direito civil parte geral

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1 DIREITO CIVIL DIREITO CIVIL PROF. ELIANE NEDOCHETKO PROF. ELIANE NEDOCHETKO

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Page 1: Direito Civil Parte Geral

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DIREITO CIVILDIREITO CIVIL

PROF. ELIANE NEDOCHETKOPROF. ELIANE NEDOCHETKO

Page 2: Direito Civil Parte Geral

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DIREITO

CONCEITO — O direito constitui-se de um conjunto de normas que disciplinam a vida do homem em sociedade, revestidas de coercibilidade física e material.

DIREITO NATURAL - JUSNATURALISMO – “ARISTÓTELES” - O direito natural, tem validade em toda parte e em todo lugar, não depende de aceitação ou não, porque se baseia em princípios normais.

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DIREITO POSITIVO - POSITIVISMO – “AUGUSTO COMTE” - É a expressão escrita pelo Estado e usada num determinado momento, é uma espécie de ciência que terá que se adaptar a cada tipo de Estado. Sua característica reside no caráter normativo e obrigatório.

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DIVISÃO FORMAL DO DIREITO

Direito objetivo - é a norma de agir "norma agendi", através das regras obrigatórias em que se contém e regula-se o poder de ação individual. O direito objetivo é a norma,a lei ou o costume.

Direito subjetivo - é a faculdade de agir "facultas agendi", trata-se da faculdade conferida aos indivíduos, de invocar a norma a seu favor, sob a sombra do direito, a regra jurídica.

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DIVISÕES DO DIREITO

Direito Público - É destinado a disciplinar os interesses gerais e coletivos, de modo que lhe compete: a organização do Estado, através do dir. Constitucional; a disciplina de sua atividade, seus fins políticos e financeiros, a hierarquia entre os órgãos e as relações com os seus funcionários,

Direito Privado - É aquele que regula as relações entre os homens, tendo em vista o interesse particular dos indivíduos na ordem privada.

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FONTES DO DIREITO

LEI — Embora o estudo da lei e das disposições normativas pertença à Teoria Geral do Direito, o conhecimento das espécies e características é indispensável ao estudo do direito civil.

CARACATERÍSTICAS: OBRIGATORIEDADE E GENERALIDADE

Page 7: Direito Civil Parte Geral

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CLASSIFICAÇÃO DA LEI QUANTO À DURAÇÃO:

Perpétuas - leis de vigência ilimitada. Até a revogação.

Ex: Código Civil. Temporárias - leis de vigência limitada, transitória.

Ex: lei do Imp. Renda, CPMF, etc... Comuns ou gerais - todo o ordenamento jurídico.

Ex: Código civil, etc... Especiais - regulam critérios particulares, certas

relações. Ex: Código Comercial.

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QUANTO À INTENSIDADE DA COAÇÃO:

Coativas - são leis cogentes, de submissão incondicional, que proíbem algum ato, sob certa sanção. Ex. Reparação do dano, art. 186 CCB.

Imperativas - são leis que se impõe ao agente. Ex: regime de casamento. Art. 1639 CCB. Permissivas - são leis que permitem certa

deliberação do agente. Ex: testamento, art. 1639 CCB.

Supletivas - são leis que não estão diretamente ligadas ao interesse da sociedade, art. 1640 CCB.Elas funcionam no silêncio da vontade dos contratantes. Ex: escolha do regime de bens no casamento. É livre, mas terá que haver.

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COSTUME

Costume é o uso geral, constante e notório, observado na convicção de corresponder a uma necessidade jurídica, é em síntese, um uso juridicamente obrigatório, que exerceu papel relevante na formação do direito.

Doutrina é a obra dos escritores, que estudam o direito nos seus aspectos filosófico, científico e técnico, em tratados, monografias ou comentários à legislação.

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COSTUMES

Secundun legen - a lei segundo o costume, na opinião de alguns, a verdadeira lei.

Praeter legen - é o que serve de complemento à lei, tem cunho subsidiário

Contra legen - ocorre quando se opõe frontalmente à lei, na opinião da maioria, não prevalecem. Por essa razão, a lei ocupa posição superior ao costume.

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JURISPRUDÊNCIA

1.º O juiz é servo da lei, não passando de mera aspiração doutrinária;

2ª . O julgado, só produz efeito entre as partes, é princípio que se anuncia sob a declaração de autoridade, relativa a coisa julgada.

A jurisprudência não é fonte formal de direito em países de legislação escrita.

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NORMA JURÍDICA

Norma geral é a lei, que possui como elementos: o preceito e a sanção.

Norma individual é o ato jurídico. A declaração de vontade.

Norma cogente é aquela que por atender mais diretamente o interesse geral, não pode ser alterada pela vontade das partes.

É de ordem pública. Art. 183 CCB.

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EFICÁCIA DA LEI

1°. Existência do fato. Para que haja incidência da norma. Ex: Testamento

2°. Validade do fato. Testamento válido, aguardando a morte do testador.

