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  • Reviso de vspera de prova Concurso da PGE/MA 2016

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    Reviso para o concurso da PGE/Maranho Prof. Mrcio Andr Lopes Cavalcante

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    DIREITO CONSTITUCIONAL (20 questes)

    Lei n 13.188/2016 (Direito de Resposta) Importante. H comentrios no site.

    Biografias: autorizao prvia e liberdade de expresso

    Para que seja publicada uma biografia NO necessria autorizao prvia do indivduo biografado, das demais pessoas retratadas, nem de seus familiares. Essa autorizao prvia seria uma forma de censura, no sendo compatvel com a liberdade de expresso consagrada pela CF/88. As exatas palavras do STF foram as seguintes: inexigvel o consentimento de pessoa biografada relativamente a obras biogrficas literrias ou audiovisuais, sendo por igual desnecessria a autorizao de pessoas retratadas como coadjuvantes ou de familiares, em caso de pessoas falecidas ou ausentes. Caso o biografado ou qualquer outra pessoa retratada na biografia entenda que seus direitos foram violados pela publicao, ter direito reparao, que poder ser feita no apenas por meio de indenizao pecuniria, como tambm por outras formas, tais como a publicao de ressalva, de nova edio com correo, de direito de resposta etc. STF. Plenrio. ADI 4815/DF, Rel. Min. Crmen Lcia, julgado em 10/6/2015 (Info 789).

    Inviolabilidade de domiclio e flagrante delito

    A entrada forada em domiclio sem mandado judicial s lcita, mesmo em perodo noturno, quando amparada em fundadas razes, devidamente justificadas a posteriori, que indiquem que dentro da casa ocorre situao de flagrante delito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade, e de nulidade dos atos praticados. STF. Plenrio. RE 603616/RO, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 4 e 5/11/2015 (repercusso geral) (Info 806).

    Direito a acessibilidade em prdios pblicos

    A CF/88 e a Conveno Internacional sobre Direitos das Pessoas com Deficincia asseguram o direito dos portadores de necessidades especiais ao acesso a prdios pblicos, devendo a Administrao adotar providncias que o viabilizem. O Poder Judicirio, em situaes excepcionais, pode determinar que a Administrao Pblica adote medidas assecuratrias de direitos constitucionalmente reconhecidos como essenciais, sem que isso configure violao do princpio da separao de poderes. STF. 1 Turma. RE 440028/SP, rel. Min. Marco Aurlio, julgado em 29/10/2013 (Info 726).

    Poder Judicirio pode obrigar a Administrao Pblica a manter quantidade mnima de determinado medicamento em estoque

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    A Administrao Pblica pode ser obrigada, por deciso do Poder Judicirio, a manter estoque mnimo de determinado medicamento utilizado no combate a certa doena grave, de modo a evitar novas interrupes no tratamento. No h violao ao princpio da separao dos poderes no caso. Isso porque com essa deciso o Poder Judicirio no est determinando metas nem prioridades do Estado, nem tampouco interferindo na gesto de suas verbas. O que se est fazendo controlar os atos e servios da Administrao Pblica que, neste caso, se mostraram ilegais ou abusivos j que, mesmo o Poder Pblico se comprometendo a adquirir os medicamentos, h falta em seu estoque, ocasionando graves prejuzos aos pacientes. Assim, no tendo a Administrao adquirido o medicamento em tempo hbil a dar continuidade ao tratamento dos pacientes, atuou de forma ilegtima, violando o direito sade daqueles pacientes, o que autoriza a ingerncia do Poder Judicirio. STJ. 1 Turma. RE 429903/RJ, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 25/6/2014 (Info 752).

    Imposio de obras emergenciais em estabelecimento prisional

    lcito ao Poder Judicirio impor Administrao Pblica obrigao de fazer, consistente na promoo de medidas ou na execuo de obras emergenciais em estabelecimentos prisionais para dar efetividade ao postulado da dignidade da pessoa humana e assegurar aos detentos o respeito sua integridade fsica e moral, nos termos do que preceitua o art. 5, XLIX, da CF, no sendo oponvel deciso o argumento da reserva do possvel nem o princpio da separao dos poderes. STF. Plenrio. RE 592581/RS, rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 13/8/2015 (Info 794).

