autores diversos - linguas estranhas entre os crentes

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    LNGUAS ESTRANHAS

    ENTRE OS CRENTES

    [AUTORES DIVERSOS]

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    O Dom de Lnguas

    Assuntos Preliminares

    A Crise

    Certamente no ser exagero dizer que o fenmeno de lnguas causou uma dasmaiores crises que a igreja enfrentou nesta gerao. As lnguas no so mais algotestemunhado somente nas Igrejas Pentecostais; elas so vistas agora por toda aparte, desde o Catolicismo Romano aos batistas e outras Igrejas independentes.Por sculos todos da Cristandade reconheceram que o dom era inoperante; agora,

    junto com suas acompanhantes reivindicaes de curas, milagres, revelaes, ecair no esprito, (que, a propsito, algo completamente desconhecido atmesmo na prpria Igreja primitiva), tm invadido virtualmente cada denominao.

    Seus pregadores esto reivindicando a ocorrncia de um Pentecoste moderno.Alguns esto acusando os pregadores que recusam reconhecer o dom deenganadores que roubam o povo de Deus das bnos por Ele enviadas. Emsuma, este tem se tornando um dos assuntos mais quentes no cenrioeclesistico: os que crem nele no podem parar de falar a respeito, e aquelesque no o aceitam aparentemente nunca cessaro de ouvir sobre o mesmo!

    O Padro

    Deve ser enfatizado, certamente, que h somente um Padro pelo qual podemosmedir tais reivindicaes a Escritura. A questo envolvida neste ponto no se

    algum Cristo genuno teve ou no algum tipo de experincia; uma experinciapode ser muito real e, todavia, muito errada, ou pode ser muito real e mesmoassim muito mal-entendida. Este assunto de autoridade particularmenteessencial na discusso do dom de lnguas, porque h muitos que esto segurosde que o experimentaram. Mas re-enfatizemos isto: somente a Escritura tem aresposta para esta questo. Qualquer e todas as experincias devem seravaliadas luz da Palavra de Deus. Ns no julgamos uma experincia em cimade nossas prprias reivindicaes, mas com base nas Santas Escrituras, porque o

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    Esprito Santo nunca ser o autor de qualquer experincia que no esteja deacordo com Sua prpria Palavra. Isto nunca poder ser superenfatizado,especialmente tratando-se de um assunto que essencialmente experiencial.

    Passagens Relevantes

    O dom de lnguas no ocorre nas Escrituras to freqentemente como algunspodem pensar. As nicas passagens que tratam com o dom de algum modo soAtos 2:1-13; Atos 10:44-48; Atos 19:1-7; e 1 Corntios 12-14. possvel que o domde lnguas tambm tenha sido exercido em Atos 8:14-19, mas impossvel se tercerteza (a questo o que Simo disse, verso 18). Todas estas passagenssero investigadas, mas visto que 1 Corntios 14 a passagem que d a maisespecfica instruo concernente a este dom, ela receber maior ateno.

    A Natureza dos Dons

    Definies

    No de modo algum difcil definir o dom de lnguas; contudo, por causa dodebate em torno deste assunto, a sustentao para a definio aqui dada seravaliada em alguns detalhes.

    O dom de lnguas foi a capacidade sobrenatural de falar em um idioma humanoestrangeiro que no era previamente conhecido ou estudado pelo locutor. Noteque o dom de lnguas no a capacidade de balbuciar o que no requercapacidade sobrenatural. Mas nisto onde precisamente o debate comea.Virtualmente todos os telogos liberais, por causa de sua negao dapossibilidade do sobrenatural e da revelao direta, ensinam que o dom delnguas era meramente uma expresso exttica. Embora eles no questionem apossibilidade do sobrenatural, todos os Carismticos e muitos no-caristmticosensinam virtualmente a mesma coisa. Muitos deles crem que embora as lnguasde Atos fossem deveras idiomas estrangeiros, as lnguas de 1 Corntios eramdiferentes eram expresses extticas, balbuciaes, que continham umarevelao de Deus compreensvel para o prprio Deus (para uso privado,devocional) e para o intrprete (para uso pblico). Contudo, este no o caso; eque estas lnguas eram idiomas estrangeiros evidente a partir das seguintesconsideraes.

    1. A palavra Grega traduzida por lnguas nas Escrituras ( glossa ) normalmentese refere lngua como um rgo fsico ou como um idioma humano. Este precisamente seu uso hoje falamos com nossas lnguas em nossa lngua nativa.A palavra pode ser usada com referncia ao falar exttico, mas tal uso completamente estranho ao Novo Testamento. A menos que haja uma boa razo(evidncia) para entender o termo como se referindo ao balbuciar, injustia

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    assumi-lo como tal, especialmente luz do fato de que seu significado por todaparte no Novo Testamento sempre o contrrio.

    2. Em Atos 2 as lnguas, claramente, eram idiomas humanos conhecidos (isto ,conhecido para alguns que ouviam). As outras lnguas (heterais glossais) do

    verso 4 so explicadas como sendo os idiomas dos Partos, Medos, Elamitas,Mesopotmicos, etc., nos versos 9-11. No verso 6 aqueles que ouviam osdiscpulos pregar, lhes ouviam em sua prpria lngua. O termo grego paralngua neste verso (e no verso 8) dialektos, de onde vem a palavra portuguesadialeto; ela pode significar somente idioma, nunca balbucio. Alm do mais, claro que em Atos 2 as lnguas eram designadas para ser o mtodo decomunicao efetiva para aqueles que estavam visitando Jerusalm para a festade Pentecoste. Em outras palavras, as lnguas de Pentecoste quebraram abarreira da linguagem; elas no estabeleceram uma barreira de linguagem. Estaregra tira qualquer possibilidade de balbucio.

    3. Semelhantemente, o dom era claramente de idiomas em Atos 10 tambm,porque em Atos 11:15-17 Pedro o identifica como o mesmo fenmeno que ocorreuem Atos 2. Parecer bvio, ento, presumir o mesmo para as lnguas de Atos 10tambm.

    4. O dom de lnguas em 1 Corntios nunca declarado ser algo diferente daquelede Atos. Entend-las como sendo algo diferente, requereria alguma explicao.Alm do mais, os relatos de Atos foram escritos por Lucas, que era umcompanheiro de Paulo; inconcebvel que ele falasse de outra espcie de lnguassem explicao.

    5. Em 1 Corntios 14:14 Paulo fala que algum que fala em uma lngua edifica a simesmo. evidente, ento, que ele entendia o que estava dizendo, porque aedificao seria impossvel aparte do entendimento (o que Paulo prossegueestabelecendo nos versos seguintes). Incidentalmente, evidente tambm a partirdisto que o verdadeiro dom de lnguas no era uma experincia puramenteemocional, mas uma na qual a mente estava ativa. A implicao de Paulo era quealgum falava numa lngua, entendia o que ele estava falando, e assim eraedificado. Seu ponto nos versos seguintes que o que no pode ser entendido,no pode edificar. O dom de lnguas freqentemente caracterizado, hoje, comose ele fosse um transe santo de alguma espcie, falando coisas desconhecidasat mesmo para o prprio locutor! Isto est claramente excludo pela implicaode Paulo aqui. A concepo que o locutor, em completo controle de suasfaculdades mentais, sabe o que ele quer falar e capaz, sobrenaturalmente, dedizer isso em outro idioma. Como todos os outros dons, as lnguas eramexercitadas inteligentemente.

    6. 1 Corntios 14:10-11 claramente demanda o mesmo. Paulo estava falando delnguas no mundo e isto demanda sons distintos, idiomas conhecidos.

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    7. Em 1 Corntios 14:18 Paulo declara que ele falava em lnguas mais do quequalquer um deles. Ele segue com uma declarao afirmando que esta nunca foisua prtica na Igreja (verso 19). A nica coisa que poderia se fazer necessriopara Paulo falar em lnguas mais do que eles, ento, seria sua necessidade delasnas suas jornadas missionrias. Novamente, isto aponta para idioma, no para

    balbucio; porque o balbucio teria sido sem sentido na sua obra de missesestrangeiras; o idioma, por outro lado, teria sido o mais til possvel.

    8. Em 1 Corntios 14:21 Paulo associa seu dom de lnguas com a profecia deIsaas sobre Israel ouvindo o idioma Assrio. Entender o dom como balbucio,destri seu ponto de referncia totalmente.

    9. Em 1 Corntios 14:22 Paulo diz que as lnguas eram um sinal. Elas eram toespetaculares que despertavam ateno. Somente um idioma humano pode sereficaz como um sinal. O falar exttico era bem conhecido muito antes do sculo XIa.C., especialmente como uma parte das religies misteriosas Gregas; ele serviriasomente para associar os Cristos de Corinto com seu passado pago. O quefazia o dom de lnguas Cristo diferente e significante era o fato que aquelesassim dotados, eram capazes de falar em idiomas no aprendidos previamente;mero balbucio, falar exttico, no teria sentido algum e assim no poderia servircomo um sinal.

    10. As palavras gregas hermeneuo e diermeneuo traduzidas por "interpretar" e"interpretao" em 1 Corntios 14, normalmente significa traduzir de um idiomapara outro. como a palavra freqentemente usada hoje: quando um homem deum idioma fala para uma audincia de outro, ele fala atravs de um intrprete.Este seu significado comum atravs de todo o Novo Testamento e daSeptuaginta (a traduo grega do Velho Testamento; por exemplo, Gnesis 42:23;Esdra 4:7; Joo 1:42; Atos 9:36). Traduo, ento, aponta para idioma, no parabalbucio.

    11. Jesus especificamente probe o falar exttico em orao: E, orando, nouseis de vs repeties, como fazem os gentios (Mateus 6:7). O termo gregotraduzido por vs repeties no tem nada a ver com um pedido de oraorepetente (embora Jesus use a palavra aqui para se referir tambm descuidadarepetio de oraes), mas antes significa balbuciar ou falar balbucios. Jesus,aqui, expressamente probe o balbucio. inconcebvel que Ele proibisse algo queera em si mesmo um dom espiritual. A nica alternativa que as lnguas eramrealmente idiomas. Deus nunca intencionou que os homens falassem ou orassemem uma linguagem que at mesmo eles no poderiam entender. Tal coisa teriasido sem propsito algum.

