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Eventos transformadores da Catalogação Mundial Prof. Fernando Modesto Set. 2014 Princípios da Catalogação

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Princípios Básicos para umas boa e adequada catalogação.

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Eventos transformadores da Catalogação Mundial

Prof. Fernando Modesto

Set. 2014

Princípios da Catalogação

Fatores causadores da explosão documental

Forte desenvolvimento das Ciências e Tecnologias durante a I e II Guerras Mundiais, multiplicando a literatura especializada.

Pós-Guerra milhares de revistas científicas, resumos técnicos, além da grande produção editorial ao grande público.

Fortalecimento dos organismos nacionais e internacionais de normalização para fixar padrões de controle documental.

Normalização é a atividade pela qual se estabelece normas em todos os âmbitos da vida humana que necessita regulamentação.

Garrido Arilla, M R. Teoria e história de la catalogación de documentos. Madrid : Editorial Sintesis, 1999.

1947 – Organização Internacional de Normalização – ISO (International Standards Organization).Facilitar a compatibilização das normas nacionais estabelecidas.Emitir normas internacionais próprias.

Normalização documental: estabelecimentos de regras que assegurem a interconexão de sistemas que possibilitem maior facilidade no tratamento documental e na transferência da informação.

Operações da Catalogação Descritiva é afetada pela normalização, e determinada por acordos internacionais.

ISOISBD – Descrição Bibliográfica Internacional Normalizada.Formato de Intercâmbio Internacional de dados bibliográficos legíveis por máquina – MARC.Variados códigos de identificação: ISBD, ISSNNormas aplicadas ao vocabulário e terminologia.

Garrido Arilla, M R. Teoria e história de la catalogación de documentos. Madrid : Editorial Sintesis, 1999.

Anos 501954 - Grupo de trabalho � estudo das regras de catalogação em âmbito internacional

O trabalho resulta na Conferência Internacional sobre Princípios de Catalogação, realizada em Paris, 1961.

Revisar as Regras de catalogação das quais o profissional se baseia para confeccionar o catálogo profissional se baseia para confeccionar o catálogo bibliográfico. Fundamentalmente � Cabeçalho

Brasil participa, com Maria Luisa Monteiro da Cunha, e o documento 13 –Nomes brasileiros e portugueses: problemas e soluções.

Barbosa, A P. Novos rumos da catalogação. Rio de Janeiro : BNG/Brasilart, 1978.

O primeiro evento no sentido da normalização internacional ;

Reuniu países com diferentes filosofias e códigos de catalogação, dispostos a um acordo;

De concreto, foi a decisão cabeçalhos para nomes pessoais e títulos uniformes.

Conferência Internacional sobre Princípios de Catalogação

Conferência de Paris, 1961

Determinou-se que:

Nome do responsável pela obra, ou assunto da obra, teria o cabeçalho de acordo com o uso da língua ou país desta pessoa.

Títulos uniformes (títulos pelos quais se reúnem as várias edições ou manifestações de uma obra em um catálogo), deveria utilizar otítulo original ou o título pelo qual a obra é mais conhecida.

Revisão dos códigos europeus, americanos e japoneses.

Garrido Arilla, M R. Teoria e história de la catalogación de documentos. Madrid : Editorial Sintesis, 1999.

Funções do Catálogo: instrumento eficaz para determinar

Se a biblioteca possui um determinado livro especificado por

a) Seu autor e título, ou

b) Se não se nomeia o autor no livro, só pelo título, ou

c) Se o autor e o título são inapropriados ou insuficientes para

Conferência Internacional sobre Princípios de Catalogação

identificação, um substituto conveniente do título; e

a) Obras que há de um determinado autor e,

b) Edições que existam de uma determinada obra.

Conferência Internacional sobre Princípios de Catalogação

Estrutura de catálogo deve conter:

Uma entradapara cada livro catalogado e

Mais de uma entradaem qualquer livro se necessário ao

interesse do usuário ou devido às características do livro

Exemplo:

Autor conhecido por mais de um nome ou forma do nome, ou

Quando vários autores ou colaboradores tem compartilhado a

criação da obra, ou

O livro é atribuído a vários autores.