3°. Inexistência de causas excludentes. Ex: Legítima defesa, etc...

O não atendimento ou a não aplicação, não tornam a norma ineficaz.

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ATO JURÍDICO

ATO JURÍDICO - É a declaração de vontade, cuja finalidade é a criação, a conservação, modificação ou a extinção de direitos individuais.

A lei também é manifestação de vontade tendente à produção de efeitos jurídicos.

A diferença está em que o ato produz uma situação pessoal e a lei impessoal.

Entre a lei e o contrato não pode haver oposição, pois são aspectos do mesmo fenômeno e a fonte única do direito neste caso, é o ato jurídico.

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RELAÇÃO JURÍDICA

a. Sujeito - é o elemento subjetivo, que requer capacidade.

b. Objeto - é a coisa, ou o bem, sobre o qual incide o poder do sujeito

c. Fato - é o acontecimento dependente ou não da vontade humana, a que a lei atribui a função de criar, modificar, conservar ou extinguir direitos.

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DIREITO CIVIL

O Direito civil é o ramo do direito privado destinado a reger relações familiares, patrimoniais e obrigacionais que se formam entre indivíduos encarados como tais, ou seja, entre membros da sociedade. Importante ressaltar que trata da relação entre particulares.

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CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO

LEI 10.406 de 10-1-2002 e se divide em:

a) Parte geral: Apresenta normas sobre pessoas, bens e

fatos jurídicos em sentido amplo.

b) Parte Especial: Regula o direito das obrigações, da empresa,

das coisas, da família e o direito das sucessões.

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Lei de Introdução ao Código Civil

Conjunto de normas sobre normas, isto porque disciplina as próprias normas jurídicas, assinalando-lhes, a maneira de aplicação e entendimento, determinando as fontes do direito positivo, indicando-lhes as condições espaço-temporais.

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NORMA JURÍDICA

As fases da elaboração de uma lei ordinária são:

iniciativa; aprovação; sanção (veto); promulgação; Publicação*.

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VIGÊNCIA DA LEI

“VACATIO LEGIS”: Intervalo entre a data da publicação e entrada em

vigor da Lei.REVOGAÇÃO DA LEI:

Ato pelo qual a lei deixa de ter validade.Pode ser de 2 tipos;

Ab-rogação: suspensão total da norma anterior; Derrogação: suspensão de apenas uma parte da

lei.

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HIERARQUIA DA LEI

1o. Constituição Federal 2o. Lei ordinária ou comum 3o. Decreto - Poder Executivo 4o. Portaria - Poder Executivo 5o. Aviso Ministerial

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CRITÉRIOS PARA SOLUCIONAR CONFLITOS DE LEI NO TEMPO

a) Disposições transitórias

b) Retroatividade

c) Irretroatividade da Lei

CONTAGEM DE PRAZO: Contam-se os prazos incluindo a data de

publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subseqüente.

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FONTES

Autêntica - é aquela que emana do próprio legislador e declara o sentido da regra.

Doutrinária - é aquela que aparece nos livros, nas obras dos juristas, etc…

Jurisprudencial - é a que se elabora nos tribunais, através das decisões do Poder Judiciário.

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DO CONHECIMENTO DA LEI Art. 3o. LICC.

DA APLICAÇÃO DO DIREITO E DAS LACUNAS DA LEI 4º da LICC.

DA INTERPRETAÇÃO DA LEI

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FORMAS- Interpretação

A interpretação da lei quanto à forma ou ao modo, pode ser:

Gramatical - consiste no exame detalhado do texto, para dele extrair a vontade do legislador, o sentido exato da norma.

Lógica - consiste na análise do plano da lei, face aordem jurídica analisando a lei como um todo.

Histórica - consiste em trabalhos que precederam a promulgação da lei. Resulta das discussões que rodearam a sua elaboração.Diz respeito ainda, aos anseios que a lei veio satisfazer.

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TEMPO DE DURAÇÃO DA NORMA

VIGÊNCIA TEMPORÁRIA PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE

REVOGAÇÃO Ato de tornar sem efeito a norma, retirando sua obrigatoriedade.

a) ATO JURÍDICO PERFEITO b) DIREITO ADQUIRIDO c) COISA JULGADA

APLICAÇÃO NO ESPAÇO: PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE;

EXTRATERRITORIALIDADE.

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DAS PESSOAS

PESSOA FÍSICA NATURAL É todo “ser humano”, sujeito de direitos e obrigações. Para ser considerado PESSOA NATURAL basta que o homem exista. Todo homem é dotado de personalidade, isto é, tem CAPACIDADE para figurar numa relação jurídica, tem aptidão para adquirir direitos e contrair obrigações.

ART. 1.º CC

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Pessoas naturais ou físicas; Pessoas jurídicas (Públicas ou privadas). Privadas: Associações, sociedades,

fundações Públicas: Estado, Município, Empresa

Pública

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PERSONALIDADE Começo da Personalidade – Nascimento com vida Extinção da Personalidade: (ART. 11 AO 15 CC) A)Morte Real; B) Morte Simultânea (comoriência); Art. 8.º C) Morte Civil; D) Morte Presumida.(DECLARADA PELO JUIZ)

Legitimação é a aptidão para a prática de determinados atos jurídicos.

