diario do festival

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Gramado, domingo, 14 de agosto de 2011 Jornal oficial do 39 o Festival de Cinema de Gramado l Ano 6 l N o 24 l Distribuição gratuita Foto: Edison Vara/PressPhoto Uma Longa Viagem é o melhor filme Gramado consagra trabalho de Lúcia Murat que mistura documentário e ficção. Caio Blat, intérprete do longa, também foi premiado

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Jornal oficial do 39º Festival de Cinema de Gramado

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Page 1: Diario do festival

Gramado, domingo, 14 de agosto de 2011 Jornal oficial do 39o Festival de Cinema de Gramado l Ano 6 l No 24 l Distribuição gratuitaFoto: Edison Vara/PressPhoto

Uma Longa Viagem é omelhor filmeGramado consagra trabalho de Lúcia Murat que mistura documentário e ficção. Caio Blat, intérprete do longa, também foi premiado

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BALANÇO

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Gra ma do, 14 de agosto de 20112 Diá rio do Fes ti val

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Di re ção Ge ral

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Ano 6, no 24 – 14/8/2011

Jor nal oficial do 39º Festival

de Cinema de Gramado

Distribuição gratuita

Pu blis her

Flá vio Di fi ni Lei te

Edi ção

Gus ta vo Fa raon

gus ta [email protected]

Re por ta gem

Douglas Ceconello

Katiana Ribeiro

Melissa Schröder

Pla ne ja men to grá fi co

Kras kin Co mu ni ca ção

Dia gra ma ção

Vinícius Kraskin

Taciana Pessetto

Im pres são

Pio nei ro – Gru po RBS

EDITORIAL

Festival comemora recordese já prepara festa de galaDouglas Ceconello

Após consolidar uma formatação mais arrojada, reafirmando sua posição de destaque no cenário cinematográfico brasileiro e lati-

no-americano, o Festival de Cinema de Gramado encerra a edição de 2011 apresen-tando números expressivos e já antecipan-do os preparativos para celebrar, ano que vem, seu histórico 40º aniversário.

Para o presidente do festival, Alemir Coletto, a edição que teve seu apogeu na premiação de ontem à noite foi “a mais re-presentativa de nossa história”. Houve acréscimo de 45% na inscrição de filmes, marca que supera os 600 títulos. “Com cer-teza, não estamos apenas comemorando o recorde de filmes inscritos, mas também o fato de o festival ter abraçado cada canto de Gramado. Nós vivemos e respiramos cine-ma durante nove dias”, avalia Coletto. Conforme o presidente, além das exibições regulares, 80 filmes foram levados à perife-ria no projeto Cinema nos Bairros.

Os acréscimos, no entanto, não ficaram restritos às salas de exibição. Uma mudan-ça considerada positiva foi a busca por uma maior centralização das atividades e da or-ganização, que se aproximaram ainda mais do Palácio dos Festivais e facilitaram a roti-na do público e dos cerca de 300 profissio-nais que trabalharam no evento. Quando as distâncias eram difíceis de serem percorri-das a pé, os convidados podiam recorrer a 15 automóveis e 10 micro-ônibus.

A magnitude da 39ª edição refletiu-se

no grande número de profissionais de comunicação que cobriram a diversifica-da agenda. A PressPhoto, equipe de foto-grafia do festival, disponibilizou no site oficial cerca de 900 fotos em alta resolu-ção, que eram utilizadas por 140 veículos por dia, entre sites, revistas e jornais. Pa-ra Coletto, é uma prova do prestígio que o festival alcançou. “Como presidente, afirmo que o festival não teria o mesmo valor se não fosse o amplo reconheci-mento da mídia, da crítica e da classe ci-nematográfica”, comemora.

Durante os nove dias de evento, con-forme o presidente, mais de 120 mil pes-soas visitaram Gramado, participando da programação ou aproveitando as di-versas atrações que a cidade oferece. “Apenas na noite de premiação, cerca de 25 mil pessoas estavam se divertindo nas dez festas organizadas.”

Atravessando fronteirase de olho na festa

No momento em que já começa a se preparar para celebrar seus 40 anos, o festi-val parece ter alcançado maturidade sufi-ciente para se assumir definitivamente co-mo porta-voz do cinema brasileiro ao redor do mundo. Na última semana, foram fe-chados acordos com os festivais de cinema de Veneza e de Los Angeles. “Essas parce-rias vão abrir portas no continente europeu e na América do Norte, consolidando o pa-pel de Gramado como vitrine e interlocutor do meio cinematográfico brasileiro naque-les cenários”, avalia Coletto.

