dicionarios linguas romanicas vol 1

944
WILLIAM AGEL DE MELLO OBRAS COMPLETAS DICIONÁRIO GERAL DAS LÍNGUAS ROMÂNICAS VOLUME I A MAIOR OBRA DE DICIONÁRIOS BILÍNGUES DO MUNDO Ars

Upload: pedropedro1954

Post on 26-Oct-2014

487 views

Category:

Documents


5 download

TRANSCRIPT

WILLIAM AGEL DE MELLO

OBRAS COMPLETAS DICIONRIO GERAL DAS LNGUAS ROMNICAS VOLUME I

A MAIOR OBRA DE DICIONRIOS BILNGUES DO MUNDO

Ars

Coyright 2009 by: William Agel de Mello Primeira edio, 2009 Reproduo autorizada, ilimitadamente, desde que citado o nome do autor. Declaro, para os devidos fins, que renuncio, perpetuamente, a todos os direitos autorais que me so devidos, em favor das editoras e entidades pblicas e privadas que desejarem publicar os meus livros. Ainda no que concerne estritamente aos meus direitos autorais, autorizo as editoras e entidades pblicas e privadas a publicarem os meus livros sem consulta prvia a mim ou aos meus descendentes. Todos os livros das Obras Completas * podero ser reproduzidos livremente, sem nus, por parte das bibliotecas, das universidades, dos professores, dos alunos e do pblico em geral sem a necessidade de consulta ao autor. * com exceo da Obra Potica de Lorca e Joo Guimares Rosa Cartas a William Agel de Mello, cujos direitos autorais pertencem aos herdeiros.

email para correspondncia: [email protected] site : www.williamageldemello.com

BIBLIOTECA MUNICIPAL MARIETTA TELLES MACHADO Dados Internacionais de Catalogao na Publicao - CIPM4820 Mello, William Agel de. Obras completas: dicionrio geral das lnguas romnicas - / William Agel de Mello - Goinia : Kelps, 2009. v. 1 1022 p ISBN: 978-85-7766-637-9 1. Dicionrios bilingues. 2. Dicionrio das lnguas romnicas. 1. Ttulo. CDU: 811.134.3-31 371(038)

Impresso no Brasil Printed in Brazil 2009

OBRAS COMPLETASVOLUME I FICO1. 2. 3. 4. Epopia dos Sertes (romance) O ltimo Dia do Homem (romance) Gergicas Estrias da Terra (contos. Prmio Caixa Econmica, julgado pela ABL) Metamorfose (contos)

VOLUME II TRADUO 1. Livro de Poemas (F. G. Lorca)2. Poema do Cante Jondo (F. G. Lorca) 3. Primeiras Canes (F. G. Lorca) 4. Canes (F. G. Lorca) 5. Romanceiro Gitano (F. G. Lorca) 6. Trs Romances Histricos (F. G. Lorca) 7. Poeta em Nova York (F. G. Lorca) 8. Pranto por Ignacio Snchez Mejas (F. G. Lorca) 9. 6 Poemas Galegos (F. G. Lorca) 10. Div do Tamarit (F. G. Lorca) 11. Poemas Esparsos (F. G. Lorca) 12. Cantares Populares (F. G. Lorca) 13. Sonetos Inditos (F. G. Lorca) 14. Antologia Potica de Lorca 15. Cancioneiro 16. Carta da Liberdade do Congresso Nacional Africano 17. Programa de Ao Contra o Apartheid, da Assemblia Geral das Naes Unidas

VOLUME III ENSAIOS1. UJAMAA O Socialismo Africano: O Modelo da Tanznia 2. O Processo de Independncia da Nambia 3. O Processo de Dissoluo do Apartheid e as Conse qentes Transformaes na frica Austral. As Opes Estratgicas Brasileiras 4. O Idioma Panlatino e outros Ensaios Lingsticos

VOLUME IV MONOGRAFIAS E ARTIGOS1. Como Corrigir uma Tese 2. Joo Guimares Rosa Cartas a William Agel de Mello 3. Um Povo a Lngua que Fala 4. A Antrtica Aspecto Fsico e Conquista do Territrio 5. Origens da Guerra Fria 6. Dicionrio Eltrico Falante Ilustrado Uma Inveno Brasileira 7. Artigos

VOLUME V - FORTUNA CRTICA VOLUMES VI / XVIII DICIONRIOS1. Dicionrio Latim/Portugus 2. Dicionrio Portugus/Latim 3. Dicionrio Galego/Portugus 4. Dicionrio Portugus/Galego 5. Dicionrio Provenal/Portugus 6. Dicionrio Portugus/Provenal 7. Dicionrio Reto-Romnico/Portugus 8. Dicionrio Portugus/Reto-Romnico 9. Dicionrio Romeno/Portugus 10. Dicionrio Portugus/Romeno 11. Dicionrio Sardo/Portugus 12. Dicionrio Portugus/Sardo 13. Dicionrio Catalo/Portugus 14. Dicionrio Portugus/Catalo

15. Dicionrio Italiano/Portugus 16. Dicionrio Portugus/Italiano 17. Dicionrio Francs/Portugus 18. Dicionrio Portugus/Francs 19. Dicionrio Espanhol/Portugus 20. Dicionrio Portugus/Espanhol 21. Dicionrio Multilnge 22. Dicionrio Geral das Lnguas Romnicas

NDICEApresentao ...................................................................................................................... 7 Abreviaturas ..................................................................................................................... 23 Francs / Portugus ........................................................................................................... 25 Portugus / Francs ......................................................................................................... 259 Sardo / Portugus .......................................................................................................... 475 Portugus / Sardo ........................................................................................................... 559 Provenal / Portugus ..................................................................................................... 643 Portugus / Provenal ..................................................................................................... 697 Italiano / Portugus ......................................................................................................... 743 Portugus / Italiano .......................................................................................................... 805 Espanhol / Portugus ....................................................................................................... 861 Portugus / Espanhol ...................................................................................................... 945

APRESENTAO

7

AS LNGUAS NEOLATINASAs lnguas neolatinas constituem um grupo de lnguas genticas e genealogicamente afins, e que procedem de um tronco comum o latim o qual, por sua vez, se situa entre as lnguas indo-europias, mais propriamente no ramo centum. Inexiste um consenso no que diz respeito classificao das lnguas romnicas. E, quando se pretende a adoo de uma classificao definitiva, logo se estabelece a polmica em matria controvertida. Frederico Diez, (1) na sua monumental Grammatik der romanischen Sprachen, reconhecia o status de seis lnguas latinas: o italiano e o valquio (= romeno), o espanhol e o portugus, o provenal e o francs. Mas o critrio utilizado por Diez, conforme comenta Tagliavini, era fondato su basi non strettamente linguistiche, ma prevalentemente culturali e storiche. (2) Levava em conta apenas as lnguas que haviam atingido determinado grau de desenvolvimento literrio. A classificao de Meyer-Lbke, por outro lado, englobava nove lnguas: romeno, dalmtico, retoromanche (=ladino), italiano, sardo, provenal, francs, espanhol, portugus. Meyer-Lbke negava, pelo exposto, o carter de lngua independente no somente ao catalo, mas tambm ao franco-provenal (3) . O prprio Mestre reconheceu o erro em que havia incorrido com respeito ao catalo, na sua monumental Gramtica das Lnguas Romnicas, (4) considerando o catalo apenas como um dialeto provenal. Entretanto, em 1925, quando publicou Das Katalanische, retificou sua posio. Tagliavini, mesmo reconhecendo os obstculos de uma classificao rgida e sem defeitos, apresenta a seguinte classificao das lnguas novilatinas:a) Romeno b) Dalmtico Italiano Sardo Ladino c) Francs Franco-provenal Provenal (e gasco) Catalo d) Espanhol Portugus Balcano-romano talo-romano

Galo-romano

Ibero-romano

O dalmtico e o catalo ocupam uma posio singular dentro do contexto neolatino. O dalmtico representa, no dizer de Tagliavini, a ponte de passagem entre o balcano-romano e o talo-romano. Embora faa parte integrante do segundo grupo por suas afinidades, no deixa de ser uma continuao do latim oriental, quer pela semelhana com o romeno, quer pelos pontos de contato que mantm com os elementos latinos do albans. O mesmo se pode dizer com relao ao catalo que, classificado no grupo galo-romano, tambm est ligado estreitamente com o ibero-romano, representando a zona intermediria entre os dois grupos. Tendo em vista a dificuldade de se encontrar unanimidade na matria, talvez no fosse demasiado propor uma classificao cujos tpicos ressaltassem a valorizao dos aspectos que se quer pr em evidncia. Assim, as lnguas da famlia neolatina poderiam ser classificadas da seguinte maneira:

8

WILLIAM AGEL DE MELLO / OBRAS COMPLETAS

1. Quanto ao nmero: portugus, espanhol, catalo, provenal, franco-provenal, francs, ladino, sardo, italiano, dalmtico, romeno. 2. Quanto ao grupo a que esto vinculadas: balcnicas, itlicas, glicas, ibricas. 3. Quanto ordem geogrfica (de Oriente para Ocidente): romeno, dalmtico, italiano, sardo, ladino, francs, franco-provenal, provenal, catalo, espanhol, portugus. 4. Quanto ao critrio geogrfico: continentais e peninsulares, orientais e ocidentais. a) Continentais: francs, ladino, franco-provenal, provenal, b) Peninsulares: balcnicas: romeno, itlicas: dalmtico, italiano, sardo, glica: catalo, ibricas: espanhol, portugus, c) Orientais: romeno, dalmtico, italiano, d) Ocidentais: espanhol, portugus, catalo, provenal, franco-provenal, francs, ladino, sardo, 5. Quanto ao critrio filolgico: romeno, italiano, francs, provenal, catalo, espanhol, portugus. 6. Quanto ao critrio glotolgico: romeno, dalmtico, italiano, sardo, ladino, francs, francoprovenal, provenal, catalo, espanhol, portugus. 7. Lnguas intermedirias: dalmtico e catalo. 8. Dialetos que pretendem o status de lngua: galego, moldavo, gasco, etc.

Quanto ao nmero Quanto ao grupo a que esto vinculadas

Balcnicas Itlicas Glicas Ibricas Quanto a ordem geogrfica Quanto ao critrio geogrfico Continentais Peninsulares Orientais Ocidentais Quanto ao critrio filolgico Quanto ao critrio glotolgico Lnguas intermedirias Dialetos que prtendem o status de lngua

APRESENTAO

9

Domnio lingstico 1. Portugus: a) na Europa: Portugal, ilha dos Aores e Madeira, b) na frica: Cabo Verde, Guin, Moambique, Angola, Zanzibar, c) na sia: Macau, Goa, Damo, Malaca, d) na Ocenia: Timor, e) na Amrica: Brasil, f) alguns pontos da Espanha, na fronteira com Portugal: Ermisende, Alamedilha, San Martins de Trevejo, Eljas e Valverde del Fresno, Olivena. 2. Espanhol: a) na Europa: Espanha, b) na frica: Saara Espanhol, c) na Amrica: Amrica Latina (exceto o Brasil e alguns pases da Amrica Central e Caribe), d) na pennsula balcnica, mormente Salnica, falado pelos judeus espanhis (sefardim), com caractersticas marcadamente arcaicas. 3. Catalo: a) territrio continental espanhol (na Catalunha: provncias de Barcelona, Tarragona, Gerona e Lrida), b) nas ilhas Baleares, c) no Principado de Andorra, onde a lngua oficial, d) no Departamento francs dos Pireneus Orientais, no Roussillon, Catalunha francesa, e) na cidade de Alguer (Alghero), localizada na parte ocidental da ilha da Sardenha. 4. Provenal: No Sul da Frana. So cinco os grupos de dialetos provenais: a) grupo provenal (ou meio-provenal) de Agen a Nice, b) grupo languedociano-guins, c) grupo aquitano, d) grupo auverniano-limosino, e) grupo alpino-delfins. 5. Franco-Provenal: Nos altos vales alpinos italianos, desde o Grande So Bernardo at os afluentes do P, na Sua Romanda, e na Frana Meridional (no Sul dos Departamentos do Doubs e do Jura, nos Departamento do Ain, do Rdano, e do Loira, no Norte do Dione, no Isre, na Sabia e Alta-Sabia. difcil estabelecer os limites precisos do franco-provenal, principalmente medida que se avana para o norte. Mais difcil ainda traar uma linha divisria rigorosa entre o franco-provenal e o provenal. 6. Francs Lngua oficial da Frana, o francs em determinado momento histrico desempenhou o papel de lngua universal, a par do que est acontecendo com o ingls atualmente. Foi a lngua diplomtica at durante muito tempo, e gozou de um prestgio cultural sem par, constituindo-se mesmo em segunda lngua dos intelectuais e artistas de todo o mundo. O mundo francofnico composto dos seguintes pases: Arglia, Blgica, Benin, Burndi, Camboja, Camares, Canad, Comores, Djibti, Repblica Centrafricana, Costa do Marfim, Frana, Gabo, Guadalupe, Giana, Haiti, Alto Volta, Laos, Lbano, Luxemburgo, Madagscar, Mali, Marrocos, Martinica, Maurcio, Mauritnia, Mnaco, Nger, Nova Calednia, Vanutu, Polinsia, Reunio, Ruanda, Sria, Senegal, Seychelles, Sua, Chade, Togo, Vietn, Congo Kinshasa, Congo Brazavile, Guin. 7. Dalmtico Idioma extinto, seu domnio se estendia na regio litornea do Adritico, na Dalmcia, de Veglia a Ragusa. Foi perdendo terreno gradativamente para o eslavo e, em menor escala, para o albans, no sul. Alm disso, a influncia vneta se fez sentir de maneira avassaladora, contribuindo