Representação: p/ absolutamente incapazes; Assistência: p/ relativamente incapazes.

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EMANCIPAÇÃO

Depois de concedida torna-se irrevogável, salvo por sentença judicial.

A emancipação de fato ocorre quando o menor: casar; colar grau; for aprovado em concurso público, ou quando se estabelecer civil ou comercialmente com economia própria.

Seja qual for a emancipação, habilitará o menor, relativamente incapaz a reger a sua própria pessoa e os seus bens em geral.

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CAPACIDADE

Conceito: medida da personalidade. Pode ser:

Capacidade de Direito; Capacidade de Fato; Capacidade Plena; Capacidade Limitada.

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GRAUS DE CAPACIDADE

Capazes: maiores de 18 anos Absolutamente Incapazes – devem ser

representados; não podem participar do ato jurídico o ato é NULO; (ART.3.º)

Relativamente Incapazes – devem ser assistidos; o ato jurídico pode ser anulável.

ART.4.º

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DOMICÍLIO E RESIDÊNCIA

Domicílio – é a sede jurídica da pessoa, onde ela se presume presente para efeitos de direito.

Residência - é uma situação de fato.

Domicílio da Pessoa Natural é o lugar onde a pessoa estabelece a sua residência com ânimo definitivo. A residência é, portanto, um elemento do conceito de domicílio, o seu elemento objetivo. O elemento subjetivo é o ânimo definitivo.

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PESSOA JURÍDICA

Conceito são entidades em que a Lei empresta personalidade, capacitando-as a serem sujeitos de direitos e obrigações. Não possuem realidade física. (Art. 40 52)Podem ser:

De Direito Público; De Direito privado.

Requisitos p/ a constituição da Pessoa Jurídica: A)vontade humana;B) Registro;C) Autorização do Governo.

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Page 37: Direito Civil Parte Geral

1) Sobre a desconsideração da pessoa jurídica: assinale o item incorreto.

A) O Código Civil consagrou a fraude como elemento necessário à aplicação da desconsideração da personalidade jurídica;

B) No direito brasileiro, a teoria da desconsideração da personalidade jurídica desafiava a regra do art. 20 do Código Civil de 1916, que afirmava terem as pessoas jurídicas existência distinta da dos seus membros;

C) No plano doutrinário, cabe invocar essa teoria quando a consideração da sociedade empresária implica a licitude dos atos praticados, exsurgindo a ilicitude apenas em seguida à desconsideração da personalidade da referida sociedade;

D) A aplicação da teoria da desconsideração da personalidade jurídica dispensa a propositura de ação autônoma para tal;

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2) Assinale a alternativa que não corresponde às pessoas jurídicas de direito público interno:

A) as autarquias; B) os Municípios;

C) as associações; D) a União.

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3)Assinale a alternativa correta:

 A) são pessoas jurídicas de direito público interno, as fundações, a União, os Estados e Municípios;

B) as pessoas jurídicas de direito público interno não são civilmente responsáveis pelos atos de seus agentes;

C) em caso de abuso de personalidade, caracterizado pelo desvio de finalidade, pode o juiz determinar que os efeitos de certas obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica;

D) são pessoas jurídicas de direito privado, as autarquias, as associações e as sociedades.

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4)Assinale a alternativa CORRETA:

A) inexiste, no Código Civil de 2002, qualquer regra que imponha ao incapaz a responsabilidade pelos prejuízos que causar.

B) existe, no Código Civil de 2002, hipótese de responsabilidade civil por danos causados pela prática de ato lícito.

C) os pais somente respondem pelos danos causados por seus filhos quando provada cabalmente a sua culpa in vigilando.

D) no caso de culpa concorrente, a vítima jamais terá direito a qualquer indenização

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5)Assinale a alternativa correta, de acordo com o Código Civil Brasileiro vigente.

A) Exige-se, para aquisição da personalidade, além do nascimento com vida, que o feto seja viável.

B) O nascituro e o nascido com vida que vier a falecer em seguida têm o mesmo tratamento jurídico.

C) Capacidade é o mesmo que legitimação. D) O nascituro tem direitos assegurados

pelo legislador. Um exemplo disso é a possibilidade de ser donatário.

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6)Marque a alternativa correta

O negócio realizado por agente incapaz é sempre:

A)nulo. B)anulável. c)defeituoso. D) inexistente.

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Início da Pessoa Jurídica

Registro no órgão competente (art. 45)

Sociedades sem registro: Efeito: Comunhão patrimonial

Requisitos: Art. 46 CCResponsabilidades: Art. 47 a 49

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Quanto à estrutura interna: Corporações e Fundações

Corporações ( universitas personarum ) - Conjunto ou reunião de pessoas.

