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GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO DIAGNÓSTICO DO AGRONEGÓCIO (P4) Contrato 034/ 2015 JANEIRO 2016

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GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS

SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO

DIAGNÓSTICO DO AGRONEGÓCIO (P4)

Contrato nº 034/ 2015

JANEIRO

2016

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DIAGNÓSTICO AGRONEGÓCIO

Palmas – TO, 30 de novembro de 2015.

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DIAGNÓSTICO AGRONEGÓCIO

Este documento tem por finalidade apresentar as

informações de cadeias produtivas agropecuárias

prioritárias do Estado do Tocantins, como também a

rede suporte para a produção. O objetivo deste

documento é fornecer dados e informações para

elaboração de estratégias para o desenvolvimento do

agronegócio no Estado do Tocantins.

Palmas – TO, 30 de novembro de 2015.

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SUMÁRIO

1. RESUMO EXECUTIVO ........................................................................................ 2

1.1 Programa de Desenvolvimento através de Polos de Produção: ................... 4

1.2 Plano de ação para cada Polo de Produção: .................................................. 5

1.3 Conclusão .......................................................................................................... 7

2. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 7

3. INFORMAÇÕES GERAIS DO ESTADO DO TOCANTINS ............................ 8

3.1 População .......................................................................................................... 8

3.2 Vegetação .......................................................................................................... 9

3.3 Relevo e Topografia ......................................................................................... 9

3.4 Clima e pluviometria ..................................................................................... 10

3.5 Hidrografia ..................................................................................................... 11

3.6 Produto interno Bruto ................................................................................... 11

3.7 Ocupação Territorial ..................................................................................... 12

3.8 Mercado Interno ............................................................................................ 13

4. RESUMO CADEIAS PRODUTIVAS ................................................................. 13

5. DETALHAMENTO DAS CADEIAS PRODUTIVAS SELECIONADAS ...... 18

5.1 Cadeia Produtiva de Grãos ........................................................................... 18

5.2 Bovinocultura de Corte ................................................................................. 28

5.3 Bovinocultura de Leite .................................................................................. 37

5.4 Ovinocaprinocultura ..................................................................................... 43

5.5 Piscicultura ..................................................................................................... 47

5.6 Cadeia Produtiva da Fruticultura ................................................................ 52

5.7 Apicultura ....................................................................................................... 56

5.8 Cadeia Produtiva da Mandioca .................................................................... 58

5.9 Cadeia Produtiva da Avicultura ................................................................... 63

5.10 Cadeia Produtiva de Látex (seringueira) ..................................................... 68

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5.11 Eucalipto ......................................................................................................... 72

5.12 Bioenergia ....................................................................................................... 75

6. SUPORTE PARA PRODUÇÃO DAS CADEIAS PRODUTIVAS .................. 80

6.1 Jazidas de calcário/fosfato ............................................................................. 80

6.2 Logística .......................................................................................................... 82

6.3 Ensino/qualificação profissional ................................................................... 84

6.4 Perímetros irrigados ...................................................................................... 84

6.5 Difusão Agrotecnológica ................................................................................ 87

6.6 Plano de Agricultura de Baixo Carbono ...................................................... 88

6.7 Armazenagem ................................................................................................. 90

6.8 Agricultura Familiar ................................................................................... 106

6.9 Linhas de credito .......................................................................................... 109

6.10 Central de Abastecimento ........................................................................... 110

6.11 Cooperativismo e Associativismo ............................................................... 111

6.12 Assistência Técnica e Defesa Sanitária ...................................................... 112

7. RESULTADO VISITA DE CAMPO – CADEIAS PRODUTIVAS DA SOJA E

BIOENERGIA ............................................................................................................ 116

7.1 Produtores .................................................................................................... 116

7.2 Revendas (sementes, defensivos e maquinarias) ....................................... 120

7.3 Companhia de Armazenagem ..................................................................... 121

7.4 Companhia de Transporte .......................................................................... 122

7.5 Trader (exportadores) ................................................................................. 123

7.6 Agroindústrias (Usinas) ............................................................................... 125

7.7 Logística do transporte de álcool ................................................................ 126

7.8 Agroprocessadoras (esmagadora – Porto Nacional) ................................. 127

7.9 Instituições de apoio ..................................................................................... 128

7.10 Resumo e Conclusões ................................................................................... 128

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8. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO ....................................................................... 130

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................. 133

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01 – Topografia do Estado do Tocantins ......................................................... 9

Figura 02 – Precipitação média anual - Tocantins .................................................... 10

Figura 03 – Hidrografia do Tocantins ........................................................................ 11

Figura 04 – Evolução PIB no Estado do Tocantins – Em milhões de reais ............. 12

Figura 5 – Mercado Interno ........................................................................................ 13

Figura 06 – Comparativo de área de plantio entre as culturas no Estado do

Tocantins, 2015. ............................................................................................................ 18

Figura 07 – Produção de Grãos. .................................................................................. 19

Figura 08 – Área Total ................................................................................................. 20

Figura 09 – Área Plantada de Soja (mil toneladas). .................................................. 21

Figura 10 – Área Plantada de Milho (mil toneladas). ............................................... 21

Figura 11 – Área Plantada Arroz (mil toneladas). .................................................... 21

Figura 12 – Produtividade de Soja, Milho, Arroz (Mil Toneladas) ......................... 22

Figura 13 – Estados com maior Produção Nacional de Soja – 2014 (mil toneladas).

........................................................................................................................................ 23

Figura 14 – Estados com maior Produção Nacional de Milho – 2014 (Mil

Toneladas). .................................................................................................................... 23

Figura 15 – Estados com maior Produção Nacional de Arroz – 2014 (Mil

Toneladas) ..................................................................................................................... 24

Figura 16 - Mapa com regiões produtivas de milho, soja e arroz. ........................... 25

Figura 17 – Comparativo Evolução Rebanho ............................................................ 29

Figura 18 – Evolução do Rebanho TO ....................................................................... 30

Figura 19 – Exportações de carne bovina do Tocantins ........................................... 32

Figura 20 – Comparativo entre a produção, disponibilidade e a exportação da

carne no Brasil .............................................................................................................. 33

Figura 21 – Relação Vacas Ordenhadas e Produção de Litros de Leite ................. 37

Figura 22 – Relação Vacas Ordenhadas X Produtividade ....................................... 38

Figura 23 – Produtividade em Mil/Litros .................................................................. 38

Figura 24 – Relação Produtividade por Região ......................................................... 39

Figura 25 – Evolução Rebanho do Tocantins ............................................................ 44

Figura 26 – Destino das Importações de Carne Ovina em 2014 .............................. 45

Figura 27 – Relação do Volume de Abates inspecionados ........................................ 45

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Figura 28 – Evolução da Piscicultura ......................................................................... 47

Figura 29 – Percentual de produção total do potencial ............................................ 48

Figura 30 – Produção de peixes anual em toneladas ................................................. 48

Figura 31 – Relação da Evolução da Produção de Pescado em Toneladas ............. 48

Figura 32 – Relação do destino da Produção de Peixes abatidos no Tocantins ...... 50

Figura 33 – Produção de Frutas no Brasil (Abacaxi/Melancia/Banana). ................ 52

Figura 34 – Produção de Abacaxi nas Microrregiões do Tocantins (2013 – 2014) 53

Figura 35 – Produção de Melancia nas Microrregiões do Tocantins (2013 – 2014)53

Figura 36 – Produção de Banana nas Microrregiões do Tocantins (2013 – 2014) . 54

Figura 37 – Distribuição da Área Plantada de Frutas no Tocantins ....................... 54

Figura 38 – Evolução da Área Plantada de Frutas no Tocantins ............................ 55

Figura 39 – Ranking da Produção de Frutas por município – 2014 ........................ 55

Figura 40 – Evolução da Produção de Mel no Tocantins ......................................... 57

Figura 41 – Comparativo da Área Plantada de Mandioca (Toneladas). ................. 59

Figura 42 – Produção de Mandioca (Toneladas) ....................................................... 60

Figura 43 – Distribuição dos Cerrados, incluídas as áreas de transição com outras

formações. ...................................................................................................................... 60

Figura 44 – Estados/Regiões com maior Produção de Mandioca (Toneladas) ....... 61

Figura 45 – Municípios com maior produção no estado do Tocantins. ................... 61

Figura 46 – Consumo dos derivados da mandioca (per capita) ............................... 62

Figura 47 – Relação de Produção de Carne de Frango no Brasil ............................ 63

Figura 48 – Relação Produção x Exportação x Importação ..................................... 64

Figura 49 – Relação de Comparativo de Exportação de Carnes de frango e outras

carnes ............................................................................................................................. 64

Figura 50 – Mapa com Municípios com Sistema de Integração de engorda de

frangos ........................................................................................................................... 66

Figura 51 – Relação do Consumo Per Capita de Carne de Frango ......................... 67

Figura 52 – Produção Látex coagulado (toneladas) .................................................. 69

Figura 53 – Ranking dos Estados na Produção de Látex (toneladas) ..................... 69

Figura 54 – EVOLUÇÃO DO PLANTIO DE SERINGUEIRA (TONELADAS) .. 70

Figura 55 – Evolução Da Área Colhida De Borracha Natural (Mil Toneladas) .... 71

Figura 56 – Florestas Plantadas no Brasil (2014) ...................................................... 72

Figura 57 – Áreas de Florestas Plantadas no Tocantins (hectare) ........................... 73

Figura 58 – Evolução das Áreas de Eucalipto no Tocantins (hectare) .................... 73

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Figura 59 – Produtividade do Eucalipto (m³/há/ano). ............................................... 74

Figura 60 – Plantios de Eucalipto por Microrregião/Tocantins em 2014 (hectare) 75

Figura 61 – Produção Biodiesel e Etanol no Brasil, em m³. ...................................... 76

Figura 62 – Evolução da Área Plantada com Cana-de-açúcar no Brasil (ton.) ...... 76

Figura 63 – Evolução da Área Plantada com cana-de-açúcar no Brasil (ton.) ....... 77

Figura 64 – Produtividade da cana-de-açúcar (toneladas) ....................................... 77

Figura 65 – Área colhida de Cana-de-açúcar na região de Pedro Afonso .............. 78

Figura 66 – Localização das jazidas calcário/fosforo do Estado do Tocantins ....... 80

Figura 67 – Situação do Modal rodoviário do Estado do Tocantins ....................... 82

Figura 68 – Estágio de construção Ferrovia Norte/Sul ............................................. 82

Figura 69 – Hidrovia do Rio Tocantins ...................................................................... 83

Figura 70 – Comparativo de vantagem logística do porto de Itaqui em relação a

outros portos do país. ................................................................................................... 83

Figura 71 – Localização das Instituições de ensino no Estado do Tocantins .......... 84

Figura 72 – Potencial de Irrigação no Estado do Tocantins. .................................... 85

Figura 73 – Localização dos Projetos Hidroagrícolas ............................................... 85

Figura 74 – Evolução das obras de Perímetros Irrigados até 2014. ........................ 86

Figura 75 – Volume de Negócios (ano) ....................................................................... 88

Figura 76 – Número de Expositores ............................................................................ 88

Figura 77 – Munícipios com/sem Regularização Fundiária ..................................... 91

Figura 78 – Programa de aquisição de alimentos .................................................... 107

Figura 79 – Famílias de agricultores por categoria ................................................. 107

Figura 80 – Número de comunidades Quilombolas no Tocantins ......................... 107

Figura 81 – Meta aplicação do FNO no Estado do Tocantins ................................ 110

Figura 82 – Volume Anual da Produção Comercializada (ton). ............................ 111

Figura 83 – Total de cooperativas ativas do ramo agropecuário, em 2014 ........... 111

Figura 84 – Números de cooperativas atuantes no Tocantins por ramo de atuação

em termos percentuais, em 2014. .............................................................................. 112

Figura 85 – Panorama das associações do estado do Tocantins ............................. 112

Figura 86 – Situação da ocupação dos lotes original do PRODECER .................. 117

Figura 87 – Situação da ocupação dos lotes originais do PRODECER ................. 117

Figura 88 – Participação produção COAPA na região de Pedro Afonso ............. 118

Figura 89 – Custo de Produção hectare de SOJA ano 2015 ................................... 119

Figura 90 – Análise produtividade por ha de SOJA na Região Pedro Afonso ..... 119

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01 – Polos de Produção ...................................................................................... 4

Tabela 02 – População do Estado do Tocantins por microrregião. ........................... 8

Tabela 03 – Ocupação Territorial do Estado do Tocantins ...................................... 12

Tabela 04 – Evolução Percentual da Produção. ........................................................ 19

Tabela 5 – Evolução Percentual da Área Plantada. .................................................. 20

Tabela 06 – Área Plantada de Grãos .......................................................................... 20

Tabela 07 – Produtividade de Soja (mil toneladas) ................................................... 22

Tabela 08 – Produtividade do Milho (mil toneladas) ................................................ 22

Tabela 09 – Produtividade do Arroz (mil toneladas) ................................................ 23

Tabela 10 – Principais Municípios Produtores de Grãos no Estado do Tocantins 24

Tabela 11 – Empresas comercializadoras de soja/milho no Tocantins.................... 26

Tabela 12 – Relação das Beneficiadoras de Arroz no Estado do Tocantins ........... 27

