direito civil aplicado ii - final-excelente para responsabilidade civil

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  • 8/16/2019 Direito Civil Aplicado II - Final-Excelente Para Responsabilidade Civil

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    Direito Civil Aplicado II - Prof. Simão

    2.8 - Responsabilidade Civil Extracontratal

    Responsabilidade civil ! o dever "e incmbe a certas pessoas de reparar o dano casado

    por elas mesmas o por fato das coisas o atos de terceiros "e delas dependam. A re#ra ! a pessoa

    responder pelos atos pr$prios %at! o incapa& responde'. Também se responde por ato de pessoas ou

    coisas que dependam de si. Como as coisas não têm vontade, não se diz ato das coisas, mas fato; como as

     pessoas têm vontade, diz-se ato das pessoas.

    Como estudamos a responsabilidade? H dois blocos! contratal e extracontratal. Contratual

    est nos arts. "#$ a %&' do CC('&. ) o inadimplemento das obri#a()es, ou se*a, *+ m pr!vio v,nclo

    contratal "e ! inobservado. ) descumprimento de contrato. + rande questão é saber se é com culpa

    ou sem culpa, e quais as conseqências de cada situaão.

    + responsabilidade extracontratal, também c/amada de a"iliana, encontra-se nos arts. 2

    a / do CC012. ) responsabilidade aquiliana em /omenaem a um tribuno da plebe c/amado Aquilio,

    que levou a plebiscito, no séc. 000 a. C., a Lex Aquilia de damno. 1o sistema romano, o 2enado aprovava

    as leis. Havia uma framentaão de n3cleos de elaboraão das leis. 4s plebeus podiam aprovar leis desde

    que em plebiscito. + Lex Aquilia basicamente faz com que o sistema indenizat5rio, que era tipificado6, 

    dei7e de sê-lo 8rompimento com a tipicidade indenizat5ria9. 1ão se admitia a indenizaão por omissão. 4

    tribuno da plebe, além de levar leis a plebiscito, também tin/a o poder de veto.

     1essa /ip5tese de responsabilidade, / simplesmente o dano "e sr#e sem pr!vio v,nclo

    contratal das partes. ) um dano que sure independentemente de prévia relaão contratual. :ortanto, a

    responsabilidade e7tracontratual é uma vala comum

    do CC9. 2ão consumidores por equiparaão.

    @7.! +cidente da T+A em 6$$>! indenizaão para os moradores das casas.

    1 Alguns tipos: gado pastando no pasto de outra; pessoa que corta a árvore do

    vizinho; pessoa que joga fogo no próprio prédio.

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    +o se tratar de 3ros, é relevante distinuir a responsabilidade contratual da e7tracontratual. +

    mora nas relaBes contratuais 8data de vencimento das obriaBes9 inicia-se com o não-paamento no dia

    do vencimento. Comeam os *uros de mora a partir do inadimplemento. 2e a obriaão for contratual e

    não /ouver prazo 8ou for obriaão il=quida9, a mora s5 se inicia com a interpelaão. A mora !

    atom+tica nas obri#a()es positivas4 com vencimento e li"ide&5 depende de interpela(ão nasotras %sem vencimento e sem li"ide&'.

    6a responsabilidade extracontratal4 os 3ros se iniciam com a pr+tica do ato il,cito

    %S7mla / S9:'. H uma questão por conta das relaBes de consumo, *ustamente por conta da abolião

    da distinão. Para o professor4 como o CDC não aplico a dicotomia4 aplica-se a lei mais favor+vel

    ao consmidor4 aplicando-se os 3ros desde a data do dano.

    @7.! não cumprimento de contrato de transporte! a partir da citaão comeam os *uros.

    @7&.! dano moral! *uros a partir do dano causado.

    4 art. 6# do CC'& traz a estrutura da responsabilidade civil no ordenamento brasileiro. Traz os

    elementos ou requisitos da responsabilidade civil no Drasil. 4 art. 6# é uma releitura do art. 6E$ do

    CC6. 4 art. ;/ do CC;

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    @7.! transferência bancria feita ''!'6 do dia ap5s o vencimento. H multa, mesmo não tendo

    /avido nen/um pre*u=zo.

    4 CC'& mudou a redaão. 4 art. ;8

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    + tendência é de presunão do dano moral. "e acontece no :dici+rio ! "e o 3i& entende

    "e *+ mero aborrecimento4 sem dano moral4 o "e *+ dano moral4 e dificilmente pedir+ provas a

    respeito. Ho*e não se faz mais prova por dano moral 8presunão no m=nimo relativa9.

    4 C5dio novo também trabal/a a locuão @dano4 ainda "e exclsivamente moral. @le

    menciona e7pressamente o dano moral. Essa loc(ão d+ resposta aos problemas #erados pela

    necessidade de fa&er ma li#a(ão direta entre dano material e dano moral4 em pedidos de

    indeni&a(ão. + escola francesa da responsabilidade camin/ou no sentido de que não /avia direito J

    indenizaão por dano moral, pois, se é aquele que causa sofrimento e dor, é imoral pedir indenizaão por

    sofrimento. 1ão /avia indenizaão pecuniria por dano moral, que seria reprimido moralmente pelo *uiz.

     1um seundo momento, admitiu-se indenizaão simb5lica, ou se*a, o *uiz era condenado a paar um dia,

    uma moeda, para demonstrar que alo sa=a do bolso da pessoa. 1um terceiro momento, admitiu-se dano

    moral vinculado ao dano material. 6o Brasil4 s$ se admiti dano moral pro a partir da Constiti(ão

    de ;88. At! a Constiti(ão de ;88 ainda *avia atores "e defendiam a inexistncia de dano

    moral4 salvo se vinclado ao material. C$di#o4 então4 não exi#e reflexo material o pecni+rio.

    @Dano exclsivamente moral ! a"ele sem "al"er reflexo patrimonial. Basta lesão ao direito de

    personalidade. Por isso a expressão @dano exclsivamente moral.

    :ortanto, as duas mudanas de redaão é a alteraão na con*unão ou< por e< e da previsão do

    dano e7clusivamente moral.

    Elementos

    4s quatro elementos são!

    a9 conduta do agente

     b9 o dano sofrido pela vítima

    c9 o nexo de causalidade

    d9 culpa 8imprudência e neliência, nas palavras do C5dio, sem mencionar a imper=cia9

    prof. Silvio R DRIES afirmava "e a falta de m dos elementos excli o dever de

    indeni&ar. + con*unão seria imprescind=vel. 2abemos /o*e que, em sita()es excepcionais4 a clpa

    pode ser afastada %responsabilidade ob3etiva'.

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    @7.! batida de carro. errubou-se a culpa, não importa o ne7o ou o dano. 1uma batida por trs, é

    o elemento mais dif=cil de se derrubar. 4 professor consultou um enen/eiro de dinKmica de acidentes. 4

    laudo da per=cia foi inconclusivo. 4 perito peou as fotos e demonstrou a dinKmica do acidente, por meio

    das leis da f=sica.

     1os casos de responsabilidade sub*etiva, por uma questão de l5ica, o primeiro assunto do debate

    ser a culpa. errubada a culpa, desaparece o dever de indenizar. 1as /ip5teses de responsabilidade

    sub*etiva, a primeira questão a ser debatida ser a culpa. Sem clpa4 não *+ dever de indeni&ar.

    Clpa 

    Clpa ! a inobservFncia de m dever de cidado. 4 contrrio da culpa é a cautela, a diliência.

    A clpa se d+ por ne#li#ncia4 imprdncia e imper,cia. contr+rio ! a dili#ncia4 a prdncia e a

    per,cia.

    4 direito civil trabal/a a culpa em sentido amplo 8lato sensu9. 1ão faz a distinão do direito penal

    entre culpa e dolo. Gando o CC di& clpa4 en#loba tamb!m o dolo4 sem distin#i-lo. + culpa em

    sentido amplo se distinue da culpa em sentido estrito e do dolo. 9oda ve& "e o CC sa clpa ! clpa

    em sentido amplo. 1o dolo / o elemento da intenão; na culpa em sentido estrito não / o elemento da

    intenão.

    @m matéria contratual / diferena entre culpa e dolo dos contratantes 8art. "$& do CC9,

    distinuindo-se, nos contratos ratuitos e onerosos, responsabilidade por dolo e responsabilidade por

    culpa 8s3mula 6%E do 2TI, sobre responsabilidade do transportador em transporte ratuito - somente

    responsvel por dolo ou culpa rave9.

    @m matéria e7tracontratual, e7istir culpa ou e7istir dolo é indiferente. 4 dever de indenizar e7iste

    tanto nos casos de culpa como nos casos de dolo. A distin(ão entre clpa e dolo se d+ nos contratos

    %#ratitos'4 não ocorrendo na responsabilidade extracontratal. Havendo dolo ou culpa, a diferena

    ser medida na indenizaão.

    @7istem as modalidades de clpa. 2ão três!

    a9 imprudência

     b9 negligência

    c9 imperícia

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    A#iar DIAS defini "e a clpa decorrente de m ato comissivo %a(ão clposa' ser+

    imprdncia5 a omissão clposa leva H ne#li#ncia.

    @7.! diriir na estrada a 6%' Lm(/ numa estrada cu*o limite é 6'' Lm(/. ) imprudência 8culpa por

    comissão9.

    @7&.! não sinalizar no momento de fazer uma conversão. ) neliência 8culpa por omissão9.

    A imper,cia não ! modalidade atnoma4 mas ne#li#ncia o imprdncia no exerc,cio da

    profissão. :or isso o C5dio não menciona a imper=cia, que é a neliência e a imprudência na profissão.

     1ão é modalidade autnoma de culpa.

    @7.! advoado que deveria entrar em 6' dias contra decisão do I@C. @ntra com apelaão em 6E

    dias. Houve uma imprudência profissional que recebe o nome de imper=cia

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    colocar o medicamento ou que /a*a um buraco no quintal para enterrar ou que a mãe leve o medicamento

    consio.

    4 rau de culpa influencia o valor da indenizaão, de acordo com os arts. $%%, par. 3nico, e $%E

    do CC'&.

    6exo de casalidade

    @7.! acidente do avião da T+A! o que causou o acidente? + falta de aderência da pista? 4 e7cesso

    de ua num aeroporto que deveria estar fec/ado? 4 erro do piloto ao mane*ar o manete? 4u foi uma

    soma de problemas?

    6a responsabilidade sb3etiva4 o nexo de casalidade ! ma rela(ão de casa e efeito entre acondta do a#ente e o dano experimentado pela v,tima. Se a responsabilidade for ob3etiva4 a

    dotrina determina "e ! a rela(ão entre o risco da atividade e o dano experimentado pela v,tima.

    4 ne7o de causalidade é uma relaão de causa e efeito. ) o mais dif=cil de todos 8vide, por

    e7emplo, o acidente da T+A9. @m acidentes aéreos, costuma-se afirmar que / uma soma de causas. 1o

    caso do +ir Mrance, o equipamento fez uma leitura errada, descendo de altitude por conta das medidas

    erradas. 1o caso da T+A, não se pode determinar precisamente uma 3nica causa da queda.

    @7.! aão indenizat5ria por falência de empresa mecKnica, por conta de boatos de que os servios

    não eram bons. 1ecessidade de provar que a causa da quebra da empresa foi o lanamento dos boatos. 4

     professor considerou dif=cil provar o ne7o.

    Como na responsabilidade ob*etiva a culpa não vai ser discutida, o ne7o passa a ser o elemento

    mais importante de todos. Toda a prova da culpa na responsabilidade sub*etiva se desloca para a

    responsabilidade ob*etiva. :amais se deve di&er "e na responsabilidade ob3etiva o nexo !

    dispensado. +o contrrio, o ne7o passa a ser essencial, o elemento mais importante.

