direito 1ª aula 2011

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Língua Portuguesa Curso:Direito Período :2011/1 Semestre: 1º Semestre/40h EMENTÁRIO:A Gramática, a Ortografia e a Pontuação na Língua Portuguesa: Regras Básicas. Leitura e Interpretação de Textos. Tipologias Discursivas: Descrição, Narração e Dissertação. Redação: Técnicas de Redação. Comunicação Jurídica. A Linguagem dos Textos Jurídicos. O Emprego Textual do Vocabulário Jurídico. Estruturas Lingüísticas das Peças Judiciais e dos Instrumentos Jurídicos. O Discurso Jurídico e a Prática Forense. Estilística. Redação de Peças Jurídicas. Retórica. Lógica Jurídica. Eloqüência e Oratória Jurídica.

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Page 1: DIREITO 1ª AULA 2011

Língua Portuguesa Curso:DireitoPeríodo :2011/1Semestre: 1º Semestre/40h

EMENTÁRIO:A Gramática, a Ortografia e a Pontuação na Língua Portuguesa: Regras Básicas. Leitura e Interpretação de Textos.

Tipologias Discursivas: Descrição, Narração e Dissertação. Redação: Técnicas de Redação. Comunicação Jurídica. A Linguagem dos Textos Jurídicos. O Emprego Textual do

Vocabulário Jurídico. Estruturas Lingüísticas das Peças Judiciais e dos Instrumentos Jurídicos. O Discurso Jurídico e a Prática

Forense. Estilística. Redação de Peças Jurídicas. Retórica. Lógica Jurídica. Eloqüência e Oratória Jurídica.

Page 2: DIREITO 1ª AULA 2011

Objetivos da Disciplina

Geral :

Propiciar aos alunos reforço e aprofundamento nos conhecimentos da Língua Portuguesa a fim de prepará-los para o nível de vida acadêmica, especialmente, para as necessidades específicas das atividades jurídicas.

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- Possibilitar ao Acadêmico atuar no mercado com domínio médio de fluência lingüística, de forma a sobressair nas situações cotidianas, minimizando as deficiências de aprendizagem, através do estudo sistemático e contínuo da escrita e oralidade na norma culta,respeitando as variedades técnicas, sociais ou estilísticas.

- Refletir sobre o ensino da Língua Materna, voltada ao processo de aquisição e desenvolvimento da linguagem oral e escrita, de forma significativa, considerando seu valor sócio-cultural,como parte dos objetivos da Universidade: o ensino da norma culta em seus diferentes usos e registros, formando o redator- leitor crítico.

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Programação:

1-A Língua Portuguesa no Direito. A importância da palavra e da comunicação.

2- Gramática – Campos de estudo da Língua Portuguesa: Fonética, Morfologia, Sintaxe, Semântica e Estilística. As principais dificuldades da Língua Portuguesa.

3- Os Estudos Gramaticais – Ortografia, Acentuação e Pontuação da Língua Portuguesa: regras básicas.Reforma Ortográfica.

4- Colocação Pronominal, Dificuldades Ortográficas.Leitura e Interpretação de Textos.

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5- As unidades lingüísticas e os níveis de análise. A estrutura básica na linguagem jurídica – estrutura da frase; concordância; a ordem dos termos.

6- O verbo na Linguagem Jurídica. Regência Verbal.

7- Linguagem normativa – As linguagens da língua. Signo e significado. Língua padrão. Textos de Informação. Comunicação Jurídica.

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8- O Direito como discurso – Enunciação e discurso jurídico – definições; texto; contexto; intertexto; tipos de texto; coesão e coerência textual; produção de textos.

9- Modalidades Discursivas - Os tipos de discurso. O discurso direto, indireto e indireto-livre. As estruturas do discurso. Persuasão e argumentação. Leitura e reflexão. Análise de textos.

10- Comunicação Jurídica – conceitos; elementos; funções; níveis; ato comunicativo jurídico; produção de textos.

11-Avaliação.

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12- Tipologias discursivas: descrição, narração e dissertação. O parágrafo e a redação jurídica; a estrutura do parágrafo; tópico frasal; desenvolvimento; conclusão; encadeamento dos parágrafos; o parágrafo descritivo; o parágrafo narrativo; o parágrafo dissertativo; raciocínio e argumentação; produção de textos.

