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    LFG CIVIL Prof. Pablo Stolze Intensivo I 28/01/2009 a 09/07/2009

    DIREITO CIVIL

    INTENSIVO I 25 aulas

    Contedo programtio!1. Personalidade jurdica. Nascituro. Pessoa fsica.

    2. Domiclio. Pessoa jurdica. Desconsiderao da Pessoa Jurdica (Disregard Doctrine).

    3. Fato jurdico. Negcio jurdico! "lano de e#ist$ncia% &alidade (defeitos do negcio jurdico) eefic'cia.

    . Prescrio e decad$ncia.

    . Direito das o*riga+es. ,eoria do "agamento.

    -. ,ransmissi*ilidade da o*rigao (cesso de crdito% de d*ito e de contrato).

    /. Formas es"eciais de "agamento ("rinci"ais).

    0. ,eoria do inadim"lemento. ora. l'usula "enal.

    . 4es"onsa*ilidade ci&il.15. ,eoria geral do contratos.

    11. Posse.

    12. Pro"riedade.

    13. Direito de famlia! crtica e constitucional% com $nfase na dimenso socioafeti&a do conceito defamlia.

    1. 6ntroduo ao direito das sucess+es.

    7s a"ostilas ane#as com"lementam as informa+es dadas em sala de aula. 7cessar as a"ostilas no888.no&odireitoci&il.com.*r

    "#RTE $ER#L

    LIVRO I % D#S "ESSO#S

    T&T'LO I % D#S "ESSO#S N#T'R#ISC#"&T'LO I % D# "ERSON#LID#DE E D# C#"#CID#DEC#"&T'LO II % DOS DIREITOS D# "ERSON#LID#DEC#"&T'LO III % D# #'S(NCI#

    Se)*o I % Da Curadoria dos +ens do #usente

    Se)*o II % Da Suess*o "ro,is-riaSe)*o III % Da Suess*o De.initi,a

    /0 # "ERSON#LID#DE 1'R&DIC#

    /0/0 Coneito

    Personalidade jurdica aptido genrica para se titularizar direitos e contrair obrigaes naordem jurdica, ou seja, a qualidade para ser sujeito de direito.

    9 sujeito de direito s sujeito de direito :uando dotado de "ersonalidade. ;c um sujeito dedireito% eu sou sujeito de direito% ns% "essoas fsicas ou naturais% como diria ,ei#eira de Freitas%

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    Nascituro igual a em*rio Na ess$ncia um em*rio% mas com &ida intrauterina. uando sereferir ao em*rio conser&ado em la*oratrio (congelado)% nunca diga nascituro. 9 em*rio est' nageladeira. No se usa a e#"resso nascituro "ara em*rio congelado% crio"reser&ado.

    Nascituro tem "ersonalidade jurdica #istem duas grandes teorias% duas correntes doutrin'rias:ue se digladiam% tentando res"onder essa "ergunta.

    a Teoria Natalista O Defendida "or &'rios autores (duardo s"nola% ;icente 4'o% Hil&io;enosa% Hil&io 4odrigues% etc.)% a ,eoria Natalista a teoria cl'ssica do direito *rasileiro. ssa teoriasustenta :ue o nascituro no considerado pessoa, gozando de mera e)pectati"a de direito, uma "ezque a personalidade jurdica s& adquirida a partir do nascimento com "ida.

    8 Teoria ConepionistaO ,em ganEado muita fora no rasil nos Iltimos anos% defendida "orautores de altssimo :uilate (,ei#eira de Freitas% l&is e&il':ua% Hilmara Einelato da PGHP% etc.).sta teoria sustenta :ue o nascituro considerado pessoa, inclusi"e para efeitos patrimoniais, uma "ezque a personalidade jurdica adquirida desde a concepo. Para essa teoria% :ue sofre influ$nciaine:u&oca do direito franc$s% como se o nascimento com &ida ti&esse uma efic'cia retroati&a% "araconfirmar a "ersonalidade :ue j' e#istia% desde a conce"o% momento em :ue a "ersonalidade ad:uirida. Por isso% o nascituro tem direitos (e no mera e#"ectati&a)% inclusi&e de ordem "atrimonial.

    O+S0! Teoria Intermediria! :uis a&anar e no conseguiu. ssa teoria considera o nasciturouma es"cie de

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    *ue direitos, efeti"amente, o nascituro tem #em"los! direito K &ida (inclusi&e "roteocontra o a*orto)% direito K "roteo "renatal ("erce*a :ue ele no tem mera e#"ectati&a. le tem direitos)%direito de rece*er doao e Eerana% direito de lEe ser nomeado curador de seus interesses. 9 P% nosarts. 0// e 0/0% "ermite :ue o juiC "ossa nomear a me gestante curadora dos interesses do nascituro.Processualmente% ele se faC "resente "or sua curadora. 7 curatela % "ois% direito conferido ao nascituro

    "elo direito.

    + obrigaes nascituro tem obrigaes9 nascituro no est' "or a firmando contratos%mas "oss&el Ea&er situa+es em :ue o nascituro contrai o*riga+es. #em"lo! 6magine :ue o nasciturorece*a um *em em doao onerado "or uma o*rigao tri*ut'ria. 7 o*rigaopropter rem aco"lada aoim&el. 7 o*rigao &ai junto como "atrimRnio transferido. He essa o*rigao no for "aga% a d&ida &aiseguir o "r"rio "atrimRnio :ue a tranferiu% na esfera jurdica do nascituro.

    O+S0! ;Em8ora n*o sem imputar ao nasituroo8riga)*o= a e7emplo da d3,ida .isal ue aompan?a o im-,el ue l?e > doado0@

    /0A0 #limentos ao Nasituro

    9 nascituro tem direitos a alimentos 7 juris"rud$ncia *rasileira em geral sem"re foi resistente Ktese% Ea&endo e#ce+es. m um julgado% o ,JG4H% adotando uma corrente e#ce"cional% e correta (segundoo "rofessor)% admitiu alimentos ao nascituro!

    6N,9H P49;6HU469H F7;94 D9 N7H6,49. P9HH66>6D7D. 7D7ST9 D97N,.-. $o pairando d"ida acerca do en"ol"imento se)ual entretido

    pela gestante com o in"estigado, nem sobre e)clusi"idade desserelacionamento, e %a"endo necessidade da gestante, justifica/se a

    concesso de alimentos em fa"or do nascituro.0. 1endo o in"estigado casado e estando tambm sua esposa

    gr2"ida, a penso alimentcia de"e ser fi)ada tendo em "ista asnecessidades do alimentando, mas dentro da capacidade econ3mica doalimentante, isto , focalizando tanto os seus gan%os como tambm osencargos que possui. 4ecurso pro"ido em parte.(7?47;9 D 6NH,4N,9 NB /555-25-% /V W747X;>% ,46N7> D JH,6S7 D9 4H% 4>7,94! H@4?69F4N7ND9 D ;7H9N>>9H L7;H% J>?7D9 13G50G2553)=.

    m geral% a juris"rud$ncia tam*m classicamente resistente a tese conce"cionista% sal&o algunsjulgados como esse :ue concede direitos a um nascituro. 9 cidado engra&idou a amante.

    O+S0! # mat>ria .oi pai.iada0 @e6ente$ente) foi a%rova"a a lei "os ali$entos +rav4"i6os'Lei n.D 11.80/08-) e re6on&e6e e re+lo e%ressa$ente o "ireito aos ali$entos "o nas6itro.5

    LEI NB //0A= DE 5 DE NOVE+RO DE 20

    !rt. 1D +sta 'ei disciplina o direito de alimentos da mul%ergestante e a forma como ser2 e)ercido.

    !rt. 2Ds alimentos de que trata esta 'ei compreendero os

    "alores suficientes para cobrir as despesas adicionais do perodo degra"idez e que sejam dela decorrentes, da concepo ao parto, inclusi"eas referentes a alimentao especial, assist5ncia mdica e psicol&gica,e)ames complementares, internaes, parto, medicamentos e demais

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    prescries pre"enti"as e terap5uticasindis"ens'&eis% a juCo do mdico%alm de outras :ue o juiC considere "ertinentes.

    Par=+rafo ni6o. s alimentos de que trata este artigo referem/se 6parte das despesas que de"er2 ser custeada pelo futuro pai,considerando/se a contribuio que tambm de"er2 ser dada pelamul%er gr2"ida, na proporo dos recursos de ambos.

    !rt. H.DConven6i"o "a eistEn6ia "e in"46ios "a %aterni"a"e) oiz fiar=) ali$entos +rav4"i6os e %er"raro atJ o nas6i$ento "a6rian3a) so%esan"o as ne6essi"a"es "a %arte atora e as %ossibili"a"es"a %arte rJ.

    Par=+rafo ni6o. !%*s o nas6i$ento 6o$ vi"a) os ali$entos+rav4"i6os fi6a$ 6onverti"os e$ %enso ali$ent46ia e$ favor "o $enoratJ e $a "as %artes soli6ite a sa reviso.

    !rt. 7.D ru ser2 citado para apresentar resposta em 7 8cinco9dias.

    !rt. 11.!plicam/se supleti"amente nos processos regulados poresta 'ei as disposies das 'eis nos 7.:;. 76DN, D9 ,477>L9.94,. 6NDN6Y7ST9 P94 D7N9 947>. F6>L9N7H6,49. F6Z7ST9 D9 7N, 6NDN6Y7,U469. D6H 7

    9. 944ST9 9N,[467. D7,7 D7 F6Z7ST9 P>9 J6Y.J49H D 947. D7,7 D9 ;N,9 D7N9H9. P49HH96;6>. JN,7D7 D D9N,9 N7 F7H 44H7>.P9HH66>6D7D% DHD NT9 9NF6?4D7 7 [AF@ D7

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    P74, 9P94,N6Y7D9 9 9N,47D6,U469. 7N>7ST9 D9P49HH9. 6NZ6H,\N67 D D7N9. DHNHH6D7D./ Amposs"el admitir/se a reduo do "alor fi)ado a ttulo decompensao por danos morais em relao ao nascituro, emcomparao com outros fil%os do de cujus, j2 nascidos na ocasio doe"ento morte, porquanto o fundamento da compensao a e)ist5ncia de

    um sofrimento imposs"el de ser quantificado com preciso./ +mbora sejam muitos os fatores a considerar para a fi)ao dasatisfao compensat&ria por danos morais, principalmente com basena gra"idade da leso que o juiz fi)a o "alor da reparao./ B de"ida correo monet2ria sobre o "alor da indenizao pordano moral fi)ado a partir da data do arbitramento. Precedentes./ s juros morat&rios, em se tratando de acidente de trabal%o,esto sujeitos ao regime da responsabilidade e)tracontratual, aplicando/

    se, portanto, a 1mula nC 7: da @orte, contabilizando/os a partir da datado e"ento danoso. Precedentes/ B poss"el a apresentao de pro"as documentais na apelao,desde que no fique configurada a m2/f da parte e seja obser"ado o

    contradit&rio. Precedentes./ ! sistem2tica do processo ci"il regida pelo princpio dainstrumentalidade das formas, de"endo ser reputados "2lidos os atos quecumpram a sua finalidade essencial, sem que acarretem prejuzos aoslitigantes./ 4ecurso especial dos autores parcialmente con%ecido e, nesta

    parte, pro"ido./ 4ecurso especial da r no con%ecido.(4s" 31-G4H% 4el. inistra N7N] 7ND46?L6% ,4647,47% julgado em 1/G5-G2550% DJe 5G50G2550)

    9 :ue tem de indito nesse julgado o critrio de :uantificao. as o H,J tem admitido a tese

    de dano moral ao nascituro% segundo o :ue se e#trai do seguinte julgado% e#trado do site onsultorJurdico do 9>% e#celente% "or sinal !

    -=DE>D0EE

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    7 matria com"le#a% mas o fato :ue alguns direitos da "ersonalidade se "rojetam% &encendo%inclusi&e% a "r"ria morte. 7 doutrina entende :ue o natimorto tem uma "roteo jurdica ada"tada K suacondio essencial.

