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  • Direito Administrativo Aula 9

    O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.

    Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2 andar Tel.: (21) 2223-1327 1 Conhea nossa loja online: www.enfaseonline.com.br

    Assuntos tratados:

    1 Horrio.

    Empresa Pblica e Sociedade de Economia mista (continuao) / Falncia /

    Terceiro setor

    2 Horrio.

    Agncias reguladoras / Caractersticas

    3 Horrio.

    Atos administrativos / Atributos

    1 horrio

    1. Empresa Pblica e Sociedade de Economia Mista (continuao)

    1.1. Falncia

    O art. 2 da Lei n 11.101/05 probe a decretao de falncia, recuperao

    judicial e extrajudicial da empresa pblica e sociedade de economia mista.

    Art. 2o Esta Lei no se aplica a: I empresa pblica e sociedade de economia mista; II instituio financeira pblica ou privada, cooperativa de crdito, consrcio,

    entidade de previdncia complementar, sociedade operadora de plano de

    assistncia sade, sociedade seguradora, sociedade de capitalizao e outras

    entidades legalmente equiparadas s anteriores.

    A Lei n 6.404/ j proibia a falncia das sociedade de economia mista no art.

    242, porm o artigo est revogado.

    Art. 242. As companhias de economia mista no esto sujeitas a falncia mas os

    seus bens so penhorveis e executveis, e a pessoa jurdica que a controla

    responde, subsidiariamente, pelas suas obrigaes. (Revogado pela Lei n 10.303,

    de 2001)

    Durante a vigncia desse artigo j havia resistncia a essa proibio e a crtica

    permanece, pois nem todos os administrativistas aceitam a vedao de falncia.

    Celso Antonio Bandeira Melo e Jos dos Santos Carvalho Filho defendem a

    inconstitucionalidade da vedao de falncia a empresa pblica e sociedade de

    economia mista que exploram atividade econmica no regime de concorrncia. O

    regime diferenciado seria prejudicial ao particular, logo tambm deveria sofrer

    falncia.

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    O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.

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    Minoritariamente, Marcos Juruena Vilela Souto entende constitucional a

    vedao independente da atividade, pois a criao de empresa pblica e sociedade de

    economia mista surgem com fundamento no art. 173, caput da CRFB. O credor privado

    cessar as suas atividades, se for decretada a falncia. Contudo, em se tratando de

    interesse pblico dever prevalecer em relao ao interesse privado.

    Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituio, a explorao direta de

    atividade econmica pelo Estado s ser permitida quando necessria aos

    imperativos da segurana nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme

    definidos em lei.

    Essas entidades no sofrem falncia na prtica, ou a entidade estar em estado

    de insolvncia (exemplo, venda dos bancos estaduais na dcada de 90) ou o Estado

    assume o passivo e extingue a entidade passiva (exemplo, rede ferroviria).

    2. Terceiro setor

    Ele formado por particulares que colaboram com a Administrao Pblica

    sem qualquer finalidade lucrativa.

    Para o Direito Administrativo interessa trs figuras: Servios sociais autnomos,

    organizaes sociais (OS) e Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico

    (OSCIP).

    Jos dos Santos Carvalho Filho critica a denominao servio social autnomo,

    pois servio se refere a algo, e no a algum. O autor prope a expresso pessoas de

    cooperao governamental.

    O servio social autnomo compreende o Sistema S (SESI, SENAI, SENAT) e

    cuida de matrias de interesse da coletividade.

    Ele possui caractersticas inerentes a Administrao e controlado pelo

    Tribunal de Contas, pois recebe recursos pblicos. A Unio, Estados e Municpios

    podem autorizar a criao de servio social autnomo, todavia apenas a Unio pode

    instituir contribuies sociais para custe-las.

    Os seus empregados so privados e no precisar seguir a Lei de Licitaes,

    porm o Tribunal de Contas da Unio tem exigido a observncia dos princpios da

    administrao para o uso dos recursos pblicos.

    O teto de remunerao de seus diretores no precisa ser observado, no

    entanto o Tribunal de Contas da Unio entende que os salrios devem ser pagos de

    acordo com as prticas do mercado.

    Os servios sociais autnomos no esto no rol do art. 109 da CRFB, logo a

    jurisdio ser estadual, conforme smula n 516 do STF.