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    Objees

    Parece que as evidncias dadas acima so insuperveis. Contudo, aqueles quesustentam que as lnguas eram um falar exttico, apresentam os seguintes

    argumentos:Objeo #1 . No Pentecoste, quando os apstolos falaram em lnguas, eles foramacusados de estarem bbados (Atos 2:13).

    Este um argumento comum e justo. Uma anlise mais atenta da passagem,contudo, revela que havia dois grupos de pessoas presentes: 1) os estrangeirosque entendiam em seus prprios idiomas e estavam todos maravilhados com toimpressionante fenmeno (versos 9-12), e 2) os Judeus Palestinos que, em vistade os apstolos estarem falando em idiomas estrangeiros, no podiam entender oque eles estavam falando. Estes Judeus Palestinos locais so descritos comooutros (heteroi) no verso 13 em contraste com os estrangeiros listados nosversos 9-12. O verso 13 diz, ento, que eram estes Judeus locais que estavamlanando a acusao de embriaguez. Os idiomas que estavam sendo faladoseram claramente entendidos pelos estrangeiros, por isso eles no foram os quelevantaram a acusao de embriaguez. Alm do mais, como j mostrado, aslnguas de Atos 2 foram especificamente chamadas idiomas [ou lnguas emalgumas verses] (dialektos) nos versos 6 e 8.

    (Isto, a propsito, tambm mostra que o milagre de Pentecoste era de fala, no deaudio, porque havia aqueles que no entenderam. Um milagre de audio teriasido experimentado pelos Judeus locais e estrangeiros igualmente.)

    Objeo #2 . Paulo fala de lnguas dos anjos em 1 Corntios 13:1, o que deve sereferir uma linguagem celestial desconhecida por qualquer ser humano.

    O problema com este entendimento desta frase que Paulo, em todo este cenriodos versos 1-3, est falando em termos hipotticos. O aindas nestes versosesto no modo subjuntivo, o modo da irrealidade. Nestes versos Paulo estfalando de coisas que claramente no aconteceram, tais como dar seu corpo paraser queimado (verso 3). Ele est simplesmente falando no superlativo paraenfatizar o que estava falando. No h nada aqui que demande balbucio. Alm domais, no h exemplo de ningum no Novo Testamento falando numa lnguaangelical.

    Objeo #3 . Em 1 Corntios 14, Paulo usa o termo laleo (falar; por exemplo,verso 2). Esta palavra significa tagarelice ininteligvel.

    O fato do assunto que este verbo grego no precisa de modo algum serentendido como uma tagarelice; ela mui freqentemente significa simplesmente

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    falar (por exemplo, Mateus 9:18). Paulo usa este verbo no verso 21, sem dvida,porque este o verbo usado na Septuaginta que ele est citando. Alm do mais,os verso 34-35 do mesmo captulo usam o verbo para descrever o fazerperguntas. Finalmente, o verso 16 equaciona este termo com lego , um verbogrego que sempre significa falar ou dizer.

    Objeo #4 . O termo lnguas desconhecidas indica expresses extticas.

    O primeiro e mais bvio problema com este argumento que o termodesconhecidas uma adio feita pelos tradutores da King James; a palavra noest nos manuscritos gregos (note que ela est sempre escrita em itlico).Evidentemente os tradutores caram no erro comum de permitir que sua teologiadesnecessariamente influenciasse sua traduo. Alm do mais, at mesmo se apalavra fosse genuna, ela no demandaria balbucio; ela poderia da mesma formase referir ao idioma desconhecido pelo locutor.

    Objeo #5 . I Corntios 14:2 diz que os que falam em lnguas falam a Deus eque nenhum homem entende a lngua.

    interessante encontrar alguns versos das Escrituras usados para sustentar umponto, quando o verso ensina exatamente o oposto; tal o caso com esteargumento. Como ser demonstrado, Paulo argi nesta passagem que umintrprete necessrio, de outra forma as lnguas seriam inteis, porque elas noseriam entendidas. Como resultado, algum falar em lnguas (sem um intrprete) falar somente a Deus, porque, pela natureza do caso, ningum pode entend-lo(porque no h intrprete).

    Objeo #6 . A necessidade de um intrprete em Corinto mostra que as lnguasdos Corntios eram diferentes das lnguas em Atos.

    Novamente, este argumento tambm sustenta o ponto oposto. Em Atos, osestrangeiros ouviram em seu prprio idioma, de modo que eles no necessitavamde intrprete. Em Corinto quando um homem falava em uma lngua estrangeira,ela era pela natureza do caso ininteligvel; um tradutor era necessriosimplesmente porque no havia estrangeiros presentes para entender o idiomafalado. A expresso era ininteligvel para os ouvintes, mas no para o locutor.

    Objeo #7 . I Corntios 14:14-15 diz, " Porque se eu orar em lngua, o meuesprito ora, sim, mas o meu entendimento fica infrutfero. Que fazer, pois? Orareicom o esprito, mas tambm orarei com o entendimento. argido que Pauloaqui contrasta orar com o esprito com orar com a mente. Orar com o esprito, dito, significa orar com fala ininteligvel, a mente estando infrutfera; orar com amente orar em linguagem humana.

    Os Corntios poderiam estar simplesmente abusando do dom de lnguas destaforma, e isto o que Paulo procurar corrigir naqueles versos. Estes versos, ento,diro a mesma coisa para ensinar exatamente o oposto. A palavra infrutfero

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    significa improdutivo. evidente pela explicao do verso 16 que Paulo estfalando da orao pblica. Tudo que ele diz que se voc orar em uma lngua,voc pode pensar que est orando, mas voc realmente no est realizando nada;isto infrutfero, improdutivo. Voc deve, antes, procurar edificar a igreja (verso12); isto , pela orao em um idioma que todos possam entender.

    No verso 15 ele d a soluo: toda orao deve ser tanto com o esprito comocom o entendimento. Em outras palavras, todas elas devem ser inteligveis; senoela no ser produtiva, e aqueles que ouvem no sero capazes de dizer Ammquando voc terminar porque que no sabem o que dizes (verso 16b). Noimporta o que possa no ser claro sobre este verso, est muito claro que na mentedo apstolo orar no Esprito no indica a ausncia do entendimento; orao deveser tanto no Esprito como com a mente. Alm do mais, como foi mostradoacima, falar em lnguas no era algo feito sem a mente; era algo inteligente edeliberado.

    Muitos apelam para Romanos 8:26 para sustentar esta mesma alegao que orarno Esprito orar em fala exttica. Do mesmo modo tambm o Esprito nosajuda na fraqueza; porque no sabemos o que havemos de pedir como convm,mas o Esprito mesmo intercede por ns com gemidos inexprimveis. Mas noteque os gemidos so feitos pelo Esprito, no pelo Cristo. Este versosimplesmente descreve o crente em orao desejando mas no sabendorealmente como orar segundo a vontade de Deus, em cujo caso o Esprito Santoleva aquele desejo sincero da corao ao trono em uma orao agradvel a Deus.O verso no diz nada sobre orao em lnguas. Nada!

    Sumrio

    O dom de lnguas era a capacidade de falar em uma lngua estrangeira noconhecida ou estudada previamente pelo locutor. O verdadeiro dom no tem nadaa ver com balbucios. O dom de interpretao de lnguas era a capacidade detraduzir a mensagem dada em uma lngua estrangeira. No h evidncia de queas lnguas de Atos sejam algo diferente das lnguas de 1 Corntios, exceto quepode ter havido algum abuso do verdadeiro dom pelos Corntios.

    O Valor das Lnguas

    importante entender o valor que o Novo Testamento coloca sobre o dom delnguas. O dom importante? Ele para os Carismticos de hoje. Era para aigreja em Corinto. Ele era importante para os escritores do Novo Testamento? Aresposta para isto claramente: no! Certamente o dom tinha propsitos paraservir, e assim foi importante para aqueles propsitos. Mas o dom em si mesmonunca foi enfatizado pelos escritores do Novo Testamento.

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    O Livro de Atos

    No livro de Atos, o dom exercido somente trs vezes (Atos 2, 10, 19). Ele maisadiante mencionado no captulo 11 e pode ter ocorrido no captulo 8. Mas isto

    tudo o que Lucas diz sobre o dom em todo o livro de Atos, cobrindo todos aquelesmuitos anos do primeiro sculo da igreja. Julgando a observao de Paulo em 1Corntios 14:18, ele falou em lnguas freqentemente durante este perodo, mas oEsprito Santo (e assim, Lucas) no reconheceu isto como sendo algo digno denota.

    As Epstolas Paulinas

    Nenhuma epstola do Novo Testamento jamais discute ou mesmo menciona odom, exceto a carta de Paulo para o problema na igreja de Corinto. Mesmo emEfsios e Romanos, onde Paulo menciona e lista vrios dons espirituais, aslnguas esto impressionantemente ausentes.

    1 Corntios 12-14

    Paulo discute o assunto das lnguas largamente em 1 Corntios 12-14; deveras,tudo dos captulos 12-13 so construes para sua discusso direta das lnguasno captulo 14. Contudo, para enfatizar a relativa irrelevncia das lnguas, Pauloest sempre mencionando o dom por ltimo em suas listas de dons (junto com odom de interpretao de lnguas; cf. 1 Corntios 12:10,28,29-30). Seu propsitoespecfico nas suas listas de dons em 1 Corntios 12:28 mostrar que h donsmais importantes do que outros; novamente, as lnguas esto por ltimo. Ele maisadiante mostra a relativa irrelevncia das lnguas em 1 Corntios 12:29-30 aoapontar que Deus nunca intentou que todo mundo tivesse este dom.

    1 Corntios 14

    1. O Tema

    A coisa impressionante sobre 1 Corntios 14 que mesmo uma leitura superficialdo captulo revela que Paulo no est enfatizando de modo algum o dom delnguas, mas ele est realmente desenfatizando-o. Isto significante luz doargumento comum dado pelos faladores de lnguas hoje: visto que Pauloescreveu tanto sobre o assunto, ele deve ser muito importante para ns. Esteargumento perdeu o ponto completamente. Paulo no escreveu 1 Corntios 14para elevar o dom de lnguas, mas para examinar e avaliar o abuso e nfaseexagerada dele. Ele escreveu para tratar de um problema associado com o dom.Paulo escreveu da mesma forma muito sobre comer alimentos e sobre a liberdadeCrist (1 Corntios 8-10), mas isto no elevou o exerccio da liberdade de algum,mas a restringiu. Ele devotou tempo e espao para um problema especfico numa

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    situao especfica para um propsito especfico; no ento para ns elevarmoso seu problema especfico, mas antes para entender os princpios envolvidos eaplic-los para nossas prprias circunstncias.

