diamante de santo inÁcio estado da bahia

45
República Federativa do Brasil Ministério de Minas e Energia Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais Diretoria de Geologia e Recursos Minerais Departamento de Recursos Minerais DIAMANTE DE SANTO INÁCIO ESTADO DA BAHIA Luiz Carlos de Moraes José da Silva Amaral Superintendência Regional de Salvador 2001

Upload: hoangtu

Post on 09-Jan-2017

218 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

República Federativa do Brasil Ministério de Minas e Energia

Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais Diretoria de Geologia e Recursos Minerais

Departamento de Recursos Minerais

DIAMANTE DE SANTO INÁCIO ESTADO DA BAHIA

Luiz Carlos de Moraes José da Silva Amaral

Superintendência Regional de Salvador 2001

EQUIPE TÉCNICA

ELABORAÇÃO DO INFORME EXECUÇÃO DA PESQUISA Geól. Roberto Campelo de Melo Geól. Luiz Carlos de Moraes Gerente de Geologia e Recursos Minerais Supervisão Técnica Euvaldo Carvalhal Britto Geól. José da Silva Amaral Gerente de Relações Institucionais e Desen-volvimento

Chefe do Projeto

Geól. Luiz Carlos de Moraes Geól. José da Silva Amaral Executor do Informe Geól. Raimundo José da Sá Filho Geól. Carlos Anunciação da Silva Executores DWG – Computação Gráfica Digitalização Geól. Paulo Eduardo L. da Silva Geofísica Ricardo Eddie Hagge Silva Revisão das Figuras Geól. Henri Dupont Consultor Mabel Pedreira Borges Ana Cristina Neves da Conceição Digitação e Revisão do Texto Neuza de A. Souza Diagramação e Montagem

Editoração Final e Impressão pela Superintendência Regional de Porto Alegre Coordenação: Geól. Luís E. Giffoni

Informe de Recursos Minerais

Série Oportunidades Minerais - Exame Atualizado de Projeto, nº 19

Ficha Catalográfica M82 Moraes, Luiz Carlos de

Diamante de Santo Inácio : Estado da Bahia / Luiz Carlos de Mora-es.- Salvador: CPRM, 2001.

42 p. : il - (Informe de Recursos Minerais, Série Oportunidades Mine-

rais - Exame Atualizado de Projeto, nº. 19) 1. Geologia Econômica - Diamante. 2. Depósitos Minerais - Brasil. I. Tí-

tulo. II. Série. CDD 553.3098141

Apresentação O Informe de Recursos Minerais objetiva sistematizar e divulgar os resultados das ativi-dades técnicas da CPRM nos campos da geologia econômica, prospecção, pesquisa e econo-mia mineral. Tais resultados são apresentados em diversos tipos de mapas, artigos bibliográfi-cos, relatórios e estudos. Em função dos temas abordados são distinguidas oito séries de publicações, abaixo relacionadas:

1) Série Metais do Grupo da Platina e Associados; 2) Série mapas Temáticos do Ouro, escala 1:250.000; 3) Série Ouro – Informes Gerais; 4) Série Insumos Minerais para Agricultura; 5) Série Pedras Preciosas; 6) Série Economia Mineral; 7) Série Oportunidades Minerais – Exame Atualizado de Projeto; 8) Série Diversos.

A aquisição de exemplares deste informe poderá ser efetuada diretamente na Superin-tendência Regional de Salvador ou na Divisão de Documentação Técnica, no Rio de Janeiro.

i

RESUMO

O projeto localiza-se na região de Santo Inácio, município de Gentio do Ouro, centro-noroeste do Estado da Bahia. Teve o objetivo de avaliar o potencial diamantífero relacionado a depósitos tipo placer, formados durante a evolução do Neoterciário ao Pleistoceno, e admitidos como sendo um produto da reciclagem erosiva de paleoplaceres diamantíferos mesoprotero-zóicos, tendo como metalotecto principal a Formação Tombador, especificamente os seus ní-veis conglomeráticos. Geomorfologicamente, os depósitos se situam na zona da planície aluvionar do Rio São Francisco, imediatamente adjuntos às escarpas de serras que delimitam a parte terminal da Zona da Chapada Diamantina Ocidental. As cinco áreas remanescentes onde se acham inseridos os depósitos têm uma exten-são de 2.400 ha, sendo aí delimitadas as zonas portadoras de uma espessa seqüência detríti-ca, incluindo cascalhos, areias e argilas, em graus variáveis de mistura e com estruturação vertical e lateral controladas pelos regimes de sedimentação, representados por duas fases distintas: uma, para a Zona Basal/N-1, mais rica em diamantes detríticos, e a outra para a Zona Superior/N-2 e N-3, sendo a última mais empobrecida em diamantes detríticos. Nessas cinco áreas foi quantificada, com base num programa de 2.648 m de sonda-gem rotativa diamantada, uma reserva medida de aluviões de, aproximadamente, 42 milhões de m3, onde se admite, pelos testes realizados, um teor médio para diamante detrítico de 1,70 pontos/m3, sendo portadoras de níveis de cascalhos diamantíferos (camadas econômicas) da ordem de 27 milhões de m3, onde se admite um teor médio de 2,64 pontos/m3, o que condicio-na uma expectativa de conter uma quantidade de diamantes detríticos de cerca de 713 mil quilates. O dimensionamento de um reservatório, com possibilidade de ser mecanicamente lavrado por dragas, com extensão de 2,2 km por 1,2 km, abrangendo os setores Cajueiro, Pe-ga e Pintor, que representam 92% do potencial da área, constituiu a principal conquista das atividades de pesquisa. Neste reservatório, estima-se que seja recuperado um volume de detri-tos da ordem de 39 milhões de m3 (93% do total de 42 milhões de m3), com uma proporção de cascalhos diamantíferos da ordem de 25 milhões de m3 (93% do total de 27 milhões de m3). Tem-se uma expectativa de aí se poder recuperar uma quantidade de diamantes detríticos da ordem de 663 mil quilates, considerando o teor médio da aluvião em torno de 1,70 ponto/m3 (39x106x0,017). A qualidade esperada para os diamantes é a seguinte: 47,67% para o tipo GEMA; 39,78% para o tipo INDUSTRIAL CHIPS e 12,54% para o tipo CARBONADO. A perspectiva de aí se poder viabilizar um projeto econômico de lavra mecanizada por dragas, constitui um desafio a ser alcançado. Os dados obtidos, conforme demonstrados pelos estudos preliminares, mostraram-se animadores, considerando os parâmetros enfocados e relativos ao teor do depósito, preço médio do diamante e aos custos totais de mineração (ope-racional e de investimento). No entanto, ainda necessita-se de estudo adicionais de pesquisa, que garantam atingir as condições mínimas de segurança a implantação de um projeto mineiro, especificamente no tocante ao teor do depósito, distribuição, tamanho e qualidade dos diaman-tes, assim como aos problemas básicos de engenharia de lavra e de preservação ambiental.

ii

ABSTRACT The area of the project is located in the Santo Inácio region, in the Gentio do Ouro mu-nicipality, in the center-northwestern of the State of Bahia. The aim of the project was to evalu-ate the diamond potential related to placer type deposits, developed during the geologic evolu-tion from the Neotertiary until the Pleistocene, and supposed as being a product of the erosive re-working of mesoproterozoic diamond paleoplacers, having as the main metallotect the Tom-bador Formation specifically its conglomeratic levels. Geomorphologically, the deposits are situated in the São Francisco River alluvial plain zone, just besides the steep slopes of the ridge that limits the end part of the Western Chapada Diamantina Zone. The five remnant areas where the deposits are located have an extent of 2.400 ha, in which are limited the bearing zones of a thick debris sequence, including gravels, sands and clays, in variable degrees of mixture, with vertical and lateral structuring controlled by the sedi-mentation regimes, represented by two distinct phases: one, to the Lower Zone/N-1, richer in remainder diamonds, and the other to the Upper Zones/N-2 and N-3, the last one being poorer in remainder diamonds. In those five areas it was quantified, according to a program of 2.648m of drilling holes, an alluvium measured content of, approximately, 42 million of m3, were it is admitted, according to achieved tests, a remainder diamond average content of 1,70 spots/m3, bearing diamond gravel levels (economic layers) of about 27 million of m3, where is accepted an average content of 2,64 spots/m3, what gave rise to a hope of a content on remainder diamonds of about 713,000 carats. The sizing of a deposit, with the possibility to be mechanically mined by dredges, with an extension of 2,2 km by 1,2 km, enclosing the Cajueiro, Pega and Pintor sec-tors, that represent 92% of the potential area, constituted the main result of the searching activi-ties. In that deposit, it is estimated that is possible a recovering of a debris volume of about 39 million of m3 (93% from the total of 42 million of m3), with a diamond bearing gravels proportion of about 25 million of m3 (93% of the total of 27 million of m3). There is an expectation of recovering a remainder diamond quantity of about 663,000 carats, considering the alluvium average content of about 1,70 spots/m3 (39x106x0,017). The waited quality of the diamonds is: 47,67% of the GEM type; 39,78% of the INDUSTRIAL CHIPS, and 12,54% of the GLAZIER’s type. The perspective that an economic project of mechanical mining by dredges can be de-veloped is a challenge to be reached. The obtained data, as demonstrated by preliminary stud-ies, are encouraging, considering the parameters related to the deposit, average price of the diamond and the total mining costs (operational and investments). However, more searching studies are needed in order to assure the minimum conditions of security to the establishment of a mining project, specifically in relation to the deposit content, distribution, size and diamond quality, and to the basic problems of mining engineering and environmental preservation.