Tabela 13 – Avanço da Produção animal do Tocantins ............................................ 29

Tabela 14 – Municípios com maiores rebanhos do Estado ....................................... 31

Tabela 15 – Exportações de couros e peles – Estados da Região Norte ................... 33

Tabela 16 – Relação dos frigoríficos – Estado do Tocantins .................................... 34

Tabela 17 – Relação de Curtumes do Estado do Tocantins ...................................... 36

Tabela 18 – Relação Indústrias / entrepostos de captação de Leite do Tocantins .. 40

Tabela 19 – Área e produção de pescado no Estado do Tocantins .......................... 49

Tabela 20 – Relação dos Frigoríficos de Pescado ...................................................... 51

Tabela 21 – Ranking da Produção Nacional (Toneladas) ......................................... 58

Tabela 22 – Produção Anual, Área Plantada e Produtividade, 2014. ..................... 70

Tabela 23 – Plantios de Eucalipto no Tocantins em 2014 (hectares) ....................... 74

Tabela 24 – Produção de Etanol (m³) ......................................................................... 78

Tabela 25 – Autorização para operação e comercialização – ANP .......................... 79

Tabela 26 – Evolução das entregas de Biodiesel das unidades produtoras ............. 79

Tabela 27 – Relação das Empresas/Indústrias de calcário no Estado do Tocantins

........................................................................................................................................ 81

Tabela 28 – Ocupação dos Projetos de Irrigação ...................................................... 86

Tabela 29 – Compromissos do Programa do Plano ABC (até 2010) ....................... 89

Tabela 30 – Metas do Programa do Plano ABC (até 2020) ...................................... 90

Tabela 31 – Municípios com imóveis transferidos e com futuras regularizações ... 91

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Tabela 32 – Custo de Produção hectare de Soja ano 2015 ..................................... 118

Tabela 33 – Principais fornecedores de Insumos na Região de Pedro Afonso ..... 120

Tabela 34 – Lista dos armazéns e silos cadastrados na Conab na região de Pedro

Afonso .......................................................................................................................... 121

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2

1. RESUMO EXECUTIVO

O diagnóstico é o processo de coleta, avaliação e organização dos dados mais

importantes para o desenvolvimento do agronegócio tocantinense. O seu objetivo é

identificar a situação atual de cadeias produtivas selecionadas como prioritárias para

contribuir para o desenvolvimento sustentável do Estado do Tocantins.

As cadeias produtivas selecionadas para o estudo são: grãos; carne, couro e leite;

ovino caprinocultura; piscicultura; fruticultura; apicultura; mandioca; avicultura;

seringueira; madeira de eucalipto; flores tropicais e bioenergia.

Nas “Informações Gerais do Estado do Tocantins”, faz-se uma descrição das

informações gerais do estado, de aspectos socioeconômicos como: população, produto

interno bruto, ocupação do território e mercado interno e das condições naturais, como:

vegetação, relevo, topografia, clima e pluviometria e hidrografia.

No “Detalhamento das cadeias produtivas selecionadas”, são relatadas as

informações de cada cadeia produtiva selecionada, analisando a evolução da produção,

os locais de produção no estado, o mercado atual para a venda da produção e as

empresas que comercializam em cada cadeia produtiva.

Em “Suporte para produção das cadeias produtivas”, foram organizadas as

informações sobre os suportes para a produção das cadeias produtivas referente à oferta

de calcário/fosfato, a infraestrutura logística, a qualificação profissional, aos perímetros

irrigados, a difusão agrotecnológica, ao plano de agricultura de baixo carbono,

armazenagem, agricultura familiar, credito fundiário, linhas de crédito, central de

abastecimento, cooperativismo e associativismo, assistência técnica e defesa sanitária.

O “Resultado visita de campo – cadeias produtivas da soja e bioenergia”

apresentam os resultados de uma pesquisa a campo na região de Pedro Afonso, com

objetivo de analisar duas cadeias produtivas: da soja e da cana-de-açúcar, a região foi

selecionada devido ser pioneira na produção de grãos no cerrado tocantinense, a partir

de iniciativa do projeto PRODECER.

Com o diagnóstico, segue algumas considerações observadas sobre o cenário atual

do agronegócio no Estado do Tocantins:

1. Apesar de todo potencial agropecuário e espaço para a produção, ainda é

incipiente a produção no estado se compararmos com a produção nacional e de

outras regiões;

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2. É baixa a agregação de valor nos produtos agrícolas, com poucas

empresas integradoras e de transformação com sede no Estado;

3. A produção é dispersa no território, sem constituir polos de produção

estruturados e com cooperação entre os elos da cadeia (principio para formação de

arranjos produtivos locais);

4. Baixo nível de integração entre empresas e produtores, gerando excluídos

no processo produtivo, principalmente médios e pequenos produtores;

5. Baixa competitividade da produção devido a distância dos grandes

centros, não sendo aproveitado o potencial logístico do estado

6. Falta de sinergia entre as instituições que atendem o agronegócio, que

contam com bom quadro técnico, mas que fazem ações similares de forma

desconectadas.

Detalhamento do diagnostico realizado em campo focando interesse das tradings

internacionais, principalmente as japonesas, empresas como a Mitsui, Mitsubishi,

Toyota Tsusho, Sojitiz, Marubeni já atuam na região do cerrado, algumas com produção

própria, outras com distribuidoras de insumos, silos e armazéns, logística, mas todos

com firme propósito de originação da produção diretamente com produtores visando

estabilidade no recebimento da safra independente das condições de mercado.

O programa de desenvolvimento do agronegócio em TO deve focar no aumento

da originação da safra pelas empresas japonesas ou asiáticas com parceria mais solida

da cadeia produtiva principalmente entre produção e comercialização com a devida

logística e recursos financeiros que possibilitem avanço maior do aumento da produção.

O Tocantins ainda possui 5 milhões de hectares disponíveis para agricultura,

principalmente áreas de pastos degradados, o que significa que são áreas que não há

necessidade de desmatamento.

O desafio que se pretende almejar é dobrar área de produção nos próximos 04

anos com crescimento de 25% ao ano, atingindo área de produção de 02 milhões de

hectares de soja com produção de 7,2 milhões de toneladas.

O perfil dos produtores de soja no Tocantins é composto por pequenos a médios

agricultores, que cultivam entre 500 a 1.000 hectares de áreas plantadas. A nova cara da

produção agrícola do Estado é composta por famílias vindas principalmente da Região

Sul do País e grupos empresariais.

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Outra característica importante de TO, é que devido a existência de muitas

manchas de solos aptos para cultivo de grãos e condições de precipitação variável

conforme região, são bastante pulverizadas as regiões produtoras aptas de grãos.

Devida a pulverização das áreas produtivas, surgiu a possibilidade de formatar em

POLOS DE PRODUÇÃO com características diferentes, mas que com devido

tratamento permitirá desenvolver o cluster especifico de cada polo.

1.1 Programa de Desenvolvimento através de Polos de Produção:

a) POLOS (CLUSTER) DE PRODUÇÃO:

Tabela 01 – Polos de Produção

CLUSTER PRODUÇÃO

Norte (Araguaína) – pecuária Pecuária

Nordeste (Campos Lindos) Soja, milho e algodão.

Leste (Mateiros e Dianópolis) Soja, milho e algodão.

Oeste (Pium, Lagoa da Confusão, Formoso do Araguaia e Dueré). Soja, milho e algodão, arroz,

pecuária.

Centro-Sul (Porto Nacional, Silvanópolis e Peixe) Soja, milho e algodão, arroz,

pecuária.

Centro-Norte (Pedro Afonso) Soja, milho e algodão, arroz,

pecuária.

Estimativa e potencial de produção de grãos nos polos de produção – 3 milhões de

hectares.

Especificamente na região Oeste (Pium, Lagoa da Confusão, Formoso do

Araguaia e Dueré), pretende-se desenvolver agricultura irrigada, no sistema de sub-

irrigação de baixo custo que viabiliza irrigação de grãos, com possibilidade de cultivar

03 safras por ano.

Esta região denominada PRODOESTE tem 600.000 hectares de várzea plana com

possibilidade de irrigação com sistema sub-irrigação, que com construção de barragens

de contenção nos rios existentes na região possibilitando irrigação durante época de

pouca chuva.

Esses 600.000 hectares com 03 safras significam área equivalente de 1.800.000

hectares sequeiro, o que torna a região extremamente competitiva em custo e baixo risco

de produção devido a irrigação.

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Essa região permite que sejam construídos programas especificas de produção

planejada, como atualmente já é a maior região de produção de sementes de soja na

entressafra de outras regiões com qualidade sanitária (sem doenças) e alta germinação,

pois colhe em agosto/setembro para distribuição para outras regiões que plantam em

outubro e novembro.

Esta região permitirá produção especifica de soja para consumo humano (tofu,

edamane, orgânica, etc.) e outras culturas especificas.

1.2 Plano de ação para cada Polo de Produção:

Atividades:

Planejamento/ordenamento para o desenvolvimento sustentável;

(i) Gestão Ambiental;

(ii) Apoio para a adequação ambiental;

(iii) Produção responsável.

(iv) Escoamento safra – infraestrutura do governo

(v) Financiamento investimento e custeio dos produtores

a) ESTRATEGIA – OPERACIONALIZAÇÃO:

Criar ambiente de negócio econômico e socialmente justo, ambientalmente

correto e sustentável com melhoria da segurança para possibilitar melhor

relacionamento das empresas que participam da cadeia produtiva (empresas de

sementes), fertilizantes, defensivos, máquinas e equipamentos, armazenagens, logística

e comercialização para fins de plano de securitização dos recursos financeiros para

produção de investimento de abertura de novas áreas, custeio, investimentos dos

produtores.

(i) Troca de insumos por produção (barter) das empresas de insumos

com produtores;

(ii) Aquisição da produção antecipada pelas tradings japonesas;

(iii) Assistência técnica pelas empresas de insumos;

(iv) Fornecimento de recursos financeiros de securitização pelos

Compradores finais do Japão.

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b) INVESTIMENTOS DE INFRAESTRUTURA

Os investimentos decorrentes dos estudos dos polos de produção que cabe ao

governo deverão ser realizados com os devidos estudos para verificar possibilidade de

financiamento pelo governo japonês ou bancos privados japoneses ou outras fontes

internacionais.

Dentro deste foco, há necessidade urgente de infraestrutura de responsabilidade

governamental, como a construção da ponte interligando região de produção com

terminal ferroviário de Palmas, construção de ponte no rio Araguaia que permitirá

transporte de 05 milhões de ton. de grãos do MT para Ferrovia Norte Sul colaborando

acentuadamente na competividade da FNS.

c) INVESTIMENTO AGROINDUSTRIAL

Conforme clusters formatados nos polos de produção, deverão ser realizados os

devidos estudos de agroindustrialização que vai permitir análise conjunta com as

tradings ou empresas compradoras finais do Japão para formatação de consorcio ou

outra forma de parceria.

d) RECURSOS FINANCEIROS DE CUSTEIO E INVESTIMENTOS AOS

PRODUTORES DE GRÃOS DE TO

Atualmente existem mecanismos de alavancagem financeira denominada FIDC

que permite fornecimento de recursos a taxas competitivas diretamente pelos

compradores finais numa operação de baixo risco para aplicador.

Uma das opções é desenvolver esta modalidade para empresas estrangeiras que

atuam no varejo de cada pais.

Os parceiros tomadores daqui serão as grandes empresas fabricantes e

distribuidoras de insumos que serão responsáveis diretamente pelo fornecimento de

insumos aos produtores responsáveis pela compra antecipada de grãos em troca de

fornecimento de insumos e investimentos aos produtores.

A construção de silos e assistência técnica dos produtores serão da

responsabilidade dos fabricantes de insumos que também necessitará de recursos de

securitização para seus investimentos.

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e) PPP (PARCERIA PUBLICA PRIVADA)

Uma das principais opções de desenvolvimento da infraestrutura necessária é o

incremento do PPP. O Estado de Tocantins já tem negociado com BIRD recursos

financeiros para estruturar a implementação dos PPPS que o Estado necessita, sendo

que o primeiro modelo de PPP que se pretende implementar.

1.3 Conclusão

Com a implementação da Ferrovia Norte Sul e provável hidrovia

Tocantins/Araguaia, o Estado de TO, se tornará uma das regiões mais competitivas para

produção de grãos e carnes visando mercado externo. Para melhor aproveitamento desta

posição de logística privilegiada aliada a condições edafoclimáticas propicias para

produção, o Estado deve criar marco regulatório (infraestrutura, econômico, social,

tributos, ambiental, etc.) confiável e atrativo no mais curto espaço de tempo para que as

empresas privadas entrem pesadamente com seus investimentos, pois o TO é uma das

poucas fronteiras agrícolas disponíveis para aumentar o volume da produção de

alimentos em 40% nos próximos 20 anos conforme informações da ONU.

2. INTRODUÇÃO

O Estado do Tocantins vem apresentando um crescente desenvolvimento no setor

do agronegócio, sendo considerada a nova fronteira agrícola do Brasil, juntamente com

os estados participantes do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).