Conferência Internacional sobre Princípios de Catalogação

Funções dos diferentes tipos de entradas

Entrada principal para as obras inscritas sob o nome do autor

Entradas sob outros nomes ou formas de nome para o mesmoEntradas sob outros nomes ou formas de nome para o mesmoautor geralmente deve assumir a forma de remissiva, mas podem ser usados entradas secundárias.

A entrada principal para todas as edições de uma obra de um único autor pessoal deve estar sob o nome deste autor.

Cabeçalhos para nomes de entidades coletivas, foi discutido, mas geraram e geram até hoje celeumas e não há acordo sobre o assunto.

Conferência Internacional sobre Princípios de Catalogação

Conferência de Paris tratou do impacto da eletrônica sobre a catalogação.

Após a Conferência, vários códigos foram modificados, incorporando suas recomendações.

AACR passa a ser adotado por todas as escolas de Biblioteconomia do Brasil,

Desdobramentos

1967, Alemanha substitui as instruções prussianas pelas regras para a catalogação alfabética.

ALA publica a primeira edição das Anglo-American cataloging rules [AACR].

AACR passa a ser adotado por todas as escolas de Biblioteconomia do Brasil, extinguindo a diversidade de códigos existentes.

AACR no Brasil, seguiram-se várias edições como:

AACR2 - 1978;

AACR2r - 1988 (edição revista);

Emendas ao AACR2r – 1993

AACR2r - 2002

Reunião Internacional de Especialistas em Catalogação (RIEC)

1969, em Copenhague, com participação de 32 países.

evento marca o caminho da padronização da Descrição Bibliográfica.

Trouxe mudanças para os códigos e as práticas da catalogação.

Michael Gorman

Apresenta documento denominado International Standard Bibliographic

Description (Descrição Bibliográfica Internacional Normalizada) -

ISBD, que padroniza as informações contidas na descrição

bibliográfica .

Michael Gorman

Garrido Arilla, M R. Teoria e história de la catalogación de documentos. Madrid : Editorial Sintesis, 1999.

Gorman sistematiza a ordem das informações e a pontuação

utilizada antes de cada informação, de modo a tornar possível

seu reconhecimento pelos computadores.

Retoma conceito de unidade bibliográfica, suscetível de receber descrição bibliográfica.

Todo documento

Proposta foi publicada pela IFLA, em 1971, como ISBD(M) – para monografias.

Seguiram-se outras cobrindo todos os tipos de materiais.

Todo documentoConjunto de documentoParte de um documento

ISBD

Objetivo fundamental

Favorecer a comunicação internacional da

informação bibliográfica ao dar uma descrição

normalizada de todos os documentos, superar as

barreiras lingüísticas e operar a conversão desta

informação de maneira que possa ser lida por meio

de máquinas.

Não apresenta indicação para pontos de acesso, os quais devem ser determinados pelos códigos de catalogação nacionais.códigos de catalogação nacionais.

• Representou um acordo no caminho da padronização.

• Os países se dispuseram a usá-la;

• Aceitação acarretou mudanças nos códigos de catalogação.

• Acaba a era dos códigos nacionalistas, da catalogação individualista e das decisões pessoais.

A padronizaçãonão está na quantidade de elementos, mas na forma e na ordem -

pontuação e posição - em que são registrados.

ISBDDeixa claro, que o conjunto completo de elementos deveria ser

incluído nas bibliografias nacionais, mas caberia a cada

biblioteca a decisão sobre os elementos necessários e adequados

para seu próprio uso.

1974 – ISBD (M)ISBD (S) – Publicações seriadas – revisada em 1977

1977 – ISBD (G) – Por sugestão do Joint Steering Committee for Revision of the Anglo-AmericanCataloging Rulesao Comitê de Catalogação da IFLA

1978 – ISBD (CM) – materiais cartográficosISBD (NBM) – materiais não livrosISBD (A) – publicações monográficas antigas

1980 – ISBD (PM) – Músicas impressas1990 – ISBD (CF) – Arquivos de computador (computer files) – revista em 1997 sob denominação

ISBD (ER) � Recursos eletrônicos.