1

1. Introdução O projeto Santo Inácio, cujas ativi-dades de pesquisa remontam ao período de agosto/1985 a maio/1988, foi empreen-dido inicialmente em um bloco de 14 áreas de 500 hectares, cada uma, totalizando 7.000 hectares (70 km2). Executou-se um programa de pesquisa, cujo objetivo era uma avaliação do potencial diamantífero relacionado a depósitos tipo “placer”, até então conhecidos a nível de trabalhos ga-rimpeiros. Posteriormente, foram descarta-das as áreas desinteressantes, ficando apenas 5 áreas que totalizavam 2.400 hec-tares. Mais adiante, em cumprimento a exigência do DNPM, a área foi reduzida aos limites da jazida, correspondente a 1.560 hectares. A atividade garimpeira teve seu ápice em meados do século XVIII, com sítios de produção ao longo das mon-

tantes das ravinas, em fisiografia serrana, por serem estes locais propícios à remoção de material para lavagem e apuração.

A linha de conduta do projeto foi calcada visando apenas o modelo de depó-sito atrelado à interação dos processos ocorridos durante a evolução de sistemas de paleo-leques aluviais no período do Neoterciário ao Pleistoceno, com sítios de deposição à jusante desses paleo-sistemas de drenagem, atualmente localizados na região aplainada da planície aluvionar do Rio São Francisco, nas adjacências da linha de escarpa de serras, na parte termi-nal do Domínio Fisiográfico da Chapada Diamantina Ocidental, moldurados segundo a direção aproximadamente meridiana.

2

2. Localização, Acesso, Fisiografia e Infra-Estrutura

As áreas do projeto estão localiza-das na parte centro-noroeste do Estado da Bahia, no distrito de Santo Inácio, municí-pio de Gentio do Ouro.

O acesso é feito desde Salvador

até a cidade de Xique-Xique pelas vias asfálticas da BR-324 (Salvador-Feira) e BA-052 (Estrada do Feijão), num total de 584 km. A partir de Xique-Xique, o acesso é feito por estrada de terra, por cerca de 36 km, onde o terço final é de difícil acesso, por situar-se em região serrana (figuras 1 e 2).

Fisiograficamente, a região apre-

senta duas morfologias distintas: uma no domínio de serras, com variações altimétri-cas de 400 a 860 m, parcialmente disseca-das por uma forte erosão flúvio-eólica (re-levo ruiniforme), com cristas grosseira-

mente orientadas na direção N-S; a outra morfologia é aproximadamente aplainada na altitude média dos 390 m., com suave declive em direção ao curso do Rio São Francisco, no domínio da área da bacia hidrográfica homônima.

No tocante a infra-estrutura, a regi-

ão tem como base econômica a atividade agrícola (cebola, melão e tomate), seguida pela pecuária de corte. A atividade garim-peira, muito ativa na região em meados do século XVIII, encontra-se consideravelmen-te reduzida, limitando-se a pequenos regis-tros individuais localizados. O distrito de Santo Inácio, distante aproximadamente 35 km em linha reta ortogonal ao curso do Rio São Francisco, é servido por energia elétri-ca da rede estadual (COELBA), água en-canada e postos de Correios e Telégrafos (EBCT).

Série Oportunidade Minerais - Exame Atualizado de Projeto, 19

3

Figura 1: Mapa de localização da área do Projeto Santo Inácio no Estado da Bahia.

44°46°

17°

SANTOESPÍRITO

40°

Mucuri

FreitasTeixeira de

85 0

ESCALA 1:8.500.000

85 170 255km

38°

Caravelas

Prado

17°

da VitóriaSta. Maria

G O

I Á

S

15°

13°

Barreiras

RioGran

de

Rio

RioRio

Rio

Rio

Rio

RioM

i

ucu r

Rionha

Pardo

de

Parag

uaçu

Jacuipe

Itapicuru

Vasa-Barris

Rio

São

Fra ncisc

o

Guanambi

42°

da LapaBom Jesus

P I A U Í

MAR

ANHÃ

O9°

11°

46°

BarraXique-Xique

44° 42°

Camamu

ConquistaVitória da

Brumado

Eunápolis

Itapetinga

Seabra

Jequié

Jequié

Itaberaba

Porto SeguroSanta Cruz Cabrália

Canavieiras

Belmonte

Ilhéus

Una

Itacaré

15°

Jaguaripe

Cairu

SALVADOR

SantanaFeira de

CamaçariArembepe

13°

Conde

Sítio

Mangue Seco

P E R N A M B U C O

Juazeiro

Irecê

BonfimSenhor do

Jacobina

40°

ALAGOAS

PombalRibeira do

Paulo Afonso

11°

38°

Jequitinho

Contas

5

3. Situação Legal das Áreas

O Quadro I resume a situação legal atual das áreas de pesquisa:

Quadro 1 - Situação Legal Atualizada dos Processos

Controle

DNPM DNPM

Nº Alvará

Nº Área (ha) Situação Atual

BA-87/84 870.387/84 6.635/85 350 Publicada aprovação do RFP no D.O.U. de 17/10/2001

BA-88/84 870.388/84 7.674/85 250 Publicada aprovação do RFP no D.O.U. de 17/10/2001

BA-89/84 870.389/84 5.211/85 350 Publicada aprovação do RFP no D.O.U. de 17/10/2001

BA-90/94 870.390/84 3.981/85 250 Publicada aprovação do RFP no D.O.U. de 09/10/2001

BA-01/91 870.808/91 676/97 360 Em análise no Distrito do DNPM - Salvador

Do quadro acima, pode-se verificar que a área de projeto, originalmente de 14.000 ha, ficou reduzida a 1.560 ha, em razão de exigência do DNPM para redução

das áreas dos 5 processos aos limites da jazida, cumprida pela CPRM em 13/10/2000.

Informe de Recursos Minerais

4

Figura 2: Mapa de situação da área do Projeto Santo Inácio no Estado da Bahia.

13°

12°

11°

10°

WANDERLEY

BREJOLÂNDIA

SERRA DOURADA

44° 43° 42°

0km20 20 40 60km

Informe de Recursos Minerais

6

Figura 3: Localização da área disponível para negociação na região de Santo Inácio (situação

em out/2000).

0 1Km

ÁREA ATUALMENTE EM VIGOR, APÓS A EXIGÊNCIA PARA REDUÇÃO AOS LIMITES DA JAZIDA (1.560 ha) E DISPONÍVELPARA NEGOCIAÇÃO

5

2.000m1.800m

1.800m

2.00

0m

2.000m

2.000m

ÁREA TRABALHADA EM ESCALA DE SEMI-DETALHE

ÁREA DESCARTADA (COMPUNHA A ÁREA ORIGINAL DO PROJETO, RELATIVA AOS 14 PROCESSOS).

ÁREA ONDE FORAM EXECUTADOS TRABALHOS DE AVALIAÇÃO DE RESERVA EM ESCALA DE DETALHE

4100m

S47°00'E

Riacho

Vere

da

Rch

. o

u

Coelho

do

da

P.A.

suçu

apar

a

2.50

0m

Riach

o

2.000m

2.000m2.000m

2.50

0m

3

24

3

2.50

0m2.

500m

42

1

11

11

2.50

0m2.

500m

2.000m3 4 2

Larg

a

LAGOA ITAPARICA

11°10'

DO CUMBÃO

N10°28'W 9.081m

P.A.SERRA

42°40'

11°00'

DNPM-870.390/84

DNPM-870.389/84

DNPM-870.388/84

DNPM-870.387/84

DNPM-870.808/91

N08°13'W 11.548m

2.50

0m

3

4

2

2.000m 2

4

2.50

0m

2.000m 3

BA-90/84

BA-01/91

3

2

1 BA-87/84

BA-89/84

BA-88/84

42°40'

4

5

Folh

a

7

4. Contexto Geológico/Metalogenético Regional

As áreas diamantíferas no Estado da Bahia, tradicionalmente lavradas por processos garimpeiros rudimentares, me-canizados ou semi-mecanizados, acham-se situados no contexto de terrenos de idade terciária ou quaternária, onde os principais focos localizam-se, por ordem de importân-cia, nas regiões de Andaraí/Len-çóis/Mucugê, Santo Inácio, Piatã/Serra do Bastião, Morro do Chapéu e região aluvio-nar do Rio Salobro (figura 4).

Não obstante ao fato de que todas

essas áreas diamantíferas estejam situa-das em terrenos do Terciário e do Quater-

nário, referências paleogeográficas condu-zem a admissão de que a proveniência dos diamantes esteja ligada a paleoplacers do Proterozóico Médio e Superior, que por sua vez tiveram sua proveniência de prováveis focos quimberlíticos ou similares, atualmen-te sub-aflorantes a não expostos. A reci-clagem erosiva, no período do Neoterciário ao Pleistoceno, imposta sobre esses pale-oplacers proterozóicos, teria sido o agente para a formação de novos depósitos, tam-bém tipo placer, caracteristicamente mais jovens, como é o caso dos depósitos dia-mantíferos nas regiões acima assinaladas.

Informe de Recursos Minerais

8

Figura 4: Situação dos depósitos e ocorrências de diamante secundário no Estado da Bahia, dentro

do modelo tectônico do Estado da Bahia, concebido por Inda e Barbosa (1978).