Vários são os fatores que proporcionam o bom cenário atual a nível regional e que

surgem como potencialidades para melhores resultados do Tocantins em termos

nacionais. A topografia do estado é 82% plana, a precipitação média entre os anos de

1995 e 2013 foi de 1.899 mm e a luminosidade fica entorno de 2.470 horas/ano. Além

disso, verifica-se a grande presença de rios e a vasta disponibilidade de áreas para

irrigação cuja utilização é apenas 3,5% do potencial total.

Convém ressaltar que em 2011 o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil foi de 4,1

trilhões de reais, sendo que o valor gerado pelas atividades agropecuárias representou

4,65% desse montante. No Tocantins, no mesmo período, a agropecuária foi

responsável por 15,60% do PIB estadual, ou seja, mais de 10% acima da média

nacional.

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Atualmente os setores prioritários, são as cadeias produtivas de produção de

grãos, a bovinocultura de corte e leite, as florestas plantadas (seringueira e eucalipto), a

produção de mel, a fruticultura, a bioenergia (biodiesel e etanol), a ovinocaprinocultura,

a piscicultura, da produção de mandioca, de flores tropicais e avicultura.

Neste sentido, algumas políticas e estratégias são fundamentais para a

sustentabilidade do setor do agronegócio no Tocantins, sendo possível ressaltar: (1) a

inclusão da agricultura familiar no sistema produtivo, (2) a difusão tecnológica e

assistência técnica, (3) o fomento a agricultura de baixo carbono e o (4) fortalecimento

da cultura do cooperativismo e associativismo, (5) a melhoria do sistema logístico e

armazenagem e a (6) segurança cientifica e a defesa sanitária.

3. INFORMAÇÕES GERAIS DO ESTADO DO TOCANTINS

3.1 População

Com relação a população, o Estado do Tocantins teve um crescimento de 20%

entre os anos 2000 e 2010, em 2000 a população do Estado era de 1.157.690 pessoas em

2000 e 1.388.445 em 2010. Segue abaixo tabela com população por microrregião.

Tabela 02 – População do Estado do Tocantins por microrregião.

Posição Nome da Microrregião Área em km² População Número de Municípios

01 Bico do Papagaio 15 767,856 km² 198 388 25

02 Araguaína 26 493,499 km² 260 498 17

03 Miracema do Tocantins 34 721,860 km² 145 535 24

04 Jalapão 53 416,435 km² 65 705 15

05 Porto Nacional 21.197,989 km² 304 110 11

06 Rio Formoso 51 405,340 km² 112 020 13

07 Gurupi 27 445,292 km² 127 816 14

08 Dianópolis 47 172,643 km² 118 377 20

Total 277 621,858 km² 1 383 453 139 Fonte: IBGE, Censo 2010.

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3.2 Vegetação

A vegetação do Tocantins é bastante variada; apresenta desde o campo cerrado,

cerradão, campos limpos ou rupestres a floresta equatorial de transição, sob forma de

"mata de galeria", extremamente variada.

Em área, o cerrado ocupa o primeiro lugar no estado do Tocantins. As árvores do

cerrado estão adaptadas à escassez de água durante uma estação do ano. Caracterizam-

se por uma vegetação campestre, com árvores e arbustos esparsos.

3.3 Relevo e Topografia

O relevo do estado do Tocantins pertence ao Planalto Central Brasileiro.

Caracteriza-se, sobretudo, pelo solo sob cerrados, predominando, na sua maioria,

superfícies tabulares e aplainadas, resultantes dos processos de pediplanação.

O estado, num todo, é caracterizado por variadas gamas de rochas ígneas e

metamórficas do complexo cristalino e unidades sedimentares de diversas idades.

Conforme gráfico abaixo, 82% da área do Estado é plana.

Figura 01 – Topografia do Estado do Tocantins

Fonte: EMBRAPA

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3.4 Clima e pluviometria

O clima predominante no estado é o tropical seco, que é caracterizado por uma

estação chuvosa (de outubro a abril) e outra seca (de maio a setembro). É condicionado

fundamentalmente pela sua ampla extensão latitudinal e pelo relevo de altitude gradual

e crescente de norte a sul, que variam desde as grandes planícies fluviais até as

plataformas e cabeceiras elevadas entre duzentos e seiscentos metros, especialmente

pelo relevo mais acidentado, acima de seiscentos metros de altitude, ao sul.

A precipitação média entre 1995 a 2013 foi de 1.898,6 mm. Abaixo segue mapa

com pluviometria do Estado.

Figura 02 – Precipitação média anual - Tocantins

Fonte: SEPLAN/Governo do Estado.

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3.5 Hidrografia

A hidrografia do estado do Tocantins é delimitada a oeste pelo Rio Araguaia e

ao centro pelo Rio Tocantins. Ambos correm de sul para norte e se unem no município

de Esperantina, banhando boa parte do território tocantinense.

A bacia do Araguaia (cor azul do mapa 3) representa 37,7% do total da

hidrografia do estado, e a bacia do Tocantins (cor rosa do mapa 3) representa os outros

62,3%. Os principais rios da bacia Araguaia são os rios: Araguaia, Kaiapó e Javaes e os

principais da bacia do Tocantins são os rios: Sono, Balsas Paranã e Manoel Alves.

3.6 Produto interno Bruto

O PIB (Produto Interno Bruto) do Estado do Tocantins teve um crescimento

significativo no período de 2000 a 2012, com aumento de 241% no período. Em 2000 o

PIB do estado era 5.607 milhões de reais e em 2012 19.130 milhões de reais.

Figura 03 – Hidrografia do Tocantins

Fonte: SEPLAN/Governo do Estado

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Figura 04 – Evolução PIB no Estado do Tocantins – Em milhões de reais

Fonte: IBGE

3.7 Ocupação Territorial

A tabela abaixo apresenta a ocupação territorial do Estado do Tocantins:

Tabela 03 – Ocupação Territorial do Estado do Tocantins

Fonte: SEPLAN/Governo do Estado.

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3.8 Mercado Interno

Segue no mapa uma apresentação gráfica do mercado interno do Estado do

Tocantins, a distância é medida da cidade de Palmas-TO.

Figura 5 – Mercado Interno

Fonte: SEAGRO/TO

4. RESUMO CADEIAS PRODUTIVAS

Grãos

Apesar de apresentar crescimento na produção de milho, feijão e arroz, destaca-se

no estado o aumento na produção de soja. Na safra de 2010/2011 a produção anual de

soja foi 1,2 milhões de toneladas e na safra de 2013/2014 a produção subiu para 2,05

milhões de toneladas.

Com inicio das atividades da Ferrovia Norte Sul, a competitividade da soja e

milho produzidas no Estado de Tocantins serão bastante otimizadas sendo que estas

culturas serão o carro-chefe dos proximos anos. Com cenário de continuidade de

aumento desta produção, já encontra-se em fase de obras a primeira esmagadora e

processamento da soja no estado, o que gerará oportunidades para os pequenos

produtores rurais devido ao programa selo combustível social, onde a empresa para

participar de leilões precisa comprar uma parte dos pequenos produtores, como também

a oportunidade de desenvolver um projeto de encadeamento produtivo com a empresa,

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devido a necessidade de fornecimento de insumos e serviços o que pode ser feito pelos

pequenos empreendedores da região (SEAGRO, EMBRAPA, 2014).

Alem da soja, o milho com cambio favorecido tem se configurado como bastante

competitiva com exportação americana e atraves da FNS se tornará uma cultura

competitiva e esta dobradinha deverá incrementar que o processamento de aves/suinos

seja consequencia natural para exportação de frangos e suinos via FNS.

Bovinocultura de Corte e Leite

A Bovinocultura de corte continua sendo o destaque da pecuária estadual e tem

atraído empresas e conquistando novos mercados sendo registrado 8.082.745 cabeças de

bovinos em 2014. Com avanço da tecnologia do sistema de produção lavoura-pecuária-

floresta, e com logística da FNS cada vez mais será profissionalizada a sua produção.

Quanto a bovinocultura de leite, convém salientar que em todo estado que em 2014

foram produzidos 269.890 litros de leite, sendo uma atividade em sua maioria feita pela

agricultura familiar ou por pequenos produtores (ADAPEC, SEAGRO, 2014).

Ovinocaprinocultura

O Brasil detém aproximadamente 2% do rebanho mundial de caprinos e ovinos

com um rebanho de aproximadamente 25,975 milhões de cabeças e 69% deste está

localizado no Nordeste, região que ocupa o segundo lugar no ranking nacional (IBGE,

2010). Indicadores mostram que a produção de ovinos e caprinos representa uma opção

na oferta de carne, leite e derivados, favorecendo o aspecto alimentar, especialmente da

população rural. No Tocantins, o número de ovinos saltou de 125.990 em 2011 para

135.073 mil em 2014. Com a implementação da tecnologia existente na EMBRAPA de

carcaça mais homogenea e qualificada e com implementação de pequenos frigorificos

em locais estrategicos poderá ser uma boa alternativa de renda para pequenos

produtores de TO. Tal informação reforça o crescimento do setor que atualmente se

encontra em expansão no Estado e no Brasil (ADAPEC, 2014).

Piscicultura

O Estado apresenta um enorme potencial para o desenvolvimento da atividade

aquícola e pesqueira, além dos fatores naturais (clima, baixa declividade e rios) no

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estado existem 04 plantas industriais com SIF (Sistema Inspeção Federal), sendo que a

oferta atual não consegue atender esta demanda, se tornando a atividade uma grande

oportunidade para os produtores. A produção de 2014 alcançou 15.000 toneladas,

produzidos em tanques escavados, no entanto o grande potencial para a atividade está na

instalação de tanques redes nas represas formadas pelas usinas hidrelétricas.

No mercado interno atual a procura de produto com qualidade é maior que a

oferta, sem considerar o mercado externo favorável o que faz que devemos analisar e

encarar o desenvolvimento da piscicultura de maneira bastante profissional.

Hoje com um total de 528.483 hectares de lamina de água, o potencial de

produção alcançaria 882 mil toneladas ano. O projeto mais adiantado é no lago de

Palmas com área definida, licenciamento ambiental liberado e licitação feita para 230

empreendimentos aquícolas. O desafio é a estruturação do arranjo produtivo e apoio a

produção aos aquicultores, desde o financiamento, assistência técnica, logística e

comercialização do pescado.

Fruticultura

A produção de frutas no Tocantins aumentou 63,52% em quatro anos, segundo

dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2014). Em 2010, a

produção foi de 170 mil toneladas, já em 2013 este número saltou para 278 mil

toneladas, com destaque para a produção de abacaxi, banana e melancia.

O Tocantins tem mais de 3,5 milhões de hectares disponíveis para produção

agrícola por meio da irrigação, e para a produção de frutas são destacados três projetos

hidro agrícolas: São João, Manuel Alves, e Gurita. O estado é um dos maiores

produtores brasileiros de abacaxi e as principais culturas produzidas são abacaxi,

banana, melancia, caju, melão, limão, coco, manga. Para cada hectare plantado, 23 mil

frutos são colhidos e a expectativa para este ano de 2015 é fechar com a colheita de

mais de 90 mil toneladas do fruto (IBGE, 2014, SEAGRO, 2014).

Apicultura

A produção de mel no Tocantins em 2014 foi de 118 toneladas, segundo dados do

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2014). São mais de 1.400

produtores envolvidos neste processo, divididos em 52 Associações e duas Cooperativas

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Apícolas, sendo o município de Nova Olinda, na região norte do estado, o maior

produtor.

De acordo com a União Nordestina de Apicultura e Meliponicultura (UNAMEL),

o Brasil é o nono maior produtor de mel, ficando atrás de países como China, Estados

Unidos e Argentina e é o quinto maior exportador, com 16,7 mil toneladas vendidas ao

exterior. Nos últimos dez anos, as regiões Norte e Nordeste, consideradas as novas

fronteiras apícolas do Brasil, foram as que mais cresceram em produção de mel (IBGE,

2014).

Mandioca

A produção de mandioca do Estado é realizada basicamente por produtores

familiares que se caracterizam por uma produção destinada à comercialização in-natura

da raiz e a farinha de mesa, que são beneficiadas em casas de farinhas rústicas e/ou

agroindústrias de pequeno porte, para consumo próprio, venda em mercados e feiras

livres próximas às unidades produtoras. O Estado do Tocantins é o decimo oitavo

colocado como produtor de mandioca com uma área cultivada de 11.827 hectares e uma

produtividade de 18,15 toneladas em 2014 (IBGE, SIDRA), representando

estatisticamente o sétimo lugar no ranking de produtividade, sendo a quase totalidade da

produção destinada à produção de farinha de mesa.

Em 2012 foi instalada no estado a primeira indústria de amido de mandioca, a

“Anil Indústria de Fécula e Polvilho”, localizada no município de Aparecida do Rio

Negro, com capacidade para processar 100 toneladas de raiz por dia.

Avicultura

O Brasil ocupa a terceira posição no ranking mundial dos maiores produtores de

carne de frango, sendo superado apenas por Estados Unidos e China. A avicultura

brasileira é uma das mais desenvolvidas do mundo, com índices de produtividade

excepcionais graças a programas de qualidade com destaque para a genética, nutrição,

manejo, bioseguridade, boas práticas de produção e de preservação do meio ambiente

(UBA, 2009).