O festival também espera tornar ainda mais significativo seu respaldo junto à classe cinematográfica, unindo esforços para que as edições continuem superando recordes. Para isso, está sendo estruturada a Academia de Cinema de Gramado, da qual vão fazer parte entidades representa-tivas do setor. “Já a partir de 2012, a Aca-demia será a grande parceira do festival, no sentido de ampliar forças para a sua realização”, explica o presidente. A edição histórica do ano que vem acontece entre os dias 10 e 18 de agosto.

Pelo sexto ano consecuti-vo, o Festival de Cinema de Gramado contou com

um veículo exclusivo dedicado a levar informação para os seus diversos públicos. Nós do Diá-rio do Festival nos sentimos privilegiados em servir ao mais importante evento da cinema-tografia brasileira, aproximan-do espectadores, críticos e pro-fissionais da sétima arte, ampli-ficando os debates em torno dos filmes e colocando em pauta as questões relevantes para o au-diovisual e a cultura.

Em 2011, uma equipe de nove pessoas trabalhou direta-mente para que, em cada ma-nhã, a publicação estivesse

disponível aos leitores no Palá-cio dos Festivais, na Rua Co-berta, no Centro de Eventos

do Hotel Serra Azul e nos principais hotéis da cidade. Foram quatro edições produ-

zidas em meio à frenética roti-na de Gramado e finalizadas durante as madrugadas.

O desafio de produzir o jor-nal oficial de um festival de ta-manha importância só é possí-vel porque contamos com o apoio da equipe comercial da ClassiMarketing, que viabiliza este projeto junto aos patroci-nadores, dos fotógrafos da PressPhoto, além do suporte da organização do evento e sua as-sessoria de imprensa.

É uma honra colaborar para o desenvolvimento do nosso fes-tival. Nos vemos em 2012!

Gustavo FaraonEditor

Equipe de jornalismo: Douglas Ceconello, Katiana Ribeiro, Gustavo Faraon e Melissa Schröder

Orgulho em fazer parte desta história

Alemir Coletto destacou acréscimo na inscrição de filmes

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3Gra ma do, 14 de agos to de 2011 Diá rio do Fes ti val

PREMIAÇÃO

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Noite dos Kikitos consagra tendência de diálogo entre ficção e documentárioUma Longa Viagem,

de Lúcia Murat, sagrou-se o melhor longa-metragem

brasileiro do 39º Festival de Ci-nema de Gramado. “Esse filme é parte da minha história e dos meus irmãos Heitor e Miguel. O Kikito é deles também”, de-clarou a diretora. A mistura de documentário biográfico com ficção também rendeu ao ator Caio Blat o segundo Kikito consecutivo de sua carreira.

As atenções foram divididas com outra produção que mescla os dois gêneros, Riscado. O filme levou melhor direção, com Gus-tavo Pizzi, que também faturou o prêmio de melhor roteiro, jun-to de Karine Teles, com quem é casado. Karine recebeu, ainda, o Kikito de melhor atuação femi-nina. No longa, que foi o mais celebrado pela crítica, ela inter-preta uma atriz que ganha a vi-da imitando divas do cinema.

A noite foi marcada por apresentações da cantora An-dréa Cavalheiro, além de vídeos e depoimentos que resgataram a história do festival. Da mostra de longas estrangeiros, Media-neras levou os Kikitos de me-lhor filme e direção para Gusta-vo Taretto. A produção aborda os conflitos modernos de um casal que, apesar de morar pró-ximo, nunca se encontra, mos-trando a cidade como capaz de unir e separar os indivíduos.

O filme uruguaio A Tiro de Pedra também entusiasmou os avaliadores, com o diretor Sebas-tian Hiriart dividindo o prêmio de direção com Gustavo Taretto, de Medianeras. Hiriart também faturou roteiro, e Gabino Rodri-guez levou o prêmio de melhor ator. A atuação no colombiano Garcia também consagrou Mar-garida Rosa de Francisco como melhor atriz, e o prêmio especial do júri foi dedicado ao filme do-minicano Jean Gentil.

Entre os curtas, o melhor fil-me foi Céu, Inferno e Outras Par-tes do Corpo, animação de Ro-drigo John, que também levou o prêmio de roteiro. O prêmio de direção acabou com Natara Ney, por Um Outro Ensaio, que tam-bém levou melhor montagem.

