jornal [informação 1ª edição 2011

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Faculdades Integradas Teresa D’Ávila JORNAL LABORATÓRIO DO CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL Índice Prático o que você quer ver no Envie suas dicas para: [email protected] gRADUANDOS vIvEM ANSIEDADE qUANTO AO fUTURO pROfISSIONAL O estudante deve absor- ver o máximo que puder de seus professores e do que a instituição oferece. Ana Paula Maciel o conteúdo adquirido no período acadêmico além de proporcionar mais segurança ao recém formado vai lhe dar uma visão melhor do mercado de trabalho Passado o nervosismo do vesti- bular e se deparar com a ansiedade de ingressar em uma faculdade, é a realidade de muitos jovens nos dias atuais O universitário tem que ter em mente que o período acadêmico é a construção para um futuro profissional de sucesso. COMpORTAMENTO o projeto “Monte Sinai” atende hoje 41 pessoas que lutam contra o vício em substâncias químicas, como alcool e crack. P.04 Francisco Assis As manchas na pele, decorrentes do excesso de exposição solar, são as principais causadoras do câncer de pele. viver BeM P.05 MEIOAMBIENTE tristeza, dor, lágrimas, saudades. essa é a principal mistura que afeta a pessoa que está passando pela experiência do luto P.06 Ana Laura Barreto Érica Silva CADERNO Bate-papo: Em entrevista rápida a jornalista e apresentadora da TV Vanguarda Michele Sampaio fala um pouco sobre a profissão. P.02 comportamento: Centenas de comunidades na internet revelam o ciúmes cada vez mais cedo. P.06 tecnologia: O mais novo supercomputador do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) entra em operação este ano. P.08 educação: Com 75% dos estudos já concluídos, alunos do 4º ano já se preparam para as apresentações dos TCCs. P.07 Idalina Miranda P.03 reciclagem e descontração ressaltam a figura marcante de Zé Macaco de 52 anos, da cidade de Silveiras, que recicla há 5 anos. P.08 Ano 10 •• n. 57 ••• Março de 2011 COMpORTAMENTO

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Jornal laboratório da Habilitação em Jornalismo do Curso de Comunicação Social, das Faculdades Integradas Teresa D'Ávila de Lorena, SP. Produzido pelos alunos do 3º ano.

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Page 1: Jornal [inFormação 1ª edição 2011

Faculdades Integradas

Teresa D’Ávila

JORNAL LABORATÓRIO DO CURSO DE

COMUNICAÇÃO SOCIAL

Índice Prático

o que vocêquer ver no

Envie suas dicas para:[email protected]

gRADUANDOS vIvEM ANSIEDADE qUANTO AO fUTURO pROfISSIONAL

O estudante deve absor-ver o máximo que puder de seus professores e do que a instituição oferece.

Ana

Paul

a M

acie

l

o conteúdo adquirido no período acadêmico além de proporcionar mais segurança ao recém formado vai lhe dar uma visão melhor do mercado de trabalho

Passado o nervosismo do vesti-

bular e se deparar com a ansiedade de ingressar em

uma faculdade, é a realidade de muitos

jovens nos dias atuais

O universitário tem que ter em mente que o período acadêmico é a construção para um futuro profissional de sucesso.

COMpORTAMENTOo projeto “Monte Sinai”

atende hoje 41 pessoas que lutam contra o vício em substâncias químicas, como alcool e crack. •P.04

Fran

cisc

o As

sis

As manchas na pele, decorrentes do excesso de exposição solar, são

as principais causadoras do câncer de pele.

viver BeM

P.05

MEIO AMBIENTEtristeza, dor, lágrimas,

saudades. essa é a principal mistura que afeta a pessoa que está passando pela experiência do luto •P.06

Ana

Laur

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Éric

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CADERNOBate-papo: Em entrevista rápida a jornalista e apresentadora da TV Vanguarda Michele Sampaio fala um pouco sobre a profissão. • P.02

comportamento: Centenas de comunidades na internet revelam o ciúmes cada vez mais cedo. •P.06

tecnologia: O mais novo supercomputador do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) entra em operação este ano. •P.08

educação: Com 75% dos estudos já concluídos, alunos do 4º ano já se preparam para as apresentações dos TCCs. •P.07

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P.03

reciclagem e descontração ressaltam a figura marcante de Zé Macaco de 52 anos, da cidade de Silveiras, que recicla há 5 anos. •P.08

Ano 10 •• n. 57 ••• Março de 2011

COMpORTAMENTO

Page 2: Jornal [inFormação 1ª edição 2011

Entrevista

Bruna Bastos

o jornalismo se destacando no vale do Paraíba

Brun

a Ba

stos

Adriano Matheus

EXPEDIENTE

Jornal Laboratório do 3° ano de JornalismoFaculdades Integradas Teresa D’Ávila - FATEA Ano 10 - n° 57 - Março/2011

Direção Geral: Prof.ª Dr.ª Olga de Sá

Vice-direção: Prof.ª Me Irmã Raquel Retz

Coordenação do Curso de Comunicação Social:

Prof. Me. Jefferson de Moura

Editora Geral:

Prof. Esp. Laura Barcha - MTb 36454

Colaborador de Fotografia:

Prof. Me. Luis Antonio Feliciano

Diagramação: Isabela Vilela e Michely Xavier

Revisão:

Prof.ª Dr.ª Olga de Sá

Prof.ª Me Irmã Raquel Retz

Faculdades Integradas Teresa D’Ávila - FATEAAv. Peixoto de Castro, 530 - Vila Celeste - Lorena - SP - CEP: 12606-580 - Fone: (12) 2124-2888

Equipe de Alunos:

Adriano Matheus, Ailecy Oliveira,Ana Paula Maciel, Anna Laura Barreto,Ariane Fialho, Bruna Bastos, Camila Castro, Camila Abreu, César Carvalho, Cleverson Junior, Érica Silva, Fernanda Ribeiro, Fernanda Rodrigues, Francisco Assis, Gabriela Jung, Idalina Miranda, Isabela Vilela, Júlio Madela, Larissa Satim, Larissa Sene, Lucas Nunes, Márcio Augusto, Maria Isabel Castro, Mariana Sagossi, Mayara Rabelo, Michele Oliveira, Michely Xavier, Mônica Silva, Nádia Rabelo, Pablo Godoy, Suelen Ventola, Thalita Miranda, Thátia Amorim, Valmir Masulk, Vingina Bastos, Vivian de Almeida, Willian Nunes.