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    Smula n 516 / STF - O Servio Social da Indstria (SESI) est sujeito a jurisdio

    da justia estadual.

    Observao: APEX e ABDI foram definidas como servios sociais autnomas,

    mas a natureza jurdica delas discutida. Suas leis a consideram pessoas que fazem

    parte da Administrao Pblica, contudo seus dirigentes so nomeados pelo poder

    pblico, logo no pertenceria ao terceiro setor. Jos dos Santos Carvalho Filho diz que

    so agncias executivas.

    As Os (Lei n 9.637/98 ) e OSCIP (Lei n 9.790/99) no so criadas nessa forma.

    Elas so ONGs que se dirigem ao Estado para obter essa qualificao. Tal

    enquadramento traz vantagens e desvantagens: ir facilitar o fomento, pela a injeo

    de recursos, cesso de servidores e bens pelo poder pblico. Por outro lado, ir

    aumentar o controle estatal. Exemplo: controle pelo TCU.

    O ato de qualificao da OS discricionrio, logo no existe direito subjetivo a

    qualificao, por outro lado o ato de qualificao da OSCIPE ato vinculado e ser

    expedido pelo Ministro da Justia.

    O poder pblico ter representao na OSCIP, art. 4, pargrafo nico da Lei n

    9.790/99.

    Art. 4, [...] Pargrafo nico. permitida a participao de servidores pblicos na

    composio de conselho de Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico,

    vedada a percepo de remunerao ou subsdio, a qualquer ttulo.(Includo pela

    Lei n 10.539, de 2002)

    A contratao direta de organizao social para o desempenho de atividades

    contempladas no seu contrato de gesto ser dispensvel, conforme previso no art.

    24, XXIV da Lei n 8.666/93. A ADI n 1.923 cujo julgamento ainda no est concludo

    se discute a constitucionalidade desse inciso.

    Art. 24, [...] XXIV - para a celebrao de contratos de prestao de servios com as

    organizaes sociais, qualificadas no mbito das respectivas esferas de governo,

    para atividades contempladas no contrato de gesto.

    ADI 1924 MC

    CONSTITUCIONAL. TRIBUTRIO. CONTRIBUIO DESTINADA AO CUSTEIO DOS

    SERVIOS SOCIAIS E DE FORMAO PROFISSIONAL VINCULADOS AO SISTEMA

    SINDICAL ("SISTEMA S"). PROGRAMA DE REVITALIZAO DE COOPERATIVAS DE

    PRODUO AGROPECURIA - RECOOP. CRIAO DO SERVIO NACIONAL DE

    APRENDIZAGEM DO COOPERATIVISMO - SESCOOP. ALEGADA VIOLAO DOS

    ARTS. 146, III, 149, 213 E 240 DA CONSTITUIO. AO DIRETA DE

    INCONSTITUCIONALIDADE. MEDIDA CAUTELAR. MEDIDA PROVISRIA 1.715/1998

    E REEDIES (MP 1.715-1/1998, 1.715-2/1998 E 1.715-3/1998). ARTS. 7, 8 E 11.

    1. Ao Direta de Inconstitucionalidade, com pedido de medida liminar, ajuizada

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    contra os arts. 7, 8, 9 e 11 da MP 1.715/1998 e reedies, que autorizam a

    criao do Servio Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo - SESCOOP,

    preveem as respectivas fontes de custeio e determina a substituio de

    contribuies da mesma espcie e destinadas a servios sociais (SENAI, SESI,

    SENAC, SESC, SENAT, SEST, SENAR) pela contribuio destinada a custear o

    SESCOOP. 2. Alegada violao formal, por inobservncia da reserva de lei

    complementar para instituir os tributos previstos no art. 149 da Constituio.

    Ausncia de fumus boni juris, seja porque, a primeira vista, no se trata de tributo

    novo, seja em razo da distino entre a reserva de lei complementar para

    instituio de determinados tributos e a reserva de lei complementar para dispor

    sobre normas gerais em matria tributria (art. 146 da Constituio). 3. Alegada

    violao do art. 240 da Constituio, na medida em que somente as contribuies

    destinadas ao custeio dos servios sociais e de formao profissional vinculados ao

    sistema sindical recebidas pela Constituio de 1988 teriam sido ressalvadas do

    regime tributrio das contribuies destinadas ao custeio da seguridade social.