    Paulo no escreveu 1 Corntios 14 para elevar o dom de lnguas, e um completo

    mal-entendido do captulo pensar de outra forma. Paulo declara logo no incio(versos 1-2) que as lnguas so inferiores, e ento ele procede para estabelecereste ponto at o verso 25. A relativa inutilidade das lnguas seu tema declaradoatravs desses versculos. Eu tenho ouvido que um pregador de rdio disse que acompleta verdade de 1 Corntios 14 : fica frio! Isto est exatamente correto. espantoso, ento, como alguns podem olhar para onde a Bblia deprecia algo eusar esta mesma passagem para elevar isto.

    O propsito da declarao de Paulo no captulo 14 mostrar que os dons queapresentam claramente a Palavra de Deus, seja por revelao (profecia, verso 1)ou por ensino (verso 19), so vastamente superiores ao dom de lnguas; este oseu ponto de incio no verso 1: procurai com zelo os dons espirituais, masprincipalmente o de profetizar.

    2. A Explicao

    Ento ele procede para explicar esta preferncia nos versos 2-25, onde ele passaa demonstrar extensivamente a inferioridade das lnguas. Os princpios envolvidosaqui so: 1) entendimento, ou inteligibilidade (verso 2), e 2) edificao (versos 3-6). Nada que no seja compreensvel edificante; este o princpio que domina adiscusso seguinte. As lnguas, ele diz, no so to edificantes porque elas noso compreensveis (at que elas sejam interpretadas); assim, porque tantaincomodao por causa delas?

    3.A Ilustrao

    Ele ento d duas ilustraes de seu ponto: 1) instrumentos musicais (versos 7-9)e, 2) a prpria linguagem humana (versos 9-14; nota o assim tambm ou damesma forma do versculo 9, apontando para o fato de que ele est ilustrandoseu ponto dos versculos precedentes). O ponto de sua ilustrao que o somdeve ser distinto e claro, ou seno eles so inteis.

    Voc j ouviu alguma vez um locutor que pde te maravilhar com sua capacidadede falar, mas quando ele terminou voc quis saber o que ele disse? Esta asegunda ilustrao de Paulo. Tal locutor est falando ao ar (v. 9). Isto, Paulo diz, precisamente o que as pessoas pensam quando voc fala em lnguas. Voc como um brbaro para eles, um estrangeiro, porque eles no podem entend-lo.Que edificao h nisto (veja v. 16)?

    Se o seu pastor se levantasse para sua orao pastoral na prxima manh deDomingo e dissesse, "Eulogetos ho theos kai pater tou kuriou hemon IesouChistou . Voc poderia dizer Amm para esta orao (veja v. 16)? Se algum

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    se levantasse tambm e desse a interpretao Bendito seja o Deus e Pai denosso Senhor Jesus Cristo. Voc diria, Porque ele no disse isso da primeiravez?! Este exatamente o ponto de Paulo. Pela sua prpria natureza, a oraocomo dado na primeira vez era inteligvel para qualquer um que no conhecesse oidioma, e assim no poderia edificar; portanto, as lnguas so inferiores.

    4. A Prtica de Paulo

    Precisamente por causa disto, Paulo diz no verso 19, todavia na igreja eu antesquero falar cinco palavras com o meu entendimento, para que possa tambminstruir os outros, do que dez mil palavras em lngua. impressionante como esteverso tem sido negligenciado. Se as palavras tm algum significado, Paulo dizaqui que ele nunca falou em lnguas na igreja. Ele disse que simplesmente nopreferia, pois isto no serviria para edificar como fazem o ensino ou profecia. Oclaro ensino da Palavra de Deus era preeminente, porque isto o que edifica.(Sua referncia no verso 18 para suas lnguas deve ento se referir ao seu usodelas em suas jornadas missionrias, no como uma funo de adorao na igrejalocal)

    No verso 20 ele lhes fala que este entendimento requer um pouco de maturidadeda parte deles. O presente pensamento deles sobre o dom de lnguas era infantil eegosta.

    5. Um Exemplo Prova o Ponto

    Finalmente, nos versos 23-25, ele descreve uma reunio da igreja; ele ainda esttratando seu ponto que a profecia superior s lnguas porque ela muito maisedificante.

    Se, pois, toda a igreja se reunir num mesmo lugar, e todos falarem em lnguas, eentrarem indoutos ou incrdulos, no diro porventura que estais loucos? Mas, setodos profetizarem, e algum incrdulo ou indouto entrar, por todos convencido,por todos julgado; os segredos do seu corao se tornam manifestos; e assim,prostrando-se sobre o seu rosto, adorar a Deus, declarando que Deus estverdadeiramente entre vs. O que vocs desejam fazer nas suas reunies?, elepergunta. Vocs querem se mostrar? Ou querem ver o povo edificado? Estaquesto responde a si mesma. luz disto, a nica soluo fazer o que Paulofez; isto , no praticar lnguas na igreja (v. 19). Isto o porque ele lhes ordena acrescer no entendimento (verso 20).

    Sumrio

    sempre importante que nossas atitudes sejam refletivas do apstolo inspirado. abundantemente claro que Paulo no enfatizou o dom de lnguas, antes ele odesenfatizou. Depois de tudo isto, algum pode somente se maravilhar de quopouco o dom de lnguas foi exercitado na igreja de Corinto!

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    Mas, algum pode objetar, se seguirmos isto, nunca mais teremos lnguas naigreja! Uma observao muito interessante e criteriosa.

    Os Faladores de Lnguas: Quem Pode Falar?

    Enquanto muitos hoje esto reivindicando que todo Cristo deve desfrutar dabeno de falar em lnguas, claramente evidente que o Novo Testamento nuncanem mesmo implica tal coisa. Os dons so dados soberanamente, como Elequer (1 Corntios 12:11). A igreja um corpo, cada membro tem diferentesfunes. Se todo o corpo tem o mesmo dom, no haver nada seno confuso:Se o corpo todo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, ondeestaria o olfato? (1 Corntios 12:17)

    Paulo expressamente declara em 1 Corntios 12:29-30 que nem todos falam emlnguas: Porventura so todos apstolos? so todos profetas? so todos mestres?so todos operadores de milagres? Todos tm dons de curar? falam todos emlnguas? interpretam todos? Estas questes, como esto construdas no Grego,demandam uma resposta negativa. Para entender isto completamente, asquestes devem ser lidas assim: No so todos apstolos, so? No so todosprofetas, so? etc. A declarao clara que Deus nunca pretendeu que todos oscrentes tivessem o mesmo dom.

    Muitos Carismticos contemporneos, vendo a fora disto, simplesmente dizemque h dois tipos diferentes de lnguas uma como um dom per se , e a outracomo uma lngua para uso pessoal, privado e pretendida para todos os crentes.Evidncia? Em nenhum lugar a Bblia nem mesmo sugere que haja um dom delnguas que no seja o dom de lnguas. A assero disto simplesmente gratuita.

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    O Propsito das Lnguas

    O Propsito Errado

    comumente crido que as lnguas servem para o propsito de auto-edificao. Aslnguas, muitos pensam, edificam aquele que fala com elas; e assim, este opropsito delas.

    Contudo, a idia de que as lnguas so para edificao prpria completamenteinfundada; ela precisamente contrria a tudo o que Paulo estava construindoatravs dos captulos 12 a 14 de 1 Corntios. O apstolo enfatizou grandementeque os dons espirituais so para a edificao de outros. Ele diz em 1 Corntios12:7 que os dons so para o bem comum. O cntico do amor de Paulo em 1Corntios 13 to linda, em si e de si mesmo, que muitos perderam seu pontoexato: ele est mostrando que os dos devem ser exercitados em amor, e se elesso exercitados em amor, eles devem ser exercitados para o benefcio de outros,no prprio. O amor no busca os seus prprios interesses (verso 5) mas sefoca nos outros. Exercitar um dom simplesmente para o benefcio pessoal seriauma prostituio dele.

    Esta precisamente a carga do argumento de Paulo em 1 Corntios 14. Os donsso para edificar os outros, a igreja, no a si prprio (veja os versos 3, 4, 5, 12, 17,26). Seu argumento nos versos 1-3 simplesmente que as lnguas so inferioresporque elas no tendem edificao como fazem as profecias.

    O argumento freqentemente dado que em 1 Corntios 14:2 e 4 Paulo declaraque a auto-edificao o propsito das lnguas: Porque o que fala em lngua nofala aos homens, mas a Deus; pois ningum o entende; porque em esprito falamistrios...O que fala em lngua edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edificaa igreja. Isto, contudo, um completo mal-entendido do verso; de fato, isto precisamente a reverso do seu significado pretendido. Sim, se um homem selevanta na igreja e fala em uma lngua (sem intrprete), somente Deus o entende,assim ele no fala aos homens, somente a Deus, e somente a prpria pessoa edificada. Paulo no est comentando isto ele est criticando isto. Ele diz, isto o que vocs esto fazendo, mas isto no bom. Isto ruim! um uso imprpriode um dom. Voc deveria antes edificar a igreja. Ele est simplesmenteexpressando a prtica deles como um preldio de sua condenao dela; ele noest declarando o propsito das lnguas. (Paulo usou este mesmo tipo deargumento anteriormente; veja 1 Corntios 11:21)

    Isto no dizer que um dom no pode edificar aquele que est exercitando-o. Umpregador ou professor est continuamente edificado pelo uso de seu dom, comotoda outra pessoa pelo uso de seu prprio dom. Mas isto simplesmente significaque este no o propsito de nenhum dom; os dons foram dados para capacitaros crentes a ministrar aos outros. Us-los para qualquer outro propsito seria uma

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    prostituio egosta deles. Nenhum homem tem direito de usar seu dom para omero propsito de auto-edificao.