Nascida em Guaratinguetá, filha de mãe professora e pai bancário, a jovem que antes pensava em ser modelo, hoje atua no campo jornalístico do Vale do Paraíba.

Apresentadora do telejornal da Vanguarda TV e do programa Vanguarda Comunidade, Michelle Sampaio sempre demonstrou ter vocação para a profissão de jornalista, porém, só depois de algum tempo e outras experiências ela se decidiu.

Aos 30 anos pode-se dizer que essa jovem jornalista tem como companheiro inseparável o "conflito". Mas muita calma para quem acha que isso é coisa ruim: o que antes era a incerteza sobre qual profissão seguir, hoje esse probleminha, se assim pode-se dizer, é a relação entre a edição e apresentação de um jornal de peso para o Vale.

Em entrevista rápida para o jornal InFormação a jornalista e apresentadora da TV Vanguarda fala um pouco sobre a sua profissão.

InFormação: Você sempre quis ser jornalista?

Michelle Sampaio: Não, descobri depois de entrar na faculdade. Me apaixonei pelo curso, mas antes passei por outros dois cursos. Fiz um ano de Educação Física, na Unitau, e um dia de Direito na Unisal (risos)

InFormação: Alguém foi contra a sua vontade de se tornar uma jornalista? Sempre teve apoio quanto a isso?

Michelle Sampaio: Ninguém nunca, tanto que meus pais tiveram a maior paciência comigo. Só re-

solvi parar na terceira faculdade que me matriculei. (risos) Mas eles sempre me deram apoio, e até hoje dão.

InFormação: Como você entrou na TV Vanguarda?

Michelle Sampaio: Quando re-tornei da Nova Zelândia, estavam fazendo testes para a nova emissora que seria aberta em Taubaté. Passei nos testes e estou lá até hoje, há quase oito anos.

InFormação: Quais os maiores desafios em apresentar um jornal diário e ao vivo?

Michelle Sampaio: O maior de-safio é dar conta de fazer uma boa cobertura regional e com boas pautas, matérias e com qualidade,

acima de tudo. InFormação: Existe muita

diferença entre apresentar o jornal e o programa Vanguarda Comunidade?

Michelle Sampaio: O jornal é mais dinâmico, é ao vivo, mais correria, mais quente, mais adrenalina. Já o programa é mais tranqüilo, porém exige muita pesquisa, muito estudo sobre o tema abordado e muita dedicação na hora da gravação. Você tem que pensar como se fosse o telespectador, fazer perguntas interessantes, tornar o assunto atraente.

InFormação: Michelle Sampaio é um nome muito conhecido aqui no Vale do Paraíba. Você não

almeja uma exposição maior, em âmbito nacional como seus antigos companheiros de TV Vanguarda Tiago Leifert e Giovana Tominaga?

Michelle Sampaio: Almejar, todo mundo almeja. Mas por enquanto ainda não descobri se realmente quero sair daqui e pra onde. Primeiro tenho que ter um foco, uma meta e depois tentar conquistar meu espaço fora daqui.

InFormação: Já recebeu algum convite para apresentar um jornal maior e sair da TV Vanguarda?

Michelle Sampaio: Não diria maior em qualidade, mas em "tamanho" por ser rede nacional, só que em outra emissora, com bem menos audiência. Nada de interessante, que valha a pena deixar a Vanguarda.

InFormação: Ser jornalista pra você é......

Michelle Smapaio: Ser compro-metido com a ética, com a comu-nidade, com “fazer o bem”; é ser responsável com a notícia, com o telespectador; é ser justo e correto sempre!

InFormação: O que você diria pa-ra os jovens que estão ingressando na carreira de jornalista?

Michelle Sampaio: Corram atrás. Ninguém que fica inerte consegue um bom emprego, que dirá do dia para a noite. E tenham muita paciência, às vezes as coisas demoram para acontecer. Mas se você for um profissional sério, batalhador, honesto com você e seus colegas, você vai crescer... é só esperar! E aquela máxima vale sempre “não desista nunca”!

“Entre Aspas”• >>>P. 02

EDITORIAL

A todos vocês que estão terminando mais uma etapa da vida, chegou a hora para colocar em prática, na vida profissional o que abraçaram: nossos parabéns! Saibam valorizar os propósitos ao qual se dispuseram a conquistar, mexam com a sociedade, denunciem, anunciem, sejam a voz que clama, onde muitas vezes são calados pelos próprios limites. Aos formandos, a esperança de um bom futuro a todos vocês. Parabéns, sejam vocês sem fronteiras!

E a todos vocês, que estão chegando à vida universitária

para compreender este novo universo de aprendizagem: sejam a diferença que tanto clamam, a diferença que tanto desejam. Chegou a hora de se levantar e deixar de ficar parado e reclamando da sociedade. Estudem, aprendam e se dediquem pois irão conquistar o troféu do saber. O conhecimento é a única coisa na vida que não pode ser roubada ou subestimada. Que esta seja a jornada de suas vidas, portanto, explorem suas capacidades. Sejam bem vindos!

Adriano Matheus 3º Ano Jornalismo

Page 3: Jornal [inFormação 1ª edição 2011

Ana Paula Maciel

Thalita Miranda

Expectativa para começar um futuro profissionalNovos universitários e recém formados vivem ansiedade em busca de sucesso profissional

Passado o nervosismo do vesti-bular e se deparar com a ansiedade de ingressar em uma faculdade, é a realidade de muitos jovens nos dias atuais. A expectativa de como será sua vida acadêmica e a preocupação com um futuro profissional de sucesso, são sintomas que os estudantes apresentam ao ingressar em uma graduação. Mas esta fase de expectativas é também vivida pelos universitários que concluem seus cursos, que passam de estudantes a profissionais preparados para o mercado de trabalho.

A expectativa dos novos univer-sitários esbarra na curiosidade de saberem como é na realidade a vida de um estudante de graduação, já que muito se fala das aventuras da vida universitária. O "oba oba" da primeira semana toma conta dos jovens alunos, a ansiedade para fazer novos amigos e conhecer a instituição são os primeiros passos tomados por eles para tornarem parte deste mundo.

A psicóloga Mirely Betti esclarece que reações como estas são inevitáveis para os marinheiros de primeira viagem. "É como se fosse um novo mundo a ser descoberto por eles, uma mistura de medo para não fazer nada errado e de ansiedade para viver tudo de uma hora só."

Para Josiane Maciel, de 17 anos que cursa o 1° ano de jornalismo, a expectativa de estar na faculdade gira mais em torno de começar a viver seu futuro. "É a oportunidade que tenho de aprender sobre a carreira que vou seguir fazer aprimoramentos e porque não pensarmos se é isso mesmo que quero".