    Contrariedade causada, ainda, pela alegada impossibilidade de modificao de

    tais tributos, por supresso ou substituio. Ausncia de fumus boni juris, dado

    que o tributo, em primeiro exame, no se caracteriza como contribuio nova.

    Ausncia do fumus boni juris quanto extenso do art. 240 da Constituio como

    instrumento apto a conferir imutabilidade s contribuies destinadas a custear os

    servios sociais. 4. Ausncia do fumus boni juris em relao previso de

    destinao especfica de recursos pblicos somente s escolas pblicas,

    comunitrias, confessionais e filantrpicas (art. 213 da Constituio) porque, em

    primeiro exame, a norma constitucional se refere destinao de verba pblica

    auferida por meio da cobrana de impostos. Medida cautelar indeferida.

    Nas OSCIPs no h artigo que autoriza a contratao direta, ao contrrio, o

    Decreto n 3.100/99 estipula no art. 23 que a Administrao dever realizar um

    concurso de projetos.

    Art. 23. A escolha da Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico, para a

    celebrao do Termo de Parceria, dever ser feita por meio de publicao de edital

    de concursos de projetos pelo rgo estatal parceiro para obteno de bens e

    servios e para a realizao de atividades, eventos, consultoria, cooperao

    tcnica e assessoria. (Redao dada pelo Decreto n 7.568, de 2011)

    1o Dever ser dada publicidade ao concurso de projetos, especialmente por

    intermdio da divulgao na primeira pgina do stio oficial do rgo estatal

    responsvel pelo Termo de Parceria, bem como no Portal dos Convnios a que se

    refere o art. 13 do Decreto no 6.170, de 25 de julho de 2007. (Includo pelo

    Decreto n 7.568, de 2011)

    O instrumento firmado entre a entidade e o poder pblico ser contrato de

    gesto com a Administrao Pblica pela OS. O seu propsito o de criar liame jurdico

    entre Poder Pblico e parceiro privado. No se trata de um contrato propriamente,

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    pois o contrato h interesses antagnicos, o propsito o mesmo do art. 37, 8 da

    CRFB.

    Art. 37, [...] 8 A autonomia gerencial, oramentria e financeira dos rgos e

    entidades da administrao direta e indireta poder ser ampliada mediante

    contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder pblico, que tenha

    por objeto a fixao de metas de desempenho para o rgo ou entidade, cabendo

    lei dispor sobre:

    OSCIPE ir celebrar termo de parceria.

    A OS pode desempenhar servios pblicos, j a OSCIPE atuaria no campo das

    atividades privadas de interesse da coletividade. Maria Sylvia Zanella di Pietro destaca

    o art. 18 da Lei n 9.637/98 que versa sobre a prestao de servio de sade pela OS.

    Art. 18. A organizao social que absorver atividades de entidade federal extinta

    no mbito da rea de sade dever considerar no contrato de gesto, quanto ao

    atendimento da comunidade, os princpios do Sistema nico de Sade, expressos

    no art. 198 da Constituio Federal e no art. 7o da Lei no 8.080, de 19 de setembro

    de 1990.

    Da mesma forma, h a possibilidade de prestao de servio de educao art.

    1 da Lei n 9.637/98.

    Art. 1o O Poder Executivo poder qualificar como organizaes sociais pessoas

    jurdicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao

    ensino, pesquisa cientfica, ao desenvolvimento tecnolgico, proteo e

    preservao do meio ambiente, cultura e sade, atendidos aos requisitos

    previstos nesta Lei.

    O art. 3 da Lei n 9.790/99 permite a OSCIPE a realizao de diversas

    finalidades.

