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DIREITO PROCESSUAL CIVIL IAugusto Tavares Rosa Marcacini

Matria para a Prova Intermediria do 1 semestre de 2008 I - Direito Processual Civil 1. Noes preliminares. Interesse, conflito de interesses, lide. Meios de soluo da lide. 2. Direito material e direito processual. Subclassificao do Direito Processual. Caractersticas do Direito Processual. 3. Fontes do Direito Processual. 4. Eficcia da lei processual no tempo. Irretroatividade. Sistemas de aplicao da lei processual no tempo. 5. Eficcia da lei processual no espao. Princpio da territorialidade. 6. Constituio e processo. Previso constitucional dos rgos jurisdicionais. Princpios fundamentais do Direito Processual: a)direito tutela jurisdicional; b)devido processo legal; c)isonomia processual; d)assistncia jurdica integral e gratuita; e)contraditrio; f)juiz natural; g)publicidade; h)licitude das provas; i)fundamentao das decises. 7. Breve histrico do Direito Processual. 8. Tendncias do Direito Processual Moderno. II - Jurisdio 9. Funes do Estado: legislativa, administrativa e jurisdicional. 10. Jurisdio: conceito, caractersticas e finalidade. 11. Princpios inerentes jurisdio. 12. A tutela jurisdicional. Tipos de tutela jurisdicional: a)tutela jurisdicional de deciso; b)tutela jurisdicional de execuo; c)tutela jurisdicional cautelar. 13. Unidade da Jurisdio. "Espcies" de jurisdio. Conceito de competncia (noes gerais). 14. Jurisdio contenciosa e jurisdio voluntria. 15. Organizao do Poder Judicirio. 16. Independncia do Poder Judicirio: a)ingresso e ascenso na carreira; b)garantias de independncia e impedimentos. 17. Funes essenciais Justia: a)Ministrio Pblico; a)Advocacia-Geral da Unio; c)Defensoria Pblica; d)Advocacia. III - Ao 18. Conceito de ao e sua evoluo. Ao e exceo. 19. Condies da ao: a)legitimidade de partes; b)interesse de agir; c)possibilidade jurdica do pedido. Carncia de ao. 20. Elementos da ao: a)partes; b)pedido; c)causa de pedir. 21. Classificao das aes: a)ao de conhecimento (meramente declaratria, constitutiva e condenatria); b)ao de execuo; c)ao cautelar.

12 de fevereiro de 2008 Apresentao dos objetivos do curso O Direito Processual Civil se aplica s defesas em Juzo, no Frum; regula o processo judicial, controla o poder do Estado estabelecendo regras claras. Bibliografia; site http: //marcacini.Usjt.br alm do programa, da tabela de alteraes do CPC. Programa inicial

Direito Processual Civil1. Noes preliminares. Interesse, conflito de interesses, lide. Meios de soluo da lide. 2. Direito material e direito processual. Subclassificao do Direito Processual. Caractersticas do Direito Processual. 3. Fontes do Direito Processual. 4. Eficcia da lei processual no tempo. Irretroatividade. Sistemas de aplicao da lei processual no tempo. 5. Eficcia da lei processual no espao. Princpio da territorialidade. 6. Constituio e processo. Previso constitucional dos rgos jurisdicionais. Princpios fundamentais do Direito Processual: Pgina 1 de 53Paulo Sales (200710830)

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a. direito tutela jurisdicional; b. Devido processo legal; c. Isonomia processual; d. Assistncia jurdica integral e gratuita; e. Contraditrio; f. Juiz natural; g. Publicidade; h. Licitude das provas; i. Fundamentao das decises. 7. Breve histrico do Direito Processual. 8. Tendncias do Direito Processual Moderno.

13 de fevereiro de 2008 1. Noes preliminares. Interesse, conflito de interesses, lide. Meios de soluo da lide.

Noes preliminares Trs institutos fundamentais so: 1. JURISDIO 2. AO 3. PROCESSO JURISDIO Poder que tem o Estado de aplicar a Lei ao caso; AO O direito de exigir do Estado o exerccio da jurisdio; PROCESSO Instrumento por meio do qual o Estado exerce a jurisdio. Algumas definies importantes: Um bem qualquer coisa que atenda as necessidades humanas; se o bem til a pessoa se INTERESSA por ele. INTERESSE a relao que se estabelece entre a pessoa e o bem. 1. JURDICO - o protegido pelo Direito Pgina 2 de 53Paulo Sales (200710830)

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1. INDIVIDUAL - de uma pessoa; 2. COLETIVO - da pluralidade de pessoas determinadas; 3. DIFUSO - da pluralidade de pessoas no determinadas; CONFLITO DE INTERESSES advm da existncia de interesses em grande quantidade e bens no suficientes para atender a todos. Pode ser: 1. INTIMO- da prpria pessoa; 2. INTERSUBJETIVO entre pessoas. Para o Direito o interesse pode ser: 1. Protegido 2. Subordinado pagar o po receber o po

A PRETENSO a iniciativa de fazer valer o seu interesse em face do outro. A RESISTNCIA se ope pretenso e a as partes entram em litgio ou LIDE. LIDE conflito de interesse qualificado por uma pretenso resistida. MODOS DE SOLUO DA LIDE 1. Autotutela a proteo de si mesmo; crime (artigo 345 previsto no CP).

CDIGO PENAL - Fazer justia pelas prprias mos, para satisfazer pretenso, embora legtima, salvo quando a lei o permite: Pena - deteno, de quinze dias a um ms, ou multa, alm da pena correspondente violncia. Pargrafo nico - Se no h emprego de violncia, somente se procede mediante queixa.Exemplificado:

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CDIGO CIVIL Art. 1210 (legtima defesa da posse) - 1 - O possuidor turbado, ou esbulhado, poder manter-se ou restituir-se por sua prpria fora, contanto que o faa logo; os atos de defesa, ou de desforo, no podem ir alm do indispensvel manuteno, ou restituio da posse. Art. 1283 - As razes e os ramos de rvore, que ultrapassarem a estrema do prdio, podero ser cortados, at o plano vertical divisrio, pelo proprietrio do terreno invadido.2. Autocomposio onde uma das partes abre mo de seus interesses para chegar a acomodao do conflito. Pode ser por: a. Renncia quando uma das partes abre mo do valor; b. Reconhecimento - quando uma das partes abre mo do valor; c. Transao quando ambas as partes abre mo do valor; 3. Justia Privada acontece pela conciliao ou mediao. a. As partes escolhem um terceiro, no qual ambos confiam, que vai definir a soluo. b. As partes escolhem um terceiro, no qual ambos confiam, que vai atuar como rbitro. 4. Justia Pblica a justia do Estado. a. Jurisdio poder do Estado de dar uma deciso e de usar a fora para fazer cumprir. b. Ao direito de exigir do Estado que se faa justia; c. Processo instrumento para exigir a jurisdio judicial. 19 de fevereiro de 2008 LIDE fato social decorrente da convivncia em sociedade; Trs institutos fundamentais: Jurisdio Ao Processo

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DIREITO MATERIAL x DIREITO PROCESSUAL DIREITO MATERIAL DIREITO PROCESSUAL Regras, de todos os outros ramos do Regras que regulam o exerccio da Direito, para solucionar os conflitos de jurisdio (poder). interesse. Caractersticas do Direito Processual 1. Direito autnomo regula de forma independente o exerccio da Jurisdio; 2. Instrumental se coloca a servio do Direito Material; no um fim em si mesmo; 3. Pertence ao ramo do Direito Pblico porque regula o exerccio do poder do Estado. Ramos do Direito Processual 1. Direito Processual Civil- no penal; trata dos conflitos de interesses civis; 2. Direito Processual Penal- penal; trata dos conflitos penais, onde existe crime. Devido a ramificaes especficas do poder judicirio seguem alguns sub-ramos: Justias especializadas: 1. Direito Processual do Trabalho 2. Direito Processual Eleitoral 3. Direito Processual Penal Militar Fontes do Direito Processual Civil 1. A fonte principal e objetiva a LEI prescrita na Constituio Federal, nos incisos do artigo 5; 2. CPC a lei padro; a lei ordinria; 3. Outras leis ordinrias (leis extravagantes) que regulam um tipo especfico de Relao Jurdica e outras regras de convvio. Ex; Lei da Locao (8245/91) que regula, alm do direito material, a relao processual entre o locador e o locatrio, tais como, ao de despejo, de reviso do aluguel; outros exemplos so a Lei da penso Alimentcia e a Lei de Falncias. Qual a competncia Legislativa do DPC? a UNIO FEDERAL. Eficcia da lei no tempo e no espao. Pgina 5 de 53Paulo Sales (200710830)