Já para a recente formada em educação física Ana Paula Moreira, de 22 anos, que já passou pela ansiedade de começar uma vida universitária, as primeiras semanas de aula foram primordiais em seu relacionamento com os outros estudantes. "Participei de todas as atividades possíveis que a faculdade promovia, assim tinha contato com outros alunos, além dos da minha sala, essa interação foi muito valida, já que convivi com eles durante três anos, além de uma boa relação, fiz grandes amigos".

Mas o que esperar de uma faculdade? O universitário tem que ter em mente que o período acadêmico é a construção para um futuro profissional de sucesso. "Entender o seu papel na instituição, na vida. Entender a responsabilida-

de da profissão que escolheu, se descobrir, fazer contatos, amizades e iniciar as atividades no mercado. Durante a faculdade ainda é o período que o jovem pode errar, pois ele está lá para aprender, então, é o tempo dos riscos, das escolhas. Entendo que tudo isso deve ser vivido plenamente, pois permitirá a formação de homens e mulheres, de profissionais que vão ditar o futuro. Explica o jornalista e professor Ednelson Prado.

O estudante deve absorver o máximo que puder de seus professores e do que a instituição oferece mas deve ter consciência que por meio de seus esforços que irá obter conhecimento e sucesso. "Os desafios são diários, assim como as modificações na execução dos serviços em profissões tão em evolução quanto às ligadas à comunicação social. Mas há sim, por parte da faculdade uma preocupação em prepará-los da melhor maneira possível. O que vejo é que muitos alunos esperam que a faculdade faça tudo por eles e se esquecem que eles são a faculdade", argumenta o professor Ednelson.

"Escolhi cursar uma faculdade porque quero ser uma profissional capacitada no que faço, espero desenvolver minhas habilidades e alcançar meus objetivos", diz Josiane. Mas a escolha por fazer uma faculdade vai além de se tornar um profissional capacitado, como explica a psicóloga Mirely. "O auto conhecimento que a pessoa adquire, é o principal fator para manter uma vida pessoal equilibrada e um futuro profissional consistente, porque por meio deste conhecimento que conseguimos nos desenvolver para obter melhores resultados.

Com o objetivo de capacitar os estudantes, a instituição deve oferecer aos alunos um conhecimento abrangente, como salienta Ednelson. "O que sinto é que o fato de os jovens entrarem cada vez mais cedo na faculdade faz com que eles ainda estejam cheio de dúvidas sobre o caminho que pretendem seguir. Por isso, vejo o papel da faculdade como além dos ensinamentos em sala, é também uma necessidade de se passar um pouco a respeito da vida, do mercado de trabalho, pois assim, podemos ajudar a diminuir as dúvidas e auxiliar os jovens a encontrarem os eu caminho".

Para Josiane a vida de universitária lhe trará mais responsabilidade, além de sofrer algumas mudanças.

"Imagino minha vida universitária como um grande passo que estou dando rumo a um futuro melhor, sei que não será facil, mais adoro desafios. Minha vida vai sofrer uma mudança radical deixarei de ser uma estudante de ensino médio, para me torna uma profissional'.

Enquanto uns ingressam na graduação, muitos outros profissionais deixam a faculdade para enfrentar o mercado de trabalho. Outras expectativas e ansiedades tomam conta destes recém formados, que a procura de um emprego esbarram na falta de experiência como principal fator para o desemprego. De acordo com números do Ministério da Educação, mais de 700 mil profissionais recém formados entram no mercado de trabalho, número que constantemente segue e acréscimo.

Formada ano passado em ciências contábeis, Mariana Aparecida Alves, de 22 anos, conseguiu estágio ainda no período de faculdade e afirma que o aprendizado teórico e prático

a ajudaram a manter o emprego. "É mais fácil conseguir estágio do que emprego, e a chance deste estágio se tornar algo fixo é bem grande, por isso que temos que saber aproveitar o que aprendemos em aula e já ir colocando em prática'.

O conteúdo adquirido no período acadêmico além de proporcionar mais segurança ao recém formado vai lhe dar uma visão melhor do mercado de trabalho e mais certezas do que irão encontrar na profissão. "Ao fim da faculdade eles já estão mais próximos da realidade, sabem mais sobre os desafios que devem encontrar, inclusive em razão de muitos já estarem empregados".

Visando a busca pelo sucesso profissional, os novos universitários e os recém formados se diferenciam no fato dos profissionais já terem passado pelo o que os novos universitários ainda irão passam. "A maturidade, a forma de ver e ler o mundo. Esse é um período de descobertas, tanto pessoal quanto profissional", explica Ednelson.

[In]foco • >>>P. 03

“Fundamental que o estudante tenha plena consciência que tudo que ele aprender na faculdade será um dia usado por ele em sua profissão, por isso cada aprendizado é válido. Busque conhecimento não só quando estiver em sala de aula, abuse dos professores, eles vão passar todo conhecimento e contar um pouco de suas experiências, o que ajuda muito.”

Ana Paula Moreira – Formada em Educação Física na ESEFIC em 2010

“Eu espero que o mercado de trabalho de mais valor ao profissional de educação, principalmente ao profissional de educação de informática, que é um campo novo”.

Lúcio Flávio Oliveira de Paula – Formado em Informática e Computação pela FATEA em 2010

“Quais as dicas e conselhos você dá aos universitários de primeira viagem para terem bons resultados no futuro?”

Qual sua expectativa para o mercado de trabalho agora que está formado?

“Minha expectativa para depois da formatura são as melhores possíveis, porque o jornalismo é uma área bem ampla que dá oportunidade e diversas áreas”.

Carla Moura – Formada em jornalismo na FATEA no ano de 2010

ENQUETE

Page 4: Jornal [inFormação 1ª edição 2011

Projeto Monte Sinai luta para afastar dependentes do mundo das drogas

Fran

cisc

o As

sis

Comportamento• >>>P. 04

NA fATEAD

Salvando vidas

Francisco AssisMichely Xavier

Com o objetivo de unir o universo dos veículos impressos e web, o jornal [In]Formação agora tem o seu próprio espaço na internet, o “[In]Formação On-line”.

Acesse!http://informacaojor.blogspot.com

A FATEA (Faculdades Integradas Teresa D’Ávila) realizou uma semana de gincana e o já tradicional trote solidário com os novos alunos dos cursos de graduação da Faculdade afinal, acolher não é só uma boa educação, mas também um profundo sentimento de amor.