13- O emprego textual do vocabulário jurídico. Vocabulário jurídico: léxico e vocabulário; o sentido das palavras; usos da linguagem jurídica e suas dificuldades.

14Arcaísmos, Neologismos, Estrangeirismos, Latinismos. Análise de textos.

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15-A estrutura frásica na linguagem jurídica. A expressividade frásica na Coordenação e Subordinação.

16- O discurso judicial e a ciência do direito. A estrutura acadêmica do discurso científico. A lógica formal. O silogismo. O sofismo. A estrutura formal do direito.

17- Características do discurso normativo: enunciação e discurso. As marcas da enunciação no discurso.

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18- Produções textuais de aplicação da linguagem jurídica observando todos os aspectos evidenciados no decorrer do semestre.

19- Apresentação de trabalhos evidenciando eloquência e oratória.

20-Avaliação.

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. Metodologia de Avaliação

-A verificação da aprendizagem dar-se-á por meio da AV3, isto é, através de estudos individuais ou em grupo, bem como mediante:

· Produção escrita / reescrita, com mediação do professor; · Desempenho na Disciplina: participação nas discussões

de classe; · Elaboração de dissertações e narrações, com tema

delimitado pelo professor e data pré – estabelecida para entrega;

Avaliação da oralidade. -Atividades de verificação da aprendizagem

convencionais(AV7)

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. Bibliografia

Básica DAMIÃO, Regina Toledo. Curso de Português

Jurídico. 9a ed. São Paulo: Atlas, 2004. GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa

moderna. Aprendendo a escrever, aprendendo a pensar. 24a ed. Rio de Janeiro: FGV, 2004.

HENRIQUES, Antônio. Prática da Linguagem Jurídica. 3a ed. São Paulo: Atlas, 2004.

POLITO, Reinaldo. Como Falar Corretamente e sem Inibições. 110ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

XAVIER, Ronaldo Caldeira. Português no Direito: Linguagem Forense. 15a ed. São Paulo: Forense, 2005.

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4.2. Complementar ANDRADE, Maria Margarida & HENRIQUES, Antonio. Língua

Portuguesa. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2004. CUNHA, Celso. Nova Gramática do Português

Contemporâneo. 3ª ed. Porto Alegre: Nova Fronteira, 2001. DEFLEU, Melvin. Teorias da Comunicação de Massa. Rio de

Janeiro: Jorge Zahar, 1993. GONÇALVES, Emílio. Direito, Processo e Língua

Portuguesa: de como os Juristas têm descurado da Língua Portuguesa. São Paulo: Lejus, 1997.

KOCH, Ingedore G. Villaça. Argumentação e Linguagem. 9ª ed. São Paulo: Cortez, 2004.

LAPA, M. Rodrigues. Estilística da Língua Portuguesa. 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

SILVA, Luciano Correia da. Direito e Linguagem: Teoria e Prática da Comunicação Forense, São Paulo: Juruá, 1979.

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DE COMO OS JURISTAS TÊM DESCURADO DA LÍNGUA PORTUGUESA

O conhecimento e a correta utilização das regras da Gramática e o domínio do idioma é indispensável, essencialmente necessário para o exercício de qualquer profissão. Representa, convém insistir, o verdadeiro “cartão de visitas” do profissional, a chave que muito contribuirá para que as portas se abram no caminho do êxito profissional.

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Para o administrador de empresas,o contador, o economista, o sociólogo, o publicitário, é desnecessário ressaltar a importância do conhecimento da Língua Portuguesa e do seu emprego correto. Vezes sem conta, defrontar-se-ão com situações em que deverão expor o resultado de seus trabalhos profissionais, em reuniões de diretoria ou perante assembléias de acionistas, em congressos e conferências; outras vezes deverão recorrer à palavra escrita, na redação de documentos referentes à atividade profissional; atas, relatórios laudos, exposições de motivos, teses apresentadas a congressos, dissertações científicas, etc.

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É exatamente nessas situações que necessário e indispensável se torna falar e redigir corretamente.

