DIREITO CIVIL – PARTE GERAL - ANOTAÇÕES DA AULA 7

DA PESSOA JURÍDICA

Vida e atividade em grupo – unidades coletivas – necessidade do Direito

reconhecer esta realidade.

Organização de bens e pessoas.

Personalidade jurídica própria.

Capacidade jurídica.

Pessoa jurídica: conjunto de pessoas e bens dotado de personalidade jurídica

própria constituído na forma da lei, para consecução de fins comuns.

A personalidade da pessoa jurídica não se confunde com a personalidade da

pessoa física.

Atua-se na vida jurídica com personalidade própria, diversa da dos

indivíduos que a compõem.

- Art. 50º, CCB: Em caso de abuso da personalidade jurídica,

caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão

patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do

Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os

efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam

estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da

pessoa jurídica.

Para Carlos Roberto Gonçalves, a teoria da desconsideração da personalidade jurídica, permite que o juiz, “em casos de fraude e de má-fé, desconsidere o princípio de que as pessoas jurídicas têm existência distinta da dos seus membros e os efeitos dessa autonomia, para atingir e vincular os bens particulares dos sócios à satisfação das dívidas da sociedade...”

Natureza Jurídica:

TEORIAS NEGATIVISTAS: a pessoa jurídica (PJ) não existe, é uma

construção legal. Considerada uma teoria ultrapassada.

TEORIAS AFIRMATIVAS:

Ficção legal: PJ não existe, é uma criação da lei.

Teorias da ficção

Ficção jurídica: PJ é uma criação das doutrinas.

Ambas são refutadas nos tempos atuais, pois não conseguem reconhecer

o Estado. Se a pessoa jurídica não existe, qual a validade do Estado?

Como explica-lo?

TEORIA OBJETIVA: o Estado reconhece a vontade social de união para o

desenvolvimento a alguns fins.

Crítica: o Estado atuaria num momento posterior à vontade social.

TEORIA DA REALIDADE JURÍDICA: reconhece a vontade da sociedade de

unir-se para o desenvolvimento de fins específicos, como prestação de

serviços, por exemplo.

Crítica: não explica as pessoas jurídicas voltadas para organizações

religiosas, ou para ações beneficentes.

TEORIA DA REALIDADE TÉCNICA: o direito atribui a personalidade

jurídica à pessoa jurídica. A pessoa jurídica inicia com o registro do ato

constitutivo.

Art. 45º, CCB: Começa a existência legal das pessoas jurídicas de

direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo

registro, precedida, quando necessário, de autorização ou

aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as

alterações por que passar o ato constitutivo.

REQUISITOS PARA CONSTITUIÇÃO

Pessoa Jurídica Pública: será estudada em Direito Constitucional e

Administrativo.

Pessoa Jurídica Privada:

1) Vontade humana: as pessoas devem querer se unir, para desenvolverem

uma atividade específica.

Pessoas jurídicas também podem constituir uma nova pessoa jurídica,

mas vale ressaltar que na origem, observa-se a vontade humana.

2) Ato Constitutivo: é nele que estará previsto de onde partiu a vontade

humana de constituição, onde será situada a sede, quem irá presentá-

la...

Art. 46º, CCB.

3) Registro do ato Constitutivo

4) Liceidade do Objeto, que deve ser determinado e possível.

A) Liciedade: diz respeito da legalidade do objeto. Por exemplo: não é

possível abrir uma empresa, que tem como objetivo a

comercialização de cocaína.

B) Possível: objeto deve ser possível fisicamente e juridicamente.

ex: não se pode vender terrenos na lua.

C) Determinado ou determinável: tanto pode ser uma prestação de dar,

como de fazer, ou não fazer. A coisa, na obrigação de dar, tem que ser

possível, determinado ou determinável (ao tempo de execução do

contrato) e economicamente apreciável.

Resgistro: natureza constitutiva.

Art. 52º, CCB: no que couber

Elementos essenciais no ato constitutivo: Art. 56, CCB.

Procedimento registral: Art. 121º, L.6015/75

Atuação da pessoa jurídica: 47º, CCB.

Dissolução: Art. 51º, CCB.

Sociedades irregulares ou de fato

GRUPOS DESPERSONALIZADOS

Universalidade de Direito: Art. 91º, CCB.

- CPC, Art. 12º

- NCPC, Art. 75º