DIREITO DO TRABALHO EM EXERCCIOS FCC

Princpios e fontes do Direito do Trabalho

*1. (FCC - 2013 - TRT - 12 Regio (SC) - Analista Judicirio) A doutrina clssica conceitua os princpios como sendo proposies que se colocam na base de uma cincia, informando-a. Nesse contexto, INCORRETO afirmar que o Direito Individual do Trabalho adota como regra o princpio da a) norma mais favorvel ao trabalhador. b) imperatividade das normas trabalhistas. c) intangibilidade salarial. d) disponibilidade dos direitos trabalhistas. e) continuidade da relao de emprego.

RESPOSTA: D Pode-se destacar os seguintes princpios do Direito do Trabalho: - Princpio da proteo, o qual desmembra-se em: in dubio pro operrio; da aplicao da norma mais favorvel; e da condio mais benfica; - Princpio da irrenunciabilidade de direitos; - Princpio da continuidade da relao de emprego; - Princpio da primazia da realidade; - Princpio da inalterabilidade contratual; - Princpio da intangibilidade salarial.

*2. (FCC - 2013 - TRT - 12 Regio (SC) - Analista Judicirio) No estudo das fontes e princpios do Direito do Trabalho,

a) a CLT relaciona expressamente a jurisprudncia como fonte supletiva, a ser utilizada pelas autoridades administrativas e pela Justia do Trabalho em caso de omisso da norma positivada.

b) o direito comum ser fonte primria e concorrente com o direito do trabalho quando houver alguma omisso da legislao trabalhista, conforme norma expressa da CLT.

c) a sentena normativa no considerada fonte formal do direito do trabalho porque produzida em dissdio coletivo e atinge apenas as categorias envolvidas no conflito.

d) o princpio da aplicao da norma mais favorvel aplica-se no direito do trabalho para garantia dos empregos, razo pela qual, independente de sua posio hierrquica, deve ser aplicada a norma mais conveniente aos interesses da empresa.

e) o princpio da primazia da realidade do direito do trabalho estabelece que os aspectos formais prevalecem sobre a realidade, ou seja, a verdade formal se sobrepe verdade real.

RESPOSTA: A

(a) CLT. Art. 8 - As autoridades administrativas e a Justia do Trabalho, na falta de disposies legais ou contratuais, decidiro, conforme o caso, pela jurisprudncia, por analogia, por eqidade e outros princpios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevalea sobre o interesse pblico. Pargrafo nico - O direito comum ser fonte subsidiria do direito do trabalho, naquilo em que no for incompatvel com os princpios fundamentais deste. (B) CLT. Art. 8o (...)Pargrafo nico - O direito comum ser fonte subsidiria do direito do trabalho, naquilo em que no for incompatvel com os princpios fundamentais deste. (C) A sentena normativa fonte formal heterognea.

FONTES MATERIAIS FONTES FORMAIS

Representam o momento pr-jurdico, a presso exercida pelos operrios em face do Estado capitalista em busca de melhores e novas condies de trabalho.

Representam o momento eminentemente jurdico, com a regra j plenamente materializada e exteriorizada.

Ex. greves Podem ser: - Fontes formais heterogneas: CF/88; LC, LO, Decreto, MP, Sentena Normativa e Smula Vinculante - Fontes formais autnomas: CCT, ACT e o costume.

(d) O princpio em comento informa que aplica-se a norma mais favorvel ao trabalhador, independentemente de sua posio na escala hierrquica.

(e) Estabelece o princpio da primazia da realidade que a verdade real prevalecer sobre a verdade formal, predominando, portanto, a realidade sobre a forma.

*3. (FCC - 2012 - TST - Analista Judiciria) A descaracterizao de uma pactuada relao civil de prestao de servios, desde que no cumprimento do contrato se verifiquem os elementos fticos e jurdicos da relao de emprego, autorizada pelo princpio do Direito do Trabalho denominado a) inalterabilidade contratual. b) primazia da realidade sobre a forma. c) continuidade da relao de emprego. d) intangibilidade salarial. e) boa-f contratual. RESPOSTA: B

Estabelece o princpio da primazia da realidade que a verdade real prevalecer sobre a verdade formal, predominando, portanto, a realidade sobre a forma.

Esse princpio muito aplicado no mbito laboral, principalmente para impedir procedimentos fraudatrios praticados pelo empregador no sentido de tentar mascarar o vnculo existente, ou mesmo conferir direitos menores dos que os realmente devidos.

*4. (FCC - 2012 - PGM-Joao Pessoa-PB - Procurador Municipal) As Convenes e Acordos Coletivos so fontes a) heternomas, classificadas quanto a sua origem como fontes extraestatais e profissionais. b) autnomas, classificadas quanto a sua origem como fontes estatais. c) autnomas, classificadas quanto a sua origem como fontes extraestatais e profissionais. d) heternomas, classificadas quanto vontade das pessoas como fontes imperativas. e) autnomas, classificadas quanto vontade das pessoas como fontes imperativas. RESPOSTA: C

FONTES MATERIAIS FONTES FORMAIS

Representam o momento pr-jurdico, a presso exercida pelos operrios em face do Estado capitalista em busca de melhores e novas condies de trabalho.