Entre os dias 7 e 11 de fevereiro várias pessoas participaram do evento promovido por uma grande equipe organizada por uma comissão formada pela Rosana Montemór, Professor Gentil Vian, Professora Cristina Bento e Padre Pedro Cunha.

Estão abertas as inscrições para Cursos de Difusão Cultural e Aprimoramento Profissional, oferecidos pelas Faculdades Integradas Teresa D’Ávila, de Lorena. O objetivo é atender a comunidade acadêmica e o público externo. São oferecidos, inicialmente, 9 modalidades de cursos, que contemplam Artes, Linguagem e Comunicação.

Com um corpo docente qualificado e experiente, composto por professores e profissionais de comunicação, os Cursos da FATEA recebem inscrições no mês de fevereiro, com previsão de início das aulas para março. Mais informações na Coordenação de Cursos Livres ou pelos telefones (12) 2124 2888 ou 2124 2907.

Tristeza, angústia e depressão.

Esses são sentimentos comuns

no dia-dia dos dependentes

químicos. Muitas vezes

abandonados pelas famílias, eles

buscam o apoio em instituições

beneficentes como o Centro de

Recuperação e Reintegração

à Sociedade de Dependentes

Químicos, o Desafio Jovem

Monte Sinai.

O andar dificultado pela placa

cervical que usa na coluna e o

suporte nas duas pernas são as

marcas de um passado doloroso,

que faz Márcio Mendonça pensar

a cada dia como sua vida mudou

após conhecer o projeto. Aos

39 anos, o interno, que já foi

traficante em São Paulo, se diz

reabilitado. “Tive um acidente

que mudou minha vida. Saí de

um bar e tentava fugir da polícia,

quando o carro em que eu estava

bateu e caí na avenida. Foi

então que um caminhão passou

em cima das minhas costas,

afetando minha medula. Depois

do acidente ainda usei drogas

por dois anos e com a influência

de amigos e familiares, descobri

o Monte Sinai, que hoje é minha

grande família. Nasci de novo,

estou renovado”, comemorou.

Criado em 1997, o projeto

atende hoje 41 pessoas que lutam

contra o vício em substâncias

químicas, como o álcool, a

cocaína, o crack e a maconha. São

duas sedes, uma em Silveiras, no

Sítio do Ronco D’água, no bairro

Lajeado e outra em Lorena, no

centro. O trabalho não recebe

apoio do poder público e

sobrevive graças a doações de

supermercados e feirantes das

duas cidades.

Idealizador do Monte Sinai, o

pastor Herly Moreira decidiu pela

criação do projeto após se tornar

vitima das drogas. “Eu perdi um

filho de 22 anos. Não conhecia

esse mundo das drogas, não

sabia como lidar com esse caso,

porque foi uma época em que

nos preocupávamos apenas com

os bens materiais e me esqueci de

que o pai tem que acompanhar

de perto tudo que o filho faz. Não

vi como eu o perdi”.

Depois de ver o filho mais

velho ser derrotado pelas drogas,

Moreira passou a acompanhar

o trabalho realizado por

instituições de tratamento da

dependência química. “Essa

derrota nos fez mudar de vida. O

Herly é hoje uma pessoa que se

doa totalmente por esse projeto”,

contou a diretora do Monte

Sinai e esposa de Moreira, Anete

Guatura.

Atualmente, o casal acompanha

na sede de Lorena 17 homens,

todos de outras cidades, numa

estratégia para dificultar o acesso

aos riscos do tráfico. No local, eles

participam de atividades como

a horta, o cuidado com animais

(galinhas, patos, coelhos) e ainda

têm um espaço para meditação.

“Aqui nós trabalhamos com aquilo

que temos vontade. É como um

tempo para poder refletir, bem

diferente do meu passado que

era de drogas”, contou Samuel

Gomes, interno há seis meses.

A casa, que já reabilitou 2.850

pessoas, tem cunho evangélico e

incentiva a leitura diária da Bíblia,

o que não impede de receber

pessoas de outros credos.

A expectativa de Herly é

de ajudar o maior número de

pessoas a deixar para trás um dos

principais problemas do país. O

aumento no consumo de drogas

transformou o Brasil num dos

principais pontos do narcotráfico

e top no ranking de crimes com

envolvimento de dependentes

químicos. Um estudo realizado

em 143 municípios do país pelo

Obid (Observatório Brasileiro

de Informações sobre Drogas)

revelou que 52% dos brasileiros

acima de 18 anos faz uso de

bebida alcoólica pelo menos uma

vez ao ano.

Já o Relatório do Escritório das

Nações Unidas 2010 sobre Drogas

e Crime, apontou que o Brasil

está entre os quatro países que

tem maior número de usuários

de drogas injetáveis.

Mesmo com o combate

ganhando força nos últimos anos,

esse parece ser um problema de

difícil solução, que depende do

esforço de toda sociedade. “Isso

aqui é minha vida. Sei que é uma

gota no oceano, mas vou seguir

com esse trabalho, porque um

dia a gente muda essa história”,

exaltou o pastor Moreira. No momento de oração, internos se reúnem para comemorar a nova

vida

Page 5: Jornal [inFormação 1ª edição 2011

Protetor é a mais indicada alternativa para retardar a doença e o envelhecimento

Exercícios físicos podem auxiliar no tratamento e na prevenção

viver Bem • >>>P. 05

Fernanda Ribeiro

Variedade é o que não falta: diversos produtos à venda possuem proteção contra raios UVA e UVB.

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Anna Laura Barreto

O filtro solar é principal defesa contra o tempo

Bons hábitos de vida aumentam cuidados com diabetes

Em reunião Grupo de Diabetes de Lorena explica os sintomas e a prevensão da doença

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eiro

Está enganado quem pensa que a vermelhidão e o ardido são as piores consequências da queimadura em um dia de sol. O envelhecimento precoce e o câncer de pele podem ser futuras complicações do hábito contínuo dos brasileiros de não usar a proteção do filtro solar.

De acordo com o Ministério da Saúde do Brasil, os casos de câncer de pele estimado para o país em 2010 foram de 53.410 entre os homens, e de 60.440 entre as mulheres. Valores correspondentes a 56 casos a cada 100 mil homens e 61 para cada 100 mil mulheres.

Os bons resultados do uso diário do protetor solar é o que deixa Aparecida de Cássia motivada a continuar com o hábito. Por utilizar o produto duas vezes ao dia, as manchas do tempo que tinham em seu rosto sumiram, minimizando assim os efeitos dos raios solares. Um reflexo positivo de uma atitude consciente.