Como atividade que se expande no Estado do Tocantins garantindo campo de

atuação para médios, grandes produtores e como alternativa para a agricultura familiar,

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a avicultura no estado conta com quase 7,3 milhões de aves em potencial para o abate.

Aproximadamente 4,8 milhões de aves em sistema de confinamento de granjas e 2,5

milhões na produção familiar (ADAPEC, 2013).

A produção de frango cresceu de 2003 para 2011 mais de 400% no estado do

Tocantins, e a expectativa é de mais crescimento para os próximos anos. Atualmente a

região norte do estado conta com duas grandes empresas que trabalham com sistema de

produção integrada entre empresas e pequenos produtores e são responsáveis pela

maioria da produção de frangos no Estado. A produção anual das duas empresas soma

mais de 2,7 milhões de quilos de frango por ano (SEAGRO, 2014).

Florestas Plantadas (Látex e Eucalipto)

O eucalipto continua sendo a cultura mais plantada de reflorestamento,

representando 92% do plantio do estado. Apesar de ser feito por grandes empresas de

reflorestamento, surge várias oportunidades para pequenos negócios e também como

suprimento e fomento para o setor moveleiro.

A seringueira apresenta uma grande oportunidade para o pequeno produtor e

agricultura familiar, sendo uma cultura permanente e que permite a diversificação

produtiva, a cultura apresentou um aumento considerável nos últimos 4 anos, quando

em 2011 a área plantada era de 1.840 hectares passando para 5.265 hectares em 2014.

(SEBRAE,2014).

Bioenergia

A cadeia produtiva de bioenergia no estado do Tocantins é composta pela

produção do etanol a partir da cana-de-açúcar na região de Pedro Afonso e do Biodiesel

na região de Pedro Afonso.

O Biodiesel produzido em torno de 360 m3/dia abastecerá os mercados nas regiões

norte e nordeste, a operação é feita pela GRANOL no município de Porto Nacional.

Quanto a cana-de-açúcar em 2013, a área colhida de cana-de-açúcar foi de 22,3 mil ha,

tendo uma moagem de 1.788 mil toneladas de cana e uma produção de 173 mil litros de

etanol. (IBGE, 2013).

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Flores Tropicais

Não foram encontrados dados oficiais sobre a cadeia de Flores Tropicais do

Estado, mas a região sul do estado tem desenvolvido impelmentação de flores tropicais

voltadas para fornecimento no mercado de Goiania e Brasilia.

5. DETALHAMENTO DAS CADEIAS PRODUTIVAS

SELECIONADAS

5.1 Cadeia Produtiva de Grãos

Evolução do plantio de grãos no Estado

Os principais grãos produzidos no Estado do Tocantins são a soja, milho e o arroz.

A soja consolidou-se como a principal cadeia produtiva agrícola, com 68,07% da área

plantada em 2015, segundo levantamento da CONAB (Companhia Nacional de

Abastecimento). Ao todo, o estado tem 849,63 mil hectares de soja plantada,

apresentando um aumento de 13,5% em relação a 2014, comum aumento de 101 mil

plantados.

Figura 06 – Comparativo de área de plantio entre as culturas no Estado do Tocantins, 2015.

Fonte: IBGE

SOJA

68%

MILHO

18%

ARROZ

10%

OUTROS

4%

AREA PLANTADA

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A produção também aumentou sobremaneira, conforme a Conab, o Tocantins teve

em agosto a quantidade de 2.476,02 mil toneladas de soja. No ano passado (2014), a

quantidade foi de 2,059,09 toneladas de soja, um aumento de 416,92 mil toneladas de

soja, ou seja, 20,2% a mais do que a safra passada.

Já no período entre os anos de 2011 e 2014, a área plantada de grãos teve um

acréscimo de 56,11%, com aumento de 53,11% de produção. Conforme gráficos e

tabelas abaixo:

Figura 07 – Produção de Grãos.

Fonte: IBGE

Tabela 04 – Evolução Percentual da Produção.

Evolução Percentual da Produção (2011 - 2014)

Arroz 11,96% Feijão -71,28% Milho 77,39% Soja 67,78% Total 53,11%

Fonte: SEAGRO/Governo do Estado

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Figura 08 – Área Total

Fonte: IBGE

Tabela 5 – Evolução Percentual da Área Plantada.

Evolução Percentual da Área Plantada (2011 - 2014)

Arroz -19,11%

Feijão -28,42%

Milho 56,44%

Soja 84,93%

Total 54,16% Fonte: SEAGRO

Produção de Grãos e a Região do MATOPIBA

No ano de 2014 a área plantada de grãos (soja/milho/arroz) aumentou 5,33%

frente à área plantada em 2013. Nessa avaliação, o Tocantins liderou com maior

acréscimo de área plantada de grãos, com uma participação de 27,06%, seguido pela

Bahia (11,04%), Maranhão (8,94%) e Piauí (7,34%). Na evolução individual apenas o

arroz apresentou declínio na expansão de área cultivada. Conforme gráficos e tabelas

abaixo:

Tabela 06 – Área Plantada de Grãos

Área Plantada De Grãos (Soja, Milho, Arroz)

MA TO PI BA BRASIL

2.013 1.485.930 747.051 1.060.536 1.901.522 46.043.793

2.014 1.618.843 949.209 1.138.371 2.111.541 48.497.612

Crescimento 8,94% 27,06% 7,34% 11,04% 5,33%

Fonte: IBGE

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Figura 09 – Área Plantada de Soja (mil toneladas).

Fonte: IBGE

Figura 10 – Área Plantada de Milho (mil toneladas).

Fonte: IBGE

Figura 11 – Área Plantada Arroz (mil toneladas).

Fonte: IBGE

MA TO PI BA

Área Plantada 2013 564.546 536.545 551.561 1.211.267

Área Plantada 2014 677.540 719.356 626.799 1.276.369

Diferença 112.994 182.811 75.238 65.102

Crescimento 20,02% 34,07% 13,64% 5,37%

0200.000400.000600.000800.000

1.000.0001.200.0001.400.000

Mil

Ton

elad

as

Área Plantada - SOJA

MA TO PI BA

Área Plantada 2013 511.361 95.565 383.743 679.597

Área Plantada 2014 551.885 121.113 405.631 825.897

Diferença 40.524 25.548 21.888 146.300

Crescimento 7,92% 26,73% 5,70% 21,53%

0100.000200.000300.000400.000500.000600.000700.000800.000900.000

Mil

Ton

elad

as

Área Plantada - MILHO

MA TO PI BA

Área Plantada 2013 410.023 114.941 125.232 10.658

Área Plantada 2014 389.418 108.740 105.941 9.275

Diferença -20.605 -6.201 -19.291 -1.383

Crescimento -5,03% -5,39% -15,40% -12,98%

-50.0000

50.000100.000150.000200.000250.000300.000350.000400.000450.000

Mil

Ton

elad

as

Área Plantada - ARROZ

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Evolução na Produtividade no Plantio de Grãos

Com referência a produtividade de Grãos, destaca-se a cultura do milho,

representando 18,12% acima da produção do ano anterior. Tal ganho é justificado pela

tecnificação nos plantios de primeira e segunda safra do grão.

Figura 12 – Produtividade de Soja, Milho, Arroz (Mil Toneladas)

Fonte: IBGE

Tabela 07 – Produtividade de Soja (mil toneladas)

SOJA

MA TO PI BA TOTAL

Produtividade

2013

2802 2904 1670 2283 9659

Produtividade

2014

2769 2911 2375 2512 10567

Crescimento -1,18% 0,24% 42,22% 10,03% 9,40%

Fonte: IBGE

Tabela 08 – Produtividade do Milho (mil toneladas)

MILHO

MA TO PI BA TOTAL

Produtividade

2013

2585 3669 1264 3104 10622

Produtividade

2014

2754 3701 2556 3536 12547

Crescimento 6,54% 0,87% 102,22% 13,92% 18,12%

Fonte: IBGE

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

14000

MA

TO PI

BA

TOTA

L

MA

TO PI

BA

TOTA

L

MA

TO PI

BA

TOTA

L

SOJA MILHO ARROZ

Produtividade

Produtividade 2013 Produtividade 2014

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23

MT PR GO MS MGMATOPI

BARS SP SC

Produção 18.071.3 15.823.2 9.088.02 8.251.12 6.966.93 5.926.08 5.389.52 3.983.89 3.149.72

0

2.000.000

4.000.000

6.000.000

8.000.000

10.000.000

12.000.000

14.000.000

16.000.000

18.000.000

20.000.000

Ton

elad

as

MILHO

Tabela 09 – Produtividade do Arroz (mil toneladas)

ARROZ

MA TO PI BA TOTAL

Produtividade

2013

1174 4259 722 1480 7635

Produtividade

2014

1507 4700 1362 1101 8670

Crescimento 28,36% 10,35% 88,64% -25,61% 13,56%

Fonte: IBGE

Nos gráficos abaixo, indicam-se o comparativo entre os estados e a região do

MATOPIBA:

Figura 13 – Estados com maior Produção Nacional de Soja – 2014 (mil toneladas).

Fonte: IBGE

MT PR RS GO MATOPIBA MS MG

Produção 26.495.884 14.913.173 13.041.720 8.938.560 8.664.902 6.339.386 3.345.549

0

5.000.000

10.000.000

15.000.000

20.000.000

25.000.000

30.000.000

Ton

elad

as

SOJA

Figura 14 – Estados com maior Produção Nacional de Milho – 2014 (Mil Toneladas).

Fonte: IBGE

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24

Figura 15 – Estados com maior Produção Nacional de Arroz – 2014 (Mil Toneladas)

Fonte: IBGE.

Principais Regiões Produtivas do Estado

Tabela 10 – Principais Municípios Produtores de Grãos no Estado do Tocantins

ARROZ MILHO SOJA

Município % Município % Município %

Lagoa da Confusão 47,17 Campos Lindos 47,85 Campos Lindos 11,09

Formoso do Araguaia 25,76 Goiatins 4,69 Lagoa da Confusão 7,13

Dueré 7,58 Dianópolis 4,69 Porto Nacional 5,19

Pium 6,22 Darcinópolis 4,28 Dianópolis 5,01

Cristalândia 2,13 Palmas 4,00 Mateiros 4,91

Porto Nacional 3,74 Monte do Carmo 3,79

Taguatinga 2,51 Santa Rosa do

Tocantins

3,72

Fonte: IBGE

RS MATOPIBA SC MT

Produção 8.241.840 1.176.593 1.082.441 581.439

0

1.000.000

2.000.000

3.000.000

4.000.000

5.000.000

6.000.000

7.000.000

8.000.000

9.000.000To

nel

adas

ARROZ

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1 – Dueré 2 – Dianópolis 3 – Darcinópolis 4 – Palmas 5 – Porto Nacional 6 – Taguatinga 7 – Campos Lindos 8 – Mateiros 9 – Monte do Carmo 10 – Santa Rosa do Tocantins 11 – Goiatins 12 – Lagoa da Confusão 13 – Formoso do Araguaia 14 – Pium 15 – Cristalândia

14

12

13

1

15 10

9

4 5

7

8

2

6

11

3

Figura 16 - Mapa com regiões produtivas de milho, soja e arroz.

Fonte: SEAGRO/2014

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26

Mercado para grãos

(a) Soja

A soja é uma das culturas mais difundidas no mundo. Apesar da sua grande

importância econômica no mercado mundial, a exportação da soja em grão é feita para a

Ásia e a União Europeia.

(b) Milho

Atualmente o maior importador de milho é o Japão, com expectativa de 15

milhões de toneladas importadas na safra 15/16, devido ao relevo e ao clima, esse país

não produz o cereal e tem que importar todo milho consumido. Logo atrás do Japão,

vêm a União Europeia e o México.

(c) Arroz

O crescimento da produção permitiu ao país tornar-se autossuficiente em arroz,

com produção voltada ao mercado interno. Hoje apenas 5% da produção nacional são

destinadas à exportação.

Companhias de comercialização/agroindústrias de Grãos no Estado

Tabela 11 – Empresas comercializadoras de soja/milho no Tocantins

TRADER’S INSTALADAS NO TOCANTINS

ADM

BUNGE

CARGIL

CHS

CGG

GRANOL

NIDEIRA

FAZENDÃO

AMAGGI

MULTIGRAIN

SODRU

ALGAR

GLENCORE

NOVAS: EM INSTALAÇÃO

GAVILON

TOYOTA

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Tabela 12 – Relação das Beneficiadoras de Arroz no Estado do Tocantins

Município Empresa Localização Situação

Araguaína

Cerealista

Magalhães Ltda.

Av. Santos Dumont, Nº 922,

Setor Rodoviário

Ativa

Cariri do Tocantins Cerealista

Araguaia Ltda.

BR 153 – Fazenda Santo Antônio

Parte do Lt. 05/13

Zona Rural

CEP: 77.453-000

Ativa

Formoso do Araguaia

CIA Brasileira de

Agropecuária –

COBRAPE

Loteamento Pantanal de Cima, Lt.