    Alm do mais, o fato de que as lnguas foram dadas para ser um sinal para osincrdulos tambm exclui qualquer idia de uso privado ou devocional do dom

    (isto ser desenvolvido abaixo).E mais, se as lnguas foram designadas para edificar, a igreja em Corntocertamente teria sido uma igreja diferente. Nenhuma igreja no Novo Testamentofalou em lnguas mais do que a igreja em Corinto; todavia, nenhuma igreja noNovo Testamento era mais carnal. Claramente, as lnguas no edificaram osCorntios.

    Os Propsitos Declarados

    O Novo Testamento claro em seu ensino que os dons espirituais so para opropsito de edificar a igreja. As lnguas no tm este efeito: quando elas eramtraduzidas, elas tinham a funo equivalente da profecia. Que as lnguas eramento edificantes para a igreja (quando propriamente usadas) no pode serquestionado. Contudo, no caso das lnguas, a edificao era somente secundria;elas tinham um propsito maior.

    Aps exortar os crentes de Corinto para terem um pensamento mais madurosobre o dom, Paulo cita Isaas 28:11-12 para estabelecer o propsito das lnguas:Est escrito na lei: Por homens de outras lnguas e por lbios de estrangeirosfalarei a este povo; e nem assim me ouviro, diz o Senhor. De modo que aslnguas so um sinal, no para os crentes, mas para os incrdulos; a profecia,porm, no sinal para os incrdulos, mas para os crentes (1 Corntios 14:21-22). Este o propsito declarado e pretendido das lnguas: elas so para um sinal,um sinal para os incrdulos.

    Este , ento, o porque as lnguas tm to pequeno propsito na igreja: elas sopara um sinal para os incrdulos. Seu propsito primrio no era ministrar aoscrentes, mas aos incrdulos para despertar sua ateno ao evangelho econfirmar a credibilidade do Cristianismo em geral. Este precisamente opropsito satisfeito com a ocorrncia inicial do dom de lnguas (Pentecoste, Atos2).

    Nem Paulo necessariamente implica nestes versos (1 Corntios 14:21-22) que aslnguas so para um sinal de julgamento ou um sinal para os Judeus somente,como freqentemente ensinado. Ele meramente cita Isaas para traar umprincpio a partir dele, a saber, que as lnguas servem como um sinal para osincrdulos. Jesus disse aos Judeus que eles no teriam outro sinal, exceto aqueleda ressurreio (Mateus 16:4); e o prprio apstolo Paulo j tinha dito aosCorntios que os Judeus pediam mas no recebiam um sinal (1 Corntios 1:22-23).Se este sinal era para os Judeus somente, Paulo certamente teria declarado istoamplamente na igreja Gentlica em Corinto; antes, ele meramente diz que as

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    lnguas eram sinal para os incrdulos, quer Judeu, quer Gentio. Isto tudo que requerido a partir desta declarao. As lnguas eram um sinal para os incrdulosconfirmando o evangelho e a nova mensagem Crist.

    Se o finalzinho de Marcos genuno ou mesmo historicamente correto, Jesus

    tambm declarou ser este o propsito das lnguas; lnguas so sinais (Marcos16:17).

    Embora este seja o declarado e assim, primrio, propsito do dom de lnguas, elestambm serviam outro propsito: eles demonstravam o recebimento do EspritoSanto e a unidade no Corpo de Cristo. Agora, tenha cuidado! Isto no dizer queas lnguas so evidncia de um Batismo do Esprito subseqente salvao. Masno livro de Atos, as lnguas serviam para demonstrar o recebimento do Esprito,isto , a salvao. Pela natureza disto, ento, aqueles que falavam em lnguasdavam evidncia de sua unidade no corpo de Cristo. Isto precisamente o queaconteceu em Atos 2. Foi o dom de lnguas dado para a casa de Cornlio queconvenceu Pedro que os Gentios tambm tinham recebido o Esprito e assim setornado parte da igreja tambm (Atos 11:15-58, se referindo aos eventos de Atos10:44-48). O mesmo foi demonstrado em Atos 19 com os discpulos de Joo oBatista e tambm em Atos 8 com os Samaritanos, se realmente as lnguasocorreram ali. Crentes de todos os tipos Judeus, Samaritanos e Gentios receberam o mesmo dom e por isto deram evidncia de sua unidade no mesmocorpo, o Corpo de Cristo.

    Sumrio

    As lnguas nunca foram pretendidas para o uso pessoal, devocional, nem pode serencontrado qualquer verso das Escrituras que ensine tal coisa. Seria uma razoegosta e injustificada para o exerccio do dom. Os dons espirituais foram dadospara edificar os outros. O dom de lnguas, especificamente, foi dado como umsinal para estabelecer o evangelho e o movimento Cristo. Eles ainda servirampara demonstrar o recebimento do Esprito Santo (salvao) e assim a unidade detodos aqueles dentro da famlia da f.

    As Regras

    Como temos visto atravs de 1 Corntios 14, Paulo esteve severamenterestringindo o dom de lnguas. Comeando com o verso 26, contudo, ele adicionamais regras ainda. Nenhum outro dom regulado como o o dom de lnguas.Paulo esteve explicando aos Corntios o propsito dos dons, que eles servemcomo um sinal para os incrdulos. Agora ele lhes diz que este propsito no podeser servido, a menos que o dom seja exercido do maneira apropriada e de acordocom determinados linhas de direo.

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    Aqui esto as regras que o apstolo Paulo d para o exerccio do dom de lnguas:

    1. Edificao (verso 26). Este o princpio regulador de todos os dons em geral.Eles devem servir para edificar os outros.

    2. No mais do que trs num culto (verso 27). Quando muito trs indica que tertrs diferentes pessoas falando em lnguas em um dado culto seria raro.Congregaes inteiras falando, cantando ou orando em lnguas especificamenteproibido aqui.

    3. Um de cada vez (verse 27). "Cada um por sua vez" restringe o falar em lnguasa um homem por vez; qualquer um a mais acrescentaria somente confuso. J uma confuso suficiente escutar um idioma estrangeiro; escutar duas ou maispessoas ao mesmo tempo seria ftil e certamente no poderia edificar. A prticacomum contempornea de ficar de p falando em lnguas durante a pregao tambm proibida aqui.

    5. Deve haver somente um intrprete (verso 27). O verbo Grego um o nmeroum, no uma palavra geral se referindo a algum. Paulo requer aqui que o mesmointrprete d as interpretaes das mensagens dadas por uma, duas ou nomximo trs pessoas. Nenhum outro intrprete deve falar.

    6. O intrprete deve ser algum exceo daqueles que esto falando em lnguas(versos 27-29). Paulo no permite que algum fale em uma lngua para dar suaprpria interpretao.

    7. Ordem (versos 29-33, 40). Os dons nunca devem ser exercidos de um modoque tenda confuso, porque depreciaria seu propsito (edificar). Embora oformalismo no seja a nica resposta, o caos claramente excludo. O servio deadorao deve ser conduzido de uma forma ordenada.

    8. Auto controle (verso 32). " Os espritos dos profetas esto sujeitos aos profetasexclui qualquer escusa tal como, Eu simplesmente no pude me refrear; oEsprito Santo apenas tomou o comando! Paulo expressamente requer que ohomem esteja em controle de suas faculdades mentais em todo tempo. Serarrastado refletivo das religies pags, no dos dons Cristos (1 Corntios12:2). Esta regra impede qualquer assim chamado cair no Esprito ou algosemelhante em que a pessoa est completamente fora de controle; quando oEsprito Santo requer auto controle, Ele ento no causar o oposto. Ele noviolar Sua prpria palavra. A objeo freqentemente dada , Mas e se oEsprito Santo me encher de uma forma que eu perca o contato com a realidade?ou, Eu simplesmente no pude controlar o Esprito, ou algo parecido. Mas a clarapremissa deste versculo que o Esprito Santo nunca far isto. Ele proibiu-a, eEle simplesmente nunca far algo que contrrio Sua palavra. Nunca!

    9. Nenhuma mulher permitida (versos 35-38). Paulo no poderia ser mais claronesta proibio. As mulheres estejam caladas nas igrejas. No importa ao que

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    mais se refira, isto pelo menos refere-se ao exerccio dos dons de lnguas eprofecia, porque este o contexto no qual este mandamento dado. Percebendo,evidentemente, a tempestade de protesto que este mandamento receberia, Pauloacompanha o mesmo com uma declarao de autoridade nos versos 36-38, quediz, efetivamente, se voc no concorda comigo nisto, voc um arrogante

    (verso 36), no espiritual (verso 37), e um rebeldemente ignorante (verso 38). Aregra no poderia ser mais clara; rejeit-la desafia diretamente o apstoloinspirado.

    Outras restries j apontadas, mas no declaradas ou listadas naqueles versostambm se aplicam. Eles so as seguintes:

    10. As lnguas devem ser idiomas. Balbucio completamente estranho ao dom delnguas do Novo Testamento. Falar em uma expresso exttica inteiramentesem garantia Bblica.

    11. As lnguas devem servir para propsitos apropriados. O uso pessoal edevocional no o propsito Bblico servido pelo dom.

    12. As lnguas devem ser pblicas. O uso privado do dom completamente semprecedente e no pode servir como um sinal para os incrdulos.

    Sumrio

    Estas so as regras para o dom de lnguas nas quais o apstolo inspirado nodeixa espao para debate (versos 36-38). Onde estas regras no so seguidas,podemos estar certos de que no um dom genuno, mas uma falsificao.

    Novamente, algum pode objetar, Mas todas estas restries podem abolirinteiramente a prtica! E novamente tambm, esta uma observao muitocriteriosa. Pergunto-me o que aconteceu em Corinto.

    A Cessao das Lnguas

    No se levanta pequeno protesto, em alguns crculos, at mesmo questionar se aslnguas so para hoje. Dizer que elas cessaram usualmente evoca uma respostaparecida com esta: A igreja do Novo Testamento teve este dom, e assim nsdevemos, portanto, ter! Tudo o que eu quero o que eles tiveram! No hnenhum verso na Bblia que diga que no podemos t-los hoje!.