Os filtros podem agir de diferentes formas: filtrando quimicamente através da absorção dos raios

ultravioletas, e filtrando fisicamente, formando uma película na pele e refletindo a luz recebida. O dermatologista Maurício Sato explica que o fator de proteção solar, conhecido como FPS, não é tão importante quanto o uso do filtro. O mais importante é aplicá-lo e reaplicá-lo corretamente – de trinta a vinte minutos antes da exposição à luz, e de duas em duas horas.

A radiação do raio ultravioleta do tipo A, é o principal vilão dos não adeptos ao uso de proteção. Ele está presente durante todas as estações do ano, e é um dos principais causadores do câncer de pele e contribui para o fotoenvelhecimento. Portanto, seja no verão, seja no inverno, o uso do protetor contra raios UVA nunca deve ser cessado. Já o raio ultravioleta tipo B possui maiores incidências no verão, e causa queimadura solar.

A manicure Lucia Faria confessa que, muitas vezes, esquece de passar o protetor solar, mas garante que quando faz o seu uso, pensa, a princípio, mais em sua saúde. Lucia

relata que ao escolher qual produto usar, foi experimentando o que melhor se adaptou a sua pele e obteu resultados mais eficientes.

Atualmente, com o crescimento tecnológico tanto da área da saúde, quanto na área dos cosméticos, o mercado de filtros solares diversificou seus produtos e suas substâncias. Há protetores específicos para peles oleosas, normais e secas. Existem

ainda, produtos que mesclam a proteção solar com base ou hidratante para o rosto. Para peles morenas, o uso mínimo indicado é de FPS 15, e par a peles claras, FPS 30.

Com as crianças, o cuidado precisa ser ainda mais especial. É na infância e na adolescência que a exposição solar torna-se um dos maiores fato-res de risco para o desenvolvimento de câncer de pele na vida adulta.

Buscar hábitos mais saudáveis. Este é o pensamento principal que assola a vida de parte da população brasileira portadora de diabetes mellitus, hi-perglicemia, ou simplesmente, dia-betes. A doença caracterizada por ser uma deficiência de produção ou de ação da insulina, leva centenas de pacientes a obterem sintomas agudos e complicações crônicas características.

Há 5 cinco anos, o técnico em eletrônica, Paulo Leite, 34, é portador de diabetes tipo II (anomalia causada em adultos). Para ele, que descobriu a doença pelo alto índice de glicemia despercebido, as dificuldades foram muitas. “A diferença está no meu

cotidiano, desde a alimentação, aos medicamentos”. Como muitos casos em todo o país Paulo é obrigado a consumir quatro tipos de medicamentos diferentes. “O diabetes perde a estabilidade quando falta o medicamento, o que muda pra mim é o estado emocional, no dia-a-dia não há diferença”, revela o técnico que diz ter descoberto uma vida normal ao aprender a lidar com a doença.

Um exemplo a ser seguido pelos pacientes diabéticos é a prática de hábitos de vida mais saudáveis. A aposentada Teresinha Ribeiro, de 75 anos, é prova viva do esforço pela melhora no quadro da doença

adquirida há mais de 30 anos, durante o período da menopausa. “A única coisa que fiz foi não desistir de mim mesma. Procurei me cuidar e praticar sempre exercícios físicos e cuidar, sobretudo, da minha alimentação”, disse.

Para os diabéticos, a prática regular de um exercício pode auxiliar tanto no tratamento quanto na prevenção de complicações de fatores exter-nos, como hipertensão e colesterol alto, sendo deste modo o índice mais comum atingindo aos idosos. A endocrinologista responsável pelo setor na Secretaria da Saúde de Lorena, Márcia Dias, recomenda que os bons hábitos de vida estão ligados a prevenção do diabetes. “É possível ao paciente uma vida normal, desde que este pratique o exercício de cuidar de si mesmo, realizando o tratamento correto”. Como a doença é de caráter genético, podendo ser transmitida de pai para filho, a doutora reforça os cuidados também aos não-diabéticos. “O indivíduo que tem tendência a ter diabetes, deve cuidar da saúde através do controle do açúcar”, explicou.

Por meio de palestras, orientações e trabalho educacional, em Lorena é realizado um Grupo de prevenção ao Diabetes. A iniciativa, que teve início há quase dois anos conta com uma equi-pe multidisciplinar, com nutricionista,

enfermeira, educador físico, psicóloga, que trabalham com os pacientes diabéticos oferecendo cuidados principais para estes possuírem uma vida normal. “Neste ano temos aumentado o número de pessoas interessados no Grupo. Trabalhamos especificamente com cada paciente de modo a conhecer e ajudar na dificuldade que cada um apresenta, em lidar com a doença. Ao passar esta etapa nós convidamos esse paciente a participar do grupo de educação continuada uma vez por mês”, revela a enfermeira responsável pelo Grupo, Carolina Codelo. Para ela a ação da importância está no contato pessoal com o diabético. “Essa orientação é necessária para que haja interesse no cuidado com a doença por parte do portador. É o espaço que eles têm pra conhecer outros pacientes, tratando com um olhar diferente o diabetes”.

Entre outros tipos de diabetes estão o Tipo I, que afeta o indivíduo na infância ou na fase de adulto jovem e Gestacional, circunstância na qual a doença é diagnosticada durante a gestação, em paciente sem aumento prévio da glicose. Os principais sintomas do aumento da glicemia são: sede excessiva, aumento do volume da urina, fraqueza, tonturas, visão manchada, aumento de apetite e perda de peso.

Page 6: Jornal [inFormação 1ª edição 2011

Comportamento• >>>P. 06

Sites de relacionamento são motivo de ciúme entre os adolescentesCom o aumento das redes de relacionamento, o ciúme passou a ser mais freqüente entre os jovens

de LutoEntenda esse sentimento e como superá-lo

Érica Silva

Para muitos, superar a dor de uma perda é um desafio a ser vencido dia após dia

Éric

a Si

lva

Cleverson Junior

Tristeza, dor, lágrimas, saudades. Essa é a principal mistura que afeta a pessoa que está passando pelo luto, “um sentimento profundo que envolve perda e tristeza por aquilo que já não possuímos”, é o que esclarece com o psicólogo e professor das Faculdades Integradas Teresa D’Ávila, a FATEA, André Ramos.

O luto é natural num primeiro momento, varia de pessoa pra pessoa, chegando a envolver o tempo e outros fatores, e ate mesmo pode ser cultural, há grupos em que um período de quarentena é vivido com reclusão, contrição e com o uso de roupa preta para demonstrar seu pesar.

