 2008 I

www.saldanhasanches.pt 3

Facto tributário pluri-nacional

Facto tributário

Duas ou mais ordens jurídicas

Dupla tributação internacional

Page 4: Direito Fiscal Internacional E Europeu Cej Julho De 2008 I

www.saldanhasanches.pt 4

A residência

O residente pessoa singular (Código do IRS, art. 16º)

A sede da pessoa colectiva

Residência fáctica: permanência e direcção efectiva

Page 5: Direito Fiscal Internacional E Europeu Cej Julho De 2008 I

www.saldanhasanches.pt 5

A fonte

Os rendimentos obtidos em território português (art. 18º do Código do IRS, art. 4º do CIRC)

O estabelecimento estável (art. 5º do Código do IRC)

Page 6: Direito Fiscal Internacional E Europeu Cej Julho De 2008 I

www.saldanhasanches.pt 6

Os acordos de dupla tributação

A limitação bilateral dos poderes de tributar

Evitar a dupla tributação e a evasão fiscal internacional – a troca de informações

A isenção e a imputação

Page 7: Direito Fiscal Internacional E Europeu Cej Julho De 2008 I

www.saldanhasanches.pt 7

O direito Comunitário

O IVA como imposto comunitário: a função do TJCE

A tributação do rendimento das pessoas singulares e das empresas e as liberdades comunitárias

Page 8: Direito Fiscal Internacional E Europeu Cej Julho De 2008 I

www.saldanhasanches.pt 8

O caso Gilly (I)

A. e R. Gilly residem em França, perto da fronteira alemã. R. Gilly, de nacionalidade francesa, é professor do ensino oficial em França. A. Gilly, de nacionalidade alemã mas tendo também adquirido pelo casamento a nacionalidade francesa, é professora do ensino primário, numa escola pública da Alemanha, situada na zona fronteiriça.

Page 9: Direito Fiscal Internacional E Europeu Cej Julho De 2008 I

www.saldanhasanches.pt 9

O caso Gilly (II)

Os benefícios e outros rendimentos positivos provenientes da República Federal da Alemanha aí tributáveis, em conformidade com as disposições da presente Convenção, também são tributáveis em França se o seu beneficiário residir em França. O imposto alemão não é dedutível no cálculo do rendimento colectável em França. Mas o beneficiário tem direito a um crédito de imposto imputável sobre o imposto francês na qual se encontram aqueles impostos incluídos.

Page 10: Direito Fiscal Internacional E Europeu Cej Julho De 2008 I

www.saldanhasanches.pt 10

O caso Gilly (III)

A Convenção Alemanha França

A liberdade de circulação dos trabalhadores

Page 11: Direito Fiscal Internacional E Europeu Cej Julho De 2008 I

www.saldanhasanches.pt 11

Direito Fiscal Internacional e Europeu

II

Bibliografia: J.L. Saldanha Sanches, Os Limites do Planeamento Fiscal - Substância e forma no Direito Fiscal português, comunitário e internacional (Coimbra: 2006), 165-213 e 259-390.

Page 12: Direito Fiscal Internacional E Europeu Cej Julho De 2008 I

www.saldanhasanches.pt 12

O TJCE como um tribunal constitucional

Liberdade de estabelecimento, de circulação de pessoas e de capitais

As decisões do TJCE e o seu efeito irradiante

Page 13: Direito Fiscal Internacional E Europeu Cej Julho De 2008 I

www.saldanhasanches.pt 13

O princípio da não-discriminação

No acordo-modelo sobre a dupla tributação (Conv. OCDE)

Na jurisprudência do TJCE

Page 14: Direito Fiscal Internacional E Europeu Cej Julho De 2008 I

www.saldanhasanches.pt 14

O caso Avoir Fiscal I

As sociedades comerciais beneficiavam de um crédito de 50% sobre dividendos que recebiam de outras sociedades

As sociedades de seguros alemãs tinham sucursais em França que não eram pessoas colectivas

Page 15: Direito Fiscal Internacional E Europeu Cej Julho De 2008 I

www.saldanhasanches.pt 15

A liberdade de estabelecimento

A escolha da forma mais adequada para a actividade da empresa

As desvantagens fiscais de uma forma jurídica

A ausência de justificação para um tratamento diferente

Page 16: Direito Fiscal Internacional E Europeu Cej Julho De 2008 I

www.saldanhasanches.pt 16

Comissão vs. Portugal (C- 345/05)

As mais-valias da venda de habitação (art. 10º nº 5 do CIRS)

Reinvestimento na UE ou no espaço europeu - troca de informações fiscais

Page 17: Direito Fiscal Internacional E Europeu Cej Julho De 2008 I

www.saldanhasanches.pt 17

A fraude fiscal e a fraude à lei fiscal

Harmonização fiscal e concorrência fiscal

O planeamento fiscal internacional

A fraude à lei internacional

Page 18: Direito Fiscal Internacional E Europeu Cej Julho De 2008 I

www.saldanhasanches.pt 18

O caso Daily Mail

A tributação das mais-valias das acções

A deslocação da sociedade como forma de realização das mais-valias

A fundamentação do TJCE

Page 19: Direito Fiscal Internacional E Europeu Cej Julho De 2008 I

www.saldanhasanches.pt 19

As normas anti-abuso no Direito Fiscal

A limitação das liberdades fundamentais

O princípio da proporcionalidade

As diversas formas da normas anti-abuso

Page 20: Direito Fiscal Internacional E Europeu Cej Julho De 2008 I

www.saldanhasanches.pt 20

Direito Fiscal Internacional e Europeu

III

Bibliografia: J.L. Saldanha Sanches, Os Limites do Planeamento Fiscal - Substância e forma no Direito Fiscal português, comunitário e internacional (Coimbra: 2006), 320-334.