05,

Vila COBRAPE

CEP: 77.470-000

Ativa

Guaraí

Elizabete Gross

Hendges (Cereais

Guaraí)

Rua 12 B, Nº 1089 Setor Planalto

CEP: 77.700-000 Ativa

Gurupi

Indústria e

Comércio de

Cereais Bom de

Gosto

Rua 05 Nº 155,

Setor Paulo de Tarso

CEP: 77.400-000

Ativa

Gurupi

CDA – CIA de

Distribuição

Araguaia

BR 153 Km 675,

Gleba 7, 4ª Etapa,

Lto. Fazenda Santo Antônio

CEP: 77.402-970

Ativa

Gurupi

Indústria e

Comércio de

Cereais Sabor

Brasil

BR 153 Km 662.4, Lt.38 F – Parte

Remanescente do Lt. 8

CEP: 77.445-590

Ativa

Gurupi

Costa e Mendes

Ltda. -

(Cerealista Rio

Jordão)

Rua Primária 02 – Qd. 05 – Lt. 11 –

Parque Agroindustrial de Gurupi

CEP: 77.445-510

Ativa

Gurupi

Araújo e Brito

Ltda.

Rua 01 Nº 400, Galpão 01 – Parte da

Chácara 81 e 85

CX. Postal 14

CEP: 77.402-970

Ativa

Lagoa da Confusão

CDA – CIA de

Distribuição

Araguaia

TO 255 Km 91

CEP: 77.493-000

Em

implantação

Lagoa da Confusão

Cooperativa dos

Produtores de

Arroz da Lagoa

TO 255 Km 91

CEP: 77.493-000

Ativa

Palmas

Cerealista Santa

Fé Ltda.

912 Sul, Al. 15, Lt. 11

CEP: 77.016-524 Ativa

Palmas

Ferreira e Cunha

Ltda.- (Cerealista

Grão de Ouro)

412 Norte, Qd. 07, Alameda 08, Lt.

17 A

CEP: 77.006-534

Ativa

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Município Empresa Localização Situação

Paraíso do Tocantins SLC Alimentos

BR 153 Km 484

Cx. Postal 141

CEP: 77.600-000

Ativa

Paraíso do Tocantins

CDA – CIA de

Distribuição

Araguaia

BR 153 Km 483, Qd. 02 Módulo 01

a 09 – Parque Agroindustrial de

Paraíso

Cx. Postal 112

CEP: 77.600-000

Ativa

Paraíso do Tocantins

Maria Angélica

Pontes - (Paiol

Cereais)

Av. 23 de Outubro,

Nº 2490, Qd. 09

Lt.03 a 05

Jardim América

CEP: 77.600-000

Ativa

Paraíso do Tocantins

R & M –

Indústria e

Comércio de

Cereais – (Arroz

Natural)

Av. Waldir Lins,

Nº 1061 –

Setor Serrano II

CEP: 77.600-000

Ativa

Porto Nacional

Gilmar

Martinazzo –

(Cerealista

Amigão)

Av. Tocantins, Nº 3137

Setor Vila Nova

CEP: 77.500-000

Ativa

Fonte: SEAGRO/2014

5.2 Bovinocultura de Corte

Evolução do rebanho bovino no Estado

A bovinocultura de corte tem se destacado na economia nacional e vem

assumindo posição de liderança no mercado mundial de carnes. O Brasil possui hoje o

maior rebanho comercial do mundo; é o segundo maior produtor mundial de carne

bovina, com cerca de 1,1 milhão de toneladas anualmente.

O rebanho bovino brasileiro chegou a 212,3 milhões de cabeças em 2014, um

acréscimo de 569 mil animais em relação a 2013. Com isso, o Brasil manteve-se como

segundo colocado no ranking mundial, atrás apenas da Índia. Os dados são do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Brasil é um dos únicos países que ainda possui potencial de crescimento da

pecuária, uma vez que tradicionais fornecedores estão com restrição em sua capacidade

de produção por limitações climáticas e econômicas.

Com a nova realidade conjuntural que o Brasil atravessa, muitos pecuaristas estão

migrando cada vez mais para o norte do país. Atraídos pelos baixos preços das terras,

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29

pelas boas condições para a criação de bovinos (bom regime de chuvas, boas

pastagens), incentivo do governo local e acesso facilitado a linhas de crédito para

investimentos, aspectos que contribuem para a redução dos custos e viabilidade da

atividade. Foi na região Norte o maior crescimento registrado no rebanho brasileiro.

Houve aumento de 141,7% em dez anos, cerca de 2,56 milhões de cabeças a cada ano.

Figura 17 – Comparativo Evolução Rebanho

Fonte: IBGE/MAPA

Tabela 13 – Avanço da Produção animal do Tocantins

2011 2014 Avanço (%)

Bovinos (cab.) 8.025.400 8.082.745 0,71%

Leite (litros/ano) 267.310 269.890 0,97%

Apícola (kg/ano) 153.485 260.000 69,40%

Ovinos (cabeças) 110.000 125.000 13,64%

Aves Alojadas 5.000.000 5.458.000 9,16% Fonte: IBGE, ADAPEC, MAPA.

Segundo o diretor do CBNA (Colégio Brasileiro de Nutrição Animal), pecuária

nacional tem atualmente taxa de lotação inferior a 01 “Unidade Animal” (01 UA = 450

kg) por hectare. O Brasil pode dobrar o tamanho de seu rebanho sem ter que derrubar

uma única árvore. Para isso basta empregar as tecnologias já disponíveis aos criadores.

O principal gargalo para isto é a fonte de alimento das criações no Tocantins: as

pastagens. Mesmo com grande quantidade de áreas de pastagens, muitas vezes os

produtores pecam na qualidade do alimento dado aos rebanhos. (Rodrigo Patussi

/CONFINAR 2014).

0

50.000.000

100.000.000

150.000.000

200.000.000

250.000.000

2009 2010 20112012

20132014

Comparativo da Evolução do Rebanho no Brasil, Região Norte e

Tocantins

BRASIL NORTE TOCANTINS

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30

No Tocantins, no período de 2011, a agropecuária foi responsável por 15,60% do

PIB estadual, ou seja, mais de 10% acima da média nacional. A cadeia produtiva da

carne bovina do Estado apresenta um cenário em processo de formação, vários são os

fatores que proporcionam o cenário atual no Tocantins e que surgem como

potencialidades para melhores resultados. Apesar da tenra idade, o Estado do Tocantins

desponta no contexto do agronegócio brasileiro, mantendo laços com sua vocação para

a agropecuária.

O Tocantins é um dos estados brasileiros com maior tradição na criação de

bovinos de corte, contando, atualmente, com um rebanho de mais de 8 milhões de

animais, distribuídos em todas as regiões do estado.

Figura 18 – Evolução do Rebanho TO

Fonte: SEAGRO/ADAPEC

Principais Regiões Produtivas do Estado

A região norte do estado especialmente o município de Araguaína é a que se

destaca na engorda de bovinos e a região sul é mais especializada na produção de

bezerros – cria e recria. Os principais municípios produtores de bovinos são:

7.605.249

7.994.200 8.025.400 8.082.336

8.108.912

8.075.517

8.180.224

7.200.000

7.400.000

7.600.000

7.800.000

8.000.000

8.200.000

8.400.000

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evolução do Rebanho Tocantinense

TOCANTINS

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31

Tabela 14 – Municípios com maiores rebanhos do Estado

Municípios Rebanho

Araguaçu - TO 278.168

Araguaína - TO 223.985

Formoso do Araguaia - TO 218.744

Peixe - TO 189.944

Gurupi - TO 106.664

Paraíso do Tocantins - TO 91.104

Fonte: SEAGRO/2014

As regiões no Estado que registraram maior montante de exportação foram

Araguaína, por meio da empresa Minerva S.A. e Gurupi pela Cooperativa dos

Produtores de Carne e Derivados – Cooperfrigu.

Grande parte da exportação de carne do Tocantins tem como destino a Rússia,

Venezuela, Egito, Irã, entre outros. Os principais blocos econômicos de destino da carne

tocantinense é a Associação Latino Americana de Integração (Aladi), África, Oriente

Médio, Ásia e a União Europeia, que tem demonstrado um interesse maior pela carne

bovina tocantinense.

O Estado possui programas de incentivo à industrialização (agroindustrialização)

coordenada pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo, pela

Agência Tocantinense de Ciência, Tecnologia e Inovação e pela Secretaria de Estado da

Fazenda.

Em números totais, 1,2 milhão de toneladas de produtos agropecuários do Estado

vendidos ao exterior nos primeiros seis meses de 2015, ante 634,4 mil toneladas no

mesmo período do ano passado. Ao todo, entre grãos, carnes de boi e frango, couro e

frutas, o agronegócio tocantinense movimentou recursos no valor de mais de US$ 542,4

milhões.

Para os próximos anos a perspectiva é de aumento das exportações e de

continuidade na abertura de novos mercados. Com o início das atividades da Ferrovia

Norte-Sul, os fretes das cargas poderão reduzidos em 30% e, através do Porto do Itaqui

(MA), a produção do Estado estará mais próxima dos mercados da Europa e da África

que os produtos do Sul e Sudeste do país.

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Mercado para bovinocultura de corte

A exportação da carne bovina no Tocantins alcançou o valor de US$ 205.697

milhões em 2013, o crescimento representou um aumento de 26,23% comparado com o

valor de exportação em 2012, que foi de US$162.951 milhões. Em volume o Tocantins

exportou no ano de 2012, um total de 37.737 toneladas, enquanto que em 2013 foram

exportadas 50.354 toneladas de carne processada mostrando um crescimento de 33,43%

(SEAGRO).

Embora ainda não repitam o desempenho de 2014, as exportações brasileiras de

carne bovina in natura e processada em outubro mantiveram seu crescimento em

relação aos meses anteriores de 2015, segundo informações da Secretaria do Comércio

Exterior (SECEX), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

(MDIC), compiladas pela Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO).

O potencial de crescimento no presente e no futuro é excelente, tornando um

importante vetor no crescimento econômico e social do Brasil.

0

1.000.000

2.000.000

3.000.000

4.000.000

5.000.000

6.000.000

7.000.000

8.000.000

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EXPORTAÇÕES * ATE AGOSTO DE 2014

FATURAMENTO (MIL US$) US$ / TONELADA

Figura 19 – Exportações de carne bovina do Tocantins

Fonte: MAPA / 2014

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33

Figura 20 – Comparativo entre a produção, disponibilidade e a exportação da carne no Brasil

Fonte: MAPA/2014

As exportações de couros e peles apresentadas pela Secex (Secretaria de

Comércio Exterior) referentes ao mês de outubro de 2015 registraram o valor de US$

158,262 milhões, uma redução de 36,5% em relação ao mesmo mês do ano passado,

quando foram exportados US$ 4.249,256 milhões. Houve também uma queda de 6,6%

em relação ao mês anterior, quando o total foi de US$ 169,407 milhões.

Quanto à quantidade, considerando somente os couros bovinos, em outubro foram

embarcadas 2,902 milhões de unidades, aumento de 3,0% em relação a setembro

quando o total foi de 2,818 milhões.

Tabela 15 – Exportações de couros e peles – Estados da Região Norte

DISTRIBUIÇÃO POR ESTADOS DO NORTE DA EXPORTAÇÃO DE COUROS E PELES

JAN-OUT/2013 JAN-OUT/2014 JAN-OUT/2015 2015 2015/2014 2015/2013

BRASIL –

TOTAL 2.055.098.454 2.486.324.057 1.924.194.060 100% -22,60% -6,40%

PARÁ 80.241.415 86.503.255 62.541.084 3,30% -27,70% -22,10%

TOCANTINS 10.095.822 13.655.912 11.524.842 0,60% -15,60% 14,20%

AMAPÁ 0 0 437.895 0

RONDONIA 117.008 1.360.942 0 0 -100,00% -100,00%

RORAIMA 611.046 0 0 0 -100,00% -100,00%

Fonte: IBGE Pesquisa Pecuária Municipal/2015

50%

9%

41%

2014

Produção de Carne(Mil/Ton)

Exportação (Mil/Ton)

Disponibilidade (Mil/Ton)

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Companhias de comercialização/agroindústrias de Carne no Estado

Na agroindústria para o abate, são dez frigoríficos com Serviço de Inspeção

Estadual, nove com Serviço de Inspeção Federal e 21 matadouros com o selo de

inspeção Municipal. (SEAGRO/2015) e 4 curtumes.