    Sistema carcerrio e Estado de Coisas Inconstitucional

    O Estado de Coisas Inconstitucional ocorre quando verifica-se a existncia de um quadro de violao generalizada e sistmica de direitos fundamentais, causado pela inrcia ou incapacidade reiterada e persistente das autoridades pblicas em modificar a conjuntura, de modo que apenas transformaes estruturais da atuao do Poder Pblico e a atuao de uma pluralidade de autoridades podem modificar a situao inconstitucional. O STF reconheceu que o sistema penitencirio brasileiro vive um "Estado de Coisas Inconstitucional", com uma violao generalizada de direitos fundamentais dos presos. As penas privativas de liberdade aplicadas nos presdios acabam sendo penas cruis e desumanas. Vale ressaltar que a responsabilidade por essa situao deve ser atribuda aos trs Poderes (Legislativo, Executivo e Judicirio), tanto da Unio como dos Estados-Membros e do Distrito Federal. A ausncia de medidas legislativas, administrativas e oramentrias eficazes representa uma verdadeira "falha estrutural" que gera ofensa aos direitos dos presos, alm da perpetuao e do agravamento da situao. Assim, cabe ao STF o papel de retirar os demais poderes da inrcia, coordenar aes visando a resolver o problema e monitorar os resultados alcanados. Diante disso, o STF, em ADPF, concedeu parcialmente medida cautelar determinando que: juzes e Tribunais de todo o pas implementem, no prazo mximo de 90 dias, a audincia de custdia; a Unio libere, sem qualquer tipo de limitao, o saldo acumulado do Fundo Penitencirio Nacional para utilizao na finalidade para a qual foi criado, proibindo a realizao de novos contingenciamentos. Na ADPF havia outros pedidos, mas estes foram indeferidos, pelo menos na anlise da medida cautelar. STF. Plenrio. ADPF 347 MC/DF, Rel. Min. Marco Aurlio, julgado em 9/9/2015 (Info 798).

    Requisio pelo MP de informaes bancrias de ente da administrao pblica

    No so nulas as provas obtidas por meio de requisio do Ministrio Pblico de informaes bancrias de titularidade de prefeitura municipal para fins de apurar supostos crimes praticados por agentes pblicos contra a Administrao Pblica. lcita a requisio pelo Ministrio Pblico de informaes bancrias de contas de titularidade da Prefeitura Municipal, com o fim de proteger o patrimnio pblico, no se podendo falar em quebra ilegal de sigilo bancrio. STJ. 5 Turma. HC 308.493-CE, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 20/10/2015 (Info 572).

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    possvel que o Fisco requisite das instituies financeiras informaes bancrias sobre os contribuintes sem interveno do Poder Judicirio

    As autoridades e os agentes fiscais tributrios da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios podem requisitar diretamente das instituies financeiras informaes sobre as movimentaes bancrias dos contribuintes. Esta possibilidade encontra-se prevista no art. 6 da LC 105/2001, que foi considerada constitucional pelo STF. Isso porque esta previso no se caracteriza como "quebra" de sigilo bancrio, ocorrendo apenas a transferncia de sigilo dos bancos ao Fisco. O art. 5 da LC 105/2001, que permite obriga as instituies financeiras a informarem periodicamente Receita Federal as operaes financeiras realizadas acima de determinado valor, tambm considerado constitucional. STF. Plenrio. ADI 2390/DF, ADI 2386/DF, ADI 2397/DF e ADI 2859/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgados em 24/2/2016 (Info 815). STF. Plenrio. RE 601314/SP, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 24/2/2016 (repercusso geral) (Info 815).

    Validade da utilizao do RMF no processo penal

    No nula a condenao criminal lastreada em prova produzida no mbito da Receita Federal do Brasil por meio da obteno de informaes de instituies financeiras sem prvia autorizao judicial de quebra do sigilo bancrio. Isso porque o STF decidiu que so constitucionais os arts. 5 e 6 da LC 105/2001, que permitem o acesso direto da Receita Federal movimentao financeira dos contribuintes. STF. 2 Turma. RHC 121429/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 19/4/2016 (Info 822).

    SIGILO BANCRIO Os rgos podero requerer informaes bancrias diretamente das instituies financeiras?

    POLCIA NO. necessria autorizao judicial.

    MP

    NO. necessria autorizao judicial (STJ HC 160.646/SP, Dje 19/09/2011).

    Exceo: lcita a requisio pelo Ministrio Pblico de informaes bancrias de contas de titularidade de rgos e entidades pblicas, com o fim de proteger o patrimnio pblico, no se podendo falar em quebra ilegal de sigilo bancrio (STJ. 5 Turma. HC 308.493-CE, j. em 20/10/2015).

    TCU

    NO. necessria autorizao judicial (STF MS 22934/DF, DJe de 9/5/2012).

    Exceo: O envio de informaes ao TCU relativas a operaes de crdito originrias de recursos pblicos no coberto pelo sigilo bancrio (STF. MS 33340/DF, j. em 26/5/2015).

    Receita Federal SIM, com base no art. 6 da LC 105/2001. O repasse das informaes dos bancos para o Fisco no pode ser definido como sendo "quebra de sigilo bancrio".

    Fisco estadual, distrital, municipal

    SIM, desde que regulamentem, no mbito de suas esferas de competncia, o art. 6 da LC 105/2001, de forma anloga ao Decreto Federal 3.724/2001.

    CPI SIM (seja ela federal ou estadual/distrital) (art. 4, 1 da LC 105/2001). Prevalece que CPI municipal no pode.

    Possibilidade de se obter dados do contribuinte que constem nos sistemas dos rgos fazendrios

    O habeas data a garantia constitucional adequada para a obteno dos dados concernentes ao pagamento de tributos do prprio contribuinte constantes dos sistemas informatizados de apoio arrecadao dos rgos da ad