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No tempo (irretroatividade):VIGNCIA

I

VACACCIO LEGIS PROCESSO ANTERIOR VIGNCIA

LEI NOVA

PROCESSO POSTERIOR

II

VACACCIO LEGIS

LEI NOVA

PROCESSO EM ANDAMENTO

Solues: 1. Sistema da unidade processual a. Pressupe rigidez; b. O processo em andamento no afetado pela vigncia de uma lei nova. c. Exemplo: contratos de aluguel dentro da lei do inquilinato; 2. Sistema de isolamento dos atos a. Como um processo se desenvolve atravs de atos discretos, s aqueles praticados aps a vigncia da lei nova estariam de acordo com ela; b. Atos so as diversas manifestaes de vontades das partes feitas durante o transcorrer do processo; 3. Sistema de isolamento das fases processuais a. Como um processo no seu desenvolvimento pode ser dividido em grupos de atos ou fases, s as fases iniciadas aps a vigncia da lei nova estariam de acordo com ela; b. Fases podem ser postulatria, ordenatria, instrutria e outras; Se a lei nova no especifica qual das trs solues seguir, aplica-se a segunda: Sistema de isolamento dos atos, conforme previsto no artigo 1211 do CPC. 20 de fevereiro de 2008 Eficcia da lei. Pgina 6 de 53Paulo Sales (200710830)

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No espao: Segundo o PRINCPIO DA TERRITORIALIDADE deve-se aplicar a lei processual local, do seu territrio.

Constituio e processo 1. Definio dos rgos jurisdicionais ser visto adiante; 2. Princpios fundamentais do Direito Processual: a. Direito tutela jurisdicional; b. Devido processo legal; c. Isonomia processual; d. Assistncia jurdica integral e gratuita; e. Contraditrio; f. Juiz natural; g. Publicidade; h. Licitude das provas; i. Fundamentao das decises. Princpios fundamentais do Direito Processual 1. AO (tutela jurisdicional) a. Garantia constitucional de direito ao, conforme inciso XXXV do artigo 5 da Constituio Federal;

XXXV - a lei no excluir da apreciao do Poder Judicirio leso ou ameaa a direito;b. Tambm chamado de garantia de acesso justia ou ainda de princpio da inafastabilidade do controle jurisdicional. 2. DEVIDO PROCESSO LEGAL (expresso tradicional que data de 1354, em carta de bares ao seu rei). a. Deve ser legal: baseado na lei; b. Deve ser devido: seguir as regras de andamento de modo que o litigante esteja preparado. c. Garantir uniformidade; isonomia. d. Conforme inciso IV do artigo 5 da CF. Pgina 7 de 53Paulo Sales (200710830)

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IV - livre a manifestao do pensamento, sendo vedado o anonimato;

Explicando melhor o DEVIDO PROCESSO: ISONOMIA Todas as pessoas so iguais perante a lei. 3. ISONOMIA PROCESSUAL PARIDADE DE ARMAS, que as partes tenham as mesmas oportunidades de defesa. a. Ex: Promessa de assistncia jurdica integral e gratuita, conforme inciso LXXIV do artigo 5 da CF.

LXXIV - o Estado prestar assistncia jurdica integral e gratuita aos que comprovarem insuficincia de recursos;b. As custas do processo so dispensadas para aqueles que comprovadamente sejam carentes. 26 de fevereiro de 2008 4. ASSISTNCIA JURDICA INTEGRAL GRATUITA a. Todos tm direito; 5. CONTRADITRIO a. Previsto no inciso LV do artigo 5 da CF.

Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral so assegurados o contraditrio e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.b. Uma parte tem o direito de contradizer a outra, portanto devem ter cincia de todos os atos do processo, o qual deve ser participativo. c. Tambm uma tcnica do Juiz para chegar verdade dos fatos. Pgina 8 de 53Paulo Sales (200710830)

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6. JUIZ NATURAL i. Competente, ii. Neutro (imparcial), iii. Independente (e ter as garantias dessa independncia), iv. Incorruptvel (no pressionvel), v. Habitual (previamente existente ao litgio) Previsto nos incisos XXXVII e LIII do artigo 5 da CF. XXXVII

No haver juzo ou tribunal de exceoObs: um tribunal de exceo aquele criado para julgar e depois se dissolve como, por exemplo, no caso do julgamento do ditador Romeno; LIII -

Ningum ser processado nem sentenciado seno pela autoridade competenteb. O Juiz deve ser: i. Neutro ii. Independente e ter essa independncia assegurada iii. Imparcial iv. No pressionvel v. Incorruptvel vi. Habitual, isto , previamente existente ao litgio. 7. PUBLICIDADE a. Previsto no inciso LX do artigo 5 da CF.

A lei s poder restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social assim o exigiremb. O processo em regra pblico, de conhecimento do povo. livre o acesso aos autos do processo, exceto nos casos acima quando corre em segredo de justia. i. Defesa da intimidade das partes; ii. Interesse social.

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27 de fevereiro de 2008 8. LICITUDE DAS PROVAS a. Previsto no inciso LVI do artigo 5 da CF.

So inadmissveis, no processo, as provas obtidas por meio ilcito.b. Como ponto de contato temos o inciso XII do artigo 5 da CF;

inviolvel o sigilo da correspondncia e das comunicaes telegrficas, de dados e das comunicaes telefnicas, salvo, no ltimo caso, por ordem judicial, nas hipteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigao criminal ou instruo processual penal.

Obs: PROVA a demonstrao que os fatos so verdadeiros. Ex: percias, laudos, depoimentos e...; Uma prova ilcita diferente de uma prova falsa ou no verdadeira; a primeira pode ser verdadeira, mas foi obtida de forma ilcita.

9. FUNDAMENTAO DAS DECISES a. Previsto no inciso IX do artigo 93 da CF.

Todos os julgamentos dos rgos do poder judicirio sero pblicos, e fundamentadas todas as decises, sob pena de nulidade, podendo ...b. O juiz deve expor os seus motivos explicitando as razes que o levaram quela deciso. 10.DURAO RAZOVEL DO PROCESSO a. Previsto no inciso LXXVIII do artigo 5 da CF.

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A todos, no mbito judicial e administrativo, so assegurados a razovel durao do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitao.b. Garantir um processo sem paralisaes por mera falta de estrutura judiciria. Seguem outros trs princpios exclusivos para o processo penal: 11.FLAGRANTE DELITO a. Previsto no inciso LXI do artigo 5 da CF;

Ninguem ser preso seno em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciria competente, salvo....12.PRESUNO DE INOCNCIA b. Previsto no inciso LVII do artigo 5 da CF;

Ninguem ser considerado culpado at o trnsito em julgado de sentena penal condenatria.13.DIREITO AO SILNCIO a. Previsto no inciso LXIII do artigo 5 da CF.

O preso ser informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistncia da famlia e de advogado.b. No processo civil o silncio tido como confisso, porm no processo penal o silncio no traz conseqncias. Recomendao: ler o livro ou ver o filme chamado O Processo de Franz Kafka.Programa (continuao) II - Jurisdio

9. Funes do Estado: legislativa, administrativa e jurisdicional. 10. Jurisdio: conceito, caractersticas e finalidade.11. Princpios inerentes jurisdio. execuo; c)tutela jurisdicional cautelar.

12. A tutela jurisdicional. Tipos de tutela jurisdicional: a)tutela jurisdicional de deciso; b)tutela jurisdicional de Pgina 11 de 53Paulo Sales (200710830)

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13. Unidade da Jurisdio. "Espcies" de jurisdio. Conceito de competncia (noes gerais). 14. Jurisdio contenciosa e jurisdio voluntria. 15. Organizao do Poder Judicirio. 16. Independncia do Poder Judicirio: a)ingresso e ascenso na carreira; b)garantias de independncia eimpedimentos.