    + doutrina criou trs teorias do nexo!

    a9 teoria da equivalência das condições (Von Buren): é a teoria da conditio sine qua non. ) um

    processo de elimina(ão mental4 no "al4 se a elimina(ão mental de ma condi(ão fa& desaparecer o

    dano4 então *+ nexo de casalidade. @7.! ambulKncia atropela uma pessoa, que entra na ambulKncia e,

    durante a conduão para o /ospital, morre num acidente. 2e não tivesse entrado na ambulKncia, não teria

    morrido. Evidentemente a conditio sine qua non não teria ma aplica(ão pr+tica4 por"e abran#eria

    todos os envolvidos no caso 8a empresa que fez a ambulKncia, a que fez os pneus, os pais que fizeram o

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    fil/o nascer9. + responsabilidade é tão ampla que eus é o 3ltimo responsvel 8ou o macaco, seundo a

    teoria da evoluão9. + teoria não se aplica.

     b9 teoria da causalidade adequada (Von ries): s$ ! casa do dano a condi(ão apta o idnea

    a casar o resltado danoso. 4u se*a, é uma an+lise em abstrato. @7.! se o professor d um soco em

    aluém, que cai e bate a cabea, morrendo por ter uma doena no cérebro, o soco em si não tem a

    capacidade para matar. :or isso, ele não responde pela morte. Gando *+ con*ecimento4 a an+lise passa

    para o concreto 8adequado para aquele caso9. Caio Ario da 2ilva :ereira e +uiar ias entendem que o

    C5dio adota essa teoria.

    c9 teoria do dano direto e imediato (ou rompimento do nexo causal): aqueles que apoiam essa

    teoria se baseiam no art. 1> do CC. S$ *+ o dever de indeni&ar se entre a condta do a#ente e o dano

    experimentado pela v,tima não *over m fato da v,tima o de terceiro o da natre&a. @7.! mesmo

    e7emplo do soco era a responsabilidade, pois não / nada entre o soco e a morte. @7&.! enen/eiro

     pro*eta uma casa que m-pro*etada, cai. Caindo, derruba um muro, permitindo que um ladrão entre na

    casa e roube os m5veis do *ardim. 1ão / responsabilidade do enen/eiro por esse furto. +poiam a teoria

    4rlando Nomes e +rruda +lvim!

    6a 3risprdncia4 verificam-se decis)es adotando ambas as teorias.

    Biblio#rafiaJ Nisela 2ampaio da Cruz, " pro#lema do nexo de causalidade$ @d. Oenovar.

    .8 - Responsabilidade Civil %cont.'5 KonitorJ Kar,cio

     Art. 944

    + rande caracter=stica da responsabilidade civil /o*e é o deslocamento do foco de atenão do

    intérprete. urante muitos e muitos anos, desde a oriem da responsabilidade civil até bem pouco tempo,

    o foco da responsabilidade era a conduta do causador do dano. a= a ideia de culpa do causador, de

    importKncia moral da conduta do causador do dano. Ho*e, temos um paulatino esvaziamento a7iol5ico

    da conduta do causador do dano. Houve e / cada vez mais frequentemente uma virada de foco.

    +tualmente, o foco é o dano e a v=tima. + responsabilidade civil pode ser entendida como parte

    da domtica dissociada do direito das obriaBes. ) a parte da domtica que trata dos princ=pios e das

    normas responsveis por estabelecerem os requisitos para que aluém responda pelos danos sofridos por

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    outrem. Temos que estabelecer os requisitos para que aluém se*a obriado a ressarcir os danos sofridos

     por outrem. H um deslocamento para o dano. ei7a-se de lado o aente para tratar-se do dano.

    :odemos ver uma rande diferena entre a responsabilidade civil e a responsabilizaão penal.

    :odemos dizer, lato sensu, que a responsabilizaão *ur=dica 8penal, administrativa e civil9 é sempre

    causada pelo mesmo fato, qual se*a, a violaão do ordenamento *ur=dico. + violaão do ordenamento

     *ur=dico ense*a uma, duas ou as três espécies de responsabilizaão. :ara a doutrina moderna, não /

    diferena ntica, essencial, entre a responsabilidade civil e a penal. + diferena residiria na estrutura da

    deflaraão.

    + responsabilidade penal impBe a sanão mais severa ao indiv=duo! o tol/imento da liberdade e,

    em 3ltima ratio, a pr5pria vida do su*eito 8pena de morte9. + responsabilidade civil, por outro lado, por

    impor, em rera, sanBes pecunirias tem uma estrutura de deflaraão mais simples. +bre-se mão do

    elemento da culpabilidade. 4s civilistas não dialoam com o direito penal, cometendo impropérios. ) o

    caso de dizer que a responsabilidade civil do incapaz é ob*etiva e estender isso para o direito penal - diz-

    se que o incapaz não pode praticar atos culposos, mas responde, então responde independentemente de

    culpa. Contudo, o incapaz não é incapaz de culpa. @le não tem culpabilidade. Fuando falamos em

    aplicaão da sanão penal devemos, necessariamente, fazer um *u=zo de culpabilidade. Fuando falamos

    em responsabilizaão civil, não faremos esse *u=zo de culpabilidade.

    4 foco é a v=tima e, consequentemente, o dano. 0ndeniza-se o pre*u=zo sofrido por outrem. +

    doutrina brasileira ma*oritria, bem como os tribunais, vêm adotando os c/amados punitive damages 

    8valor do desest=mulo9. +luns traduzem como danos punitivos< - é equivocado, porque dano não é punitivo. ) a responsabilidade civil com uma funão punitiva ou peda5ica.

    :or que / um problema em relaão a essa norma? +ntes da entrada em vior do CC'&, t=n/amos

    um doma praticamente indiscut=vel! a indenizaão mede-se pela e7tensão do dano. @ntão, diz=amos que

     pouco importa o rau de culpa. Oomanistas diriam que, desde a Lex Aquilia, a mais leve culpa obria.

    :ouco importa se o dano foi causado com uma culpa rande, média ou pequena. + indenizaão mede-se

     pela e7tensão do dano. 1ão /avia, porém, te7to e7presso nesse sentido.

     1o CC'&, art. $%%, caput, essa rera é trazida e7pressamente! a indenizaão mede-se pela

    e7tensão do dano

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    + indenizaão por dano moral, eralmente, é colocada como suficiente para compensar o dano

    sofrido pela v=tima e para punir ou desestimular o causador. 4 artio $%%, pela redaão vista, contempla a

     possibilidade de punião? 1ão / espao para a inserão desse viés punitivo. 0sso seria um positivismo

    e7cesso? 4 *uiz, ao estender o escopo, viola os princ=pios de direito.

    Biblio#rafiaJ +ntnio Iunqueira de +zevedo, %anos &ociais 8artio9

    2e falamos em punião, estamos falando de uma pena. ) um postulado do @stado emocrtico de

    ireito que não / crime sem lei anterior que o defina, nem pena que se*a imposta sem previsão anterior

    em norma. ) uma cr=tica fraca, a da previsão do art. $%%, baseada no direito positivo. 1a realidade,

    doutrina e *urisprudência tratam cada vez mais desses punitive damages.

    :ro*eto de lei procura acrescentar um parrafo ao art. $%%, dispondo que, na indenizaão por

    dano moral, o *uiz deve considerar um valor suficiente para a compensaão e um valor de desest=mulo.

    Ter=amos consarada a ideia dos punitive damages ou do valor de desest=mulo.

    Nunt/er T@PD1@O , em sua obra sobre o direito como um sistema autopoiético, trata do direito

    como um sistema. 4 que faria com que o direito fosse um sistema diferenciado de seu meio? 4 direito

    est inserido no sistema social. 4 que faz com que se diferencie? 2eundo QPHA+11, o direito tem uma

    linuaem pr5pria, binria, um c5dio comunicacional 8 'ect e nrect 9. Iur=dico é o que se incorpora;

    não *ur=dico é o que não interessa. 4 direito seleciona condutas.

    Cada um dos ramos do direito s5 se autonomizou porque comeou a ter uma linuaem pr5pria.

    ) poss=vel tratar empresrios da mesma forma como as pessoas comuns? 1ão, porque o direito comercial

    seue uma l5ica diferente, incorporando condutas de acordo com uma linuaem pr5pria. +

    responsabilidade civil tem um c5dio operacional pr5prio! o dano ser *usto ou in*usto. 4 dano *usto não

    ense*a responsabilidade civil 8e7. lesBes causadas em ladrão9. Fualquer outro c5dio que se tente

    introduzir criar outro sistema que não de responsabilidade civil. + responsabilidade civil est diriida a

    tornar a v=tima indene. +o se criar o dever de punião, cria-se uma outra funão, com outro sistema que

    não o de responsabilidade civil.

    @7.! 6'' mil reais a t=tulo de punião. 4s pressupostos são outros.

    4s punitive damages devem ser incorporados em outro sistema que não o de responsabilidadecivil. Ho*e, eles confiurariam enriquecimento in*ustificado, uma vez que não / nen/uma *ustificaão

     *ur=dica para que a v=tima ten/a um incremento patrimonial. Contudo, de lege ferenda, não /averia

    enriquecimento in*ustificado. @nriquecimento é incremento de posião *ur=dica ativa, e toda troca

     patrimonial deve ter uma *ustificaão. 4 enriquecimento ser in*ustificado quando não /ouver

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     *ustificativa 8enriquecimento sem causa9 ou quando a causa for il=cita 8enriquecimento il=cito9. 2e a lei

    determinar o valor, a lei ser a causa 8causa legis9.

    4s *u=zes embutem o valor, não fazendo a distinão. 4 professor Iunqueira afirma que isso é um

    mau direito, porque o *uiz faz *ustia com as pr5prias mãos, não respeitando o direito * estabelecido. 4

     professor Iunqueira afirma que o dano social é quando / um dano para a sociedade.

    @7.! acidente da T+A! dei7ou todos apreensivos.

    + punião se refere a um desest=mulo, alo a que não se quer desestimular. + responsabilidade

    ob*etiva pode se referir a alo l=cito. 4s punitives damages, nesse caso, serviriam para desestimular a

    atividade empresarial? 2e os autores falam que devem apreciar a culpa, porque os  punitives se referem J

    culpa, / um retorno ao sistema anterior, de culpa. 4s punitives damages devem ser tratados

    autonomamente.

    4 art. $%%, caput , dispBe que a indenizaão mede-se pela e7tensão do dano. 4 parrafo 3nico

    contém uma e7ceão! se, porém, /ouver e7cessiva desproporão entre o rau de culpa e o dano, o *uiz

     poder reduzir equitativamente a indenizaão. Três consideraBes!

    - graus de culpa: no sistema anterior, /avia a culpa lev=ssima 8aquela que s5 seria evitada por

     pessoa com diliência e cuidados e7traordinrios9, leve 8aquela que pessoa com diliência normal

    evitaria9 e rave 8aquela que resulta de culpa e7tremamente alta - é a que qualquer imbecil poderia evitar9.