Representam o momento eminentemente jurdico, com a regra j plenamente materializada e exteriorizada.

Ex. greves Podem ser: - Fontes formais heterogneas: CF/88; LC, LO, Decreto, MP, Sentena Normativa e Smula Vinculante - Fontes formais autnomas: CCT, ACT e o costume.

FONTES FORMAIS HETERNOMAS

FONTES FORMAIS AUTNOMAS

Cuja formao materializada por um agente externo, um terceiro, em geral o Estado, sem a participao imediata dos destinatrios principais das regras jurdicas.

Cuja a formao se caracteriza pela imediata participao dos destinatrios das regras produzidas, sem a interferncia do agente externo, do terceiro.

Ex. CF/88, LC, LO, MP, Decretos, Sentenas Normativas, Smula Vinculante.

Ex. CCT, ACT e costume.

*5. (FCC - 2012 - TRT - 6 Regio (PE) - Tcnico Judicirio - rea Administrativa) O Regulamento da empresa BOA revogou vantagens deferidas a trabalhadores em Regulamento anterior. Neste caso, segundo a Smula 51 do TST, as clusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente, s atingiro os trabalhadores admitidos aps a revogao ou alterao do regulamento. Em matria de Direito do Trabalho, esta Smula trata, especificamente, do Princpio da a) Razoabilidade. b) Indisponibilidade dos Direitos Trabalhistas. c) Imperatividade das Normas Trabalhistas. d) Dignidade da Pessoa Humana. e) Condio mais benfica. RESPOSTA: E

O princpio da condio mais benfica aquele que visa manuteno das clusulas mais vantajosas estipuladas no contrato de trabalho, que devem prevalecer em detrimento de norma superveniente que seja mais gravosa. Tal princpio est expresso no artigo 468 da CLT: Nos contratos individuais de trabalho s lcita a alterao das respectivas condies por mtuo consentimento, e ainda assim desde que no resultem, direta ou indiretamente, prejuzos ao empregado, sob pena de nulidade da clusula infringente desta garantia.

*6. (FCC - 2012 - TRT - 6 Regio (PE) - Analista Judicirio) Com relao s Fontes do Direito do Trabalho, considere: I. A Lei Ordinria que prev disposies a respeito do 13o salrio uma fonte material autnoma. II. As fontes heternomas decorrem do exerccio da autonomia privada, ou seja, sujeitos distintos do Estado possuem a faculdade de editar. III. O contrato individual de emprego uma fonte autnoma. IV. A Conveno Coletiva de Trabalho uma fonte autnoma. Est correto o que se afirma APENAS em a) III e IV. b) I, II e III. c) I, II e IV. d) I e III. e) II e IV. RESPOSTA: A

As fontes se dividem em materiais e formais. As fontes materiais, tambm conhecidas como reais, so os acontecimentos sociais, econmicos ou polticos responsveis pela criao da norma jurdica. As formais, por sua vez, so caracterizadas pela regra jurdica e se subdividem em fontes formais heternomas (decorrem da vontade de terceiros, em regra da estatal, sem a participao imediata de seu destinatrio. Nelas so includas a Constituio Federal, a CLT, Leis complementares e ordinrias, medida provisria, decretos, portarias, alm da sentena normativa e smulas vinculantes) e fontes formais autnomas (tm origem com a manifestao de vontade dos prprios destinatrios finais da regra, que disciplinaro o contrato de trabalho e os direitos dele decorrentes. Nelas esto includas os Acordos e Convenes coletivas de trabalho, regulamento empresarial e costumes).

7. (FCC - 2012 - TRT - 11 Regio (AM) - Analista Judicirio - rea Judiciria) O Juiz do Trabalho pode privilegiar a situao de fato que ocorre na prtica, devidamente comprovada, em detrimento dos documentos ou do rtulo conferido relao de direito material. Tal assertiva, no Direito do Trabalho, refere-se ao princpio da

a) irrenunciabilidade.

b) intangibilidade salarial.

c) continuidade.

d) primazia da realidade.

e) proteo

RESPOSTA: D

O princpio da primazia da realidade informa que a verdade real deve prevalecer sobre a verdade formal, emergindo-se, da, o conceito de contrato-realidade. Significa que nem sempre prevalecer o que foi contratado e que consta de prova documental, mas, sim, o que a realidade dos fatos indica como verdade.

8. (FCC - 2011 - TRT - 20 REGIO (SE) - Analista Judicirio - Execuo de Mandados) O princpio que possui como propsito tentar corrigir desigualdades, criando uma superioridade jurdica em favor do empregado diante da sua condio de hipossuficiente especificamente o princpio da a) dignidade da pessoa humana. b) condio mais benfica. c) primazia da realidade. d) proteo. e) boa-f. RESPOSTA: D O princpio da proteo visa atenuar, no plano jurdico, o desequilbrio existente no universo ftico das relaes empregatcias. Sua funo principal o aperfeioamento do ramo justrabalhista, favorecendo o trabalhador e contribuindo para a melhoria de sua condio social. subdivido em trs outros princpios: In dubio pro operario, condio mais benfica, e norma mais favorvel ao trabalhador.