17. Funes essenciais Justia: a)Ministrio Pblico; a)Advocacia-Geral da Unio; c)Defensoria Pblica;d)Advocacia.

4 de maro de 2008 JURISDIO 1. Funes do Estado a. Legislativa exercida pelo poder legislativo, cria as normas; b. Administrativa exercida pelo poder executivo, aplica a norma para gerir e alcanar o bem comum, praticando a prpria conduta estatal dentro da lei; c. Jurisdicional exercida pelo poder judicirio aplica a norma, impondo-a como soluo para resolver a LIDE; i. Ex: obra pblica s mediante edital e licitao; ii. Ex: contratao s mediante edital e concurso pblico; 2. Caractersticas da Jurisdio a. Substitutividade i. A jurisdio age com a substituio da vontade das partes pela vontade da lei; realiza aquilo que os litigantes deveriam ter feito sozinhos; b. Definitividade i. A soluo definitiva; aps todos os recursos permitidos o caso considerado julgado; c. Escopo de atuao do Direito i. A finalidade da administrao estatal o bem comum como um fim e o meio o modo como ele vai atingir o seu objetivo; seus atos devem estar em acordo com a lei. J, enquanto Jurisdio, o fim, o objetivo final a prpria lei. d. Estar relacionada com uma lide i. A jurisdio no exercida em abstrato s em casos concretos; e. Inrcia i. A jurisdio s atua se houver um pedido de tutela; o juiz no age de ofcio, sem provocao; tem que haver o pedido provocando a jurisdio pela parte interessada. 3. Finalidades Pgina 12 de 53Paulo Sales (200710830)

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a. Pacificar os conflitos com a soluo da lide; b. Aplicao do Direito 4. Poderes inerentes Jurisdio a. De deciso impor uma soluo; b. De coero poder de usar a fora; c. De documentao de produzir documentos durante o processo. 5. rgos jurisdicionais (quem exerce a jurisdio?). a. Poder judicirio quase que exclusivamente; b. Senado conforme previsto na CF, art 52, inc I e II ). 6. Princpios que orientam a Jurisdio a. Investidura quem exerce a jurisdio aquele que foi investido pelo Estado, nomeado e tomou posse como juiz. b. Aderncia ao territrio a lei estabelece a base territorial de cada rgo jurisdicional. c. Indelegabilidade as funes devem ser exercidas pelo investido e no por outro delegado por este. d. Inevitabilidade a jurisdio inevitvel; as partes ficam sujeitas ao poder. e. Inafastabilidade a Jurisdio inafastvel; o juiz no pode deixar de oferecer tutela jurisdicional. f. Juiz natural - tem que ter as seguintes caractersticas: i. Competente, ii. Neutro (imparcial), iii. Independente (e ter as garantias dessa independncia), iv. Incorruptvel (no pressionvel), v. Habitual (previamente existente ao litgio) 5 de maro de 2008 TUTELA JURISDICIONAL 1. Tutela jurisdicional de deciso (Declaratria) a. De DECISO (de Declarao, de Conhecimento). O conflito nasce de uma pretenso resistida; o pedido de tutela espera obter uma entrega de prestao jurisdicional (deciso final); nada mais que o reconhecimento de algo j existente. Pgina 13 de 53Paulo Sales (200710830)

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i. Meramente declaratria soluo do conflito apenas com a declarao SIM ou NO. ii. Constitutiva alm de declarar se SIM ou NO h que ter uma desconstituio; ex: divrcio alm de conced-lo tem que haver a desconstituio do casamento; cria, modifica ou extingue uma relao jurdica. iii. Condenatria alm de declarar a existncia do direito esta deciso ainda impe ao vencido o pagamento de uma obrigao de fazer, entregar a coisa ou quantia. 2. Tutela jurisdicional de execuo (de ttulos executivos) Neste caso a lide ou conflito nasce de uma pretenso insatisfeita. Ex: uma parte deve e sabe que deve, mas no paga a outra parte; esta outra parte pede tutela jurisdicional de execuo e no final espera obter a entrega da coisa devida.

3. Tutela jurisdicional cautelar Esta assessora as outras duas.Neste caso existe a iminncia de um dano irreparvel e o que se deseja ao pedir assegurar o direito em uma disputa, ou seja, o resultado de uma das duas anteriores. O que se busca celeridade ainda que provisria. Ex: penso alimentcia pede-se cautelar para ir pagando desde j a penso; bloqueio de bens pede-se cautelar para garantir o pagamento de dvida. Obs: antecipao de tutela (total ou parcial) provisria; liminar in limine, no comeo; antecipao de tutela no incio (desde 1994). 11 de maro de 2008 Unidade e espcies de Jurisdio A Jurisdio una, indivisvel; As espcies so as divises das funes entre os rgos jurisdicionais. Trata-se das competncias dos rgos definidas pelo agrupamento dos tipos de conflitos. A distribuio dos casos concretos feita pelos vrios rgos. Classificao das espcies de Jurisdio Pgina 14 de 53Paulo Sales (200710830)

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1. Quanto natureza dos conflitos: a. Civil b. Penal 2. Quanto justia a. Comum (civil e penal) b. Especial i. Trabalhista (civil) ii. Eleitoral (civil e penal) iii. Penal militar (penal) 3. Quanto hierarquia a. Superior julga recursos advindos da inferior e algumas aes especficas; b. Inferior porta de entrada das aes em geral. At aqui falamos da Jurisdio Contenciosa e a seguir falaremos da Jurisdio Voluntria ou Graciosa. A Jurisdio Voluntria um tipo de atividade que o Juiz desempenha processualmente de forma atpica. Dentro do gnero que o Estado desempenha de Administrao Pblica de Direitos Privados existe uma espcie chamada Jurisdio Voluntria. Exemplos: 1. Formao de sociedade a Junta Comercial, rgo pblico, quem desempenha a Administrao Pblica de Direitos Privados; 2. Casamento o Juiz de paz (que no funcionrio do poder judicirio) quem desempenha neste caso no Cartrio de Registro Civil (que fiscalizado pelo Estado apesar de ser rgo privado). Portanto, Jurisdio Voluntria a Administrao Pblica de Direitos Privados praticada por rgos jurisdicionais nos casos em que o legislador achou por bem. Exemplos: 1. Acrescentar um apelido ao nome tem que ser aprovado por um Juiz; 2. Autorizar o representante de um incapaz a vender um bem de propriedade deste tambm tem que ser aprovado por Juiz. Comparao Jurisdio Atividade Caracterstica Contenciosa Jurisdicional Substitutiva Voluntria Administrativa Integrativa Pgina 15 de 53Paulo Sales (200710830)

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Sentena Conflito Participantes

Faz coisa julgada Lide Partes

Pode voltar a juzo Interesse pblico Interessados

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12 de maro de 2008 ORGANIZAO DO PODER JUDICIRIO Esquema Geral do Poder Judicirio Supremo Tribunal Federal S.T.F.Justia Especial TST TRT Trab. TSE TRE Eleit. Milit. STM Justia Comum Supremo Tribunal de Justia - STJ TREst EST Org. Estadual

TRF FED

Organizao Federal (art 92,CF)

JUSTIA COMUM FEDERAL (90%)Tribunal Regional Federal Vara 2 Grau de Jurisdio ou 2 Instncia 1 Grau de Jurisdio ou 1 Instncia

O pas est dividido em 5 regies com sedes, a saber: 1. Regio 1 Braslia 2. Regio 2 Rio de Janeiro 3. Regio 3 So Paulo (onde tramitam 40% dos processos nacionais) 4. Regio 4 Porto Alegre 5. Regio 5 Recife Obs: Uma Seo Judiciria o territrio correspondente a um Estado. JUSTIA COMUM ESTADUAL (10%) Exemplo de So Paulo (1 instncia):Tribunal de Justia - TJ 2 Grau de Jurisdio ou 2 Instncia

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Comarca (varas)

1 Grau de Jurisdio ou 1 Instncia

O Territrio Estadual, para o 1 grau de jurisdio, est dividido em regies geogrficas chamadas Comarcas, cada uma agrupando alguns municpios. As Comarcas, quanto a sua carga processual, so classificadas em ENTRNCIAS, a saber: 1. Entrncia Inicial comarca com pequeno volume de processos; 2. Entrncia Intermediria comarca com volume mdio de processos; 3. Entrncia Final comarca com grande volume de processos; As varas podem ser: 1. Cumulativas julgam todos as especialidades por se encontrarem em comarcas de pequeno volume processual; 2. Especializadas como exemplo da Capital, no ramo cvel, sem os tipos: a. Cvel b. Famlia e sucesso c. Registros pblicos d. Fazenda pblica e. Acidente de trabalho f. Falncia e recuperao judicial g. Infncia e juventude (ECA) Observaes: 1. A Comarca tambm pode ser chamada de foro regional ou vara distrital; 2. Como regra geral no processo civil a causa ser proposta considerando o domiclio do ru. Justia estadual 2 Grau Exemplo de So Paulo (2 instncia): Tribunal de Justia - TJ At 2004, existiam no 2 grau quatro tribunais (atualmente unificados no TJ): 1. Tribunal de Justia 2. Tribunal de alada civil I 3. Tribunal de alada civil II 4. Tribunal de alada criminal

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JUIZADO ESPECIAL CIVIL E CRIMINAL Em 1984, foram criados, na rea cvel, os juizados de pequenas causas para tratar mais rapidamente os casos de menor valor econmico; em 1988, foram autorizados os juizados criminais para tratar de crimes leves, de menor potencial ofensivo, ou seja, menor gravidade. Em 1995, pela lei 9099, foram substitudos os juizados acima pelo Juizado Especial Civil e pelo Criminal, com a seguinte estrutura.Colgio Recursal Juizado Especial 2 Grau de Jurisdio ou 2 Instncia composto de juzes de 1 grau 1 Grau de Jurisdio ou 1 Instncia juz de 1 grau togado ou leigo

TRIBUNAIS So rgos colegiados, organizados em grupos de juzes que possuem regimento prprio para distribuir e organizar seus rgos internos. Os grupos de juzes de 2 grau (desembargadores) podem ser chamados: 1. Cmara a exemplo do TJ (Tribunal de Justia) 2. Turma no caso do TRF ou do TRT. O TJ funciona da seguinte forma: 1. Em grupos chamados cmaras, as quais se agrupam em: a. Seo criminal b. Seo de direito privado c. Seo de direito pblico 2. Em plenrio, isto e, de forma Plena, com todos os seus juzes; Obs: Nos casos de tribunal muito grande pode existir a necessidade de rgos especiais.