    +nunciado n.C E-, da Primeira Hornada de Mireito @i"il, recon%ece determinados direitos

    e)trapatrimoniais ao natimorto, em respeito ao princpio da dignidade.

    9s nunciados ao digo i&il no so juris"rud$ncia. Ho "ostulados de doutrina "roduCidosem encontros de juristas em raslia. Ho nortes Eermen$uticos doutrin'rios.

    - Q !rt. 0CO a proteo que o @&digo defere ao nascituro alcana onatimorto no que concerne aos direitos da personalidade, tais comonome, imagem e sepultura.

    20 C#"#CID#DE

    ,ei#eira de Freitas% o grande 7ugusto ,ei#eira de Freitas% maior jurista do direito "ri&ado*rasileiro% afirma"a que a capacidade seria a medida da personalidade.

    7 ca"acidade ser&e "ara mensurar a "ersonalidade. @ um critrio :ue traduC% dimensiona a"ersonalidade. Por isso :ue a ca"acidade se desdo*ra em! ca"acidade de direito e ca"acidade de fato (oude e#erccio).

    oncurso j' "erguntou! que resulta quando "c soma a capacidade de direito com acapacidade de fato a"acidade ci&il "lena.

    O+S0! No confunda ca"acidade com legitimidade. sse "onto fundamental "ara concurso. Por:ue no confundir ! falta "e 6a%a6i"a"e no %o"e ser 6onfn"i"a 6o$ o i$%e"i$ento %ara a %r=ti6a

    "e "eter$ina"o ato.5

    ma coisa faltar ca"acidade% outra coisa legitimidade. almon de Passos diCia :ue a falta delegitimidade uma aus$ncia de "ertin$ncia su*jeti&a "ara a "r'tica de determinado ato. uando eleafirma isso% significa diCer o seguinte! :ue "oss&el Ea&er "essoas ca"aCes% ca"aCes. ue no temlegitimidade "ara a:uele ato. ue esto im"edidas "ara "raticar a:uele ato. m algumas situa+es% a leiesta*elece o im"edimento! falaAse em falta de legitimidade. #em"lo! Dois irmos% maiores% "odem casarentre si No. so ca"aCes% mas faltaAlEes legitimidade. #iste na lei *rasileira um im"edimentoes"ecfico "ara a "r'tica da:uele ato. No confundir falta de ca"acidade (genrica) com im"edimento(es"ecfico "ara a "r'tica de determinado ato).

    Neste desdo*ramento% temos a ca"acidade de direito e a ca"acidade de fato.

    20/0 Capaidade de Direito

    7 ca"acidade de direito a genrica. ual:uer "essoa tem. No momento em :ue &c ad:uire"ersonalidade jurdica% automaticamente &c ad:uire ca"acidade de direito. as :ual seria a diferenaentre ca"acidade de direito e "ersonalidade jurdica 9rlando ?omes diC!

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    ! capacidade de fato a aptido para, pessoalmente, praticar atos na "ida ci"il.7 aus$ncia de ca"acidade de fato a cEamada inca"acidade ci&il.

    Capaidade de DIREITO H Capaidade de 9#TO C#"#CID#DE CIVIL "LEN#

    8fim da -F parte da aula960 INC#"#CID#DE CIVIL

    7 falta da ca"acidade de fato resulta na inca"acidade ci&il% :ue "ode ser a*soluta ou relati&a. 9sa*solutamente inca"aCes so re"resentados e os relati&amente inca"aCes so assistidos. 4e"resentao eassist$ncia so institutos proteti,osdo inca"aC. 9s inca"aCes e so assistidos e re"resentados "ara sua"roteo.

    J' e#istiu no direito anterior% um instituto :ue trata&a da "roteo do inca"aC e :ue foi "elodigo de 11-. 9 No&o digo i&il silente a res"eito do instituto% mas ele% de fato% no e#iste maisno nosso ordenamento!

    O+S0! Bo siste$a %rotetivo "o in6a%az no se "eve inserir o benef46io "e restiti3o'Nrestittio in inte+r$N-. al benef46io 6onsistiria na %rerro+ativa 6onferi"a ao in6a%az "e "esfazer oato %rati6a"o) ain"a e for$al$ente v=li"o) 6aso l&e fosse %re"i6ial.5

    uem melEor e#"licou esse instituto foi e&il':ua! o *enefcio de restituio esta*elecia :ue se oinca"aC realiCasse um ato formalmente "erfeito (de&idamente re"resentando). He esse ato lEe fosse% so*:ual:uer as"ecto % "rejudicial% esse contrato "oderia ser desfeito. 9 menor "oderia rece*er de &olta o :ue"agou. 6magine um menor :ue ti&esse "atrimRnio. De&idamente assistido cele*rou um contrato.

    Perce*endo :ue feC um mal negcio% o *enefcio de restituio da&a ao inca"aC o direito de mesmo tendocele*rado um ato "erfeito% desfaCer o ato% in&ocando a situao de inca"aC e esta*elecendo o status quoante. 6sso &iola o direito ad:uirido e a segurana nas rela+es jurdicas% da no se inserir no sistema"roteti&o da inca"acidade c&el. Dentro da 'lea do contrato% no E' o :ue faCer. @ o risco da &ida "ri&adanegocial.

    9 sistema de inca"acidade foi "rofundamente modificado no digo i&il no&o. DiCia o anterior!

    Ho absolutamente inca"aCes! os menores de 1-% os loucos de todo g$nero% osausentes e os surdosAmudos sem ca"acidade "ara manifestar &ontade.

    Ho relati"amenteinca"aCes! os menores entre 1- e 21% os "rdigos e os sil&colas.

    9 N mudou totalmente essa disci"lina :ue foi a"erfeioada em 2552.

    60/0 Inapaidade #8soluta 4art0 6B

    !rt. ?o1o absolta$ente in6a%azesde e)ercer pessoalmente os atosda "ida ci"ilO

    A / os menores de dezesseis anos#

    AA / os que, por enfermidade ou defici5ncia mental, no ti"erem onecess2rio discernimento para a pr2tica desses atos#

    AAA / os que, mesmo por causa transit&ria, no puderem e)primir sua"ontade.

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    6 O enores de 1- anos! so cEamados de menores im"I*eres. 9 menor de 1 anos "ode serou&ido em audi$ncia De"ende. L' situa+es no sistema em :ue de&e ser ou&ido. 9 7 esta*elece :ueos adolescentes com 12 anos com"letos de&em ser ou&idos. as E' situa+es em :ue a lei no fala. 9juiC% diante de um menor a*solutamente inca"aC% "oder' ou&iAlo laro :ue sim. 7 &ontade do menor no &inculati&a do magistrado. m direito de famlia% &eremos um "rojeto de lei so*re a cEamada alienao"arental. sse "rojeto esta*elece um sistema :ue &isa coi*ir im"ondo san+es :ue "ode cEegar de uma

    ad&ert$ncia a "erda do "oder familiar :uando os "ais usam os filEos "ara atingir o cRnjuge. 6sso se cEamaalienao "arental. 9 juiC tem :ue &erificar o interesse e#istencial do menor. 9 juiC &ai ou&ir um menorde anos so*re guarda. 7 &ontade dela no &inculati&a do juiC% mas de&e ser ou&ida.

    O+S0! ! "es%eito "a in6a%a6i"a"e absolta "o $enor abaio "os 1H anos "e i"a"e) a savonta"e J relevante) ain"a e no vin6lativa) no e tan+e sita3Oes eisten6iais 'enn6ia"o 1(8)"a ( Morna"a "e ireito Civil-.5

    +nunciado -?< 8@H(9 / !rt. ?CO ! "ontade dos absolutamente incapazes,na %ip&tese do inc. A do art. ?o, juridicamente rele"ante naconcretizao de situaes e)istenciais a eles concernentes, desde quedemonstrem discernimento bastante para tanto.

    66 O uem sofre de enfermidade ou defici$ncia mental :ue a "ri&e com"letamente dediscernimento "ara a "r'tica de ato jurdico. Nunca falar em "ro&a :ue a*solutamente inca"aC o loucode todo g$nero.

    ,sta in6a%a6i"a"e absolta) %or enfer$i"a"e o "efi6iEn6ia $ental) "eve ser aferi"a no boo"e $ %ro6e"i$ento "e inter"i3o 'arts. 1.177 e ss.) "o CPC-) no$ean"o#se ao in6a%az inter"ita"o $6ra"or.5

    Para &erificar a enfermidade ou doena mental :ue "ri&e o inca"aC de discernimento o juiCconduC um "rocedimento de interdio. uando o juiC "rofere a sentena% :ue^e "u*licada% registrada%

    la&rado termo de curatela e o curatelado% a:uele :ue foi reconEecido inca"aC% "assa a ter direito a um*enefcio "re&idenci'rio. esmo Ea&endo efeito "re&idenci'rio% :uem conduC o "rocedimento deinterdio o juiC de direito e no o juiC federal. Por :ue isso Por:ue se trata de ao de estado. 7s a+ese "rocedimentos :ue diCem res"eito ao estado% status% da "essoa% de&em ser conduCidos "elo juiC dedireito. No momento em :ue o juiC de direito "rofere a sentena de interdio% reconEecida ainca"acidade a*soluta% lEe foi nomeado um curador% ele foi interditado. 9s atos :ue ele &enEa a "raticar a"artir da% mesmo :ue em momentos de lucideC (E' doenas cclicas% com tem"o de "sicose)% se ele"raticar um ato sem a "artici"ao do seu curador% o ato &'lido

    Se o inter"ita"o in6a%az vier a %rati6ar $ ato) ain"a e e$ $o$ento "e l6i"ez) se$ a%arti6i%a3o "o se 6ra"or) este ato J nlo "e %leno "ireito.5

    Por isso a sentena "u*licada% sai edital dando ci$ncia a terceiros...

    6magine a seguinte situao! :uando o inca"aC interditado todo ato "raticado sem o curador in&'lido. na Ei"tese da:uele :ue "adece de enfermidade "ri&ati&a de discernimento e :ue ainda no foiinterditado

    ato praticado pelo incapaz ainda no interditado pode "ir a ser impugnado, por e)emplo, porum parente, a posteriori 9 direito *rasileiro omisso a res"eito. 9 N no res"onde a essa "ergunta.Para res"onder a essa "ergunta% de&o ir na doutrina e no direito com"arado!

    Krlan"o Go$es) a$%aran"o#se no "ireito italiano) estabele6e e o ato %o"er= ser invali"a"ose 6on6orrere$ trEs reisitos 1- ! "e$onstra3o "a in6a%a6i"a"eQ 2- ! %rova "o %re4zo sofri"o %elo

    in6a%azQ (- =#fJ "a otra %arte.5

    omo se trata de algo no enfrentado "elo N% sem"re "erigoso em concurso. 7 doutrina% emgeral% tende a essa "osio de 9rlando ?omes. Hil&io 4odrigues "ondera o "erito :ue e#iste em torno da

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    m'Af da outra "arte. 7 mar da outra "arte "ode ser deduCida das circunstQncias do negcio. #em"lo!inca"aC &ende "or deC o :ue &alia oitenta. PodeAse deduCir% "or essa circunstQncia% a m'Af da outra "arte.

    Silvio @o"ri+es 6on6li e a $=#fJ %o"e ser 6ir6nstan6ial$ente "e$ostra"a. K art. A0()"o C*"i+o "a Fran3a) refor3a a tese "efensiva "a invali"a"e "o ato %rati6a"o %elo in6a%az nointer"ita"o.5

    !rt. 7E?, do @&digo @i"il (ranc5s. s atos anteriores 6 interdiopodero ser anulados se a causa da interdio e)istia anteriormente 6poca em que tais atos foram praticados.

    7 sentena na interdio declaratria da inca"acidade. la reconEece algo :ue j' e#istia. @ o:ue diC o art. 53% do digo da Frana. @ to de natureCa declaratria :ue no momento em :ue o juiCreconEece a inca"acidade% o ato "raticado "or ele% mesmo :ue no interditado% "ode ser in&alidado eis :uea inca"acidade anterior ao reconEecimento judicial.