10

WILLIAM AGEL DE MELLO / OBRAS COMPLETAS

para que o dalmtico ficasse reduzido a verdadeiras ilhas lingsticas. As novas geraes descuraram por completo do aprendizado da lngua romnica. O ltimo conhecedor do antigo velhoto, Antnio Udina, o Burbur, morreu vtima de uma exploso de dinamite numa mina, em 10 de junho de 1898, com 77 anos de idade. 8. Reto-romnico ou rtico Falado no canto dos Grises, na Sua e no Tirol (ustria e Itlia) e no Friul (Itlia). At os primrdios do sculo XIX foi tambm empregado em parte na stria. Nos Grises h quatro variedades, cada uma englobando vrios dialetos: a) o romanche engadins ou ladino, com os dialetos da Haute e Basse-Engadine e do vale Mstair, b) o romanche renano: o sursilvan (vale do Reno anterior), o sutsilvan (Schams, Domlescheg) e o surmiran (Oberhalbstein, Unterhalbstein, Bergn-Filisur). Em 20 de fevereiro de 1938, o reto-romnico foi reconhecido oficialmente como a quarta lngua da Confederao Helvtica. (5) 9. Sardo Falado na Sardenha. uma lngua de tipo arcaico, e a que mais se assemelha ao latim entre todas as lnguas romnicas. Subdivide-se em quatro variedades dialetais principais: a) logudors, falado em Logudoro, b) campidans, no Campidano, c) galurs, na Galura, d) sassars, em Sssari. (6) O logudors o mais representativo porque, durante muito tempo, foi usado como uma espcie de vulgar ilustre por poetas e escritores sardos. Giovanni Campus, citado por Tagliavini, enfoca trs variedades do logudors: a) variedade meridional (Noro), (7) b) variedade central (Bonorva), c) variedade setentrional (Ozieri). 10. Italiano: falado nas seguintes regies: a) na Repblica Italiana, b) na Repblica de San Marino, c) no Vaticano, d) na Sua Italiana (canto Ticino e os quatro vales: Calanca, Mesocco ou Mesalcino, Bregaglia e Poschiano no canto dos Grises), e) na Crsega, f) na Veneza Giulia e na stria, sob o domnio poltico iugoslavo a partir da Segunda Guerra Mundial, g) nos principais centros da costa dlmata, h) em alguns pontos de Nice, i) em parte do Principado de Mnaco, j) em Malta, como uma espcie de lngua de cultura. de notar que a Itlia um pas de emigrao por excelncia, e h vrios ncleos de cultura italiana espalhados no mundo, principalmente nos Estados Unidos, na Argentina, no Brasil. 11. Romeno: Subdivide-se em quatro principais dialetos: a) daco-romeno, falado na Romnia, Bessarbia e parte de Bucovina, parte do Banato (pertencente Iugoslvia), em alguns pontos da Hungria e da Bulgria, O daco-romeno, por sua vez, subdivide-se em vrias variedades dialetais, b) mcedo-romeno (ou aromeno), falado em vrios pontos da pennsula balcnica: na Albnia, na Iugoslvia, na Grcia, na Bulgria, c) megleno-romeno (ou meglentico), falado em parte de Salonica, na sia Menor, em Dobrgia e Nanta,

APRESENTAO

11

d) istro-romeno, falado em pontos da stria, e nas vizinhanas do monte Maggiore, perto de Fiume. 12. Galego Em determinado momento histrico, o galego e o portugus atuais constituram uma unidade lingstica: o galaico-portugus, ou galego-portugus. Entretanto, em meados do sculo XIV desmembraram-se um outro, seguindo seu curso natural separadamente. Em seu perodo de apogeu, o galego foi a lngua convencional da lrica cortes na Galiza e tambm em Castela. Colocado sob a rbita poltica da Espanha, o galego sofreu uma verdadeira invaso de castelhanismos, no lxico, que substituram vocbulos legitimamente galegos. Por outro lado, o espanhol, lngua oficial, teve seu prestgio grandemente aumentado, como representante de uma cultura superior, e tambm pelo fato de a Espanha ter sido uma das naes mais poderosas em determinada poca. O galego passou por uma fase de decadncia e obscurantismo, e no curso dos sculos XVI, XVII e XVIII rarssimas vezes era empregado em documentos legais. O Padre Sarmiento (Estudio sobre el Origen y Formacin de la Lengua Gallega, pgina 43) queixava-se da falta de interesse pelo estudo do galego:... Pero qun querra dedicarse a este trabajo? Ninguno que no sea gallego jams pensar em tal cosa, juzgndola intil y rida. Los gallegos que salen fuera del reino estn en la posicin de hacer estudio en olvidar su lengua, y los que siempre viven y han vivido en l jams han pensado en eso: de ah viene el que hasta ahora no he visto una hoja siqueira en que se trate del idioma gallego, ni menos un pequeo Diccionario de sus voces. (8)

A influncia da lngua castelhana sobre o galego ainda continua constante e ininterruptamente. Como diz William J. Entwistle (As Lnguas da Espanha: Castelhano, Catalo, Vasco e GalegoPortugus): A estrada de ferro aproximou a regio de Madri, e com isso aumentou a demanda de uma lngua de maior utilidade que a local. As cidades maiores (Vigo, La Corua, Santiago, Lugo) so centros de castelhanizao, parte de albergar pequenos grupos dedicados ao culto da lngua, e o ensino em espanhol. (9) A fragmentao dialetal mais a penetrao macia do espanhol induziram pluralidade vocabular para expresso dos pensamentos, ou seja, as diversas grafias de que se reveste, por vezes, o mesmo vocbulo em galego. Exemplificando com os seguintes substantivos: igreja, vero, abutre e arame. Igrexa, egrexa, ilesia, eigrexa, eirexa, bern, berao, berau, bran, brao, brau, butere, boutre, brute, bruite, abutre, arame, alame, alamio, arambre, arme, aramio. Como o galego est imprensado entre o portugus e o espanhol, a ortografia reflete a tendncia ora para uma ora para outra lngua. Podem ser catalogados vocbulos tais como nascemento e nacemento, cuja procedncia grfica denota influncia do portu-gus e do espanhol, respectivamente. (10) bvio que, desmembrado do portugus, palavras como saudade e mgua, o infinito pessoal, determinadas frases idiomticas tm o mesmo significado em ambos. Entretanto, algumas palavras h de rara beleza, altamente expressivas, que traduzem uma realidade com os prprios meios, e que no encontram paralelo na lngua de que se desprendeu. Eis uma contribuio do galego. Outra particularidade tem o galego:...y es que no tiene voz ninguna morisca, pues aunque los moros han hecho sus irrupciones en Galicia, jams hicieron pie fijo en ella, ni hubo all jams prncipe alguno o reyzuelo mahometano. No goza la lengua castellana de este privilegio, si bien el castellano muy antiguo estuvo tan limpio como el idioma gallego, pero despus de las conquistas se llen de voces moriscas o arbigas. (11)

O gasco, de arraigado conservadorismo morfolgico, tem caractersticas prprias, principalmente levando-se em conta os seus substratos ibricos que o distinguem sobremaneira dos dialetos de tipo provenal. Tanto verdade que nas Leys damor se l: Apelam lengatge estranh coma frances, engles, espanhol, gasco, lombard. Por outro lado, mantm pontos de contato com o catalo e o aragons. O moldvio considerado pelos lingistas soviticos, entre os quais se incluem m. Sergievskij, como uma unidade parte, independente do romeno. falado por cerca de trs milhes de indivduos no territrio da Repblica Sovitica Socialista Moldava, no distrito moldvio de Kirovograd e em certas localidades da Ucrnia. escrito com alfabeto cirlico.

12

WILLIAM AGEL DE MELLO / OBRAS COMPLETAS

O estdio atual da lexicografia romnica O balano geral da lexicografia romnica, tomada como um todo, assinala um deficit surpreendente, de fato, se excluirmos as principais lnguas, as outras carecem de representatividade altura neste setor. Pode-se dizer que a lexicografia, no campo romnico, no acompanhou o progresso das pesquisas lingsticas verificadas em outras reas. O portugus ocupa uma posio singular, a mais privilegiada de todas as lnguas romnicas, a nica que se comunica diretamente com todas (com excluso do dalmtico e do franco-provenal, desguarnecidas totalmente de dicionrios). A consecuo da obra (dicionrios portugus-lnguas romnicas-portugus) custou ao autor, que trabalhou isoladamente todo o tempo, 22 anos de ingentes esforos dirios literalmente ininterruptos. Persistncia, idealismo, obstinao serviram de guias seguros para que o autor atingisse o objetivo proposto. Os referidos dicionrios, bastante incompletos, foroso admiti-lo, at mesmo pelas prprias limitaes bibliogrficas e de natureza vria, pelo menos tiveram o mrito de, alguns deles, serem os primeiros no gnero, em toda a literatura romnica mundial. Outros foram pioneiros em lngua portuguesa. Para a elaborao dos referidos dicionrios, lanou mo da bibliografia especializada, alm das pesquisas lingsticas in loco, percorrendo as diversas regies dos pases visitados para ter uma idia de conjunto das modalidades regionais, o que lhe proporcionou um conhecimento mais apurado do esprito das lnguas examinadas. Os vocbulos recolhidos foram objeto de acurada anlise, a fim de propiciar aos dicionrios bilnges correspondentes exatos para cada termo. Infelizmente, no foi possvel uma pesquisa que contemplasse uma listagem alfabtica de freqncia vocabular, limitao imposta pelo menos em parte pelas fontes consultadas. Por essas e outras razes, a responsabilidade de fazer os dicio-nrios completos, cuja necessidade premente o estudo das lnguas romnicas est a exigir, deveria recair sobre um grupo transnacional de lexicgrafos especializados, sob os auspcios dos governos das naes interessadas, ou de organismos internacionais para se levar a bom termo o objetivo comum. de todo inadmissvel que, at hoje, no se tenha feito uma obra completa sobre o assunto, no s por causa da afinidade histrico-lingstica dos idiomas em foco, como tambm pela considervel importncia da lexicografia nos ltimos tempos. Finalmente, possam estes dicionrios portugus-lnguas romnicas-portugus servir de algum subsdio e estmulo para o estudo comparativo das lnguas romnicas. So as seguintes as contribuies de lavra brasileira, que vie-ram preencher uma importante lacuna dentro do campo da lexicografia romnica. Dicionrios: Portugus Romeno (12) Romeno Portugus Portugus Galego Galego Portugus Portugus Sardo Sardo Portugus Portugus Reto-Romnico (ladino) (13) Reto-Romnico (ladino) Portugus Portugus Provenal Provenal Portugus Portugus Galego Catalo Portugus Dicionrio multilinge (ingls, francs, italiano, espanhol, portugus) Dicionrio Geral das Lnguas Romnicas.

Os textos mais antigos das lnguas romnicas I Francs O mais antigo documento contnuo constitudo pelos clebres juramentos de Estrasburgo, de meados do sculo IX, vazado em vulgar romance. Refere-se a um pacto entre Lus, o Germnico, e Carlos, o Calvo, contra o irmo Lotrio, filhos de Lus, o Piedoso. O pacto, celebrado nas cercanias de Estrasburgo, aps a batalha de Fontenoy-en-Puisaye (25/6/84) resultou na paz de Verdun imposta manu militari ao irmo dissidente.

APRESENTAO

13

Lus, o Germnico, era soberano da parte oriental do Imprio franco (de domnio lingstico alemo) e Carlos, o Calvo, da parte ocidental (de domnio lingstico galo-romance). Durante a cerimnia de prestao de juramento, ficou assentado que Lus utilizaria o idioma francs em sua alocuo, e Carlos, o alemo. (Os chefes dos exrcitos respectivos, entretanto, prestaram juramento em sua prpria lngua.) A reproduo dos textos consta da Histria de Nitardo, primo dos reis adversrios, e testemunha ocular dos acontecimentos. Seguem, na ntegra, os juramentos de Estraburgo:... Cumque Karolus haec eadem uerba romana lingua perorasset, Lodhuuicus, quoniam maior natu erat, prior haec deinde se seruaturum testatus est: Pro Deo amur et pro cristian poblo et nostro commun saluament, dist di in auant, in quant Deus sauir et podir me dunat, si saluarai eo cist meon fradre Karlo, et in a(d)iudha et in cadhuna cosa, si cum om per dreit son fradra saluar dift, in o quid il mi altresi fazet, et ab Ludher nul plaid nunquam prindrai qui, meon uol, cist meon fradre Karle in damno sit. Quod cum Lodhuuicus explesset, Karolus teudisca lingua sic haec eadem uerba testatus est: In Godes minna ind in thes cristianes folches ind unser bedhero gehaltnissi, fon thesemo dage frammordes, so fram so mir Got gewizci indi mahd furgibit, so hald ih thesan minan bruodher, soso man mit rehtu sinan bruher scal, in thiu thaz er mig so sama duo, indi mit Ludheren in nohheiniu thing ne gegango, the, minan willon, imo ce scadhen uuerdhen. Sacramentum autem quod utrorumque populus quique propria lingua testatus est, romana lingua sic se habet: Si Lodhuuigs sagrament, que son fradre Karlo iurat, conseruat, et Karlus, meos sendra, de suo part non los tanit, si io returnar non lint pois, ne io ne neuls cui eo returnar int pois, in nulla aiudha contra Lodhuuig nun li iu er. Teudisca autem lingua: Oba Karl then eid, then er sinemo bruodher Ludhuuige gesuor geleistit, indi Ludhuuig, min herro, then er imo gesuor forbrihchit, ob ih inan es irwenden ne mag, noh thero nohhein, then ih es inwenden mag, uuidhar Karle imo ce follusti ne uuirdhit.