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18 de maro de 2008 ORGANIZAO DO PODER JUDICIRIO Esquema Geral do Poder Judicirio Supremo Tribunal Federal S.T.F.

Supremo Tribunal de Justia - STJ TREst vara Org. Estadual

TRF vara Org. Federal

STJ Supremo Tribunal de Justia Composto de, no mnimo, 33 ministros (juzes), sendo: 1) 6 turmas de 5 cada 2) +3 (Presidente, Vice e Corregedor) 3) + rgo especial (25 juzes mais antigos) Advindos de: 1) 1/3 dos tribunais federais 2) 1/3 dos tribunais estaduais 3) 1/6 do Ministrio Pblico (promotores) 4) 1/6 dos Advogados STF Supremo Tribunal FederalArt. 101. O Supremo Tribunal Federal compe-se de onze Ministros, escolhidos dentre cidados com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notvel saber jurdico e reputao ilibada. Pargrafo nico. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal sero nomeados pelo Presidente da Repblica, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.

Composto de 11 ministros (art 101, CF), sendo: 1) 2 turmas de 5 cada Pgina 20 de 53Paulo Sales (200710830)

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2) +1 (Presidente) 3) + rgo especial (Pleno) INDEPENDNCIA DO PODER JUDICIRIO Ingresso na carreira de juiz: 1) Concurso pblico para juiz substituto (art 93, I, CF)Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, dispor sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princpios: I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial ser o de juiz substituto, mediante concurso pblico de provas e ttulos, com a participao da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mnimo, trs anos de atividade jurdica e obedecendo-se, nas nomeaes, ordem de classificao;

2) Quinto constitucional (art. 94, CF) a. 4/5 juiz de carreira b. 1/5 juiz de quintoArt. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territrios ser composto de membros, do Ministrio Pblico, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notrio saber jurdico e de reputao ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sxtupla pelos rgos de representao das respectivas classes. Pargrafo nico. Recebidas as indicaes, o tribunal formar lista trplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subseqentes, escolher um de seus integrantes para nomeao.

Ascenso na carreira de juiz: 1) Antiguidade (art. 93, II, CF)II - promoo de entrncia para entrncia, alternadamente, por antigidade e merecimento, atendidas as seguintes normas: a) obrigatria a promoo do juiz que figure por trs vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento; b) a promoo por merecimento pressupe dois anos de exerccio na respectiva entrncia e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antigidade desta, salvo se no houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago; c) aferio do merecimento conforme o desempenho e pelos critrios objetivos de produtividade e presteza no exerccio da jurisdio e pela freqncia e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeioamento; d) na apurao de antigidade, o tribunal somente poder recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois teros de seus membros, conforme procedimento prprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votao at fixar-se a indicao;

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e) no ser promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder alm do prazo legal, no podendo devolv-los ao cartrio sem o devido despacho ou deciso;

2) Merecimento (art. 93, III, CF), alternadamente.III o acesso aos tribunais de segundo grau far-se- por antigidade e merecimento, alternadamente, apurados na ltima ou nica entrncia;

19 de maro de 2008 INDEPENDNCIA DO PODER JUDICIRIO Ingresso na carreira de juiz: 1) Concurso pblico para juiz substituto (art. 93, I, CF) 2) Quinto constitucional (art 94, CF) Ascenso na carreira de juiz: 1) Antiguidade (art. 93, II, CF) 2) Merecimento (art. 93, CF), alternadamente. Obs.: o juiz tem que se inscrever demonstrando interesse em ser promovido. A independncia se d em dois nveis: 1) Autogoverno do PJ independncia em face de outros poderes; a. Independncia financeira (art 99, CF) 2) Independncia dos juzes independncia individual (juiz natural) a. Independncia jurdica b. Independncia poltica (art. 95, CF) Garantias (art. 95, CF) 1) Vitaliciedade 2) Inamovibilidade 3) Irredutibilidade de subsdio Impedimentos 1) Exercer outro cargo, salvo 1 de magistrio; 2) Receber custas ou participao em processos; 3) Dedicar-se a atividade poltico-partidria; 4) Receber auxlios (em. 45) 5) Exercer advocacia no tribunal do qual se afastou antes de 3 anos (em.45). 25 de maro de 2008

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INDEPENDNCIA DO PODER JUDICIRIO Garantias (caput, art. 95, CF) Impedimentos (inc. I, II, parg. nico, art. 95, CF) FUNOES ESSENCIAIS JUSTIA So quatro funes essenciais Justia, sendo trs exercidas por rgos do Estado e uma por rgo particular, a saber: 1. MP Ministrio Pblico (acusador) art 127, CF distinto do poder judicirio, atua no processo judicial no interesse da sociedade; atua principalmente nos processos penais, porm atua tambm nos processos civis: a. Como parte quando d incio; b. Como fiscal da lei, principalmente no Direito de Famlia quando envolve incapazes em geral; c. Organizado pela Unio e pelos Estados (promotor natural): i. MP Estadual 1. Primeira instncia - promotor de justia (entrncia inicial) 2. Segunda instncia - procurador de justia (final de carreira) ii. MP Federal 1. Procuradores da repblica 2. Chefe Procurador Geral da Repblica 2. Advocacia Pblica (art .131, CF) -representam os entes de Direito Pblico a. Advocacia Geral da Unio representa a Unio; b. Procuradoria do Estado representa cada Estado; c. Procuradoria do Municpio representa os municpios de grande porte tais como as capitais; i. Obs: o inc. IX, art. 129, CF, veda ao MP representar judicialmente entidades pblicas, cabendo somente Advocacia pblica; 3. Defensoria Pblica (art. 134, CF) (substituiu a PAJ, antiga Procuradoria de Assistncia Jurdica) a. Promove a defesa do carente de recursos 4. Advocacia (art 133, CF) privado. BREVE HISTRICO DO DIREITO PROCESSUAL Famlias jurdicas: 1. Romana a Amrica latina herdou o sistema romano (portugus) Pgina 23 de 53Paulo Sales (200710830)

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2. Anglo-saxnica os Estados Unidos herdou o sistema anglo-saxo (ingls comon law") Marco do nascimento do Direito Processual Como estudo cientfico, h 140 anos, com a publicao do livro Dilao e Pressupostos Processuais de Oskar Von Bulow, em 1868, sculo XIX.

26 de maro de 2008 BREVE HISTRICO DO DIREITO PROCESSUAL (continuao) 1 fase: Direito Processual Primitivo Fase at 450 aC caracterizada por normas de natureza religiosa tais como os 10 mandamentos, a Lei das 12 tbuas e, a mais antiga, a Lei do Talio no Cdigo de Hamurabi datando de 2000 aC. Eram normas relativas ao Juiz e as provas eram testemunhais. A testemunha que mentisse pagaria com pena igual ao dano causado pela sua mentira. 2 fase: Direito Processual Romano Fase de cerca de 1000 anos que ocorreu de 450 aC at 565 dC, se dividindo em trs periodos: 1. Perodo das aes da lei a. De 450 aC at 149 aC foi um perodo formalista onde a lei previa 5 aes; 2. Perodo formulrio a. De 149 aC at 294 dC foi um perodo onde o Pretor (iudex) comea a criar e admitir novas aes; b. A ordem dos juzes privados foi o modelo que se deu nos dois perodos anteriores; 3. Perodo da cognao extraordinria a. De 294 at 565 o perodo se caracterizou pela existncia de recursos (appellatio) o que contribui para a centralizao do poder. 3 fase: Direito Processual Romano Barbrico Fase que vai de 565 (morte de Justiniano) at 1088; nesta fase o processo ganha caractersticas brbaras, tais como, provas concretas e ordlias (provas que vinham de Deus); as testemunhas que sobrevivessem s provas divinas estariam falando a verdade. Pgina 24 de 53Paulo Sales (200710830)