Senhor do Bonfim

Euclides da Cunha

SALOBRO

11°

12°

13°

14°

da LapaBom Jesus

45°46°

15°

Carinhanha

44°

Rio

40°

Vitória da Conquista

Barra da Estiva

42°

16°

43°

C

D

18°

17°

ANDARAÍMUCUGÊ

Jequié

Fran

cisco

45°46°

Barreiras

SãoA

44°

Xique Xique

B

INÁCIOSANTO

43°42°

MORRO DO

PIATÃ/SE. DO BASTIÃO

CHAPÉU

Jacobina

41°

Juazeiro

40°

13°

39°

SALVADOR

OC

EAN

O

ATLÂ

NTI

CO

17°

Canavieiras18°

16°

Valença

Ilheús

Itabuna

Camamu

15°

14°

Feira de Santana

Uauá

39°

38°

12°

11°

10°

Focos de garimpos de diamantedetrítico

Focos de garimpos de diamante detrítico

B - Bloco do Paramirim;A - Zona do Espinhaço Sententrional;

Sistema de Dobramentos do Espinhaço (sub-domínios):

D - Zona da Chapada Diamantina OcidentalC - Bloco do Gavião;

Domínio de Paraplataforma

PIATÃ SE. DO BASTIÃO

ESBOÇO REGIONAL DA FASE I DE DEFORMAÇÕES NO ESTADO DA BAHIA

- Região de Dobramentos Araçuaí

Alinhamentos Estruturais

Foliação metamórfica

IV

- Sistema de Dobramentos Riacho Pontal

- Região de Dobramentos Rio preto

- Sistema de Dobramentos Sergipano

II

I

I

PAR

Rio

São

Fran

cisco ORT

SANTO INÁCIO

II

(ESPINHAÇO)

(CHAPADA)

ORT- DOMÍNIO ORTOPLATAFORMAL

PAR- DOMÍNIO PARAPLATAFORMAL

CHAPADA - ESPINHAÇOREGIÃO DE DOBRAMENTOS

SALOBRO

IV

MUCUGÊANDARAÍ

SALVADOR

MORRO DO CHAPÉU

III

III

9

5. Trabalhos Realizados/Metodologia Aplicada

Foram realizadas atividades de pes-quisa no período de agosto/85 a maio/ 1988. A metodologia aplicada abrangeu uma se-qüência de atividades desenvolvidas em 4 fases distintas: 1) fase de prospecto; 2) fase da prospecção preliminar; 3) Etapa I e 4) Etapa II. A tabela I sintetiza os dados quan-titativos alcançados em cada uma dessas fases. Convém salientar que, durante a evolução do projeto, pôde-se avaliar a efici-ência de cada método aplicado, no tocante ao seu grau de resolução e confiabilidade de resultados, afastando-se aqueles julgados pouco consistentes ou que posteriormente foram substituídos por métodos mais efica-zes. Situam-se, neste caso, os métodos geofísicos de “Radiohm” e “Sondagem Elé-trica Vertical (SEV)”, que sofreram bastante influência de refletores falsos (nível freático, camada argilosa), que induziram ao dimen-sionamento pouco preciso da profundidade

do bedrock, que se constituia no principal objetivo desses métodos geofísicos. O nível de resolução mais eficaz foi alcançado com o emprego de métodos diretos (poços, catas e sondagem). A sondagem rotativa diaman-tada tornou-se o método mais eficaz do que os outros tipos de sondagens rotativas e roto-percursivas, em razão do seu eficiente poder de penetração, sendo possível, atra-vés da inspeção do tempo de avanço da coluna de perfuração e da cor da água circulante, inferir os tipos litológicos atraves-sados (se material argiloso, ou níveis de cascalhos) e predizer, com relativa seguran-ça, a profundidade do bedrock, quando en-tão se confirmava pela recuperação de tes-temunhos. Alcançou-se a importante cifra de 2.648,37 m de perfuração, distribuídos em 123 furos e arranjados em malha de 400x100 metros e 200x200 metros.

Tabela I - Dados Físicos de Produção.

Fases Pesquisa Atividades Prospecto Prospecção

Preliminar Etapa I Etapa II Fotointerpretação Geológica 7.000 ha 7.000 ha - - Reconhecimento Geológico 7.000 ha - - - Mapeamento Geológico 1:25.000 - 7.000 ha - - Mapeamento Geológico 1:5.000 - - 18 km2 9 km2 Topografia - 12,0 km 99,25 km 180,4 km Radiohm - - 72,1 km 56,7 km SEV N° - - - 52 Poços nº 5 - 9 8 m3 24,31(1) - 43,77(1) 38,92 Catas nº - - 03 5 m3 - - 507,50(1) 2.464,18(1)

Diamantes Apurados ct - - 12,207 17,583

Trado nº 40 55 100 500 m 220 302,5 550 2.750 Banka nº - - - 75 m - - - 429,58 Rocky nº - - - 44 m - - - 993,70 Winkie nº - - - 01 m - - - 5,5 Rotativa nº - - - 123 m - - - 2.648,37

Relatório nº 01 01 01 (1) Referente a quantidade de material retirado.

SO

ND

AGEM

E

SCAV

AÇÕ

ES G

EO-

FÍS

I- C

A

10

6. Nível de Conhecimento Alcançado

6.1 - Geologia Regional/Local

A área do Projeto Santo Inácio está inserida no âmago de uma compartimenta-ção tectônica referida como Rift Espinhaço, a qual foi preenchida, no decorrer do Prote-rozóico Médio, por seqüências vulcano-sedimentares. A fase inicial desse preen-chimento está representado pelas seqü ências vulcano-sedimentares, em estilo dobrado, com extensivo vulcanismo ácido-intermediário de caráter continental (Grupo Rio dos Remédios), sucedido por seqüên-cias sedimentares com pouco vulcanismo (Grupo Paraguaçu ). A fase final é repre-sentada por seqüências sedimentares que se espalharam em ampla sinéclise, fazendo parte do Grupo Chapada Diamantina. Os grupos Rio dos Remédios, Paraguaçu e Chapada Diamantina compõem o denomi-nado Supergrupo Espinhaço (figura 5).

Estratigraficamente, a zona dia-mantífera na região de Santo Inácio está controlada pela distribuição superficial da Formação Tombador, uma unidade estrati-gráfica que marca o início da sedimentação flúvio-marinha do Grupo Chapada Diaman-tina. Muito embora exista uma tendência de considerar a Formação Tombador como o principal metalotecto do paleoplacer dia-mantífero, alguns autores admitem a exis-tência de unidades arenosas subjacentes à Formação Tombador, com larga abrangên-cia na região de Santo Inácio, a que eles denominaram de Formação Lavras. Admi-te-se aqui, que a Formação Tombador seja, no entanto, o principal metalotecto estrati-gráfico do paleoplacer diamantífero.

A distribuição superficial da Forma-

ção Tombador no Estado da Bahia é bem ampla, conforme pode ser visto na repre-sentação da figura 6. Na região de Santo Inácio, esta formação é representada por uma espessa seqüência clástica arenosa, com conglomerados polimictos basais, gradando para conglomerados monomictos intraformacionais, à medida que se distan-cia da base. Acredita-se que o pacote ba-sal, com alternância de níveis conglomerá-ticos a arenosos, possa atingir, na região de Santo Inácio, espessura da ordem de

120 m. A distribuição superficial da Forma-ção Tombador com potencial metalogenético para diamantes, no contexto da região de Santo Inácio e adjacências, é mostrada na figura 7, evidenciando registros garimpeiros em aproximadamente 50 km de extensão meridiana dessa formação.

A atividade garimpeira pretérita teve seus sítios preferenciais em sistemas de fraturas NW-SE e NE-SW, por serem estes mais susceptíveis à desagregação. No entanto, o volume trabalhado era geralmen-te pequeno, por estarem situados em mor-fologia serrana, não propícia para gerar amplas áreas de acumulação detrítica.

As perspectivas metalogenéticas foram então delineadas para sítios mais abertos, onde a análise paleogeográfica con-duzia para a possibilidade da existência de processos acumulativos ligados a interação de paleo-leques aluviais esculpindo uma provável linha de escarpa de falha, de postura meridiana, com outros sistemas de paleo-drenagens, ligados a evolução da bacia hidrográfica do Rio São Francisco. Nessas condições, presume-se ter se instalado outras acumulações detríticas contendo diaman-tes, oriundas do retrabalhamento da Forma-ção Tombador, especificamente com relação aos seus conglomerados basais, num perí-odo admitido estar compreendido entre o Neoterciário ao Pleistoceno. Estas acumu-lações acham-se representadas por espes-sas seqüências de cascalhos interacama-dados por sedimentos areno-argilosos, estes últimos oriundos do regime de inundação do sistema fluvial do Rio São Francisco.

A evolução paleogeográfica da ca-lha de deposição foi provavelmente contro-lada pelas irregularidades do relevo do substrato, constituído pelas unidades clás-ticas da Formação Tombador.

Os trabalhos de pesquisa, calcados notadamente em métodos diretos de pros-pecção, demonstraram a presença até a distância de 2.000 m da linha da escarpa de serras, de uma espessa seqüência de-trítica, incluindo cascalhos, areias e argilas,

TERCIÁRIO - QUATERNÁRIO

DIVISÃO TECTONO - GEOLÓGICA

Figura 5 Divisão Tectono - Geológica (Extraída da Carta Metalogenética - Folha Barra),com situação da área do Projeto Santo Inácio.Adaptação: Projeto Santo Inácio, 1988.

Área de crosta antiga ( embasamento arqueano ) remobilizada ou não ( Craton de Lençóis ).

Área do Projeto

Cobertura vulcano - sedimentar dobrada tipo "rift" ( "Rift" Espinhaço / Aulacógenovsd

(Sinéclise Chapada Diamantina / Aulacógeno Espinhaço - Chapada). - GRUPO CHAPADA DIAMANTINA.

Cobertura sedimentar dobrada do Aulacógeno Espinhaço - Chapadasd1

Cobertura sedimentar dobrada tipo bacia epicontinental marinha ( Bacia Una / Bambuí,sd2

ib

ARQUEANO INDIVISO

SUPER GRUPO ESPINHAÇO

PROTEROZÓICO MÉDIO

PROTEROZÓICO SUPERIOR

Cobertura superimposta final.sf

Espinhaço - Chapada ). - GRUPO PARAGUAÇU.

Intrusivas básicas.

Sub - bacia de Irecê ).

200 10 30 40Km

12°00'

43°30' 43°00' 42°30'

12°00'

42°00'

11°30'

43°30'

11°00'

11°30'

43°00' 42°30'11°00'

42°00'

SANTO INÁCIO

sf

sf

sfsf sf

sfa

sf

sf

sf

ibsf

sf

sf

sf

sf

sfib

sf

sf

sf

sf

sf

sf

sf

sf

sf

sf

sf

sf

vsdvsd

vsd

ib ib

vsd

vsd

vsd

vsd

sd2

sd2

sf

sf

sf

sd1sd1

sd1

sd1

sd1

sd1

sd1

sd1

sd1

vsd

sd1

sd

sd1

sd1

sd1

sd1

sd1

sd1

sd1

sd1sd

sd

sd

a

Informe de Recursos Minerais

12

Figura 6: Distribuição geográfica das formações Tombador (principal paleoplacer proterozóico)

e Morro do Chapéu na zona central do Estado da Bahia, com a localização dos focos diamantíferos secundários de idade terciário-quaternária.