    666 O PegadinEa de concurso. 9 inciso 666 trata do caso da doena mental No. 7 doena mental%como causa de inca"acidade a*soluta% est' no inciso 66. 9 inciso 666 diC outra coisa! :ue a*solutamenteinca"aC a:uele :ue se encontra su*metido a uma causa transitria ou "ermanente e no "ode e#"rimir a

    sua &ontade. ,odo a:uele :ue &i&encie situao de falta de discernimento a*solutamente inca"aC.7"licao "erfeita disso! algum em coma. 9 estado de coma t"ica situao transitria ou "ermanente:ue "ri&a totalmente a "essoa de discernimento. 6magina o deses"ero da famlia se no "udesse le&antar odinEeiro do "aciente em coma "ara "agar as des"esas do Eos"ital 6sso "erfeitamente "oss&el comfundamento no inciso 666% do art. 3B. 6sso no doena mental. @ causa e#gena. 6sso "ode ser&ir defundamento "ara um al&ar' judicial.

    9s surdosAmudos :ue no conseguem se e#"ressar se englo*am no inciso 666 (o digo i&il de11- era e#"resso :uanto a eles). Loje no. Por conta de uma causa "ermanente (surdeC)% soconsiderados% im"licitamente "elo inciso 666% como a*solutamente inca"aCes.

    K in6iso III) ao re6on&e6er a in6a%a6i"a"e absolta "a %essoa e) %or 6asa transit*ria o

    %er$anente) estea i$%e"i"a "e "is6erni$ento) i$%li6ita$ente 6onte$%lo o sr"o#$"o se$&abili"a"e es%e6ial %ara $anifestar vonta"e) o al J v4ti$a "e $a 6asa %er$anente %rivativa "e"is6erni$ento.5

    9s e#em"los so &'rios! turista aceitou um cEiclete em cidade litorQnea e caiu no

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    os ndios No se fala mais em sil&colas. 9lEa a no&idade. 7 ca"acidade os ndios ser'regulada "or lei es"ecial. 9 N la&ou as suas mos :uanto ao ndio. No trata mais da ca"acidade dondio.

    K;S. K ,statto "o n"io) Lei n.D H.001/7() e$ se art. 8D) 6onsi"era 6o$o re+ra +eral ain6a%a6i"a"e absolta "o 4n"io e no revele 6ons6iEn6ia "o ato %rati6a"o.5

    6sso "ara a:uele ndio :ue no tem contato com a ci&iliCao.

    A0 E9EITOS D# RED'JKO D# #IORID#DE CIVIL

    uando o N feC reduCiu a maioridade% isso gerou uma srie de indaga+es. ssa reduocausou im"acto em outros cam"os do direito. 7:ui% &amos tra*alEar dois as"ectos da reduo damaioridade ci&il!

    A0/0 E.eitos da redu)*o da maioridade no ampo pre,idenirio

    uando o N entrou em &igor% Eou&e "ol$mica "or:ue a regra de "agamento do de"endente da"re&id$ncia at 21 anos. 9 ?o&erno Federal colocou uma "' de cal na discusso. m dos enunciadostam*m coloca.

    ! nota 'isso J 6o$o se fosse $a instr3o nor$ativa- S!M nD 2/200( "a Casa Civil "aPresi"En6ia "a @e%bli6a) assi$ 6o$o o ,nn6ia"o 0() "a 1 Morna"a "e ireito Civil) fiara$ oenten"i$ento "e e no @e+i$e Geral "e ;enef46ios "a Previ"En6ia So6ial) o li$ite et=rio "e

    %a+a$ento %er$ane6e aos 21 anos "e i"a"e) e$ virt"e "e nor$a es%e6ial.5

    nto% a legislao "re&idenci'ria% "or ser norma es"ecial% continua a ser a"licada. 9 *enefcio%no sistema da "re&id$ncia% "ermanece o "agamento sendo feito at os 21 anos.

    nunciado 3 da 1V Jornada de Direito i&il O !rt. 7CO ! reduodo limite et2rio para a definio da capacidade ci"il aos -< anos noaltera o disposto no art. ->, A, da 'ei n.

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    1mula ?7em*rar do senso comum! Deu meia noite% todos cum"rimentam o ani&ersariante. Ningumes"era o dia aca*ar.

    50/0 Coneito e Esp>ies

    manci"ao traduC uma forma de anteci"ao da ca"acidade "lena% "odendo ser!

    ;olunt'ria Judicial >egal

    Emanipa)*o Voluntria 4art0 5B= nio= I= /M parte

    ssa emanci"ao% "re&ista no art. B% ` Inico% 6 (1V "arte) a:uela concedida "elos "ais ou "orum deles na falta do outro% em arter irre,og,el% mediante instrumento "I*lico inde"endentemente deEomologao do juiC desde :ue o menor tenEa 1- anos com"letos.

    Desde a onstituio de 100% no E' a "rimaCia do "ai. @ um ato dos "ais ou de :ual:uer delesna falta do outro.

    se s a me ti&er a guarda do filEo% ela soCinEa com toda documentao em dia e com a guardado filEo Eomologada na sentena% mas sem a autoriCao "ai% "ode emanci"ar Negati&o. 7 emanci"ao um ato dos "ais. 7t "or:ue no momento :ue &c emanci"a% &c e#tingue o "oder familiar. 7 me "ode tera guarda% mas o "ai tem o "oder familiar. 7 emanci"ao &olunt'ria um ato conjunto se os dois forem&i&os. H na falta de um :ue "ode ser feita s "elo outro.

    7lm disso% la&rado em instrumento "I*lico% registrado no cartrio do registro ci&il denascimento do menor% inde"endentemente de Eomologao do juiC. No de"ende de sentena do juiC.

    9 menor "recisa autoriCar a emanci"ao "elo "ai 7 lei no diC. 9 menor no "recisa autoriCar a

    emanci"ao% at "or:ue menor. le "artici"a do ato emanci"atrio "or:ue esse ato re"ercute na esferajurdica dele% mas isso no significa :ue esse menor tem o "oder de autoriCar ou no seus "ais.

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    9 digo i&il% no art. 125% esta*elece duas situa+es em :ue o casamento "ode se dar a*ai#odos 1- anos de anos! diante de gra&ideC e "ara e&itar im"osio e cum"rimento de "ena criminal. uandoo "rofessor cEegar em famlia &ai e#"licar isso.

    !in"a e ven&a a se se%arar o "ivor6iar %osterior$ente) a e$an6i%a3o "e6orrente "o6asa$ento %er$ane6e.5

    se o casamento for anulado ou declarado nulo% a emanci"ao "ersiste 6sso foi "erguntado "eloP. 9 di&rcio gera efeitos e) nunc(dali "ra frente)% mas a "ergunta no essa. 7 :uesto trata deanulao. ssa matria no sim"les. m famlia &eremos :ue a doutrina no se entende :uanto aosefeitos da sentena :ue in&alida o casamento. 9 "rofessor segue a linEa da:ueles :ue entendem :ue asentena :ue declara nulo o casamento no tem efeitos "ara o futuro% mas "ara o "assado. 9 fato :uegrande "arte da doutrina entende :ue o sujeito :ue se casou em 2553 tem o seu casamento anulado "orsentena Eoje% a sentena retroage os seus efeitos (efic'ciae) tunc)% de maneira :ue se a sentena :uein&alida o casamento tem efeitos retroati&os% logicamente% :ue a emanci"ao "erder' efeitos% sal&o naEi"tese do casamento "utati&o% em :ue se mantm alguns efeitos do casamento "or conta da *oaAf.

    uem tem o casamento in&alidado retorna ao status ci&il de solteiro "or:ue o registro

    cancelado.

    No direito canRnico assim. 7 Inica Ei"tese de se casar no&amente "erante a 6greja atlica :uando se tem o "rimeiro matrimRnio anulado "or:ue a anulao faC retroagir os efeitos do casamento.

    Se+in"o a 6orrente e sstenta a retroativi"a"e "os efeitos "a senten3a e invali"a o6asa$ento 'F=bio art6e) Fernan"o Si$o) Cristiano C&aves) Teno Veloso-) 6on6l4$os e ae$an6i%a3o "e6orrente "esa%are6e.5

    b- ,er646io "e e$%re+o %bli6o efetivo

    uando o digo i&il diC isso% logicamente :ue isso se estende ao cargo "I*lico. Na &erdade% o

    legislador :uis diCer :ue o e#erccio de uma funo "u*lica efeti&a (cargo ou em"rego) emanci"a. 6sso comum 7lgum "ode se emanci"ar Eoje no rasil assumindo um e#erccio "I*lico efeti&o a*ai#o dos 10anos No. 6sso dificlimo. as na funo "I*lica da carreira militar% ela "ode iniciar aos 1/ anos deidade. 7 carreira militar nos d' um *om e#em"lo de e#erccio de funo "I*lica :ue "ode emanci"ar.

    6- Cola3o "e +ra e$ 6rso "e ensino s%erior

    De ocorr$ncia ainda mais difcil :ue a situao anterior. 7lgum conEece algum :ue tenEaconcludo curso su"erior a*ai#o dos 10 anos de idade. H se conseguir entrar na uni&ersidade com 13anos e se formar com menos de 10. esmo na &ig$ncia do digo anterior% em :ue a maioridade ci&il eraalcanada aos 21 anos% isso era difcil de ocorrer. aiu em uma "ro&a da 7? confundindo isso com aa"ro&ao no &esti*ular. ra "ra marcar errada.

    "- ,stabele6i$ento 6ivil) 6o$er6ial o ,er646io "a rela3o "e e$%re+o "es"e e o $enor6o$ 1H anos 6o$%letos ten&a e6ono$ia %r*%ria.

    manci"aAse "or fora de lei (com sentena :ue decorre de lei).

    7 diferena entre esta*elecimento ci&il e comercial ser' feita na semana :ue &em. H "araadiantar!

    9 esta*elecimento ci&il traduC o e#erccio de uma ati&idade no em"resarial. #em"lo! ser&ioartstico ou cientfico. 9 menor com 1- anos com"letos um e#mio mIsico e "rofessor de &iolo em

    uma sala alugada. le tem um esta*elecimento ci&il. 9u "rofessor de ingl$s% de matem'tica...

    9 esta*elecimento comercial traduC o e#erccio de uma ati&idade em"resarial. #em"lo! com"rae &enda de &erduras. 7contece muito no interior. 9 menor monta uma :uitanda "ara re&ender os "rodutos

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    :ue com"ra no cam"o. Por conta deste "e:ueno esta*elecimento comercial% j' com 1- anos com"letos eeconomia "r"ria est' emanci"ado com fora de lei.

    9 N ino&ou :uando esta*eleceu :ue E' emanci"ao em &irtude da relao de em"rego desde:ue o menor com 1- anos com"letos tenEa economia "r"ria. 7 onstituio fi#ou a ca"acidade la*orarem 1- anos. 7*ai#o disso% o menor "ode tra*alEar como a"rendiC. uantos menores% com 1/ anos%

    tra*alEam no sEo""ing da cidade% &endedor da loja% com carteira assinada% esto emanci"ados e nemimaginam. He algum resol&e litigar com esse menor emanci"ado% "ode colocar em "reliminar na inicial:ue esse menor j' emanci"ado% tem ca"acidade "lena "or:ue menor em"regado% 1- anos com"letos eeconomia "r"ria.

    que significa e6ono$ia %r*%ria uer seja no esta*elecimento ci&il% :uer seja noesta*elecimento comercial% :uer seja na relao de em"rego% o menor com 1- anos com"letos s seemanci"a tendo economia "r"ria.