Todos sabem, gostando ou não, que um dia a morte vem, mas aceitar que alguém querido se foi é um processo lento e doloroso, que muitas vezes acaba tornando-se uma depressão. “Quando o luto compromete a rotina natural da pessoa a ponto de ela não dar conta dos compromissos, e a tristeza é tamanha que ela não tem mais vontade de viver e isto está

gerando implicações sérias na sua vida familiar, social, profissional, estudantil, etc., é preciso ficar alerta”, diz o psicólogo André Ramos.

A professora de Ensino Fundamental, Cleusa dos Santos, 44 anos, perdeu a mãe a quatro meses e ainda relembra a perda. “Quando recebi a notícia de seu falecimento senti que toda a minha felicidade iria embora com ela”. Cleusa está no que pode ser considerado luto normal, “sinto saudades, afinal mãe é mãe, mas quando a tristeza bate lembro que ainda tenho minha família, meu marido, minha filha e meu pai, que precisa de mim e dos meus irmãos mais que nunca”.

É preciso entender que luto e depressão são diferentes, mas o luto pode sim, trazer á tona uma depressão. O luto pode desencadear a depressão como um gatilho (morte de uma pessoa querida) que dispara uma predisposição orgânica (baixa taxa de serotonina nas sinapses entre as células nervosas), diz Ramos.

A aposentada Terezinha do Carmo, 77 anos, perdeu seu marido

há 12 anos, e nos primeiros dois anos de seu falecimento ela manteve-se de luto, “não sentia vontade de fazer nada, nem cozinhar que é minha grande paixão, ia sempre ao cemitério rezar pela alma dele, mas depois de um tempo aceitei que tinha que continuar a viver, por mim e por minha família”.

Para a psicologia, quando uma pessoa está passando por uma fase tão difícil quanto o luto, é necessário ter ao seu lado pessoas queridas, como amigos e familiares que possam o confortar, acolher, deixar chorar, apoiar, incentivar a seguir em frente, respeitar e, acima de tudo, fazê-los acreditar na vida.

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Quando o assunto é o ciúme não importa a idade. Gabriele Moresco,14 , apesar da juventude, confessa ser uma pessoa muito ciumenta quando o assunto é namoro. Mas a adolescente não é a única. Centenas de comunidades na internet revelam esse sentimento cada vez mais cedo.

Para a jovem, a falta de ciúme é ausência de amor e interesse para com a pessoa amada, considerando este, um sentimento saudável. “Tudo expressado na medida é saudável. Ciúme demais signi-fica que você não ‘confia no seu taco’, digamos assim. E ciúme de menos significa que você nem liga para a pessoa... Falta de amor”, conclui Gabriele.

De acordo com a psicóloga Daniela Leme, a insegurança e a imaturidade são uma combinação perfeita para gerar o ciúme no relacionamen-to entre os adolescentes. “O ciúme é falta e confiança em si mesmo e também no parceiro, o que faz com que

o tempo todo, principalmente na era digital”.

E por falar em internet, esta é uma das preocupações de quem

namora. Carlos Alberto Leitte, 19, está sendo processado pela ex-namorada depois que viu um simples recado de ‘bom final de semana’ na página de recados do

o ciumento controle tudo o que acontece no relacionamento”, ela diz.

A psicóloga ainda adverte para

a extensão desse sentimento em outras esferas da vida. Segundo ela, “o ciúme consome muita energia. Para o ciumento poder atuar ele tem que ficar pensando sobre isso

Orkut dela. "Começou com uma discussão por causa do recado que uma cara deixou no Orkut. Como eu tenho a senha, entrei para verificar os recados", afirmou. Segundo Leitte, ela desligou o computador e não queria que o ele o religasse. "Eu queria responde e ela disse que não. Aí eu perdi a cabeça". Carlos quebrou o computador e agrediu a moça. Leitte responde um processo por lesão corporal, de acordo com a lei Maria da Penha.

A psicóloga alerta sobre ciú-me, que de acordo com ela, pode ser considerado uma doença com conseqüências físicas e psicológicas para ambas as partes, para o ciumento e para a vítima do ciúme. Existem casos que a pessoas passa do limite por medo de perda ou insegurança, tendo consequências graves “Foi o que aconteceu com a adolescente Eloá, foi vitima de um crime passional por causa de ciúme.” afirmou Daniele.

Redes sociais causam ciume em alguns jovens

Page 7: Jornal [inFormação 1ª edição 2011

Educação • >>>P. 07

Mônica Silva

Na reta final dos estudos, alunos contam como estão se preparando para o último ano e para o TCCXXXXXXXX

cyberbullying: violência virtual nas redes sociaisCerca de 15 mil estudantes já foram vítimas

Atenção aos filhos é a melhor prevenção ao cyberbulling

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Bullying é caracterizado por atos agressivos verbais ou físicos, repetitivos, que ocorrem de forma intencional para humilhar, ridicularizar e intimidar suas vítimas. Esta é a definição apresentada por estudos realizados por Associações de Psicologia e de Pediatria. Os atos mais comuns são: excluir, isolar, ignorar, discriminar, ameaçar, amedrontar, assediar, perseguir, bater, ferir, etc. O bullying ocorre mais com crianças de séries iniciais, jovens adolescentes, sendo os meninos os alvos mais comuns

O local de maior ocorrência do bullying é a escola, mas ele também pode ocorrer em locais de trabalho, entre vizinhos, ou até virtualmente. A internet propiciou o surgimento do cyberbullying. Neste caso, a agressão que ocorre no meio virtual se torna mais cruel devido a sua repercussão. Além disso, na maioria dos casos, a vítima agredida não sabe nem de quem se defender.

O cyberbullying é um ato de violência difícil de ser solucionado, pois, na maioria das vezes o agressor age anonimamente e utiliza qualquer computador para encaminhar mensagens sem precisar realizar registros.

A ONG Plan, com sede nos estados de Pernambuco e Maranhão, que trabalha com todos os tipos de violência e abusos, realizou uma pesquisa em outubro de 2010, com jovens de todo o país e pôde comprovar que cerca de 5 mil (17%) dos estudantes brasileiros de 10 a 14 anos,

já foram vítimas de cyberbullying pelo menos uma vez.

A estudante de enfermagem Jamile Fontes chegou a ter receio de acessar a internet por ofensas sofridas. “Tudo começou com um desentendimento por conta de um trabalho da escola, uma garota chegou a criar uma comunidade com a minha foto 10 motivos para odiar a Jamile, acompanhado de uma lista de insultos que se espalhou pelo colégio”.