Gustavo Pizzi e Karine Teles, casal multipremiado por Riscado, comemora o sucesso do longa-metragem, que venceu em cinco categorias

Mostra competitiva de longas brasileiros■ Melhor filme: Uma Longa Viagem, de Lúcia Murat■ Melhor diretor: Gustavo Pizzi, por Riscado■ Melhor roteiro: Gustavo Pizzi e Karine Teles, por Riscado■ Melhor ator: Caio Blat, por Uma Longa Viagem■ Melhor atriz: Karine Teles, por Riscado■ Melhor fotografia: Roberto Henkin, por O Carteiro■ Melhor Montagem: Leonardo Sette, por As Hiper Mulheres■ Prêmio especial do júri: As Hiper Mulheres, de Carlos Fausto, Leonardo Sette e Takumã Kuikuro

Mostra competitiva de longas estrangeiros■ Melhor filme: Medianeras, de Gustavo Taretto■ Melhor diretor: Gustavo Taretto, por Medianeras, e Sebastian Hiriart, por A Tiro de Pedra■ Melhor roteiro: Sebastian Hiriart, por A Tiro de Pedra■ Melhor ator: Gabino Rodriguez, por A Tiro de Pedra■ Melhor atriz: Margarida Rosa de Francisco, por Garcia ■ Melhor fotografia: Serguei Saldivar Tanaka, por La Lección de Pintura■ Prêmio especial do júri: Jean Gentil, de Laura Guzmán e Israel Cárdenas

Mostra competitiva de curtas-metragens■ Melhor filme: Céu, Inferno e Outras Partes do Corpo, de Rodrigo John■ Melhor diretor: Natara Ney, por Um Outro Ensaio■ Melhor roteiro: Rodrigo John, por Céu, Inferno e Outras Partes do Corpo■ Melhor ator: José Wilker, por A Melhor Idade■ Melhor atriz: Dira Paes, por Ribeirinhos do Asfalto■ Melhor fotografia: Jacques Dequeker, por Polaroide Circus■ Melhor montagem: Mair Tavares e Tina Saphira, por Um Outro Ensaio■ Prêmio especial do júri: Rivellino, de Marcos Fábio Katudjian

OS VENCEDORES

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Caio Blat e Lúcia Murat celebram as vitórias de Uma Longa Viagem

Page 4: Diario do festival

Gustavo Faraon

Há seis anos na curadoria do Fes-tival de Cinema de Gramado ao lado

de José Carlos Avellar, o docu-mentarista Sérgio Sanz afirma estar com a sensação de dever cumprido em relação à 39º edi-ção. Mesmo com parcos recur-sos financeiros, ele acredita que a seleção de filmes agradou ao público, e terminou até supe-rando suas próprias expectati-vas. Ao mesmo tempo, o cura-dor critica a política audiovisu-al brasileira e diz que o mo-mento atual é de definições muito importantes não só para o cinema do país, mas para o futuro do próprio festival.

Que balanço você faz desta edição do festival?

Foi uma edição muito boa, com um resultado até acima do que era esperado. Mesmo com a absoluta falta de dinhei-ro, a gente conseguiu fazer um festival bem direito, com fil-mes bons. Um grande proble-ma em fazer um festival de ci-nema, além dos contatos para conseguir exibir bons filmes, é o dinheiro para poder trazer as pessoas, para poder fazer ex-posição, pagar todo mundo. O festival termina com várias dí-vidas. Fora esses percalços, o festival se encerra com um óti-mo resultado. Todos foram muito bem recebidos, as pes-soas gostaram da seleção, en-tão nós estamos com sensação de dever cumprido.

No ano passado, a Mostra Panorâmica foi o principal des-taque, ao passo que em 2011 pouco se falou sobre ela. A que se deve a pouca repercussão?

Por causa da falta de dinhei-ro, a gente não tinha espaço pa-ra fazer os debates e exibir os filmes. Os diretores iam para Gramado, mas ficavam poucos dias, pois não tinha dinheiro para mantê-los mais tempo. Is-so esvaziou bastante.

A mudança da organiza-ção do evento para o centro da cidade trouxe benefícios para as atividades do festival?

Muitos. Eu achei ótimo, eu e todo mundo. O centro de even-

tos da Expogramado, em que estava antes, era muito longe, as pessoas iam muito pouco. Com a mudança todo mundo pôde se encontrar com mais facilidade, então houve muita conversa. Estava todo mundo próximo. Eu, por exemplo, encontrei to-das as pessoas no festival, ao contrário do ano passado. Eu acho que deve continuar assim.