    6sso faC lem*rar uma "ro&a da magistratura a"licada E' "ouco :ue "erguntou o seguinte! que siste$a aberto no direito ci"il 7 res"osta a essa indagao nos remeter' a res"osta K "rimeiraindagao.

    uando o codificador ela*orou o cdigo de 2552 dei#ou claro :ue um dos "rinc"ios do no&ocdigo ci&il o cEamado prin3pio da opera8ilidade. 9 :ue tem isso a &er com sistema a*erto Nossasociedade mudou imensamente. Por conta disso% o legislador "erce*eu :ue o direito no "oderiaconsagrar o sistema fecEado% como o cdigo da Frana "retendeu. Loje% o direito mundial% consagrasistemas a*ertos.

    m sistema a8erto de normas um sistema "ermeado de conceitos &agos e cl'usulas gerais.uanto mais conceitos &agos um sistema conti&er% melEor a a"licao concreta da norma. @ o :ue iguel4eale cEama de "rinc"io da o"era*ilidade. 9 o"erador o"era melEor a norma se ela conti&er conceitos&agos a serem "reencEidos no caso concreto. sse conceito de economia "r"ria tem tudo a &er comsistema a*erto% :ue um conceito &ago a ser "reencEido no caso concreto.

    K C*"i+o Civil brasileiro inte+ra $ siste$a r4"i6o aberto) %er$ea"o "e 6l=slas +erais e6on6eitos va+os o in"eter$ina"os. Se+n"o o %rofessor i+el @eale) lz "o %rin64%io "ao%erabili"a"e) tais 6on6eitos "evero ser %reen6&i"os observan"o as 6ara6ter4sti6as "o 6aso 6on6reto'e6ono$ia %r*%ria) sta 6asa e ris6o so ee$%los "e 6on6eitos va+os o abertos-.5

    7rruda 7l&im diC :ue os conceitos a*ertos so e#"ress+es de &alores. conomia a*erta e#"resso de &alor. a*er' ao juiC "reencEer o :ue se entende "or economia "r"ria no caso concreto"ara melEor a"licar a norma. Por isso% iguel 4eale utiliCa a e#"resso princpio da operabilidade.9legislador no esta*eleceu um critrio "ara definir economia "r"ria. a*e ao juiC faCer isso no casoconcreto. nto% "ergunto!

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    K 6ritJrio e a 6o$ni"a"e 6ient4fi6a $n"ial te$ a"ota"o J a $orte en6ef=li6a comoreferencial mais seguro do momento da morte, inclusi"e para efeito de transplante 8no Trasil, "er

    4esoluo -:C! eistEn6ia "a %essoa natral ter$ina 6o$ a $orte#presume/se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza aabertura de sucesso definiti"a.

    7 "rimeira "arte do artigo traC a regra geral. No momento em :ue declarado o *ito% este le&ado a registro.

    9H! (6m"ortante "ara concurso "ara not'rio)! ! morte de"e ser atestada por um profissionalda medicina, podendo tambm ser declarada por duas testemun%as, na falta do especialista.

    Hituao "ouco comum. 7 lei de registros "I*licos fala isso% mas a regra no essa. 7 regra :ueseja declarada "or um "rofissional de medicina. 9 mdico e#amina o cad'&er% declara o *ito% a

    documentao en&iada ao cartrio de registro ci&il :ue e#"ede a guia de se"ultamento e faC o registrodo *ito no >i&ro de U*itos. De"ois ser' a*erto in&ent'rio% etc.

    orte RE#L! Essa morte% :ue aferida K luC do cor"o% do cad'&er% a morte cEamada de mortereal. @ a:uela :ue "ressu"+e a an'lise do cor"o morto.

    orte "RES'ID#! 9 digo i&il esta*elece% alm da Ei"tese de morte real% duas Ei"tesesde morte "resumida!

    / orte "resumida COdecretao de aus$ncia.

    2 orte "resumida SEdecretao de aus$ncia O so dois os casos!

    a morte "ro&'&el de :uem esta&a em "erigo de &ida_

    8 desa"arecidoG"risioneiro no for encontrado at dois anos a"s o trminoda guerra.

    / orte presumida CO dereta)*o de #'S(NCI# 4art0 GB= 2M parte

    !rt. >C ! e)ist5ncia da pessoa natural termina com a morte Q%res$e#se esta) anto aos asentes) nos 6asos e$ e a lei atoriza aabertra "e s6esso "efinitiva.

    onceito! !us5ncia ocorre quando uma pessoa desaparece do seu domiclio sem dei)ar do seudomiclio sem dei)ar notcias ou representante que administre os seus bens 8"er apostila no material deapoioO Ge)to @omplementar E- Q p2g. ?

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    registrar atos como a aus$ncia. uando o juiC a*re a sucesso definiti&a% nesse momento% ele considerado morto "or "resuno.

    O+S0! ! senten3a "e asEn6ia no J re+istra"a no livro "e *bito) $as si$) e$ livro es%e6ial.5

    O "RO9ESSOR 9OI EN9TICO N# RECOEND#JKO DE EST'D#R

    ESS##TPRI#"EL#LEISEC#E"ELO#TERI#LDE#"OIO0 #SSI=CO"IEI NO :'E T#N$E Q #'S(NCI#= T#NTO # LEI SEC#CORREL#T#= :'#NTOOCO"I#DODOTETOCO"LEENT#R/4"$0 6= D# #"OSTIL# / DO "RO9ESSOR "R# "O'"#RTR#+#LO0 P O:'EV#ITR#NSCRITO#DI#NTE= #TPCOEJ#R#ORTE"RES'ID#SEDECRET#JKODE#'S(NCI#= :'EP#DO#RT0 B0

    7 aus$ncia % antes de tudo% um estado de fato% em :ue uma "essoa desa"arece de seu domiclio%sem dei#ar :ual:uer notcia.

    ;isando a no "ermitir :ue este "atrimRnio fi:ue sem titular% o legislador traou o "rocedimento

    de transmisso desses *ens (em &irtude da aus$ncia) nos arts. 22 a 3% do N e tam*m nos arts. 1.1 a1.1-% do P (cuja leitura se recomenda% "or se tratar de matria minuciosamente "ositi&ada O eutranscre&i).

    9 N reconEece a aus$ncia como uma morte "resumida% em seu art. -B% a "artir do momento em:ue a lei autoriCar a autoriCar a a*ertura da sucesso definiti&a.

    Para se cEegar a esse momento% "orm% um longo caminEo de&e ser cum"rido% como a seguir&eremos.

    a Curadoria dos +ens do #usente0

    7 re:uerimento de :ual:uer interessado direto ou mesmo do P% ser' nomeado curador% :ue"assar' a gerir os negcios do ausente at o seu e&entual retorno.

    !rt. 00. Mesaparecendo uma pessoa do seu domiclio sem dela%a"er notcia, se no %ou"er dei)ado representante ou procurador aquem caiba administrar/l%e os bens, o juiz, a requerimento de qualquerinteressado ou do Kinistrio Pblico, declarar2 a aus5ncia, e nomear/l%e/2 curador.

    Na mesma situao se en:uadrar' a:uele :ue% tendo dei#ado mandat'rio% este Iltimo se encontreim"ossi*ilidade% fsica ou juridicamente (:uando seus "oderes outorgados forem insuficientes)% ou

    sim"lesmente no tenEa interesse em e#ercer o mInus.!rt. 0?. Gambm se declarar2 a aus5ncia, e se nomear2

    curador, quando o ausente dei)ar mandat2rio que no queira ou nopossa e)ercer ou continuar o mandato, ou se os seus poderes foreminsuficientes.

    !rt. 0:. juiz, que nomear o curador, fi)ar/l%e/2 os poderes eobrigaes, conforme as circunstNncias, obser"ando, no que foraplic2"el, o disposto a respeito dos tutores e curadores.

    9*ser&e :ue essa nomeao no discricion'ria% esta*elecendo a lei uma ordem legal estrita e

    sucessi&a% no caso de im"ossi*ilidade do anterior% a sa*er!

    1. 9 cRnjuge do ausente% se no esti&er se"arado judicialmente% ou de fato "or mais de doisanos antes da declarao da aus$ncia_

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    U 0C s ascendentes, os descendentes e o c3njuge, uma "ezpro"ada a sua qualidade de %erdeiros, podero, independentemente degarantia, entrar na posse dos bens do ausente.

    m todo caso% a "ro&isoriedade da sucesso e&idente na tutela legal% Eaja &ista% "or e#em"lo% o:ue e#"ressamente determinado "elo art. 31 8!rt. ?-. s im&"eis do ausente s& se podero alienar,

    no sendo por desapropriao, ou %ipotecar, quando o ordene o juiz, para l%es e"itar a runa )% *emcomo "elo :ue diC o art. 2 8!rt. 0=. !ntes da partil%a, o juiz, quando julgar con"eniente, ordenar2 acon"erso dos bens m&"eis, sujeitos a deteriorao ou a e)tra"io, em im&"eis ou em ttulos garantidos

    pela Vnio.).

    m as"ecto de natureCa "rocessual da mais alta significao% na idia de "reser&ao% ao m'#imo%do "atrimRnio do ausente% a esti"ulao% "elo art. 20% do "raCo de 105 dias "ara "roduo de efeitos dasentena :ue determinar a a*ertura da sucesso "ro&isria% a"s o :ue% transitando em julgado% "rocederAseA' K a*ertura do testamento% caso e#istente% ou ao in&ent'rio e "artilEa dos *ens% como se o ausenteti&esse falecido.

    !rt. 0

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    judicial "ara a retirada dos gra&ames im"ostos O "odendo os interessados re:uerer o le&antamento dascau+es "restadas.

    !rt. ?;. Mez anos depois de passada em julgado a sentena queconcede a abertura da sucesso pro"is&ria, podero os interessadosrequerer a sucesso definiti"a e o le"antamento das caues prestadas.

    sta "lausi*ilidade maior do falecimento "resumido reforado% em uno da e#"ectati&a mdiade &ida do Eomem% admitindo o art. 30 a "ossi*ilidade de re:uerimento da sucesso definiti&a% "ro&andoAse :ue o ausente conta oitenta anos de idade% e :ue de cinco datam as Iltimas notcias dele.

    !rt. ?. 1e o ausente aparecer, ou se l%e pro"ar a e)ist5ncia,depois de estabelecida a posse pro"is&ria, cessaro para logo as"antagens dos sucessores nela imitidos, ficando, toda"ia, obrigados atomar as medidas assecurat&rias precisas, at a entrega dos bens a seudono.

    He a sucesso% toda&ia% j' for definiti&a% ter' o ausente o direito aos seus *ens% se ainda inclumes%no res"ondendo os sucessores Ea&idos "ela sua integridade% conforme se &erifica no art. 3% nosseguintes termos!

    !rt. ?=. 4egressando o ausente nos dez anos seguintes 6 abertura

    da sucesso definiti"a, ou algum de seus descendentes ou ascendentes,aquele ou estes %a"ero s& os bens e)istentes no estado em que seac%arem, os sub/rogados em seu lugar, ou o preo que os %erdeiros e

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    demais interessados %ou"erem recebido pelos bens alienados depoisdaquele tempo.

    Par2grafo nico. 1e, nos dez anos a que se refere este artigo, oausente no regressar, e nen%um interessado promo"er a sucessodefiniti"a, os bens arrecadados passaro ao domnio do Kunicpio ou do

    Mistrito (ederal, se localizados nas respecti"as circunscries,incorporando/se ao domnio da Vnio, quando situados em territ&riofederal.

    9H.! Hituao interessante diC res"eito ao efeito dissolutrio do casamento% decorrenteda aus$ncia% admitido "elo no&o digo i&il% em seu art. 1/1% ` 1B!

    U 1D K 6asa$ento v=li"o s* se "issolve %ela $orte "e $ "os 6Rn+es o%elo "iv*r6io) a%li6an"o#se a %resn3o estabele6i"a neste C*"i+o anto aoasente.5

    CDI$O DE "ROCESSO CIVIL!

    C#"&T'LO VIDOS +ENS DOS #'SENTES

    !rt. -.-7=. Mesaparecendo algum do seu domiclio sem dei)arrepresentante a quem caiba administrar/l%e os bens, ou dei)andomandat2rio que no queira ou no possa continuar a e)ercer o mandato,declarar/se/2 a sua aus5ncia.

    !rt. -.->E. juiz mandar2 arrecadar os bens do ausente e nomear/l%e/2 curador na forma estabelecida no @aptulo antecedente.

    !rt. -.->-. (eita a arrecadao, o juiz mandar2 publicar editaisdurante - 8um9 ano, reproduzidos de dois em dois meses, anunciando aarrecadao e c%amando o ausente a entrar na posse de seus bens.