    Art. 3o A qualificao instituda por esta Lei, observado em qualquer caso, o

    princpio da universalizao dos servios, no respectivo mbito de atuao das

    Organizaes, somente ser conferida s pessoas jurdicas de direito privado, sem

    fins lucrativos, cujos objetivos sociais tenham pelo menos uma das seguintes

    finalidades: I - promoo da assistncia social; II - promoo da cultura, defesa e conservao do patrimnio histrico e artstico; III - promoo gratuita da educao, observando-se a forma complementar de

    participao das organizaes de que trata esta Lei; IV - promoo gratuita da sade, observando-se a forma complementar de

    participao das organizaes de que trata esta Lei; V - promoo da segurana alimentar e nutricional; VI - defesa, preservao e conservao do meio ambiente e promoo do

    desenvolvimento sustentvel; VII - promoo do voluntariado;

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    VIII - promoo do desenvolvimento econmico e social e combate pobreza; IX - experimentao, no lucrativa, de novos modelos scio-produtivos e de

    sistemas alternativos de produo, comrcio, emprego e crdito; X - promoo de direitos estabelecidos, construo de novos direitos e assessoria

    jurdica gratuita de interesse suplementar; XI - promoo da tica, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da

    democracia e de outros valores universais; XII - estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produo e

    divulgao de informaes e conhecimentos tcnicos e cientficos que digam

    respeito s atividades mencionadas neste artigo. Pargrafo nico. Para os fins deste artigo, a dedicao s atividades nele previstas

    configura-se mediante a execuo direta de projetos, programas, planos de aes

    correlatas, por meio da doao de recursos fsicos, humanos e financeiros, ou

    ainda pela prestao de servios intermedirios de apoio a outras organizaes

    sem fins lucrativos e a rgos do setor pblico que atuem em reas afins.

    O TCU no exige que OS e OSCIPE realizem licitao para a contratao com

    recursos destinados pela Administrao, por no integrarem a Administrao.

    Todavia, o art. 1 do Decreto n 5.504/05 citado por diversos autores e prev que o

    particular que receber recursos da Unio deve observar a legislao federal em

    matria de licitao. Isso no est correto.

    Art. 1o Os instrumentos de formalizao, renovao ou aditamento de convnios,

    instrumentos congneres ou de consrcios pblicos que envolvam repasse

    voluntrio de recursos pblicos da Unio devero conter clusula que determine

    que as obras, compras, servios e alienaes a serem realizadas por entes pblicos

    ou privados, com os recursos ou bens repassados voluntariamente pela Unio,

    sejam contratadas mediante processo de licitao pblica, de acordo com o

    estabelecido na legislao federal pertinente.

    O Decreto n 6.170/07 que prev que o particular ao receber recursos do

    Tesouro, a contratao com uso daqueles recursos deve observar os princpios

    basilares da Administrao, em especial aqueles em matria de licitao.

    Art. 11. Para efeito do disposto no art. 116 da Lei n 8.666, de 21 de junho de

    1993, a aquisio de produtos e a contratao de servios com recursos da Unio

    transferidos a entidades privadas sem fins lucrativos devero observar os

    princpios da impessoalidade, moralidade e economicidade, sendo necessria, no

    mnimo, a realizao de cotao prvia de preos no mercado antes da celebrao

    do contrato.

    O tema da fiscalizao nas OS (art. 9 e 10 Lei n 9.637) e OSCIP (Art. 12 e 13 da

    Lei n 9.790) so relevantes.

    Art. 9o Os responsveis pela fiscalizao da execuo do contrato de gesto, ao

    tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade na utilizao de

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    recursos ou bens de origem pblica por organizao social, dela daro cincia ao

    Tribunal de Contas da Unio, sob pena de responsabilidade solidria.

    Art. 10. Sem prejuzo da medida a que se refere o artigo anterior, quando assim

    exigir a gravidade dos fatos ou o interesse pblico, havendo indcios fundados de

    malversao de bens ou recursos de origem pblica, os responsveis pela

    fiscalizao representaro ao Ministrio Pblico, Advocacia-Geral da Unio ou

    Procuradoria da entidade para que requeira ao juzo competente a decretao da

    indisponibilidade dos bens da entidade e o sequestro dos bens dos seus dirigentes,

    bem como de agente pblico ou terceiro, que possam ter enriquecido ilicitamente

    ou causado dano ao patrimnio pblico.

    1o O pedido de sequestro ser processado de acordo com o disposto nos arts.

    822 e 825 do Cdigo de Processo Civil.

    2o Quando for o caso, o pedido incluir a investigao, o exame e o bloqueio de

    bens, contas bancrias e aplicaes mantidas pelo demandado no Pas e no

    exterior, nos termos da lei e dos tratados internacionais. 3o At o trmino da ao, o Poder Pblico permanecer como depositrio e

    gestor dos bens e valores sequestrados ou indisponveis e velar pela continuidade

    das atividades sociais da entidade.