SEABRA

BARRA DO MENDES

M. DO

ESCALA - 1:2.000.000

DO OUROOURICURI

PARAMIRIM

SANTOESPÍRITO

IBITIARA

INÁCIO

OURO

GENTIODO

SANTO

ANDARAÍ

PIATÃ

MUCUGÊ

PALMEIRAS

DO BASTIÃOSERRA

CAMPESTRE

LENÇÓIS

MORRO DO CHAPÉU

MIMOSO

CAFARNAUM

AFRÂNIO PEIXOTO

UPAMIRIM

MIRANGABA

13°

43° 42°

12°

11°

10°

43° 42°

41°

13°

41°

12°

11°

10°

Focos diamantíferos secundáriosde idade terciária/quaternária.

Formação Morro do Chapéu eFormação Tombador (diamantífero)

paleoplacer

Série Oportunidade Minerais - Exame Atualizado de Projeto, 19

13

Figura 7: Mapa geológico da Zona Garimpeira da região de Santo Inácio

Suçuapara

TQ

FORMAÇÃO TOMBADOR (LAVRAS)Meta conglomerados basais e intraformacionais(polimictos quando basais, diamantíferos; meta-renitos no topo)

PROTEROZÓICO MÉDIO

TERCIÁRIO/QUATERNÁRIO

TQ

TQ

TQ

TQ

Ria

cho

do

TQ

Área trabalhada em escala de detalhe(sondagem avaliativa)

Codificação da área requerida

Estratificação com indicação do caimento

OVO CHOCO

Garimpo abandonado

Eixo de Braquianticlinorium

Falha Indiscriminada

Estratificação Horizontal

GARIMPO DO

GARIMPO DOMÚSICO

ITAJUBAQUARA

GARIMPO ROÇA DO CAMPO

INÁCIO

MÚSICOGARIMPO DO

TQ

01

DO AÇURUÁGAMELEIRA

DE POSSESGARIMPOS

POSSES

SANTO

GARIMPO DO PEGA

GARIMPO DO PINTOR

VERMELHA

LAVRINHAGARIMPO

ALTO DO VIDALGARIMPO DO

ITAPARICALAGOA

89

87

90

88

720

43°00'

740

15

42°45' 760

8740

11°15'

8760

8780

11°00'

TQ

15

Área trabalhada em escala de semi-detalhe (sem sondagem avaliativa)

FORMAÇÃO PARAGUAÇUMetassedimentos detríticos, predominantementefinos e metavulcanicas associadas

Areias eólicas sotopostas por sedimentoscascalhosos de matriz areno-argilosa a argilo-arenosa, intercados com níveis arenosos, areno-argilosos e argilo-arenosos, típicos de fácies deplanície de inundação

50 2,5 7,5 10Km

20

GARIMPO DO PINTOR

GARIMPO PEDRA

Informe de Recursos Minerais

14

em graus variáveis de mistura, com granu-lometria e pureza (fração argilosa) decres-centes de leste (linha de encosta atual de serras e margem da calha) para oeste, sedimentada em 2 regimes distintos: um, para a Zona Basal e o outro para a Zona Superior, conforme mostra o bloco diagra-ma esquemático da figura 8. A Zona Basal (zona N-1) corresponde aos primeiros ní-veis de sedimentação detrítica, natureza colúvio-aluvionar, formados pela interação de leques de detritos procedentes da dis-secação de uma provável escarpa de falha, de traço paralelo à atual linha erosiva de encosta de serras, com sistemas fluviais precoces do estágio de formação da bacia hidrográfica do Rio São Francisco. São constituídos comumente por produtos detrí-ticos de alta energia de sedimentação, representados por areias e cascalhos gros-seiros, oriundos da parte basal da Forma-ção Tombador, incluindo seus níveis de conglomerados diamantíferos, daí seu mai-or enriquecimento em diamantes. Apresen-tam uma razão matriz/cascalho de aproxi-madamente 1/1, com componente argilosa subordinada. O tamanho máximo de blocos não excede a 1m de diâmetro, numa pro-porção nunca superior a 10%. A espessura máxima pode atingir 20 m, mas a média situa-se em torno de 10-12 m. A Zona Su-perior de cascalho foi subdividida em 2 subzonas: a mais inferior - Zona N-2, tem também regime de sedimentação ligado aos estágios iniciais de evolução da bacia hidrográfica do Rio São Francisco, daí sua interdigitação faciológica com a Zona Ba-sal, notadamente quando esta atinge cerca de 500 m da atual linha de encosta de ser-ras. A sua natureza composicional guarda muita similaridade com a desta última zona. As diferenças residem numa maior interdi-gitação com produto areno-argilosos, que se reflete na razão matriz/cascalho, um pouco mais elevada, e no presumido con-teúdo de diamantes, aqui provavelmente menor em decorrência de fatores concen-tradores ligados a anatomia e a constitui-ção do substrato e a energia do agente transportador. A espessura, no entanto, é bem expressiva, podendo atingir, mais de 20 m, com uma média em torno de 10-15 m. A subzona superior - Zona N-3 marca um novo sítio de regime fluvial de grande energia, instalado após um estágio mais avançado de preenchimento da calha, sob

regime de planície de inundação, em razão de se encontrar separado da Zona N-2 por um espesso intervalo de sedimentação argilosa. Composicionalmente, é um casca-lho similar ao da Zona N-2, porém do ponto de vista metalogenético, tem grau de im-portância menor, em razão do seu conteú-do em diamantes decrescer consideravel-mente em relação àqueles das zonas N-1 e N-2. As razões para isto estão na anatomia do fundo da bacia na época da sua deposi-ção, invariavelmente representado por uma extensa capa de sedimentos areno-argilosos, uma maior abrangência da rede hidrográfica e sua interação com uma mul-tiplicidade de rochas-fonte. A figura 9 ser-ve para mostrar as espessuras das zonas de cascalhos atravessados nas diversas seções de sondagem, assim como a rela-ção de cascalhos para sedimentos areno-argilosos, mais elevada para a parte central do depositário investigado. 6.2 - Métodos Diretos de Prospecção com

Maior Grau de Resolução 6.2.1 - Poços e Catas

Poços e catas foram abertos com o objetivo de realizar testes de apuração do teor e qualidade de diamantes. O quadro II abaixo discrimina os resultados alcança-dos: Quadro II - Resultado das Operações em

Poços e Catas

Zonas Poços Executados

Catas Executadas

Totais Remo-vidos

Investi-gadas Nº Volume

(m3) Nº Volume (m3) (m3)

Zona Basal N-1

19 87 5 961 1.048

Zona Sup.N-3 3 20 3 2.010 2.030

Total 22 107 8 2.971 3.078 As operações de apuração do teor foram realizadas, inicialmente, em sistemas de bicas rifladas e, posteriormente, em equipamento mecanizado tipo “OUROTEC M-10”.

Série Oportunidade Minerais - Exame Atualizado de Projeto, 19

15

Figura 8: Esquema mostrando a disposição espacial das duas zonas de cascalhos diamantíferos.

Leques aluviais.Cascalho basal ( ZONA N-1 )

Cascalho superior (ZONA N-2)

Nível argiloso

Cascalho superior (ZONA N-3)

W S

N E

Fonte: Adaptado de H. Dupont, 1992. Relatório de Consultoria.

Quartzitos conglomeradosda Formação Tombador

Areias eólicas

Informe de Recursos Minerais

16

F-10

P-43

Emba

sam

ento

de

Met

aren

ito

Zona

Bas

al d

e C

asca

lho/

N-1

Zona

Sup

erio

r de

Cas

calh

o/N

-2

Zona

Sup

erio

r de

Cas

calh

o/N

-3

Mat

eria

l are

no-a

rgilo

so d

e pl

a-ní

cie

de in

unda

ção

Mat

eria

l are

noso

de

cobe

rtura

430m

40WZo

na S

uper

ior/N

-3

F-16

60W

70W

50W

EM

B

F-18

430m

410m

450m

EMB

F-19

430m

410m

450m

410m

ar-a

rg

arF-

7

F-17

EMB

ar-a

rgar

Zona

Sup

erio

r/N-2

F-8

ar-a

rg F-12

Zona

Sup

erio

r/N-2

Zona

Bas

al/N

-4

20W

30W

10W

100m

00

F-5

F-14

Zona

Sup

erio

r/N-3

F-15EM

B

Zona

Sup

erio

r/N-2

ar-a

rg

P-3

8

EMB

F-13

ar-a

rg

0-29

F-97

ar-a

rg

20E

10E

30E

F-10

Zona

Bas

al/N

-1

F-11

EMB

ar

EMB

F-6

Zona

Bas

al/N

-1

ar

EM

B

400m ar

F-9

Zona

Bas

al/N

-1

400m

420m

440m

460m

SEC

ÇÃO

G46

0m

420m

440m

Zona

Sup

erio

r/N-2

Zona

Sup

erio

r/N-3

Zona

Sup

erio

r/N-2

Zona

Sup

erio

r/N-3

F-63F-

73

F-81

ar-a

rg

EMB F-

65

430m

450m440m

F-66

ar

EM

B

450m

410m

430m

F-94

ar

ar-a

rg Zona

Sup

erio

r/N-3

F-64

EM

B

F-92

ar

ar-a

rg

ar-a

rg

EMB

F-75

430m

450m

410m

F-76

ar

450m

420m

F-86

ar

N-3

Zona

Sup

erio

rEM

B

F-74

ar-c

asc

F-85ar

-cas

c

ar-a

rg

410m

440m

430m

440m

F-84

ar

F-10

0ar

F-83

EM

BF-

82ar-c

asc

F-10

2

Zona

Bas

al/N

-1

Zona

Bas

al/N

-1

F-59

F-69

Zona

Sup

erio

r/N-3

F-61

ar-a

rg

EM

B

F-62

F-93

Zona

Sup

erio

r/N-2

F-60

ar

ar-a

rg

F-90EM

B

F-71

Zona

Sup

erio

r/N-2

F-72

ar

Zona

Sup

erio

r/N-2 F-87

ar

EMB

F-70

EMB

Zona

Bas

al/N

-1

F-88

SEC

ÇÃO

F

SECÇ

ÃO E

EM

B F-58

460m

440m

420m

420m

Zona

Bas

al/N

-1

F-91

460m

440m

EMB

440m

420m

F-67

SECÇ

ÃO C

440M

F-68

420M

SECÇ

ÃO B

F-89

430m

460M

EMB

P-4

3

SECÇ

ÃO D

460m

F-77

SECÇ

ÃO

A

ar

Zona

Sup

erio

r/3

ar-a

rg

EM

B

F-80

F-10

1

F-78

arF-

79

Zona

Bas

al/N

-1

450m

430m

450m

ar-a

rg

ar

Poç

o E

xplo

rató

rio

Furo

de

sond

a

LEG

END

A

SEC

ÇÃO

H

Figu

ra 9

: Sec

ções

de

sond

agem

orto

gona

is a

o ei

xo m

aior

da

calh

a de

det

ritos

do

Seto

r Peg

a e

adja

cênc

ias

dos

seto

res

Pint

or e

Caj

ueiro

.