ISBD Preocupação com a descrição de:

Artigos de periódicos

Capítulos e partes de monográficas

Faixas de gravação de som

Outros tipos de obras sobre obras

Esforço para estabelecer uma estrutura aceita internacionalmente.

Existências de duas comunidades

Comunidade de biblioteca – com catalogação tradicional

Comunidade de indexação e resumo – com práticas de citação

Contemplar requisitos das comunidades

As ISBD são programas restritivos por regularem a ordenação de todos os elementos bibliográficos na Descriçãode forma a ocuparem lugar adequado e fixo. As ISBD determinam um conjunto de signos de pontuação utilizados com um valor similar aos de uso gramatical.

– indica a separação de áreas.

= Indica a repetição da mesma informação sob distinta forma.

[ ] Indica informação tomada fora da fonte principal.

...... Indica suspensão de partes dos elementos.

/ Indica citação de responsabilidade em relação ao elemento precedente.

: Indica um elemento complementar ao anterior.

; Indica a repetição da mesma classe de elementos.

Intercambiar informação oriunda de fontes distintas.Facilitar a interpretação apesar das barreiras linguísticas.Facilitar a conversão das informações de maneira a ser lida por computadores.

Representação Descritiva Tradicional - ISBDRepresentação Descritiva Tradicional - ISBD

N. de

chamada

Ponto de acesso principalTítulo / Responsabilidade. --Edição. --

Dados de publicação e distribuição. --

Descrição física. --

Detalhes Específicos do material. --

Área 01

Área 02

Área 03

Área 04Área 05Descrição física. --

(Série ). --

Notas

1. Assunto I. outros pontos de acesso

Área 05

Área 06

Área 07

Área 08Número normalizado e Modalidade de Aquisição

Primeiro Código redigido segundo os novos critérios catalográficos � ISBD

AACR2 �versão 1978, incorpora as ISBD, depois de onze anos.

Anglo-American Cataloguing Rules

Código de Catalogação Anglo-Americano

São regras de catalogação dos países anglo-saxões, com decisiva e ampla difusão internacional.Não detém o título de norma única como pretendido. Neste sentido outras também surgiram Não detém o título de norma única como pretendido. Neste sentido outras também surgiram como:Regra JaponesaRegras Alemã (Regeln für die Alpabetische Katalogisierrung – RAK)

Após 90 anos, as regras dão prioridade a descrição de qualquer documento –capítulo 1-13.

Década de 1990

Considera-se o momento derevisar os Princípios.

IFLA, Divisão IV de Control Bibliográfico

Atualizaçãosobre a base da normalização obtida com os antigos principios.

Investigar a possibilidade deconseguir maior cobertura entre as diferentespráticas catalográficas nacionais, na área de uma catalogação maisinternacional.

Planeja-se série deReuniões de Especialistas emCatalogação (Meeting ofExperts on an International Cataloguing Code), organizadas por grandes áreasregionais:

IFLA MEETING OF EXPERTS ON NA INTERNATIONAL CATALOGUING CODE -IME ICC

IME ICC1 – Europe - August 5, 2003 Berlin

IME ICC2 – Latin America - August 24, 2004 Buenos Aires

IME ICC3 – Middle East - December 12-14, 2005 Cairo, Egypt

IME ICC4 – Asia - August 16-18, 2006 Seoul, Korea

IME ICC5 – Africa - August 14-15, 2007 Pretoria, South Africa

http://www.imeicc5.com:80/index.php?content=papers&language

Códigos de catalogação -Opções para tratar estas obras de várias maneiras-Regras opcionais devem possibilitar economia de catalogação sem perda de qualidade ou informação essencial As questões dos códigos de catalogação têm que estar dirigido: - o uso de notas de conteúdo - o uso de entradas adicionas de autor / título - o uso de registros de analíticas.