    Art. 12. Os responsveis pela fiscalizao do Termo de Parceria, ao tomarem

    conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade na utilizao de recursos

    ou bens de origem pblica pela organizao parceira, daro imediata cincia ao

    Tribunal de Contas respectivo e ao Ministrio Pblico, sob pena de

    responsabilidade solidria.

    Art. 13. Sem prejuzo da medida a que se refere o art. 12 desta Lei, havendo

    indcios fundados de malversao de bens ou recursos de origem pblica, os

    responsveis pela fiscalizao representaro ao Ministrio Pblico, Advocacia-

    Geral da Unio, para que requeiram ao juzo competente a decretao da

    indisponibilidade dos bens da entidade e o seqestro dos bens dos seus dirigentes,

    bem como de agente pblico ou terceiro, que possam ter enriquecido ilicitamente

    ou causado dano ao patrimnio pblico, alm de outras medidas

    consubstanciadas na Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992, e na Lei Complementar

    no 64, de 18 de maio de 1990.

    2 horrio

    2. Agncias Reguladoras

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    As agncias reguladoras so consideradas autarquias de regime especial, pois

    possuem regime diferente daquele dispensado as demais autarquias.

    Ela no se confunde com agncia executiva. A agncia executiva autarquia ou

    fundao que recebe essa qualificao atravs da celebrao de contrato de gesto

    com a Administrao e apresentao de um plano de reestruturao, segundo art. 51

    da Lei n 9.649/98. O objetivo da qualificao como agncia executiva o de permitir

    que a entidade qualificada tenha maior autonomia.

    Art. 51. O Poder Executivo poder qualificar como Agncia Executiva a autarquia

    ou fundao que tenha cumprido os seguintes requisitos: I - ter um plano estratgico de reestruturao e de desenvolvimento institucional

    em andamento; II - ter celebrado Contrato de Gesto com o respectivo Ministrio supervisor. 1o A qualificao como Agncia Executiva ser feita em ato do Presidente da

    Repblica. 2o O Poder Executivo editar medidas de organizao administrativa especficas

    para as Agncias Executivas, visando assegurar a sua autonomia de gesto, bem

    como a disponibilidade de recursos oramentrios e financeiros para o

    cumprimento dos objetivos e metas definidos nos Contratos de Gesto.

    As agncias reguladoras se difundiram a partir da dcada de 1990, sob a

    influncia do Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado elaborado por Bresser

    Pereira a pedido do Presidente Fernando Henrique Cardoso. O Plano visava tornar o

    Brasil em estado gerencial e afastando-o da execuo direta de vrias atividades pela

    alienao de diversas empresas estatais (Exemplo: ANATEL, ANEEL, ANP) e

    promovendo atividades de fomento (Exemplo: ANCINE).

    2.1. Caractersticas

    A. Mandato fixo;

    As leis que criam as agncias reguladoras estabelecem a vedao da

    exonerao ad nutum do mandato do dirigente de agncia reguladora. Evitando

    interferncia poltica nas decises tcnicas.

    O STF editou duas smulas sobre o tema, mas elas no correspondem ao atual

    cenrio.

    Smula n 25 / STF A nomeao a termo no impede a livre demisso, pelo

    Presidente da Repblica, de ocupante de cargo dirigente de autarquia.

    Smula n 47 / STF - Reitor de universidade no livremente demissvel pelo

    Presidente da Repblica durante o prazo de sua investidura.

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    Mais recentemente, na ADI 1949, o STF declarou que constitucional a

    eventual restrio a demissibilidade de dirigente de agncia reguladora.

    ADI 1949 MC

    I. Agncias reguladoras de servios pblicos: natureza autrquica, quando suas

    funes no sejam confiadas por lei a entidade personalizada e no, prpria

    administrao direta. II. Separao e independncia dos Poderes: submisso

    Assembleia Legislativa, por lei estadual, da escolha e da destituio, no curso do

    mandato, dos membros do Conselho Superior da Agncia Estadual de Regulao

    dos Servios Pblicos Delegados do Rio Grande do Sul - AGERGS: parmetros

    federais impostos ao Estado-membro. 1. Diversamente dos textos constitucionais

    anteriores, na Constituio de 1988 - vista da clusula final de abertura do art.