    !rt. -.->0. @essa a curadoriaOA / pelo comparecimento do ausente, do seu procurador ou de quem o

    represente#AA / pela certeza da morte do ausente#

    AAA / pela sucesso pro"is&ria.

    !rt. -.->?. Passado - 8um9 ano da publicao do primeiro edital semque se saiba do ausente e no tendo comparecido seu procurador ourepresentante, podero os interessados requerer que se abra

    pro"isoriamente a sucesso.

    U -o @onsideram/se para este efeito interessadosO

    A / o c3njuge no separado judicialmente#AA / os %erdeiros presumidos legtimos e os testament2rios#AAA / os que ti"erem sobre os bens do ausente direito subordinado 6

    condio de morte#AR / os credores de obrigaes "encidas e no pagas.

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    U 0o (indo o prazo deste artigo e no %a"endo absolutamenteinteressados na sucesso pro"is&ria, cumpre ao &rgo do Kinistrio Pblicorequer5/la.

    !rt. -.->:. interessado, ao requerer a abertura da sucessopro"is&ria, pedir2 a citao pessoal dos %erdeiros presentes e do curador e,

    por editais, a dos ausentes para oferecerem artigos de %abilitao.

    Par2grafo nico. ! %abilitao dos %erdeiros obedecer2 ao processodo art. -.E7;.

    !rt. -.->7. ! sentena que determinar a abertura da sucessopro"is&ria s& produzir2 efeito > 8seis9 meses depois de publicada pelaimprensa# mas, logo que passe em julgado, se proceder2 6 abertura dotestamento, se %ou"er, e ao in"ent2rio e partil%a dos bens, como se o ausente

    fosse falecido.

    Par2grafo nico. 1e dentro em ?E 8trinta9 dias no comparecerinteressado ou %erdeiro, que requeira o in"ent2rio, a %erana ser2considerada jacente.

    !rt. -.->>. @umpre aos %erdeiros, imitidos na posse dos bens doausente, prestar cauo de os restituir.

    !rt. -.->;. ! sucesso pro"is&ria cessar2 pelo comparecimento doausente e con"erter/se/2 em definiti"aO

    A / quando %ou"er certeza da morte do ausente#AA / dez anos depois de passada em julgado a sentena de abertura da

    sucesso pro"is&ria#

    AAA / quando o ausente contar um desses temas= semgrandes di,aga)Wes te-rias e ue 8asta a leitura da lei para esgotar o assunto.

    2 orte presumida SE dereta)*o de #'S(NCI# 4art0 B

    !rt. ;C Pode ser declarada a morte presumida, sem decretaode aus5nciaO

    A / se for e)tremamente pro"2"el a morte de quem esta"a emperigo de "ida#

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    AA / se algum, desaparecido em campan%a ou feito prisioneiro,no for encontrado at dois anos ap&s o trmino da guerra.

    Par2grafo nico. ! declarao da morte presumida, nessescasos, somente poder2 ser requerida depois de esgotadas as buscas ea"eriguaes, de"endo a sentena fi)ar a data pro"2"el do falecimento.

    7lm da Ei"tese da aus$ncia% E' outra situao de morte "resumida a "re&ista no art. /B dodigo i&il rasileiro e :ue no&idade no digo i&il No&idade antes a"enas "re&ista na >ei de4egistros PI*licos.

    7:ui ele no sim"lesmente sumiu le desa"areceu em circunstQncias :ue nos le&am a crer :ueele morreu realmente% ou seja% se esta&a em "erigo de &ida (caso do lisses ?uimares)% se desa"arece em?uerra.

    Nesses casos o "rocedimento no de aus$ncia% de justificao (ou&e testemunEas% analisadocumentos). Neste "rocedimento% o juiC colEe a "ro&a e "rofere sentena declarando o *ito.

    Bas &i%*teses "o art. 7 D) eiste $ %ro6e"i$ento "e stifi6a3o e$ e o iz 6ol&e a %rovae) %or senten3a) "e6lara *bito.5

    sta sentena de&e ser registrada no li&ro de *ito mesmo. 7:ui no aus$ncia. @ proedimentode

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    LIVRO I % D#S "ESSO#S

    T&T'LO II % D#S "ESSO#S 1'R&DIC#SC#"&T'LO I % DIS"OSIJXES $ER#ISC#"&T'LO II % D#S #SSOCI#JXESC#"&T'LO III % D#S 9'ND#JXES

    /0 "ESSO# 1'R&DIC#

    9 ser Eumano greg'rio "or e#cel$ncia. 9 Eomem "rocura o Eomem. 7 teoria da "essoa jurdicatem a sua ess$ncia na sociologia "or:ue o Eomem greg'rio "or e#cel$ncia. le tende a se agru"ar.Dentro desta "ers"ecti&a% do as"ecto greg'rio% ele tende a faCer isso "ara o *em e "ara o mal (formao de:uadrilEa ou *ando no direito "enal).

    7 "essoa jurdica nasce como decorr$ncia do fato associati&o (&er Hociologia Jurdica O7ntRnioacEado Neto).

    6sso &erdade "or:ue o conceitoA*ase de "essoa jurdica tem cone#o com esse fato associati&o.as e#iste um ti"o de "essoa jurdica es"ecial :ue no nasce desse fato associati&o. "or isso ela

    es"ecial. ,rataAse das funda+es% :ue &eremos na semana :ue &em.

    /0/0 Coneito

    ! %essoa r4"i6a J o +r%o &$ano) 6ria"o na for$a "a lei) e "ota"o "e %ersonali"a"er4"i6a %r*%ria) %ara a realiza3o "e fins 6o$ns.5

    ,ei#eira de Freitas no cEama&a "essoa jurdica de "essoa jurdica% se referia a ela como

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    /020 Teorias E7pliati,as da "essoa 1ur3dia

    Duas grandes correntes se *ifurcaram!

    orrente NE$#TIVIST# O Planiol% Duguit e outros. +sta corrente, como o nome est2 aindicar, nega"a ser a pessoa jurdica sujeito de direito. m outras "ala&ras% no aceita&a a ti"ologia.

    Nega&a autonomia% nega&a o reconEecimento da "essoa jurdica como sujeito de direito. DiCiam :ue noE' "essoa jurdica "or:ue diCiam :ue era um "atrimRnio coleti&o ou um condomnio% gru"o de "essoasfsicas reunido. ssa corrente no &ingou. as Na ci$ncia do direito ganEou fora a corrente seguinte

    orrente #9IR#TIVIST#O ! corrente afirmati"ista aceita"a a teoria da pessoa jurdica, ouseja, recon%ecia a pessoa jurdica como sujeito de direito.Dentro dessa teoria% "ulularam inImerasteorias. No d' "ra falar de todas. as E' a teoria elseniana% lgicoAformal% E' a teoria institucionalista% a"essoa jurdica uma instituio. Dentre todas% destacamos tr$s teorias "rinci"ais dentro da correnteafirmati&ista :ue aceita&am a ti"ologia da "essoa jurdica!

    Teoria da .i)*o O Mesen"ol"ida por 1a"ignL a partir dopensamento de Sindsc%eid, sustenta"a que a pessoa jurdica seria

    um sujeito com e)ist5ncia ideal, ou seja, fruto da tcnica jurdica.

    Ha&ignM% no seu "ensamento e#tremamente a*stracionista% diCia :ue a "essoa jurdica um sujeitode e#ist$ncia meramente ideal% ou seja% na linEa de "ensamento da teoria da fico a "essoa jurdica noteria uma atuao social. ,eria e#ist$ncia meramente a*strata% li*eral. Heria fruto a"enas da tcnicajurdica% sem :ue ti&esse uma atuao social% uma dimenso social. 9 grande erro do "ensamento deHa&ignM foi ter a*strado demais a "essoa jurdica% negandoAlEe uma atuao social. ma "essoa jurdica%contudo% "artici"a de rela+es sociais% ainda :ue "resentada "or seus mem*ros. as ningum nega :ueuma "essoa jurdica autonomamente "artici"a da &ida social.

    Teoria da realidade o8

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    ou constituti&o da sua "ersonalidade Declaratrio. le a"enas declara o nascimento% a a:uisio da"ersonalidade. 9 :ue "ersonifica a "essoa fsica% no o registro% o nascimento com &ida.

    a "essoa jurdica m :ue momento se "ersonifica Heu registro declaratrio ou constituti&oom a entrada em &igor do cdigo no&o% no E' mais dI&ida! :uem disci"lina a "ersonificao da "essoajurdica% no o digo omercial% derrogado "elo N :ue aca*ou com a "ol$mica. Fica clarssimo

    :ue o registro da "essoa jurdica constituti&o de sua "ersonalidade. @ constituti&o com efic'cia e) nunc.

    9 digo i&il em seu art. firma a natureCa constituti&a do registro da "essoa jurdica% comefic'cia e) nunc. 7 a:uisio da "ersonalidade da "essoa jurdica s se d' a "artir do registro. ssa acorrente inaugurada "elo N!

    !rt. :7. @omea a e)ist5ncia legal das pessoas jurdicas dedireito pri"ado 6o$ a ins6ri3o "o ato 6onstittivo no res%e6tivore+istro, precedida, quando necess2rio, de autorizao ou apro"ao do

    Poder +)ecuti"o, a"erbando/se no registro todas as alteraes por quepassar o ato constituti"o.

    9 registro da "essoa jurdica constituti&o da sua "ersonalidade. Hem ele% no E' :ue se falar emo*ter o NPJ. 7 regra ! a "essoa jurdica "ersonificaAse "elo registro do seu ato constituti&o. as%e#ce"cionalmente% algumas "essoas jurdicas% alm do registro demandam uma autoriCao ou a"ro&aoes"ecfica do Poder #ecuti&o. aio 'rio diC :ue se faltar a autoriCao es"ecfica% a "essoa jurdica ine#istente% "or:ue no *asta o registro.

    O+S0!@e+ra +eral a %ersonifi6a3o "a %essoa r4"i6a) re+ra +eral) "e6orre si$%les$ente "ore+istro "o se ato 6onstittivo) $as) e$ al+$as sita3Oes) J ne6ess=ria $a atoriza3o es%e6ial "e6onstiti3o "a"a %elo Po"er ,e6tivo.5

    #em"lo! ;amos criar um *anco. No *asta o registro do ato constituti&o. ,em :ue terautoriCao es"ecfica de constituio do anco entral. ma o"eradora de "lano saIde tem :ue ter

    autoriCao es"ecfica da 7NH. 7 seguradora% "ara se constituir% tem :ue ter autoriCao es"ecfica daHHP (Hu"erintend$ncia de Heguros Pri&ados).

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    9 direito ci&il tem uma face interessante com o direito em"resarial. 9 "rofessor gosta derecomendar resumos. L' um de direito comercial ("ra :uem no est' com tem"o de ler)% muito *om%a#imiliano (tra*alEo digno de elogio).

    uesto de concursoO que se entende por ente despersonalizadotecnicamente% esses entesno so "essoas jurdicas. 7 "r"ria terminologia nega. aria Lelena DiniC diC :ue esses entes so

    dotados de "ersonalidade anRmala% mas% em &erdade% no so "ersonificados. 7 rigor% "essoas jurdicasno so. 9 :ue esses entes t$m ca"acidade "rocessual. ntes :ue no so "essoas jurdicas% mas temca"acidade "rocessual. #em"lo! es"lio% condomnio. se ti&er NPJ 6sso fico tri*ut'ria. 7 rigor%no "essoa jurdica. No tem estrutura da affectiode um contrato social. assa falida outro e#em"lode ente des"ersonificado.

    /0A0 Esp>ies de "essoa 1ur3dia de Direito "ri,ado

    9 digo i&il diC no seu art. (redao original)! so pessoas jurdicas de direito pri"adoOassociaes, sociedades e fundaes. Na "r#ima semana &eremos cada uma delas. 9 digo i&ildiCia isso% no art. . H :ue o art. 2.531 diCia% na sua redao original% :ue os em"res'rios% associa+es e

    funda+es teriam um "raCo de um ano "ara se ada"tarem ao no&o digo i&il. Foi um deses"ero isso. Heno se ada"tassem% "assariam a funcionar como sociedade irregular. sse artigo 2.531 deses"erou todomundo. uando o digo i&il entra em &igor% dentro da categoria das associa+es% duas classes muitofortes se insurgiram! as organiCa+es religiosas e os "artidos "olticos. Foram at o legislador e disseram:ue no aceita&am se ada"tar da:uele jeito ao N. 9 legislador% ento% modificou o art. :ue "assou adiCer o seguinte!