Quanto exegese da interpretao dos textos, na parte relativa linguagem, ponto pacfico que o dialeto empregado para a redao do texto da representao alem foi uma das variedades do franco renano. Entretanto, a identificao do dialeto da parte francesa apresenta uma srie de dificuldades, e apesar de vrias hipteses aventadas por especialistas na matria, no foi possvel chegar a uma concluso definitiva sobre o assunto. O dialeto seria de procedncia setentrional (Picardia), ou de sudoeste (pictavino), ou de sudeste (franco-provenal)? A questo resta inconclusiva... A Seqncia de Santa Eullia Trata-se de uma composio de cunho religioso, composta de 29 versos. Foi descoberta por Fallersleben em princpios do sculo XIX, na Biblioteca do convento beneditino de Saint-Amand e trasladado em 1791 para a biblioteca de Valenciennes, onde se mantm num cdice. No se pode fixar com preciso a data de sua composio. Mas h um dado muito importante que lana luzes sobre a matria. Trata-se de uma poesia alem (14) que consta do manuscrito de Valenciennes, em honra de Lus III, da Frana, cujo tema exalta a vitria sobre os normandos na batalha de Saucourt, em 3 de agosto de 881. Provavelmente, a Seqncia de Santa Eullia teria sido escrita por algum frade do monastrio de Saint-Amand, lugar de sua origem geogrfica. Eis a reproduo de parte do texto, de importncia inestimvel:Buona pulcella fut Eulalia, bel auret corps, bellezour anima. Uoldrent la ueintre li Deo inimi, uoldrent la faire diaule seruir. Elle non eskoltet les mals conselliers, quelle Deo raneiet chi maent sus en ciel, Ne por or ne ned argent ne paramenz, por manatce regiel ne preiement, Niule cose non la pouret omque pleier la polle sempre non amast lo Deo menestier...

Continuam a aparecer textos literrios em pocas subseqentes, podendo-se mencionar, entre os mais antigos, a Paixo de Cristo e a Vida de So Lodegrio (Vie de Saint Lger), cuja poca de composio aproximada o ano 1000, e cuja linguagem denota forte influncia da lngua doc. Posteriormente, no final do sculo XI, vem luz a clebre Chanson de Roland, poema pico de autor annimo, obra-prima das canes de gesta da literatura francesa. H duas verses da Chanson de Roland: a anglo-normanda e a franco-italiana.

14

WILLIAM AGEL DE MELLO / OBRAS COMPLETAS

Tagliavini coteja alguns versos em ambas as verses. (15)Rollan messo lolifant a sa boce. Impini il ben, per gran vert lo toce, Grand quindes leugue la vox contra responde, arlo lolde et ses compagnon stretute. o dis li roi: Batailla fa nostri home! Et Gainelon responde a lo incontre: Se un altro lo disesse, el semblaria menogne! Rollant ad mis lolifan a sa buche, Empeint le ben, par grant vertut le sunet. Halt sunt li pui e la voiz est mult lunge, Karles lot et ses cumpaignes tutes. o dit li reis: Bataille funt nostre hume! E Guenelun li respundit encuntre Saltrel desist, ia semblast grand menunge.

Pela escassez de dados, invivel reconstruir a lngua em que foram vazados os textos no original. De todas as formas, o veculo de expresso utilizado foi o francs literrio. A fim de dar uma idia do grande poema pico, transcrevemos a seguir alguns trechos do captulo CXXXIV.Li quens Rollant par peine et par ahans, Par grant dulor sunet sun olifan. Par mi la buche en salt fors li cler sancs, De sun cervel le temple en est rumpant. Del corn quil tient loe en est mult grant: Karles lentend ki est as porz passant, Naimes li duc lood, si lescultent li Franc. Ce dist li reis: Jo oi le corn Rollant! Unc nel sunat, se ne fust cumbatant. Guenes respont: De bataille est il nient. Ja estes veilz et fluriz et blancs, Par tels paroles vus resemblez enfant, Asez savez le grant orgoill Rollant1. Co est merveille que Deus le soefret tant: Ja prist il Noples seinz le vostre comant. Fors sen eissirent li Sarrazins dedenz, Sis cumbatirent al bon vassal Rollant. Puis od les ewes lavat les prez del sanc. Pur cel le fist, ne fust [ap]arissant. Pur un sul levre vait tute jur cornant. Devant ses pers voit il ore gabant. Suz cel nad gent ki losast querre en champ. Gar chevalcez, pur qualez arestant? Tere Major mult est loinz ca devant.

II Franco-provenal No chegou a produzir uma literatura digna de nota, notadamente por causa da importncia do francs, que exerceu forte presso cultural no territrio lingstico franco-provenal. Na Sabia, os dialetos locais foram obnubilados pelo latim, pelos menos durante certo tempo. No sculo XI, h a registrar um fragmento de um poema sobre Alexandre Magno, encontrado em um manuscrito da Biblioteca Laurenciana de Florena no sculo passado. Traduzido na Idade Mdia pelo proco Lamprecht, o qual atribua ao frade Alberico de Bensanon a autoria do poema. Mas prevalecem muitas dvidas a respeito, inclusive de ordem lingstica. H outros documentos, de escasso valor literrio, mas de grande importncia para o estudo da lngua: a Lista dos Vassalos do Conde de Forez (sculo XIII), uma ata jurdica de Neuchtel (1265), um documento sobre a administrao dos condes de Vienne (1276), etc. Entre os textos literrios mais antigos encontram-se os seguintes: Lenda de So Bartolomeu

APRESENTAO

15

(sculo XIII) em dialeto lions, La Vieille Lavandire de Grenoble (sculo XVI) e Lo Banquet de la Faye, da mesma poca, ambos atribudos a Laurent de Brianon, a Chanson de lEscalade de Genve (sculo XVII), etc. Um extrato de Chanson de lEscalade de Genve:On vo dera quetai cela canaille. Lou Savoyar contre noutra mouraille Trai eitiell on dressia et plianta, Et par iqu dou san y son monta. Etian antra, veniron u courdegarda, Yo i firon onna ruda montada. Is avion tenaill et mart Qutivon fai avoi du boun aci.

III Provenal Os documentos mais antigos referem-se aos juramentos de fidelidade: do castelo de Lautrec (985 e 989), de Guilherme IV de Montpellier (1059) e da abadia de Lerins. Merece referncia especial o documento de Rodez, o primeiro escrito no gnero em sua totalidade em vulgar provenal, com data de 1102. Abaixo discriminado, um excerto do referido documento.In nomine Domini nostri Iesu Christi. Carta que fecit facere Ademaro Odo de tota sua honore... Tota equesta honor quaissi es scripja quAdemars Odt et tota laltra que scripja no es quAdemars , los feusals et las aventuras e las domengaduras ca ni avenir li devo, assi con aquesta honres scripja es tota ni clerches legir la i pot, assi la dona Ademars Odt a Willemma se filla vocatda, ed at Arnal, fil de Chidenelz, et al(z) efanz cArnalz de Guillema aura, essez doas versanas que gadanet de Ramun Passarode...

Outro documento de valor incomensurvel e que constitui a atestao literria mais remota do Provenal o Boecis, ou Poema de Bocio, do qual restou um fragmento de 257 decasslabos, escrito por volta do ano 1000, em lemosino. A amostra apresentada a seguinte:Donz fo Boecis, corps ag [e] bo e pr[s]. cui tan amet Torquator Mallios. De sapiencia no fo trop nuallos, tant en retenc que de tt non fo blos. Tan bo esemple en laiset entre nos, no cuid que Roma om de so saber fos. Coms fo de Roma, e ac ta gran ualor Aprob Mallio, lo rei emperador: el eral meler de tota la onor. de tot lemperil tenien per senor. Mas duna causa u nom auia genzor: de sapiencia lapellauen doctor.

Outro texto pertencente fase arcaica da lngua refere-se traduo dos captulos 13-17 do Evangelho de So Joo, que remonta provavelmente ao sculo XI. O referido texto est preservado em um manuscrito do British Museum.XIII, 1. Avn lo da festl della Psca saba lo Salvdre que la sa ra v que traspsse danqust mn au per. Cum agus amt los ss chi ren el mn, en la f los amt. 2. E fcha la cna, cum dibles ja agus ms eu cr que Jdas lo tras. 3. sabens que lo per li donth ttas chusas a sas ms e que de Du eissit he a Du vi. 4. lva de la cna e pusa sos vestimns. E cum ac prsa la lala, preceis sn. 5 Daqui aprs ms liga en la cncha e enquth a lavr los ps dus disciples e estrzer ab la talia de que ra cins. 6. Dunc vnc a sin Pire, e diss li Pir: Dm, tu me lvas los ps?. 7 Respondt li Jess e diss li: Zo que eu fz, tu no sbs ara, mas pis o sabrs. 8. Diss li Pir: Ja no m lavars los ps. Respondet li Jess: Si u nl lavari, non aurs prt ab m. 9. Diss li Pir: Dm, no solamn los ps, mas neps las ms e lo chp. 10. Diss li Jess: Cll chi es lavt non a besin que lu mas los ps, mas toz s nptes. E voz esz npte, mas no tih.

16

WILLIAM AGEL DE MELLO / OBRAS COMPLETAS

Dos sculos XI e XII aportaram duas poesias de cunho religioso, preservadas em um manuscrito da Bibliothque Nationale de Paris. Os textos continuam a aparecer, mas com a poesia trovadoresca, inaugurada por Guilherme IX, duque de Aquitnia, que atinge o pice a literatura provenal, e que sabidamente exerceu grande influncia nas cortes da Europa. Seus mais ilustres representantes so: Arnaut Daniel, Bernart de Ventadorn, Marcabru, Guiraut de Borneilh, Bertran de Born, Rimbaut de Vaqueiras, etc. Entretanto, aps a fase trovadoresca, a literatura provenal passou por um longo perodo de obscurantismo e decadncia. Somente no sculo passado, sob a gide da sociedade Flibrige, que se criou um movimento destinado a restaurar a lngua como instrumento de uma literatura expressiva, cuja frente se encontravam os seguintes poetas: Roumanille, Aubanel e Mistral, que utilizavam dialetos de suas prprias regies. O francs tem exercido, continuamente, forte presso, at mesmo contra os redutos mais conservadores do provenal, e foi uma das causas, se no a principal, da decadncia da lngua. IV Gasco So muito escassos os documentos referentes fase inicial. H um descort da autoria de Raimbaut de Vaqueiras, do final do sculo XII, escrito em vrias lnguas, inclusive em Gasco:Dauna, io mi rent a bos, Coar sotz la mes bone bera, qanc hos, e gaillarde pros, Ab que no.m hossetz tan hera. Mout abetz beras haissos e color hresque noera. Boste son, e sibs agos nom destrengora hiera.

No que tange prosa, consta o registro das atas da commanderie du Temple de Montsauns, contidos em pergaminhos depositados no arquivo de Toulouse. A ata mais antiga datada de setembro de 1179. Segue a amostra de um trecho:Sciendum quod Gilem de Codz empena totz los dreitz que en la dezma de la Puiola auie els que auier ideuie, de la font deirer la borda entro a Montsalnes, an Gilem de la Gairiga, qui comanair era al die, e als alters frais de la mason de Montsalnes, per VIII. sol., daqera martror en V. ans...

Conservados num manuscrito da Biblioteca de Madrid encontram-se os textos em gasco da traduo da Disciplina clericalis, de Pedro Alfonso. Igualmente dignos de meno so os textos gasces do Livro de Ouro de Baiona. V Catalo O provenal exerceu grande influncia sobre a poesia catal em seus primrdios, no s pelo prestgio da lngua na poca como tambm pelo estreitamento de relaes polticas que adveio da unio matrimonial de Berenguer III, conde de Barcelona, com Dolcia ou Dolcetta, herdeira do condado de Provena. Entre os trovadores catales mais representativos da poca, e que utilizaram o idioma provenal como instrumento de expresso artstica, sobressaem os seguintes: Raimon Vidal de Besal, Guerau de Cabrera, etc. Mas foi com Ramon Llull (1235-1315) que tanto a poesia quanto a prosa passaram para um plano superior, com personalidade prpria, independentes do Provenal. O primeiro texto em prosa escrito em catalo um fragmento de um livro de homlias da igreja de Organy, da diocese de Urgel (Urgell), cujo perodo de composio remonta ao incio do sculo XIII ou final do sculo XII. Uma breve amostra do texto:Dominica in LX-a. In illo tempore, cum turba plurima convenirent et de civitatibus properarent ad Iesum, dixit per similitudinem: Exit qui seminat seminare semen suum. Seinor, nostre Seinor dix aquesta paraula per semblant, et el esposa per si el ex. Aquel qui ix seminar la sua sement, e dementre que semenava, la sua sement cadeg prob de la via e fo calzigad, e.ls ocels del ciel mengaren aquela sement: Aquest seminador dix nostre Seinor que son los maestres de senteglesia, [la sement e] la predicacio de Iesu Crist.