Page 21: Direito Fiscal Internacional E Europeu Cej Julho De 2008 I

www.saldanhasanches.pt 21

As medidas anti-abuso específicas

A detecção das zonas de risco

A inversão do ónus da prova (preços de transferência, paraísos fiscais)

Regras anti-abuso específicas e normas anti-sistemáticas

Page 22: Direito Fiscal Internacional E Europeu Cej Julho De 2008 I

www.saldanhasanches.pt 22

Segurança jurídica e tutela da confiança

A cláusula geral anti-abuso e o seu modo de actuação

A prevalência da substância sobre a forma

A fraude à lei como limite geral para o direito ao planeamento fiscal

Page 23: Direito Fiscal Internacional E Europeu Cej Julho De 2008 I

www.saldanhasanches.pt 23

Automaticidade de aplicação e presunções inilidíveis

O caso da presunção de juro nos mútuos

Cláusula geral anti-abuso e dever de fundamentação

A simplicidade de aplicação das normas anti-abuso específicas

Page 24: Direito Fiscal Internacional E Europeu Cej Julho De 2008 I

www.saldanhasanches.pt 24

As medidas unilaterais contra a fraude à lei internacional

Juros e dividendos na tributação do lucro das empresas

A sub-capitalização (thin capitalization) no Direito Fiscal

As medidas contra a sub-capitalização

Page 25: Direito Fiscal Internacional E Europeu Cej Julho De 2008 I

www.saldanhasanches.pt 25

O caso Lankhorst-Hohorst (I) A remuneração do capital externo que

uma sociedade de capitais, sujeita a tributação sem qualquer limitação, tenha recebido de um sócio sem direito a crédito de imposto que, no decurso do exercício em causa, tenha detido uma participação substancial no capital social inicial da sociedade, será considerada uma distribuição encoberta de dividendos quando…

Page 26: Direito Fiscal Internacional E Europeu Cej Julho De 2008 I

www.saldanhasanches.pt 26

O caso Lankhorst-Hohorst (II) ... haja sido acordada uma remuneração

por referência a uma fracção do capital e o capital externo seja mais de três vezes superior ao capital próprio correspondente à participação do referido sócio no decurso do exercício, a menos que a sociedade tivesse podido obter o referido capital externo de outra entidade terceira em igualdade de condições ou se o capital externo constituir um empréstimo destinado a financiar operações bancárias habituais.

Page 27: Direito Fiscal Internacional E Europeu Cej Julho De 2008 I

www.saldanhasanches.pt 27

O caso Lankhorst -Hohorst (III) no caso do processo principal, o empréstimo foi

concedido com o único objectivo de minimizar os encargos da Lankhorst-Hohorst e permitir realizar consideráveis economias em termos de juros bancários. A demandante no processo principal alegou a este respeito que, antes da modificação do empréstimo bancário, os juros representavam o dobro dos juros devidos daí em diante à LT BV. Portanto, não se tratava de um caso em que um sócio [...] procura evitar a tributação devida por uma efectiva distribuição de lucros através do pagamento de juros.

Page 28: Direito Fiscal Internacional E Europeu Cej Julho De 2008 I

www.saldanhasanches.pt 28

Concorrência fiscal e medidas unilaterais

Harmonização fiscal e concorrência fiscal

As medidas unilaterais em relação à fraude à lei internacional

A discriminação de não-residentes

Page 29: Direito Fiscal Internacional E Europeu Cej Julho De 2008 I

www.saldanhasanches.pt 29

O caso Lasteyrie du Saillant (I)

As mais-valias e o imposto de saída

Uma presunção geral de evasão ou de fraude fiscal não se pode basear na circunstância de o domicílio de uma pessoa singular ter sido transferido para outro Estado‑Membro nem justificar uma medida fiscal que prejudique o exercício de uma liberdade fundamental garantida pelo Tratado

Page 30: Direito Fiscal Internacional E Europeu Cej Julho De 2008 I

www.saldanhasanches.pt 30

O caso Lasteyrie du Saillant (II) Além disso, o objectivo considerado, que

consiste em impedir que um devedor transfira temporariamente o seu domicílio fiscal, antes de ceder títulos mobiliários, com a única finalidade de eludir o pagamento do imposto sobre as mais‑valias devido em França, pode ser atingido por medidas menos impositivas ou menos restritivas da liberdade de estabelecimento, que digam especificamente respeito ao risco dessa transferência temporária

Page 31: Direito Fiscal Internacional E Europeu Cej Julho De 2008 I

www.saldanhasanches.pt 31

Lista de Jurisprudência:

Caso C-336/96 (Gilly), de 12.5.1998 Caso C-270/83 (Avoir Fiscal), de 28.1.1986 Caso C-345/05 (Comissão c. Portugal), de 26.10.2006 Caso 81/87 (Daily Mail), de 27.9.1988 Caso C- 324/00 (Lankhorst Hohorst), de 12.12.2002 Caso C-9/02 (Lasteyrie du Saillant), de 11.3.2004 Casos C-177/99 e C-181/99 (Ampafrance), de

19.9.2000 Casos C-487/01 e C-7/02 (Gemeente Leusden), de

29.4.2004 Caso 110/99 (Emsland-Stärke GmbH), de 14.12.2000 Caso C- 255/02 (Halifax), de 21.2.2006

Page 32: Direito Fiscal Internacional E Europeu Cej Julho De 2008 I

www.saldanhasanches.pt 32

www.saldanhasanches.pt [email protected]