    Em primeiro lugar, que a igreja primitiva teve o dom em si e de si mesmo norequer que devamos t-lo; e do mesmo modo, no prova que no devamos.Depois, ter o que eles tiveram pode no ser to bom no fim das contas comovoc gostaria de viver sem um Cnon da Escritura completo, sem um padro certopara medir as reivindicaes religiosas? Isto seria um passo para trs, no para

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    frente. Alm do mais, que no h nenhum verso que precisamente declare oassunto discutvel (como veremos), e mesmo se no houvesse nenhum, ateologia Crist nunca descansou meramente em textos provas, mas antes emindues traadas a partir de toda a Bblia (j procurou um nico versculo isoladodas Escrituras para provar a Trindade?). E mais, tambm no h nenhum verso

    das Escrituras na Bblia que diga que podemos ter o dom hoje.A questo nunca ser resolvida com base em opinies emocionais Eu quero oque eles tiveram! Ela pode ser somente resolvida pelos ensinos das Escrituras;esta o nico Padro capaz de fornecer a resposta.

    Evidncia

    A Bblia declara em diversas maneiras e prov diversas razes porque as lnguasno podem ser uma parte da igreja hoje.

    1. Paulo declara diretamente em 1 Corntios 13:8 que as lnguas cessariam. Naltima epstola de Paulo e em outras epstolas do Novo Testamento, as lnguasesto impressionantemente ausentes. significativo tambm que por quasedezenove sculos este dom de lnguas esteve ausenta da vida da igreja e nuncareivindicado por qualquer grupo legitimamente Cristo (veja B.B. Warfield,Milagres Falsificados , The Banner of Truth Trust). O que quer que possa serobscuro sobre esta passagem, o fato claro que o apstolo inspirado disse queelas cessariam. E elas cessaram. Se dezenove sculos de ausncia no umacessao, difcil imaginar o que mais poderia qualificar.

    2. O Padro da histria Bblica que os dons miraculosos eram dados para curtosperodos de tempo e removidos ento. Assumir que eles devem ter remanescido uma suposio impossvel de sustentar.

    3. A histria do Novo Testamento d claro registro que o dons miraculosos foramdesaparecendo mesmo antes da morte dos prprios apstolos.

    4. A revelao cessou, e assim o dom de lnguas, que era um dom revelatrio,cessou tambm.

    5. O propsito das lnguas foi cumprido, e assim elas no so mais necessrias.Elas eram para servir como um sinal para autenticar o evangelho e demonstrar aunidade dentro do corpo de Cristo. Com a igreja Crist e sua unidade como umfato estabelecido, os sinais dos mesmos no serviriam para nenhum propsito.

    6. A completa inferioridade do dom de lnguas para a profecia (1 Corntios 14:1-3)ou mesmo ensino (verso 19), faz dele desnecessrio. Ele realmente no poderealizar nada seno o que pode ser melhor e mais facilmente realizado peloensino.

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    7. A prpria atitude do apstolo Paulo para com as lnguas expressa em 1Corntios 14 e suas impressionantes restries colocadas em cima do dom, quaseeliminam as lnguas completamente (por exemplo, verso 19). A atitude tosevera e as regras so tantas, que o exerccio apropriado do dom quaseimpossvel, mesmo se ele fosse para os nossos dias.

    Objeo: 1 Corinthians 14:39

    A objeo freqentemente levantada que em 1 Corntios 14:39 Paulo diz noproibir as lnguas. No nos demanda isto que elas sejam permitidas hoje?

    A questo justa, mas a resposta pode no ser to simples como o questionadorpode pensar. Paulo no ordena que ns cegamente aceitemos todas asreivindicaes de ser o dom de lnguas; de outra maneira, isto seria um endossopara muitos cultos e religies pags bem como para fraudes bvias dentro daprpria igreja. Ele obviamente no pretendia proibir o dom como ele legitimamente dado e apropriadamente exercitado; este, no contexto (versos 26-40), claramente o ponto de Paulo. Como temos visto, por muitas razes no ho dom legtimo de lnguas hoje; assim, este verso no nos requer aceitar asreivindicaes daqueles que dizem possu-lo (no obstante quo sinceros elespossam ser). Alm do mais, mesmo se o dom fosse dado hoje, seria difcil, senoimpossvel, ach-lo exercitado de acordo com os regulamentos que Paulo deupara ele (veja as doze regras listadas acima; eu, pessoalmente, nunca ouviu otestemunho de reunies onde se falam lnguas nas quais todas aquelas regrassejam respeitadas), e onde quer que aqueles regulamentos no sejamrespeitados, este mandamento (verso 39) no pode se aplicar.

    Por causa do abuso e mal-entendimento dos Corntios sobre o dom, atravs dosprimeiros trinta e oito versos de 1 Corntios 14, Paulo severamente restringe odom de lnguas; deveras, ele dificilmente teria uma boa palavra para dizer sobre odom. Conseqentemente, ele tacitamente deu o mandamento do verso 39, paraque os Corntios no pensassem que ele sentiu ser o dom inteiramente errado; eraerrado somente na sua violao dos princpios que ele estabeleceu.

    Para que um homem reivindique que o mandamento do verso 39 se lhe aplica,ento, ele deve ser capaz de demonstrar que, 1) Deus d o dom de lnguas hoje(dando respostas para as razes Bblicas dadas acima), e 2) seu dom est sendoapropriadamente exercido e est de acordo com as regulamentaes apostlicaspara ele. Somente ento o verso 39 pode se aplicar a ele.

    Concluso

    O dom de lnguas era o dom de idiomas, um dom miraculoso direcionado para osincrdulos, mas pouqussimo enfatizado no Novo Testamento. O dom foi dadosomente para relativamente uns poucos na igreja primitiva e nunca foi pretendido

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    ser possudo por todos os crentes. Mesmo enquanto o dom era dado, certaslimitaes severas foram colocadas para o seu uso. Depois da fase fundacionalda igreja com a morte dos apstolos, o dom no foi mais dado. Segue-senaturalmente, ento, que o dom de interpretao de lnguas cessou tambm.

    Fred G. Zaspel

    Word of Life Baptist Church

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    Traduo livre: Felipe Sabino de Arajo Neto

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    http://www.monergismo.com/livros2/zaspel/dons/018.htm

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    O Dom das Lnguas Estranhas e da Palavra deProfecia

    Que esses dons existiram e foram usados na igreja crist primitiva algo

    indiscutvel. No entanto, o ponto que queremos explorar : Eles ainda so vlidoshoje? O que dizem as Escrituras?

    Em grande parte do sudeste dos EUA encontram-se hoje montculos de terra,geralmente avermelhada, devido cor do barro que existe na regio, que soinstantaneamente identificados pelas pessoas como "formigueiros de lava-ps, ouformiga-de-fogo". Essas formigas-de-fogo no so originrias do pas e acredita-se que tenham entrado pelo porto de Mobile, no Alabama, anos atrs e agora soevitadas ou atacadas com produtos qumicos pois so vistas como uma ameaapotencialmente mortal. Elas continuam sua marcha incansvel para o norte e oquanto avanaro algo que ningum sabe! J existem diversos casosregistrados em que animais selvagens e domsticos - particularmente filhotes,foram mortos por essas pequenas criaturas. Os fazendeiros criadores de gadoesto particularmente atentos e tentam evitar que os bezerros recm-nascidoscaiam nesses formigueiros. Muitas pessoas tambm j foram atacadas e algumasat morreram em conseqncia das ferozes picadas por centenas de formigas quese espalharam pelo corpo da vtima. Na verdade, a reputao dessas formigas to m que surgiu a expresso "mexer em um formigueiro de lava-ps", paraindicar que a pessoa est procurando problemas para si mesma.

    Bem, ningum nunca disse que o trabalho de um pastor fcil - portanto, vamosmexer em um formigueiro e ver se podemos evitar as picadas!

    Em nmeros cada vez maiores, muitos dos que professam a Cristo estoabraando o que veio a ser conhecido como "movimento carismtico". Essemovimento enfatiza o falar e pregar em lnguas, juntamente com profecia e outrosdons espirituais que so claramente apresentados e tratados pelo apstolo Pauloem sua Primeira Epstola aos Corntios. Que esses dons existiram e foram usadosna igreja crist primitiva algo indiscutvel e queremos deixar isso bem clarodesde o incio. No entanto, o ponto que queremos explorar : Eles ainda sovlidos hoje? O que dizem as Escrituras?

    O assunto geral dos dons espirituais mencionado pela primeira vez peloapstolo Paulo em Romanos 12, mas discutido em maiores detalhes em 1Corntios 14. E o que est sendo negligenciado por um grande nmero de irmoshoje so as razes especficas para Paulo escrever igreja dos corntios. Essaera, sem dvida, a igreja mais carnal mencionada na Palavra de Deus e precisoude pelo menos duas epstolas (alguns eruditos dizem que teriam sido trs) dePaulo para corrigir seus erros! Mas, a despeito da sua carnalidade e abusos, oEsprito Santo tinha abenoado aqueles irmos em uma tal medida que Paulodisse, "de maneira que nenhum dom vos falta." [1 Corntios 1:7]. Em outraspalavras, eles tinham tantos dons quanto qualquer outra igreja daqueles dias. E,

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    ao estudarmos atentamente o que Paulo teve a lhes dizer, torna-se prontamenteaparente que muitos eram culpados de terem usado de forma inapropriada seusdons especficos - especialmente o dom das lnguas. O fato da carnalidade deles firmemente estabelecido no captulo 3, em que lemos:

    "E eu, irmos, no vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como ameninos em Cristo. Com leite vos criei, e no com carne, porque ainda nopodeis, nem tampouco ainda agora podeis, porque ainda sois carnais; pois,havendo entre vs inveja, contendas e dissenses, no sois porventura carnais, eno andais segundo os homens?" [1 Corntios 3:1-3]

    Portanto, vemos que toda essa epstola foi necessria devido aos excessoscarnais por parte da igreja dos corntios e "leite" espiritual, em vez de "carne", oualimento slido. Tenha esse fato em mente, ao passarmos pelo Biotnico e pelaEmulso, juntamente com as cenouras, ervilhas e espinafres do ensino de Paulonessa epstola!