APRESENTAO

17

Los auzels del cel qui mengaren aquela son los diables qui tolen la paraula de Deu de coratge dom per mal e peccatz e per males obres. Et aliut cecidit super petram et natum aruit, quia non habebat humorem. Aquela sement qui cadeg sobre la pedra fo seca per zo car no i avia humor, demostra la paraula de Deu qui cad el cor del om e ven diable e la tol del cor per zo qur no a humor de caritad en si...

VI Espanhol Os documentos mais antigos referem-se s Glosas Emilianenses e Glosas Silenses, do sculo X, de carter hbrido (latino-espanhol). As primeiras provm do mosteiro de San Millan de la Cogolla (Logronho) e esto depositadas na Biblioteca da Academia de Histria de Madri. As segundas, inseridas num manuscrito do mosteiro de Santo Domingo de Silos (Castela), esto conservados na Biblioteca do Bristh Museum. Cronologicamente, o documento mais antigo em romance vulgar, e escrito em dialeto leons, uma lista de gastos elaborada pelo despenseiro do convento de San Justo e Pastor de Rozulea, provavelmente de 980. Merecem referncia especial as composies lricas em rabe e em hebraico, de autoria de poetas hispano-rabes e hispano-hebraicos. No sculo XII surge a obra-prima da poesia pica castelhana: o Cantar de Mio Cid, de autor annimo, escrito na provncia de Sria em dialeto castelhano, com algumas influncias aragonesas. O magno poema, copiado em 1307 por Pedro Abad, s se tornou conhecido em 1779, quando foi publicado por Toms Antnio Snchez (Coleccin de Poesas Antiguas Castellanas). O Cantar de Mio Cid divide-se em trs Cantos: Cantar del Destierro, Cantar de las Bodas, e Cantar de Corpes. O nome Cid provm do rabe e significa senhor, chefe. O poema exalta as faanhas hericas de Rodrigo Das de Vivar, o Cid Campeador, vencedor de mouros. Composto por volta de 1140, o primeiro monumento das literaturas ibricas, com 3735 versos. Sirva de amostra o seguinte trecho:Todos son adobados quando mio id esto ovo fablado, Las armas avin presas e sedin sobre los cavallos. Vi[di]eron la cuesta yuso la fuera de los francos, al fondn de la cuesta, erca es dellao, mandlos ferir mio id, el que en buen ora nasco

VIII Ladino O documento mais antigo genuinamente ladino um fragmento de um sermo, de incio do sculo XII, com traduo interlinear latina. O texto em ladino o seguinte:Afunda nos des time tres causas, kare frares, per aquilla tuttlo seulo perdudo, aquil is gurdus et quil homo mopotesille et arcullus, ki fai diabulus per aquillas tres causas ille primaris homo cannao. Si plaida ille diauolus: in quali die quo uo manducado de quil linas, si uene sua uirtu fos ouli. Nus timuno semper aquillas tres periuras causas, sicu ueni Adam perdudus intins inferno, ne no ueniamo si perdudi. Prendamus ieiunia contra quilla curda, prendamus umilanz[a] contra contenia. Aquill a sauir , ki nus a christiani ueni[mo n]o-minai. Angeli Dei aquill auem nos wardadura si quil sipse Salvator dis: ueridade dico vos aquill illi angeli...

A literatura propriamente dita comea bem mais tarde com Gian Travers (1483-1563), de cunho religioso. Sua obra mais representativa a Canzun de la guerra dalg Chiast dMusch, escrita em dialeto da Alta Engadina, cujos versos iniciais so os seguintes:Dalg tschiel e terra omnipotaint Dieu dom gratzchia da cumplir lg perpest mieu, Da te scodnn oera dss gnir cumanzeda, Per havair bun metz et meildra glivreda. Avaunt me he eau piglio da quinter Quaunt la guerra nas ho duos ans do da fer, A la praisa dalg Chiast da Clavenna velg cumanzer, Et sainza dubbi la pura vardaet ser

Outro autor digno de meno Jachim Bifrum, que traduziu para o reto-romnico o Novo Testamento, obra publicada em 1560, e de grande importncia para o estudo da lngua na poca.

18

WILLIAM AGEL DE MELLO / OBRAS COMPLETAS

Como o antecessor, escrevia em dialeto caracterstico da Alta Engadina.Et dis a ses discipuls: Vos cour nu sdaia conturblr. Vus craiais in dieu, crai er in m. 2. In la chiesa da mes bab sun bgierras maschuns. Che schi fs otergin schi haues eau dit uus. eau uing parderschr uus n loe. 3. Mu scheau min uing parderschr uus un loe, schi tuorn eau darchio prender uus tiers m, che innua cheau 4. uing, uus sappias, et sappias la uia. 5. Thomas dis agli: Signer nus nu sauain innua che t uaes, et co pudains sauair la uia? 6. Iesus dis agli: Eau sun la via, et la uardaet, el la uitta. Vngin nu uain tiers lg bab, upoeia che saia trs m. 7. Schi uus hauesses cunschieu me, schi hauesses schert cunschieu er ms bab. Et huossa cunschais el, et hauais uis aqul. 8. Philippus dis agli: Signer amuossa a nus lg bab schi hauains auuonda.

Os primeiros textos em dialeto da regio da Sobresselva aparecem em princpios do sculo XVIII, com Gion Antoni Calvenzan, Steffan e Luci Gabriel. No que concerne ao ladino central, no h testemunhos literrios no perodo arcaico. O documento mais antigo de que se tem notcias um registro pastoral de Laces, em Val Venosta, do sculo XIV. Mas o referido texto se perdeu, e sobraram apenas algumas frases. Em rigor, somente no sculo XVIII que se encontram as primeiras manifestaes escritas do ladino central. Em compensao, no que se refere ao Friul (parte oriental), h uma literatura relativamente expressiva. O texto friulano mais antigo remonta ao sulo XIII: um registro de Cividade. No terreno da poesia, a mais antiga a Piru my do inculurit, de 1380, cuja primeira estrofe a seguinte:Piru my do inculurit quant yo chi vyot dut stoy ardit, Per vo mi ven tant ardiment e s fur soy di grant vigor chio no crot fa dipartiment mai del to do lial amor per manao ni per timor i chu nul si metto a strit. Piru myo do...

VII Portugus e galego Como foi salientado anteriormente, em seus primrdios o galego e o portugus constituam uma unidade lingstica. Eis um testemunho em vulgar, datado de 1193:In Christi nomine, Amen. Eu Eluira Sanchiz offeyro o meu corpo s virtudes de Sam Saluador do moensteyro de Vayram, e offeyro cono meu corpo todo o herdamento que eu ey en Centegus e as tres quartas do padroadigo dessa eygleyga e todo hu herdamento de Crexemil, assi us das sestas como todo u outro herdamento: que u aia u moensteyro de Vayram por en saecula saeculorum Amem.

Bastante fecunda foi a lrica galaico-portuguesa, cujos textos esto conservados em vrios cancioneiros (do Vaticano, Colloci Brancuti, da Ajuda, etc.). Eis uma poesia caracterstica da poca, da autoria do rei Dom Denis, um dos mais ilustres representantes do movimento:Senhor fremosa e de mui louo coraom, e querede-vos doer de mi, pecador, que vos sei querer melhor ca mi, pero so certo que mi queredes peior doutra rem, pero, senhor, quero-vos eu tal bem. Qual maior poss, e o mais encoberto que eu posso, e sei de Brancafrol que lhi nom ouve Flores tal amor qual vos eu ei, e pero so certo que mi queredes peior doutra rem, pero, senhor, quero-vos eu tal bem Qual maior poss , e o mui namorado

APRESENTAO

19

Tristam sei bem que nom amou Iseu quanteu vos amo, esto certo sei eu, e con todesto sei, mao pecado! que mi queredes peior doutra rem, pero, senhor, quero-vos eu tal bem Qual maior poss, e todaquestavem a mim, coitad e que perdi o sem.

IX Sardo So abundantes os textos antigos em vulgar. H um documento muito interessante, datado de 1080-1085, redigido em logodurs, e preservado no Archivio de Stato de Pisa. Eis a reproduo na ntegra.In nomine Domini amen. Ego iudice Mariano de Lacon fazo ista carta ad onore de omnes homines de Pisas pro xu toloneu ci mi pecterunt: e ego donolislu pro ca lis so ego amicu caru e itsos a mimi, ci nullu imperatore ci lu aet potestare istu locu de non (n)apat comiatu de leuarelis toloneu in placitu: de non occidere pisanu ingratis: e ccausa ipsoro ci lis aem leuare ingratis, de facerlis iustitia inperatore ci nce aet exere intu locu. E ccando mi petterum su toloneu, ligatarios ci mi mandarum homines ammicos meos de Pisas, fuit Falceri e Azulinu e Manfridi, ed ego fecindelis carta pro honore de xu piscopu Gelardu e de Ocu Biscomte e de omnes consolos de Pisas: e ffecila pro honore de omnes ammicos meos de Pisas, Guidu de Uabilonia e lLio su frate, Repaldinu e Gelardu, e Iannellu, e Ualduinu, e Bernardu de Conizo, Francardu e Dodimundu e Brunu e rRannuzu, e Uernardu de Garulictu e tTornulu, pro sianta in onore mea ed in aiutoriu de xu locu meu. Custu placitu lis feci per sacramentu ego e domnicellu Petru de Serra, e Gostantine de Azzen e Uoso Ueccesu e Dorgotori de Ussam en Niscoli su frate [e n]-Niscoli de Zor [i e] Mariane de Ussam...

De grande importncia lingstica um documento escrito entre 1089 e 1103, em caracteres gregos, oriundo da igreja de So Saturnino, na diocese de Cagliari, conservado nos Archives Dpartamentales des Bouches-du-Rhne, de Marselha. Documentos de maior extenso so os condaghe, que tratam de assuntos jurdicos. Os mais importantes so os seguintes: condaghe di San Michele di Salvenor, condaghe di San Nicola de Trullas, condaghe de S. Maria di Bonrcado, condaghe di S. Pietro di Silki. Como exemplo, eis um trecho de um condaghe (S. Pietro di Silki):Ego Martinus p[res]b[ite]r et priore de s[an]c[t]u Nichola de Trullas ci ponio in istu codice su cantu nce parai et in donu et in prezu. Camporailli a cComita de Bosobe et assos f[ratres] su saltu de Serra de iugale abe su badu dUras, et dessit totube bia usce apprope dessu bulbare de Formicosu, ube se furcan sas bias, et lebat totube sa bia manca usce a funtana dUlumos et collat totube su ribu usce assu badu ube fuit sa petra ficta, ube iunpan sos de Puzupassaris a cKelemuli, et abe su badu lebat derectu isce ad agitu de ianas, abinde totube bias usce assu ribu siccu, ube parziam de pare cum sos de Azen et falat totube ribu usce assu badu dUras eccludet. et deibilis II iuga de domatos et III caballos curiaces et XVI vaccas et CXXX berbeces. T[estes], donnu Petru de Serra, ci fuit curatore, et Petru Zancis maiore de scolca et Gosantine Capiza et Furatu Icali et Janne Serrenti.

XI Dalmtico So parcos e destitudos de valor literrio os documentos em vulgar. Digno de meno um testamento do sculo X, registrado por Giovanni Lucio (Historia di Dalmazil et in particolare di Tra, Spalato e Sebenico), conforme indica Bartoli (Das Dalmatische). Um inventrio de Ragusa, de 1280, acusa a presena de v-rios elementos dalmticos inseridos no texto. Duas cartas do sculo XIV constituem os mais antigos textos contnuos do dalmtico. A primeira, de 1325, abaixo reproduzida, foi escrita por Todru de Format de Zara, endereada ao honorvel Ser Pon, autoridade de Ragusa, em defesa de seu filho Francisco, a propsito de uma dvida:Al nome de Diu amen, 1397 de lulu. Item anchora facuue e sauiri cheu n uiaiu [che nu iaiu] sichirisi per fortuna in Anchona. Pare me charisimu facuue a sauiri che parun del nauiliu Aligiritu non pagatu del nolu, perch non pot chatar dinari di pagar lu nolu, salu no abudi duhati in pireencia di Polu Dobirovacu. Saldada la raun in pireencia di Polu Dobirovacu, resta-i dar duchati X: pireguue dai tigi. Vostiru fiol Firanchisch saluta in Anchona.

20

WILLIAM AGEL DE MELLO / OBRAS COMPLETAS

A ser Cholane de Fanfona, dada a ara. A segunda, de 1397, escrita por um Francisco de Fanfona, quando se encontrava em ncona, dirigida a seu pai, em Zara. a seguinte, na ntegra:A ser Pon unuriuol canceler de Ragusa, Todru de Format dara saluduui cun oni uostro unur. A mi fo ditu qui lu frar dmaistru Nocola Murar si dimanda rasun nanti la curti de Ragusa contra Franciscu, meu fiol de s.XX de gr li qual auia dat maistru Nicola a Franciscu p. dur li a mi. Undi posu dir cun oni uiritat quil ar frar de maistru Nicola num feo quil diuia e fe vilania a far tal dimandasun a Franciscu: qui plu unur era so di mandar a mi una litera dimandandumi qui e di quili s.XX dgr, quil manda maistru Nicola p. Franciscu, e s-eu nu li auisi ditu la uiritat, pois nu li mancaua a di[man]dar dFranciscu. Ma eu si lu do a sauir a uoi...