IME

ICC

5

Mas a questões que devem estar incluídas internacionalmente nos códigos de catalogação, assim como orientação sobre as capacidades para a busca e recuperação.

PRINCÍPIOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO

Não restrito aos princípios e objetivos (funções do catálogo).

encontrar recursos bibliográficos em uma coleção como resultado de umabusca utilizando atributos ou relações dos recursos para:encontrar um só recursoencontrar conjuntos de recursos que representem

Objetivos e Funções do Catálogo

DECLARAÇÃO DOS PRINCIPIOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO.http://archive.ifla.org/VII/s13/icc/imeicc-statement_of_principles-2008_portuguese.pdf

• todos os recursos pertencentes a mesma obra,• todos os recursos que contenham a mesma expressão,• todos os recursos que exemplifiquem a mesma manifestação,• todos os recursos associados com umaperssoa, familia ou entidade

corporativa,• todos os recursos sobre umassunto,• todos os recursos definidos por outros critérios (lingua, lugar de

publicação, data de publicação, tipo de conteúdo, tipo de suporte, etc.).identificar um recurso ou agente bibliográfico (confirmar que a entidadedescrita corresponde a entidade que se busca);selecionarum recurso bibliográfico que se ajuste às necessidades do usuário

O catálogo deveráser um instrumento eficaz e eficiente que permita aousuario:

1998– Informe final do FRBR; Revisão completa das ISBD2007 – Edição preliminar ISBD Consolidada.2008– Grupo de Estudo ISBD – XML para adaptar a

Norma como ferramenta de Web Semântica.2011– Edição oficial ISBD Consolidada.

ISBD Consolidada

Finalida

Texto único;Descrição de todo tipo de recurso;Integra as [7] ISBD especializadas;Simplificar a catalogação de recursos com característicascomuns por meio de umformato;Atualização, manutenção e consistência dos pressupostos da Norma.Dificuldade – mais de 368 páginas; localizar regras aplicadas aos materiaisespecíficos.

Finalidades

O Código de catalogação para o Século 21

Nova norma de catalogação que substitui o AACR2.

Vai além dos códigos de catalogação anteriores ao prover orientações sobre como catalogar recursos digitais e auxiliarmelhor os usuários para encontrar, identificar, selecionar e obter a informaçãodesejada.obter a informaçãodesejada.

Contribui para o agrupamento de registros bibliográficos visando mostrar relações entre obras e seus criadores.

Essa nova característica torna os usuários mais conscientes das diferentes edições, traduções ou formatos físicos das obras–um significativo desenvolvimento.

Bibliografia e Leitura• Barbosa, Alice Príncipe. Novos rumos da catalogação. Rio de

Janeiro : BNG/Brasilart, 1978.

• Mey, Eliane Serrão Alves. Introdução à catalogação. Brasília: Briquet de Lemos, 1995.

• Campello, Bernadete Santos. Introdução ao controle bibliográfico. Brasília :Briquetde Lemos, 1997.bibliográfico. Brasília :Briquetde Lemos, 1997.

• Ortega, Cristina Dotta. Os registros de informação dos sistemas documentários: uma discussão no âmbito da Representação Descritiva. São Paulo, 2009. Tese –ECA/USP

• Garrido Arilla, Maria Rosa. Teoria e história de la catalogaciónde documentos. Madrid: Síntesis, 1996.

Nascido em Campinas/SP. Bacharel emBiblioteconomia e Documentação e Mestre em

JoséFernando Modesto da Silva

http://www.eca.usp.br/prof/fmodesto

Biblioteconomia e Documentação e Mestre emBiblioteconomia pela Pontifícia Universidade Católicade Campinas – PUCCamp. Doutor emComunicaçãopela ECA/USP. Professor de Biblioteconomia.Militante no Movimento Associativo Bibliotecário doEstado de São Paulo. Mais textos interessantes:http://www.ofaj.com.br