    4 mesmo manual que fala da culpa lev=ssima fala que culpa é a inobservKncia do dever de cuidado do

    /omem médio. @ a culpa lev=ssima? :or definião, culpa lev=ssima não é culpa. @la e7iste porque a Lex

     Aquilia estabelecia a responsabilidade ob*etiva. Houve a interpolaão, tendo sido inserida a e7pressão

    levíssima culpa venit 

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     pode ser diminu=da. Nustavo T@:@014 afirma que o dono de uma coisa mais cara assume o risco de

    sofrer um dano mais alto;

    - aplicaç,o ou n,o na responsa#ilidade o#-etiva: discute-se se é poss=vel aplicar o dispositivo

     para diminuir o valor da indenizaão se o causador do dano aiu dilientemente ou se a v=tima do dano

    concorreu para a sua causaão. Ho*e, prevalece o entendimento doutrinrio no sentido de que é poss=vel

    8:rofs. 20AS4, T+OTPC0, T@O@+ + 1C41+9. :ara o :rof. Aaur=cio, não / o menor sentido. 2e a

    responsabilidade é ob*etiva, abstrai-se a culpa. 2e a culpa é analisada, amplia-se o ob*eto da lide. 2e a

    v=tima concorreu culposamente, é poss=vel diminuir a indenizaão pela e7istência de concausalidade.

    :or fim, / quem defenda que, com maior rau de culpa, a indenizaão deve ser aumentada. 4

    dispositivo trata apenas da reduão da indenizaão. + norma não contempla essa possibilidade. 1a

    domtica, viora a ineabilidade dos pontos de partida. 1ão se podem near os pontos de partida. 1o

    ireito procura-se a decisão, não / verdade. 4 binmio é vlido ou invlido. Com uma ciência

    decisional 8normativa9, não podemos prescindir da ineabilidade dos pontos de partida. 4 ponto de

     partida é a norma, mesmo que se*a para destru=-la.

    4 art. $%%, par. 3nico, então, é o ponto de partida. eve ser feita uma construão cient=fica que

    contemple o artio e o sistema para mostrar que e7iste. 1ão se pode near que o artio diz diminuir,

    mesmo que se*a para refutar.

     Art. 927, par. único

    Fual o sistema de responsabilidade adotado pelo nosso CC'&? +luns dizem que /o*e ainda prevalece a

    responsabilidade sub*etiva; para outros, prevalece a responsabilidade ob*etiva; para outros, elas

    convivem. +s respostas devem ser dadas de maneira mais clara. 2e pensarmos o ireito no n=vel da

     pr*xis, / muito mais /ip5teses de responsabilidade ob*etiva do que sub*etiva. 1o sistema normativo,

     porém, / um equil=brio. 1ão d para falar de prevalência sem verificar o n=vel em que se discute a

    questão.

    +luns autores afirmam que o art. 6#>, que trata do abuso de direito, é caso de responsabilidade

    ob*etiva. 1ão / qualquer sentido na afirmaão. 4 art. 6#> deve ser analisado J luz do art. 6# - tambémcomete ato il=cito o titular de um direito que, ao e7ercê-lo, e7cede manifestamente os seus limites porta uma clusula eral do e7erc=cio inadmiss=vel de posiBes *ur=dicas. @le deve ser analisado

    ob*etivamente, ou se*a, não se analisa se o titular do direito o e7erceu culposa ou dolosamente. + clusula

    contida no art. 6#> tem a possibilidade de ense*ar vrias sanBes. @7istem sanBes de nulidade,

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    caducidade, ineficacizaão, responsabilizaão civil, etc. 4 abuso do direito contempla potencialmente

    qualquer uma dessas sanBes. + sanão ser de indenizaão se do abuso resultar dano para aluém.

    @7.! :ão de +3car e fusão com o Carrefour! o ne5cio fere a funão social do contrato. ) uma

    contrataão eneticamente viciada. H um problema na formaão do contrato. +s partes estão e7ercendo

    seus direitos de modo abusivo. + sanão é a nulidade da fusão.

    @7&.! num conte7to de rande concorrência, com vrios rupos de iual porte, a fusão entre os

    dois rupos não conteria qualquer problema enético. Contudo, e se, depois de anos, todos os rupos

    dei7assem o mercado brasileiro. + manutenão da funão não fere, posteriormente, a funão social do

    contrato? 2er poss=vel ineficacizar a fusão, determinando o desfazimento.

    4 abuso do direito contempla a responsabilidade civil, mas não apenas isso. Fuando era um

    dano, ser responsabilidade civil ob*etiva.

    4 art. $&>, par. 3nico, contempla uma clusula eral de responsabilidade civil ob*etiva. 4 mel/or

    conceito de clusula eral é aquele dado por Iudit/ Aartins Costa. Fuando o leislador estabelece uma

    clusula eral, ele outora ao *uiz um mandato para que o *uiz leisle no caso concreto. + clusula eral

     pode ser entendida como um dispositivo leal vazado em linuaem aberta e que conten/a a possibilidade

    de o *uiz preenc/er no caso concreto. ) o que diferencia a clusula eral do conceito *ur=dico

    indeterminado. 1este, a soluão * est posta. 1aquele, o *uiz participa da criaão da norma concreta.

    :elo art. $&>, par. 3nico, /aver obriaão de reparar o dano, independentemente de culpa, nos

    casos especificados em lei

    + responsabilidade civil tem a seuinte estrutura!

    C41PT+  +14

      8culpa ou dolo9 1e7o

    4 dolo e a culpa estão na conduta. :ara /aver responsabilidade sub*etiva, é imprescind=vel que a

    conduta se*a dolosa ou culposa.

    C41PT+  +14

    8dolo, culpa ou nen/um9 1e7o

    4 ne7o é puramente *ur=dico. 4 leislador, via de rera, col/e do mundo dos fatos uma relaão de

    causalidade e a torna *ur=dica. +o construir o ne7o normativo 8e sempre ser normativo9 o leislador ou

    col/e do mundo dos fatos uma relaão de causalidade 8e7. escorrear no c/ão encerado e cair no tril/o do

    trem - a Compan/ia de Trens deve indenizar porque / um ne7o9, ou considera irrelevante determinado

    ne7o f=sico 8e7. pessoa que se mata se *oando na frente do trem - também sofre com atropelamento, mas

  • 8/16/2019 Direito Civil Aplicado II - Final-Excelente Para Responsabilidade Civil

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    não / indenizaão9. 4 ne7o f=sico pode ser idêntico, mas o direito pode desconsiderar o ne7o f=sico para

    efeitos de indenizaão. 1uma terceira /ip5tese, o leislador cria ne7o *ur=dico onde não / ne7o f=sico

    imediato 8e7. fil/o de > anos d uma paulada na cabea do amio - o pai é o responsvel por indenizar,

    mesmo que não /a*a ne7o f=sico entre a porrada e o pai9.

    Fuando se afirma que e7iste responsabilidade civil sem ne7o, / um rave erro. 1ão e7iste

    responsabilidade civil sem ne7o. + disposião normativa que determina indenizaão * determina o ne7o.

    + lei estatui um ne7o. 4 ne7o de imputaão é sempre leal.

    + responsabilidade ob*etiva não é responsabilidade sem culpa. @la não é sem culpa, mas

    independentemente de culpa. 1ão se valora a conduta a7ioloicamente.

    @7.! policial que avana o farol vermel/o em perseuião e bate no carro. 4 @stado é obriado a

    indenizar mesmo que não /a*a culpa.

    @7&.! policial sai do quartel e se embriaa. + mul/er e7ie que ele v para casa. 4 policial sai

    embriaado com a viatura e bate no carro. 4 @stado é obriado a indenizar, mesmo que o policial ten/a

    aido com culpa.

    + diferena é que, no primeiro caso, o @stado ter direito de reressão; no seundo, não. H um

    vazio a7iol5ico na responsabilidade. + culpa e o dolo na responsabilidade ob*etiva são elementos

    dispensveis. 2ão irrelevantes.

    :ela primeira parte do art. $&>, par. 3nico, a responsabilidade civil ser independente de culpa nos

    casos previstos em lei. 1ão se alterou nada. 2empre foi assim. + seunda parte do dispositivo traz aclusula eral! se a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza,

    risco ao direito de outrem é fundamental que /a*a uma atividade.

  • 8/16/2019 Direito Civil Aplicado II - Final-Excelente Para Responsabilidade Civil

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    2eundo ponto. 4 que é normalmente desenvolvida

  • 8/16/2019 Direito Civil Aplicado II - Final-Excelente Para Responsabilidade Civil

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     *usto se não /ouve qualquer participaão no ato. Oesponder por ato de terceiro deve ser e7ceão do

    sistema. :or isso, o CC'& não cria responsabilidade presumida por ato de terceiro - ela é e7pressa,

    declarada.

    @m outras palavras, s5 / duas /ip5teses! 8i9 quando a pessoa se obria por ato de vontade

    8posião de arantidor, avalista ou fiador9; ou 8ii9 quando a lei e7pressamente impBe, e a= e7istiria uma

    arantia leal.

    @m quais casos a lei e7pressamente impBe a responsabilidade?

    Dasicamente, é o art. $"& do CC'&, mas não é s5. @m certas situaBes, no casamento a lei impBe

    a um dos cn*ues a responsabilidade pelos atos do outro.

    @7.! despesas domésticas 8de manutenão da casa e da fam=lia9! os cn*ues respondem

    solidariamente 8art. 6%%9.

    2e um dos cn*ues pratica um ato il=cito, sendo casado pelo reime da comun/ão parcial de

     bens, o CC'& determina que o cn*ue que não praticou o ato il=cito responda pelas vantaens dele

    decorrentes 8art. 6E$, 0G9.

    @7.! marido é administrador da empresa e da um olpe na empresa, colocando o din/eiro na

    conta, como a esposa é dona da metade do din/eiro, ela responde pela vantaem econmica 8parte

     patrimonial9.

     1o parte de comun/ão universal de bens, não / nen/uma disposião afirmando que as d=vidas

    não se comunicam. :oder=amos interpretar que responde amplamente com todos os bens. :orém, é um

    racioc=nio fal/o, pois mistura responsabilidade civil e comun/ão de bens. :ela responsabilidade civil,

    ninuém é punido por ato de terceiro.

     1o sistema brasileiro, a responsabilidade por ato de terceiro decorre de e7pressa determinaão

    leal ou por ato voluntrio.

    :elo art. $"&, 0, os pais respondem pelos atos dos fil/os menores 8que não ten/am 6# anos

    completos9 que estiverem sob sua autoridade e sob sua compan/ia. :elo inc. 00, também respondem os

    tutores e curadores pelos incapazes que estiverem nas mesmas condiBes 8pupilos ou curatelados queestiverem sob sua autoridade e sob sua compan/ia9.

    4 que é autoridade parental ou autoridade do tutor ou curador? ) o poder familiar. :ai e mãe

    normalmente possuem poder familiar pelo fato de serem pais. 2e a pessoa tem o poder familiar, ela tem

    autoridade sob os fil/os menores. 4 tutor e o curador possuem autoridade em decorrência da tutela e da

    curatela. 4 vocbulo autoridade é de fcil identificaão. 4s pais, enquanto pais, tem poder familiar e

  • 8/16/2019 Direito Civil Aplicado II - Final-Excelente Para Responsabilidade Civil

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    autoridade; os curadores e os tutores têm autoridade." Ter autoridade é uma questão de direito, não é

    ftica.

    :or outro lado, o que sinifica compan/ia

  • 8/16/2019 Direito Civil Aplicado II - Final-Excelente Para Responsabilidade Civil

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    Fual das teses é a mais adequada? 1o primeiro caso, como a uarda eralmente é da mãe, ela tem

    mais probabilidade de ser responsabilidade; no seundo caso, a culpa é uma inobservKncia do dever de

    cuidado, então deveria /aver um modelo de educaão a ser observado%, o que recai na dif=cil tarefa de

    dizer o que é educar bem ou mal. 4 TI-2: tem aplicado, em aluns *ulados, essa ideia. 4 professor

     prefere que não se obriue uma pessoa ao imposs=vel.