Tabela 16 – Relação dos frigoríficos – Estado do Tocantins

Município Empresa Produtos

Serviço de Inspeção

Situação

SIM SIE SIF

Alvorada HBC Ind e Com

Alimentos Imp. Exp

Ltda

Carne Bovina,

Ovina e Derivados -- -- 1723 Ativa

Araguaína Assocarne Carne Bovina e

Suína -- 24 -- Ativa

Araguaína Minerva X/A Carne Bovina -- -- 1940 Ativa

Araguaína Boi Forte Frigorífico

Ltda Carne Bovina -- -- 723 Ativa

Colmeia LOPESCO Ind. De

Subprodutos

Animais Ltda

Embutido -- -- 2624 Ativa

Gurupi Frigorífico Paulo &

Maia Ltda Carne Bovina e

Suína -- 9 -- Ativa

Gurupi Cooperfrigu Carne Bovina -- -- 93 Ativa

Nova Olinda Masterboi Ltda Carne Bovina -- -- 860 Ativa

Palmas Entreposto Mel/WW

Soares Produtos Cárneos -- 75 -- Ativa

Palmas Frigocapa Produtos Cárneos -- 21 -- Ativa

Palmas Lucas Frios Produtos Cárneos -- 39 -- Ativa

Palmas Cesílio

Agroindustrial Ltda Carne Bovina e

Derivados -- -- 3651 Não implantada

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35

Município Empresa Produtos

Serviço de Inspeção

Situação

SIM SIE SIF

Paraíso do

Tocantins Casa do Pit Dog Produtos Cárneos -- 14 -- Ativa

Paraíso do

Tocantins

Paraíso Ind e Com

de Alimentos e

Abate de Aves Ltda

Aves e Coelho -- -- 634 Ativa

Paraíso do

Tocantins

Plena Indústria e

Comércio de

Alimentos Ltda

Carne Bovina -- -- 3215 Ativa

Porto

Nacional Comercial Jatobá Carne Bovina -- 56 -- Ativa

Porto

Nacional Frigorífico Ideal Carne Bovina -- 13 -- Ativa

Porto

Nacional Linguiça Porto Real Linguiça -- 12 -- Ativa

Silvanópolis Frigorífica Savana Carne Bovina -- 55 -- Ativa

Arguianópolis Matadouro

Municipal/CESTE Carne Bovina x -- -- Ativo

Aliança (Matadouro

Particular) Carne Bovina x -- -- Ativo

Araguaçu (Matadouro

Particular) Carne Bovina -- -- -- Ativo

Colinas do

Tocantins

Matadouro Coli-

Frigo Carne Bovina x -- -- Ativo

Dianópolis (Matadouro

Particular) Carne Bovina x -- -- Ativo

Esperantina (Matadouro

Municipal) Carne Bovina -- -- -- Inativo

Fátima (Matadouro

Municipal) Carne Bovina x -- -- Ativo

Guaraí Matadouro São

Raimundo Carne Bovina x -- -- Ativo

Guaraí Matadouro Giglos Carne Bovina x -- -- Ativo

Lagoa da

Confusão Abatedouro Paraíso Carne Bovina x -- -- Ativo

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36

Município Empresa Produtos

Serviço de Inspeção

Situação

SIM SIE SIF

Lagoa da

Confusão Matadouro Lagoa Carne Bovina x -- -- Ativo

Natividade Matadouro Frigo

Castro Carne Bovina x -- -- Ativo

Novo Acordo (Matadouro

Municipal) Carne Bovina -- -- -- Inativo

Palmeirópolis Fri Palmeiras Carne Bovina x -- -- Ativo

Pedro Afonso (Matadouro

Municipal) Carne Bovina -- -- -- Ativo

Pindorama (Matadouro

Municipal) Carne Bovina x -- -- Inativo

Ponte Alta Matadouro Frigo-

Palta Carne Bovina x -- -- Ativo

Taguatinga (Matadouro

Municipal) Carne Bovina -- -- -- Inativo

Sítio Novo (Matadouro

Municipal) Carne Bovina -- -- -- Inativo

Formoso do

Araguaia

(Matadouro

Particular) Carne Bovina X -- -- Lei criada

Fonte: Seagro/2014

Tabela 17 – Relação de Curtumes do Estado do Tocantins

RELAÇÃO DE CURTUMES

Colinas

Curtidora

Tocantins

LTDA

BR-153 Couro

Branco e

Azul -- -- x 3000 couros/dia

Gurupi JBS S.A

Perimetral

Leste, 236,

Parque

Industrial

Couro

Azul -- -- -- 1.500 couros/dia

Porto Nacional *Curtume

Nacional

Parque

Agroindustri

al de Porto

Nacional

Couro

verde/azul -- -- -- 600 couros/dia

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37

RELAÇÃO DE CURTUMES

Wanderlândia Durlicouros

BR-153, km

127, Fazenda

Ezequiel –

Zona Rural

Couro

verde/azul -- -- 1940 1200 couros/dia

* Possui registro na VISA

5.3 Bovinocultura de Leite

Evolução da produção de leite no Estado do Tocantins

A produção de leite no Brasil é uma das cadeias produtivas do agronegócio que

tem os maiores ganhos marginais a incorporar em todos os seus elos da produção nos

próximos anos. Trata-se de um setor que evoluiu menos em termos de

profissionalização e organização do que outras cadeias produtivas porem apresenta

grande potencial de melhoria.

A EMBRAPA (2003), afirma que a Produção de Leite pela Agricultura Familiar é

muito importante, pois representa mais de 58% da produção total do Brasil e ainda

possui um enorme potencial de produção a ser buscado.

Nos gráficos abaixo fica claro que o rebanho no Estado do Tocantins, segundo a

Pesquisa de Pecuária do Município, teve significativo aumento, porém a produtividade

não apresentou alterações semelhantes.

Figura 21 – Relação Vacas Ordenhadas e Produção de Litros de Leite

Fonte: IBGE

5,3

6,6 6,7

0

1

2

3

4

5

6

7

8

210000

220000

230000

240000

250000

260000

270000

280000

2009 2010 2011

Relação entre vacas ordenhadas e litros de leite

Vacas Ordenhadas / Efetivo de rebanho no Brasil (%) Litros de Leite(1000lt)

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38

Figura 22 – Relação Vacas Ordenhadas X Produtividade

Fonte: IBGE

Segundo BASTO et. al. (2013), terceiro maior produtor de leite bovino da região

Norte do país, o Tocantins tem como meta ampliar a produção e aumentar a qualidade

dos laticínios produzidos no Estado. Atualmente o Estado produz uma média de 280

milhões de litros de leite bovino por ano (SEAGRO, 2014). Entretanto, ainda está longe

de atender as perspectivas da produção nacional.

Figura 23 – Produtividade em Mil/Litros

Fonte: IBGE

455 512

628

0

100

200

300

400

500

600

700

0500000

10000001500000200000025000003000000350000040000004500000

2009 2010 2011

Relação entre Vacas Ordenhadas e Produtividade

Vacas Ordenhadas Produtividade

0

2.000.000

4.000.000

6.000.000

8.000.000

10.000.000

12.000.000

14.000.000

SUDESTE SUL CENTRO OESTE NORDESTE NORTE

Produtividade (mil/litros)

2012 2013

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39

A produtividade animal cresceu em todas as regiões, exceto no Norte do País,

onde o maior volume de leite produzido se deu em decorrência do crescimento do

rebanho de vacas ordenhadas e não pela melhoria dos sistemas de produção.

FONTE: Embrapa 2015

Fonte:IBGE

No Tocantins, mais de 15 mil propriedades rurais são voltadas para a produção de

leite e seus derivados, predominantemente em 43 municípios tocantinenses.

Principais regiões produtivas no Estado

Com destaque para os municípios de maior produtividade de leite no Estado:

Augustinópolis, Buriti do Tocantins, Aurora do Tocantins, Colinas, Paraiso do

Tocantins, Monte Santo, Itaporã, Santa Fé do Araguaia, Muricilândia, Araguaína e

Aragominas, Bernardo Sayao.

Mercado para o leite do Tocantins

O Leite no Tocantins é destinado à fabricação de queijos mussarela e para o

consumo interno.

-10

-5

0

5

10

15

BRASIL NORTE NORDESTE SUDESTE SUL CENTRO-OESTE

%LEITE % VACA % PRODUTIVIDADE

Figura 24 – Relação Produtividade por Região

Fonte: IBGE

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40

Companhia de comercialização/agroindústria de Leite no Estado do

Tocantins

Na agroindústria, de acordo com o departamento de Desenvolvimento Animal da

SEAGRO, atualmente o Tocantins conta com 30 laticínios, entre Serviço de Inspeção

Estadual (SIE), Serviço de Inspeção Federal (SIF) e com o selo de inspeção municipal.

–(SEAGRO/2013).

Tabela 18 – Relação Indústrias / entrepostos de captação de Leite do Tocantins

Município Empresa Localização/Estratigrafia Produtos

Serviço de Inspeção

Situação

SIM SIE SIF

Araguaína Asa Agroindustrial

de Alimentos S/A

Av. Filadélfia n°100-

Bairro JK, CEP:77816-

540

Usina

Benefic. Leite -- -- 1343 Ativa

Araguaína Laticínios Biana

Com. E Ind Ltda

BR-153,KM117, Zona

Rural CEP:77800-000

Usina

Benefic. Leite -- -- 3554 Ativa

Araguaína Original Laticínios

Ind. E Com. Ltda

Rua Araguanã, 537, Bairro

JK, CEP:77817-040

Usina

Benefic. Leite -- -- 444 Ativa

Arapoema Laticínio Sonho

Dourado Fazenda São José Mussarela -- 68 -- Ativa

Arapoema

Ind. E Com de

Laticínios da

Serrinha

Av. Tocantins n° 13, Setor

Agroindustrial, CEP:

77780-000

Fábrica de Laticínios

-- -- 1960 Ativa

Augustinópolis

Leite Carinho

Rua Pres. Kennedy nº93-A

Centro

Leite

Pasteurizado,

Mussarela e

Iogurte

Ativa -- 28 --

Augustinópolis

Bernardino Silva &

Silveira (Laticínios

2000)

Av. Goiás n° 3727, Centro

CEP:77960-000

Usina

Benefic. Leite -- -- 3625 Ativa

Aurora do

Tocantins Laticínio Aguiar

Fazenda Lagoa Feia km 20

rod TO 110 Mussarela e leite

semi e desnatado -- 74 -- Ativa

Bernardo

Sayao

Cremolat Ind. E Com

de Laticínios

Rua Dois, n° 1188 - Centro

CEP:77755-000 Fábrica de

Laticínios -- -- 4623 Ativa

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41

Município Empresa Localização/Estratigrafia Produtos

Serviço de Inspeção

Situação

SIM SIE SIF

Brasilândia Laticínios Majestade

Ltda

Rodovia BR-153 Km 245,

Zona Rural CEP:77735-000 Fábrica de

Laticínios -- -- 4082

Inativo

(07/2008)

Buriti do

Tocantins

Laticínio Duarte

Rua Travessa, n 105 Mussarela -- 51 -- Ativa

Buriti do

Tocantins

Laticínio Fortaleza ---- -- 65 -- Ativa

Buriti do

Tocantins Laticínios Mendes Rua das Crianças, n 60 Mussarela -- 45 -- Ativa

Colinas Palac - Ind e Com de

Laticínios Ltda

Rua 08 de Dezembro, n° 245

CEP:77760-000

Fábrica de

Laticínios -- -- 3866 Ativa

Colinas

Leite Pasteurizado

Colinas Av Paraguai n 1312, Setor

Campinas Mussarela e leite

pasteur -- 80 -- Ativa

E.A.Alburquerque e

CIA Ltda.

Colmeia

Laticínio Pureza

Lote 2, Loteamento Itaporã

Leite Pasteurizado

desnatado e

integral,

Mussarela, provolone e minas

frescal

-- 48 --

Ativa

Colmeia Pasteurização Leite

Mel W.W..Soares

Av Castelo Branco lote 45 e

31N Leite Pasteur -- 10 -- Ativa

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42

Município Empresa Localização/Estratigrafia Produtos

Serviço de Inspeção

Situação

SIM SIE SIF

Combinado Boa Vista Chácara das Mangueiras Mussarela e

requeijão

-- 26 -- Ativa

Combinado MJ Pereira de Souza

Rua Gercina Borges

Guimarães,S/N Chácara

Creme de Leite, CEP:77350-

000

-- -- 688 Ativa

Guaraí COOPAG Av. Rio Grande do Sul n

3156, Setor Nova Querência

Leite Pasteurizado desnatado e

integral,

Mussarela, Bebida Lactea e minas

frescal

-- 37 -- 10.000

l/dia

Gurupi Jandira Com. De Prod.

Alimentícios Ltda

Rodovia TO 280 Km 4,55-

Zona Rural

Usina Benefic.

Leite -- -- 864 --

Itaporã do

Tocantins

Laticínios Guerra -

Nilton D. da Silva ME

Av. 15 de Novembro, s/n°,

Centro, CEP:77740-000

Fábrica de

Laticínios -- -- 2461 --

Miracema Leite Bem Bom LTDA-

ME

Rua 27 n 685 S.

Universitário

Leite

Pasteurizado -- 67 --

5.000

l/dia

Monte Santo

Milk Norte-

TO 080 km 103

Queijo ralado,

Mussarela, requeijão, bebida

láctea

-- 72 -- 10.000

l/dia Fabricação de Produtos

do Laticínio - LTDA

Nova Olinda

Laticínio Três Irmãos -

Rua Rui Barbosa, nº 1620

--

69

--

5.000

l/dia V.G. Lima - ME

Paraíso do

Tocantins Coopernorte Br 153 km 491

Leite

Pasteurizado -- 84 -- Ativa

Paraíso do

Tocantins Queijo Paraíso

Rua 12 Qd 15 Lt 15 Pq

Buritis

Minas Frescal,

manteiga

bebida lactea

-- 25 -- Ativa

Pequizeiro Palac - Ind. E Com de

Laticínios Ltda

Av. Imperatriz, n° 592,

Centro, CEP:77730-000

Posto de

Resfriamento -- -- 2458 Ativa

Porto Nacional Nutrileite-Fabricação

de Laticínios LTDA. Av 13 de Julho Qd 260 lote 8

Leite

Pasteurizado,

Minas frescal e

ralado

-- 67 -- Ativa

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43

Município Empresa Localização/Estratigrafia Produtos

Serviço de Inspeção

Situação

SIM SIE SIF

Santa Fé do

Araguaia

Laticínios Minas

Queijo Ind. E Com.