Muita gente reclamou de um desequilíbrio entre a mostra na-cional e a estrangeira, com filmes latino-americanos muito supe-riores aos brasileiros. A que isso se deve?

Eu acho que o desequilíbrio se deve à política governamental do Brasil neste momento. Num momento em que o país e o Mi-nistério da Cultura priorizam

um filme de bilheteria, um fil-me que dá lucro, e não a quali-dade, o filme autoral e indepen-dente, dá nisso. O diretor mexi-cano [Sebastian Hiriart] foi muito claro, ele disse: “Quando nós fazemos um filme no Méxi-co, o instituto mexicano não pergunta quanto o filme rendeu, ele pergunta o quanto o filme repercutiu.” Parece que o cine-ma se transformou em uma loja de sapatos, quem vende mais sa-patos é mais importante, não interessa o desenhos do sapato, nem nada. Está se contando nos dedos os filmes interessantes, e eu acho que o grande culpado dessa crise de qualidade é a An-cine. Ela atualmente faz mal pa-ra o cinema brasileiro. A dife-rença entre o cinema mexicano, o argentino e o brasileiro é que

nós não temos nenhum conceito de qualidade e eles têm um enorme conceito de qualidade. Eles querem que as culturas ar-gentinas e mexicanas cheguem ao mundo, e nós queremos bi-lheteria. Por isso, os filmes des-ses caras do circuito comercial não passam da fronteira, não passam nem em Uruguaiana, por que eles só estão interessa-dos em faturar em Belo Hori-zonte, Rio de Janeiro, Bahia, etc.

O cinema brasileiro está me-nos relevante, então?

Muito menos relevante. Ele já não é o cinema brasileiro que todo mundo queria ver por que era inquieto. Os Fuzis, por exemplo, que é uma obra-prima do cinema brasileiro, teve uma renda baixíssima. Tanto que o

Ruy Guerra hoje está com difi-culdade de filmar. Em compen-sação, outros filmes que não têm a menor relevância arran-jam dinheiro com a maior faci-lidade porque deram bilheteria antes. Eu acho que isso é um crime da Ancine contra o país.

Qual você acha que pode ser o papel do festival para mudar esse cenário?

O que a gente fez esse ano. Começar a passar filmes que o governo não ajudou, não acei-tou muito, que eles não consi-deram um filme importante. E nós passamos no festival. Quan-do a gente passa filmes inde-pendentes, nós estamos clara-mente indo contra esta política governamental.

Você e o José Carlos Avellar estão há seis anos na curadoria. Quais as suas principais contri-buições para Gramado até aqui?

Nós fizemos coisas interes-santes. Fizemos o Júri Popular ser realmente popular; edita-mos, neste ano, o livro em ho-menagem ao Limite; estamos mantendo três júris diferentes todos os anos; abrimos espaço para que os diretores conheçam os cineastas latino-americanos, fazendo reuniões e conversas entre eles. Hoje, o Rio Grande do Sul e o festival estão muito mais próximos do resto do Bra-sil do que há dez anos. No iní-cio, houve uma rejeição, mas hoje ninguém lembra mais que nós somos cariocas, todo mun-do lembra que nós somos cura-dores do festival.

Para onde o festival deve ca-minhar de agora em diante?

Agora está tudo na mão da direção, se conseguirá levantar dinheiro. Se ela conseguir fazer a parte dela, nós faremos no ano que vem um festival muito mais interessante, traremos muito mais críticos estrangeiros para verem o cinema brasileiro. O que, aliás, já estava combina-do para este ano, mas em cima da hora não tinha dinheiro para pagar as passagens. Isso me chateia, porque em compensa-ção tinha dinheiro para pagar a passagem de atores globais, que nunca fizeram filme na vida. Acho que estamos em um mo-mento de definições.

Gra ma do, 14 de agosto de 2011

ENTREVISTA/SÉRGIO SANZ4 Diá rio do Fes ti val

Um festival acima das expectativas

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Para Sérgio Sanz, prioridade de incentivos aos filmes comerciais está fazendo cair a qualidade da produção cinematográfica brasileira

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Page 6: Diario do festival

RETRATOS7Gramado, 14 de agosto de 20116 Diá rio do Fes ti val

Em uma cerimônia marcada por apresentações musicais e vídeos resgatando a história do festival, Gramado conheceu na noite de ontem os tão esperados ganhadores dos Kikitos. Uma Longa Viagem, de Lúcia Murat, foi eleito o melhor filme brasileiro desta edição, mas dividiu as atenções com Riscado, que também foi premiado nas principais categorias.