    :elo art. $"&, 000, / a terceira /ip5tese de responsabilidade por ato de terceiro! a responsabilidade

    do empreador ou do comitente pelos atos do empreado ou do preposto. 2ão atos liados ao e7erc=cio da

    atividade 8e7. empreado diriindo o carro da empresa9. ) um dispositivo muito complicado. + relaão de

    empreo se resolve pelo art. "U da CQT 8subordinaão, /abitualidade, etc.9. :ortanto, definir quem é o

    empreado sinifica busc-lo no direito do trabal/o.

    4 problema é que o CC'& também abrane o comitente. H quem dia que até o empreiteiro é

     preposto do dono da obra, o que, para o professor, é um absurdo 8não seria cab=vel responsabilizar o dono

    da obra9. 2e a pessoa, então, empresta o carro para aluém, o comodatrio estaria numa relaão de

     preposião com o comodante, que deveria indenizar a v=tima de um atropelamento, por e7emplo. 4 prof.

    Genosa e o prof. :ablo fazem essa leitura ampla da preposião. +o professor, o leislador pensou numa

    relaão que não é de empreo, mas de subordinaão 8/ierarquia9 sem todas as condiBes do art. "U. ) a

    responsabilidade em casos de subordinaão sem v=nculo de empreo.

    @7.! contrataão de empresa para prestar viilKncia. 4 viilante não é empreado direto, mas est

    sob as ordens e a coordenaão da outra empresa.

    4 professor, porém, é minoritrio na doutrina, que ma*oritariamente ap5ia a ideia ampla

    8enlobando até mesmo o mandatrio, o empreiteiro, etc.9. 1ea-se um pouco a ideia de que

    responsabilidade por ato de terceiro deve ser e7pressa, abranendo diversas situaBes. 1a *urisprudência,

     por e7emplo, aceita-se que aquele que empresta o ve=culo responde. 1a locaão de ve=culo 8cessão

    remunerada da posse9, o locador responde pelos danos causados pelo condutor a terceiros. ) tema

    sumulado pela 23mula %$& do 2TM.

    4 art. $"&, 0G, é interessante e pode ser lido em con*unto com o 0 e o 00. 2e /ouver /ospedaem e

    /otel ou assemel/ados 8motel, alberue, pensão9, enfim, qualquer espao cedido onerosamente, e também

    escolas nas quais se cobra para estudar 8na escola p3blica, / responsabilidade ob*etiva do @stado9,

    /aver responsabilidade. ) com base nesse artio, por e7emplo, que se responsabiliza a escola pelo

    , - pai que !ateu educou !e ou educou al E o pai que n+o !ateu

  • 8/16/2019 Direito Civil Aplicado II - Final-Excelente Para Responsabilidade Civil

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    #ull.ing . :ara o professor, que dese*a um conceito mais restrito de #ull.ing , é o ato causado pelo rupo de

    crianas ou adolescentes, na fase de formaão, para /umil/ar os outros.

    Como conciliar a responsabilidade dos pais com a da escola? :ela tese da culpa in educando,

     poderia /aver uma solidariedade entre pais e a escola, porque os pais dei7aram de educar e a escola

    dei7ou de viiar. 1o caso de c.#er#ull.ing , fora da escola, os pais responderiam. :or outro lado, pela tese

    da uarda, se o #ull.ing é causado dentro da escola, apenas a escola responde; se é causado fora, s5 os

     pais respondem.E

    4 3ltimo inciso do art. $"& 8inc. G9 determina que aquele que obtém vantaem econmica

    decorrente de crime também responde. 1a parte penal, pode /aver o crime de receptaão ou de

    favorecimento real. 4 CC'&, por sua vez, verifica apenas a vantaem econmica obtida por um crime. 4

    dispositivo é absolutamente claro nesse sentido. 2e o seqestrador doou o din/eiro do resate para o pai,

     pouco importando se este participou ou não, o pai responder pela vantaem, ainda que não saiba, ou se*a,

    mesmo de boa-fé. @ntre boa-fé e enriquecimento sem causa, a lei prefere enfocar o seundo em

    detrimento da primeira. 4 C5dio analisa apenas os efeitos patrimoniais do crime, não analisando o

    crime.

    :elo art. $"", o terceiro responsvel responde de maneira ob*etiva. 4 pai, o tutor, a escola, o

    empreador etc. respondem de maneira ob*etiva. 4 incapaz, o empreado, etc. respondem sub*etivamente,

    mediante prova de culpa. 4 CC'& e7ie uma anlise em duas etapas!

    69 primeiro, analisa-se a conduta do causador direto do dano 8incapaz, empreado, etc.9.

    ) uma responsabilidade sub*etiva. @7.! empreado bêbado diriindo o camin/ão da empresa.

    / 0o!re o bullying" o professor aponta que o ireito adite que suas de)ci(ncias"

    as acredita que a sua verdade é a nica. 3rata4se de u fen5eno de orige

    a!solutaente desconhecida. Aquele que sofreu bullying geralente causa bullying

    so!re outro. 6ual seria a responsa!ilidade ent+o 7or que a escola responderia

    7ela e8ist(ncia do bullying" pela sua preven*+o ou pela n+o repress+o de u

    bullying e8istente 7odeos pensar na responsa!ilidade da escola pelo ato debullying. 7arece ao professor que o ser huano pratica isso justaente porque é

    ser huano. 9- hoe é al desde criancinha. 0e ele puder" co u ano e eio"

    afogar o ir+ozinho" ele o fará. o e8erc#cio de perversidades. 6uando ele se

    rene e grupo para ser perverso co os iguais" há bullying. 3e4se que toar

    cuidado co a siplicidade de racioc#nio.

  • 8/16/2019 Direito Civil Aplicado II - Final-Excelente Para Responsabilidade Civil

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    &9 se /ouver responsabilidade por culpa, o terceiro responder ob*etivamente. @7.! sendo

    culpado o empreado 8culpa sub*etiva9, o empreador responde ob*etivamente,

    independentemente de culpa.

    @7.! fil/o pea o carro do pai escondido. Tem 6> anos, mas é e7celente motorista. :ara no sinal

    vermel/o. Pm motorista maior e embriaado bate no carro. e quem é a responsabilidade? + culpa pelo

    dano? H sim um il=cito administrativo, mas a culpa pelo dano ser do motorista bêbado 8il=cito civil9. 2e

    o menor não responde, o pai não responde. 2e o terceiro não causou o dano ou não é culpado, o

    responsvel não ir paar.

    :elo CC6, o menor ou empreado que, culposamente, causava dano, respondia pelo dano. 4 pai

    ou tutor poderia alear ausência de culpa in vigilando; o empreador poderia alear ausência de culpa in

    eligendo. + culpa in vigilando e a culpa in eligendo eram requisitos para que os pais ou empreadores

    respondessem. @ra necessria culpa para os dois, pai e fil/o, empreado e empreador. 4 CC'& altera a

    situaão ao derrubar a necessidade de culpa para os terceiros responsveis, mantendo a culpa apenas para

    quem comete o ato il=cito.

    @7.! empreador que fez verificaão dos antecedentes do motorista que bateu o carro, antes de

    contrat-lo. 1ão interessa.

    ) poss=vel imainar uma situaão em que o empreado ae com culpa, respondendo, mas o

    empreador não responde? ) poss=vel /aver responsabilidade s5 do fil/o, do empreado? ) poss=vel

    aluma escusa para que o pai, o tutor não respondam?

    @7.! curador de uma pessoa com problemas de violência. o remédio para a pessoa quatro

    vezes ao dia. 4 lote, porém, por um equ=voco, vem com placebo. 4 louco furioso, sem os efeitos do

    remédio, causa um dano. 1ão / ne7o de causalidade entre a conduta e o dano sofrido pela v=tima. +

     pessoa fez e7atamente tudo o que podia fazer. 4 placebo se equipara a uma fora maior.

    @7&.! pai uarda a c/ave do carro no cofre. 4 menor e7plode o cofre e leva a c/ave, batendo o

    carro.

    4 professor entende que não / sempre o dever de indenizar pelo terceiro. Caso contrrio, /aver

    a adoão do risco interal. 4 professor considera que é poss=vel aplicar a fora maior.

    4 art. $"% estabelece mais uma rera! se o terceiro responsvel paar a conta, / direito de

    reresso contra os causadores diretos do dano. 0sso prova que o empreador não é tecnicamente devedor.

    @le tem /aftung , mas não ter &culd . 4 3nico problema é que o art. $"% determina que, se o causador do

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    dano é descendente, não / direito de reresso. Oetira-se o direito de reresso se o responsvel 8pela

    indenizaão9 for ascendente do causador direto do dano.

    Responsabilidade por atos de Incapa&4 art. $ do CC'& trata da responsabilidade pessoal do incapaz. 1o C5dio anterior, o incapaz

    não respondia pessoalmente pelos danos causados. 4 ato do incapaz equivale J queda da tel/a e ao coice

    do *umento 8Plpiano9. 4 CC6 copiou o C5dio 1apolenico, que dizia que os incapazes não respondiam

     pelos danos causados. @m 6$#, /ouve uma mudana no 0ode, e o incapaz passou a responder

     pessoalmente pelos danos.

    :or que /istoricamente ele não responde pelos danos? + ideia de responsabilidade civil sempre

    esteve liada J ideia de imputabilidade. 0mputvel é aquele que tem discernimento entre o certo e o

    errado, optando por fazer o errado. :aa a conta pela opão. :ortanto, /istoricamente afirma-se que o

    incapaz não tem discernimento entre o certo e errado. Fuando ele pratica um dano, ele não tem noão da

    escol/a, sendo fora maior.

    @ssa visão foi derrubada por rande parte dos c5dios no séc. VV. 4 sistema *ur=dico tem um

    dilema a resolver. 4 incapaz responde sem ter essa imputabilidade ou não responde e dei7a a v=tima

    desassistida? 4s sistemas fizeram uma opão interessante! apesar de o incapaz não ter discernimento nem

    imputabilidade, quando se analisam os atos do incapaz, eles são analisados J luz de um padrão de

    conduta. 1ão se vê se o que ele fez é certo ou errado, mas se a conduta foi culposa ou não. Gerifica-se

    uma culpa ficcional . @le é culpado por culpa ficcional. ) a conduta do /omem médio, e7traindo a

    capacidade do su*eito. ) uma culpa que o sistema cria para *ular os atos do incapaz. + partir da=, ainda

    que o incapaz não ten/a condião de ter culpabilidade, é poss=vel se descobrir quando o incapaz é

    culpado.

    +bandona-se um sistema de irresponsabilidade do incapaz para um sistema de culpa ficcional do

    incapaz. 4 :rof. Aiuel Oeale rediiu, então, o art. $, que faz alo interessante! o incapaz passa a ser

    subsidiariamente responsvel pelos pr5prios danos, sem distinão entre incapacidade relativa ou absoluta.

     1ão importa o rau de incapacidade. @le s5 responde, seundo o C5dio, se os responsveis não tiverem

    < =+o se trata de antecipa*+o de leg#tia por pagaento de d#vida do )lho. A

    antecipa*+o de leg#tia %heran*a' decorre de u negócio gratuito. Aqui" ao

    contrário" há u dever iposto legalente.

  • 8/16/2019 Direito Civil Aplicado II - Final-Excelente Para Responsabilidade Civil

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    o dever de indenizar ou se tiverem o dever, mas não tiverem condiBes. ) uma forma de tirar o din/eiro

    do incapaz rico para dar J v=tima pobre.

    @7.! pr5dio é incapaz. Nasta imoderamente seus recursos, podendo conduzi-lo J miserabilidade.

    + curatela do pr5dio é o cuidado com o patrimnio, não da pessoa do pr5dio. 2e o pr5dio pratica um

    ato il=cito, o curador não tem o dever de indenizar. 2e o pr5dio pratica um dano, é ele quem indenizar.

    @7&.! pessoa 5rfã sem um tutor nomeado.

