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DIREITO CIVIL I
SEMANA 7 AULA 14
OS BENS PÚBLICOS
SEMANA 7 AULA 14
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BENS PÚBLICOS• Consideraram-se públicos os bens do domínio
nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; particulares, todos os outros.
• Se pertencer à pessoa jurídica de direito público interno - a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios, os Territórios , as autarquias e as demais entidades de caráter público criadas por lei - reputa-se o bem público; fora daí, diz-se que o bem é particular, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
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• Portanto, não há bens públicos fora do domínio das pessoas jurídicas de direito público interno.
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• Pelo critério da titularidade, os bens públicos classificam-se em bens pertencentes à União , aos Estados , ao Distrito Federal e aos Municípios. (art. 98, 1ª parte, e art. 99, ambos do CC.)
• Daí a denominação de bens públicos federais, estaduais, distritais federais e municipais.
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Pelo critério da utilização, sublinhe-se que os bens públicos estão divididos em:
a) bens de uso comum do povo; b) bens de uso especial; e c) bens dominicais.
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• Os bens de uso comum do povo são aqueles cujo uso, por característica natural ou jurídica, franqueia-se ao público, sem qualquer discriminação, entre os quais se incluem: os rios, mares, estradas, ruas e praças.
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• Os bens de uso especial são aqueles cujo uso ocorre com certas e determinadas restrições legais e regulamentares, haja vista que se destinam a satisfazer uma utilidade ou necessidade pública especial, nos quais se destacam: edifícios ou terrenos destinados a serviço (teatros, universidades, museus ou estabelecimento da administração pública, inclusive de autarquia, navios e aeronaves de guerra, veículos oficiais.
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• Os bens dominicais são aqueles que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma delas
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Afetação e desafetação • A afetação é o ato
jurídico mediante o qual se impõe a um bem uma destinação, gravando-o com característica diferente daquela que o identificava e determinando-lhe outra finalidade de acordo com a qual será utilizado.
• Em decorrência da afetação, transmudam-se a natureza e a destinação do bem, a qual pode alcançar bens particulares ou bens públicos (bens de uso comum, bens de uso especial e bens dominicais ).
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• Um bem particular, defectado, pode se transformar em bem público de uso especial, que, a seu turno, pode, também, ser transpassado para bem público de uso comum, a mais nobre afetação.
• Em situações excepcionais, desde que inspiradas na vontade da lei, é possível um bem público de uso comum sofrer desafetação, com alteração de sua destinação.
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Regime jurídico • Os bens públicos
sujeitam-se a regime jurídico especial, sob cujos princípios acomodam-se regras jurídicas que lhes impõem rígida disciplina legal que os diferencia dos bens particulares.
• Como pertencem à Nação, diz-se que os bens públicos compõem o domínio público, tutorado pelo princípio da indisponibilidade, que se expressa nos predicativos da:
1 inalienabilidade; 2 imprescritibilidade; e 3 impenhorabilidade.
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• Trata-se de qualidade jurídica que exprime a compreensão natural de que o bem público, não se vende, não se dá, não se cede e não se adquire, a não ser em condições especiais, previstas em lei.
• Para o bem público e o bem do público, solenizam-se e substancializam-se as condições segundo as quais se lhe disponibiliza, sempre em condições e em situações extraordinárias, que se agigantam em face à realidade ordinária que envolve o poder particular sobre o bem que compreende o seu domínio.
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Inalienabilidade - A inalienabilidade consiste no predicativo que persegue o bem, impedindo-lhe a alienação ou a transferência de domínio, haja vista que, como se lhe veda o alheamento, não pode ser adquirido.
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• No entanto, a regra da inalienabilidade não se aplica, indiferentemente, a todos os bens públicos, porquanto se fraciona em:
• a) vedação absoluta; e • b) vedação relativa.
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Há vedação absoluta à alienação quanto aos:
a) bens públicos de uso comum ; e b) bens públicos de uso especial.
Há vedação relativa à alienação quanto aos bens dominicais, haja vista que podem ser alienados, observadas as exigência da lei.
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Faz-se necessário destacar que os bens de uso comum e os bens de uso especial, enquanto conservarem a sua natureza jurídica, são inalienáveis.
Em ocorrendo a desafetação - fenômeno por força do
qual se transmuda a natureza da destinação ou da categoria do bem público -, os bens de uso comum e de bens de uso especial, anilhados à nova realidade, agora na condição de bens dominicais, podem ser alienados.
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• imprescritibilidade - Trata-se a imprescritibilidade de outro predicativo decorrente da indisponibilidade do bem público, por força do qual se lhe blinda com o destaque jurídico, segundo o qual não se sujeita aos efeitos da usucapião.
• A imprescritibilidade, como garantia, alcança os bens públicos móveis e imóveis, sem restrição, sejam de uso comum do povo, de uso especial ou dominicais, haja vista que o próprio Código Civil não discrimina.
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• impenhorabilidade - Em decorrência do princípio da indisponibilidade, o bem público qualifica-se, ainda, pela natureza da impenhorabilidade.
• Compete realçar que, de regra, um bem inalienável é um bem impenhorável.
• Outorga-se ao bem público - de uso comum do povo, de uso especial ou dominical - a qualidade jurídica que o protege de penhora, razão por que não pode ser apreendido nem dado em garantia.
• Veda-se, também, sejam os bens públicos gravados com ônus, motivo pelo qual não podem ser penhorados nem hipotecados .
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Bem de família • Sob a roupagem dada pela Lei no. 8.009, o bem
de família dispensa ato formal de instituição, porque já constituído pela própria lei, ou pelo Estado, e atinge todo e qualquer imóvel onde viva família ou entidade, em o tornando impenhorável, e assim os móveis quitados que o guarneçam, ou ainda esses mesmos móveis quitados existentes na casa que - não sendo própria - for alugada.
• Óbvia “norma agendi”. Um direito objetivo, sob este aspecto.
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Os requisitos essenciais para a caracterização do bem de família:
Dois os supostos de direito material para que a residência da família não seja apreendida judicialmente:
• o prédio deve ser residencial e, além, • o grupo deverá estar residindo nele
efetivamente.
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• À hipótese de família multi ou pluridomiciliada, que tenha residências onde alternativamente viva (art. 71 do Código Civil) responde a Lei 8.009 com a indicação prévia, pelo proprietário, de apenas uma das casas utilizadas, sob pena de se tornar impenhorável a de valor menor do acervo.
• Jamais se designa mais de uma residência, ainda que em cidades diferentes do território nacional. Fica fora do alcance de nossa lei, entretanto, outro imóvel residencial situado no exterior.
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NÃO ESQUEÇA DE LER
O CONTEÚDO RELATIVO À SEMANA 8 PARA A PRÓXIMA AULA
E FAÇA OS EXERCÍCIOS NA WEBAULA!
Até lá!!!!
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