Apesar de ser a mais famosa, o Kikito não é a única premiação do Festival de Cinema de Gramado. Estudantes, críticos e o Júri Popular também conferem prêmios valiosos aos filmes.

Gustavo Pizzi, melhor diretor por Riscado, recebe o prêmio de Gustavo Trindade Rocha, da Ambev

Flávio Lammel, do Banrisul, entrega o Kikito de melhor atriz para Karine Teles, por Riscado

Carlos Fausto e Takumã Kuikuro recebem das

mãos de Selton Mello o Prêmio Especial do Júri por As Hiper Mulheres

Caio Blat, pelo segundo ano seguido escolhido o melhor ator em Gramado. Desta vez, o prêmio veio pela atuação em Uma Longa Viagem. Troféu é entregue por José Barbosa, da Petrobras

Caio Blat, Léo Bittencourt e Lúcia Murat recebem de

Maria Arlete Gonçalves, da Oi Futuro, o Kikito de melhor filme brasileiro, concedido a

Uma Longa Viagem

Pablo Perelman comemora os dois prêmios conferidos a La Lección de Pintura

De Kikitos em punho, os vencedores da 39ª edição do festival posam para a tradicional fotografia coletiva sobre o palco do Palácio dos Festivais

Os campeões de Gramado

Reconhecimento concedido por todos os júris

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TROFÉU CIDADE DE GRAMADO

Júri dos estudantes■ Melhor longa-metragem brasileiro para Uma Longa Viagem, de Lúcia Murat■ Melhor direção de arte em longa brasileiro para Monica Costa e Júlia Murat, por Uma Longa Viagem■ Melhor trilha musical em longa brasileiro para Lucas Vasconcellos, Letícia Novaes e Iky Castilho, por Riscado■ Melhor curta-metragem brasileiro para A Mula Teimosa e o Controle Remoto, de Hélio Vilella Nunes■ Melhor direção de arte em curta-metragem para Rui Santa-Helena, por Ribeirinhos do Asfalto■ Melhor trilha musical em curta-metragem para Jan da Silva, por Um Outro Ensaio■ Melhor longa-metragem estrangeiro para La Lección de Pintura, de Pablo Perelman■ Melhor filme da Mostra Panorâmica para Transeunte, de Eryk Rocha

Júri da crítica■ Melhor longa-metragem brasileiro para Riscado, de Gustavo Pizzi■ Melhor longa-metragem estrangeiro para Jean Gentil, de Laura Gusmán e Israel Cárdenas■ Melhor curta-metragem brasileiro para Céu, Inferno e Outras Partes do Corpo, de Rodrigo John■ Prêmio Canal Brasil para Um Outro Ensaio, de Natara Ney

Júri popular■ Melhor longa-metragem brasileiro para Uma Longa Viagem, de Lúcia Murat■ Melhor longa-metragem estrangeiro para Medianeras, de Gustavo Taretto■ Melhor curta-metragem brasileiro para Um Outro Ensaio, de Natara Ney

Natara Ney recebe de Fernanda Moro o prêmio de melhor filme do Júri Popular por Um Outro Ensaio

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Sebastian Hiriart, de A Tiro de Pedra, e Gustavo Taretto, de Madianeras, ausente, dividiram melhor direção para longa estrangeiro

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Page 7: Diario do festival

Gra ma do, 14 de agosto de 20118 Diá rio do Fes ti val

BALANÇO

O que mais se destacou em 2011Katiana Ribeiro

Desde o dia 6 até a noite de ontem, ci-néfilos, realizado-res, artistas, jorna-

listas, críticos e público em ge-ral viveram mais uma edição do Festival de Cinema de Grama-do. Foram nove dias dedicados aos filmes e à badalação no en-torno do tapete vermelho do Palácio dos Festivais, com a consagração final de entrega dos Kikitos. A partir de depoi-mentos e percepções dos parti-cipantes do evento, o Diário do Festival busca traçar um pano-rama deste ano. Muitas opini-ões seguem iguais às colhidas nos anos anteriores, enquanto outras dão ênfase em novos as-pectos a serem revistos.

Sobre as mostras oficiais de longas-metragens em competi-ção, por exemplo, a reação dos entrevistados foi unânime: quem sempre leva a melhor são os latino-americanos. “Já virou tradição em Gramado os longas-metragens estrangeiros serem muito superiores em compara-ção aos filmes brasileiros”, cons-tata o crítico Rubens Ewald Fi-lho, que este ano integrou o Júri da Crítica. O ator Nelson Xavier, intérprete de Chico Xavier na telona, é só elogios ao trabalho do diretor uruguaio Aldo Garay, que teve um de seus filmes na mostra oficial deste ano. “Fiquei encantado com o documentário El Casamiento, pela sensibilida-de que apresenta”, elogia.