    4 @statuto da Criana e do +dolescente estabelece que o *uiz, como medida peda5ica, pode

    determinar que diretamente o incapaz paue pelo dano causado. ) uma forma de ensinar ao menor

    incapaz. 1ão é dever dos pais, mas dever do menor paar a conta. Aais do que carter indenizat5rio, ele

    tem carter peda5ico.

    4 incapaz também paa diretamente se os responsveis não tiverem condiBes. 1essa /ip5tese, o

    incapaz é rico, mas o responsvel é pobre.

    @7.! menores que an/am muito din/eiro com seus talentos 8futebol, m3sica, internet, etc.9. ) o

    caso do 1eWmar e do pai do 1eWmar. 2e o fil/o, bêbado, atropela pessoas na praia, o pai não ir conseuir 

     paar, mas o 1eWmar conseuir.

    H um detal/e, o art. $, par. 3nico. + indenizaão prevista no artio não ter luar se privar o

    incapaz ou as pessoas que dele dependem do necessrio. + indenizaão é fi7ada por equidade, ou se*a, em

    favor do mais fraco. 2e o incapaz causa o dano de 6'', caber ao *uiz primeiro apurar o valor e o taman/o

    do dano. 2e não fizer diferena para o patrimnio do incapaz, aplica-se a rera eral da indenizaão novalor do dano. 2e, por outro lado, retirar o din/eiro do menor for lev-lo J m=nua, ou for pre*udicar

    aqueles que ele a*uda a sustentar, o *uiz poder reduzir.

    4 professor defendeu alo um pouco diferente. 4 caput e o parrafo devem ser lidos de maneira

    con*unta. 2e os pais têm um patrimnio de 6'' e o incapaz tem patrimnio de #', retirar um pouco de

    cada um poder indenizar a v=tima sem quebrar nen/um deles. Oetira-se um pouco de cada um, respeitada

    a equidade. +tende-se a três ideias! 8i9 a v=tima ser indenizada plenamente; 8ii9 os responsveis terão que

     paar o que devem; 8iii9 o incapaz também dever paar pelo ato que cometeu.

    4s pais continuam os primeiros responsveis, enquanto o incapaz permanece responsvel

    subsidiariamente.

    :or fim, se o art. $ fala em responsabilidade subsidiria, e o art. $%& fala em responsabilidade

    solidria, como compatibiliz-los? evemos ver qual a lei mais eral e a lei mais espec=fica. :ela

  • 8/16/2019 Direito Civil Aplicado II - Final-Excelente Para Responsabilidade Civil

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    especialidade, a responsabilidade do incapaz é subsidiria, porque o art. $%& trata de todos os terceiros,

    enquanto o art. $ trata da responsabilidade do incapaz especificamente.

    4 art. $%& deve ser lido! são solidariamente responsveis com o autor, os elencados no art. $"&,

    salvo nos casos dos incisos 0 e 00. +ora, se o pai e a mãe estiverem casados e forem responsveis pelo

    dano, eles respondem solidariamente. 4 incapaz tem responsabilidade subsidiria, mas os pais respondem

    solidariamente entre si.

    2>.8 - Direito de Lam,lia

    4 estudo do direito de fam=lia se divide, em termos atuais, em antes e depois da Constituião de

    6$##. + Constituião foi o marco da virada da adoão dos novos paradimas no conceito de fam=lia e naconcessão dos direitos. ) a Constituião de 6$##, portanto, que estabelece o paradima. ) verdade que

    um dos randes momentos de transião foi com a lei de div5rcio em 6$>>, mas em 6$## /ouve a

    mudana de paradima.

    4 CC6 s5 aceitava um 7nico modelo de fam,lia 8unicidade do modelo de fam=lia9. Mam=lia era a

    fam=lia le=tima, ou se*a, a fam=lia advinda das *ustas n3pcias 8dormir com o cn*ue9. :ortanto, a fam=lia

    era apenas a matrimonial. 1o in=cio do séc. VV, /avia um forte carter reliioso 8bênão da 0re*a ou do

    @stado9. @ssa ideia de unicidade de n3cleo familiar é uma ideia patrimonialmente interessante, porque se

    / uma 3nica fam=lia, qualquer outra relaão é estran/a ao ireito. 4 patrimnio não se dilui, ficando nasmãos dos mesmos. @ntão, além do viés reliioso, também / um viés patrimonial 8concentraão

     patrimonial9.

    + fam=lia le=tima tin/a um modelo de *ierar"ia. 4 marido e7ercia a c/efia da sociedade

    con*ual, com a colaboraão da mul/er 8art. &"E9. 4s fil/os obedeciam ao pai e ao marido da mãe. 1esse

    modelo /ierarquizado, a noão de felicidade e complementaridade era completamente inorada -

    interessava a opinião do pai(marido. 2e um e7erce a c/efia, o outro est subordinado J vontade daquele

    que e7ercia a c/efia. @ra um C5dio absolutamente consentKneo com a sua realidade social - poucas

    mul/eres eram alfabetizadas, trabal/avam fora ou tin/am condiBes de decidir os rumos das fam=lias, no

    in=cio do séc. VV.

    4 sistema patriarcal transformava a mul/er em mais um fil/o - as mul/eres continuaram

    incapazes pelo casamento até 6$&, quando editado o @statuto da Aul/er Casada. + /ierarquia marital era

  • 8/16/2019 Direito Civil Aplicado II - Final-Excelente Para Responsabilidade Civil

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    natural numa sociedade patriarcal, mac/ista, em que a mul/er estava isolada na informaão e nas

    condiBes. 4 CC6 proteia aluém que era entendida como mais fraca e menos preparada.

    4s fil/os sofriam uma classificaão de acordo com a sua oriem. :ortanto, aluns eram mais

    fil/os e outros eram menos fil/os. 4s fil/os le=timos eram aqueles advindos do casamento; os fil/os

    ile=timos eram aqueles nascidos fora do casamento. Mil/os ile=timos eram os fil/os naturais 8se os pais

    fossem solteiros9, os fil/os adulterinos 8pais casados com outra pessoa9, os fil/os incestuosos 8se os pais

    tivessem impedimento9. 1as 4rdenaBes Milipinas, o fil/o do clério era o fil/o do coito danado> reulamentada pela Qei E6E(>>9, salvo

     pela morte 8por assassinato...9 ou pela anulaão, que passava pelo erro essencial da pessoa do cn*ue

    8arts. &6# e &6$9. 1ão /avia div5rcio. 4 art. &6$, 0, dispun/a sobre o erro quanto J /onra, J boa-fama ou J

    identidade do cn*ue. @ra o e7emplo de se falar que o marido era bro7a< ou a mul/er era prostituta

  • 8/16/2019 Direito Civil Aplicado II - Final-Excelente Para Responsabilidade Civil

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    4 sistema era tão fal/o que o C5dio :enal assumia a l5ica de que o importante era a mul/er

    conseuir casar. +ssim, a punibilidade do estuprador seria e7tinta se a mul/er conseuisse casar

     posteriormente; se /ouvesse danos estéticos, a indenizaão era equivalente ao dote matrimonial que ela

    dei7aria de an/ar por não casar. Aul/er deflorada não tin/a futuro e era prostituta.

     1o sistema p5s-constitucional, não / mais uma 3nica fam=lia, mas vrias fam=lias. 2ão elas! %i' 

    fam,lia matrimonial 8aquela advinda do casamento9; %ii' fam,lia informal 8decorrente da união estvel,

    art. &&, X "U da CM9; %iii' fam,lia monoparental 8apenas um dos pais e seus fil/os, art. &&9; %iv' fam,lia 

    anaparental 8sem os pais, apenas com avs e os netos ou somente os irmãos>9; %v' fam,lia @mosaico4

    recomposta o reconstit,da 8a fam=lia do séc. VV0, em substituião J fam=lia matrimonial, reunindo

     pessoas pelo v=nculo de afeto, mas que * tiveram fam=lias anteriores e as trazem consio9; %vi' fam,lia

    isossexal o nião *omoafetiva 8a união /omoafetiva equivale J união estvel para todos os seus

    efeitos9.

    + fam=lia isosse7ual ou a união /omoafetiva deve ser inclu=da na união estvel. + união estvel,

    /o*e, pode se dar entre pessoas do mesmo se7o ou entre /eterosse7uais. 1ão / nen/uma razão, salvo

     preconceito, para se falar em união /omoafetiva. Trata-se de união estvel, se*a entre /eterosse7uais, se*a

    entre /omosse7uais. 4 t=tulo é união estvel, independentemente do se7o das pessoas.

    +ntes, /avia uma forte discussão sobre isso. Pma primeira corrente afirmava que a união entre

     pessoas de mesmo se7o não era fam=lia 8Aaria Derenice9; uma seunda corrente sustentava que é fam=lia,

    mas não era união estvel, consubstanciando um tertium genus 8:rof. Gillaa e :rof. Genosa9, mas qual

    rera seria aplicada a essa fam=lia? Pma terceira corrente considera que é união estvel e é fam=lia 8:rof.2imão9. 1ão / mais espao *ur=dico para se dizer que não é fam=lia.

    4 casal /omosse7ual não tin/a dezenas de direitos que o casal /eterosse7ual tin/a 8por e7emplo,

    colocar o compan/eiro como dependente no seuro de sa3de, direito sucess5rio mesmo sem testamento,

     pensão previdenciria em favor de compan/eiro, problema de alimentos p5s-união estvel, possibilidade

    de visitar o compan/eiro8a9 no /ospital p3blico, etc.9.

    > - 03?" inicialente" estendeu a regra do !e de fa#lia @ fa#lia forada por

    ir+s solteiras. 7osteriorente" editou a sula $

  • 8/16/2019 Direito Civil Aplicado II - Final-Excelente Para Responsabilidade Civil

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    4s resistentes s5 podem usar uma alternativa! impedir a conversão da união estvel /omosse7ual

    em casamento. 4 professor, loo depois da decisão do 2TM, foi da opinião de que casar não poderia

     porque socioloicamente, filosoficamente e /istoricamente o casamento seria entre pessoas de se7os

    diferentes. Aas por que @span/a, :ortual, +rentina e outros pa=ses recon/eceram o casamento? 1ão

    /averia nen/um arumento que impedisse o casamento. +lém disso, verificando o C5dio Civil, no art.6E6>, afirma-se que o /omem e a mul/er poderão casar, mas não se pode afirmar que é e7austivo. 1o art.

    6E"E, o CC'& também trata do que o *uiz deve declarar no casamento, mas se refere apenas a nubentes<

    e marido e mul/er

  • 8/16/2019 Direito Civil Aplicado II - Final-Excelente Para Responsabilidade Civil

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    :sicanaliticamente, as fiuras masculinas e femininas não estão identificadas com os êneros

    mul/er< e /omem da Constituião. 1ão é

    mais poss=vel diferenciar os fil/os de acordo com a sua oriem, não importando se os fil/os são

    consan=neos, adotivos 8parentesco civil9, oriinados por técnicas de reproduão assistida 8/om5loa -

    material enético dos dois cn*ues - ou /eter5loa - material enético de terceiros9.