    !rt. ::. 1o pessoas jurdicas de direito pri"adoO

    A / as associaes#AA / as sociedades#AAA / as fundaes.AR Q as organizaes religiosas# 'In6l4"o %elaLei nD 10.82A/0(-R Q os partidos polticos. 'In6l4"o %elaLei nD 10.82A/0(-5.

    9 legislador retirou do seio da associao a organiCao religiosa e os "artidos "olticos :ue soassocia+es. as "or :ue o legislador feC isso le retirou do conceito de associao a organiCaoreligiosa e o "artido "oltico "ara "ermitir com isso a modificao do art. 2.531. no momento :ue feC essaretirada% "ermitiu mudar tam*m o art. 2.531 :ue diC :ue as "essoas jurdicas% associa+es% sociedades%funda+es e em"res'rios% de&em se ada"tar ao no&o cdigo% sal&o% organiCa+es religiosas e "artidos"olticos. 7s outras organiCa+es (9N?s% associa+es de *airro% etc.) &o ter :ue se ada"tar. 7 raCo de olegislador Ea&er desdo*rado ao rt. % foi "ermitir e#cluir do "raCo de ada"tao as igrejas e os "artidos"olticos.

    art. ::, do @&digo @i"il, fora desdobrado acrescentando/se as organizaes religiosas e ospartidos polticos, para permitir em sequ5ncia, a alterao do art. 0.E?-, e)imindo estas entidades de seadaptarem ao $@@.

    6magina o cEoro das outras associa+es% das sociedades de em"res'rios. ,anto foi o cEoro :ueem*ora o legislador no tenEa e#imido mais ningum% :ue esse "raCo de um ano de ada"tao ao no&odigo i&il foi modificado &'rias &eCes% findando em 11 de janeiro de 255/.

    6sso est' na a"ostila% no t"ico! re&e Hntese do Drama #istencial ;i&ido "elo art. 2.531% doN% ora transcrita!

    +REVE S&NTESE DO ;DR## EISTENCI#L@ VIVIDO

    "ELO #RT0 26/ DO CC!

    9 artigo 2531 do % originariamente% "re&ia :ue!

    20

    http://www3.dataprev.gov.br/sislex/paginas/42/2003/10825.htmhttp://www3.dataprev.gov.br/sislex/paginas/42/2003/10825.htmhttp://www3.dataprev.gov.br/sislex/paginas/42/2003/10825.htmhttp://www3.dataprev.gov.br/sislex/paginas/42/2003/10825.htm
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    !rt. 0.E?-. !s associaes, sociedades e fundaes, constitudas na forma das leis anteriores,tero o prazo de um ano para se adaptarem 6s disposies deste @&digo, a partir de sua "ig5ncia# igual

    prazo concedido aos empres2rios.X

    Posteriormente% sofreu a interfer$ncia de dois di"lomas legais (>eis 15.02 de 2553 e 15.030 de255)% :ue resultou nas seguintes mudanas! a*riuAse um "ar'grafo Inico "ara e#cluir organiCa+es

    religiosas (igrejas) e "artidos "olticos da sujeio ao "raCo de ada"tao e a dilatao "ara dois anos do"raCo "re&isto "ara os em"res'rios e demais entidades ada"tarem os seus atos constituti&os.

    m seguida% a edida Pro&isria 23 de 15A51A255 estenderia mais uma &eC o "raCo legal "ara11 de janeiro de 255-. % mais recentemente% a >ei nB 11.12/% de 20A5-A255 alargaria o "raCo mais uma&eC% "ara fi#ar como termo final o dia 11 de janeiro de 255/.

    Hegundo o "rofessor 4icEard Domingos% eis algumas conse:$ncias da noAada"tao a este"raCo!

    J!s piores conseqY5ncias soO impedimento de participao em licitaes# impossibilidade deabertura de contas banc2rias# impedimento de obter emprstimos e financiamentos# impedimentos de

    fornecer produtos ou ser"ios para grandes empresas e, terem o contrato considerado irregular, o quefaz com que as responsabilidades dos s&cios passem a ser ilimitadas e no mais restrita ao "alor docapital social, podendo os s&cios e administradores responder com seus bens pessoaisJ

    /050 "essoa 1ur3dia "ode So.rer Dano oralY

    !inda "igora no Trasil a corrente que sustenta a tese segundo a qual a pessoa jurdica sofredano moral 81mula 00;, do 1GH e art. 70, do @&digo @i"il9.

    1mula 00; Q Pessoa jurdica sofre dano moral.

    !rt. 70. !plica/se 6s pessoas jurdicas, no que couber, aproteo dos direitos da personalidade.

    Dano moral leso a direito da "ersonalidade. He &c diC :ue "essoa jurdica "ode sofrer da nomoral diC :ue "ode sofrer leso a direito da "ersonalidade. 7lguns autores diCem :ue se trataria de danoe#tra"atrimonial. as "essoa jurdica "ode sofrer dano moral. 7 HImula 22/ j' diC isso. 9 art. 2 diC :ue"essoa jurdica goCa de alguns direitos da "ersonalidade% e se dano moral leso a direito da"ersonalidade% se esses direitos forem lesados% Ea&er' dano moral.

    ue direito K "ersonalidade a "essoa jurdica "oderia ter Direito K imagem.

    1GH tem admitido a reparao do dano moral 6 pessoa jurdica, especialmente por "iolao 6sua imagem 84+1P ;70.>;0D41, 4+1P ;;;.-

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    sse enunciado aca*a se a"ro#imado mais do "rofessor 7rruda 7l&im% am*os &o de encontro Kteoria :ue ainda a &igorante no "as e &o de encontro at ao "r"rio N!

    0 Q !rt. 70. s direitos da personalidade so direitosinerentes e essenciais 6 pessoa %umana, decorrentes de sua dignidade,no sendo as pessoas jurdicas titulares de tais direitos.

    K;S.O 1GH, conforme notcia de -;D-EDE< 84+1P =>?.?

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    AAA / seja apro"ada pelo &rgo do Kinistrio Pblico, e, caso este adenegue, poder2 o juiz supri/la, a requerimento do interessado.

    9 :uorum "ara a mudana do estatuto de dois teros. sse :uorum% no direito anterior% era demaioria a*soluta. 9s conselEeiros se reInem e% "or dois teros% "odem mudar o estatuto da fundao"ri&ada.

    No inciso 666% o juiC &ai decidir o ligtio :ue se instalou. 7 tudo *em. Por:ue se o P nega aalterao do instituto% "reciso :ue o Judici'rio decida. se a &otao no for unQnime% e se uma "artediscordar dessa mudana 7 res"osta est' no art. -0!

    !rt. >

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    como os clu*es de fute*ol se desen"eraram. 7ntes do N Ea&ia sociedade ci&il sem fins lucrati&os.6sso aca*ou. 9 N dei#a claro :ue sociedade entidade :ue tem finalidade econRmica. ;isa a "artilEade "ro&eito econRmico% diferentemente das funda+es. ,oda sociedade% K luC da tcnica jurdica e dodireito "ositi&o% &isa K finalidade econRmica.

    7 segunda caracterstica de toda e :ual:uer sociedade :ue ela criada "or meio de contrato

    social. 9 ato constituti"oda sociedade contrato social. No estatuto. Hociedade constituda "or meiode contrato social. 6sto est' no art. 01!

    !rt. =

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    ma das maiores crises do direito "ri&ado! a"s a edio do digo 6taliano e "or influ#o dadoutrina italiana% o conceito de comrcio comea a declinar nas sociedades internacionais. 7 "artir dasegunda metade do sculo ZZ% o conceito de comrcio e de comerciante comea a ser su*stituda "ealnoo maior de em"resa. 7gora no se fala mais em direito comercial. He fala de direito em"resarial.#atamente "or:ue o o*jeto de in&estigao cientfica do direito comercial mudou. 7 noo decomerciante se tornou "ouco desen&ol&ida% :ue no corres"ondia aos no&os tem"os. ssa noo "assou a

    ser su*stituda "ela noo de em"res'rio. No moderno direito% o comerciante "erde lugar "ara em"res'rioe o comrcio "erde lugar "ara em"resa. % com isso% a teoria dos atos de comrcio caiu. Loje% K luC dodireito "ositi&o *rasileiro% no se distingue mais :ue E' sociedade ci&il e mercantil. 9 N a*andonaessa antiga ti"ologia su*stituindoAa K luC do art. 02% "or duas no&as es"cies de sociedade% :ue seencontram alinEadas ao no&o direito de em"resa. Loje% se diC!

    Hociedade SI"LES

    Hociedade E"RESRI#

    O+S0! $a pro"a ao falar dos tipos de sociedade, diga simples e empres2ria. $o digaempresarial porque empresarial a ati"idade.

    7 antiga ti"ologia ci&il e mercantil foi su*stituda "ela moderna ti"ologia% sim"les e em"res'ria.D' "ara diCer :ue E' uma corres"ond$ncia jurdica entre sim"les e ci&il e entre em"res'ria e mercantil 9"rofessor "refere :ue no se diga isso. Por:ue a noo de em"resa mais a*rangente do :ue a decomrcio. L' :uase uma identidade. m geral% a sociedade sim"les corres"onde K antiga sociedade ci&ile% em geral% a sociedade em"res'ria corres"onde K antiga sociedade mercantil.

    9 comerciante fica&a no meio da cadeia "roduti&a% entre a indIstria% e o consumidor. masociedade industrial% tecnicamente% no "ratica&a ato de comrcio% raCo "or :ue no era ade:uado diCer:ue era mercantil. 7 ati&idade industrial mais em"res'ria do :ue comercial% mesmo "or:ue no temnada a &er com comrcio. m geral% sociedade sim"les corres"onde K ci&il e a em"res'ria K mercantil.

    9 :ue uma sociedade em"res'ria e o :ue uma sociedade sim"les

    ma sociedade "ara ser em"res'ria% de&e reunir dois re:uisitos!

    a 'm reuisito materialO :ue seja em"res'ria a sociedade de&e desem"enEar umaati&idade econRmica organiCada (art. --).

    8 'm reuisito .ormalO "ara ser em"res'ria (re:uisito formal)% o*rigatrio :ueo seu registro seja feito na Junta omercial (4egistro PI*lico de m"resa).

    He uma sociedade reunir esses dois re:uisitos% em"res'ria. He no reunir os dois% sociedadesim"les. sim"les% se cEega "or e#cluso. 7 :ue no for em"res'ria sim"les.

    as% efeti&amente% o :ue significa uma sociedade em"res'ria desen&ol&er uma ati&idadeeconRmica organiCada 9 "rofessor comeou a entender isso :uando comeou a "erce*er :ue em"res'ria a sociedade ti"icamente ca"italista% caracteriCada "ela im"essoalidade. "or :ue im"essoalidadePor:ue os scios atuam como sim"les articuladores de fatores de "roduo. 9u seja% os scios de umasociedade em"res'ria articulam ca"ital% tra*alEo% matria "rima e tecnologia.

    ,r$s scios titulares de uma determinada sociedade &o se reunir "eriodicamente "ara a"urarlucro e &o articular fatores de "roduo. ssa uma diferena continental da sociedade sim"les(caracteriCada "ela "essoalidade) cuja ati&idade realiCada "essoalmente "elo "r"rio scio :ue% oudesem"enEa ou su"er&isiona diretamente.

    Hociedade de ad&ogados O o ad&ogado scio e faC a audi$ncia. 7 sociedade sim"les. 9 scio

    desen&ol&e a ati&idadeAfim.

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    Por :ue% em geral% sociedades sim"les so "restadoras de ser&ios tcnicos% cientficos% etc. mdicos se reInem e montam uma clnica% sociedade sim"les% "or :ue Hua caracterstica a"essoalidade.