Para o jornalista Marcos Santuário, o conjunto de pro-duções brasileiras deixou a de-sejar, mas não se trata especifi-camente de uma deficiência do cinema nacional. “Participo de outros festivais e há muita coisa melhor do que vem sendo apre-sentado em Gramado”, comen-ta Santuário. Rubens Ewald Fi-lho complementa: “O Brasil

produz mais de 80 títulos por ano e, aqui em Gramado, aca-bamos assistindo muito mais filmes internacionais de quali-dade, cujos países realizam bem menos quantidade”. A mostra de curtas-metragens também foi apontada como ir-regular. “Havia alguns curtas bons, mas a maioria era muito fraca”, avalia a jornalista Maria do Rosário Caetano, da Revista de Cinema, de São Paulo.

Já o filme de abertura do festival, O Palhaço, de Selton Mello, e o que marcou o encer-ramento, Sudoeste, de Eduardo Nunes, foram apontados como grandes destaques desta edição, sendo aclamados tanto pelo pú-blico quanto pela crítica. Ape-sar dessas disparidades, Luiz Carlos Merten, crítico do Esta-dão, destacou o trabalho da curadoria assinada há seis anos por José Carlos Avellar e Sérgio Sanz. “Eles conseguem reunir filmes com diferentes temáticas que, juntos, se articulam, dialo-gando entre si. Isso é mérito desta curadoria”, ressalta Mer-ten. O atraso das cópias de al-guns filmes estrangeiros, no en-

tanto, obrigou os organizadores a exibirem cópias em DVD, ge-rando descontentamento nos espectadores. A situação foi re-mediada após a chegada das pe-lículas, com a realização de no-vas sessões para os jurados.

A dualidade entre a progra-mação cinematográfica e a ba-dalação do tapete vermelho, com a presença de celebridades que, muitas vezes, sequer fazem parte de algum dos filmes em competição, tem sido vista com menos desconforto do que em anos anteriores. “Acho válido, contanto que esses artistas bus-quem funções sociais como

aqueles que participam do pro-jeto Cinema nos Bairros”, com-pleta Maria do Rosário Caeta-no. Já a presença dos convida-dos para coletivas e debates é um dos principais pontos bem avaliados pelos entrevistados. “A grande participação das pes-soas ligadas aos filmes que inte-gram as mostras enriquece o festival”, completa a jornalista.

De acordo com o presidente da Fundacine, Cícero Aragon, o Festival de Gramado também propicia avanços no mercado au-diovisual. “Durante a semana, foram feitos diversos contatos com representantes de outros pa-íses e o lançamento do projeto do Centro Tecnológico Audiovisual do RS, o Tecna, que promete im-pulsionar o desenvolvimento do mercado nesta área”, declara. Aragon destacou, ainda, a conti-nuidade da realização do Ação em Cinema, um evento que ser-ve como espaço de discussões das políticas culturais voltadas para o cinema. “Diversas entida-des representativas do governo e do mercado participam da ini-ciativa, abrindo caminho para novos projetos”, salienta.

EM ALTAn Diversidade de inte-grantes no Júri da Críti-ca, organizado pela Asso-ciação de Críticos de Ci-nema do Rio Grande do Sul (ACCIRS). Foram mais de cinco estados re-presentados. n Concentração das ativi-dades no Hotel Serra Azul, tanto pela localização no centro da cidade, quanto pela estrutura oferecida.

EM BAIXAn Os ingressos das sessões custaram entre R$ 50 e R$ 130. O alto valor co-brado foi o principal mo-tivo atribuído à grande quantidade de lugares va-zios nas salas de exibição.n Pouca oferta de restau-rantes abertos após às 23h30, horário em que o público costuma sair da última sessão da noite.

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Ewald: restaurantes fechados após sessões

Mostra competitiva de longas estrangeiros, que contou com filmes como o mexicano A Tiro de Pedra, foi considerada o ponto alto desta edição

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Page 8: Diario do festival

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Page 9: Diario do festival

Gra ma do, 14 de agosto de 2011

TAPETE VERMELHO10 Diá rio do Fes ti val

Badalação e tietagem antecedem cerimônia no Palácio dos FestivaisMelissa Schröder

Não era nem meio-dia quando a Rua Coberta, tradicio-nal ponto de encon-

tro da cidade e que abriga o ta-pete vermelho, começou a ficar lotada de pessoas que aguarda-vam o início da última e mais badalada noite do festival. Mes-mo com a cerimônia de premia-ção marcada para as 21h, a mo-vimentação começou cedo. En-quanto muita gente ainda almo-çava, outros já esperavam eufó-ricos a chegada dos famosos ao Palácio dos Festivais.