X Italiano Cronologicamente, as frmulas de juramento constituem os documentos mais antigos do vulgar: as do placito de Cpua (960), de Teano (963), e de Sessa Aurunca (963). Uma inscrio do sculo IX, encontrada numa catacumba romana de Commodilla, numa cripta em honra de So Flix e Adutto (basilichetta) contm elementos vulgares: Non dicere ille secreta a bboce. Outra inscrio, de fins do sculo XI, da baslica inferior de D. Clemente, aponta mais elementos vulgares.Sisinium: Fili dele pute, traite. Gosmarius: Albertel, trai (Albertellus): Falite dereto colo palo, Carvoncelle. (Sanctus Clemens): Duritiam cordis vestris [in saxa conversa est, et cum saxa deos aestimatis] saxa trahere meruistis.

Podemos citar ainda uma frmula de confisso umbra do sculo XI, da Biblioteca Vallicelliana de Roma, procedente do monastrio de SantEutizio de Norcia.Domine mea culpa. Confessu so ad mesenior Domonideu et ad matdonna sancta Maria et ad san Mychael archangelu et ad san Iohanne Baptista et ad san Petru et Paulu et ad omnes sancti et sancte Dei, de omnia mea culpa et de omnia mea peccata, ket io feci da lu battismu meu usque in ista hora...

Do sculo XII consta o Ritmo laurenciano, da Biblioteca Laurenziana de Florena, oriunda originalmente da parquia de Signa.Salva lo vescovo senato, lo mellior cumque sia na[to], [...] ora fue sagrato tuttalummal cericato. N Fisolaco n Cato non fue si ringratiato El papaha.ll [...-ato] per suo drudo plu privato. Suo gentile vesconvato ben cresciuto e melliorato.

O poeta Raimbaut de Vaqueiras em seu descort multilinge emprega o italiano na segunda copla:Io son quel que ben non aio, ni jamai non laver. ni per april ni per maio,

Da lavra do mesmo autor, seguramente anterior a 1194, h o dilogo bilnge, entre um trovador provenal e uma dama genovesa, cujas personagens utilizam suas prprias lnguas. A primeira estrofe a seguinte:Jujar, voi no s corteso,

APRESENTAO

21

qe me chaidejai de zo, qe niente no far. Ance fossi voi apeso! vostramia no ser. Certo, ja ve scaner proenzal malaurao! Tal enojo ve dir, sozo, mozo, escalvao! Ni za voi no amer, qe voi no s, ben lo so. Andai via, frar, en tempo millorado.

XII Romeno Em virtude de sua posio geogrfica e sobretudo pela influn-cia cultural bizantino-eslava, a evoluo da lngua romena apresenta uma srie de peculiaridades, que muito a diferencia do ciclo evolutivo das outras lnguas congneres. Para comear, as primeiras manifestaes literrias aparecem s tardiamente, enquanto que algumas das lnguas latinas j haviam produzido verdadeiras obrasprimas da literatura mundial. O que vale dizer que a literatura romena em seus primrdios inexpressiva, principalmente levando-se em conta que inexistiu uma literatura medieval. Os primeiros textos restringiam-se basicamente traduo de obras religiosas (evangelhos e catecismos), alm de livros de carter popular como a histria de Alexandre Magno. Nos textos mais antigos, escritos em eslavo ou mdio-blgaro, aparece uma ou outra palavra romena, alm de influncias sintticas de fonte autctone. O texto mais antigo eslavo-romeno, de 1352, o de uma inscrio em uma das paredes da igreja Curtea de Arges, sobre a morte do prncipe Basarab. Cronologicamente, o primeiro documento em lngua romena uma carta de 1521, escrita em cirlico pelo boiardo Neaesu de Cimpulung e endereada ao juiz Hans Bekner de Brasov, e preservado no arquivo de Brasov. Eis a reproduo em caracteres latinos:Mudromu i plemenitomu i cistitomu i b(o)gomdarovannomu Zupan Hanas Begner ot Brasov mnog(o) zdravie ot Neksul ot Dlagopole. I pak dau stire do(m)netale za lucrul Turcilor, cum amu auzit eu ca imparatul au esit den Sofja si aimintrea nu e, si seau dus in sus pre Dunare. I pak sa sti domniata ca au venit un om de la Nicopoe de me meau spus ca au vazut cu ochi loi ca au trecut ceale corabi ce sti si domniata pre Dunare in sus. I pak sa sti ca baga den tote orasele cate 50 de omin sa fe in ajutor in corabi. I pak sa sti cumu seau prinsu neste mester den T(a)rigrad cum voru treace aceale corabi la locul cela strimtul ce sti si domniata. I pak spui domnetale de lucrul lu Mahamet beg cum amu auzit de boiari ce santu megiias si de genere-mu Negre cumu iau dat imparatul sloboze lu Mahamet beg pre io-i va fi voia pren Teara rumaneasca iara elu sa treaca. I pak sa sti domniata ca are frica mare si Basarabu de acel lotru de Mahamet beg mai vartos de domnele vostre. I pak spui domnetale ca mai marele mu de ce amu inteles, s eu. Eu spui domnetale, iara domniata esti inteleptu si aceste cuvinte sa ti domniata la tine, sa nu ste umin multi, si domnele vostre sa va paziti cum stiti mai bine. I B(og) te veselit, amin.

Outros documentos antigos, de cunho marcadamente religioso, so os seguintes manuscritos: o Cdice de Veronet, o saltrio Psaltirea Scheiana, o saltrio Veronet e o saltrio Hurmuzachi. Constitui um marco bastante expressivo um fragmento de um hinrio religioso calvinista, impresso em 1570, no qual utilizada por primeira vez a grafia latina, com ortografia hngara aplicada ao romeno. Como exemplo, uma amostra do trecho:Ia depre noy tu domne mania ta, Si czele grele pedepsze tale, nu grebi pre noy tu sze ne noy gtzudetz, pren gresala nosztra. Sze uey fy platnik dupe uina nosztre, numa [= nuwa] rename nyme enaynte ta nu ua szufferi necze czaste lume pedepszetura ta.

No sculo XIX a escola latinista da Transilvnia introduziu de maneira definitiva o alfabeto latino, em detrimento do cirlico. NOTAS1. Frederico Diez teve o mrito de adaptar s lnguas neolatinas o mtodo histrico-comparativo introduzido por Franz Bopp para as lnguas indo-europias e por Jakob Grimm para as germnicas. Diez publicou

22

WILLIAM AGEL DE MELLO / OBRAS COMPLETAS

2. 3. 4. 5. 6.

7. 8.

9. 10.

11. 12. 13. 14. 15.

uma obra clssica Gramtica das Lnguas Romnicas, em trs volumes, e traduzida para o francs por A. Brachet, G. Paris e A. Morel Fatio Alm do Dicionrio Etimolgico das Lnguas Romnicas. Diez considerado o fundador no s da lingstica, mas tambm da filologia romnica no sentido mais vasto (Le Origini delle Lingue Neolatine, Carlo Tagliavini, Ptron, Bologna, 1969, p. 10). Le Origini delle Lingue Neolatine, op. cit., pp. 11 e 351. Alm da Gramtica das Lnguas Romnicas (Leipzig, 1890-1902), Meyer-Lbke publicou um Dicionrio Etimolgico das Lnguas Romnicas (Heidelberg, Winter, 1911-1920). A classificao de Meyer-Lbke foi exposta no livro Einfhrung in das Studium der romanischen Sprachwissenschaft, Heidelberg, 1920, p. 17. A consulta foi feita por voto popular, e os resultados apresentados fora, os seguintes: 512.129 votos a favor e 52.267 contra. A maioria dos romanistas classifica os dois dialetos setentrionais da Sardenha entre os do italiano (= toscano) e no entre os do sardo (plural voclico, e no sigmtico, artigo definido derivado de illu e no de ipsu, etc. La Sardegna si caratterizza per la co-presenza di 4 principali diassistemi: 2 sardi (campidanese e logudorese) e 2 non-sardi (gallurese e sassarese). La non-partecipazione dei dialetti settentrionali dellisola alla lingua sarda si basa su criteri tipologici e sociolinguistici. Sia il sassarese che il gallurese presentano molteplice strutture linguistiche divergenti da qual che viene considerato tradizionalmente il tipo linguistico autenticamente sardo (ad es. larticolo lu, contro su, il futuro sintetico o saldato difronte a quello analitico o composto con apo, apu, lassenza di -s finale nel plurale. (Eduardo Blasco Ferrer, La Lingua Sarda Contemporanea, Cagliari, Dalla Torre, 1986, p. 20.) I dialetti di tipo gallurese-sassarese si avvicinano molto ai dialetti corsi, i quali, come si vedr pi oltre, sono di tipo toscano. (Le Origini delle Lingua Neolatine, op. cit., p. 330.) preciso salientar o fato de que a lingstica romnica foi grandemente enriquecida com a introduo, com base cientfica, do estudo da dialetologia, com a contribuio de Francisco Cherubini, Giovanni Spano, Gabrielle Rosa e Graziadio Isaia Ascoli. O atlas lingstico reveste-se de grande utilidade para o estudo de dialetologia. O primeiro atlas lingstico de grande dimenso foi elaborado por Jules Gilliron, o Atlas Lingstico da Frana. Gilliron coloca em primeiro plano os conceitos, no de todo novos, mas pela primeira vez aplicados em larga escala e com mtodo novo de homofonia e de etimologia popular. (Le Origini delle Lingue Neolatine, op. cit., p. 27.) Alguns autores consideram o nuors como uma variedade separada. o dialeto sardo que mais se aproxima do latim. Martins Sarmiento, Estudio sobre el Origen y Formacin de la Lengua Gallega, Galaxia, Vigo, p. 43. Para um estudo interessante sobre o assunto, ler Opsculos Lingsticos Gallegos del Siglo XVIII, J. L. Pensado, Galaxia, 1974. William J. Entwistle, As Lnguas da Espanha: Castelhano, Catalo, Vasco e Galego-Portugus, p. 359. Note-se que h, em galego, vocbulos que apresentam duas formas uma proveniente do portugus, outra do espanhol. - Xeral < Geral e Xeneral < General - Remorso < Remorso e Remordimento < Remordimiento - Chapeu < Chapu e Sombriro < Sombrero. Foram registradas as diversas acepes e grafias vigentes nas regies, dentro do panorama da geografia lingstica galega. Os dialetos principais que correspondem aos dialetos falados nas quatro provncias: Lugo, Pontevedra, Orense, La Corua foram postos em cotejo, para melhor situ-los dentro de um contexto global o que veio locupletar, ao menos parcialmente, falta de um atlas lingstico. Estudio sobre el Origen y Formacin de la Lengua Gallega, op. cit., p. 38-9. O autor se props fixar-se na segunda categoria. Os vocbulos romeno e romanche (reto-romnico) provm do vocbulo Roma. Ver nota 12. Einen Kuning weiz ih, heissit her Hluduig. Le Origini delle Lingue Neolatine, op. cit., p. 490.

ABREVIATURAS

adj. adjetivo ant. antigamente adv. advrbio art. artigo conj. conjuno contr. contrao des. desusado f. ou s. f. feminino interj. interjeio m. ou s. f. masculino pl. plural prep. preposio pron. pronome V. vide v. intr. verbo intransitivo v. tr. verbo transitivo v. pron. verbo pronominal

DICIONRIO FRANCS-PORTUGUS

DICIONRIO FRANCS - PORTUGUS

27

AA, s. m. A Abac, s. m. Bot. Abaca Abaissable, adj. Abaixvel Abaissement, s. m. Abaixamento Abaisser, v. Abaixar Abait, s. m. Pesc. Isca Abalourdir, v. Atordoar Abandon, s. m. Abandono Abandonn, adj. Abandonado Abandonnement, s. m. Abandono Abaque, s. m. baco Abasourdir, v. Aturdir Abasourdissement, s. m. Atordoamento Abat, s. m. Chuvada, chuvo, tor Abtardir, v. Abastardar Abtardissement, s. m. Bastardia Abat-jour, s. m. inv. Quebra-luz Abattage, s. m. Abatimento Abattement, s. m. Abatimento, Debilidade Abattre, v. Abater Abattu, adj. Abatido Abbatial, adj. Abacial Abbatiat, s. m. Abadado Abbaye, s. f. Abadia Abb, s. m. Abade Abc, s. m. Abecedrio Abcs, s. m. Abcesso Abcisse, s. f. V. Abscisse Abdicataire, s. m. Abdicatrio Abdication, s. f. Abdicao Abdiquer, v. Abdicar Abdominal, adj. Abdominal Abdominoscopie, s. f. Abdominoscopia Abdommen, s. m. Abdome Abducteur, adj. e s. m. Anat. Abdutor Abduction, s. f. Anat. Abduo Abcdaire, s. m. Abecedrio Abeillon, s. m. Enxame de abelhas Abellie, s. f. Abelha Abellier, adj. e s. m. Colmeal Aberration, s. f. Aberrao Abesse, s. f. Abadessa Abti, adj. Embrutecido Abtir, v. Embrutecer Abtissant, adj. Embrutecedor Abtissement, s. m. Enbrutecimento Abhorrer, v. Aborrecer, abominar Abis, s. m. Bot. Abeto Abitine, s. f. Abietina Abitines, s. f. pl. Bot. Abietneas Abm, adj. Abismado Abme, s. m. Abismo Abmer, v. abismar Abiotique, adj. Abitico Abisinthique, adj. Absntico Abit, s. m. Alvaiade Abjectement, adv. Abjectamente Abjurable, adj. Abjurvel Abjuration, s. f. Abjurao Abjuratoire, adj. Abjuratrio Abjurer, v. Abjurar Ablactation, s. f. Ablactao Ablatif, s. m. Ablativo Ablation, s. f. Cir. Ablao Ablgat, s. m. Ablegado Ablgation, s. f. Ablegao Abliger, v. Obrigar Ablution, s. f. Abluo Abngation, s. f. Abnegao Aboiement, s. m. Latido Abois, s. m. Latido Abolir, v. Abolir Abolissable, adj. Abolvel Abolissement, s. m. Abolio Abolition, s. f. Abolio Abolitionniste, s. m. Aboliciomista Abolitonnisme, s. m. Abolicionismo Abomasum, s. m. Abomaso Abominable, adj. Abominvel Abomination, s. f. Abominao Abominer, v. Abominar Abondament, adv. Abundantemete Abondance, s. f. Abundncia Abondant, adj. Abundante Abonder, v. Abundar Abordage, s. m. Abordagem Abortif, adj. Abortivo Aboulie, s. f. Med. Abulia Aboulique, adj. Ablico Aboutir, v. Terminar Aboutissement, s. m. Fim, Trmino Aboyant, adj. Ladrador Aboyer, v. Latir Aboyeur, s. m. e f. Ladrador Abracadabra, s. m. Abracadabra Abranche, adj. Zool. Abrnquico Abrasif, adj. Abrasivo Abrasion, s. m. Cir. Abraso Abraxas, s. m. Abraxas Abrg, adj. Abreviado Abrgment, adv. Abreviadamente Abrgment, s. m. Resumo, abreviao Abrger, v. Abreviar, resumir Abreuv, adj. Abeberado Abreuver, v. Abeberar Abrviateur, s. m. abreviador Abrviatif, adj. Abreviativo Abrviation, s. f. Abreviao Abrviativement, adv. Abreviadamente Abrviature, s. f. Abreviatura Abri, s. m. Abrigo Abricot, s. m. Albricoque ou damasco Abricoteur, s. m. Albricoqueiro Abriter, v. Abrigar Abrogatif, adj. Ab-rogativo Abrogation, s. f. Ab-rogao Abrogatori, adj. Ab-rogatrio