Série Oportunidade Minerais - Exame Atualizado de Projeto, 19

17

Com relação ao número de pedras de diamantes encontradas, os quadros III

e IV discriminam os resultados nas opera-ções de poços e catas.

Quadro III - Resultados das Operações em Poços

Zonas Investigadas

Poços Executa-

dos

Poços Positivos

Nº Pedras Achadas

(Gema+Ind.)

Peso Total

(Pontos)

Peso Médio por Pedras

(Pontos)

Teor no Cascalho

(Pontos/M3)

Teor no Cascalho

Estéril (Pontos/M3)

Zona Basal/ N-1 22 5 13 126 9,69 2,10 1,91

Zona Basal/ N-3 2 02 25 12,50 1,29 0,95

Quadro IV - Resultados das Operações em Catas

Zonas Investigadas

Catas Executa-

das

Catas Positivas

Nº Pedras Achadas

(Gema+Ind.)

Peso To-tal

(Pontos)

Peso Médio por Pedras

(Pontos)

Teor no Cascalho

(Pontos/m3)

Teor no Cascalho

Estéril (Pontos/m3)

Zona Basal/ N-1 8 5 174 2374 13,64 4,14 2,80

Zona Basal/ N-3 - 3 54 555 10,27 0,34 0,28

Com relação aos teores médios

encontrados nas operações das catas e poços, o quadro V discrimina os resultados obtidos, pelo método convencional.

Quadro V - Resultados dos Teores Médios (Método Convencional)

em Catas e Poços (Pontos/m3)

Zonas Investigadas

Setores Garimpinho e

Roça do Campo

Setores Pega e Cajueiro Material

4,51 3,96 Cascalho Zona Basal/N-1 2,37 0,29 Cascalho+Estéril - 0,35 Cascalho Zona Sup/N-3 - 0,29 Cascalho+Esteril

Com relação ao teor médio de dia-

mantes obtido por inferências probabilísti-cas, para a Zona Superior/N-2, levando-se

em conta sua similaridade composicional e textural com a Zona Basal/N-1, os resulta-dos são discriminados no quadro VI.

Quadro VI - Estimativa do Teor de Diamante para a Zona Superior / N-2

(Pontos/m3)

Parâmetros Considerados

Grau de Similaridade

Grau de Probabilidade

Teor da Zona N-1

Índices de Confiabilidade

Teores da Zona N-2 para os diversos índices de

Confiabilidade Paleogeografia 100% 63% 3,12

Regime de Sedimentação 90% 63% 3,12 90% 2,18

Rocha Fonte 70% 99% 1,99

Informe de Recursos Minerais

18

No tocante a classificação dos di-amantes encontrados nas operações de abertura de catas e poços, a tabela II quantifica e classifica todos os tipos de

diamantes encontrados. Verifica-se, pela tabela, que 47,67% das pedras são do tipo GEMA; 39,78% são tipo INDUSTRIAL/ ‘CHIPS’ e 12,54% são do tipo CARBONADO.

Tabela II - Classificação dos diamantes encontrados em Catas (C) e Poços (P)

do Projeto Santo Inácio.

Gema Industrial/Chips Carbonado Total Local Quan-

tidade Classifi. Quan-tidade Classific. Quan-

tidade Classific. Gema + Indus. Carbon.

01 3x1 C-2 02 5x1 35 - 7 -

14 +FF Ex 13 FF 2ª

Subtotal 30 35 - 7 - 65 7 2 5x1

C-3 11 +FF Ex 22 - 5 - 7 FF 2ª

Subtotal 20 22 - 5 - 42 5 C-1 1 5x1 - - - - - -

Subtotal 1 - - - - 1 -

C-5 10 +FF Ex 15 - 5 - 7 FF 2ª

Subtotal 17 15 5 32 5

C-7 2 +FF Ex 2 - 2 - Subtotal 2 - 2 - 4 2

C-8 14 +FF Ex 8 - 5 - 3 FF 2ª

Subtotal 17 8 - 5 - 25 5

C-9 10 +FF Ex 12 - 6 - 3 FF 2ª

Subtotal 13 12 - 6 - 25 6

C-4 15 +FF Ex 13 - 4 6 FF 2ª

Subtotal 21 13 - 4 - 34 4

P-1 5 FF 2ª - - - - Subtotal 5 - - - - 5 -

P-22 2 +FF Ex 4 - 1 - Subtotal 2 4 1 6 1

P-32 1 +FF Ex - - - - Subtotal 1 - - 1 -

P-23 1 +FF Ex - - - - Subtotal 1 - - - - 1 -

P-24 1 FF Ex - - - - Subtotal 1 - - - - 1 -

P-30 1 +FF Ex - - - - Subtotal 1 - - - - 1 -

P-43 1 +FF Ex - - - - Subtotal 1 - - - - 1 -

Total 133 - 111 - 35 - 244 35 47,67

% 39,78% 12,54

% 87,46% 12,54%

Série Oportunidade Minerais - Exame Atualizado de Projeto, 19

19

6.2.2 - Sondagem

A sondagem foi utilizada com os seguintes objetivos: (i) conhecer a anato-mia de fundo do depositário, indicada pela profundidade do substrato da pilha de se-dimentos; (ii) conhecer a seqüência estrati-gráfica do pacote sedimentar, especifica-mente com respeito aos níveis de casca-lhos que poderiam conter diamantes detríti-cos.

Foram realizadas sondagens dos -

tipos BANKA, ROCK, WINKIE e ROTATI VA DIAMANTADA. Desses tipo, o que teve maior poder de resolução foi a sondagem rotativa diamantada. A malha estabelecida foi, inicialmente, de 400x100 m. Em segui-da e onde necessário, a malha foi rebaixa-da para 200x200 m., para verificação do comportamento das espessuras. As pro-fundidades do bedrock variaram de 3,5 a 44 m, aumentando sempre em sentido oeste. Na tabela I (já citada), relaciona-se os quantitativos alcançados em cada tipo de sondagem.

20

7. Mineralizações 7.1 - Tipo Genético

A mineralização é do tipo “placer”, sendo originada a partir da reciclagem ero-siva do paleoplacer conglomerático da Formação Tombador, do Proterozóico Mé-dio, pertencente ao Grupo Chapada Dia-mantina, do Supergrupo Espinhaço. Postu-la-se que a formação do depósito ocorreu no período compreendido do Neoterciário ao Pleistoceno, pela interação de proces-sos fluviais de alta energia que esculpiam uma provável linha de escarpa de falha, de direção aproximadamente meridiana, com aqueles relacionados com a evolução da bacia hidrográfica do Rio São Francisco. 7.2 - Descrição Sumária

Ocorre associada a níveis espes-sos de cascalhos relacionados a três zonas específicas: Zona Basal/N-1, Zona Superi-or/N-2 e Zona Superior/N-3. As caracterís-ticas dessas zonas já foram abordadas no item 6.1. 7.3 - Reservas

Com relação às reservas lavráveis de cascalho diamantífero, foi quantificado um total de 27.781.873 metros cúbicos, estando 84% na categoria de reserva me-dida e 16% na categoria de reserva indica-da. A distribuição do cascalho nas diversas zonas investigadas é a seguinte: 28% na Zona Superior/N-3; 50% na Zona Superi-or/N-2 e 22% na Zona Basal/N-1. O Setor Pega deteve 79% da reserva total quantifi-cada e em associação com os setores Pin-tor e Cajueiro, que lhe são adjuntos, alcan-ça a cifra de 94% dessa reserva, com os 6% restantes compondo os setores Garim-pinho e Roça do Campo, já com situações mais desfavoráveis com relação a implan-tação de um projeto de lavra com utilização de dragas (tabela III). As reservas lavrá-veis foram calculadas em função da razão estéril/cascalho nas diversas zonas de cascalho, segundo os índices do quadro VII.