Ao longo do sábado, a dis-puta entre carros e pedestres foi agitada. Além da própria Rua Coberta, a Praça Major Nicolet-ti e a Avenida Borges de Medei-ros também ficaram superlota-das. Imponentes e luxuosas, as limousines oficiais do festival transitavam entre os hotéis e o palácio, transportando os convi-dados da noite. Os vidros escu-ros deixavam todos curiosos para saber quem seria o passa-geiro ilustre da vez.

O festival atrai pessoas de todas as idades, que, muitas ve-zes, vêm de longe só para acom-panhar a programação. Duran-te a tarde, Maria Carolina, 72, Suzana, 62, Renata, 31, e Ga-briela, 8, já esperavam a chega-da dos famosos. Elas represen-tam quatro gerações da mesma família e vieram de Porto Ale-gre no mesmo dia, pela manhã. “Nós já conhecíamos o festival, mas é a primeira vez que vie-mos até aqui para prestigiá-lo”, diz Suzana, mãe de Renata e avó de Gabriela.

Apesar de ter começado com sol e calor, o dia da princi-pal premiação terminou com

garoa e temperaturas mais bai-xas. Mas a mudança brusca no clima não conseguiu desani-mar os curiosos. Marcony Cor-reia, 54, e Silvana Oliveira, 49, vieram de Maceió (AL) para visitar Gramado. Mesmo com a queda repentina da tempera-tura, Silvana diz não estranhar o clima. “Apesar de ser nordes-tina, eu gosto do frio. Viemos preparados”, comentou ela. Com uma câmera na mão, Marcony disse que quer filmar todos os famosos no tapete. “Não importa a chuva, vamos ficar aqui até o fim.”

Quando as celebridades co-meçaram a chegar, por volta das 19h, boa parte do público já ansiava pelos autógrafos e fo-tos com seus ídolos. E com cer-teza não houve decepções, afi-

nal, artistas como Mateus Sola-no, Caio Blat e Selton Mello passearam pelo tapete e deram atenção aos fãs. Todos aprovei-taram para tietar à vontade, gritando e aplaudindo os as-tros. “Queremos tirar muitas fotos com os famosos”, confes-

sou Angelita Maccari, 39, que veio com o marido e as duas fi-lhas de Morro da Fumaça, em Santa Catarina.

Além de curtir todo o char-me no tapete vermelho, alguns turistas vieram a Gramado tam-bém por outro motivo: curtir os

eventos que rolam após a pre-miação. As jovens Fernanda e Luiza estão entre eles. Ambas vieram de Gravataí com a inten-ção de curtir as baladas itineran-tes que acontecem paralelamen-te ao festival de cinema. “O pla-no é ficar um pouco por aqui e mais tarde ir para uma festa”, explica Fernanda. Muitos famo-sos também aproveitam as op-ções noturnas e marcam presen-ça nesses eventos.

Para aqueles que querem es-piar de perto diretores, atores, atrizes, roteiristas e demais ar-tistas, o tapete vermelho é o me-lhor lugar, principalmente du-rante a noite da premiação. Mas, tietagens e autógrafos à parte, é dentro do palácio que acontece o que realmente im-porta: a entrega dos Kikitos.

Maria Carolina, Suzana, Gabriela e Renata: quatro gerações da família à espera dos artistas

Rua Coberta ficou superlotada à medida que o momento da premiação se aproximava. Nem mesmo a chegada do frio e da chuva demoveu os fãs da vigília pelos famosos

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11Gra ma do, 14 de agos to de 2011 Diá rio do Fes ti val

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Prêmio AssembleiA legislAtivA de CinemA

o Parlamento gaúcho tem o compromisso de apoiar o desenvolvimento do cinema do nosso estado. desde 2004, a Assembleia legislativa promove, durante o Festival de Cinema de gramado, o Prêmio Assembleia legislativa de Cinema, iniciativa

que destaca os trabalhos inéditos realizados por artistas e produtoras gaúchas. neste ano, mantendo este compromisso, o Parlamento fez a entrega do prêmio no Palácio dos Festivais na última quinta-feira, dia 11 de agosto.