    L' situa+es em :ue na "r'tica% diferenciar uma da outra dificlimo. ,omemos uma sociedadede ad&ogados com 3 scios :ue atuam como su"er&isores (su"er&isionam% do "arecer e faCem algumas

    sustenta+es orais% mas no faCem audi$ncia) de uma e:ui"e de mais de 255 "rofissionais. He elescontratassem um diretor "ara administrar essa

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    @ um t"ico r'"ido% mas muito im"ortante "ara concurso.

    #tinguir uma "essoa jurdica no sim"les. Para faCer isso "reciso satisfaCer o "assi&o da"essoa jurdica.

    m linEas gerais% E' tr$s formas de dissoluo da "essoa jurdica.

    50/0 Dissolu)*o Con,enional@ es"ecialmente a"licada "ara sociedades. 7 dissoluo con&encional se d' :uando os scios

    esti"ulam desfaCe a "essoa jurdica mediante distrato. 9s "r"rios scios con&encionam mediante distratoa dissoluo da "essoa jurdica.

    5020 Dissolu)*o #dministrati,a

    7 dissoluo "ode ser ainda administrati&a% :uando resulta da cassao da autoriCao deconstituio e funcionamento de determinadas "essoas jurdicas.

    7lgumas "essoas jurdicas "recisam de autoriCao es"ecial do go&erno "ara funcionar (*ancos%seguradoras...). uando o go&erno cassa essa autoriCao% est' Ea&endo uma dissoluo administrati&a.uando o anco entral faC uma inter&eno em um *anco% "ode caracteriCar isso. 7 dissoluoadministrati&a no se a"lica a :ual:uer "essoa jurdica.

    50/0 Dissolu)*o 1udiial

    7 dissoluo judicial o"eraAse "or meio de "rocesso. 7:ui E' um "rocedimento e uma sentena.

    #em"lo! nas sociedades em"res'rias% o "rocedimento da fal$ncia% culmina na dissoluo "or

    sentena.

    Pergunta de "ro&a oral! "erguntaram a res"eito da dissoluo judicial. le% in&aria&elmente "artiu"ara o "rocedimento de fal$ncia. as o e#aminador "erguntou ainda! :ual a lei :ue regula a dissoluode sociedades no sujeitas K lei de fal$ncia

    O+S0! procedimento de liquidao de sociedades no sujeitas 6 fal5ncia regulado, nostermos do art. -0-77 a >;: do @P@ de -=?=.

    9 art. 1210% do P% remete o intr"rete aos arts. - a -/% do P de 13 :ue ainda esto em&igor no :ue tange ao "rocedimento de li:uidao de sociedades no sujeitas K fal$ncia.

    7 res"osta ! essa matria% a"rofundada nesse "onto% no me ocorre.

    G0 DESCONSIDER#JKO D# "ESSO# 1'R&DIC# 4IS@,G!@ KC@IB,

    ,eoria da desconsiderao da "essoa jurdica% Disregard Doctrine% tam*m conEecida como,eoria da Penetrao (termo menos conEecido% mas :ue j' caiu).

    7 doutrina da desconsiderao da "essoa jurdica (disregard doctrine) nasce na 6nglaterra no finaldo sculo Z6Z. 9 "recedente ingl$s famoso dessa doutrina :ue de"ois se desen&ol&eria na 7lemanEa% na6t'lia e nos stados nidos% foi a:uele en&ol&endo Halomon &s. Halomon o. No rasil% o autor

    "ioneiro no tratamento dessa matria foi 4u*ens 4e:uio.

    Nessa "oca na 6nglaterra% "ara se constituir uma sociedade era "reciso a "artici"ao de /integrantes. 7 "essoa jurdica tinEa "ersonalidade inde"endente da "essoa fsica. Halomon cEamou seis

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    "essoas "r#imas% familiares% "re"arou o ato constituti&o% emitiu 25 mil a+es "ara ele e uma Inica ao"ara os outros scios. ssa sociedade comea a atuar no mercado ingl$s. 7 com"anEia comea a angariard&idas. 7 fila dos credores :uirograf'rio comea a aumentar. uando "erce*e :ue a com"anEia ia:ue*rar% Halomon a*re o ca"ital e emite ttulos "ara negociao na *olsa (e determinados ttulos conferem"ri&ilgio O se a cia :ue*ra% tem :uem o ttulo% rece*e "rimeiro). 7"s faCer isso% ele mesmo% Halomon%"essoa fsica% com"rou os ttulos. No momento :ue a sociedade :ue*ra% o "rimeiro da fila a rece*er era

    Halomon% "essoa fsica. ontra :uem Halomon% "essoa jurdica. 9s outros credores se desca*elaram e"ediram "ara :ue o juiC desconsiderasse a "ersonalidade da com"anEia. Pediram :ue o juiC retirasse o &uda "essoa jurdica "ara :ue "udessem satisfaCer os seus direitos com o "atrimRnio do scio :ue cometeuum ato a*usi&o. 9 "recedente% "ois% nasce dessa discusso% neste "rocesso% na 6nglaterra.

    ,raCendo a teoria "ara o rasil% no "oss&el confundir desconsiderao com des"ersonificao.Ho coisas diferentes.

    G0/0 Coneito

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    !rt. 0

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    a9 B firme a jurisprud5ncia no 1GH no sentido de que a desconsiderao poss"el nocurso da e)ecuo 84+1P =0E.>E0DM(9.

    ;c "ode no curso da e#ecuo instaurar o incidente da desconsiderao da "essoa jurdica% desde:ue se garanta o contraditrio% desde :ue se resguarde a am"la defesa deste scio a :uem se dirige o ato.as o scio de&eria ter "artici"ado como ru no "rocesso de conEecimento No. 6sso no necess'rio.

    ;c "ode garantir o contraditrio na "r"ria e#ecuo.

    #"resso usada na ementa! ! jurisprud5ncia do 1GH pacfica no sentido de que adesconsiderao da personalidade jurdica medida cab"el diretamente no curso da e)ecuo.

    b9 que desconsiderao in"ersa

    omo funciona o mecanismo da desconsiderao comum 9 ato judicial (:ue a regra) afastatem"orariamente a "ersonalidade da "essoa jurdica :ue no cum"riu sua o*rigao ou era insol&ente "araatingir o "atrimRnio da "essoa fsica :ue est' "or tr's. ;c titular de um direito e eu sou scio de umasociedade em"res'ria. ometi um ato a*usi&o e a sociedade insol&ente. DesconsideraAse a"ersonalidade da em"resa "ara atingir o "atrimRnio do scio :ue est' "or tr's.

    6sso no se confunde com res"onsa*ilidade su*sidi'ria :ue a"rendemos no direito tri*ut'rio :ue outra coisa. 7:ui% &c le&anta o &u% afasta a "ersonalidade e atinge :uem est' "or tr's.

    Na desconsiderao in&ersa acontece e#atamente o contr'rio. +u estou tranquilo porque estoude"endo. Gudo est2 em nome da empresa.uando a "essoa fsica comete um ato a*usi&o% o credor "odeno encontrar nada no nome dela. as se essa "essoa retirou *ens do seu "atrimRnio "ara *lind'Alos na"essoa jurdica% o juiC atinge a "essoa jurdica diretamente "ara "egar o fraudador.

    =O Jno contrato de arrendamento mercantil 8leasing9,ainda que %aja cl2usula resoluti"a e)pressa, necess2ria a notificao

    pr"ia do arrendat2rio para constitu/lo em moraJ.

    No traC no&idade. H aca*a com a "ol$mica. No contrato de leasing% ainda :ue Eaja um

    inadim"lemento relati&o% a em"resa arrendadora tem :ue notificar o de&edor. 6sso tem cone#o nocEamado de&er de informao aliado K *oaAf o*jeti&a.

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    1mula ?;EO caracteriza dano moral a apresentaoantecipada do c%eque pr/datado.

    7ca*a com a confuso do cEe:ue "rAdatado. 7ca*a com a &elEa discusso!

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    obrigaes contradas por cada uma das suas ag5ncias, o lugar doestabelecimento, sito no Trasil, a que ela corresponder.

    /00 Classi.ia)*o do domi3lio

    sse o "onto mais im"ortante "ara concurso "I*lico.

    9 domiclio "ode se desdo*rar ou se su*di&idir em!

    a o$i64lio VKL?BW@IKO o comum, fi)ado por simples manifestao de "ontade.;c resol&e se mudar de Hal&ador "ara 7racaju e l' fi#a o seu domiclio.

    O+S0!

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    C#"&T'LO I % DOS +ENS CONSIDER#DOS E SIESOS

    Se)*o I % Dos +ens Im-,eisSe)*o II % Dos +ens -,eisSe)*o III % Dos +ens 9ung3,eis e Consum3,eisSe)*o IV % Dos +ens Di,is3,eis

    Se)*o V % Dos +ens Singulares e Coleti,os

    C#"&T'LO II % DOS +ENS RECI"ROC#ENTE CONSIDER#DOS

    C#"&T'LO III % DOS +ENS "\+LICOS

    /0 +E DE 9#&LI#

    /0/0 Re.erenial ?ist-rio

    9 referencial Eistrico mais im"ortante do *em de famlia foi o instituto te#ano do Lomestead7ct% de 103. 7 lei do Eomestead (cuja traduo literal

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    aceitao e)pressa de ambos os c3njuges beneficiados ou da entidadefamiliar beneficiada.

    9 terceiro a um a&R% "or e#em"lo% diCer :ue dei#a um a"artamento e :ue esse a"artamento ser'seu *em de famlia &olunt'rio% isso se &c aceitar% lgico.

    9 codificador "ermitiu% "or outro lado% :ue :uando &c e sua es"osa fossem inscre&er o *em defamlia em cartrio% &c "ode% na escritura em :ue es"ecialiCa o *em% determinar :ue est' tam*m afetandocomo *em de famlia% &alores mo*ili'rios. Na mesma escritura e no mesmo ato% ao tem"o em :ue instituiem cartrio o a"artamento como *em de famlia o instituidor "ode% na mesma escritura e no mesmo atotornar "rotegido como *em de famlia um &alor :ue tem de"ositado em caderneta de "ou"ana. om issoeu "ago condomnio% 'gua% luC e 6P,. 9 digo "ermite :ue na mesma escritura :ue afeta oa"artamento% afeta um &alor mo*ili'rio% uma renda :ue mantm o im&el. No :ual:uer renda% mas umarenda :ue "ro&a :ue conser&a o im&el.

    !rt. -.;-0. bem de famlia consistir2 em prdio residencialurbano ou rural, com suas pertenas e acess&rios, destinando/se emambos os casos a domiclio familiar, e poder2 abranger "alores

    mobili2rios, cuja renda ser2 aplicada na conser"ao do im&"el e nosustento da famlia.

    nto% o &alor :ue eu tenEo de"ositado em fundo de in&estimento &alor mo*ili'rio. 7 renda :ue ele"roduC% se manti&er o a"artamento% eu "osso diCer na escritura :ue transformo em *em de famlia oa"artamento e a renda :ue o mantm. 6sso uma grande no&idade.

    9H.!

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    /060 +em de .am3lia legal 4regulado pela Lei nB 0^[^

    sse sim% diferentemente do &olunt'rio% "rotege a todos ns. 9 F> disci"linado "ela >ei n.B0.55G5 :ue tirou muita gente da forca. ,irou muito de&edor da imin$ncia de "erder sua casa "r"ria.

    ssa lei significa% no diCer de ?usta&o ,e"edino% a "romoo da "essoa Eumana. 9 Eomem node&e ser&ir ao "atrimRnio. ssa lei resguarda o *em de famlia de uma forma muito mais am"la do :ue o*em de famlia &olunt'rio :ue com ela con&i&e.

    ssa lei :ue entrou em &igor em 15 se a"licaria a de&edores cuja "enEora de seu im&elresidencial se deu antes de sua entrada em &igor ssa lei :ue consagrou o *em de famlia legal "oderiaser a"licada "ara situa+es de "enEora anteriores a ela Ha*emos :ue lei ci&il no retroage. aio 'riodisse :ue um des&io de "ers"ecti&a se imaginar :ue norma ci&il retroage. 9 :ue retroage norma "enal*enfica. 9 H,J% em uma inter"retao social de resgate K dignidade da "essoa Eumana% a des"eito detodos nos sa*ermos :ue o ato jurdico "erfeito de&e ser "reser&ador% sumulou :ue a >ei 055 "oderia sera"licada "ara situa+es anteriores K sua &ig$ncia.