28

WILLIAM AGEL DE MELLO / OBRAS COMPLETAS

Abrog, adj. Ab-rogado Abrogeable, adj. Revogvel Abroger, v. Ab-rogar Abrotone, s. f. Bot. Abrtano Abrupt, adj. Abrupto Abruptement, adv. Abruptamente Abruption, s. f. Cir. Abrupo Abruti, adj. e s. Embrutecido Abrutir, v. Embrutecer Abrutissant, adj. Embrutecedor Abrutissement, s. m. Embrutecimento Abscission, s. f. Abciso Abscissse, s. f. Abissa Abscondre, v. Absconder Abscons, adj. Ant. Absconso Absconse, s. f. Ant. Absconsa Absence, s. f. Ausncia Absent, adj. Ausente Absentisme, s. m. Absentesmo Absenter, v. pr. Ausentar Abside, s. f. Abside Absidiole, s. f. Absidola Absinthe, s. f. Absinto Absinthine, s. f. Qum. Abisintina Absinthisme, s. m. Absintismo Absolu, adj. Absoluto Absolument, adv. Absolutamente Absolution, s. f. Absolvio Absolutisme, s. m. Absolutismo Absolutiste, s. e adj. Absolutista Absolutoire, adj. Absolutrio Absorbable, adj. Absorvvel Absorbant, adj. Absorvente Absorb, s. f. Absorvido Absorbement, s. m. Absorvimento Absorber, v. f. Absorver Absorbtion, s. f. Absoro Absoudre, v. f. Absolver Absous, adj. Absolvido Abstme, s. Abstmio Abstenir, v. pr. irreg. Abster-se Abstention, s. f. Absteno Abstentionniste, s. m. Abstencionista Abstergent, adj. Med. Abstergente Absterger, v. Med. Absterger Abstersif, adj. Med. Abstersivo Abstersion, s. f. Med. Absterso Abstinence, s. f. Abstinncia Abstinent, adj. Abstinente Abstractif, adj. Abstractivo Abstraction, s. f. Abstraco Abstractivement, adv. Abstractivamente Abstraire, v. Abstrair; v. pr. Abstrair-se Abstrait, adj. Abstrado Abstraitement, adj. Abstratamente Abstrus, adj. Abstruso Absurde, adj. Absurdo

Absurdement, adj. Absurdamente Absurdit, s. f. Absurdo Abus, s. m. Abuso Abus, adj. Abusado Abuser, v. Abusar Abusif, adj. Abusivo Abusivemente, adj. Abusivamente Abyme, s. m. V. Abme Abyssal, adj. Abissal Abysse, s. m. Abisso Acacia, s. m. Bot. Accia Acadmicien, s. m. Acadmico Acadmie, s. f. Academia Acadmique, adj. Acadmico Acadmiquemente, adv. Academicamente Acadmiste, s. m. Academista Acajou, s. m. Acaju Acalphes, s. m. pl. Zool. Acalefos Acanthe, s. f. Acanto Acanthie, s. f. Zool. Acntia Acare, s. m. Med. caro Acarides ou Acariens, s. m. pl. Zool. Acardeos Acarpe, adj. Bot. Acarpo Acarus, s. m. V. Acare Acatalectique, s. m. e adj. Acatalctico Acatalepsie, s. f. Acatalepsia Acataleptique, adj. Acatalptico Acatne, adj. Acateno Acatholique, adj. Acatlico Accaparement, s. m. Aambarcamento, Monoplio Accaparer, v. Aambarcar, Monopolizar Accastillage, s. m. Mar. Acastelagem Acclrateur, adj. Acelerador Acclration, s. f. Acelerao Acclr, adj. e adj. Acelerado Acclrer, v. Acelerar AccEnt. s. m. Acento Accentuable, adj. Acentuvel Accentuation, s. f. Acentuao Accentuer, v. Acentuar Acceptable, adj. Aceitvel Acceptant, s. m. e f. Aceitante Acceptation, s. f. Aceitao Accepter, v. Aceitar Acception, s. f. Acepo Accs. s. m. Acesso Accessibilit, s. f. Acessibilidade Accessible, adj. Acessvel Accession, s. f. Acesso Accessoire, adj. e s. m. Acessrio Accessoirement, adv. Acessoriamente Accident, s. m. Acidente Accident, adj. Acidentado Accidentel, adj. Acidental

Accidentellement, adv. Acidentalmente Accidenter, v. Acidentar Accipitre, s. m. Zool. Accpitres Accise, s. f. Acisa Acclamateur, s. m. Aclamador Acclamation. s. f. Aclamao Acclamer, v. Aclamar Acclimatable, adj. Aclimatvel Acclimatation, s. f. Aclamao Acclimater, v. Aclimar Accordon, s. m. Acordeo Accordoniste, s. Acordeonista Accorder, v. Concordar, Afinar, Conceder Accor, adj. Alcantilado Accorer, v. Escorar Accostable, adj. Fam. Mar. Acostvel Accostage, s. m. Mar. Acostagem, Atracao Accost, adj. Mar. Acostado, Atracado Accoster, v. Mar. Acostar, atracar Accouardir, v. Acobardar Accouchement, s. m. Parto Accoucher, v. Parir, Dar luz Accoucheur, s. m. Parteiro, Zool. Espcie de sapo Accoucheuse, s. f. Parteira Accouplage, s. m. Emparelhamento Accouplement, s. m. Acasalamento Accoupler, v. Acasalar Accourci, adj. Encurtado AccourCir. v. Encurtar, atalhar, V. pr. Diminuir, minguar Accourcissement, s. m. Encurtamento Accourir, v. Acorrer, acudir Accoutumance, s. f. Costume, usana Accoutum, adj. Acostumado Accoutumer, v. Acostumar Accrditer, v. Acreditar Accrditeur, s. m. Com. Abonador, fiador Accrescent, adj. Bot. Acrescente Accroissement, s. m. Acrescentamento Accrotre, v. Acrescentar Accroupir, v. pr. Acocorar-se Accueil, s. m. Acolhimento, recepo Accueillant, adj. Acolhedor Accueillir, v. Acolher Accumulation, s. f. Acumulao Accumuler, v. Acumular Accusable, adj. Acusvel Accusateur, s. m. e f. e adj. Acusador

DICIONRIO FRANCS - PORTUGUS

29

Accusatif, adj. Acusativo Accusation, s. f. Acusao Accusatoire, adj. Acusatrio Accus, adj. e s. m. e f. Acusado Accuser, v. Acusar Acphale, adj. Acfalo Acphalie, s. f. Acefalia Acrain, adj. Acerado Acerbe, adj. Acerbo Acerbit, s. f. Acerbidade Acrer, v. Acerar, Dar tmpera de ao ao ferro Acescent, adj. Acescente Actabule, s. m. Acetbulo Actate, s. m. Acetato Acteux, adj. Acetoso Actification, s. f. Acetificao Actifier, v. Acetificar Actimtre ou Actomtre, s. m. Fs. Acetmetro Actique, adj. Qum. Actico Actol, s. m. Farm. Acetol Actolat, s. m. Farm. Acetolato Actomtre, s. m. V. Actimtre Actone, s. f. Acetona Actonmie, s. f. Med. Acetonemia Actoselle, s. f. Bot. Acetosela Actylne, s. m. Acetilene Achaine, s. m. Aqunio Acharn, adj. Encarniado Acharnement, s. m. Encarniamento Acharner, v. Encarniar Achat, s. m. Compra Ache, s. f. Bot. Aipo Ache, s. f. Minhoca Acheminement, s. m. Encaminhamento Acheminer, v. Encaminhar Achetable, adj. Comprvel Achet, adj. Comprado, Subornado Acheter, v. Comprar Acheteur, s. m. e f. Comprador Achev, adj. Acabado Achvement, s. m. Acabamento Achever, v. Acabar Acheveur, s. m. Acabador Achille, s. f. Bot. Aquilia Achit, s. m. Bot. Achite Achoppement, s. m. Tropeo Achopper, v. Tropear Achromatine, s. f. Histol. Acromatina Achromatique, adj. Acromtico Achromatisation, s. f. Acromatizao Achromatis, adj. Acromatizado Achromatiser, v. Acromatizar Achromatisme, s. m. Acromatismo

Achromatopsie, s. m. Md. Acromatopsia Achthomtre, s. m. Actemetro Aciculaire, adj. Bot. Acicular Acide, adj. cido, Azedo; s. m. cido Acidifre, adj. Acidfero Acidifiant, adj. Acidificante Acidification, s. f. Acidificao Acidifi, adj. Acidificado Acidifier, v. Acidificar Acidit, s. f. Acidez Acidulant, adj. Acidulante Acidule, adj. Acdulo Acidul, adj. V. Acidule Aciduler, v. Acidular Acier, s. m. Ao Aciration, s. f. Acerao Acir, adj. Aceiro Acirer, v. Acerar Acirie, s. f. Fbrica de ao Acinsie, s. f. Med. Acinesia Acineux, adj. Acinoso Acinier, s. m. Bot. Espinheiro Aclinique, adj. Aclnico Acn, s. f. Med. Acne Acologie, s. f. Acologia Acologique, adj. Acolgico Acolytat. s. m. Acolitado Acolyte, s. m. Aclito Acomas ou Acomat, s. m. Bot. Acoms Aconit, s. m. Bot. Acnito Aconitine, s. f. Qum. Aconitina Aores, s. m. pl. Med. Acores Acotyldone ou Acotyldon, adj. Acotildone Acotyldonia, s. f. Bot. Acotiledonia Acoumtre, s. m. Acmetro -coup, s. m. Arranco; Par coups, Aos arrancos Acousmate, s. m. Med. Acsmata Acoustique, adj. Acstico, s. f. Acstica Acqureur, s. m. Adquiridor Acqurir, v. Adquirir Acquiescement, s. m. Aquiescncia Acquiescence, s. f. V. Acquiescement Acquiescer, v. Aquiescer Acquisitif, adj. Dir. Aquisitivo Acquistion, s. f. Aquisio Acquit, s. m. Quitao, recibo Acquitt, adj. Pago, livre, absolvido Acquittement, s. m. Pagamento (de uma dvida); Absolvio Acquitter, v. Pagar, absolver Acratie, s. f. Acracia Acre, s. f. Acre

crement, adv. Acremente Acrestie ou Acrostique, s. m. Bot. Acrstico cret, s. f. Agrura Acribologie, s. f. Acribologia Acribomtre s. m. Farm. Acribmetro Acridiens, s. m. pl. Zool. Acrdios Acridine, s. f. Qum. Acridina Acridophage, adj. Acridfago Acrimonie, s. f. Acrimnia Acrimonieusement, adv. Acrimoniosamente Acrimonieux, adj. Acrimonioso Acroamatique, adj. Acroamtico Acrobate, s. m. e f. Acrobata Acrobatie, s. f. Acrobacia Acrobatique, adj. Acrobtico Acrocarpe, adj. Bot. Acrocrpico Acrocphale, adj. Acrocfalo Acrocphalie, s. f. Acrocefalia Acrochordon, s. m. Med. Terol Acroline, s. f. Qum. Acrolena Acrolique, adj. Acroleico Acrologie, s. f. Filos. Acrologia Acromgalie, s. f. Med. Acromegalia Acromial, adj. Anat. Acromial Acromion, s. m. Anat. Acrmio Acronyque, adj. Astron. Acrnico Acrpole ou Acropolis, s. f. Acrpole Acrospor, adj. Bot. Acrosporado Acrospore, s. f. Bot. Acrosprio Acrostiche, s. m. Acrstico Acrostole, s. m. Acrostlio Acrotre, s. m. Arquit. Acrostrio Acte, s. m. Ato Acteur, s. m. e f. Ator Actif, adj. Ativo Actinauxisme, s. m. Bot. Actinalxismo Actinidiens, s. m. pl. Zool. Actininos Actinie, s. f. Zool. Actnia Actinique, adj. Fs. Actnico Actinisme, s. m. Fs. Actinismo Actinographe, s. m. Fs. Actingrafo Actinomtre, s. m. Fs. Actinmetro Actinomycose, s. f. Med. Actinomicose Actinotropisme, s. m. Bot. Actnotropismo Action, s. f. Ao Actionnaire, s. m. Acionista Actionnairement, adv. Accionariamente Actionner, v. Acionar; Mover Activant, adj. Ativante Activement, adj. Ativamente