    No captulo 12, Paulo comea a expor o assunto dos dons espirituais e, nessaexposio, enfatiza repetidamente (pois as crianas precisam da repetio paraaprender de forma adequada) que o maior de todos os dons a capacidade dadapelo Esprito Santo para a pregao da Palavra (captulo 14, verso 5 - a serdiscutido em detalhes posteriormente). Ento, comeando no verso 7 do captulo12, ele relaciona os dons em termos gerais e cada vez que faz isso, sempre naordem decrescente de sua importncia relativa. Portanto, vamos comear com overso 6 para colocar tudo em seu devido contexto:

    "E h diversidade de operaes, mas o mesmo Deus que opera tudo em todos.Mas a manifestao do Esprito dada a cada um, para o que for til. Porque aum pelo Esprito dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Esprito, apalavra da cincia; e a outro, pelo mesmo Esprito, a f; e a outro, pelo mesmoEsprito, os dons de curar; e a outro a operao de maravilhas; e a outro aprofecia; e a outro o dom de discernir os espritos; e a outro a variedade delnguas; e a outro a interpretao das lnguas. Mas um s e o mesmo Espritoopera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer." [1Corntios 12:6-11]

    Em seguida, Paulo reitera esse mesmo tema a partir do verso 28:

    "E a uns ps Deus na igreja, primeiramente apstolos, em segundo lugar profetas,em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos,variedades de lnguas. Porventura so todos apstolos? so todos profetas? sotodos doutores? so todos operadores de milagres? Tm todos o dom de curar?falam todos diversas lnguas? interpretam todos? Portanto, procurai com zelo osmelhores dons; e eu vos mostrarei um caminho mais excelente." [1 Corntios12:28-31]

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    Observe que Paulo novamente relaciona esses dons na ordem decrescente deimportncia, com o verso 31 dizendo claramente que alguns so maiores oumelhores do que outros - com as lnguas e sua interpretao sempre citadas nofim. E, no verso 30 ele faz perguntas com relao ao fato se todos na igrejapossuam esses dons - e a construo gramatical no original em grego sugere a

    resposta negativa em todos os casos. Portanto, aqueles que insistem que todos oscrentes precisam exibir o dom das lnguas como prova de sua salvao estoredondamente enganados!

    Em seguida, a partir do verso 1 do captulo 14, Paulo comea a contrastar aimportncia dos dons e precisamos considerar tudo o que ele tem a dizer(particularmente sobre as lnguas) sem tirar nada fora do seu contexto:

    "Segui o amor, e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o deprofetizar. Porque o que fala em lngua desconhecida no fala aos homens, senoa Deus; porque ningum o entende, e em esprito fala mistrios. Mas o queprofetiza fala aos homens, para edificao, exortao e consolao. O que fala emlngua desconhecida edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja. Eeu quero que todos vs faleis em lnguas, mas muito mais que profetizeis; porqueo que profetiza maior do que o que fala em lnguas, a no ser que tambminterprete para que a igreja receba edificao. E agora, irmos, se eu for terconvosco falando em lnguas, que vos aproveitaria, se no vos falasse ou pormeio da revelao, ou da cincia, ou da profecia, ou da doutrina? Da mesmasorte, se as coisas inanimadas, que fazem som, seja flauta, seja ctara, noformarem sons distintos, como se conhecer o que se toca com a flauta ou com actara? Porque, se a trombeta der sonido incerto, quem se preparar para abatalha? Assim tambm vs, se com a lngua no pronunciardes palavras beminteligveis, como se entender o que se diz? porque estareis como que falando aoar. H, por exemplo, tanta espcie de vozes no mundo, e nenhuma delas semsignificao. Mas, se eu ignorar o sentido da voz, serei brbaro para aquele aquem falo, e o que fala ser brbaro para mim. Assim tambm vs, como desejaisdons espirituais, procurai abundar neles, para edificao da igreja. Por isso, o quefala em lngua desconhecida, ore para que a possa interpretar. Porque, se eu orarem lngua desconhecida, o meu esprito ora bem, mas o meu entendimento ficasem fruto. Que farei, pois? Orarei com o esprito, mas tambm orarei com oentendimento; cantarei com o esprito, mas tambm cantarei com o entendimento.De outra maneira, se tu bendisseres com o esprito, como dir o que ocupa o lugarde indouto, o Amm, sobre a tua ao de graas, visto que no sabe o que dizes?Porque realmente tu ds bem as graas, mas o outro no edificado. Dou graasao meu Deus, porque falo mais lnguas do que vs todos. Todavia eu antes querofalar na igreja cinco palavras na minha prpria inteligncia, para que possatambm instruir os outros, do que dez mil palavras em lngua desconhecida.Irmos, no sejais meninos no entendimento, mas sede meninos na malcia, eadultos no entendimento. Est escrito na lei: Por gente de outras lnguas, e poroutros lbios, falarei a este povo; e ainda assim me no ouviro, diz o Senhor. Desorte que as lnguas so um sinal, no para os fiis, mas para os infiis; e aprofecia no sinal para os infiis, mas para os fiis. Se, pois, toda a igreja se

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    congregar num lugar, e todos falarem em lnguas, e entrarem indoutos ou infiis,no diro porventura que estais loucos?" [1 Corntios 14:1-24; nfase adicionada]

    O primeiro comentrio que queremos fazer refere-se definio da Amplified Biblesobre o dom da profecia, com a qual concordamos plenamente. Ela diz, "pregao

    e ensino inspirado, a interpretao da vontade e do propsito divino"--------------- NO DEIXE DE LER ESTA PARTE, POIS MUITO IMPORTANTE!!!!

    Quando Paulo escreveu essas palavras, o Novo Testamento ainda no existiacomo um documento escrito e concludo. Quando os pregadores, cheios doEsprito Santo, pregavam - essa mensagem era a prpria Palavra de Deus,pregada pelo prprio Esprito Santo. Isso pode ser verificado em 2 Pedro 1:21, emque lemos:

    Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas oshomens santos de Deus falaram inspirados pelo Esprito Santo."

    2 Timteo 3:16 acrescenta:

    "Toda a Escritura divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, pararedargir, para corrigir, para instruir em justia."

    Portanto, o que precisamos compreender que o dom da profecia implica emanunciar a Palavra de Deus s pessoas que no tinham o benefcio de uma Bbliapessoal, por meio de homens que tinham poucas Escrituras do Antigo Testamento sua disposio, se que tinham alguma! O Esprito Santo estava falandodiretamente aos homens. E, o dom das lnguas era uma extenso disso, poisaqueles que tinham esse dom podiam pregar em um idioma que nunca haviamestudado. A coisa interessante sobre o dom das lnguas era que muitofreqentemente, a pessoa que exercia esse dom no compreendia o que estavadizendo! por isso que Paulo lhes disse para buscarem o dom da interpretao(14:13; citado anteriormente). A palavra "lngua" ou "lnguas" no grego glossa (osignificado exato incerto, mas provavelmente refere-se lngua fsica) eindiretamente refere-se s lnguas, como algumas vezes usamos hoje (porexemplo, dizemos: "O portugus nossa lngua materna"). Isso fica fortementeinferido pelo que encontramos em Atos 2, quando falar em lnguas estranhascomeou no dia de Pentecostes. Judeus provenientes de muitos pases diferentesestavam em Jerusalm por ocasio da festa, e quando Pedro e os outros, sob ocontrole do Esprito Santos, comearam a pregar para eles em sua prpria lnguanativa, lemos o seguinte:

    "E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois qu! noso galileus todos esses homens que esto falando? Como, pois, os ouvimos,cada um, na nossa prpria lngua em que somos nascidos?" [Atos 2:7-8]

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    Portanto, a partir disso, bem claro que o dom das lnguas envolvia a pregaosobrenatural em idioma estrangeiro.

    No entanto, muita confuso tem aparecido a respeito dos comentrios em 1Corntios 14:2 e 14:4 sobre aqueles que falam em lnguas no falarem aos

    homens, mas a Deus - que o dom edifica aquele que o exerce (verso 4) - como seesse dom fosse limitado a algum tipo de xtase celestial durante a orao doindivduo a Deus. Uma limitao, ou dualidade de significado, simplesmente nopode ser o caso, pois a mesma palavra grega glossa usada tanto em Atos 2quanto em 1 Corntios. E, como a narrativa em Atos nos diz sem qualquer dvidaque os judeus estrangeiros compreenderam o que estava sendo dito, precisamosbuscar alguma outra explicao para essa passagem em particular. Assim,tomado no contexto em que dada - isto , Paulo falando aos crentes corntiossobre a igreja deles - qualquer pessoa que falasse em um idioma estrangeiro paraeles no seria compreendida e somente o prprio orador seria edificado. Aedificao pessoal tinha um sentido de sarcasmo dirigido queles que estavamabusando desse dom. O verso 9 reitera a futilidade de falar sem que a igrejacompreendesse e o verso 10 enfatiza o fato que aquilo que dito constitui lnguaestranha.

    E, em resumo, esse extenso ensino de Paulo foi obviamente motivado pelosexcessos carnais daqueles que possuam o dom e o usavam de um modoinadequado, sem sabedoria. Aparentemente, estar sob a influncia do EspritoSanto era uma experincia maravilhosa e podia ser controlada pelo indivduo. Emoutras palavlras, ele podia "sentir-se bem" to freqentemente quanto desejasse epor quanto tempo quisesse. E, o controle do indivduo firmemente estabelecidopelo verso 32, que diz:

    "E os espritos dos profetas esto sujeitos aos profetas." [1 Corntios 14:32]

    Assim, com a natureza humana carnal sendo como , os excessos e abusosaconteceram. Os corntios eram mais carnais do que a maioria e Paulo precisoucorrigi-los.

    Mas, e hoje? Que razes poderamos ter para dizer que esses dons no so maisvlidos? Bem, se voltarmos um captulo, Paulo responde a essa pergunta noCaptulo 13, versos 8 a 10:

    "O amor nunca falha; mas havendo profecias, sero aniquiladas; havendo lnguas,cessaro; havendo cincia, desaparecer; porque, em parte, conhecemos, e emparte profetizamos; mas, quando vier o que perfeito, ento o que o em parteser aniquilado."