Visam à realização de FINS INTERNOS, estabelecidos pelos sócios. Os objetivos são voltados para o bem de seus membros.

Podem ser: Associações – não tem fins lucrativos, mas religiosos, morais,

culturais, desportivos ou recreativos Art. 53 e ss

Sociedades simples - têm fins econômicos e visam lucro, que deve ser distribuído entre os sócios.

Sociedades empresarias – Praticam atos de empresa.

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Desconsideração da pessoa Jurídica Art. 50 CC e Art. 28 CDC “DESVIO DE FINALIDADE” Art. 170 CF Livre Iniciativa

Titularidades: A) negocial; B) patrimonial; C) processual;

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FUNDAÇÕES Art. 62 CC

Conceito: Conjunto ou reunião de bens. recebe personalidade para a realização de

FNS PRÉ-DETERMINADOS; têm objetivos externos, estabelecidos pelo instituidor;

Não visam lucro, São sempre civis.

Características das Fundações Seus bens são inalienáveis e impenhoráveis, exceto c/ autorização

judicial; Os Estatutos são sua Leis básica; Os administradores devem prestar conta ao Ministério Público; Não existe proprietário, nem titular, nem sócios;

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Extinção das Fundações

No caso de se tornarem nocivas (objetivo ilícito); Caso se torne impossível sua manutenção; Vencimento do prazo de sua existência; Uma vez extinta uma fundação, o destino do seu

patrimônio será o previsto nos estatutos. Caso os estatutos forem omissos, destinar-se-ão a outras fundações de fins semelhantes.

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BENS

CONCEITO: Coisa é tudo o que existe fora do homem. Ex.: o ar, a terra, a água, uma jóia.

BENS são coisas economicamente valoráveis, qualquer coisa que sirva para satisfazer uma necessidade do indivíduo ou da comunidade, tanto material como espiritual. BENS são valores materiais ou imateriais que podem ser objeto de uma relação de direito.

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PATRIMÔNIO

1º. Os direitos reais, como o de propriedade e o de usufruto.

2º. Os direitos pessoais, como os de crédito e o das obrigações.

3º. Os direitos intelectuais, como os autorais e os de propriedade industrial.

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CLASSIFICAÇÃO

Tangíveis – bens com existência física, são os percebidos pelos sentidos. São objetos de contratos de compra e venda.

Intangíveis - bens com existência abstrata e que não podem ser percebidos pelos sentidos. São objetos de contratos de cessão (transferência). Não podem ser objeto de usucapião.

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IMÓVEIS: Tudo aquilo que estiver incorporado ao solo, no sentido amplo. (Art.79 e seguintes do Código Civil)

por natureza - o solo e sua superfície mais acessórios (árvores, frutos) mais adjacências (espaço aéreo, subsolo);

por acessão física - tudo quanto o homem incorporar permanentemente ao solo, não podendo removê-lo sem destruição. Exs.: sementes plantadas, construções;

por destinação – estão servindo ao imóvel e não ao proprietário. Ex.: máquinas, tratores, veículos, etc. Podem, a qualquer momento, ser mobilizados;

por disposição legal - direitos reais sobre imóveis. Ex.: direito de propriedade, de usufruto, o uso, a habitação, a servidão, a enfiteuse; penhor agrícola, direito à sucessão aberta (cuja herança é formada exclusivamente de bens móveis);etc.

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Móveis – podem ser objeto de Penhor.

por natureza – são os bens suscetíveis de movimento próprio ou por força alheia. Ex.: uma cadeira, um boi, um carro, um livro, etc.

por disposição legal - direitos reais sobre bens móveis (propriedade, usufruto); direitos de obrigação e as ações respectivas; os direitos do autor.

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Os bens móveis se adquirem pela tradição; os bens imóveis se adquirem pela transcrição da escritura pública no Cartório de Registro de Imóveis;

Outorga uxória - os bens imóveis para serem alienados, por pessoa casada, necessitam do consentimento do cônjuge; os móveis não.

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Fungíveis - são os bens móveis que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.

Infungíveis -são os bens que não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.

Mútuo – empréstimo gratuito de coisas fungíveis;

Comodato - empréstimo gratuito de coisas infungíveis;

Aluguel - empréstimo oneroso de bens infungíveis;

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Consumíveis - bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria coisa. Admite apenas uma utilização.

Inconsumíveis - são os que proporcionam reiterados usos.

Divisíveis - são os que podem ser partidos em porções reais e distintas, formando cada qual um todo perfeito.

Indivisíveis - são os bens que não podem ser partidos em porções, (por determinação legal ou vontade das partes), pois deixariam de formar um todo perfeito.

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Singulares - são todas as coisas que embora reunidas, se consideram independentes das demais. São considerados em sua individualidade.

Coletivos - são as coisas que se encerram agregadas em um todo. Ex. Biblioteca, massa falida, espólio, fundo de comércio, etc.

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Principais - são os que existem por si só, têm existência própria.

Acessórios - são as coisas cuja existência pressupõe a de um bem principal.