Quadro VII - Variações e Médias das Razões Estéril/Cascalho nas Zonas N-1, N-2 e N-3 para as Reservas Lavráveis e não Lavráveis

Zonas de

Casca-lho

Variação da Razão

Razão Média

Tipos de Reservas

0,00 - 3,28 0,91 lavrável N-1

5,20 - 14,57 8,31 não lavrável

0,10 - 4,50 1,24 lavrável N-2

11,21 - 73,40 42,30 não lavrável

0,00 - 5,00 1,22 lavrável N-3

5,00 - 21,00 10,51 não lavrável

Considerando as reservas em ter-

mos de CASCALHO+ESTÉRIL, foi quantifi-cado um total de 41.846.583 metros cúbi-cos de material lavrável, sendo 82,22% na categoria de reserva medida e 17,78% na categoria de reserva indicada. Como anali-sado anteriormente, o Setor Pega detém 75,74% da reserva total e em associação com os setores Pintor e Cajueiro, que lhe são adjuntos, responde pela cifra de 92,47% da reserva total, estando os 7,53% restantes distribuídos pelos setores Garim-pinho e Roça do Campo. Como o teor mé-dio do cascalho+estéril, pelo método con-vencional, ficou em 1,70 pontos/m3, admi-tindo-se um grau de confiabilidade de 99% para o teor da Zona Superior/N-2, estimou-se uma expectativa de diamantes no depo-sitário (5 setores) de 712.779 quilates. Nes-tes cálculos, admitiu-se uma taxa de recu-peração de 70% no processo de lavra por dragas (tabela IV). A tabela V simula, tam-bém, taxa de recuperação de 80% no pro-cesso de lavra.

A figura 10 é relativa ao Mapa de

Isópaca Total das zonas de cascalho supe-rior (N-3 e N-2) e basal (N-1), ao longo dos 6 km de área trabalhada pela CPRM, com delimitação das áreas de requerimento. A Formação Tombador corresponde ao rele-vo de serras, e a área adjunta, de fisiogra-

Série Oportunidade Minerais - Exame Atualizado de Projeto, 19

21

fia semi-aplainada, pertence a parte mais distal do curso do Rio São Francisco, no contexto da bacia hidrográfica homônima. Na figura também acham-se delimitados os 5 setores investigados, que de norte para

sul são os setores Pintor, Pega, Cajueiro, Roça do Campo e Garimpinho. Também acham-se localizadas as 8 catas realiza-das.

Tabela III - Reservas Lavráveis de Cascalho Diamantífero nos Setores Investigados

Setores Medida (m3)

Indicada (m3)

Total (m3)

Pintor 913.125 (4%)

1.948.125 (43%)

2.861.250 (10%)

Pega 20.777.570 (89%)

1.086.870 (24%)

21.864.440 (79%)

Cajueiro 555.375 (2%)

792.500 (17%)

1.347.875 (5%)

Roça do Campo

630.528 (3%)

506.250 (11%)

1.136.778 (4%)

Garimpinho 363.750 (2%)

207.780 (5%)

571.530 (2%)

Zona N-3 6.761.625 (29%)

1.146.495 (25%)

7.908.120 (28%)

Zona N-2 11.057.125 (48%)

1.995.000 (44%)

13.052.125 (50%)

Zona N-1

5.421.598 (23%)

1.400.030 (32%)

6.821.628 (22%)

Total 23.240.348 (84%)

4.541.525 (16%) 27.781.873

Tabela IV - Reservas Lavráveis de Aluvião Diamantífero e Expectativa da Qualidade de

Diamantes, Admitindo-se Taxas de Recuperação de 70% e Grau de Confiabi-lidade do Teor da Zona N-2 de 99%

Reservas de Aluvião Diamantífero Teor Médio Expectativa da Quantidade

de Diamantes Setores Med. (m3) Ind. (m3) p/m3 Med. (Ct) Ind. (Ct) 1.372.280 3.204.198 1,96 28.594 61.023 Pintor (1) 4.576.475 89.617

30.263.968 1.428.566 1,70 505.888 31.960 Pega (2) 31.692.534 537.848 984.764 1.441.476 1,50 19.290 17.201 Cajueiro (3) 2.426.240 36.491

1.182.583 988.707 1,67 21.160 15.005 Roça do Cam-po (4) 2.171.290 36.165

606.178 373.863 1,29 9.138 3.520 Garimpinho (5) 980.041 12.658 32.621.012 6.074.240 1,72 533.772 110.184 Total

1+2+3 38.695.252 663.956 1.788.761 1.362.570 1,55 30.298 18.525 Total

4+5 3.151.331 48.823 34.409.773 7.436.810 1,70 584.070 128.709 Total

1+2+3+4+5 41.846.583 712.779

Informe de Recursos Minerais

22

Tabela V - Reservas Lavráveis com Expectativas da Qualidade de Diamantes, Admitindo-se Taxas de Recuperação de Lavra de 80% e 70% e Graus de Confiabilidade do Teor a Zona N-2 de 63%; 90% E 99%.

Setores

Reservas Lavráveis Medida + Indicada

Aluvião Diamantífero (m3)

Teor Médio p/m3

Expectativa da Quantidade de

Diamantes (CT)

80% de Recuperação de Lavra Grau de Confiabilidade do Teor da Zona N-2 de 63% 05

Setores 47.824.664 2,26 1.081.040 80% de Recuperação de Lavra

Grau de Confiabilidade do Teor da Zona N-2 de 90% 05 Setores 47.824.664 1,80 858.879

80% de Recuperação de Lavra Grau de Confiabilidade do Teor da Zona N-2 de 99% 05

Setores 47.824.664 1,70 814.777 70% de Recuperação de Lavra

Grau de Confiabilidade do Teor da Zona N-2 de 63% 05 Setores 41.846.583 2,26 945.709

70% de Recuperação de Lavra Grau de Confiabilidade do Teor da Zona N-2 de 90% 05

Setores 41.846.583 1,80 751.359 70% de Recuperação de Lavra

Grau de Confiabilidade do Teor da Zona N-2 de 99% 05 Setores 41.846.583 1,70 712.779

As curvas de isópacas, que na fi-

gura 10 acham-se delineadas de uma ma-neira simplificada, foram traçadas com auxílio de um programa de sondagem rota-tiva diamantada, em malhas de 400 x 100 e 200 x 200 metros. Pela verificação das curvas de isópacas nota-se que a zona de maior espessura localiza-se no âmago do Setor Pega e adjacências dos setores Ca-jueiro e Pintor, com espessura superior a 30 metros na seção S8+0. Este trecho, com 2,2 km de extensão longitudinal meri-diana, e 1,2 km de largura, constitui a zona mais importante delimitada pelas atividades do projeto, por se conceber que possa aí ser desenvolvido um processo de lavra mecanizada, com utilização de dragas, por armazenar um volume de detritos da ordem de 35 milhões de metros cúbicos, com uma proporção de cascalhos da ordem de 25 milhões de metros cúbicos. 7.4 - Perspectivas Econômicas

Já se prevendo taxas de recupera-ção de lavra da ordem de 70 a 75%, o di-mensionamento de uma reserva de casca-lho diamantífero da ordem de 27 milhões de metros cúbicos, relacionada a um paco-te de sedimentos detríticos (casca-

lho+estéril) da ordem de 42 milhões de metros cúbicos, com uma razão capeamen-to/cascalho compatível a um empreendi-mento de mineração, com utilização de dragas, incentivou a adoção de alguns estudos preliminares para testar a viabili-dade econômica do depósito. É óbvio que qualquer estudo que se proponha a viabilizar economicamente o depósito quantificado na região de Santo Inácio, terá que passar naturalmente por uma série de considerações, com minucio-sa ponderação nos parâmetros de enge-nharia de lavra. Isto implica numa maior consistência no dimensionamento de fato-res específicos, como aqueles relacionados às condições de flutuabilidade de dragas de grande porte, no dimensionamento das características técnicas de equipamentos de lavra, e a outros problemas básicos da engenharia de lavra, além da obtenção de um maior grau de segurança nos teores de diamantes, e uma maior precisão na análi-se do grau de variabilidade dos parâmetros teor/espessura e tamanho das pe-dras/pureza (qualidade) ao longo do depó-sito. Mesmo assim, ainda correr-se-á o risco da

S4 + 40

S4 + 20

S4 + 0

S4 + 80

S5 + 0

S4 + 60

S5 + 60

S5 + 40

S5 + 20

S6 + 20

S5 + 80

S6 + 0

S6 + 80

S6 + 40

S6 + 60

S7 + 40

S7 + 0

S7 + 20

S8 + 0

S7 + 80

S7 + 60

S8 + 60

S8 + 40

S8 + 20

S9 + 40

S9 + 0

S9 + 20

S8 + 80

S10 + 0

S9 + 80

S9 + 60

Figura 10 Mapa de isópaca total das zonas de cascalho diamantíferos (N-1, N-2 e N-3).

SE

TO

RP

EG

AS

ET

OR

RO

ÇA

DO

CA

MP

OS

ET

OR

GA

RIM

PIN

HO

160W

180W

140W

120W

100W

80W

0060W

40W

2,50

20W

C1

C3

1,00

1,00

20E

40E

60E

2,50

BA-01/91

SE

TO

RC

AJU

EIR

O

0,00

C2

1,00

2,50

1,00

1,00

5,00

1,00

5,00

5,00

C7

BA-87/84

BA- 89/84

N

SE

TO

RP

INT

OR

0,00

5,00

25,00

20,00

25,00

C8

C9

30,00

20,0

0

20,00 C5 BA-90/84

2,50

1,00

5,00

C4

BA-88/84

400m200 0 200

TERCIÁRIO-QUATERNÁRIO

CONVENÇÕES DO MAPA

Areias eólicas superficiais sotopostas porsedimentos areno-argilosos e cascalhosdiamantíferos

PROTEROZÓICO MÉDIO

FORMAÇÃO TOMBADOR - metaconglomerados basais, polimictos, diamantífe-ros, gradando no topo para metarenitose quatzitos com níveis de metaconglomerados intraformacionais e espessasequência de metarenitos/quartzitos

SEÇÕES GEOLÓGICAS DESONDAGEM

BA-87/84

Curvas de Isópacas das zonas decascalhos diamantíferos(N1 + N2 + N3)

*

**

* *

Cata

0,00

6,00

20,00

C2

S7 + 20

S7 + 40

Áreas com alvarás depesquisa e com pedidode aprovação do RelatórioFinal no DNPM

*

Informe de Recursos Minerais

24

Figura 11: Análise gráfica da rentabilidade líquida do empreendimento de lavra em função do

teor do depósito e do custo total de mineração.