No dia da premiação, não houve comemoração apenas de quem saiu com um Kikito em mãos. A Brigada Militar de Gra-mado também teve motivos pa-ra agradecer, já que o festival, por meio de parceria com a Kia Sun Motors, entregou à institui-ção um automóvel Soul. Uma cerimônia foi realizada ontem, pouco depois das 17h, para marcar o acontecimento. Parti-ciparam o Comandante-Geral da BM, Sérgio Roberto de

Abreu, e o Comandante da BM de Gramado, Capitão Néviton (ambos na foto), além do presi-dente do festival, Alemir Colet-to, e Jefferson Fürstenau, sócio-diretor da Kia Sun Motors.

A procura de emprego por um professor haitiano em uma cidade dominicana é o ponto de partida do filme Jean Gentil, de Laura Guzmán e Israel Cárde-nas, que foi tema de debate na manhã de ontem. Ao conversar com público e críticos, parte da equipe do filme salientou que o enredo é praticamente um re-trato da situação de muitos hai-

tianos, que partem para o país vizinho em busca de melhores condições de trabalho. O pró-prio ator haitiano que empresta seu nome e sua história ao longa participou da discussão. Sobre a produção, o ator Nadal Walcot afirmou que, apesar de haver roteiro, as gravações foram mar-cadas pelo improviso, com os atores tendo ampla liberdade.

Patrocinador oferece automóvel à Polícia Militar de Gramado

Longa retrata busca de haitianos por trabalho no país vizinhoSudoeste é recebido com

grande entusiasmo pelo público

Filme que encerrou as exibições desta edição do festival, o longa Sudoeste rece-

beu avaliação positiva da crí-tica, como ficou explícito em debate ocorrido ontem no Centro de Eventos do Hotel Serra Azul. Na avaliação dos especialistas, além de atua-ções destacadas, a realização permite diversas possibilida-des de interpretação.

Para o diretor Eduardo Nunes, o filme não foi conce-bido para o circuito comercial. “Há várias leituras possíveis. A obra tem potencial para criar discussão e envolver os espectadores”, afirma. Segun-do ele, após a exibição no Pa-lácio dos Festivais, a sensação foi de “alívio e missão cumpri-da”. Na história, ambientada em uma vila isolada do litoral brasileiro onde tudo parece

imóvel, Clarice, interpretada por Simone Spoladore, perce-be toda a sua vida em um úni-co dia, tentando entender sua obscura realidade e o destino das pessoas ao seu redor.

O filme, que teve sua pri-meira exibição pública em Gramado, também privilegia um sofisticado acabamento técnico. A edição de som, por exemplo, durou dez meses,

enquanto a previsão inicial era de seis semanas. Além dis-so, várias são as referências ci-nematográficas que permeiam Sudoeste. Desde o cineasta rus-so Andrei Tarkovsky, passan-do por Era Uma Vez na Améri-ca, de Sergio Leone, até Limi-te, de Mário Peixoto, vêm à to-na diversas “homenagens”, como Eduardo Nunes faz questão de salientar.

Longa de Eduardo Nunes recebeu muitos elogios durante debate realizado ontem

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Gramado, domingo, 14 de agosto de 2011

A 39ª edição em fotografias

Não foi apenas na tela grande do Palácio dos Festivais que belas imagens puderam ser contempladas

em Gramado. Durante os nove dias de agitação intensa em torno da sétima arte, os participantes puderam testemunhar momentos marcantes, muitos deles eternizados em registros fotográficos. Foram destaques a presença de Selton Mello, que prestigiou grande parte da programação, e a emocionante homenagem à dama da dramaturgia brasileira, Fernanda Montenegro.

Quarta, 10: mesmo ausente, Domingos Oliveira leva Troféu Eduardo Abelin

Sexta, 12: Márcio Garcia circula com o ator americano Colin Egglesfield

Sexta, 5: Selton Mello recebe a homenagem especial desta edição

Sábado, 6: Paulo José esbanja bom humor no debate do filme O Palhaço

Domingo, 7: chuva afugenta o público do entorno do Palácio dos Festivais

Segunda, 8: Eva Sopher e a homenageada Fernanda Montenegro

Terça, 9: Evandro Elias faz graça para as alunas da escola David Canabarro Quinta, 11: Reginaldo Faria atende aos fãs antes da exibição de O Carteiro Sábado, 13: Karine Teles, de Riscado, se prepara para a cerimônia dos Kikitos

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