30

WILLIAM AGEL DE MELLO / OBRAS COMPLETAS

Activer, v. Ativar Activit, s. f. Atividade Actrice, s. f. Atriz Actualisation, s. f. Atualizao Actualiser, v. Atualizar Actualit, s. f. Atualidade Actuel, adj. Atual Actuellement, adv. Atualmente Acuit, s. f. Acuidade Aculiforme, adj. Bot. Aculeiforme Acumin, adj. Bot. Acuminado Acuponcture ou Acumpucture, s. f. Clr. Acupuntura Acupressure, s. f. Md. Acupresso ou acupressura Acupuncturer ou acuponcturer v. Acupunturar Acutangle, adj. Acutngulo Acutangulaire, adj. Acutangular Acutangul, adj. Acutangulado Acutesse, s. f. Agudeza Acyrologie, s. f. Gram. Acirologia Adaction, s. f. Adaco Adactyle, adj. Adctilo Adage, s. m. Adgio Adagio, adv. Ms. Adgio Adamantin, adj. Adamantino Adamique, adj. Admico Adamisme, s. m. Adamismo Adamite, s. m. Adamita Adaptable, adj. Adaptvel Adaptation, s. f. Adaptao Adapter, v. Adaptar Adatis, s. m. Adatis Additif, adj. Aditivo Addition, s. f. Adio Additionnel, adj. Adicional Additionnellement, adv. Adicionalmente Additionner, v. Adicionar Adducteur, adj. e s. m. Med. Adutor Adductif, adj. Adutivo Adduction, s. f. Aduo Adelphe, adj. Adelfo Ademption, s. f. Jur. Adeno Adnalgie, s. f. Med. Adenalgia Adnie, s. f. Pat. Adenia Adnite, s. f. Med. Adenite Adnode, adj. Adenide Adnologie, s. f. Med. Adenologia Adnme, s. m. Med. Adenoma Adnopathie, s. f. Med. Adenopatia Adphage, adj. Med. Adfago Adphagie, s. f. Adefagia Adepte, s. m. e f. Adepto Adquat, adj. Adequado Adextr, adj. Herld. Adestrado Adhrence, s. f. Aderncia

Adhrent, adj. Aderente Adhrer, v. Aderir Adhsif, adj. Adesivo Adhsion, s. f. Adeso Adhsivement, adj. Adesivamente Adhsivit, s. f. Adesividade Adiabatique , adj. Adiabtico Adiabatisme, s. m. Adiabatismo Adiante, s. m. Bot. Adianto Adiaphorse, s. f. Med. Adiaforese Adieu, loc. adv. e s. m. Adeus Adipeux, adj. Adiposo Adiposit, s. f. Gordura Adirer, v. Desencaminhar Adition, s. f. Adio Adjacence, s. f. Adjacncia Adjacent, adj. Adjacente Adjectif, adj. Adjetivo Adjectif, s. m. Adjetivo Adjection, s. f. Adjeco Adjectivement, adj. Adjetivamente Adjoindre, v. Juntar, V. pr. Associar-se Adjoint, adj. Associado Adjoint, s. m. Adjunto Adjonction, s. f. Adjuno Adjudant, s. m. Ajudante Adjudicataire, s. m. Adjudicatrio Adjudicateur, s. m. Adjudicador Adjudicatif, adj. Adjudicativo Adjudication, s. f. Adjudicao Adjuger, v. Adjudicar Adjuration, s. f. Adjurao Adjurer, v. Adjurar Adjuteur, s. m. Coadjutor Adjuvant, adj. Farm. Auxiliar Admettre, v. Admitir Adminicule, s. m. Adminculo Administrant, adj. Administrante Administrateur, s. Administrador Administratif, adj. Administrativo Administration, s. f. Administrao Administrativement, adv. Adminis-trativamente Administrer, v. Administrar Admirable, adj. Admirvel Admirablement, adv. Admiravelmente Admirateur, s. e adj. Admirador Admiratif, adj. Admirativo Admiration, s. f. Admirao Admirativement, adv. Admirativamente Admirer, v. Admirar Admis, adj. Admitido Admissibilit, s. f. Admissibilidade Admissible, adj. Admissvel Admission, s. f. Admisso

Admonestation, s. f. Admoestao Admonest, adj. Admoestado Admonester, v. Admoestar Admoniteur, s. Admonitor Admonition, s. f. Admoestao Adn, adj. Bot. Adnato Adnotation, s. f. Adnotao Adobe, s. m. Adobe Adolescence, s. f. Adolescncia Adolescent, s. e adj. Adolescente Adonide ou adonis, s. f. Bot. Adnida Adonis, s. m. Adnis Adoniser, v. Adonisar Adoptable, adj. Adotvel Adoptant, s. m. Jur. Adotante Adopter, v. Adotar Adoptif, adj. Adotivo Adoption, s. f. Adoo Adorable, adj. Adorvel Adorablement, adv. Adoravelmente Adorateur, s. Adorador Adoration, s. f. Adorao Adorer, v. Adorar AdouCir. v. Adoar Adoucissage, s. m. Adoamento Adoucissant, adj. Adoante; s. m. Calmante, emoliente Adragant ou adragante, adj. Bot. Adraganto Adrnaline, s. f. Farm. Adrenalina Adresse, s. f. Endereo Adresser, v. Enderear Adrogation, s. f. Jur. Ad-rogao Adroit, adj. Destro Adroitement, adv. Destramente Adscrit, adj. Gram. Adscrito Adulaire, adj. e s. f. Miner. Adulria Adulateur, s. Adulador Adulation, s. f. Adulao Adulatoire, adj. Adulatrio Aduler, v. Adular Adulte, adj. e s. Adulto Adultrateur, s. m. Adulterador Adultration, s. f. Adulterao Adultre, s. e adj. Adltero Adultre, s. m. Adultrio Adultrer, v. Adulterar Adultrin, adj. Adulterino Adultrinit, s. f. Adulterinidade Adurent, adj. Md. Adurente Aduste, adj. Adusto Adustion, s. f. Adusto Advenir, v. Acontecer, Sobrevir Adventice, adj. Adventcio Adventif, adj. Adventcio Adverbe, s. m. Advrbio Adverbial, adj. Adverbial Adverbialement, adv. Adverbialmente

DICIONRIO FRANCS - PORTUGUS

31

Adverbialiser, v. Adverbiar Adverbialit, s. f. Adverbialidade Advers, adj. Adverso Adversaire, s. m. e adj. Adversrio Adversatif, adj. Gram. Adversativo Adversativement, adv. Adversativamente Adverse, adj. Adverso Adversit, s. f. Adversidade Adynamie, s. f. Med. Adinamia Adynamique, adj. Med. Adinmico Ade, s. m. Gr. Aedo dicule ou dicule, s. m. Edcula gagropile ou gagropile, s. m. Egagropila gilops, s. m. Bot. Egilope gosome, s. m. Zool. Egossomo Arage, s. m. Aeragem Arateur, adj. Arejador Aration, s. f. Aerao Arer, v. Arejar Arhydrique, adj. Aerdrico Aricole, adj. Hist. Nat. Aercola Arien, adj. Areo Ariennement, adv. Aereamente Arifre, adj. Aerfero Arification, s. f. Aerificao; v. Aerificar Ariforme, adj. Aeriforme Ariser, v. Fs. Aerizar Arivore, adj. Aervoro Arocyste, s. f. Aerocisto Arodrome, s. m. Aerdromo Arodynamique, s. f. Fs. Aerodinmica Arographe, s. m. Aergrafo Arographie, s. f. Aerografia Arolithe, s. m. Aerlito Arolithique, adj. Aeroltico Arologie, s. f. Aerologia Aromancie, s. f. Aeromancia Aromancien, adj. Aeromntico Aromtre, s. m. Aermetro Aromtrie, s. f. Aerometria Aronaute, s. Aeronauta Aronautique, s. f. Aeronutica; adj. Aeronutica Aronef, s. m. Aeronave Arophobe, adj. Aerfobo Arophobie, s. f. Med. Aerofobia Arophore, adj. Aerforo; s. m. Condutor do ar Aroplane, s. m. Aeroplano Aroport, s. m. Aeroporto Aroscope, s. m. Fs. Aeroscpio Arosphre, s. f. Fs. Aerosfera Arostat, s. m. Aerstato Arostation, s. f. Aerostao

Arostatique, adj. Aerosttico Arostier, s. m. Aerstata Arotechnie, s. f. Aerotecnia Arothrapie, s. f. Aeroterapia sculinnes, s. f. pl. Bot. Esculceas thrioscospe, s. m. Fs. Etrioscpio atite, s. f. Etite Affabilit, s. f. Afabilidade Affable, adj. Afvel Affablement, adv. Afavelmente Affadissant, adj. Inspido Affadissement, s. m. Insipidez Affaiblir, v. Enfraquecer, Debilitar Affaiblissant, adj. Debilitante Affaiblissement, s. m. Enfraquecimento, Debilitao Affaire, s. f. Ocupao; Negcio; Trabalho; Processo Affam, adj. e adj. Afamado Affamer, v. Afamar Affage, s. m. Enfeudao Affectable, adj. Afetvel Affectation, s. f. Afetao Affect, adj. e adj. Afetado Affecter, v. Afetar Affectif, adj. Afetivo Affection, s. f. Afeio Affectionn, adj. Afeioado Affectionnment, adv. Afetuosamente Affectionner, v. Afeioar Affectivit, s. f. Filos. Afetividade Affectueusement, adv. Afetuosamente Affectueux, adj. Afetuoso Affrence, s. f. Aferncia Affrent, adj. Aferente Affermable, adj. Arrendvel Affermataire, s. Arrendatrio Affermateur, s. Arrendador Afferm, adj. Arrendado Affermer, v. Arrendar Affermi, adj. Firmado Affermir, v. Firmar Affermissement, s. m. Fortalecimento Afft, adj. Afetado Affterie, s. f. Afetao Affichable, adj. Afixvel Affichage, s. m. Afixao Affiche, s. f. Cartaz, Anncio Affichement, s. m. Afixao Afficher, v. Afixar Affilage, s. m. Afiao Affil, adj. Afiado Affiler, v. Afiar Affileur, s. m. Afiador, amolador Affiliation, s. f. Filiao Affili, adj. e s. Filiado

Affilier, v. Filiar Affin, s. m. Afim Affinit, s. f. Afinidade Affirmateur, adj. Afirmador Affirmatif, adj. Afirmativo Affirmation, s. f. Afirmao Affirmative, s. f. Afirmativa Affirmativement, adv. Afirmativamente Affirmer, v. Afirmar Affistoler ou Afistoler, v. Pop. Adornar Affixe, adj. Afixo Affleur, adj. e adj. Nivelado Affleurer, v. Nivelar Afflictif, adj. Dir. Aflitivo Affliction, s. f. Aflio Afflig, adj. e adj. Aflito Affligeant, adj. Aflitivo Affliger, v. Afligir Affluence, s. f. Afluncia Affluent, adj. e s. m. Afluente Affluer, v. Afluir Afflux, s. m. Med. Afluxo Affol, adj. Enlouquecido Affoler, v. Enlouquecer Affolir, v. e pr. Ant. Enlouquecer Affres, s. f. pl. Terror Affrt, adj. e adj. Fretado Affrtement, s. m. Fretamento Affrter, v. Afretar Affrteur, s. m. Fretador Affreusement, adv. Horrivelmente Affreux, adj. Horrvel Affriander, v. Engodar Affriolant, adj. Apetecvel Affront, s. m. Afronta Affrontable, adj. Afrontvel Affrontailles, s. f. pl. Confins Affront, adj. Afrontado Affronter, v. Afrontar Affruiter, v. Frutificar Affusion, s. f. Med. Afuso Afftiau, s. m. Ninharia Africain, adj. Africano Africanisme, s. m. Ant. Africanismo Aga ou Agha, s. m. Ag Agace ou Agasse, s. f. Pop. Agssia Agacerie, s. f. Mimos Agalctie, s. f. Agalactia Agame, adj. Bot. gamo Agami, s. m. Agami Agamie, s. f. Bot. Agamia Aganter, v. Mar. Agarrar Agapanthe, s. m. Bot. Agapanto Agape, s. f. gape Agaptes, s. f. pl. Agapetas Agar-agar, s. m. gar-gar Agaric, s. m. Bot. Agrico Agaricine, s. f. Qum. Agaricina