O fato ocorreu há seis anos, quando universitária cursava o Ensino Médio. O problema foi solucionado após uma reunião de pais no colégio. Em relação à agressora, foi punida com dois dias de advertência pela escola.

Hoje Jamile, diz sentir-se aliviada pelo seu caso ter tido uma solução pacífica, mas que o caso serviu para dar mais atenção a suas ações na internet.

“Mesmo tendo se passado anos, tenho receio até hoje ao acessar sites de relacionamentos. Quando crio meu perfil nas redes sociais, não divulgo mais tantos dados e fotos como fazia antigamente”, desabafou.

“A primeira medida é informar e conscientizar a sociedade, mostrando que o bullying é um problema que causa sérios danos à integridade física e/ou psicológica do indivíduo. É necessário combatê-lo de forma direta”, explicou o psicólogo e psicanalista Rafael Lima.

De acordo com o Psicanalista, ao ser diagnosticado que a criança ou jovem está sofrendo o cyberbullying é necessário que os pais saibam onde está ocorrendo violência. Por exemplo, se for em uma lan house devem entrar em contato imediatamente com os proprietários, e se for na própria residência é necessário uma pausa no acesso para evitar maiores constrangimentos morais.

Nas lan houses, os portais mais acessados são: Google Talk, Orkut, Facebook, Twitter, MSN. Para garantir a segurança, os donos desses estabelecimentos vêm adotando algumas medidas na prevenção do cyberbullying e controlando o comportamento de seus clientes.

“Tenho uma lan house games há mais de 6 anos. Por lei é obrigatório o uso de cadastro dos clientes, por isso temos cartazes com avisos sobre violência e palavrões dentro e fora da lan. Sendo assim, creio que as pessoas que aqui frequentam, se sentem limitadas por causa dos riscos de punição, como ser expulso do estabelecimento”, ressaltou o proprietário Rafael Coelho.

Para Rafael Lima a medida inicial é procurar o apoio familiar e profissional. “É necessário que as pessoas que sofram desse tipo de violência, busquem a ajuda de profissionais que possam lhes ajudar, como psicólogos e psicanalistas. Mas, o primeiro passo é comunicar a família a respeito dessa situação”, finalizou Lima.

Com 75% dos estudos já concluídos, alunos do 4º ano já se preparam para as apresentações dos trabalhos de conclusão de curso, o famoso TCC.

Ele surgiu em 1983 como uma disciplina obrigatória do curso de Pedagogia, e se instalou tão rápido que se tornou institucional, começando assim a fazer parte de todos os cursos de graduação. O desempenho no TCC indica se o aluno receberá, ou não, o diploma. O formato é elaborado pelo próprio aluno e a coordenação determina as normas a serem seguidas, normas estas, exigidas a partir das Diretrizes Curriculares dos cursos, que são estabelecidas pelo Ministério da Educação (MEC). Trabalho pronto, este passa pela aprovação de um colegiado, em muitos lugares chamado de banca.

A estudante de Rádio e TV Nathalia Rocha diz que “a ansiedade é grande, mesmo a apresentação sendo só no final do ano, tenho medo dos professores da banca, nunca sabemos como vão reagir, mas acho que meu medo na verdade é comum a todos”.

Tudo começa com a escolha de um tema, o ideal é que o aluno opte por um assunto com o qual possua afinidade. Feito isto, ele deve procurar um professor orientador que vai auxiliá-lo nas pesquisas. Com o tema e o orientador escolhidos, inicia-se o processo.

Segundo Laura Barcha, professora da disciplina Projetos de Pesquisa do curso de Comunicação Social da Fatea, a maior dificuldade dos alunos é escolher o tema. “Os alunos encontram nesta etapa muita dificuldade, talvez porque sejam muitas opções com as quais se deparam ao longo do curso. Alguns alunos já têm este tema definido logo no começo do curso, mas outros, chegam ao quarto ano sem se decidir.” Segundo a professora, a melhor maneira para fechar tema é pesquisando. “Quanto mais o aluno ler e pesquisar, mais fácil fica identificar um bom tema a ser explorado durante o TCC”.

Ariane Moi, estudante do último ano de Publicidade e Propaganda está passando por um processo de indefinição. “Estou super aflita. Já estamos no início do último ano e eu

ainda não escolhi meu tema. Pensei em várias coisas, mas achar algo que eu não vá enjoar é muito difícil, sem contar que trabalho o dia inteiro e sou mãe o que me deixa pouco tempo disponível”.

A professora Laura Barcha ressalta ainda que outra dificuldade dos alunos é justamente esta. “Às vezes o aluno tem um bom tema e formato, mas por questão de tempo, fica difí-cil conciliar a realização do TCC. Então, precisa optar por mudar o assunto. A disponibilidade é uma questão que não pode ser desprezada. Alunos que trabalham e têm tempo reduzido devem levar isto em consideração ao escolher o que fazer no TCC”, finaliza a professora.

Apesar de se deparar com dificuldades e do nível de estresse ao qual são submetidos, muitos alunos, como Nitya Rios acreditam que o TCC é muito positivo. “Deveríamos começar a pensar no “projeto” desde o primeiro ano, deixei tudo para última hora e só decidi o tema no final do ano passado, mas apesar disso acho que esse trabalho irá me ajudar muito profissionalmente ”, conta a aluna de jornalismo.

Dicas para a realização do TCC

Planejamento: é a chave de tudo. Estabeleça um cronograma com todas as atividades que deverá realizar e cumpra-o.

Orientações: compareça aos horários de orientação combinados seu orientador. Estes encontros são fundamentais para um TCC de sucesso.

Avaliações: cumpra os prazos das avaliações que acontecem ao longo do ano, antes da banca. Elas ajudam a você saber se está no caminho certo.

Leitura: leia, leia, leia... Amplie seu campo de leitura. Um material, que aparentemente, não tem nada em comum com seu TCC, pode contribuir com seu trabalho.

Acalme-se: por mais que o TCC esteja em foco, não adianta se estressar. Quanto mais organizado você estiver, mais chances de cumprir um bom trabalho, com tranqüilidade.

tcc: expectativa para o último ano

Page 8: Jornal [inFormação 1ª edição 2011

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Meio Ambiente e Tecnologia• >>>P. 08

Reciclagem e descontração ressaltam a figura marcante de Zé Macaco

Idalina Miranda

Nova tecnologia no vale do paraíba

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Zé Macaco segue reciclando, de olho no futuro

O novo Supercomputador do CPTEC/INPE facilitará o desenvolvimento de modelagens climáticas no Brasil

Necessidade e força de trabalho resultam em reciclagem

Supercomptador melhora a qualidade da previsão do tempo

Rupas amarrotadas e bem gastas, um par de botinas sujas, um chapéu com abas grandes, dedos cheio de anéis compõem o visual marcante de Zé Macaco, detalhes que o fazem conhecido na cidade de Silveiras. Com essa produção, já esta pronto para começar o dia.