Ltda

Av. Araguaia, n° 123,

CEP:77848-000 Fábrica de

Laticínios -- -- 34 Ativa

Fonte: SEAGRO/2014

5.4 Ovinocaprinocultura

Evolução da produção da ovinocaprinocultura no Estado do Tocantins

Atentos às exigências da sociedade, a ovinocultura e a caprinocultura vêm

demonstrando um crescente aumento nos últimos anos: o rebanho brasileiro conta

atualmente com 16,78 milhões de cabeças distribuídas em todo o país, segundo dados

do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Distribuído em 436 mil

estabelecimentos agropecuários, colocou o Brasil em 18º lugar do ranking mundial de

exportação.

Carne, pele e lã estão entre os principais produtos. A produção de leite de cabra é

de cerca de 21 milhões de litros e envolve, em grande parte, empresas de pequeno porte.

No Norte do país, os Caprinos mantiveram a estabilidade do efetivo. O aumento

no rebanho de ovinos deve-se ao incentivo dos governos regionais, distribuindo

matrizes para os pequenos produtores de alguns municípios, como ocorrido no Acre.

“As dificuldades que a cadeia vem enfrentando dizem respeito a uma

produção insuficiente em quantidade e qualidade, principalmente, para

viabilizar a operacionalização de frigoríficos. O intuito é estimular a

formalização do abate e assim abastecer o mercado interno, que hoje é

importador de carnes de outros países” aponta Christiane assessora

técnica da FAEG.

A criação de ovinos e caprinos são atividades econômicas de grande potencial de

geração de emprego, renda e inclusão social, contribuindo para a fixação do homem no

campo. Representam ainda uma alternativa importante para a diversificação produtiva

em regiões de ambientes tipicamente semiáridos, cujas famílias vivem uma situação de

vulnerabilidade social, a exemplo do sudeste do Tocantins.

O Tocantins tem fortalecido a criação de ovinos e caprinos (ovelhas e cabras).

Com medidas que beneficiam esta cadeia produtiva, o Estado tem presenciado um

crescimento acentuado desta cadeia produtiva. A criação de ovinos e caprinos no

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44

Tocantins possui um rebanho de 124.391 e 21.698, respectivamente, e vem crescendo

em todo o Estado (SEAGRO 2013).

Figura 25 – Evolução Rebanho do Tocantins

Fonte: SEAGRO Novembro/2014

Regiões Produtivas no Estado

Nos municípios de Barrolândia, Marianópolis, Santa Terezinha do Tocantins,

Paraiso, Monte Santo, Aliança, Gurupi, Dueré e algumas partes próximas ao município

de Dianópolis, são encontradas criações de ovinos e algumas de caprinos em menor

quantidade.

Mercado

No Tocantins não possuindo frigoríficos especializados para o abate de ovinos e

caprinos, compromete o mercado que é pouco desenvolvido. São encontradas as carnes

destas espécies em restaurantes e algumas casas de carnes, oriundas de importações de

outros estados.

Em 2014, as importações brasileiras de carne ovina atingiram a marca recorde das

9,93 mil toneladas (peso de embarque), um incremento de 12% comparado a 2013, com

um valor de US$ 56,8 milhões de dólares, aproximadamente 23,7 pontos percentuais

acima dos valores alcançados no ano anterior.

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

140.000

160.000

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evolução Rebanho no Tocantins

OVINOS

CAPRINOS

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45

Diante da manutenção do tamanho do rebanho nacional – de 16,78 milhões de

cabeças – a demanda interna continuará sendo suprida por cortes importados. (MAPA-

2014/2015).

Figura 26 – Destino das Importações de Carne Ovina em 2014

Fonte: EMBRAPA 2014

A queda contínua nos abates é um fenômeno nacional. Embora os reais motivos

ainda não estejam completamente claros, a redução drástica da produção formal ao

longo dos últimos anos envolve tanto fatores impactando na oferta de cordeiros para

plantas com SIF quanto nos registros oficiais de abate.

Figura 27 – Relação do Volume de Abates inspecionados

Fonte: Associação Brasileira de Santa Inês.

SC 36%

MS 29%

RS 13%

SP 12%

PE 4%

MG 2%

PR 2%

OUTROS 2%

Destino Das Importações De Carne Ovina Em 2014

0

100

200

300

400

2009 2014

Volume de abates inspecionados

Volumes de abates, milunidades

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46

É positiva a expectativa do setor para os próximos anos, em comparação com o

cenário existente em 2013. O preço da carne ovina, no Rio Grande do Sul, no primeiro

semestre de 2014, atingiu R$ 8,84 o quilo. Aumento de 6,9%. Na Bahia o quilo da carne

chegou a R$ 10,32, aumento de 17,5%. E, em São Paulo, R$ 11,53, elevação de 1,1%

(MAPA-2014/2015).

A indústria de processamento de carne, no Brasil, possui algumas

particularidades:

São poucos os frigoríficos especializados no processamento de ovinos e caprinos;

A maioria dos frigoríficos especializados é situada no Sudeste, sobretudo em São

Paulo;

Muitos não possuem a certificação federal (S.I.F.);

A maioria dos frigoríficos concentra suas vendas nos mercados regionais e

comercializam suas próprias marcas;

A maioria tem dificuldade em operar a plena capacidade. A capacidade de abate

varia de 50 a 3.500 animais/mês;

Os maiores mercados consumidores se concentram nas regiões Sul e Sudeste.

Estima-se que 90% da comercialização da carne de ovinos e caprinos sejam feitas

no mercado informal. É um reflexo da baixa articulação entre produtores e indústria;

Frigoríficos alegam a falta de qualidade mínima dos animais para abate; Porém, os

produtores sustentam que a baixa e irregular demanda dos frigoríficos não justificam

maiores investimentos na qualidade da produção animal (DATAMETRICA).

No mercado formal, há muitos frigoríficos não especializados. Esses frigoríficos

têm como atividade principal o processamento de suínos e bovinos. O processamento de

ovinos e caprinos para eles é uma atividade secundária, geralmente intensificada durante

período de pico da demanda sazonal.

Políticas públicas podem reduzir significativamente os custos de integração entre

frigoríficos e pequenos produtores.

O direcionar das ações dos atuais programas de fomento para facilitar a integração

entre frigoríficos e produtores e um pacote de incentivos aos frigoríficos para

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47

desenvolverem parcerias com pequenos e médios produtores aumentaria a atratividade

da integração.

Companhia de comercialização/agroindústria no Estado

Não tem no Estado tocantinense frigorífico especializado no processamento de

ovinos e caprinos.

5.5 Piscicultura

Evolução produção piscicultura

Para a história da piscicultura do Estado um dos marcos foi à criação, em 2002, do

Centro de Produção e Pesquisa em Peixes Nativos (CPPPN), em parceria entre o

governo do estado e FURNAS, no município de Palmas. Outro marco foi a inauguração

da Fazenda Tamborá (município de Almas) no ano de 2003, com o primeiro entreposto

de pescado do estado e uma grande área de produção.

No âmbito institucional, a instalação da superintendência estadual da então

Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca - SEAP (atual Ministério da Pesca e

Aquicultura) em 2003 e a criação da Embrapa Pesca e Aquicultura em 2009, ambas em

Palmas, foram dois marcos importantes.

O Estado apresenta um enorme potencial para o desenvolvimento da atividade

aquícola e pesqueira. Além da pesca que é desenvolvida principalmente nos rios

Tocantins e Araguaia, cujos principais envolvidos são as comunidades ribeirinhas, tem-

se a exploração aquícola como uma oportunidade a ser explorada. As usinas/represas

Figura 28 – Evolução da Piscicultura

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48

representam um total de 528.483 ha, o que representa um potencial de produção de 882

mil toneladas ano.

Figura 29 – Percentual de produção total do potencial

Figura 30 – Produção de peixes anual em toneladas

Fonte: SEAGRO/2014

Figura 31 – Relação da Evolução da Produção de Pescado em Toneladas

Fonte: SEAGRO/RURALTINS/IBAMA/IBGE (*Previsto)

Verifica-se um crescimento expressivo no número de piscicultores de pequeno

porte em Tocantins. Apesar de não haver dados oficiais, especialistas do setor estimam

2%

Potencial Produção

2011 2014

7.000

15.000

Produção de peixes

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49

que existam mais de 1.000 piscicultores no estado, compostos majoritariamente por

pequenos produtores. (EMBRAPA 2014).

Tabela 19 – Área e produção de pescado no Estado do Tocantins

DESCRIÇÃO 2010 2011 2012 2013 2014

ÁREA / Há - 2.500 2.500 3.300 4.500 PRODUÇÃO/t 6.500 7.500 10.000 12.000 15.000

Fonte: SEAGRO/RURALTINS

Principais municípios/regiões com produção

Verifica-se uma concentração da produção em quatro regiões no Estado, as quais

constituem os principais polos de piscicultura: Sudeste, Bico do Papagaio, Oeste (região

do Cantão), Centro (Lago de Palmas).

O polo produtivo do sudeste é o mais importante e já se configura como um dos

centros de produção da piscicultura nacional (Kubitza et al., 2012.)

Com a perspectiva de implantação do Parque Aquícola do lago do Lajeado, é possível

que o “Polo do Lago” se destaque como um dos maiores do estado, tendo em vista o

potencial de produção estimado em mais de 60.000 toneladas/ano.

Apesar de pouco expressivo, do ponto de vista de volume total de produção, o

polo do Oeste/Cantão se destaca pelo grande número de piscicultores familiares

envolvidos. Apenas nos municípios de Divinópolis e Abreulândia há cerca de 80

piscicultores familiares, dos quais grande parte desenvolve a piscicultura com dupla

finalidade: consumo e venda de excedentes.

O polo do Norte/Bico do Papagaio também vem apresentando um importante

desenvolvimento da piscicultura, gerada em boa parte pela proximidade com mercados

das cidades de médio porte – estas em pleno crescimento econômico – tais como

Imperatriz – MA, Marabá - PA e Araguaína - TO.

O estado conta com 10 estações de alevinagem, sendo nove privadas e uma

pública (IFTO Araguatins). Essas estações estão distribuídas em diferentes regiões,

localizadas próximas aos principais polos de piscicultura: Almas, Brejinho de Nazaré e

região do Bico do Papagaio.

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50

A distribuição geográfica das empresas de alevinagem é um fator favorável, uma

vez que é possível para um produtor localizado em qualquer parte do estado acessar um

fornecedor de alevinos dentro de um raio máximo de 368 km. Isto representa um

aspecto positivo, pois à distância e o tempo de viagem têm uma grande importância em

termos de custo e qualidade dos alevinos.

A Fazenda São Paulo (Município de Brejinho de Nazaré), uma das pioneiras no

setor de alevinagem tocantinense, possui mais de 20 anos de experiência na atividade e

é também uma das maiores produtoras de alevinos do Brasil. As principais espécies

produzidas são os peixes redondos (tambaqui, caranha e tambacu,) seguidos pelo

curimatã, pintado, piau, tambatinga, matrinxã (piabanha), patinga (híbrido) e piraqui

(híbrido). Além de alevinos, as empresas também comercializam pós-larvas e juvenis.

Principais Mercados para piscicultura

Tradicionalmente, os pequenos piscicultores têm conseguido comercializar sua

produção localmente através de feiras livres, pequenas peixarias e venda direta ao

consumidor. No entanto, com o aumento do volume de produção, os produtores têm

enfrentado problemas devido à saturação desses mercados locais. Como consequência,

verifica-se um aumento da competição levando a queda nos preços e dificuldade em

escoar a produção.

Recentemente, na capital Palmas, alguns microempreendedores têm se dedicado à

venda de cortes e produtos processados a partir de espécies produzidas nas pisciculturas

do estado. Deste modo, já é possível encontrar uma vasta gama de produtos como filé,

peixe defumado, espetinho de peixe e costelinha.

Figura 32 – Relação do destino da Produção de Peixes abatidos no Tocantins

Fonte: SEAGRO

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51

Principais Agroindústrias

Os grandes empreendimentos localizados no estado comercializam mais de 86%

de sua produção em outras unidades federativas como Goiás, Distrito Federal e São

Paulo. O estado conta com três entrepostos de peixe certificados pelo Serviço de

Inspeção Federal (SIF) do Ministério da Agricultura.

A gama de produtos oriundos da piscicultura em Tocantins consiste

essencialmente em espécies amazônicas e seus híbridos (tambaqui, caranha, surubim,

matrinxã, etc.), dentre as quais o tambaqui e a caranha são as mais importantes,

representando, aproximadamente, 75% do total de pescado processado nos abatedouros

do estado.

As principais espécies oriundas da pesca vendidas em Tocantins são: pirarucu,

matrinxã, piau, tucunaré, pirarara e fidalgo.