    ! 1mula 0E7, do 1GH, resguardando o Nmbito e)istencial mnimo da pessoa do de"edor, admite

    a aplicao da 'ei .>=?D1@, 4+sp 7-E.>:?DM(, 4+sp 7E-.-00D419,bem como no notici2rio de -7DE7D0EE;, tem admitido o desmembramento do im&"el para efeito de

    pen%ora.

    Notici'rio! Desmem*ramento do *em de famlia legal "ara efeito de "enEora! B poss"el a

    pen%ora da piscina e da c%urrasqueira desde que preser"ada a resid5ncia. ! impen%orabilidade daresid5ncia no se presta a proteger 2rea de lazer da casa. Por isso, o de"edor ter2 pen%orados os lotesonde ficam a piscina e a c%urrasqueira, contguos 6 casa.

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    uais so os *ens m&eis "rotegidos "ela >ei 0.55

    !rt. 0C +)cluem/se da impen%orabilidade os "eculos detransporte, obras de arte e adornos suntuosos.

    Par2grafo nico. $o caso de im&"el locado, aimpen%orabilidade aplica/se aos bens m&"eis quitados que guarneam a

    resid5ncia e que sejam de propriedade do locat2rio, obser"ado odisposto neste artigo.

    7 lei no diC o :ue est' "rotegido. DiC o :ue no est' "rotegido. No caso do "ar'grafo Inico! 9locat'rio o dono do im&el No. ma d&ida :ue ele tenEa no resultar' na "enEora do im&el :ue no dele. 6ncide nos *em m&eis :ue guarnecem a casa. ssa "roteo dada ao locat'rio se estende aousufrutu'rio% lgico. 7 "essoa :ue no "ro"riet'ria tem a "roteo :uanto aos m&eis :ue guarnecem aresid$ncia.

    +)emplos, na jurisprud5ncia brasileira e doutrina, de bens m&"eis protegidos pela 'ei

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    ssa im"enEora*ilidade do *em de famlia legal no a*soluta% relati&a.

    E7e)Wes _ impen?ora8ilidade do 8em de .am3lia legal 4ponto mais importante

    Ho a:uelas traCidas "elo art. 3B. Doutrinariamente% entendeAse :ue essas e#ce+es Kim"enEora*ilidade do *em de famlia da lei 055G5% :ue so de ordem "I*lica% de&em ser a"licadas

    tam*m ao *em de famlia &olunt'rio% so* "ena de se a*rir uma grande *recEa "ara fraudes no direito*rasileiro!!rt. ?C ! impen%orabilidade opon"el em qualquer processo

    de e)ecuo ci"il, fiscal, pre"idenci2ria, trabal%ista ou de outranatureza, sal"o se mo"idoO

    A / em razo dos crditos de trabal%adores da pr&priaresid5ncia e das respecti"as contribuies pre"idenci2rias#

    9u seja% no Ea&er' "roteo do *em de famlia% se o "rocesso for moti&o em raCo de crdito detra*alEadores do mestios das "r"rias resid$ncias e das contri*ui+es "re&idenci'rias. He &c no "aga osal'rio ou a contri*uio de sua em"regada% ela ajuCa uma ao tra*alEista% o seu a"artamento "ode ser

    "enEorado.

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    propriedade, "ale dizer, 6 garantia da subsist5ncia indi"idual e familiar 6 dignidade da pessoa %umana.$o %2 razo para, no caso, cogitar/se de impen%orabilidade.

    9u seja% se no "agou a ta#a de condomnio% "enEora o im&el.

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    7 grande discusso comea no tanto no conceito% mas na diferena entre *em e coisa.

    2020 +em 7 Coisa

    L' doutrinas "ara todos os gostos e recursos "ara :uesto de "ro&a.

    o Hegundo aria Lelena DiniC% acom"anEada "or Hil&io ;enosa% a noo de coisa maisa*rangente do :ue a de *em.o 9rlando ?omes afirma o contr'rio! *em g$nero e coisa es"cie.o asEington de arros onteiro% "or sua &eC% refere :ue "ode Ea&er sinonmia.

    m "ro&a% diCer :ue no E' consenso na doutrina% mas "reciso se "osicionar. 7 linEa :ue o"rofessor segue e :ue re"uta a mais lgica% a de 9rlando ?omes% :ue segue o direito alemo.

    $a lin%a do direito alemo, conforme par2grafo =E, do @&digo !lemo, a noo de coisarestringe/se a objetos corp&reos.

    9u seja% na linEa do direito alemo% a coisa o o*jeto cor"reo. De forma :ue *em jurdico mais a*rangente do :ue coisa. 6sso "or:ue o *em jurdico englo*aria as utilidades cor"reas (coisas) e

    tam*m as ideais% imateriais. Por isso 9rlando ?omes diC :ue *em g$nero% j' :ue se refere a utilidadesfsicas (coisas) e a utilidades ideais (imateriais). 9 "rofessor considera esse entendimento mais ade:uado%at "ara Ea&er mais estmulo na res"osta. 6sso "or:ue no momento :ue &c afirma :ue coisa tem sentidomais estrito% referindoAse a o*jetos cor"reos fica mais "recisa a res"osta. 6magine o seguinte! essa caneta o*jeto do meu direito su*jeti&o de "ro"riedade% "or:ue o*jeto cor"reo. as fica estranEo diCer :ueminEa Eonra% minEa "ri&acidade so coisas. 6sso no casa *em. 7 coisa% da 9rlando ?omes diCer% nosentido cor"reo.

    @onclui/se, ento, a noo de bem jurdico genrica, abrangendo utilidades materiais8coisas9, bem como utilidades ideais 8a e)emplo da %onra ou da pr&pria "ida9.

    9 "r"rio digo i&il :uando disci"lina o tema da aula de Eoje fala em

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    9s mais modernos no tem &iso a"enas economicista. Lonra% &ida% "ri&acidade% "or e#em"lo%faCem "arte do "atrimRnio da "essoa e no tem% na ess$ncia% essa e#"resso econRmica. 9 "atrimRnio%nesse caso% moral.

    (orte doutrina no Trasil 8@l&"is Te"il2qua, @aio K2rio9, afirma que cada pessoa titular deum nico patrim3nio, ainda que os bens deri"em de causas di"ersas.

    He &c casado% &c titular de um "atrimRnio "essoal% de um "atrimRnio comum com o cRnjuge%de um "atrimRnio moral. nfim% algum "ode ser titular de um% dois% tr$s% cinco "atrimRnios ssa linEadoutrin'ria "refere diCer :ue cada um tem um "atrimRnio% ainda :ue os *ens deri&em de causas di&ersas.Por e#em"lo! os *ens :ue com"+em o "atrimRnio da meao deri&am do regime de *ens do casamento%os *ens imateriais :ue deri&am dos direitos da "ersonalidade% so inatos da condio de ser Eumano. 9useja% cada "essoa titular de um "atrimRnio% ainda :ue esses *ens :ue com"+em esses "atrimRniostenEam origem di&ersa. nto% nessa linEa de "ensamento de aio 'rio% cada "essoa titular de umInico "atrimRnio% ainda :ue os *ens se originem de causas di&ersas.

    2060 Classi.ia)*o dos 8ens :;, do @&digo @i"il.

    9H.! ;er no art. 01 (outra "egadinEa de "ro&a o*jeti&a) situa+es em :ue os *ens no "erdem a

    natureCa de im&eis.

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    A / as edificaes que, separadas do solo, mas conser"ando a suaunidade, forem remo"idas para outro local#

    AA / os materiais pro"isoriamente separados de um prdio, paranele se reempregarem.

    9 "rofessor e#em"lifica com as casas "remoldadas. 7s edifica+es% :uando se"aradas do solo%

    conser&ando sua unidade% so im&eis. Him"les% mas &eC "or outra isso cai.

    uesto es"ecial de concurso! os *ens im&eis "or acesso intelectual continuam em &igor

    Duas o*ser&a+es% antes da res"osta!

    1) Hem"re :ue &c ler a "ala&ra acesso% lem*reAse de unio% acrscimo. em im&el "oracesso intelectual% "or unio intencional. Por e#em"lo! uma escada de inc$ndio. 9u"ro"riet'rio de um "rdio% com"rei uma escada de inc$ndio :ue decidi unir ao "rdio.De acordo com a doutrina cl'ssica% sem"re :ue &c une% :ue &c justa"+e um *em m&ela um im&el% esse *em m&el "ode ad:uirir a natureCa imo*ili'ria. 7 escada deinc$ndio seria um *em im&el "or unio% acesso intelectual. 7nalisando glo*almente%

    o solo% o "rdio% a escada de inc$ndio so im&eis.

    2) sse ti"o de *em im&el "or acesso intelectual continua em &igor 7 doutrina est' em" de guerra :uanto a isso!

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    >er a classificao de *ens jurdicos na a"ostila da aula 5. (u ia transcre&er% mas "referi dei#ara"enas as classifica+es traCidas "ara a aula e tidas "or mais im"ortantes "elo "rofessor).

    LIVRO III % DOS 9#TOS 1'R&DICOS

    T&T'LO I % DO NE$CIO 1'R&DICOC#"&T'LO I % DIS"OSIJXES $ER#IS

    C#"&T'LO II % D# RE"RESENT#JKO

    C#"&T'LO III % D# CONDIJKO= DO TERO E DO ENC#R$O

    C#"&T'LO IV % DOS DE9EITOS DO NE$CIO 1'R&DICO

    Se)*o I % Do Erro ou Ignor]niaSe)*o II % Do DoloSe)*o III % Da Coa)*oSe)*o IV % Do Estado de "erigoSe)*o V % Da Les*o

    Se)*o VI %Da 9raude Contra CredoresC#"&T'LO V %D# INV#LID#DE DO NE$CIO 1'R&DICO

    /0 TEORI# DO 9#TO 1'R&DICO

    /0/0 9ato

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    stamos seguindo uma linEa filosfica. Na :ue seguimos% ato jurdico toda ao Eumana lcita:ue deflagra efeitos na r*ita do direito. nessa linEa no "ode ser confundida com ato ilcito :ue categoria em se"arado.

    m*ora no desconEeamos :ue alguns autores% a e#em"lo de Hil&io ;enosa% 7ntRnio acEadoNeto% digam :ue ato ilcito es"cie de ato jurdico% no seguimos essa linEa. 7com"anEamos a linEa de"ensamento de autores como Yeno ;eloso :ue% em sua o*ra so*re a in&alidade do ato jurdico diC assim!

    ato jurdico no direito ci&il *rasileiro ao Eumana lcita :ue no se confunde com a categoria se"aradado ato ilcito. DiC ele! Iera confuso c%amar o ato ilcito de ato jurdico, s& por causa dos efeitosjurdicos que proporciona. Rirtude e crime t5m efeitos jurdicos e nem por isso recebem a mesmadenominao. $o se pode, s& porque ambas t5m asas e "oam, c%amar pelo mesmo nome a andorin%a ea borboleta.

    9 digo i&il traC a categoria do ato ilcito se"arada do ato lcito. 9 critrio metodolgicousado "elo legislador *rasileiro coloca em ttulos se"arados e#atamente "or isso.

    ! despeito da pol5mica, entendemos na lin%a de Ricente 4ao, (2bio Gartuce, Hos 1imo e [enoReloso que ato jurdico a ao %umana lcita, no se confundindo com o ato ilcito, categoria pr&priacom caracteres especficos.

    Na linEa :ue "erfilEamos% ato jurdico ao Eumana lcita% no se confundindo com ato ilcito%categoria "r"ria tratada em se"arado.

    9 ato jurdico em sentido am"lo sofre uma outra su*di&iso! ato

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