Regra: o bem acessório segue o principal. Quem for proprietário do principal, será também do acessório.

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BENS ACESSÓRIOS:

Benfeitorias – melhoramentos executados em um bem qualquer;

Necessárias - as que têm por fim conservar ou evitar que o bem se deteriore. Ex.: restauração de telhado, de assoalhos, de alicerces.

Úteis - são as que aumentam ou melhoram o uso da coisa. Ex.: garagem

Voluptuárias – são as de mero embelezamento. Ex.: uma pintura artística, uma piscina

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OS FRUTOS - podem ser:

naturais – da natureza: Exs.: fruto de uma árvore, nascimento de um animal;

industriais – intervenção direta do homem, produto manufaturado;

civis - rendimentos produzidos pela coisa principal. Ex.: juros, aluguel.

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BENS PÚBLICOS E PRIVADOS

Públicos - são os que pertencem a uma entidade de direito público. Exs.: bens pertencentes à União, ao Estado, aos Municípios;

de uso comum do povo - os rios, os mares, ruas, praças, estradas, etc.

de uso especial - são os bens públicos (edifícios, terrenos) destinados ao serviço público. Exs: prédio da Secretaria da Fazenda.

Dominicais – são os que constituem o patrimônio da União, Estado e Municípios, sem uma destinação especial. Exs.: terras devolutas, terrenos da marinha, etc.Particulares - são os bens que pertencem às pessoas físicas ou pessoas jurídicas de direito privado.

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Res Nullius são as coisas de ninguém, são as coisas sem dono.

Coisas Fora do Comércio coisas que não podem ser objeto de alienação e oneração.

As insuscetíveis de apropriação - Exs.: o ar, a luz solar, as águas do alto mar, etc.

As legalmente inalienáveis - o bem de família; os bens gravados com cláusula de inalienabilidade; os bens das fundações; os bens públicos de uso comum e uso especial.

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BEM DE FAMÍLIA(Art. 1711 CC E Lei 8009/90)

Instituto do direito civil pelo qual se vincula o destino de um prédio para seu domicílio ou residência de sua família;

. GENERALIDADES Um BEM DE FAMÍLIA DURA enquanto viverem os

cônjuges e existirem filhos menores não emancipados. BEM DE FAMÍLIA não entra em inventário, nem será

partilhado enquanto continuar a residir nele, o cônjuge sobrevivente ou filhos menores;

fica isento de execuções por dívidas, EXCETO AS TRIBUTÁRIAS;

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EXCEÇÕES

o BEM DE FAMÍLIA pode ser objeto de penhora quando EXISTIREM:

DÉBITOS FISCAIS provenientes do próprio imóvel (ITR, IPTU), ou

DÉBITOS TRABALHISTAS relacionados com empregados domésticos.

Quando a pessoa for proprietária de mais de 1 imóvel, o BEM DE FAMÍLIA será o BEM DE MENOR VALOR, SALVO se estiver expresso na escritura pública que o bem de maior valor será O BEM DE FAMÍLIA.

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Page 67: Direito Civil Parte Geral

1) "A" e "B" obrigaram-se a entregar a "C" e "D" um boi de raça, que fugiu por ter sido deixada aberta a porteira, por descuido de "X", funcionário de "A" e "B". Pode-se dizer que a obrigação é

A) indivisível, que se tornou divisível pela perda do objeto da prestação, com responsabilidade dos devedores "A" e "B", pela culpa de "X", seu funcionário.

B) solidária, com responsabilidade dos devedores "A" e "B", por culpa de seu funcionário, ante a perda do objeto da obrigação.

C) indivisível, tornando-se divisível com o perecimento do objeto, sem culpa dos devedores "A" e "B" e sem responsabilidade destes.

D) simplesmente, divisível com o perecimento do objeto da prestação, respondendo objetivamente "A" e "B" pela culpa de seu empregado "X".

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Page 68: Direito Civil Parte Geral

2) Antonio obrigou-se a entregar a Benedito, Carlos, Dario e Ernesto um touro reprodutor, avaliado em R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). Embora bem guardado e bem tratado em lugar apropriado, foi esse animal atingido por um raio, vindo a morrer. Nesse caso, a obrigação é

A) indivisível e tornou-se divisível com o perecimento do objeto, sem culpa do devedor.

B) indivisível e tornou-se divisível, com o perecimento do objeto por culpa do devedor.

C) tão somente indivisível, com ausência de culpa do devedor, ante o perecimento do objeto.

D) solidária, devendo o valor de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) ser entregue a qualquer dos credores, em lugar do objeto perecido.

 

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Page 69: Direito Civil Parte Geral

3) Assinale a incorreta.

A) não perdem o caráter de imóveis os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem;

B) consideram-se móveis para os efeitos legais as energias que tenham valor econômico;

C) consideram-se móveis para os efeitos legais os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;

D) são fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros, bastando que sejam da mesma espécie.