  • 8/16/2019 Direito Civil Aplicado II - Final-Excelente Para Responsabilidade Civil

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    4 art. 6E$" do CC'& d amparo leal para a teoria de Ioão Datista Gillela, ao prever um

     parentesco de outra oriem que não natural, por técnicas de reproduão assistida ou por parentesco civil

    8adoão9. ) a parentalidade socioafetiva. @la nasce, no seu fundamento, a partir da c/amada  posse do

    estado de filo. @la e7ie três caracter=sticas!

    a9 nome (nomen): nome do pai, ou se*a, sobrenome daquele que é o pai ou a mãe

     b9 trato (tractatio): tratamento pela pessoa como fil/o e do outro como pai

    c9 fama (fama): terceiros recon/ecem como pai e fil/o, ou se*a, / um elemento e7terno

    + relaão socioafetiva pressupBe afeto, que não se confunde com amor. 4 afeto vem do verbo

    afetar . +feta aquele que participa ativamente na construão da personalidade da pessoa. 4 amor é

    camoniano 8é foo que arde sem se ver9; o afeto é o amor, no sentido positivo, e o 5dio no sentido

    neativo. 4 contrrio do afeto é a indiferena. + pessoa que construiu a formaão da pessoa, que deu seu

    nome, que apareceu na sociedade como pai, é o pai. + relaão de afeto é constru=da com base na

    interferência que A causa na vida de B.

    :ortanto, o Iudicirio se depara com dois tipos de problemas relacionados ao afeto!

    a9 casal que namora, bria, namora, bria, etc. até que resolvem ficar definitivamente *untos. +

    menina enravidou de outro e o namorado aceitou o fil/o. 4 /omem recon/ece como fil/o aluém que

    não é fil/o dele, bioloicamente falando, criando-o como fil/o. Como a pessoa sabe que o fil/o não é

    dele, reistrando como se fosse, / um crime c/amado comumente adoão J brasileira

  • 8/16/2019 Direito Civil Aplicado II - Final-Excelente Para Responsabilidade Civil

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    - quando o pai biol5ico descobre que é pai de um fil/o recon/ecido por outro pai

    8socioafetivo9 e dese*a e7ercer seu direito de pai, / um rave problema. +quele que criou como

     pai vai afirmar que pai é ele; o outro afirma que pai é ele porque o 1+ é dele. 2ão dois /omens

     pleiteando a parentalidade da mesma criana, do mesmo *ovem.

     b9 casal apai7onado. Casam-se. + moa se torna *u=za estadual e vai para o interior. Con/ece um

     promotor substituto. Tem uma rpida relaão e enravida. Golta para 2ão :aulo e não fala que est

    rvida de outro. 1asce a criana. epois de um tempo nasce um seundo fil/o, dos dois. epois, o

    marido comea a trair a moa e é peo com a vizin/a. Humil/a a mul/er. + *u=za afirma que é o fil/o é de

    outro. 4 corno pode afirmar que a criana não tem nada a ver com isso, dizendo que ser fil/o por

    reistro, afeto, mesmo não sendo por 1+. :orém, normalmente, o corno dese*a ser corno em p3blico e

    vai para o Iudicirio para near a parentalidade.

    2e o pai foi enanado, desconstitui a parentalidade, porque não pode ser pai por erro. 4 TI-2:

    decide por esse sentido. Contudo, * afirmou que pela prova trazida aos autos, percebe-se uma s5lida

    relaão de afeto e amizade. ) uma pena que a pessoa ten/a ido pela via da aão neat5ria, porque perdeu

    a c/ance de ter uma fil/a para acompan/-la na vel/ice.

    Se a pessoa recon*ece o fil*o "e não ! dele como dele4 sabendo4 prevalece o afeto e não

    pode ser ne#ada a paternidade. Se4 por otro lado4 ! en#anado4 prevalece a paternidade biol$#ica e

    a pessoa não ! pai.

    ) *usto? Fuem perde é apenas o fil/o. + mãe traiu o pai; o pai larou o fil/o; o 3nico derrotado é

    o fil/o, que não pode sofrer pelo erro da mãe nem pelo problema do pai. izem que o pai perdeu o afeto,

    mas sabe-se que o afeto não é amor. 1inuém pode ser obriado a ficar com 5dio, mas sabemos que a

    relaão de afeto é de amor e 5dio.

    Toda a questão passa pela construão do v=nculo de afeto. @ quando não / qualquer v=nculo e o

    fil/o é totalmente ausente? 4 pai reistral que não convive com seu fil/o é como o proprietrio reistral

    que vendeu por compromisso de compra e venda para outro. :aternidade é efetividade. A+QH@0O42 

    afirma que ser pai não é participar, mas comprometer-se. 2e o fil/o nem sabe que o pai morreu, por

    e7emplo, /avendo mero reistro, é uma paternidade vazia.

    @ quando o pai biol5ico se nea a cuidar da criana, tendo a criana sido reistrada por

    sentena? @ pior, e quando a criana, reistrada *udicialmente, recon/ece o compan/eiro do pai como

    verdadeiro pai, reneando seu pai biol5ico?

    4 afeto não est bem resolvido *uridicamente! se imainarmos que o pai socioafetivo quer ser pai

    e o pai biol5ico quer ser pai, / uma dupla relaão de parentalidade. 2e não / fiura paterna, mas um

  • 8/16/2019 Direito Civil Aplicado II - Final-Excelente Para Responsabilidade Civil

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     padrasto 8que não é fiura paterna9, pode acontecer de ter um vazio. :oderia /aver uma confusão, com a

    criaão da parentalidade socioafetiva. 1ão basta um padrasto amoroso para se tornar pai.

    4 problema acontece quando / dois pais. 0sso ninuém enfrenta! a possibilidade de uma dupla

     parentalidade. 4 direito brasileiro admite dupla paternidade ou dupla maternidade? 2eria poss=vel ter dois

     pais para uma mesma criana? 4 Canad enfrenta um problema c/amado poliamorismo! relaão entre

    quatro pessoas 8dois casais9 que moram na mesma casa, sendo que ninuém é de ninuém. 1asce as

    crianas. 1o momento em que um dos casais se separa, aquele que se separou e saiu da casa dese*a visitar 

    os fil/os. Fuem são os fil/os? Dioloicamente não se sabe, reistralmente se sabe, mas afetivamente

    todos são fil/os, por terem sido criados por dois pais ou duas mães.

    Mala-se em pluralidade de v=nculos! é poss=vel ter dois pais e uma mãe. + questão é o e7erc=cio do

     poder familiar! com resolver as questBes com três pessoas? Fuem vai decidir a educaão? @ se um deles

    quiser educaão reliiosa? ) poss=vel dois pais e duas mães ou é poss=vel criar teses alternativas, como

    visitas sem ser pai. 4 direito civil brasileiro não est preparado para essas respostas, que ainda são

    constru=das. + parentalidade socioafetiva não e7iste em muitos pa=ses. 1a @uropa, isso não e7iste 8pai que

    não é biol5ico ou adotivo9.

    4 professor tem dificuldade em aceitar a pluriparentalidade. 4 ideal seria não criar

     pluripatentalidade, mas se criar, com mais detal/es, um direito de convivência. Com o pai biol5ico, a

    criana desenvolver uma relaão de amizade, não de parentalidade, de uma forma que concilia e

    /armoniza na medida do poss=vel os interesses envolvidos 8do fil/o, do pai socioafetivo, do pai biol5ico,

    etc.9. + dupla parentalidade levaria a diversos problemas operacionais 8e7. dupla /erana - do pai biol5ico e do pai socioafetivo9.

    Em resmo4 a palavra "e marca o novo Direito de Lam,lia ! a inclsão. A fam,lia do s!c.

    MM era a da exclsão5 a fam,lia do s!c. MMI ! da inclsão. conceito de fam,lia ! de pessoas li#adas

    por m v,nclo de afeto "e manten*am rela()es entre si. Pode o não #erar efeitos 3r,dicos o ser

    fam,lia apenas no sentido sociol$#ico.  foco sai da "estão patrimonial para a "estão afetiva.

    ;>. - Neis de direito de fam,lia

    ProvaJ &'.$ - cobrar tendências do novo direito de fam=lia

    4 professor ir comentar três leis que modificaram o direito de fam=lia!

  • 8/16/2019 Direito Civil Aplicado II - Final-Excelente Para Responsabilidade Civil

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    ;' 66.$#('#, que alterou o pr5prio C5dio Civil nos seus arts. 6E#" e 6E#%. ) a lei da uarda

    compartil/ada. 1a redaão oriinal do CC'&, tais artios preavam como rera a c/amada uarda

    unilateral. ) aquela uarda em que um dos pais fica com a uarda e o outro apenas com o direito de

    visitas. :ortanto, /aver uma cisão em termos do direito de convivência. Pm dos pais fica com a uarda e

    o outro com o direito de visitas. 0nclusive, os dispositivos revoados dispun/am que teria a uarda aqueleque tivesse mel/ores condiBes de e7ercê-la. 2eria a condião financeira? 1ão, mas /ouve rande debate

    sobre o tema.

    4utra fiura de uarda era a uarda alternada. @ssa fiura é aquela em que os pais revesam

    quanto ao pernoite do fil/o, ou se*a, a criana passaria alumas noites com o pai e outras com a mãe. 1o

    dia em que dorme na casa do pai, ele cuida das atividades dirias; no dia em que dorme na casa da mãe,

    ela cuida. 1ão é fi7ada normalmente pelos *u=zes, porque o trabal/o dos psic5loos e dos assistentes

    sociais não recomenda - a criana fica sem referência, estando cada dia numa casa e su*eito a uma rera.

     1ão é aplicada na prtica *udiciria.

    4 terceiro tipo de uarda é a uarda compartil/ada, trazida no sistema como rera a partir da

    inovaão leal. Fual é o esp=rito? Havendo uarda compartil/ada, não / direito de visita. +mbos os pais

     possuem iualmente a uarda da criana. 4 sistema da uarda unilateral é quebrado. 1a unilateral,

    normalmente a mãe e7erce a uarda e o pai e7erce as visitas 8o professor não sabe o motivo dessa

     prtica9. + mãe s5 não fica com a uarda se ela não quiser ou nos casos em que o pai conseue provar que

    a mãe abusa das crianas. urante a semana, a criana fica com a mãe; em fins de semanas alternados, a

    criana fica com o pai, se tiver idade razovel 8depois de , > anos9. +ntes dessa idade, ele convive com a

    criana, mas ela pernoita com a mãe. urante as férias, / uma divisão 8metade com o pai e metade com a

    mãe9. 1atal e ano-novo, também / uma divisão, alternada. +niversrio do pai com o pai, da mãe com a

    mãe e da criana com o pai e a mãe, alternadamente. 1a prtica, num mês, a criana passa & dias com a

    mãe e % dias com o pai. @videntemente, o 3nico efeito é o enfraquecimento dos v=nculos do fil/o com o

     pai que tem direito de visita. OelaBes /umanas se constroem e se mantêm pelo conv=vio.

     1uma situaão de normalidade, em que não /a*a um conflito declarado entre pai e mãe, o pai

    ainda conseue alumas concessBes com a mãe. 2e os lit=ios são evidentes e os Knimos são acirrados, o

     pai ter uma dificuldade enorme, ainda que não queira. 4 resultado da uarda unilateral, comoe7periência /ist5rica e social, é o afastamento do pai, com a associaão da fiura do pai em outra fiura

    8as duas fiuras na mãe ou em outra pessoa, como o av9. @la s5 traz pre*u=zo a uma pessoa! a criana,

    que se vê afastada do conv=vio paterno. 2e a separaão ocorre com criana a partir dos 6E, 6 anos,

    muitas vezes ser o fil/o que far a opão por um ou por outro. 1ão / *uiz que obriue por sentena J

    criana morar com o pai ou a mãe.

  • 8/16/2019 Direito Civil Aplicado II - Final-Excelente Para Responsabilidade Civil

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    + lei da uarda compartil/ada vem e7atamente para trazer como e7ceão a uarda unilateral,

    como est no art. 6E#". Nuarda compartil/ada é a responsabilizaão con*unta e o e7erc=cio de direitos e

    deveres do pai e da mãe que não vivam no mesmo teto. + uarda compartil/ada sinifica que pai e mãe

    e7ercem con*untamente a uarda. 4 problema não é quando eles vivem sob o mesmo teto, mas quando

    não / conv=vio.