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4 fase: Direito Processual Romano Cannico Fase que vai de 1088 at 1563, conhecida como perodo dos Glosadores; a Glosa era uma anotao feita margem do texto da lei. Um dos primeiros Estados a nascer foi Portugal, por volta do sculo XIII, com poder centralizado na mo do Rei. No sculo XIV surgiu a figura do Juiz de Fora (de outra localidade) para julgar em nome do Rei e retornam os recursos ao Poder Central (Rei). 5 fase: Praxismo Fase que vai de 1563 at 1806 se caracterizou pela publicao de Prticas, civil e criminal, para os escriturrios. A inveno da Imprensa acelerou a transmisso de como era a PRAXE Forense, escritos em lngua nacional substituindo os antigos escritos em Latim. 6 fase: Procedimentalismo Fase que vai de 1806 at 1868 se caracterizou pelos procedimentos escritos inclusive o Cdigo Francs. 7 fase: Processualismo Cientfico Fase que se iniciou em 1868, e permanece at hoje, ano ao qual se atribui o nascimento do Direito Processual, na Alemanha e difundindo-se pela Itlia com o livro de Oskar que tratava do processo como uma Relao Jurdica Processual. HISTRIA DO DIREITO PROCESSUAL NO BRASIL Desde 1446, vigoravam em Portugal as Ordenaes Afonsinas. D. Afonso rene as ordenaes existentes at ento que eram inspiradas no Direito Romano Cannico. No descobrimento do Brasil esta era a lei vigente. Em 1521, foram substitudas pela s ordenaes Manuelinas (D. Manuel) e mais tarde, em 1603, pelas Felipinas (D. Felipe) que continuaram em vigor at 1822, ano da nossa Independncia. A partir de 1823 vigorou, no Brasil, o primeiro Direito Civil Processual at que em 1850 veio o Regulamento 737 (Cdigo Comercial). Em 1889 iniciou-se a Repblica e em 1890 extende-se, por Decreto, o regulamento 737 para as causas Civis as quais at ento continuavam regidas pelas ordenaes. Em 1891, a Constituio estabelece que a competncia de legislar era Estadual e o primeiro Estado a promulgar o seu Cdigo foi o Par, em 1905. S em 1930, So Paulo promulgou o seu, que durou pouco visto que a Constituio de 1934 estabeleceu competncia Federal para legislar. Pgina 25 de 53Paulo Sales (200710830)

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Portanto estados como Mato Grosso, Amazonas nunca chegaram a promulgar Cdigos de Lei. O 1 CPC s veio a ser usado em 1939, sendo reformulado s em 1973 que foi influenciado pelo Processualista italiano Liebman o qual se encontrava no Brasil, ministrando aulas, naquela altura. 1 de abril de 2008 (professor faltou)

2 de abril de 2008 HISTRIA DO DIREITO PROCESSUAL NO BRASIL (continuao) O 1 CPC s veio a ser usado em 1939, sendo reformulado s em 1973. Com o novo Cdigo Processual Civil vieram novas regras, inovaes como por exemplo: 1.Lei 7244/84 que tratava das Pequenas Causas 2.Lei 9099/95 que implantou os Juizados Especiais Civil e Criminal em substituio ao de Pequenas Causas; 3.Em 1988, a nova Constituio cria o Supremo Tribunal de Justia; 4.Outras leis que romperam com o clssico constitucional: a. Lei 7347/85 Proteo pblica de interesses difusos permitindo a Ao Civil Pblica; b. Lei 8078/90 Cdigo de Defesa do Consumidor (normas processuais) c. Outras leis de reforma do Cdigo de Processo Civil. TENDNCIAS DO DIREITO PROCESSUAL MODERNO Esta tendncia caracteriza-se por preocupar-se mais com os fins do Direito Processual do que com a autonomia da tcnica processual. Acesso Justia (XXXV, 5, CF) Quais so as barreiras para o acesso justia? 1.Insuficincia de recursos (EAJ Escritrio de Assistncia Jurdica) 2.Causas de pequeno valor econmico 3.Litigante habitual x Litigante eventual (desequilbrio); ex: o CDC permite que o juiz inverta o nus da prova para equilibrar. 4.Existncia de interesses difusos e coletivos e no havia como proteg-los, como por exemplo: a. Meio-ambiente b. Patrimnio histrico Pgina 26 de 53Paulo Sales (200710830)

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Trs ondas de acesso justia: 1.Assistncia Jurdica proteo do carente de recursos que j existia como uma viso caritativa e agora sob uma viso do Estado Democrtico, regulamentada a partir da lei 1060/50; 2.Movimento de defesa dos interesses difusos lei 7347/85 3.Melhoria do sistema como um todo reforma processual. Instrumentalidade do processo processo simples, adequado aos fins se contrapondo ao formalismo anterior. Ex: antes se o ru no comparecesse, no havia processo; atualmente a citao formal garante que o ru tomou conhecimento e o processo segue mesmo sem a sua presena (revelia). A celeridade processual educa enquanto a morosidade deseduca. Efetividade do processo DECISO JUDICIAL x DECISO RPIDA efetivo o processo que consiga contrabalanar estes dois valores.

08 de abril de 2008 (professor faltou)

09 de abril de 2008 AO JURISDIO AO PROCESSO

Conceito de ao e sua evoluo. Ao e exceo. Teoria civilista Na antiguidade at o sculo XIX, ao era o prprio direito material, portanto o direito de ao se confundia com a ao de direito; Pgina 27 de 53Paulo Sales (200710830)

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A questo era porque algum movimentaria a mquina judiciria para no final constatar que no tinha direito de ao; ou porque permitir que algum pedisse para a justia declarar que outro no tinha direito; onde estaria a ao? A partir da teoria cientifica passaram a tratar a ao como um direito autnomo, ento surgiram duas novas teorias, como segue: 1. Teoria concretista da ao direito de pedir ao Estado uma sentena favorvel, ou seja, s tem direito de ao aquele que tem razo; 2. Teoria abstratista da ao direito de pedir uma prestao jurisdicional; Condies da ao: a)legitimidade de partes; b)interesse de agir; c)possibilidade jurdica do pedido. Carncia de ao Teoria de Liebman Depende de trs requisitos para a existncia do direito de ao: 1. Legitimidade das partes 2. Interesse de agir 3. Possibilidade jurdica de litgio Ento pode ter o direito de obter do Estado uma sentena de mrito, que aquela que julga favorvel ou no. Caso falte um dos trs se extingue por carncia de ao. Pela Teoria de Liebman existem dois direitos de ao: 1. Direito constitucional de ao 2. Direito processual de ao

Constitucional

Processual

Obter sentena

Exceo o direito de defesa do ru; a prpria ao sob o ponto de vista do ru. 15 de abril de 2008 CONDIES DA AO (Liebman) O objetivo de um processo obter uma prestao jurisdicional, uma sentena de mrito, mas antes tem que superar os requisitos de admissibilidade, que so: 1. Pressupostos processuais 2. Condies da ao Se no preencher os requisitos o processo extinto. Pgina 28 de 53Paulo Sales (200710830)

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So trs as condies da ao: 1. LEGITIMIDADE DAS PARTES a. As partes so autor e ru i. Autor a pessoa que pede prestao jurisdicional; ii. Ru a pessoa em relao a quem o pedido foi formulado ao Estado; b. Autor e Ru devem corresponder aos titulares da Relao de Direito material que o autor alega existir (art. 6 do CPC); c. A legitimidade pode ser de duas formas: i. Legitimidade ordinria a prpria, da individualidade; ii. Legitimidade extraordinria conferida por texto expresso por lei; ex: 1. Proteo aos interesses difusos (lei 7347) onde o Ministrio Pblico o legitimado. 2. Ao popular onde qualquer cidado legitimado para pedir em juzo a reposio de gastos indevidos ao ente pblico. 2. INTERESSE DE AGIR (ou interesse processual) a. Este interesse diferente de vontade; b. Este interesse no sentido de: i. Necessidade (de ir a juzo) deve existir um conflito a ser solucionado; ii. Adequao (do pedido formulado) iii. Se no existe conflito, ento no h necessidade; se existe conflito, o pedido precisa ser adequado ao conflito alegado. 3. POSSIBILIDADE JURDICA DO PEDIDO a. No se pode formular um pedido que no tenha previso no ordenamento jurdico. b. Ex: pedir divrcio quando no havia lei especfica. c. Ex: pedir que algum pague sua dvida com trabalho. 15 de abril de 2008 ELEMENTOS DA AO A petio inicial (art. 282, CPC) so trs os elementos da ao e servem para distinguir uma ao de outra ao e saber se a ao no foi proposta antes. Se pelo menos um destes trs elementos for diferente a ao diferente. Elementos da ao civil: 1. Partes a. Autor b. Ru Pgina 29 de 53Paulo Sales (200710830)