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Page 70: Direito Civil Parte Geral

4) O bem de família regulado pelo Código Civil de 2002

A) revogou o bem de família criado pela Lei n.º 8.009/90 (residencial).

B) não revogou o bem de família criado pela Lei n.º 8.009/90, regulando o bem de família independentemente da vontade (involuntário).

C) não revogou o bem de família criado pela Lei n.º 8.009/90, regulando o bem de família voluntário móvel.

D) não revogou o bem de família criado pela Lei n.º 8.009/90,regulando o bem de família voluntário imóvel.

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Page 71: Direito Civil Parte Geral

5) Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

A) o direito à sucessão aberta. B) as energias que tenham valor econômico. C) os direitos pessoais de caráter

patrimonial. D) os materiais definitivamente separados de

um prédio.

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Page 72: Direito Civil Parte Geral

6) Assinale a alternativa correta: Comodato é espécie de empréstimo:

a) de coisas não fungíveis e oneroso; b) de coisas fungíveis e gratuito; c) de coisas não fungíveis e gratuito; d) de coisas fungíveis ou não fungíveis

e gratuito

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Page 73: Direito Civil Parte Geral

7) Assinale a opção INCORRETA:

a) O direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel para os efeitos legais.

b) O patrimônio e a herança constituem coisas universais.

c) Os apartamentos de um edifício residencial são bens fungíveis.

d) O terreno é o bem principal e a casa construída sobre ele é o bem acessório.

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Page 74: Direito Civil Parte Geral

8) Os bens públicos dominicais são:

a) alienáveis, desde que sejam observadas as exigências da lei.

b) inalienáveis, enquanto conservarem essa qualificação.

c) aqueles que, desde tempos imemoriais, pertencem ao poder público, como os rios e mares.

d) os únicos bens públicos que podem ser usucapidos, desde que para servir de moradia, nos termos da Constituição Federal.

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DIREITO DAS OBRIGAÇÕES

Conjunto de normas e princípios jurídicos reguladores das relações patrimoniais entre um credor (sujeito ativo) e um devedor (sujeito passivo) a quem incumbe o dever de cumprir, espontânea ou coativamente, uma prestação de dar, fazer ou não fazer.

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CONCEITO

“Obrigação é a relação jurídica, de caráter transitório, estabelecida entre devedor e credor e cujo objeto consiste numa prestação pessoal, econômica, positiva ou negativa, devida pelo primeiro ao segundo, garantido-lhe o adimplemento através de seu patrimônio.”

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TIPOS DE OBRIGAÇÃO:

Obrigação Simples Existência de um só credor, um devedor e um objeto da prestação.

Obrigação Meio São aquelas que o devedor as cumpre desde que preste, diligente e escrupulosamente, os serviços prometidos. Promete esforços sem vincular com o resultado.

Obrigação Resultado São aquelas onde o devedor promete um resultado, e se não o apresentar é inadimplente.

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Obrigações Complexas ”São todos os tipos de obrigações que apresentam multiplicidade de objetos e ou, de sujeitos, podendo por estas características deixar de ser uma obrigação de dar, fazer ou não fazer para se transformar em obrigações alternativas, divisíveis ou indivisíveis.”

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Obrigação Cumulativas São aquelas que possuem em sua prestação vários objetos ou várias obrigações que deverão ser compridas ao mesmo tempo.

Obrigação Alternativas São aquelas obrigações que tem como objeto duas prestações; porém, apenas uma deverá ser cumprida, tal obrigação dará a opção ao devedor ou credor de escolher pela obrigação a ser cumprida.

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Obrigação Divisível São aquelas cuja particularidade principal é a pluralidade em um dos pólos, sendo que o objeto da prestação poderá ser dividido sem perder a essência. (art. 257).

Obrigação Indivisível É aquela onde há pluralidade de sujeitos e o objeto da prestação não poderá ser dividido sem perder sua essência (art. 259 e 261)

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Obrigação Solidária A solidariedade não se presume, ou ela resulta de vontade entre as partes, ou da própria lei. Sempre existirá pluralidade em um dos pólos ou em ambos sendo que qualquer um dos devedores será responsável pela divida toda. (art. 283).

Obrigações de execução instantânea, diferida e continuada ou periódica.

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TRANSFERÊNCIA DE DOMÍNIO Bens móveis Pela legislação, a partir do

momento da transferência; ou seja, da entrega da coisa, ela é de propriedade do comprador. Tradição (art.237).

Bens imóveis Para bens imóveis, a lei exige ato solene; ou seja, a formalidade da escritura e do registro do bem imóvel para que tenha a propriedade do bem se chama tradição solene. Art.1267 CCB.

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Obrigações com cláusula penal: Ocorre quando é imposta uma multa pelo seu inadimplemento.

Obrigações líquidas e ilíquidas: Só se compensam quando forem líquidas. Art. 369

Obrigações principais e acessórias. “O acessório segue o principal”!!!

Obrigações Propter Rem: Recai sobre uma pessoa por força de um direito real. Art. 1277

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Obrigação Real - O direito real é aquele que recai diretamente sobre a coisa.