Nada desmerece tanto o profissional que o não saber exprimir-se de modo claro e correto; o não saber redigir em linguagem clara, precisa e correta. Pior do que isso, cometer erros imperdoáveis de redação, demonstrando, de modo irrefutável, o completo desconhecimento das mais elementares regras da Gramática da Língua Portuguesa.

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Ademais, além dos aspectos que acabamos de enfatizar, há outro que merece ser ressaltado. Não é apenas por razões estritamente profissionais que todos devemos primar quanto ao emprego correto do idioma; há também uma razão de ordem patriótica: é o nosso idioma, a língua em que ouvimos e balbuciamos as primeiras palavras, em que aprendemos a ler e a escrever. É a língua por meio da qual nos comunicamos uns com os outros, expressando nossas idéias, emoções e pensamentos. E mais: constitui o idioma pátrio, no fundo, o verdadeiro elo da nacionalidade.

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O que nos torna a todos nós brasileiros, não é apenas a nossa História, não são as nossas tradições, os feitos da nossa gente, os símbolos que representam a Pátria, mas sim, e principalmente, o Idioma Pátrio, a Língua Portuguesa, por meio da qual a História, as tradições, os feitos da nossa gente e tudo o mais nos é transmitido de geração a geração. Tão-só por esta razão, não existisse outra, de ordem pragmática, bastaria para que todos nos dedicássemos, de modo constante e diuturno, ao estudo e à correta utilização de nossa Língua, com todas as dificuldades que apresenta, mas também com todas as belezas que encerra aquela que, no dizer do poeta, é a “última flor do Lácio, inculta bela”.

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O mal, porém, não aflige só os profissionais das áreas de contabilidade, administração de empresas, economia, sociologia, etc. mas também os advogados , os juízes e os juristas, em relação a cuja atividade profissional e utilização da Língua Portuguesa constitui o instrumento de trabalho. Parece que, nos tempos que correm, os mesmos têm descurado, por completo, nos pareceres, nas sentenças e nas obras que escrevem do emprego correto da Língua Portuguesa.

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É importante que os profissionais do Direito tenham nítida consciência da necessidade de redigir seus escritos, pelo menos, de modo correto, com apego às regras da Gramática. É o mínimo que se deve exigir daqueles cuja atividade profissional depende, de forma tão acentuada, da linguagem falada e escrita, particularizada na Língua Portuguesa, em cuja utilização correta e elegante pontificaram tantos e tantos juristas.

(GONÇALVES, Emílio. Direito, Processo e Língua Portuguesa. Lejus, pág.29)

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A IMPORTÂNCIA DA LÍNGUA PORTUGUESA

“O Direito é, por excelência, a ciência da palavra.” (Emílio Gonçalves)

“O jurista que não é um bom escritor, não é um bom jurista.” (Cândido Mota Filho)

“Se, na defesa do direito, o argumento é a alma, a linguagem é o corpo. Sem esta síntese não se equilibra a justiça.”

(Luciano Correia da Silva)

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“O Direito é a profissão da palavra e ao jurista, mais do que qualquer outro profissional, cumpre utilizar corretamente a Língua Portuguesa. Para o jurista e para o advogado, a palavra é o seu “cartão de visitas”. (Emílio Gonçalves)

“Erros, erros em profusão Erros de grafia e acentuação Erros de sintaxe e pontuação, Erros que se perpetuam, Perpetuando a incorreção.” (Emílio Gonçalves)

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A IMPORTÂNCIA DA PALAVRA

“ Penetra surdamente no reino das palavras.Lá estão os poemas que esperam ser escritos.Estão paralisados, mas não há desespero,há calma e frescura na superfície intata.Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.........................................................................Chega mais perto e contempla as palavras.Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutrae te pergunta, sem interesse pela resposta,pobre ou terrível, que lhe deres:Trouxeste a chave? (Carlos Drummond de Andrade)

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Valeu a pena? Tudo vale a pena

Se a alma não é pequena.

Quem quer passar além do Bojador

Tem que passar além da dor.

Deus ao mar o perigo e o abismo deu,

Mas nele é que espelhou o céu.

(Fernando Pessoa)