    W. E. Wine, em seu livro Expository Dictionary of New Testament Words, tem estepertinente comentrio a respeito do dom das lnguas:

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    "No existe evidncia da continuidade desse dom aps o perodo apostlico oumesmo no fim do perodo apostlico; isso oferece confirmao do cumprimento de1 Corntios 13:8, que esse dom cessaria nas igrejas, exatamente como as"profecias" e "conhecimento" no sentido de conhecimento recebido por podersobrenatural imediato. A finalizao das Sagradas Escrituras forneceu s igrejas

    tudo o que necessrio para a orientao, instruo e edificao individual ecoletiva." [nfase minha]

    Uma vez que o cnon das Escrituras do Novo Testamento ficou completo, asinstrues de Deus para seu povo ficaram em forma escrita e a pregaoverdadeiramente inspirada, bem como o ensino e interpretao da vontade epropsito divino cessaram. Lembre-se que a palavra "inspirada" em termosespirituais significa "Deus soprou" (no grego theopneustos) e refere-se somentequilo que o prprio Deus fez ser dito nas igrejas primitivas e colocou nasEscrituras do Antigo e do Novo Testamento. O livro do Apocalipse pe a tampasobre tudo e o prprio Senhor Jesus Cristo nos diz em 22:18-19 que no devemosacrescentar nem remover de sua palavra e Deuteronmio 4:2 faz a mesma soleneadvertncia no Antigo Testamento. Assim, quando qualquer pregador afirma quesua pregao divinamente inspirada e que pode fornecer informaes profticasque no esto contidas na Bblia, suas prprias palavras o condenam, pois esttentando fazer acrscimos quilo que j est completo e perfeito.

    As formigas j esto alvoroadas?

    Apenas para o bem do argumento, vamos supor que eu esteja errado sobre ainterpretao desse assunto. Vamos supor que as lnguas ainda estejam emexistncia e sejam perfeitamente legtimas. Quais sero as ramificaes nessecaso? Primeiro de tudo, seria o fato que as lnguas eram somente um dos vrios"sinais" dados para autenticar a mensagem do evangelho diante de um mundoignorante e analfabeto. Outros incluiriam a operao de milagres - incluindo a curados enfermos e a ressurreio dos mortos. Expelir demnios tambm seria umbom exemplo. E, quando examinamos cuidadosamente a evidncia dada nasEscrituras, descobrimos que nem um dos vrios milagres narrados foramquestionados nem mesmo pelo inimigo mais beligerante! Os fariseus cometeramum erro grave ao atribuir os milagres de Cristo a Belzebu (Mateus 12:24), mas nonegaram os milagres em si. Em Atos 4:16, o Sindrio admitiu que no podia negaro fato que o homem paraltico tinha sido curado! E, medida que os discpulos deCristo se espalharam pelas naes naqueles dias primitivos, seus milagres foramdesprezados, mas nunca questionados com sucesso. Milagres do mesmo tipo emagnitude esto sendo operados hoje? Operados de uma forma tal que ningumpossa question-los? Quando foi a ltima vez que voc viu pessoalmente umirmo em Cristo simplesmente tocar em um cego e restaurar a viso dele semqualquer questionamento, ou melhor ainda, ressuscitar um morto? Tenho sido umfilho de Deus praticamente toda a minha vida e j tive comunho com milhares deoutros irmos em meus mais de 62 anos de idade, mas ainda no vi isso, muitomenos ouvi que tivesse sido feito de tal maneira a causar agitao entre os nosalvos! Os "dons de sinais" eram para o propsito expresso de abalar os

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    Voc j teve seu(s) esprito(s) testado(s) pelo mtodo bblico? Enquanto estiversob o poder do esprito - na presena de um grupo de irmos piedosos econsagrados - algum questionou o "esprito das lnguas", ou "o esprito daprofecia", etc. e exigiu que ele confesse que Jesus Cristo o Senhor e que veioem carne? Amados, se o Esprito Santo quem est por trs desse dom em

    particular em questo, podemos ter a certeza que a confisso ser feita porquecaso contrrio, Deus no nos instruiria a testar. Se a confisso no for feita, oesprito falso e precisa ser tratado da forma apropriada. Alm disso, uma totalhonestidade por parte da pessoa que est manifestando o dom , obviamente, defundamental importncia - a confisso precisa ser feita pelo esprito, e no pelapessoa.

    Estamos cientes da enganao demonaca que est ocorrendo entre os irmosem muitas diferentes reas da vida, no apenas entre os carismticos. Todadenominao e seita do cristianismo est infestada com joio. A apostasia estdesmedida e nosso objetivo no entrar em uma disputa sobre quem est certo equem est errado com relao doutrina. Estamos tentando "manejar bem apalavra da verdade" [2 Timteo 2:15] e atuar como um atalaia posicionado no altoda muralha. Que Deus o abenoe medida que voc procurar servi-lo da melhormaneira possvel.

    --------------------------------------------------------------------------------

    http://www.espada.eti.br/p174.asp

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    Lnguas estranhas

    Qual a diferena entre o verdadeiro dom de lnguas e o falso?

    Por Alberto R. Timm

    Para identificar o verdadeiro dom de lnguas, necessrio compreender primeiro oensino bblico sobre os dons espirituais. Em 1Corntios 12:1-11, Paulo esclareceque os dons so diversos, mas o Esprito o mesmo (verso 4); que eles sodistribudos pelo Esprito como Lhe apraz (verso 11); e que eles so sempreconcedidos visando a um fim proveitoso (verso 7). Esse fim pode sera edificao do corpo de Cristo (Ef 4:12) ou a capacitao dos cristos para aproclamao do evangelho (At 1:8).Bsico para a compreenso do dom de lnguas o contedo de 1o Corntios 14,

    onde Paulo procura corrigir algumas distores. O propsito essencialmenteevangelstico desse dom bem definido no apenas na declarao de que aslnguas constituem um sinal no para os crentes, mas para os incrdulos (verso22), mas tambm no testemunho pessoal de Paulo ao asseverar:Dou graas a Deus, porque falo em outras lnguas mais do que todos vs.Contudo, prefiro falar na igreja cinco palavras com o meu entendimento, parainstruir outros, a falar dez mil palavras em outra lngua.Se considerarmos atentamente a experincia dos discpulos no Pentecostes,registrada em Atos 2:1-13, perceberemos que naquela ocasio estavamcongregadas em Jerusalm pessoas provenientes de todas as naes debaixo docu (verso 5; ver tambm os versos 9-11). Foi para proclamar o evangelho, nesse

    contexto especfico, que o Esprito Santo concedeu aos discpulos overdadeiro dom de lnguas. E o prprio texto bblico confirma que cada um dospresentes ao Pentecostes ouvia a mensagem em sua prpria lngua materna(versos 6, 8 e 11).A teoria de que o genuno dom de lnguas se manifesta hoje na forma de lnguasestticas, no faladas atualmente por qualquer povo ou nao, carece defundamento bblico. As vrias aluses, na Verso Almeida Revista e Corrigida, a

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    lnguas estranhas (1Co 14) no aparecem como tais no texto original grego,onde a expresso usada simplesmente lnguas. Por outro lado, a tentativade identificar as modernas manifestaes de lnguas estticas como sendo lnguasdos anjos (1Co 13:1) no sancionada pelas Escrituras. Todas as vezes que osanjos bons falaram com seres humanos, eles o fizeram na prpria lngua das

    pessoas com as quais se comunicavam (ver Gn 18 e 19; Dn 9:21-27; Lc 1:11-20,26-38; 2:8-15; At 12:6-8 e Ap 22:8 e 9).Cremos, portanto, que nem todos os pretensos dons de lngua so de origemdivina. O verdadeiro dom de lnguas concedido pelo Esprito Santo no para aexaltao pessoal do indivduo diante da comunidade, mas para suprir umanecessidade existente. O recebimento desse dom leva a pessoa a falar em umagenuna lngua de nao, at ento desconhecida para ela, sempre com umpropsito evangelstico.

    Fonte: Sinais dos Tempos

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    DOM DE LNGUAS

    INTRODUO

    Est em evidncia, por toda a parte do mundo e no Brasil tambm, o dom de

    lnguas. Por um lado, os grupos pentecostais mais antigos crem que "falarlnguas" a evidncia de que a pessoa recebeu o "Batismo do Esprito Santo". Eda, todos os que adotam aquelas doutrinas pentecostais, querem,desesperadamente, "falar lnguas". Por outro lado, grupos que no chegam aadotar o fato como evidncia de "Batismo do Esprito Santo", acham muitoimportante que isso acontea com eles e lutam, tambm, para conseguir a grande"bno".

    Da, a prtica alastra-se como febre e muitas igrejas so divididas por causadesse dom. O que deveria ser uma bno, acaba sendo uma tristeza; o quedeveria fortificar e edificar as igrejas, acaba enfraquecendo-as e dividindo-as. O

    que est acontecendo? Ser essa "febre" um expediente de Deus?Antes de tudo, devemos estudar o assunto luz das Escrituras Sagradas. A Bblia nossa nica regra de f e prtica e, como os antigos bereanos, temos que ir aela para ver se "estas coisas so assim" (Atos 17.11). No o que os chamadoscarismticos ou neopentecostais esto fazendo, pois progrediram para oentendimento de que a Bblia no est fechada quanto s revelaes de Deus, e,por isso mesmo, ela no importante. As experincias que as pessoasconseguem so mais importantes do que a Bblia, a Palavra de Deus.Uma mulher escreveu para um pastor famoso aqui nos Estados Unidos, que temuma vasta rede de programas de rdio e TV, Rev. John F. MacArthur Jr., e quecombate muito os carismticos, o seguinte: "Voc est valendo-se de traduo do

    grego e arranjando palavras para explicar o que o Esprito Santo est fazendo naigreja hoje. Deixe-me dar-lhe um conselho que poder salvar voc da ira do Deustodo poderoso: ponha de lado sua Bblia e seus livros e pare de estudar. Pea aoEsprito Santo para vir sobre voc e lhe dar o dom de lnguas. Voc no tem odireito de questionar aquilo que voc nunca experimentou". (Carismatic Chaos,Zondervan Publishing House, Grand Rapids, Michigan, p.25, 1992). Para essamulher e milhes de outros carismticos, o que interessa uma experinciaespetacular, no importando se ela est dentro da doutrina e ensinamentosbblicos ou no. A Bblia no to importante. Importante a experincia de falarem lnguas que algum pode ter.