PROJETO SANTO INÁCIOPR

EJU

ÍZO

- %

( VA

L - )

REN

TABI

LID

ADE

(LU

CR

O L

ÍQU

IDO

) - %

( VA

L.+

)

CU

STO

TO

TAL

DE

MIN

ERA

ÇÃ

O (U

S$

/ m3)

RENDIMENTO LÍQUIDO (RL)

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

10

20

30

40

50

60

70

49,66

36,54

25,5225,01

14,05

4,85

TEO

R D

O D

EPÓ

SITO

1,

42 p

/m3

TEO

R D

O D

EPÓ

SITO

1,70

p/m

3

ESC

ALA

PAR

A C

UR

VAD

E TE

OR

1,4

2 p/

m3 ES

CA

LA P

ARA

CU

RVA

DE

TEO

R 1

,70

p/m

3

2,502,402,302,20

2,102,00

1,90

1,80

1,70

1,60

1,50

1,40

1,30

1,20

1,10

1,00

2,502,40

2,302,20

2,10

2,00

1,90

1,80

1,70

1,60

1,50

1,40

1,30

1,20

1,00

1,42 ponto / m3

1,70 ponto / m3

RL 4,85% - US$ 3 X 10 / 15 anos ( US $ 200.000 / ano )

RL14,05% - US$ 8 X 10 / 15 anos ( US $ 533,000 / ano )

RL25,52% - US$ 16 X 10 / 15 anos ( US $ 1,05X10 / ano )

RL36,54% - US$ 21 X 10 / 15 anos ( US $ 1,39X10 / ano )RL49,66% - US$ 26 X 10 / 15 anos ( US $ 1,72X10 / ano )

VIDA ÚTIL - 2.640.000m3 / ano, ou 220.000m3 / mês ( Draga de 12 pés cúbicos

39 x 10 m3 / 2,64 x 10 15 anos ).

6

6

6

6

6

6

6

6

OP (US$ 42x10 ) + I (US$ 10x10 ) CM 1,23816

OP (US$ 42x10 ) + I (US$ 15x10 ) CM 1,3571

OP (US$ 42x10 ) + i (US$ 20x10 ) CM 1,4762OP (US$ 42x10 ) + I (US$ 10x10 ) CM 1,2381

OP (US$ 42x10 ) + I (US$ 15x10 ) CM 1,3571

OP (US$ 42x10 ) + I (US$ 20x10 ) CM 1,4762

6

6

6

6

6

6 6

6

6

6

6

66

OP = Custo Operacional

I = Custo de Investimento

CM = Custo Total de Mineração

Informe de Recursos Minerais

25

e a outra, relativa ao teor de 1,70 pon-tos/m3, obtida pelo cálculo convencional. Nas escalas à direita, relacionam-se os diversos custos de mineração (US$/m3) obtidos, respectivamente, para os teores de 1,42 pontos/m3 e 1,70 pontos/m3. Na escala à esquerda, figuram as diversas taxas de rentabilidade positiva (acima do referencial ZERO) e negativas (abaixo des-te referencial). Na construção do gráfico utilizam-se os parâmetros do preço de co-mercialização do diamante em US$ US$ 109,00/quilate, na razão US$ PARALELO/ U$ OFICIAL igual a unidade (câmbio unitá-rio). Analisando o gráfico pela curva de teor de 1,70 pontos/m3, verifica-se que, para um custo de mineração de US$ 1,4762/m3, que prevê custos operacionais de US$ 42 mi-lhões de dólares e de investimentos de US$ 20 milhões de dólares, a rentabilidade do empreendimento (lucro líquido) seria de 25,64%.

No caso de redução do custo de mineração para US$ 1,3571/m3, que prevê investimento de US$ 15 milhões de dólares (caso de equipamentos de lavra parcial-mente amortizados), a rentabilidade (lucro líquido) poderia ser elevada para 37,45%. E, para a última simulação, se o custo de mineração fosse reduzido para US$ 1,2381/m3, que prevê investimento de US$ 10 milhões de dólares (caso de equipamen-tos de lavra totalmente amortizados), ter-se-ia uma rentabilidade (lucro líquido) de 49,81%.

Para o teor de 1,42 pontos/m3, a si-

tuação é menos promissora, pois permitiria obter taxas de rentabilidade (lucro líquido) de 5%; 14,20% e 25,22% para, respecti-vamente, custos de mineração de US$ 1,4762/m3, U$ 1,3571/m3 e U$ 1,2381/m3.

26

8. Conclusões

A pesquisa empreendida pelo Proje-to Santo Inácio permitiu chegar ao seguinte resultado econômico: o dimensionamento de um módulo (reservatório), com dimensões de 2,2 km por 1,2 km, abrangendo os seto-res Cajueiro, Pega e Pintor, onde estima-se que seja recuperado um volume de detritos da ordem de 39 milhões de metros cúbicos, (93%do total de 42 milhões de m3), com uma proporção de cascalhos diamantífero da ordem de 25 milhões de metro cúbicos (93% do total de 27 milhões de m3), admi-tindo-se taxa de recuperação na lavra de cerca de 70%).Ai tem-se uma espectativa de encontrar uma quantidade de diamantes de cerca de 663 mil quilates, considerando-se um teor médio do depósito em torno de 1,70 pontos/m3 (39x106 x 0,017). A qualida-de esperada para os diamantes é a seguin-te: 47,67% do tipo gema, 39,78% do tipo industrial / chips e 12,54% do tipo carbona-

do A perspectiva de aí se poder viabili-

zar um projeto econômico de lavra mecani-zada com utilização de dragas, constitui um desafio a ser alcançado. Os dados obtidos, conforme demonstrados pelos estudos pre-liminares de simulações objetivando a viabi-lização econômica do depósito, mostraram-se animadores considerando os parâmetros analisados relativos ao teor do depósito e aos custos totais de mineração (operacional e de investimento). No entanto, necessita-se de estudos adicionais de pesquisa, que garantam atingir as condições mínimas de segurança à implantação de um projeto de lavra de diamantes, especificamente no tocante ao teor do depósito, distribuição, tamanho e qualidade das pedras e aos pro-blemas básicos de engenharia de lavra.

27

9. Relação dos Relatórios Disponíveis

– COMPANHIA DE PESQUISA DE RE-CURSOS MINERAIS - CPRM - PRO-JETO SANTO INÁCIO Relatório Preli-minar de Pesquisa, maio/1988 (entre-gue ao DNPM como cumprimento da exigência legal).

Contém: Aspectos Fisiográficos; situa-

ção legal; geologia regional e aspectos metalogenéticos; trabalhos de pesqui-sa; reservas e considerações econô-micas.

– COMPANHIA DE PESQUISA DE RE-

CURSOS MINERAIS - CPRM. PRO-JETO SANTO INÁCIO. Informe Parcial Sintético, março/93 (encaminhado ao DEPEM/RJ em 2 vias através do memo 250/SUREG/SA/93, de 03/05/93).

Contém: Situação legal das áreas; geo-

logia regional e aspectos metalogené-ticos; geologia da zona diamantífera da região de Santo Inácio; metodologia da pesquisa e dados físicos de produção; quantificação de reservas; comentários preliminares sobre a viabilidade eco-nômica do depósito; programação complementar mínima de pesquisa a ser empreendida no projeto.

– COMPANHIA DE PESQUISA DE RE-

CURSOS MINERAIS - CPRM PROJE-TO SANTO INÁCIO. Relatório Final de Pesquisa, maio de 1998(entregue ao DNPM solicitando aprovação).

Contém todos os dados pertinentes a

pesquisa.

– Relatórios de Consultoria do Geólo-go Henri Dupont

• Relatório a respeito o documento emi-

tido pelo projeto: “Análise Técnica e Programação Complementar no perío-do nov/86 a Jun/88”. Emissão do rela-tório: 16/01/1987.

• Relatório da Reunião de 13.03.87, em

Salvador. Emissão do relatório: 06/abril/1987.

• Relatório da Reunião de 18.08.92, em

Salvador. Emissão do relatório: 02/setembro /1992.

– Outros Relatórios Técnicos Internos

• Relatório de visita a área do projeto em agosto/92, emitido pelo geólogo José Guedes de Andrade e pelo esta-tístico Luiz Gonzaga Oliveira e Silva e datado de setembro de 92.

• Avaliação Econômica da Jazida de Di-

amante de Gentio do Ouro - Bahia (Projeto Santo Inácio) - emitido pelo geólogo José Guedes de Andrade, chefe da DIECON/ DEPEM-RJ e pelo estatístico Luiz Gonzaga de Oliveira Silva, da DIECON/DEPEM-RJ, emitido em setembro/1992.

– Laudo Analítico

Laudo de avaliação de um lote de dia-mantes do Projeto Santo Inácio, efetua-do em 7/10/87.

29

APÊNDICE

Série Oportunidade Minerais - Exame Atualizado de Projeto, 19

31

Tabela XXVI - Teores Necessários para Viabilização Econômica do Depósito de Santo Inácio, Considerando Diversas Faixas de Lucro, para um Custo Somente Computado para as Operações de Lavra e Beneficiamento, Estimado em US$ 1,00/m3, sem Considerar os Custos de Investimento. Admite-se o Preço Médio do Diamante (Gema + Industrial) em US$ 109,00/quilate, Es-tabelecendo-se para esta Condição a Razão US$ Par/US$ Oficial como U-nitária.

DIAMANTES (GEMAS + INDUSTRIAIS/”chips”)

RAZÃO US$ PAR/ US$ OFC.