Obrigação Pessoal - Direito pessoal obrigacional é aquele em que vincula duas pessoas mediante uma prestação e no caso do inadimplemento o devedor responde com ser patrimônio

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SUJEITOS

Pode ser pessoa natural ou Jurídica; Deve ser determinável; Devem ser capazes

Os auxiliares podem ser: Representantes Agem em nome e no interesse de

qualquer dos sujeitos da relação, emitindo declaração de vontade de quem representa.

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Prestação

A prestação consiste em dar, fazer ou não fazer alguma coisa. A prestação sempre tem conteúdo patrimonial ($) porque, caso contrário, seria impossível reparar perdas e danos, no caso de descumprimento obrigacional.

A prestação sempre se constitui de na prática de um ato humano positivo (ex. realização de um trabalho) ou negativo (ex. não construção de um edifício).

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Para que uma prestação possa ser cumprida é preciso ser:(IMPORTANTE)!!!!

Lícita Conforme ao direito, à moral, aos bons costumes e à ordem pública, sob pena de nulidade da relação obrigacional.

Possível Fisicamente e juridicamente; poder ser realizada quando a natureza permitir e não ser proibida por lei.

Determinada ou determinável Óbvio, deve existir dois pólos para existir obrigação. E é obrigatório saber quem deve ou para quem deve. Art. 104, II

Patrimonial é imprescindível que seja suscetível de estimação econômica

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Vínculo Jurídico

CONCEITO: É o vínculo disciplinado por lei e vem acompanhado de sanção (sempre perdas e danos).

Ex. o art 389, O devedor não cumpre a obrigação se sujeita a ressarcir o prejuízo causado. Caso o devedor recuse colaborar espontaneamente o credor recorre ao Poder Judiciário, que ordenará a penhora dos bens para alcançar a satisfação de seu débito.

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Fonte das Obrigações

Conceito - são os fatos jurídicos que dão origem aos vínculos obrigacionais, em conformidade com as normas jurídicas.

Espécies de fonte obrigacionais Fonte Imediata ou Primária Lei (por ser esta

que opera a transformação dos vínculos fáticos em jurídicos).

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Fonte Mediata ou Secundária

Voluntária Ato jurídico em sentido estrito é aquele que se objetiva em

mera realização da vontade do agente. Ex. Perdão, Pagamento Indevido e a notificação.

É aquele que gera conseqüências jurídicas previstas em lei e não pelas partes interessadas.

Não havendo regulamentação de autonomia privada. Negócio jurídico procura criar normas para rejeitar interesses

das partes, harmonizando vontades das partes e antagônicas, que se subordinam a alguns dispositivos comuns. Ex. testamento, contrato.

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Involuntário Ato ilícito é o descumprimento de uma

obrigação que acarreta conseqüências jurídicas alheias à vontade do agente, com aplicação de sanção, por violar mandato normativo. Ex. Indenização por perdas e danos (art.927).

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CLASSIFICAÇÃO

As obrigações classificam-se em: Obrigação de dar coisa certa; Obrigação de dar coisa incerta; Obrigação de fazer; Obrigação de não fazer.

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OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA o objeto da prestação é representado por coisa

determinada específica em espécie.” objeto é construído por um corpo certo e

determinado, estabelecendo entre as pares da relação obrigacional um vínculo em que o devedor deverá entregar ao credor a coisa individualizada.

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Regras

Princípio de identidade A coisa certa não pode ser substituída por outra unilateralmente.

O acessório segue o principal O acessório segue o principal em regra (art. 233).

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Teoria do risco

Até a entrega do bem (tradição), pode haver 3 ocorrências as quais são:

Perda; Deterioração; Melhoramento e acréscimos;

A perda pode ser: Natural, física ou jurídica

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Perda sem culpa do devedor Extingue-se a obrigação, sem direito à indenização. art. 238.

Perda por culpa do devedor Extingue-se a obrigação; art. 324 parte dá direito ao credor de exigir o equivalente mais perdas e danos.

Equivalente: valor da coisa no instante do seu perecimento

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Perdas e danos: Dano emergente + lucros cessantes; ou seja, prejuízo efetivo sofrido pelo credor mais o lucro que deixou de auferir (art. 927, 186 e 187).

Deterioração a) Deterioração sem culpa do devedor - deteriorada a coisa

sem culpa do devedor, poderá o credor escolher: Se ainda lhe interessa o bem, recebê-lo com abatimento

proporcional do valor que se perdeu. Se não interessa mais o bem, se desfaz a obrigação, mais sem

direito a indenização.

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b) Deterioração por culpa do devedor - Poderá o credor (art. 234): Receber a coisa (sem abatimento de preço) +

indenização por perdas e danos (em alguns casos).

Rejeitar a coisa e exigir seu equivalente + perdas e danos.

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b) Deterioração por culpa do devedor - Poderá o credor (art. 234):

Receber a coisa (sem abatimento de preço) + indenização por perdas e danos (em alguns casos).