    Como o CC'& era criticado pela previsão de mel/ores condiBes

  • 8/16/2019 Direito Civil Aplicado II - Final-Excelente Para Responsabilidade Civil

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    quando não /ouver acordo entre o pai e a mãe, ser aplicada, sempre que poss=vel, a uarda

    compartil/ada.

    Como funciona a uarda compartil/ada, que, nos termos do art. 6E#%, X &U, é a rera do sistema

    atual? ) o conv=vio iualitrio, sempre que poss=vel, entre o pai e a criana e a mãe e a criana. 1ão

    sinifica que a criana dormir na casa de um ou de outro. 4 local de pernoite ser sempre o mesmo

    domic=lio, evitando a confusão de padrBes. Com relaão ao tempo de conv=vio durante a semana e durante

    o fim de semana / alumas ideias novas. +ssim, por e7emplo, a criana que dorme com a mãe, tem o

    conv=vio semanal com o pai 8almoo ou *antar9, uma, duas ou três vezes por semana. 4 pai fica com

    alumas incumbências que normalmente seriam da mãe 8e7. levar a criana para a escola ou para

    atividades e7tracurriculares9. 1ão / o e7=lio do pai do conv=vio. @le participa do conv=vio. ) poss=vel

    /aver um mel/or a*uste para os fins de semana.

    4 problema é a locuão sempre que poss=vel

  • 8/16/2019 Direito Civil Aplicado II - Final-Excelente Para Responsabilidade Civil

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    confusão. Contudo, pode ocorrer um fenmeno diferente! se o *uiz impBe um m=nimo de convivência, a

    médio prazo, é poss=vel que isso se*a positivo, alterando os costumes de pais e mães. 4 professor não sabe

    o que isso erar. Aesmo assim, a uarda continua sendo compartil/ada, por acordo, e unilateral, por

     bria.

    + uarda compartil/ada não e7onera o pai de paar alimentos. @videntemente os alimentos

    continuam a ser paos seundo o binmio necessidade(possibilidade. 2e o pai tiver mais dias com a

    criana, poder reduzir os alimentos, mas dever provar que o conv=vio reduziu as necessidades do fil/o

    8e7. pai compra roupas estando com o fil/o9. 1ão /, porém, reduão de pensão automtica, mesmo

     porque, se na uarda compartil/ada o pai tiver apenas o dever de levar a criana a suas atividades, isso

    não alterou nada as necessidades da criana.

    4 professor não entende porque apenas o pai paa alimentos. 1o sistema brasileiro, o pai é o

     pensionador. 2e o pai fica com a uarda da criana, e a mãe passa a ser devedora. H um dever quase

    e7clusivo de paar pensão para aquele que não fica com a uarda, mesmo que quem ficou com a uarda

    consia prover as necessidades do fil/o. Auitas vezes, a mãe afirma que a criana deve receber vesturio,

    alimentaão, etc., sendo que frequentemente ela conseue prover parte disso com o que ela an/a. Aesmo

    assim, o sistema é mac/ista e parece punir o pai pelo div5rcio.

    Pma questão interessante! qual o per=odo de convivência paterna e filial na sociedade p5s-

    moderna? 6E minutos, antes do *antar da criana. 4 problema da convivência não est na uarda

    compartil/ada ou no div5rcio, mas na pouca convivência entre pais e fil/os. Tantos as mul/eres como os

    maridos não convivem mais com os fil/os. 4 problema da uarda compartil/ada, em relaão Jconvivência, é que * não / convivência na normalidade. 4 direito quer criar uma prtica que não e7iste

    nem na normalidade dos casais que estão *untos. + uarda compartil/ada impBe, por ficão, o conv=vio

    com o fil/o. 4 problema não é da uarda compartil/ada, mas da vida em fam=lia na p5s-modernidade 8os

     pais deleam essa funão para a escola, os vizin/os, a televisão ou a bab9.

    2' 66.#'%('#, que disciplina os alimentos de mul/er estante 8alimentos rav=dicos9 e a forma

    como serão e7ercidos. ) uma lei bem intencionada, mas pessimamente formulada. Fuem é titular dos

    alimentos rav=dicos! a estante ou o nascituro? 4s alimentos rav=dicos deveriam ter por destinatrio o

    nascituro, porque é o credor dos alimentos. 2e ela não estivesse rvida, pediria alimentos para ela em

    razão do dever de m3tua assistência. + pr5pria terminoloia dificulta a compreensão! o titular dos

    alimentos é a ravidez, como ente autnomo.

  • 8/16/2019 Direito Civil Aplicado II - Final-Excelente Para Responsabilidade Civil

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    4s alimentos de que trata a lei compreenderão os valores adicionais decorrentes da estaão, da

    concepão ao parto, inclusive os referentes J alimentaão especial, J assistência médica e psicol5ica, aos

    e7ames complementares, ao parto, aos medicamentos e Js demais despesas. Tudo isso é dever apenas do

     pai ou ela também não deve custear? @la não tem nen/um dever com relaão J ravidez?

    H uma divisão de acordo com as necessidades e as possibilidades de cada um deles. Aas o pai

    não deveria custear o que é necessrio para a futura criana? @le custeia as necessidades da mul/er sob o

    fundamento da m3tua assistência, e custeia as necessidades da criana sob o fundamento dos alimentos

    rav=dicos.

    @ se o pai não for o verdadeiro pai? 2eundo o art. U, se /ouver ind=cios de paternidade, isso * é

    suficiente para que ele ten/a que paar os alimentos até o final da ravidez. 4 *uiz fi7a os alimentos a

     partir dos ind=cios e, pior, os alimentos serão convertidos em pensão aliment=cia em favor do menor até

    que /a*a o pedido de revisão. 4 art. U é inconruente com o art. &U, porque tudo, inclusive as despesas

    com o parto, viram pensão em favor da criana.

    4s alimentos são da mãe e, no meio do processo, nascida a criana, passam a ser devidos para ela.

    2e fossem do nascituro, bastaria substituir.

    4 pior ocorre se a mul/er tin/a relaBes com vrias pessoas. 4 artio 6'U, vetado, dizia que, em

    caso de resultado neativo do e7ame pericial de paternidade, o autor 8mãe9 responderia ob*etivamente

     pelos danos morais do pai. Moi vetado por ser norma intimidadora da mul/er que acessa o Iudicirio. 4

     professor questiona! por que não vetou apenas o ob*etivamente< e dei7ou a responsabilidade com culpa?

    + mul/er propor aão contra todos os poss=veis pais? Pm dos maiores problemas é a leviandade

    na propositura das aBes. +limentos são irrepet=veis, não /avendo qualquer possibilidade de repetião do

    indébito. 4 que impede a mãe de, dolosamente, atribuir J pessoa que tem maiores condiBes financeiras a

    afirmaão de ela é o pai? Fualquer ind=cio funciona contra o suposto pai.

    + rande questão é a seuinte! se, por acaso, nasce a criana e descobre-se que o suposto pai não

    é pai, qual a responsabilidade da mãe? +o professor, parece que nas /ip5teses de dolo / a punião severa

     por sua atitude dolosa. @la responder indenizaão por danos materiais 8o que paou9 e morais, mas não

    /aver repetião do indébito.Aas e no caso culposo? 2e ela tiver relaão com dois /omens, mas não souber de quem é o fil/o,

    como far? 4 professor não sabe como resolver isso. @la deve arcar sozin/a? 4s alimentos são para ela,

     porque a criana não tem nada a ver com a situaão. 4 direito não tem uma resposta para isso. + lei tin/a

    um dispositivo 8art. EU9, que foi vetado, seundo o qual o *uiz desinaria uma audiência de *ustificaão.

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    @le ouviria a autora e a parte, testemun/as, e poderia decidir sumariamente sobre a paternidade. Moi

    vetado porque criava um rito não previsto no sistema.

     1o caso de culpa rave, ao dolo se equipara. 1o caso de culpa, porque a mul/er não sabia quem

    foi e indicou aluém a esmo, / um rande dilema. + lei entende que os alimentos são da estante, não do

    nascituro, e que a responsabilidade pela ravidez é dela. 4 nascituro pode pleitear alimentos, mas não

    com base nos alimentos rav=dicos 8remédios para a mul/er, assistência para a mul/er, etc.9. 2e o

    nascituro pleiteasse para si, todos que participaram deveriam estar responsveis pelo incapaz mais fril

    até que se soubesse quem era o pai.

    4 réu tem E dias para se defender. :ara o professor, nessa situaão de vrias pessoas, o mel/or é

     pedir uma audiência de *ustificaão rapidamente para trazer todos ao processo. +plica-se o ne7o

     presumido? 2e não se sabe quem é o pai, todos são pais até que se encontre a verdade material? 2eria uma

    situaão de presunão até que se elidisse a presunão.

    >' 6&."6#(6', sobre alienaão parental. 4 correto é alienaão parental< ou s=ndrome de

    alienaão parental< 82+:9? + turma da psicanlise define s=ndrome como doena, e a alienaão parental

    não passa pela ideia de doena. evemos tratar apenas como alienaão parental

  • 8/16/2019 Direito Civil Aplicado II - Final-Excelente Para Responsabilidade Civil

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    interior do :ar, mas o pai mora em 2ão :aulo9#, por dificuldade no e7erc=cio dos direitos, por dificuldade

    na obtenão de informaBes relevantes, por apresentaão de falsa den3ncia contra enitor ou parentes

     para obstar a convivência 8e7. den3ncia falsa de abuso se7ual9, por mudana do domic=lio para local

    distante, sem *ustificativa.

    Fual a conseqência? Caracterizados os atos t=picos ou qualquer conduta que dificulte a

    convivência, em aão autnoma ou incidental, o *uiz poder cumulativamente ou não, sem pre*u=zo da

    responsabilidade civil ou criminal 8e7. cal3nia9, seundo a ravidade do caso!

    0 - declarar a ocorrência da alienaão e advertir o alienador;

    00 - ampliar o reime de convivência familiar em favor do enitor alienado;

    000 - estipular multa ao alienador;$

    0G - determinar acompan/amento psicol5ico ou biopsicossocial;

    G - determinar a alteraão da uarda para uarda compartil/ada ou invertê-la 8tirar a uarda de

    um e dar ao outro9;

    G0 - determinar a fi7aão cautelar do domic=lio da criana ou do adolescente;

    G00 - declarar a suspensão da autoridade parental. 1ão é perda do poder familiar, porque a perda é

    definitiva e não tem retorno.

    4 professor diz que a lei, em seu art. EU, X EU, é interessante, ao admitir uma equipe

    multidisciplinar para verificar a alienaão parental. 4 *uiz pode se aproveitar de vrios meios paraidentificar a alienaão parental. ao *uiz um poderio efetivo na /ora de detectar o problema.

    Pma questão que merece refle7ão é a prtica da alienaão parental. e um lado, aquele que

    e7erce a uarda alea abandono; aquele que tem visita, alea alienaão parental. 4 pai não vê porque

    abandonou ou não vê porque a mãe não dei7ou? Houve abandono afetivo ou alienaão parental? 4u são

    as duas faces da mesma moeda, ou são assuntos complementares na prtica do direito de fam=lia? H uma

    forte corrente que defende os danos morais por abandono; por outro lado, a alienaão pode erar uma

    indenizaão.

    & u dos casos que causa aior pol(ica" porque se trata da carreira da +e.

    oo )ca a situa*+o da +e E se isso ipossi!ilita o conv#vio

    B oo o que interessa é a prote*+o da crian*a ou do adolescente" todos os

    ecanisos s+o válidos" eso a ulta.