RAZÃO 1,0 RAZÃO 1,2 Razão 1,4 RAZÃO 1,6

Teor pontos/m3 Teor pontos/m3 Teor pontos/m3 Teor pontos/m3 LUCRO 0 0,92 0,76 0,66 0,57 LUCRO 10% 1,00 0,84 0,72 0,63 LUCRO 20% 1,10 0,92 0,79 0,69 LUCRO 30% 1,19 0,99 0,85 0,75 LUCRO 40% 1,28 1,07 0,92 0,80 LUCRO 50% 1,37 1,14 0,98 0,86 LUCRO 60% 1,46 1,22 1,05 0,92 LUCRO 70% 1,55 1,30 1,11 0,97 LUCRO 80% 1,65

1,70 1,38 1,12 1,03

LUCRO 90% 1,74 1,45 1,25 1,08 LUCRO 100% 1,83 1,53 1,31 1,15 LUCRO 110% 1,93 1.61 1,38 1,20 LUCRO 120% 2,02 1,68

1,70 1,44 1,26 LUCRO 130% 2,11 1,76 1,51 1,32 LUCRO 140% 2,20 1,83 1,57 1,38 LUCRO 150% 2,29 1,91 1,64 1,43

Informe de Recursos Minerais

32

Tabela XXVII - Teores Necessários para Viabilização Econômica do Depósito de Santo Inácio, Considerando Diversas Faixas de Lucro e um Custo Total (Inves-timento + Operacional) de US$ 1,4762/m3, Considerando o Preço Médio do Diamante (Gema + Industrial) em US$ 109,00/quilate, Estabelecendo-se para esta Condição a Razão US$ Par/US$ Oficial como Unitária.

DIAMANTES (GEMAS + INDUSTRIAIS/”chips”)

RAZÃO 1,0 RAZÃO 1,20 Razão 1,40 RAZÃO 1,60 RAZÃO US$PAR/

US$ OFC.

Teor pontos/m3 Teor pontos/m3 Teor pontos/m3 Teor pontos/m3

LUCRO 0 1,35 1,13 0,97 0,85

LUCRO 10% 1,49 1,24 1,06 0,93

LUCRO 20% 1,63 1,70 1,35 1,16 1,02

LUCRO 30% 1,76 1,47 1,26 1,10

LUCRO 40% 1,90 1,58 1,35 1,19 LUCRO 50% 2,03 1,69

1,70 1,45 1,27

LUCRO 60% 2,17 1,81 1,55 1,37 LUCRO 70% 2,30 1,92 1,69

1,70 1,44

LUCRO 80% 2,44 2,03 1,74 1,52 INVESTIMENTOS ADMITIDOS 1. US $ 10 X 106 – compra de maquinário (dragas e equipamentos de apoio) 2. US$ 5 x 106 – aquisição do direito de lavra, supervisão do projeto e estudo de pré-

viabilidade de pesquisa. 3. US$ 5 x 106 – obras de infra-estrutura US$ 20 x 106 – total dos custos (1+2+3) 4. Custo da Mineração (Operacional + Investimento) US$ 42 x 106 + US$ 20 x 106/42 x 106 =

US$ 1.4762/m3 5. Teor de Equilíbrio Econômico = 1,4762/109 x 100 = 1,35p/m3

Série Oportunidade Minerais - Exame Atualizado de Projeto, 19

33

Tabela XXVIII - Simulação das Variações da Taxa de Lucratividade de um Empreendimen-to de Mineração na Área do Depósito de Santo Inácio, para Diversos Custos de Mineração (Investimento + Operacional), em Diversas Razões de Câmbio US$ Par/US$ Oficial, Considerando o Preço de Comercializa-ção do Diamante em US$ 109,00/quilate, na Razão de Câmbio Unitário, e o Teor do Depósito nas Condições Mais Exigentes, pelo Valor Registra-do no Cálculo Tradicional (1,70 pontos/m3).

DIAMANTES (GEMAS + INDUSTRIAIS/”chips”)

RAZÃO US$PAR/ US$

OFICIAL RAZÃO 1,00 RAZÃO 1,20 RAZÃO 1,40 RAZÃO 1,60

CUSTO MINERAÇÃO US$/m3

Rentabilidade Líquida

Rentabilidade Líquida

Rentabilidade Líquida

Rentabilidade Líquida

1,00 85,30% 122,36% 159,42% 196,48

1,20 1,2381

54,42% 49,66

85,30% 116,18% 147,07

1,30 1,3571

42,54% 36,54

71,05 99,55% 128,06

1,40 1,4762

32,36% 25,52

58,83% 85,30% 111,77

1,50 1,6113

23,53% 15,00

48,24% 72,95% 97,65

1,60 15,81% 38,98% 62,14% 85,30

1,70 1,6845

9,00% 10,00

30,80% 52,60 74,40

1,80 2,94% 23,53% 44,12% 64,71

1,90 -2,47% 17,03% 36,54% 56,04

2,00 -7,35% 11,18% 29,71% 48,24

2,10 -11,76% 5,89% 23,53% 41,18

2,20 -15,77% 1,07% 17,92% 34,76

2,30 -19,43% -3,32% 12,79 28,90

2,40 -22,79% -7,35% 8,09% 23,53

2,50 -25,88% -11,06% 3,76% 18,59

2,60 -0,22% 14,03%

2,90 2,23%

3,00 -1,17%

Informe de Recursos Minerais

34

Tabela XXIX - Simulações das Variações da Taxa de Lucratividade de um Empreendimen-to de Mineração na Área do Depósito de Santo Inácio, para Diversos Cus-tos de Mineração (Investimento + Operacional), em Diversas Razões de Câmbio US$ Par/US$ Oficial, Considerando o Preço de Comercialização do Diamante em US$ 109,00/quilate na Razão US$ Par/US$ Oficial. Unitá-ria e o Teor do Depósito, nas Condições mais Exigentes, pela Média do Cálculo Tradicional e de Poisson (1,42 Pontos/m3).

DIAMANTES (GEMAS + INDUSTRIAIS/”chips”)

RAZÃO US$PAR/US$ OFICIAL RAZÃO 1,00 RAZÃO 1,20 RAZÃO 1,40 RAZÃO 1,60

CUSTO MINERAÇÃO US$/m3

Rentabilidade Líquida

Rentabilidade Líquida

Rentabilidade Líquida

Rentabilidade Líquida

1,00 54,78% 85,74 116,69% 147,65%

1,10 40,71% 68,85% 96,99% 125,13%

1,20 1,2381

28,98% 25,01

54,78% 80,58% 106,37%

1,30 1,3571

19,06% 14,05

42,87% 66,69% 90,50%

1,40 1,4762

10,55% 4,85

32,67% 54,78% 76,89%

1,50 3,18% 23,82% 44,46% 65,10%

1,60 -3,26% 16,09% 35,43% 54,78%

1,70 -8,95% 9,26% 27,47% 45,67%

1,80 -14,01% 3,19% 20,38% 37,58%

1,90 -18,54% -2,24% 14,05% 30,34%

2,00 -22,61% -7,13% 8,35% 23,82%

2,10 -26,30% -11,55% 3,19% 17,93%

2,20 -29,65% -15,57% -1,50% 12,56%

2,30 -32,70% -19,25% -5,78% 7,67%

2,40 -35,51% -22,61% -9,71% 3,19%

2,50 -38,09% -25,71% -13,32% -0,94%

Série Oportunidade Minerais - Exame Atualizado de Projeto, 19

35

Foto 1- Vista geral da área do Projeto Santo Inácio

Foto 2 - Local da cata 4 (Setor Pintor), onde ocorre cascalho da zona basal N-

1. No fundo, vê-se início da escarpa da Formação Tombador (Prote-rozóico Médio), onde ocorre os conglomerados basais diamantíferos (paleoplacer).

Informe de Recursos Minerais

36

Foto 3 - Setor Garimpinho - Local de abertura de cata. Ressalta-se a cobertura

arenosa de 1,5 m de espessura sobrejacente aos primeiros níveis de cascalho da zona superior N-3.

Foto 4 - Cata 8 (Setor Pega) - Exposição da zona superior de cascalho N-3.

Nível d’água ocorre aos 4,5 m de profundidade. Não existe capeamento arenoso acima do cascalho. Os blocos maiores não excedem 30 cm em diâmetro.

Série Oportunidade Minerais - Exame Atualizado de Projeto, 19

37

Foto 6 - Cata 09 - Setor Pega - Detalhe da zona superior de cascalho N-3. Nota-se que os blocos maiores não excedem a 20 cm de diâmetro (intervalo nu-mérico da escala=10 cm). Razão matriz/blocos aproximadamente igual.

Foto 5 - Cata 09 - Setor Pega - Expo-sição da zona superior de cascalho N-3. Nível d’água ocorre aos 4,5 mde profundidade. Não existe cape-amento arenoso sobre o cascalho. Os blocos maiores não excedem 20cm de diâmetro

Informe de Recursos Minerais

38

Foto 7 - Cata 9 - Setor Pega - Operações de beneficiamento na zona superior de cascalho N-3. Vê-se no fundo da cata a caixa separadora do cascalho com tela na sua parte superior. Em cima, bomba de sucção do material da caixa.

Foto 8 - Cata 8 - Zona superior de Cas-calho N-3. Vagonete sobre tri-lho para retirada dos blocos maiores de cascalho que en-tram no processo de benefici-amento

Série Oportunidade Minerais - Exame Atualizado de Projeto, 19

39

Foto 9 - Vista do equipamento OUROTEC M-10 em operação. Na parte superior caixa de entrada e “Tromel”; na parte mediana, sistema de três “Jigs” paralelos e na parte inferior outro “Tromel” (concentrador final). Na saí-da, bica inclinada concentradora.

Foto 10 - Peneiramento para apuração do concentrado de minerais pesados onde sencontra o diamante na parte central.

Informe de Recursos Minerais

40

Foto 11 - Operação com trado para determinação da espessura do capeamento arenoso sobre os níveis de cascalho.

Foto 12 - Operação de abertura de poço manual exploratório para retirada do cascalho para beneficiamento

Série Oportunidade Minerais - Exame Atualizado de Projeto, 19

41

Foto 14 - Sonda rotativa diamantada em operação.

Foto 13 - Sonda roto-percussiva “ROCKY” em operação

Informe de Recursos Minerais

42

Foto 15 - Sistema OUROTEC em operação mostrando, na entrada, cone de-saguador, objetivando maior ren-dimento nas operações de benefi-ciamento do cascalho. Na saída, bica concentradora.

Foto 16 - Detalhe do cone desaguador naentrada do sistema OUROTEC.