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2. Pedido a. Imediato prestao jurisdicional b. Mediato bem da Vida 3. Causa de pedir a. Prxima fundamentos jurdicos b. Remota fatos Fundamento jurdico a qualificao que se d ao fato. CLASSIFICAO DAS AES A ao o direito de pedir ao Estado uma prestao jurisdicional, ou seja, uma tutela de conhecimento, ou de execuo ou cautelar. Quanto ao tipo de prestao jurisdicional as aes se classificam em: 1. Ao de conhecimento (deciso) a. Meramente declaratria b. Constitutiva c. Condenatria 2. Ao de execuo (uso da fora) 3. Ao cautelar (urgente) Costuma-se nomear a ao com o direito pedido. Ex: ao de cobrana, ao de indenizao, ao de despejo e ao de divrcio. Procedimento ou rito o modo como o processo avana e pode ser: 1. Sumrio 2. Ordinrio (para a PI de 28 de abril cai at aqui)

IV - Processo

22. Processo: conceito e natureza jurdica. Tipos de processo.

23. Relao jurdica processual. Objeto do processo. Conceito de "mrito". 24. Sujeitos do processo: a)Estado-juiz; b)partes; c)advogado; d)Ministrio Pblico; e)terceiros interessados; f)auxiliares da justia e terceiros desinteressados. 25. Do juiz. Poderes, deveres e responsabilidades. 26. Das partes e dos procuradores. Representao processual e substituio processual. Substituio das partes e dos procuradores. Deveres das partes e dos procuradores. Mandato judicial e substabelecimento. Curador especial. Regulamentao legal da advocacia. 27. Despesas processuais. Taxa judiciria. nus de antecipao das despesas. Sanes por litigncia de m-f. nus da sucumbncia. Honorrios de advogado. Assistncia jurdica integral e gratuita.

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28. Do Ministrio Pblico. Posies ocupadas pelo Ministrio Pblico no processo civil. 29. Pressupostos processuais. Conceito. Pressupostos processuais subjetivos e objetivos. 30. Princpios processuais: a)iniciativa das partes; b)impulso oficial; c)contraditrio;

d)dispositivo; e)persuaso racional do juiz; f)publicidade; g)lealdade processual; h)oralidade; i)identidade fsica do juiz; j)economia processual.

22 de abril de 2008 PROCESSO Conceito: Para os romanos era considerado um contrato No sculo XIX no era um contrato, nem delito era quase um contrato; Hoje o processo uma Relao Jurdica entre autor, ru e juiz. Autonomia da relao Jurdica Processual O processo assegura s partes a prtica dos atos previstos nos procedimentos do Direito Processual Civil, portanto autnomo mesmo que o alegado no seja verdade. Diferenas entre o Direito Material e o Direito ProcessualSUJEITOS OBJETO PRESSUPOSTOS DIREITO MATERIAL AUTOR E RU BEM JURDICO REQUISITOS DE VALIDADE MATERIAL DIREITO PROCESSUAL AUTOR, RU E JUIZ PEDIDO REQUISITOS DE VALIDADE PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS

DE NATUREZA PBLICA Pertence ao Direito pblico Qualquer pessoa pode ter acesso aos AUTOS. Relao complexa: vrios autores, rus e pedidos; direitos que nascem ou morrem ao longo do curso do processo. Relao una: mesmo com vrios sujeitos e pedidos o processo uno. Objeto do processo: PEDIDO Objetivo: sentena de mrito aquela que julga o pedido; o merecimento do pedido. LIDE: o conflito de interesses qualificado por uma pretenso resistida, mas em Direito processual assume o sentido de pedido; Pgina 31 de 53Paulo Sales (200710830)

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TIPOS DE PROCESSO: Processo de conhecimento participao das partes processo longo Processo de execuo ttulo de cobrana pagamento processo imediato Processo cautelar processo curto (breve) , provisrio; liminar (deciso inicial), mas existem liminares de natureza cautelar ou no. 23 de abril de 2008 Dvidas 29 de abril de 2008 Correo da prova 30 de abril de 2008 PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS Requisitos de validade para a relao processual. Junto com as Condies da ao, os Pressupostos processuais compem os requisitos de admissibilidade do Processo em busca de uma sentena de Mrito. Os pressupostos so requisitos para a correta propositura da ao e se dividem em subjetivos (referentes ao Juiz e as Partes) e objetivos (referentes aos fatos intrnsecos que so fatos internos ao processo ou extrnsecos que so fatos externos ao processo). Subjetivos 1. JUIZ a. Investidura i. Juiz tem que ser a pessoa investida no cargo; ii. O rgo jurisdicional tem que ter sido criado por lei. b. Imparcialidade i. Refere-se pessoa do juiz que no seja interessado no conflito. ii. Impedimentos e suspeio so vcios de um juiz no neutro; 1. Impedimento: mais grave do que a suspeio tratado pelo art. 134 do CPC; 2. Suspeio: vcio tratado pelo art. 135 do CPC; 3. Outros: tratados peloo art. 136 do CPC. Pgina 32 de 53Paulo Sales (200710830)

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iii. Conhecedor do vcio o juiz deve declinar de ofcio declarando no processo o motivo ou alegando motivo ntimo. iv. Excees procedimentais: 1. Pelo art. 303 do CPC, a parte pode opor exceo de impedimento ou de suspeio; 2. Pelo art. 485 do CPC, a parte d ensejo ao rescisria. c. Competncia i. a adequao do caso concreto ao rgo jurisdicional.

6 de maio de 2008 PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS (continuao) Requisitos de validade para a relao processual. Pertencem, alm das condies de ao, aos requisitos de admissibilidade da ao para obter uma sentena de mrito e podem ser subjetivos (juiz e partes) ou objetivos quando se referem aos fatos do processo (intrnsecos ou extrnsecos). Subjetivos (juiz e partes) 1. Juiz a. Investidura diz respeito ao juiz ou ao rgo do judicirio; b. Imparcialidade diz respeito pessoa do Juiz; c. Competncia - diz respeito ao rgo judicial; 2. Partes (capacidades) a. Capacidade para ser parte; i. Tem capacidade para ser parte, autor ou ru, todos os sujeitos de direito e obrigaes, sejam pessoas naturais, jurdicas ou sociedades de fato (aparentes, sem registro na Junta Comercial), concluindo, quem est vivo. ii. O art. 12 do CPC lista os representados em juzo, tais como: massa de bens, falida ou esplio, condomnio. b. Capacidade de estar em juzo (capacidade processual); i. Toda pessoa que se encontre no exerccio de seus direitos e os incapazes sero representados ou assistidos por seus pais (art. 7 e art. 8 do CPC); c. Capacidade postulatria. Pgina 33 de 53Paulo Sales (200710830)

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i. Em regra somente o advogado, bacharel de direito com registro na OAB, tem capacidade para atuar no processo e praticar atos em juzo. Objetivos (fatos intrnsecos e extrnsecos) 1. Fatos intrnsecos ao processo a. Referem-se a fatos internos ao processo, tais como: i. Adequao s normas de procedimento; ii. Validade dos atos de formao do processo (atos iniciais). 1. Petio inicial apta ou de outra forma que no haja inpcia da petio Inicial o que acarretar a extino do processo (art. 282 do CPC); 2. Citao do ru vlida;

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Petio inicial

J

Citao do ru

A

R

2. Fatos extrnsecos ao processo a. A regra a inexistncia de fatos externos impeditivos; o processo ser extinto, caso ocorram fatos, tais como: i. Coisa julgada a definitividade da sentena de mrito anterior; ii. Litispendncia trata-se de lide pendente; induzida por j haver ao em curso impede incio de outra ao igual; iii. Perempo sano imposta ao autor que deu causa, por mais de trs vezes, a extino do processo por abandono; iv. Conveno de arbitragem ato privado anterior; se uma das partes entrar em juzo, novamente, a outra pode alegar a existncia da soluo da lide pela existncia da conveno de arbitragem. 7 de maio de 2008 SUJEITOS DO PROCESSO todo aquele que pratique um ato processual. JUIZ funcionrio pblico investido na funo. 1. Poderes a. Jurisdicionaissolucionar e pacificar a lide; poder para praticar atos: i. Ordinatrios d impulso a seqncia e andamento do processo; ii. Instrutrios refere-se a colheita de provas, cabendo ao Juiz participar da obteno delas, determin-las de oficio ou recusar as produzidas e a ele apresentadas; iii. Finais trata-se da prestao jurisdicional final, ou seja, uma sentena de mrito; Pgina 35 de 53Paulo Sales (200710830)

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b. De polcia coibir desvios de conduta i. Ex: art. 15 juiz manda riscar expresses injuriosas. ii. Ex: art. 445- juiz exerce o poder de polcia; 2. Deveres a. Constam do art. 125 do CPC

Art. 125. O juiz dirigir o processo conforme as disposies deste Cdigo, competindo-lhe: I - assegurar s partes igualdade de tratamento; II - velar pela rpida soluo do litgio; III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrrio dignidade da Justia; IV - tentar, a qualquer tempo, conciliar as partes.