    52, III -, so vlidas as normas legais, federais ou locais, que subordinam a

    nomeao dos dirigentes de autarquias ou fundaes pblicas prvia aprovao

    do Senado Federal ou da Assembleia Legislativa: jurisprudncia consolidada do

    Supremo Tribunal. 2. Carece, pois, de plausibilidade a arguio de

    inconstitucionalidade, no caso, do condicionamento aprovao prvia da

    Assembleia Legislativa da investidura dos conselheiros da agncia reguladora

    questionada. 3. Diversamente, inquestionvel a relevncia da alegao de

    incompatibilidade com o princpio fundamental da separao e independncia dos

    poderes, sob o regime presidencialista, do art. 8 das leis locais, que outorga

    Assembleia Legislativa o poder de destituio dos conselheiros da agncia

    reguladora autrquica, antes do final do perodo da sua nomeao a termo. 4. A

    investidura a termo - no impugnada e plenamente compatvel com a natureza

    das funes das agncias reguladoras - , porm, incompatvel com a demisso ad

    nutum pelo Poder Executivo: por isso, para concili-la com a suspenso cautelar

    da nica forma de demisso prevista na lei - ou seja, a destituio por deciso da

    Assembleia Legislativa -, impe-se explicitar que se suspende a eficcia do art. 8

    dos diplomas estaduais referidos, sem prejuzo das restries demissibilidade dos

    conselheiros da agncia sem justo motivo, pelo Governador do Estado, ou da

    supervenincia de diferente legislao vlida. III. Ao direta de

    inconstitucionalidade: eficcia da suspenso cautelar da norma arguida de

    inconstitucional, que alcana, no caso, o dispositivo da lei primitiva,

    substancialmente idntico. IV. Ao direta de inconstitucionalidade e

    impossibilidade jurdica do pedido: no se declara a inconstitucionalidade parcial

    quando haja inverso clara do sentido da lei, dado que no permitido ao Poder

    Judicirio agir como legislador positivo: hiptese excepcional, contudo, em que se

    faculta a emenda da inicial para ampliar o objeto do pedido.

    B. Participao popular no processo decisrio;

    As leis que criam as agncias recomendam a participao popular no processo

    decisrio, exemplo, agncia divulga minuta de portaria que deseja adotar.

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    O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.

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    Essa necessidade decorre do mandado fixo, pois h dficit de legitimidade

    democrtica.

    C. Processo decisrio tende a ser horizontais e colegiados;

    As agncias decidem por meio de suas Diretorias, em nica e ltima instncia,

    tal medida visa conferir maior estabilidade as decises tomadas pelas agncias.

    D. Maior autonomia tcnica;

    As agncias so criadas para o desempenho de funes tcnicas. Logo, as leis

    que criam as agncias so consideradas leis-quadro, do francs loi-cadre, que fixam

    moldura normativa.

    Exemplo: Cidado pede a retirada de antena de telefonia sob o argumento que

    o barulho produzido o impede de dormir. A operadora alega que o aparelho no faz

    mal a sade e que est em conformidade com portarias da agncia.

    No fcil dissociar o controle tcnico do poltico e muitas vezes h o uso de

    argumentos tcnicos para justificar escolhas polticas. Exemplo: aquisio de avies

    caa pelo governo brasileiro.

    E. Exerccio de poder regulatrio;

    Poder regulamentar um dos poderes administrativos. Ele tem como objetivo

    permitir que o administrador detalhe previses legais genricas, com fundamento no

    art. 84, IV da CRFB.

    Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da Repblica: [...]

    IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e

    regulamentos para sua fiel execuo;

    O poder regulatrio est no art. 174 da CRFB.

    Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econmica, o Estado

    exercer, na forma da lei, as funes de fiscalizao, incentivo e planejamento,

    sendo este determinante para o setor pblico e indicativo para o setor privado.

    O detalhamento de previses legais genricas da agncia permite o exerccio do

    detalhamento tcnico. Ele usualmente fruto de uma deslegalizao. Assim, um tema

    que era tratado por lei passa a ser tratado pela via administrativa.