  • 8/16/2019 Direito Civil Aplicado II - Final-Excelente Para Responsabilidade Civil

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    21. - Prova

    2. - Re#ime de bens

    ) a parte patrimonial do direito de fam=lia. H quatro reimes! comun/ão parcial, comun/ão

    universal, separaão universal e participaão final de aquestos. :elo art. 6%' do CC'&, em não /avendo

    convenão ou sendo a convenão nula e ineficaz, viorar o reime da comun/ão parcial. + rande

    maioria dos casais se casa por comun/ão parcial, porque a sociedade brasileira não vê com bons ol/os a

    discussão sobre patrimnio antes do casamento. ) o reime leal, se aplicando no silêncio das partes que

    não optaram por outro ou em caso de nulidade.

    ) poss=vel criar um reime distinto daqueles tipificados. 2e o casal fez um pacto antenupcial,adotando as reras da comun/ão parcial de bens, ressalvados os bens decorrentes em participaão

    societria, presente, pretérita ou futura. @7clui-se a participaão societria. 1o resto, em tudo, é

    comun/ão parcial. Trata-se de um reime misto ou /=brido. 4utra possibilidade! casa comprada em

    con*unto durante união estvel, mas casamento em comun/ão parcial 8poderia não abraner a casa9.

    @ntão, faz-se um pacto para fazer um reime /=brido que se*a de comun/ão parcial abranendo aquele

    3nico im5vel.

    4 Tabelionato de 1otas lavra o pacto antenupcial e o Tabelionato de 0m5veis reistra o pacto.

    Fuem faz os pactos são dois tipos de pessoas! 8i9 aqueles que escol/em a comun/ão universal de

     bens 8concepão reliiosa de que o casamento é indissol3vel9; 8ii9 aqueles que escol/em a separaão total

    de bens. + separaão de bens, psicoloicamente, pressupBe dois fatores! um casamento que * nasce com

    a concepão de que pode fal/ar e a in*ustia, em rera, para a mul/er 8que, em eral, an/a menos que o

    /omem9. @m relaão a esse seundo ponto, é normal que a mul/er ainda fique responsvel por cuidar da

    casa, dos fil/os e do marido. Fuem ameal/a o patrimnio, normalmente, é o marido. @le compra os

    im5veis, os carros e os eletrodomésticos em seu nome. 1a separaão de bens, a mul/er precisa comprar

    em nome dos dois para conseuir o que dese*a. 4 /omem acumula patrimnio e a mul/er asta seus

    recursos na manutenão da casa.

    + comun/ão parcial, então, é o reime mais *usto em termos de estabilidade e solidez do

    casamento. 4 professor recomenda separaão de bens com comun/ão de aquestos, para aqueles casais

    que dese*am separaão de bens. + rera é que os bens e as d=vidas não se misturam, mas tudo o que foi

    onerosamente adquirido no casamento, mesmo no nome de um dos cn*ues, se comunica. 0sso acaba

  • 8/16/2019 Direito Civil Aplicado II - Final-Excelente Para Responsabilidade Civil

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    com a desculpa do noivo de não casar em comun/ão por causa dos riscos de uma empresa, por e7emplo.

    + separaão de bens com comun/ão de aquestos é uma sa=da /armnica para que o marido preserve suas

    empresas e a mul/er não saia pre*udicada.

    4 pacto antenupcial é um ne5cio *ur=dico solene e, como tal, necessariamente ser lavrado no

    Cart5rio de 1otas. 25 produzir efeitos quando e se ocorrer o casamento. ) um ne5cio, então, sob

    condião suspensiva 8se o casamento ocorrer9. epois de casado, / a possibilidade de mudana de

    reime de bens. :ara tanto, seundo o art. 6"$, X&U, a mudana de reime deve ser *udicial. 4 CC'& não

     permitiu a modalidade e7tra*udicial. H a necessidade de pedido ao *uiz, que se manifestar em *urisdião

    voluntria, não em *urisdião litiiosa. 4 pedido deve ser por marido e mul/er 8comum acordo9, não por

    um ou outro com o outro. @m terceiro luar, o pedido deve ser motivado e *ustificado. +s *ustificativas

     podem ser as mais diversas. 4s dois motivos mais comuns para a mudana de reime são! 8i9 se a pessoa

    é casada pela comun/ão universal de bens, o CC'& pro=be a sociedade de cn*ues casados pela

    comun/ão universal 8art. $>>9, então se prefere alterar o reime;6' 8ii9 no CC'&, para o cn*ue dar o aval,

    é necessria a concordKncia do outro cn*ue 8art. 6.%>, 0009, não /avendo essa necessidade se o reime

    for de comun/ão universal, então a outora marital ou u75ria passou a ser um elemento a ser ponderado.

    + questão da motivaão é muito sub*etiva, pois os motivos podem ser das mais diversas ordens. +

    e7iência de motivaão, então, deve ser pensada. e qualquer forma, ele e7ie um motivo. Aas e se o

    casal cansou do reime? 4s *u=zes normalmente são refratrios J motivaão sub*etiva, e7iindo alum

    motivo ob*etivo.

    + mudana de reime pode fraudar credores. 4 art. 6"$, X &U, é e7presso no sentido de que amudana não pre*udicar terceiros. 0sso sinifica que a mudana é meramente ineficaz perante terceiros.

    2eria diferente se o CC'& dissesse que a mudana seria nula perante terceiros. 4 nulo é o desfazimento de

    tudo, com retorno ao status quo ante, voltando ao reime anterior, tanto para as partes como para os

    terceiros. :or isso, o C5dio foi inteliente. 2e fosse nulidade, seria desinteressante para as partes. ) o

     plano da eficcia. ) o motivo pelo qual os *u=zes mandam publicar editais que dêem con/ecimento aos

    terceiros. 0sso, para o professor, é perda de din/eiro, porque se o terceiro for demandar o casal, basta que

    1C - professor é da ideia de que as sociedades anteriores ao C2 pode su!sistir

    porque o 1< n+o proi!ia. ua quest+o de direito interteporal. a linha que

    prevaleceu. Deso assi" as pessoas" co edo de pro!leas societários"

    alterara o regie para evitar o de!ate so!re sociedades irregulares entre

    c5njuges.

  • 8/16/2019 Direito Civil Aplicado II - Final-Excelente Para Responsabilidade Civil

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    ela pea que a mudana se*a ineficaz no caso. :ara o terceiro, a mudana é irrelevante, não /avendo

    necessidade de que se*a c/amado para o processo.

    + sentena que determina a mudana de reime ser averbada no Oeistro Civil para que conste a

    mudana. + sentena que muda o reime de bens tem efeitos ex tunc ou ex nunc? @la retroae ao

    momento do casamento ou s5 produz efeitos a partir daquele momento? 4 reime oriinal fica apaado,

    como se sempre tivesse sido o novo, ou viora dois reimes diferentes? 2e for ex tunc, a casa comprada

    no nome de um dos cn*ues em comun/ão universal ser daquele cn*ue ap5s a comun/ão parcial; se

    for ex nunc, permanece meio a meio. + irretroatividade é a 3nica tese poss=vel! não faz sentido que a

     pessoa perca metade da casa *uridicamente falando. 1ão /ouve ne5cio *ur=dico entre os cn*ues que

    levou J perda dessa metade nem desapropriaão. 1ão / retroatividade porque ele afetaria aquisiBes

     pretéritas.

    2e os cn*ues mudarem para a comun/ão universal, não ser a sentena que retroair, mas as

    reras do reime. Tudo o que eles possuem é do outro cn*ue. + comun/ão universal retroae para

    abraner tudo o que /ouve antes no casamento 8é um reime que atine bens pretéritos9. 1en/um outro

    reime volta ao casamento. Todas as outras produzem efeitos ex nunc. +s partes não podem, por mero

    contrato, apaar a propriedade adquirida. + sentena é constitutiva.

    Fuais as duas principais diferenas entre a comun/ão parcial e a comun/ão universal? :rimeira! a

    comun/ão parcial é um reime pelo qual se comunicam apenas os bens posteriores ao casamento,

    enquanto a comun/ão universal atine todos os bens pretéritos. 2eunda diferena! na comun/ão

    universal, comunicam-se os bens adquiridos ratuitamente 8doaão e /erana9, enquanto na comun/ão parcial eles não se comunicam.

    4 professor ac/a uma in*ustia que o enro ou a nora se torne comun/eiro da /erana. +

    incomunicabilidade pode ser trazida por uma clusula 8motivada9 no testamento, impedindo esse

     problema. 2e for aposta uma clusula de inalienabilidade, o bem ser automaticamente incomunicvel

    8art. 6$66 e s3mula %$ do 2TI9.

    + separaão de fato, seundo a *urisprudência recente, rompe com o reime de bens 8J luz da

    vedaão do enriquecimento sem causa9. +ntes, a *urisprudência e7iia o div5rcio para esse rompimento.

    2obre aquisião anterior e posterior de bens, na comun/ão parcial de bens, o 2TI * decidiu

    8O@sp >'>'$&9, com base no art. 66, que se / um im5vel antes do casamento, com o paamento de

    todas as prestaBes, mesmo que a escritura ven/a depois do casamento, o im5vel não se comunica. 4 bem

    é e7clusivamente da pessoa e não entra na comun/ão, porque a causa é anterior ao casamento. )

    importante para casos de financiamento com declaraão de composião de renda. ) irrelevante a ideia de

  • 8/16/2019 Direito Civil Aplicado II - Final-Excelente Para Responsabilidade Civil

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    composião! não interessa se contribuiu com E'Y, >'Y ou 6''Y. 1ão se altera o reime de bens. 4 bem

    fica dividido pela metade. Composião de renda não afasta a meaão. 2e /ouve o casamento faltando uma

     parcela, a comun/ão se dar sobre essa parte adquirida depois do casamento.

    4 bem adquirido por sub-roaão, ap5s o casamento, afasta a meaão 8vende um bem antes do

    casamento e compra outro pelo mesmo valor depois do casamento9. eve /aver a declaraão de que foi

    adquirido como bem particular, com anuência da mul/er. eve constar na escritura que /ouve sub-

    roaão e a assinatura da cn*ue, caso contrrio /aver uma presunão de comun/ão no casamento.

    4s frutos produzidos por bem particulares e as benfeitorias realizadas em bens particulares,

    durante o casamento, são bens comuns.

    @7.! marido tin/a terreno sem casar e construiu a casa casado! o terreno não se comunica e a casa

    se comunica. 4 *uiz acaba avaliando o percentual de cada um, inclusive com os *uros produzidos no

     per=odo de casamento. 1ormalmente, os *u=zes estabelecem um condom=nio em partes desiuais.

    1.;1 - Direito das Coisas %Prof. Kar,cio'

    ireito das coisas é o con*unto de princ=pios e normas que disciplina a aquisião, o

    aproveitamento com e7clusividade e a perda de direitos sub*etivos que ten/am por ob*eto bens corp5reos.

    @7iste uma questão terminol5ica, de pouca relevKncia, sobre o mel/or nomen iuris! direito dascoisas ou direitos reais? Pma corrente liada ao socioloismo *ur=dico diz que direito das coisas não é o

    mel/or, porque coisas não têm direitos. 4 professor não ac/a uma cr=tica relevante. ireito das coisas< é

    uma terminoloia mel/or por ser mais amplo, abranendo não apenas a propriedade, mas a posse e o

    direito de vizin/ana.

    4 problema da economia é a escassez de recursos. Mazendo um paralelo entre economia e direito,

    aprendemos que a funão do direito é evitar o surimento de conflitos e, caso eles sur*am, resolvê-los

    8Iunqueira9 ou que o direito possui uma funão promocional 8Dobbio9. 4 direito bus