3. Responsabilidades a. Constam do art. 133 do CPC

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Art. 133. Responder por perdas e danos o juiz, quando: I - no exerccio de suas funes, proceder com dolo ou fraude; II - recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providncia que deva ordenar de ofcio, ou a requerimento da parte. Pargrafo nico. Reputar-se-o verificadas as hipteses previstas no no II s depois que a parte, por intermdio do escrivo, requerer ao juiz que determine a providncia e este no Ihe atender o pedido dentro de 10 (dez) dias.PARTES so o autor e o ru que podem ser representadas. Tem direito de atuar no processo Tem dever de conduta. (art. 15) Tem uma srie de nus, que a faculdade de praticar, ou no, um ato que o seu exerccio seja necessrio para obter uma vantagem ou evitar uma desvantagem no processo. 1. LITISCONSRCIO a acumulao ou a pluralidade de sujeitos em um ou nos dois plos da relao processual; a. Ativo quando ocorre do lado do autor b. Passivo quando ocorre do lado de ru.

JLitisconsrcio ativo AAA A A RRR R R Litisconsrcio passivo

TERCEIROS INTERESSADOS

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A partir do momento que um terceiro interessado ingressa no processo passa a ser chamado TERCEIRO INTERVENIENTE. REPRESENTAO E SUBSTITUIO PROCESSUAL 1. Representante pede em nome alheio o direito alheio; agir em nome de outrem. 2. Substituto pede em nome prprio o direito alheio como exemplo existem as legitimaes extraordinrias.

CURADOR ESPECIAL

Art. 9o O juiz dar curador especial: I - ao incapaz, se no tiver representante legal, ou se os interesses deste colidirem com os daquele; II - ao ru preso, bem como ao revel citado por edital ou com hora certa. Pargrafo nico. Nas comarcas onde houver representante judicial de incapazes ou de ausentes, a este competir a funo de curador especial.13 de maio de 2008 Dos Procuradores

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Art. 36. A parte ser representada em juzo por advogado legalmente habilitado. Ser-lhe- lcito, no entanto, postular em causa prpria, quando tiver habilitao legal ou, no a tendo, no caso de falta de advogado no lugar ou recusa ou impedimento dos que houver.Advogado representante da parte; pode apresentar procurao em at 15 dias; caso no o faa, seus atos sero inexistentes.

Art. 37. Sem instrumento de mandato, o advogado no ser admitido a procurar em juzo. Poder, todavia, em nome da parte, intentar ao, a fim de evitar decadncia ou prescrio, bem como intervir, no processo, para praticar atos reputados urgentes. Nestes casos, o advogado se obrigar, independentemente de cauo, a exibir o instrumento de mandato no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogvel at outros 15 (quinze), por despacho do juiz. Pargrafo nico. Os atos, no ratificados no prazo, sero havidos por inexistentes, respondendo o advogado por despesas e perdas e danos.Procurao ad judicia Substabelecer transferir poderes para outro com ou sem reservas: 1. Com reserva se mantm no processo 2. Sem reserva renuncia aos poderes e transfere para outro.

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Art. 38. A procurao geral para o foro, conferida por instrumento pblico, ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, salvo para: receber citao inicial, confessar, reconhecer a procedncia do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre que se funda a ao, receber, dar quitao e firmar compromisso.Obs: No mbito penal, qualquer pessoa pode entrar com pedido de HABEAS CORPUS; no mbito civil no; seu correspondente o MANDATO DE SEGURANA. Pelo estatuto da OAB lei 8906/94

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Art. 4 - So nulos os atos privativos de advogado praticados por pessoa no inscrita na OAB, sem prejuzo das sanes civis, penais e administrativas. Art. 8 - Para inscrio como advogado necessrio: Capacidade civil Diploma ou certido de graduao em Direito Ttulo de eleitor e quitao do servio militar Aprovao em exame de ordem No exercer atividade incompatvel com a advocacia Idoneidade moral Prestar compromisso perante o conselho Art. 28 A advocacia incompatvel, mesmo em causa prpria, com as seguintes atividades:

SUBSTITUIO DAS PARTES E DO PROCURADOR Sucesso diferente de Substituio processual Primeiro: substituio da parte. Voluntria

Art. 41. S permitida, no curso do processo, a substituio voluntria das partes nos casos expressos em lei.

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Por vontade

Art. 42. A alienao da coisa ou do direito litigioso, a ttulo particular, por ato entre vivos, no altera a legitimidade das partes. 1o O adquirente ou o cessionrio no poder ingressar em juzo, substituindo o alienante, ou o cedente, sem que o consinta a parte contrria. 2o O adquirente ou o cessionrio poder, no entanto, intervir no processo, assistindo o alienante ou o cedente. 3o A sentena, proferida entre as partes originrias, estende os seus efeitos ao adquirente ou ao cessionrio.Por morte

Art. 43. Ocorrendo a morte de qualquer das partes, dar-se- a substituio pelo seu esplio ou pelos seus sucessores, observado o disposto no art. 265.Segundo: substituio do procurador. Revogao

Art. 44. A parte, que revogar o mandato outorgado ao seu advogado, no mesmo ato constituir outro que assuma o patrocnio da causa.Renncia

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Art. 45. O advogado poder, a qualquer tempo, renunciar ao mandato, provando que cientificou o mandante a fim de que este nomeie substituto. Durante os 10 (dez) dias seguintes, o advogado continuar a representar o mandante, desde que necessrio para Ihe evitar prejuzo.

14 de maio de 2008 MINISTRIO PBLICO rgo que atua em juzo como parte ou como fiscal da lei.

Art. 81. O Ministrio Pblico exercer o direito de ao nos casos previstos em lei, cabendo-lhe, no processo, os mesmos poderes e nus que s partes. Art. 82. Compete ao Ministrio Pblico intervir: I - nas causas em que h interesses de incapazes; II - nas causas concernentes ao estado da pessoa, ptrio poder, tutela, curatela, interdio, casamento, declarao de ausncia e disposies de ltima vontade; III - nas aes que envolvam litgios coletivos pela posse da terra rural e nas demais causas em que h interesse pblico evidenciado pela natureza da lide ou qualidade da parte.

Fiscal da lei

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A

MP

R

Art. 83. Intervindo como fiscal da lei, o Ministrio Pblico: I - ter vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo; II - poder juntar documentos e certides, produzir prova em audincia e requerer medidas ou diligncias necessrias ao descobrimento da verdade.

NULIDADE

Art. 84. Quando a lei considerar obrigatria a interveno do Ministrio Pblico, a parte promover-lhe- a intimao sob pena de nulidade do processo.

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DEVERES DAS PARTES E DOS SEUS PROCURADORES Deveres Art. 14. So deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma participam do processo: I - expor os fatos em juzo conforme a verdade; II - proceder com lealdade e boa-f; III - no formular pretenses, nem alegar defesa, cientes de que so destitudas de fundamento; IV - no produzir provas, nem praticar atos inteis ou desnecessrios declarao ou defesa do direito. V - cumprir com exatido os provimentos mandamentais e no criar embaraos efetivao de provimentos judiciais, de natureza antecipatria ou final. Pargrafo nico. Ressalvados os advogados que se sujeitam exclusivamente aos estatutos da OAB, a violao do disposto no inciso V deste artigo constitui ato atentatrio ao exerccio da jurisdio, podendo o juiz, sem prejuzo das sanes criminais, civis e processuais cabveis, aplicar ao responsvel multa em montante a ser fixado de acordo com a gravidade da conduta e no superior a vinte por cento do valor da causa; no sendo paga no prazo estabelecido, contado do trnsito em julgado da deciso final da causa, a multa ser inscrita sempre como dvida ativa da Unio ou do Estado.