Rejeitar a coisa e exigir seu equivalente + perdas e danos.

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Melhoramentos e acréscimos

Citadas no art. 96 Elas podem ser: Voluptuárias: São aquelas consideradas de mero deleite ou

recreio. Estas não aumentam o valor do bem, tais benfeitorias, numa relação obrigacional de restituir, deve ser sacada do bem e comprida a obrigação sem restituir.

Úteis: aumentam ou facilitam o uso do bem. Precisam de autorizam do proprietário, se concordar ele paga, caso contrário é o inquilino

Necessária: São aquelas que tem por fim conservar a coisa ou evitar que se deteriorem. Quem paga é o proprietário.

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Os melhoramentos (art. 97) são aquelas benfeitorias que ocorrem sem a interferência do proprietário, possuidor ou detentor. Ex. asfalto para chácara. Não cabe nenhum tipo de acréscimo no preço.

Acréscimos (art. 1248) são considerados acessão, ou seja, transformação do bem, sem transferência do homem e pode ser de duas formas:

Natural: aluviais, formação de ilhas. Artificiais: Construção de obras ou plantações. art. 1248

V

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• Exige-se do devedor ausência da má-fé. • No melhoramento ao acréscimo pode-se

exigir aumento de preço se não houver má-fé.

Em caso de árvores, os frutos percebidos são do devedor e os não percebidos são do credor;

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Perdas e Danos(art. 402) É o equivalente do prejuízo suportado pelo credor em virtude

do devedor não ter cumprido total ou parcialmente, absoluta ou relativamente a obrigação, expressando-se numa soma em dinheiro correspondente ao desequilíbrio sofrido pelo lesado.As perdas e danos se divide em:

Dano Emergente ou Dano Positivo é o prejuízo efetivamente sofrido pelo credor, ou ainda, o déficit real no patrimônio do credor.

Lucros Cessantes ou Dano Negativo - Pode ser a privação de um ganho pelo credor, ou seja, o lucro que ele deixou de auferir em razão do descumprimento da obrigação pelo devedor.

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MoraArt. 394

CONCEITO: É a falta de execução ou cumprimento da obrigação no momento em que se torna exigível. As pessoas que podem ficar em mora são:

devedor que não efetuar o pagamento ou cumprimento obrigacional;

credor que não quiser receber no tempo, lugar e forma convencionada.

• O devedor responde pelos prejuízos que sua mora possa ter causado (art.395).

• O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, mesmo que essa impossibilidade resulte de caso fortuito e força maior se este ocorrerem durante o atraso (art. 399).

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O devedor não responde pelo prejuízos resultante do caso fortuito ou força maior, exceto nos casos do art. 396

Mora é inandimplemento obrigacional (art. 394). A mora de extingue quando (art.401)

• O devedor purga-se (acabar, extinguir) a mora oferecendo a prestação mais correspondentes as perdas e danos até o dia do efetivo pagamento.

• O credor quando receber o pagamento e pagar os prejuízos decorrentes da mora.

• Por ambas as partes podem purgar-se a mora quando uma das partes renunciar os prejuízos decorrentes da mora e aceitar o cumprimento da obrigação.

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Caso Fortuito X Força Maior(art. 393) Caso Fortuito - Vem do latim fortuitus e quer diz

casual, acidental, ao azar. É a expressão usada para indicar imprevisibilidade, atuada por uma força que não se pode evitar. Caso que não se pode prever.

Força Maior - É o caso que mesmo previsto ou previsível, não pode ser evitado pela vontade ou pela ação do homem.

Sem culpa do devedor; fato inevitável e irresistível.

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Obrigação de Dar Coisa Incerta

Consiste na relação obrigacional cujo objeto é indicado de forma genérica sendo determinado no ato da escolha em data atrasada ou por ocasião cumprimento da obrigação.”

Coisa Incerta é determinada pela quantidade e pelo gênero.

Incerto é porque o objeto não é individualizado.

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Escolha ou Concentração: “É o fato pelo qual a coisa incerta se transforma em

coisa certa determinada e específica, dessa forma a obrigação que era de dar coisa incerta se transforma em obrigação de dar coisa certa só podendo ser entregue o objeto escolhido. (art. 233 do CCB).”

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A quem cabe a escolha:

A quem estiver determinado no título (contrato) Caso não esteja nada determinado em contrato, a lei

disciplinou que cabe ao devedor o encargo da concentração, ou seja, o devedor não poderá dar a coisa mas também não precisa dar a melhor, terá que escolher a coisa média. A doutrina determinou que a escolha média seria o meio termo.

Referindo-se a qualidade, terá o devedor que ter bom senso em escolher a coisa mediata para entregar.

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A coisa incerta não poderá se perder ou deteriorar, visto que não fora individualizada para isso, desta forma se o devedor tentar alegar perda ou deterioração da coisa, mesmo por caso fortuito ou força maior, este deverá cumprir a obrigação, oferecendo a escolha do bem de qualquer outro fornecedor (art. 246).