32

WILLIAM AGEL DE MELLO / OBRAS COMPLETAS

Agasse, s. f. V. Agace Agat, adj. Miner. Agteo Agate, s. f. gata Agathe, s. f. gata Agathe, s. f. Bot. Agatia Agatifre, adj. Miner. Agatfero Agatifi, adj. Agatificado Agatiser, v. pr. Agatificar-se Agatode, adj. Miner. Agatide Agav, s. m. Bot. Agave g, adj. Idoso ge, s. m. Idade Age, s. m. Rabo da charrua Ageasse, s. f. Zool. Agssia Agence, s. f. Agncia Agenceur, s. m. Agenciador Agende, s. f Agenda Agnsie, s. f. Md. Agenesia Agnouill, adj. Ajoelhado Agenouiller, v. pr. Ajoelhar-se Agenouilloir, s. m. Genuflexrio Agent, s. m. Agente Agrasie, s. f. Med. Agerasia Agglomrat, s. m. Aglomerado Agglomratif, adj. Aglomerativo Agglomration, s. f. Aglomerao Agglomr, adj. Aglomerado Agglomr, s. m. Aglomerado Agglomrer, v. Aglomerar Agglutinant, adj. Aglutinante Agglutinatif, adj. Aglutinativo Agglutination, s. f. Cir. Aglutinao Agglutin, adj. Aglutinado Agglutiner, v. Med. Aglutinar Aggravant, adj. Agravante Aggravation, s. f. Agravao, Agravamento Aggrave, s. f. Agravamento Aggravement, V. Aggravation Aggraver, v. Agravar Agile, adj. gil Agilement, adv. Agilmente Agilit, s. f. Agilidade Agio, s. m. gio Agiospermie, s. f. Bot. Angiospermia Agiotage, s. m. Agiotagem Agioter, v. Agiotar Agioteur, s. m. Agiota Agir, v. Obrar; Comportar-se; Trabalhar; Agir Contre, Lutar contra ; Tratar-se Agissant, adj. Agente Agitable, adj. Agitvel Agitant, adj. Agitante Agitateur, s. m. Agitador Agitation, s. f. Agitao Agitato, adv. ital. Ms. Agitado Agit, adj. Agitado Agiter, v. Agitar Agloubulie, s. f. Md. Aglobulia

Agnat, s. e adj. Jur. Agnato Agnathe, adj. Hist. Nat. gnato Agnation, s. f. Jur. Agnao Agnatique, adj. Agnatcio Agneau s. m. Agnelle, s. f. Anho, Cordeiro Agnelage, s. m. Parto (da ovelha) Agneler, v. Parir (a ovelha) Agnosticisme, s. f. Agnosticismo Agnostique, adj. Agnstico Agnus-castus, s. m. Bot. Agnocasto Agonales, s. f. pl. Agonais Agonie, s. f. Agonia Agonir, v. Pop. Injuriar Agonisant, adj. Agonizante Agoniser, v. Agonizar Agonistique, s. f. Agonstica; adj. Agonstico Agonothte, s. m. Agonteta Agora, s. f. Ant. Gr. gora Agoraphobie, s. f. Med. Agorafobia Agouti, s. m. Zool. Aguti Agrafage, s. m. Acolchetamento Agraf, adj. Acolchetado Agrafe, s. f. Colchete Agrafer, v. Acolchetar Agraire, adj. Agrrio Agrandi, adj. Engrandecido Agrandir, v. Engrandecer Agrandissement, s. m. Engrandecimento Agranditif, adj. e s. m. Gram. Aumentativo Agraphie, s. f. Med. Agrafia Agrarianisme, s. m. Agrarianismo Agrariat, s. m. Agrariato Agrable, adj. Agradvel Agrablement, adv. Agradavelmente Agrer, v. Agradar; Mar. Aparelhar; v. Aprovar; permitir Agrgatif, adj. Agregativo Agrgation, s. f. Agregao Agrger, v. Agregar Agrment, s. m. Agrado; Aprovao Agresseur, s. m. Agressor Agressif, adj. Agressivo Agression, s. f. Agresso Agressivement, adj. Agressivamente Agressivit, s. f. Agressividade Agreste, adj. Agreste Agrestement, adv. Agrestemente Agricole, adj. Agrcola Agriculteur, s. m. Agricultor Agricultural, adj. Agricultural Agriculture, s. f. Agricultura Agrie, s. f. Md. gria Agrimenseur, s. m. Agrimensor

Agripaume, s. f. Agripalma Agripper, v. Agarrar Agrographie, s .f. Agrografia Agrologie, s. f. Agrologia Agronome, s. m. Agrnomo Agronomie, s. f. Agronomia Agronomique, adj. Agronmico Agrostide, s. f. Agrstide Agroupement, s. m. Agrupamento Agrouper, v. Agrupar Aguerri, adj. Aguerrido Aguerrir, v. Aguerrir Aguets, s. m. pl. Emboscada Aguille, s. f. Aguila, (tecido) Agynique, adj. Bot. Agnico Ah!, interj. Ah! Ahan, s. m. Af Ahaner, v. Afadigar-se Ah, interj.. Ai! Ahuri, adj. Pasmado Ahurir, v. Pasmar Aiche, s. m. Minhoca Aidant, adj. e s. Auxiliante Aid, adj. Ajudado Aide, s. Ajudante; Aide-major ou Aide-chirurgien, Cirurgio ajudante ; Aide de camp, Ajudante de Campo Aide, s. f. Ajuda ; s. m. Adjunto, Auxiliar; A Paide! Socorro!; s. f. pl. Subsdios Aider, v. Ajudar Ae!, interj. Ai! Aeu!, s. m. Av Aeux, s. m. pl.V. Aeu Aigle, s. m. guia; Grand aigle, guia real Aiglette, s. f. Herld. Aguieta, Pequena guia Aiglon, s. Aguioto Aigre, adj. Acre; Cela sent laigre, isto cheira a azedo; Tirer sur laigre, Comear a azedar-se; Mtal Aigre, Metal quebradio Aigre-doux, adj. Agridoce Aigrement, adv. Acremente Aigremoine, s. f. Bot. Agrimnia Aigret, adj. Acdulo Aigrett, adj. Cristado Aigrette, s. f. Gara branca; Crista Aigri, adj. Azedo Aigrir, v. Azedar; Fig. Irritar Aigrissement, s. m. Azedura, Acidao; Fig. Irritao Aigron, s. m. Zool. Gara real Aigu, adj. Agudo; Armes aigus, Armas brancas; Maladie aigu, Doena Aguda Aiguade, s. f. Aguada Aiguayer, v. Enxaguar Aigue, s. f. Ant. gua Aigue-marine, s. f. gua-marinha

DICIONRIO FRANCS - PORTUGUS

33

Aiguire, s. f. Jarro Aiguillade, s. f. Aguilhada, Aguilho Aiguille, s. f. Agulhetada Aiguillerie, s. f. Agulharia Aiguillet, adj. Agulhetado Aiguilleter, v. Agulhetar Aiguilletier ou Aiguillettier, s. m. Agulheteiro Aiguillette, s. f. Agulheta Aiguillon, s. m. Aguilho, Estmulo Aiguillonn, adj. Aguilhoado, Estimulado Aiguillonnement, s. m. Aguilhoada; Fig. Estmulo Aiguillonner, v. Aguilhoar; Fig. Estimular Aiguillonnier, s. m. Gorgulho Aiguisage, s. m. Aguamento, Afiao Aiguis, adj. Aguado, Afiado Aiguisement, s. m.V. Aiguisage Aiguiser, v. Aguar; Fig. Estimular Aiguiseur, s. m. Afiador, Amolador Aigment, adv. Agudamente Ail, s. m. Alho; Une gousse dial,um dente de alho Ailante, s. m. Bot. Ailanto Ail, adj. Alado Aile, s. f. Asa Ailleurs, adv. Algures Aimable, adj. Amvel Aimablement, adv. Amavelmente Aimant, adj. Amante Aimant, s. m. man Aimantaire, adj. Magntico Aimantation, s. f. Magnetizao Aimant, adj. Magnetizado Aimanter, v. Magnetizar Aimer, v. Amar; Aimer mieux, Preferir An, adj. Primognito Aine, s. f. Virilha Anesse, s. f. Primogenitura Ainsi, adv. Assim; conj. Por Conseguinte Air, s. m. Ar; Vento; Avoir Pair, parecer; Prendre des airs, ou Se donner ds airs, Presumir Airain, s. m. Bronze Aire, s. f. Geom. rea Airelle, s. f. Bot. Airela Ais, s. m. Ripa Aisance, s. f. Facilidade, Desembarao Ais, adj. Fcil, Cmodo; Abastado Aise, s. f. Contentamento, Fig. Comodidade

Aisment, adv. Facilmente, Comodamente Aisselle, s. f. Axila, Sovaco Ajonc, s. m. Bot. Aliaga Ajoupa, s. m. Choupana Ajour, s. m. Orifcio Ajournement, s. m. Citao, Intimao, Adiamento Ajourner, v. Emprazar, Citar, Intimar, Adiar Ajoutable, adj. Ajuntvel Ajout, adj. Ajuntado, Junto Ajouter, v. Ajuntar, Acrescentar; Ajouter foi, Dar crdito; Ajouter au conte, Exagerar Ajust, adj. Ajustado Ajustement, s. m. Ajustamente, Disposio, Arranjo, Adorno Ajuster, v. Ajustar, Adornar Akne ou Achaine, s. m. Bot. Aqunio Alabastrite, s. f. Miner. Alabastrite Alacrit, s. f. Alacridade Alalle, s. f. Med. Alalia Alambic, s. m. Alambique Alambiqu, adj. Alambicado Alambiquer, v. Alambicar Alangilan ou Alanguilan, s. m. Alanguil Alangui, adj. Enlanguescido Alanguir, v. Enlanguescer Alanguissement, s. m. Languidez Alarmant, adj. Alarmante Alarm, adj. Alarmado Alarme, s. f. Alarme; Jeter de alarme, Causar alvoroo Alarmer, v. Dar o Alarme Alaterne, s. m. Bot. Aderno Albtre, s. m. Alabastro Albatros, s. m. Albatrs Alberge, s. f. Bot. Alperce Albergier, s. m. Bot. Alperceiro Albertine, s. f. Bot. Albertina Albide, adj. lbido Albification, s. f. Qum. Albificao Albimin, adj. Bot. Albuminado Albinisme, s. m. Albinismo Albinos, s. e adj. Albino Albite, s. f. Albite Albugin, adj. Anat. Albugneo Albugineux, adj. Anat. Albuginoso Albuginite, s. f. Albuginite Albugo, s. f. Md. Albugo Albule, s. m. Zool. Albo Album, s. m. lbum Albumen, s. m. Bot. Albmen Albumine, s. f. Albumina Albumineux, adj. Albuminoso Albuminode, adj. Albuminide

Albuminose, s. f. Albuminose Albuminurie, s. f. Med. Albuminria Alcade, s. m. Alcaide Alcaque, adj. Alcaico Alcalescence, s. f. Qum. Alcalescncia Alcalescent, adj. Qum. Alcalescente Alcali, s. m. Alcali Alcalifiant, adj. Qum. Alcalificante Alcalimtre, s. m. Qum. Alcalmetro Alcalimtrie, s. f. Qum. Alcalimetria Alcalin, adj. Alcalino Alcaliniser, v. Alcalinizar Alcalinit, s. f. Qum. Alcalinidade Alcalisation, s. f. Qum. Alcalizao Alcalis, adj. Alcalificado Alcaliser ou Alcaliniser, v. Qum. Alcalificar Alcalode, s. m. Qum. Alcalide Alcarazas, s. m. Alcaraza Alce, s. f. Bot. lcea Alchimie, s. f. Alquimia Alchimille, s. f. Bot. Alquemila Alchimique, adj. Alqumico Alchimiste, s. m. Alquimista Alcool, s. m. lcool Alcoolat, s. m. Farm. Alcoolato Alcoolature, s. f. Farm. Alcoolatura Alcool, s. m. Farm. Alcoleo Alcoolification, s. f. Qum. Acoolificao Alcoolique, adj. Alcolico Alcoolisable, adj. Acoolizvel Alcoolisation, s. f. Qum. Alcoolizao Alcoolis, adj. Alcoolizado Alcooliser, v. Alcoolizar Alcoolisme, s. m. Med. Alcoolismo Alcoolomtre ou Alcoomtre, s. m. Alcoolmetro Alcoolomtrie ou Alcoomtrie, s. f. Alcoolometria Alcornoque, s. m. Bot. Alcornoque Alcve, s. f. Alcova Alcoviste, s. m. Alcovista Alcyon, s. m. Alcio Alcyone, s. f. Alcone Alcyonien, adj. Alcineo Aldhyde, s. Aldedo Alderman, s. m. Alderm Alatoire, adj. Aleatrio Alatoirement, adv.

34

WILLIAM AGEL DE MELLO / OBRAS COMPLETAS

Aleatoriamente Alectoromancie ou Alectriomancie, s. f. Alectoromancia Aln, adj. Bot. Assovelado Alne, s. f. Sovela Alentour ou lentour, adv. Ao redor, em torno Alentours, s. m. pl. Arredores Alpine, s. f. Alepina Alrion, s. m. Herld. Alerio Alerte, interj. Alerta! Cuidado!; s. f. Alarme, adj. Vigilante, Fig. Esperto Alsage, s. m. Alesagem Alsure, s. f. Limadura Alette, s. f. Arquit. Aleta Aleurique, adj. Qum. Aleurnico Aleurite, s. f. Aleurite Aleuromancie, s. f. Aleuromancia Aleurone, s. f. Qum. Aleurona Alexandrin, adj. Alexandrino Alexipharmaque, adj. e s. m. Alexifrmaco Alezan, adj. e s. m. Alazo Alfange, s. f. Alfange Alfnide, s. f. e adj. Alfenide Algarade, s. f. Algarada Algaroth