    Respeitando o direito de todos os carismticos de crerem como crem, queroalertar o povo que se chama Batista para o perigo que corre neste tempo, e o faocom muita dependncia de Deus, do Seu Esprito Santo e do Senhor Jesus Cristo.Para este trabalho, estarei usando vasto material que tenho acumulado durante osanos, muitos deles j publicados em apostilas durante os congressos sobre adoutrina do Esprito Santo no Rio de Janeiro e no manual da Operao Jeric.Tambm estarei citando com freqncia o excelente livro intitulado: Charismatic

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    Chaos, de John F. MacArthur, Jr., editado pela Zondervan Publishing House, emMichigan, e lanado no ano passado (1992).

    O DOM MENOS IMPORTANTE DA LISTA

    O dom de lnguas, to buscado hoje por crentes de quase todas asdenominaes, no o mais importante na lista bblica. O apstolo Paulo o colocaem ltimo lugar na sua lista de 1 Corntios 12.8-11; e na mesma epstola, captulo14.1, ele diz que o dom principal o de profetizar. Portanto, este no era um domto importante nos dias apostlicos, apesar de ter sido dado em primeiro lugar, nodia de Pentecostes.Como os dons espirituais eram dados para o que fosse til (1 Cor. 12.7), nosabemos qual a razo de se querer tanto o dom de lnguas hoje, uma vez quepassou a sua utilidade.

    IDIOMAS E NO LNGUA DESCONHECIDA

    As lnguas mencionadas em todos os textos bblicos que se referem a esse dom,so idiomas e no lnguas desconhecidas, estranhas, como querem alguns. Nodia de Pentecostes, conforme Atos 2.1-13, est claro que as lnguas eramidiomas. Basta ler de novo Atos 2.7-11. Igualmente em Marcos 16.17, referindo-sea "novas lnguas", usa-se o termo "kains", que quer dizer: "nova" quanto ao uso,significando novos idiomas e no "estranho". Alis, a palavra grega usada em Atos2.8-11 para "lngua" "dialektos", que deu origem nossa palavra "dialeto", quese refere linguagem humana, idioma.Ainda mais: em 1 Cor. 14.18, Paulo diz que dava graas a Deus porque falavamais lnguas do que todos os corntios. Que lnguas ele falava? Ele falava idiomas:hebraico, aramaico, grego, latim, e, quem sabe, outros. Aqui, os termos usadosno do margem para introduzir a palavra "estranha". Paulo est falando,portanto, de idioma.Quando Paulo fala que deve haver intrprete, a palavra para "intrprete" aqui (1Cor. 12.10; 14.26.27) "hermeneuo", que, no grego, refere-se interpretao deum idioma.

    "LNGUA ESTRANHA", EXPRESSO INEXISTENTE NO NOVO TESTAMENTO

    A expresso "lngua estranha" encontrada em algumas verses em portugus,no se encontra no original. O original diz simplesmente: "o que fala em lngua".Algumas tradues usam: "outras lnguas". Notem que nas tradues que dizem:"lngua estranha", o termo "estranha" est em itlico (um tipo de letra diferente dasoutras), um sinal de que foi posto pelo tradutor para acomodar o sentido segundoo seu entendimento. Alis, esta influncia vem da famosa traduo inglesa deKing James (Rei Tiago), que procede da mesma maneira.

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    Em razo disso, e por uma leitura apressada de Corntios 14, muitos pensam queesse dom refere-se a uma lngua ininteligvel ao ser humano, apropriada para sefalar a Deus, em momentos de profunda espiritualidade. Seria uma lngua que sDeus entende e que no haveria nenhum idioma igual na face da terra. Algunsintrpretes acham que a lngua dos Anjos, principalmente baseados na

    expresso de Paulo em 1 Cor. 13.1: "Ainda que eu falasse a lngua dos homens edos anjos...".Aqui h dois tipos muito interessantes de argumento: primeiro, o que Paulo estdizendo, na construo gramatical que faz em 1 Cor 13, que "ainda que eufalasse a lngua dos homens e dos Anjos... e impossvel falar". Paulo estlevantando uma hiptese impossvel, para reforar seu argumento de que se noh amor, nada mais tem valor; segundo, em nenhum lugar da Bblia vamosencontrar lngua de Anjos. Quando foi que um Anjo falou em lngua angelical aalgum na Bblia? Abrao, Josu, Maria, Isabel, Zacarias, os pastores de Belm,todos tiveram encontro com Anjos. Sabe-se que em todos esses casos os Anjosfalaram na lngua de cada pessoa. Deus sempre fala conosco na nossa lngua.At a jumenta de Balao falou com ele (por milagre de Deus) na lngua de Balao(Nmeros 22.21-30). Portanto, Deus no precisa de lngua celestial para falar comSeus servos, ou para Seus servos falarem com Ele.Ademais, na lista em que Paulo relaciona os dons espirituais (1 Cor. 12.7-11), eles menciona uma categoria de lngua para esse dom: "variedade de lnguas", quesignifica, inequivocamente, idiomas. Em nenhuma outra lista aparece o outro tipode lngua. Isso mostra que o problema de Corinto era muito especial e Pauloprocurava tir-lo do povo de Deus.

    UM DOM PARA EDIFICAO DA IGREJA

    O dom de lnguas era dado para a edificao da igreja, e nunca para engrandecero crente. Na verdade, os dons espirituais nunca foram dados nem mesmo embenefcio do prprio Senhor Deus, muito menos em benefcio de uma pessoa, masem benefcio exclusivo da igreja, e deveriam ser manifestados s na igreja (1Cor.14.26-35). isso que Pedro pondera em sua primeira epstola, 4.10, sobreadministrar os dons. E isto est de acordo tambm com o que Paulo fala em 1Cor. 14.4.Em conseqncia, a mulher no podia receber o dom, pois no cristianismoprimitivo, pelo menos na concepo de Paulo, ela no podia falar na igreja. Sequisesse saber alguma coisa tinha que perguntar ao marido em casa (1 Cor.14.34-35). Curiosamente, hoje so elas as que mais querem falar "lnguasestranhas".

    O DOM COMO SINAL PARA OS INCRDULOS

    O dom de lnguas era um sinal para os incrdulos e no para os crentes. Noseria, portanto, um sinal de que o crente recebeu o "Batismo do Esprito Santo". isto mesmo que Paulo diz em 1 Cor. 14.21-22. Ele est citando Isaas 28.11, eaqui o texto refere-se, outra vez, a idioma.

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    E da, na manifestao do Esprito Santo em Samaria (Atos 8.14-16), no houvelnguas. Entre os quase trs mil convertidos no dia de Pentecostes (Atos 2.37-47),no houve lnguas. Paulo nunca falou lngua, pelo que se tenha conhecimento,nem mesmo no dia em que recobrou sua viso em Damasco. Igualmente, Ldia eo carcereiro de Filipos, no falaram lnguas, depois da converso marcante que

    tiveram. Onde o sinal?HAVIA "LNGUAS ESTRANHAS" EM CORINTO?

    Vamos tentar entender melhor porque Paulo parece admitir que o que estavaacontecendo em Corinto era "lngua estranha".O autor do livro Charismatic Chaos, John F. MacArthur, Jr., sugere que Paulo estironizando os corntios quando diz que "o que fala lngua estranha no fala aoshomens, seno a Deus; porque ningum o entende, e em esprito fala demistrios" (1 Cor. 14.2). Paulo estaria dizendo: "Quem fala como vocs estofalando, est tentando falar apenas a Deus, porque Ele entende at os nossospensamentos, mas as pessoas no entendem".De minha parte, creio que Paulo est usando o que se chama argumento deconcesso. Isto , Paulo est admitindo o fato como verdade apenas paraargumentar e provar o contrrio. Ele estaria querendo dizer: "Vamos admitir quevocs estejam falando uma lngua celestial. Se assim, vocs esto falandoapenas a Deus e no aos homens. Mas no assim que foi dado, originalmente, odom, pois foi dado para falar aos homens, aos incrdulos". Seria mais ou menosisto que Paulo estaria usando aqui.Mas a Palavra de Deus maravilhosa e se esclarece por si mesma. No mesmotexto de 1 Cor. 14, h, pelo menos, quatro evidncias de que Paulo no estadmitindo que estava acontecendo o fenmeno de uma lngua estranha emCorinto:1o. Argumento (1 Cor. 14. 6-11): Paulo mostra a necessidade de se falar lnguainteligvel, principalmente no verso 9. Portanto, se estava acontecendo uma lnguaestranha em Corinto, Paulo estava querendo que isso parasse de acontecer.2o. Argumento (1 Cor. 14. 14-17): Paulo fala do que do esprito e do que doentendimento; orar com esprito e orar com o entendimento. Ele procura mostrarque no pode haver um "espiritual" totalmente dissociado do entendimento. E isso que esto querendo os carismticos hoje. Para eles, a lngua estranha algoque s a pessoa e Deus entendem.3o. Argumento (1 Cor. 14. 18-19): Paulo afirma que fala mais lngua do que todosos crentes de Corinto. Ele falava porque havia aprendido. E mostra que a lnguaque falava era da inteligncia (v. 19);4o. Argumento (1 Cor. 14.27-28): Paulo fala do intrprete que, como j dissemos,refere-se interpretao de um idioma e no de uma lngua celestial. E se nohouver intrprete, o que recebeu o dom deve ficar calado.Por outro lado, se entende que 1 Corntios 14 est falando realmente de idiomas eno de lngua estranha ou celestial, porque, ento, a meno de "falar a Deus" e"falar de mistrios". Nesta hiptese, temos que considerar que, sendo o dom deidiomas, se ele se manifestasse e no houvesse algum daquela linguagem ali, acongregao ficaria sem edificao. Assim, deveria haver intrprete, para que

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    todos entendessem. No era, portanto, para Deus entender, mas para o povoentender.W. E. Vine, no seu dicionrio de palavras gregas, sugere que, mesmo que fosseidioma, quem falava em lnguas s falava a Deus, pois no sendo uma lnguaaprendida pela inteligncia, a pessoa que falava nunca a entendia o que estava

    falando, mas s os seus ouvintes. Explica ele que em Atos 2.1-13, o povoentendia cada um na sua lngua, mas quem estava falando no entendia.Portanto, s falavam a Deus. Parece que faz sentido, no mesmo? (ACompreensive Dictionary of Original Greek Words With their Precise Meanings forEnglish Readers - Um Compreensivo Dicionrio de Palavras Gregas OriginaisCom Seu Preciso Sentido para Leitores Ingleses -- W.E.Vine, MacdonaldPublishing Company, Virgnia, pp.