Com 52 anos, José Lourenço é mais um trabalhador rural que veio para a cidade. Agora que não tem muito que fazer em sua área, dedica seu tempo a trabalhar com reciclagem. Alega que não sabe trabalhar em outra coisa e que, apesar de ser cansativo, gosta do que faz. Ele trabalha o tempo todo sorrindo, assoviando, cantando ou mexendo com quem encontra pelo caminho.

Prepara seu carrinho improvisado de metal, com uma proteção lateral de madeira, e cheio de adesivos colados, todos encontrados no lixo. A fé pode ser percebida por meio de um adesivo de uma imagem, apagada, mas que faz questão de mantê-la. Vai logo desabafando. “Espero que hoje seja melhor que segunda”.

Zé Macaco, o apelido que ganhou na juventude, ficou mais evidente depois que veio para a cidade, já que “Macacos” é o nome do bairro em que morava.

Começou a reciclar há 5 anos, depois que uma diretora de escola pediu-lhe para que retirasse as latas das merendas do depósito. Precisava mandar para algum lugar e foi assim que conseguiu o contato com Geraldinho, que mora na cidade vizinha, mas que Zé não sabe muitos detalhes sobre ele. “Ele vem uma

ou duas vezes por semana e traz as sacolas pra mim (sic) separar o lixo. Depois ele some de novo.” As sacolas a que Zé se refere são enormes sacos, próprios para a reciclagem, em que são separados os metais, plásticos e papelões.

Demonstra uma preocupação em não poder recolher mais materiais, já que trabalha sozinho e não dá tempo de recolher o lixo da cidade toda, apesar de sair às seis e meia de casa. “Pego só as coisas de perto da minha casa, do comércio e do artesanato, por aqui mesmo, porque o caminhão é mais rápido do que eu”, afirma com um sorriso sarcástico ao se referir à coleta tradicional.

O peso do carrinho causa descon-

forto e alguns calos bem salientes nas mãos, nada que possa tirar o seu ânimo. Ao sair de sua casa cumprimenta a todos que encontra pela rua e apesar da dificuldade de ouvir, dá “bom dia” para um, cria apelidos para outro e segue seu caminho até a escola referida.

Ao retornar, por volta de meio dia, Zé Macaco está confiante, pois conseguiu bastante papelão e latas, um diferencial, já que nas últimas semanas não havia conseguido nada, por causa da chuva. “Acho que com esse material vai dar para encher as sacolas, já que o Geraldinho deve aparecer por aqui amanhã. Esse resto aqui, vou queimar, não serve para nada, só não queimei ainda

porque está molhado”. Zé aponta um monte de lixo que não pode ser reaproveitado.

Tudo fica depositado em uma área descampada nos fundos de sua casa. “Dizem que esse pedaço faz parte da companhia elétrica, enquanto não mexerem comigo, vou ficar por aqui”. Trabalha sozinho e, cada dia da semana, se concentra em uma função: recolher, separar e queimar as sobras.

Apesar de fazer questão de reclamar, o catador trabalha o tempo todo sorrindo e sempre que pode faz uma piadinha para alegrar o ambiente, enquanto separa o lixo.

“Diz que o meu trabalho colabora com o meio ambiente. Já que tô (sic) morrendo mesmo, o negócio é ajudar as crianças.”

Tudo que Zé gostaria no momento é de se aposentar. Diz já estar cansado e que o salário é pouco, “mixaria”, quando se refere aos R$ 80,00 semanais, quando o “homem” vem. Ressalta que só dá para sobreviver mesmo, porque não paga aluguel, nem as contas, já que mora com a mãe. “Já fui no escritório, assinei toda a papelada e o moço disse que é só esperar, acredito que no ano que vem me aposento, aí sim”, exclama confiante de que sua vida pode ficar ainda melhor.

Para encerrar, ao ser questionado sobre seu nome inteiro ele sorri e afirma, “Zé, Zé das moças” e vai logo cobrando. “Quero uma foto dessas, ainda vou ser muito famoso”.

Talvez não saiba ao certo, a importância de seu trabalho digno de uma fama impagável: proteger a natureza.

O mais novo supercomputador do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) entra em operação este ano. O modelo XT6 da marca Cray, contribuirá para a pesquisa climática e para prever o tempo com maior qualidade e antecedência, aumentando em 50 vezes mais a capacidade dos equipamento hoje existentes no pais. O supercomputador atinge uma velocidade de processamento de 244 teraflops, o que significa uma medida usada para determinar o desempenho de um computador.

O novo modelo será usado nas simulações que permitem aos pesquisadores testar hipóteses so-bre mudanças de tempo e clima. Com essa nova tecnologia, os cientistas brasileiros poderão, por exemplo, avaliar o impacto das emissões de carbono pelas queimadas na Amazônia sobre o clima global. O XT6 também será usado na elaboração de previsões de tempo mais confiáveis ou seja, de até 15 dias de antecedência e de clima sazonal para determinar a possibilidade de eventos extremos como chuvas intensas, geadas

e secas em períodos de até três meses.

De acordo com o coordenador do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do INPE, Luiz Augusto Machado, a capacidade do XT6 novo supercomputador, é equi-valente a de 30 mil processadores. “O que podemos usar a comparação de 30 mil PCs normais trabalhando juntos”, diz o coordenador.

Essa capacidade coloca o Brasil no seleto grupo de países que possuem alta tecnologia e que contribuem com expertise em modelagem climática para Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas.

O equipamento, já chamado pelos pesquisadores de Tupã o deus indígena do trovão , foi adquirido com recursos do Ministério da Ciência e Tecnologia e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.

“O supercomputador passa a operar somente em fevereiro de 2011, o fato é que o Tupã exige muita energia e as instalações do INPE ainda estão sendo adaptadas para suportá-lo”. explica Machado.

Embora esteja locado na unidade do INPE em Cachoeira Paulista, no

estado de São Paulo, o XT6 poderá ser utilizado por outros grupos de pesquisa brasileiros.

A expectativa é de que ele também apóie o desenvolvimento do Modelo Brasileiro do Sistema Climático

Global, que permitirá agrupar infor-mações sobre qualidade do ar, oceanos, vegetação e outros fatores para ver como eles interagem entre si e como são afetados pela ação do homem sobre a natureza.