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Art. 15. defeso s partes e seus advogados empregar expresses injuriosas nos escritos apresentados no processo, cabendo ao juiz, de ofcio ou a requerimento do ofendido, mandar risc-las. Pargrafo nico. Quando as expresses injuriosas forem proferidas em defesa oral, o juiz advertir o advogado que no as use, sob pena de Ihe ser cassada a palavra. Responsabilidade das Partes por Dano Processual Art. 16. Responde por perdas e danos aquele que pleitear de m-f como autor, ru ou interveniente. Art. 17. Reputa-se litigante de m-f aquele que: I - deduzir pretenso ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; II - alterar a verdade dos fatos; III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal; IV - opuser resistncia injustificada ao andamento do processo; V - proceder de modo temerrio em qualquer incidente ou ato do processo; Vl - provocar incidentes manifestamente infundados. VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatrio.

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Art. 18. O juiz ou tribunal, de ofcio ou a requerimento, condenar o litigante de m-f a pagar multa no excedente a um por cento sobre o valor da causa e a indenizar a parte contrria dos prejuzos que esta sofreu, mais os honorrios advocatcios e todas as despesas que efetuou. 1o Quando forem dois ou mais os litigantes de m-f, o juiz condenar cada um na proporo do seu respectivo interesse na causa, ou solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte contrria. 2o O valor da indenizao ser desde logo fixado pelo juiz, em quantia no superior a 20% (vinte por cento) sobre o valor da causa, ou liquidado por arbitramento.20 de maio de 2008 DEVERES DAS PARTES E DOS PROCURADORES

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Das Despesas e das Multas Art. 19. Salvo as disposies concernentes justia gratuita, cabe s partes prover as despesas dos atos que realizam ou requerem no processo, antecipando-lhes o pagamento desde o incio at sentena final; e bem ainda, na execuo, at a plena satisfao do direito declarado pela sentena. 1o O pagamento de que trata este artigo ser feito por ocasio de cada ato processual. 2o Compete ao autor adiantar as despesas relativas a atos, cuja realizao o juiz determinar de ofcio ou a requerimento do Ministrio Pblico.Pagamento das despesas: Taxa judiciria 1. Valor que o Estado cobra para adjudicar a ao; 2. Prevista por lei estadual judiciria; 3. Primeiro grau 1% do valor da causa a. (valor mnimo, piso) = 5 UF= R$ 74,00 4. Segundo grau 2% do valor da causa - recurso Outras despesas 1. Despesas de oficiais de justia para cumprir mandados (R$ 14,00) 2. Custos pelo envio dos autos entre os rgos do judicirio A parte tem o dever das despesas: 1. Dever de antecipao 2. Direito ao reembolso (vencedor) decorrente da sucumbncia que ser pago pelo vencido + honorrios advocatcios da parte vencedora que sero fixados pelo juiz (art. 20).

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Art. 20. A sentena condenar o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou e os honorrios advocatcios. Esta verba honorria ser devida, tambm, nos casos em que o advogado funcionar em causa prpria. 1 O juiz, ao decidir qualquer incidente ou recurso, condenar nas despesas o vencido. 2 As despesas abrangem no s as custas dos atos do processo, como tambm a indenizao de viagem, diria de testemunha e remunerao do assistente tcnico. 3 Os honorrios sero fixados entre o mnimo de dez por cento (10%) e o mximo de vinte por cento (20%) sobre o valor da condenao, atendidos: a) o grau de zelo do profissional; b) o lugar de prestao do servio; c) a natureza e importncia da causa, o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu servio. 4o Nas causas de pequeno valor, nas de valor inestimvel, naquelas em que no houver condenao ou for vencida a Fazenda Pblica, e nas execues, embargadas ou no, os honorrios sero fixados consoante apreciao eqitativa do juiz, atendidas as normas das alneas a, b e c do pargrafo anterior.

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5o Nas aes de indenizao por ato ilcito contra pessoa, o valor da condenao ser a soma das prestaes vencidas com o capital necessrio a produzir a renda correspondente s prestaes vincendas (art. 602), podendo estas ser pagas, tambm mensalmente, na forma do 2o do referido art. 602, inclusive em consignao na folha de pagamentos do devedor.Assistncia Judiciria Gratuita X Justia Gratuita A Assistncia Judiciria Gratuita ser disponibilizada aos carentes de recursos. Cabe a Defensoria Pblica. Justia Gratuita corresponde iseno do recolhimento de custas no percurso. Dispensa o adiantamento e as verbas de sucumbncia.

21 de maio de 2008 27. Despesas processuais. Taxa judiciria. nus de antecipao das despesas. Sanes porlitigncia de m-f. nus da sucumbncia. Honorrios de advogado. Assistncia jurdica integral e gratuita.

27 de maio de 2008 Semana jurdica 28 de maio de 2008 Semana jurdica 03 de junho de 2008 Professor faltou 04 de junho de 2008 PRINCPIOS GERAIS DO PROCESSO Pgina 50 de 53Paulo Sales (200710830)

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1. Princpio da iniciativa das partes 2. Princpio do impulso oficial (art.262, CPC)

Art. 262. O processo civil comea por iniciativa da parte, mas se desenvolve por impulso oficial.Ao longo do processo, a prtica de atos s se desenvolve por iniciativas das partes; de outro lado, o processo avana por impulso oficial, mesmo que no haja iniciativa das partes que, neste caso, tero perdido a oportunidade. 3. Princpio dispositivo 4. Princpio inquisitivo (art.130, CPC)

Art. 130. Caber ao juiz, de ofcio ou a requerimento da parte, determinar as provas necessrias instruo do processo, indeferindo as diligncias inteis ou meramente protelatrias.Pelo dispositivo a parte leva a prova ao juiz sendo que neste caso este aumenta a sua neutralidade, mas pelo inquisitivo o juiz participa da colheita da prova ficando mais prximo da verdade dos fatos. Outro princpio relacionado com as provas o seguinte: 5. Princpio da persuaso racional do juiz (art.131, CPC)

Art. 131. O juiz apreciar livremente a prova, atendendo aos fatos e circunstncias constantes dos autos, ainda que no alegados pelas partes; mas dever indicar, na sentena, os motivos que Ihe formaram o convencimento.Neste princpio, tambm chamado de princpio do livre convencimento motivado, o juiz dever fundamentar a sua deciso de modo a persuadir a sociedade da legitimidade.

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Este princpio se encontra entre dois extremos de modelos de valorao das provas: O extremo do julgamento segundo a prova tarifada ou legal e outro extremo do julgamento segundo a conscincia. Portanto consiste em apreciar a prova e fundamentar a deciso. 6. Princpio da lealdade processual As partes devem agir com boa-f; caso contrrio, sero punidas por litigncia de m-f. 7. Princpio da oralidade Pode ser praticada por escrito, porm os fatos narrados de viva-voz tm a vantagem de maior fixao pelo juiz. As testemunhas quando falam direto ao juiz tendem a se inibir quanto a mentiras; por outro lado pode ocorrer a inibio da testemunha a ponto desta no conseguir dizer o que sabe. A oralidade acelera o andamento do processo pela concentrao de atos numa nica audincia. 8. Princpio da identidade fsica do juiz (art. 132, CPC)

Art. 132. O juiz, titular ou substituto, que concluir a audincia julgar a lide, salvo se estiver convocado, licenciado, afastado por qualquer motivo, promovido ou aposentado, casos em que passar os autos ao seu sucessor.Este princpio prega que o juiz que praticou a instruo deve ser o mesmo a julgar a causa. 10 de junho de 2008 PRINCPIOS GERAIS DO PROCESSO (continuao) 9. Princpio da economia processual Procurar obter o mximo de eficincia, resultado com o mnimo de esforo, despesa, trabalho. Pgina 52 de 53Paulo Sales (200710830)

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10.Princpio do duplo grau de jurisdio Toda causa, toda questo pode ser apreciada, no mnimo, por dois rgos diversos (recursos). 11.Princpio do contraditrio Bilateralidade da audincia. 12.Princpio da publicidade Consta da Constituio no seu artigo 155; exceo para os segredos de justia nos casos de preservar a intimidade das partes ou de interesse social. Obs: para aprova pontos 6 10 11 12 14 16 a 30 3 questes dissertativas (3 x 2,5)

V - Atos processuais 31. Conceito de ato processual. Forma dos atos processuais. Classificao dos atos processuais: a)atos da parte; b)atos do juiz; c)atos dos auxiliares da Justia. Lugar dos atos processuais. 32. Tempo dos atos processuais. Momento para a prtica de atos processuais. 33. Prazos processuais. Unidade e durao dos prazos processuais. Regras de contagem dos prazos. Suspenso e interrupo do prazo. Precluso. 34. Nulidades. Graus de invalidade dos atos processuais. Argio e decretao das nulidades. Aproveitamento dos atos processuais.

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