    Exemplo: Lei 1 estabelece que por razo de segurana o limite mximo dos

    tanques de combustveis ser de 10 mil m3. Entretanto, uma Lei 2 atribui a portaria da

    ANP que estabelece a tanquagem mxima. A portaria reduz o volume para de 5 mil m3.

    A portaria a vlida, pois a Lei 2 revogou a Lei 1.

    Observe-se que no se trata de regulamento autnomo, que rejeitado por

    fora do art. 5, II da CRFB.

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    Observao: alcance das decises da agncia reguladora. Exemplo: ADI n 4874

    O STF na ADI n 4874 ir apreciar se a ANVISA poderia ter editado norma que

    proibiu a adio de mentol no cigarro, sob o argumento que isso facilita o consumo

    durante a adolescncia. A agncia tem a prerrogativa de restringir a comercializao

    de produtos proibidos por lei ou danosas a sade. Por outro lado, a indstria alega

    impacto econmico da medida.

    A Min. Rosa Weber suspendeu a resoluo liminarmente.

    ADI n 4.874 Voto Min. Rosa Weber

    Cuida-se de ao direta de inconstitucionalidade, com pedido de medida cautelar,

    proposta em face do art. 7, III e XV, parte final, da Lei n 9.782/1999 e contra, em

    sua integralidade, a Resoluo da Diretoria Colegiada (RDC) da ANVISA n

    14/2012, que dispe sobre a restrio do uso de aditivos nos produtos fumgenos

    derivados do tabaco, com fulcro em suposta ofensa aos arts. 1, caput e IV, 2, 5,

    II, XXIX, XXXII e LIV, 37, caput, 84, IV, e 170, pargrafo nico, da Constituio da

    Repblica.

    Em atendimento ao despacho proferido em 09.9.2013, a requerente, mediante a

    petio n 45.259/2013, recebida em 12.9.2013, manifesta-se no sentido de que a

    deciso antecipatria da tutela deferida pelo juzo da 9 Vara Federal da Seo

    Judiciria do Distrito Federal nos autos da ao coletiva n 00046897-

    86.2012.4.01.3400, e confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 1 Regio, no

    teria abrangncia suficiente a alcanar a integralidade do setor econmico

    virtualmente prejudicado pela Resoluo da Diretoria Colegiada (RDC) n 14/2012

    da Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria, impugnada no presente feito.

    Refere, ainda, que a Instruo Normativa n 6 da Diretoria Colegiada da ANVISA,

    ao permitir, em carter precrio e temporrio, a utilizao de cento e vinte e um

    ingredientes na fabricao de produtos fumgenos derivados do tabaco,

    confirmaria a pretenso da Agncia de manter proibidos tantos outros compostos.

    J na petio n 45.876/2013, protocolada em 13.9.2013, a autora renova o

    pedido de medida cautelar deduzido na inicial, aludindo ao "perigo imediato do

    fechamento de fbricas e de demisso em massa de trabalhadores" e

    perturbao da ordem econmica decorrente da "existncia de tratamento judicial

    dspar da questo nos processos que correm perante as instncias ordinrias", em

    prejuzo do primado da livre concorrncia, em condies de isonomia.

    Publicada a RDC n 14/2012 da ANVISA no Dirio Oficial da Unio de 16.3.2012,

    finda, efetuada a contagem nos termos dos arts. 8, 1, da Lei Complementar n

    95/1998, 2 da Lei n 810/1949 e 132, 3, do Cdigo Civil, em 16.9.2013 o prazo

    de dezoito meses previsto em seu art. 9 para adequao da produo e

    importao de produtos fumgenos derivados do tabaco s restries ao uso de

    aditivos previstas no art. 6.

    Nessas circunstncias, tendo em conta os aspectos invocados pela autora, bem

    como os requerimentos deduzidos pelos amici curiae Federao Nacional dos

    Trabalhadores da Indstria do Fumo e Afins - FENTIFUMO e Sindicato da Indstria

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    do Tabaco no Estado da Bahia/BA (peties ns 45.695/2013 e 45.912/2013,

    tambm recebidas em 13.9.2013), concedo, forte no poder geral de cautela (arts.

    798 do CPC e 21, IV e V, do RISTF) e a fim de assegurar tratamento isonmico a

    todos os potencialmente afetados pelos atos normativos impugnados, a medida

    liminar requerida para suspender a eficcia dos arts. 6, 7 e 9 da Resoluo da

    Diretoria Colegiada (RDC) n 14/2012 da Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria

    at sua apreciao pelo Plenrio desta Corte.

    Destaco que o feito, submetido ao rito previsto no art. 12 da Lei n 9.868/1999, j

    se encontra em condies de ser apresentado ao Colegiado.

    3 horrio

    3. Atos administrativos

    espcie do gnero ato da administrao. Ela pode editar atos privados (atos

    regidos predominantemente por regime privado, exemplo, contrato de compra e

    venda realizado pela administrao), atos materiais (atuao concreta da

    administrao, ou seja, fato administrativo, exemplo, pavimentao de rua pela

    administrao), atos polticos (eles so dotados de maior valorao poltica do que

    aquela existente nos atos administrativos, exemplo, ato que concede indulto. O poder

    Judicirio controla esses atos).

    Conceito: Ato administrativo a manifestao de vontade da Administrao

    pblica ou daquele que age em seu nome (aspecto subjetivo), regida por um regime de

    direito pblico (aspecto formal) e que tem como propsito satisfazer o interesse da

    coletividade (aspecto funcional).

    O silncio ausncia da ao, portanto ele no manifestao da vontade da

    Administrao. O silncio pode produzir efeitos jurdicos, exemplo, se o legislador no

    decidir matria no prazo de 30 dias, o silncio equivaler uma aceitao tcita.

    3.1. Atributos

    A. Presuno de legitimidade e veracidade;

    H presuno de legitimidade a presuno iuris tantum de que a norma foi

    editada em conformidade com as normas do ordenamento jurdico. A presuno de

    veracidade retrata uma situao ftica verdadeira.

    O princpio da legalidade origina a presuno de legitimidade e veracidade, pois

    o Administrador somente poder fazer aquilo que a lei o autorizar.

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    Inverso do nus da prova alvo de crtica, porque somente faz sentido

    quando o nus no pertencia ao sujeito e depois passa a ser. Exemplo: particular que

    no foi notificado de multa ter que produzir uma prova diablica.

    B. Autoexecutoriedade ou executoriedade;

    Autoexecutoriedade a aptido do ato administrativo de produzir efeitos

    independentemente da anuncia do Poder Judicirio.

    H atos no dotados de executoriedade. Exemplo: multa de trnsito e decreto

    para fins de desapropriao.

    Identificao dos casos de autoexecutoriedade alvo de discusso. Ela

    ferramenta importante e que deve ser empregada quando indispensvel, ou seja,

    prudente aguardar o pronunciamento do Judicirio. Exemplo1: vedada a construo

    na faixa de 40 (quarenta) metros as margens de rodovia federal e a fiscalizao cabe

    ao DNIT. Antes de realizar a demolio a entidade ajuizar ao cabvel.

    Exemplo2: o agente sanitrio que notificado para colocar veneno em piscina

    abandonada, foco de dengue. H discusso se poderia se aguardar liminar ou faria pelo

    uso da fora.

    C. Imperatividade;

    a aptido que o ato administrativo possui independente da anuncia do

    destinatrio do ato. A Administrao pode unilateralmente constituir o particular em

    obrigao a ser adimplida.

    Nem todos os atos administrativos so dotados de imperatividade. H duas

    excees: atos negociais e atos enunciativos.

    Os atos negociais exemplo, autorizao de uso de bem pblico. Trata-se de ato

    que no pode ser editado de ofcio.

    Os atos enunciativos, exemplo, certido. Ato que reproduz uma informao

    existente nos assentamentos da Administrao. O ato despido de carga decisria.

    D. Tipicidade;

    Maria Sylvia Zanella di Pietro entende que o administrador somente pode

    editar atos previstos no ordenamento jurdico.

    Em relao aos contratos administrativos vigora o princpio da atipicidade.

    E. Exigibilidade;

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    Celso Antonio Bandeira de Mello e Digenes Gasparini entendem que a

    exigibilidade aptido que o ato possui de produzir efeitos por meio de mecanismos

    indiretos de coero.

    Exemplo: determinado municpio obriga o particular a construir muro, sob pena

    de multa de R$ 1 mil ao dia, que ir dotar o ato de exigibilidade. A multa o

    mecanismo indireto de coero.