Tabela 20 – Relação dos Frigoríficos de Pescado

Município Empresa Localização/Estratigrafia Produtos

Serviço de

Inspeção Situação

SIM SIE SIF

Aliança Bonnutti Fish

Indústria de

Pescado

BR 153, Km 625. Lot.

Crixás, Lote 38 Parte. Frigorífico -- -- 476 Ativo

Almas

Rod.Almas/Pindorama

Entreposto

de pescado -- --

Agroindústria

de Pescado

Tamborá

Km 20, S/Nº - CEP:

77310-000 2882 Ativo

Almas Frigorifico

Piracema

Ltda.

Rod. TO 040, Km 35,

Margem Direita a 5km,

S/Nº - Fazenda Piracema

CEP: 77310-000 Zona

Rural

Entreposto

de pescado -- --

1383

Ativo

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Município Empresa Localização/Estratigrafia Produtos Serviço de

Inspeção Situação

Brejinho

de

Nazaré

Indústria de

Pescado

Barra Mansa

Rod. TO 255- Porto a

Fátima, Km 22 a esq. Km

18, S/Nº Zona Rural.CEP:

77560-000

Entreposto de pescado -- --

761 Ativo

O setor de equipamentos é um elo ainda incipiente dentro da cadeia produtiva da

piscicultura em Tocantins. O estado não conta com nenhuma empresa especializada na

produção e distribuição de equipamentos aquícolas.

5.6 Cadeia Produtiva da Fruticultura

Evolução da Produção da Fruticultura

A cadeia produtiva da fruticultura é um dos segmentos da economia brasileira que

mais tem se destacado nos últimos anos e continua em plena evolução tanto no que diz

respeito à produção de frutas in natura, como na industrialização de sucos e néctares.

Figura 33 – Produção de Frutas no Brasil (Abacaxi/Melancia/Banana).

Fonte: IBGE

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Figura 34 – Produção de Abacaxi nas Microrregiões do Tocantins (2013 – 2014)

Fonte: IBGE

Dentre as culturas analisadas a melancia apresentou o maior crescimento nos

últimos dez anos, elevando sua produção nacional de 1.637.428 para 2.171.288

toneladas/ano. A banana aumentou sua produção em 3,63% e com 15,35% o abacaxi

alcançou 1.762.938 frutos no ano de 2014.

No Tocantins a evolução da fruticultura oscilou nas microrregiões do estado como

mostram os gráficos abaixo:

Figura 35 – Produção de Melancia nas Microrregiões do Tocantins (2013 – 2014)

Fonte: IBGE

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Figura 36 – Produção de Banana nas Microrregiões do Tocantins (2013 – 2014)

Fonte: IBGE

Em 2014 a área destinada ao cultivo de banana, melancia e abacaxi no Tocantins

foi de 13.179 hectares, distribuídos em 87 municípios.

Figura 37 – Distribuição da Área Plantada de Frutas no Tocantins

Fonte: IBGE

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Figura 38 – Evolução da Área Plantada de Frutas no Tocantins

Fonte: IBGE

A fruticultura também é desenvolvida no Estado por meio de projetos agrícolas de

irrigação.

Principais municípios/regiões com produção no Tocantins

O gráfico abaixo indica os municípios com maior índice de Produção do estado.

Figura 39 – Ranking da Produção de Frutas por município – 2014

Fonte: IBGE

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56

Mercados para a Fruticultura

A comercialização da banana é voltada para o abastecimento do mercado interno,

além de ser comercializada para os estados vizinhos, como Maranhão, Pará e Goiás. Já

melancia produzida abastece todas as regiões brasileiras, com volume mais expressivo

para os estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Pará, Maranhão, São Paulo e Rio

de Janeiro. Cerca de 90 % do abacaxi produzido no Tocantins é comercializado para

outros Estados. Os principais compradores são: Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás, Minas

Gerais, Bahia e Distrito Federal.

O destino da produção na Fruticultura (mercado “in natura” ou indústria), gera

oportunidades na fabricação de sucos e refrescos alcançando diretamente o

processamento de polpas que, congeladas, também podem ser transformadas em

sorvetes, doces, néctares e geleias para mercados compradores, tanto atacadistas quanto

varejistas.

Principais Agroindústrias

Não encontrado

5.7 Apicultura

Evolução na Produção de mel

De acordo com a Confederação Brasileira de Apicultura – CBA, o mercado de

mel brasileiro é da ordem de 350 milhões de dólares, tendo crescido cerda de 4,5% nos

últimos 10 anos. A exportação de mel equivalente a 98, 6 milhões de dólares B em 2014

colocou o País no posto de 8º maior exportador de mel do mundo.

No Estado do Tocantins atualmente a produção encontra-se no patamar de 118

toneladas ao ano, a tendência é de aumento de produção e consumo, em função da busca

constante por alimentos saudáveis e orgânicos, pela diversificação no portfólio dos

produtos da colmeia, bem como pela expectativa da legalização das Unidades de

Extração – Casas de Mel e dos Entrepostos com a obtenção do Selo de Inspeção Federal

– SIF.

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Gráfico 33: Relaciona a Evolução da Produção de Mel em Tocantins

Figura 40 – Evolução da Produção de Mel no Tocantins

Fonte: SEAGRO

Com uma produtividade de 13,8 kg de mel por colmeia, o Tocantins se aproxima

da média nacional, que é de 15 kg por colmeia.

Em 2013 foram inauguradas oito casas de mel nos municípios de Brejinho de

Nazaré, Aliança, Crixás, Jaú do Tocantins, Araguaçu, Formoso do Araguaia,

Wanderlândia e Nova Olinda; além de dois entrepostos nos municípios Figueirópolis e

Colinas.

O Tocantins tem hoje 1.300 apicultores associados à Federação Tocantinense de

Apicultores e uma produção de mel de 118 toneladas, em 2014, segundo dados do

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados de 2015, ainda não

foram fechados.

Principais municípios/regiões com produção

O município com maior produção de mel é Nova Olinda. A região Central é a

primeira produtora de mel do estado, onde abrange 14 municípios na região. Seguida

pela região Norte é a segunda maior produtora de mel do estado, onde abrange 12

municípios na região. E sucessivamente vem região sul é a terceira maior produtora de

mel do estado, onde abrange 16 municípios na região, a região do jalapão é a quarta

produtora de mel do estado, onde abrange 08 municípios na região, a região Bico do

Papagaio é a quinta produtora de mel do estado, onde abrange 14 municípios na região,

a região Nordeste é a sexta produtora de mel do estado, onde abrange 2 municípios da

região e por fim a região Sudeste é a sétima produtora de mel do estado, onde abrange 6

municípios na região.

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Principais Agroindústrias

Para fortalecer o setor, foram construídos com recursos da Fundação Banco do

Brasil três entrepostos, em Figueirópolis, Palmas, Colinas e Axixá, além de dez casas de

mel.

As Casas do Mel estão nos municípios de Brejinho de Nazaré, Aliança, Crixás,

Figueirópolis, Jaú do Tocantins, Araguaçu, Wanderlândia, Nova Olinda, Colinas.

5.8 Cadeia Produtiva da Mandioca

Evolução da Mandiocultura no Estado do Tocantins

A mandioca é hoje a mais importante cultura de subsistência tropical do mundo,

sendo o Brasil é maior produtor de mandioca das Américas. Em 2014 a produção

chegou a 23.242.064 toneladas. No ranking nacional o Tocantins pulou da posição de

21º em 2012 para o 18º lugar em 2014.

Tabela 21 – Ranking da Produção Nacional (Toneladas)

UF 2011 2012 2013 2014

Brasil 25.349.542 23.044.557 21.484.218 23.242.064

Norte 7.596.861 7.421.480 7.467.943 8.037.507

Nordeste 7.919.997 6.019.471 4.803.212 5.668.126

Sudeste 2.554.935 2.710.210 2.491.229 2.524.993

Sul 5.988.908 5.589.930 5.477.417 5.583.682

Centro Oeste 1.288.841 1.303.466 1.244.417 1.427.756

Rondônia 513.515 472.207 446.724 531.829

Acre 939.032 897.160 939.178 1.239.731

Amazonas 966.341 926.297 940.975 846.884

Roraima 77.190 77.190 140.342 129.850

Pará 4.647.552 4.617.543 4.621.692 4.914.831

Amapá 137.141 149.355 134.720 159.650

Tocantins 316.090 281.728 244.312 214.732

Maranhão 1.780.279 1.529.579 1.325.328 1.619.342

Piauí 511.424 319.629 156.256 174.931

Ceará 836.606 468.724 300.348 478.453

Rio Grande do Norte 305.168 235.855 80.685 160.286

Paraíba 220.874 157.876 135.052 135.114

Pernambuco 520.330 341.901 292.766 302.361

Alagoas 295.096 314.615 224.794 250.256

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UF 2011 2012 2013 2014

Sergipe 483.990 450.486 433.723 415.910

Bahia 2.966.230 2.200.806 1.854.260 2.131.473

Minas Gerais 816.320 823.983 815.043 851.539

Espírito Santo 188.102 206.929 157.753 163.099

Rio de Janeiro 229.216 324.449 195.343 193.409

São Paulo 1.321.297 1.354.849 1.323.090 1.316.946

Paraná 4.179.699 3.869.080 3.759.705 3.958.798

Santa Catarina 506.280 529.648 551.349 443.462

Rio Grande do Sul 1.302.929 1.191.202 1.166.363 1.181.422

Mato Grosso do Sul 630.286 634.529 721.870 873.059

Mato Grosso 355.896 349.917 335.736 337.456

Goiás 292.579 303.965 166.622 200.361

Distrito Federal 10.080 15.055 20.189 16.880

Fonte: IBGE

O levantamento realizado sobre o plantio da cultura da Mandioca apontou para

uma redução da área cultivada ao longo dos anos. Esse declínio pode ser atribuído às

dificuldades de transformação da matéria-prima em produtos industrializados prontos

para o consumo final, deflagrando assim barreiras na sua comercialização.

Figura 41 – Comparativo da Área Plantada de Mandioca (Toneladas).

Fonte: IBGE

O rendimento médio nacional da Mandioca é de 15,14 toneladas de raiz por

hectare, considerado baixo pelo potencial de produtividade que cultura pode alcançar. O

Estado do Tocantins é o decimo oitavo colocado como produtor de mandioca com uma

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área cultivada de 11.827 hectares e uma produtividade de 18,15 toneladas em 2014

(IBGE, SIDRA), representando estatisticamente o sétimo lugar no ranking de

produtividade, sendo a quase totalidade da produção destinada à produção de farinha de

mesa.

Figura 42 – Produção de Mandioca (Toneladas)

Fonte: IBGE

Principais municípios/regiões com produção da mandioca

A Região de Cerrados no Brasil, com área de 274 milhões de hectares e

características de Savanas, é de fundamental importância para a agricultura brasileira e

representa um dos principais centros de dispersão da cultura da mandioca.

Figura 43 – Distribuição dos Cerrados, incluídas as áreas de transição com outras

formações.

Fonte: EMBRAPA

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Figura 44 – Estados/Regiões com maior Produção de Mandioca (Toneladas)

Fonte: IBGE Censo Agrícola, Produção Agrícola Municipal.

O gráfico abaixo apresenta os 10 principais municípios produtores de mandioca no ano de

2014, compondo 35% da produção do estado.

Figura 45 – Municípios com maior produção no estado do Tocantins.

Fonte: IBGE

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Principais mercados para Mandioca

Grande parte da produção brasileira de mandioca é consumida pelo mercado

interno. Em termos de mercado externo, a cadeia da mandioca apresenta modesta

participação, sendo o mercado dominado fortemente pela Tailândia. As estatísticas da

Secretaria de Comércio Exterior do Governo brasileiro (SECEX) mostram que, no

período compreendido entre 1996 a 2013, a receita com as exportações de raiz e

derivados de mandioca (fécula e farinha) foi de US$ 106.021 milhões, o que equivale a

uma média de US$ 5,9 milhões por ano.

Figura 46 – Consumo dos derivados da mandioca (per capita)

Fonte: IBGE Censo Agrícola, Produção Agrícola Municipal.

Companhia de comercialização da mandioca no Estado do Tocantins

No setor agroindustrial, o beneficiamento da mandioca vem ganhando

visibilidade. O agronegócio de mandioca, no Brasil, garante uma receita bruta de 2,5

bilhões de dólares e 01 milhão de empregos diretos. Entre os produtos 33,9%

corresponde à alimentação humana; 50,2% à alimentação animal; 5,7% aos outros usos

e 0,2% à exportação, havendo uma perda de 10%; sendo que 95% das propriedades

derivam das bases familiares (CUNHA, 2007). Os setores que mais utilizam a fécula

são os frigoríficos, a indústria de papel e papelão e a de massas alimentícias como

biscoitos, panificação e pão-de-queijo.

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Em 2012 foi instalada no estado a primeira indústria de amido de mandioca, a

“Anil Indústria de Fécula e Polvilho”, localizada no município de Aparecida do Rio

Negro, com capacidade para processar 100 toneladas de raiz por dia.

5.9 Cadeia Produtiva da Avicultura

Evolução na produção de carne de frango

A avicultura brasileira vem se consolidando entre as mais desenvolvidas do

mundo, fato este que coloca o Brasil como o maior exportador mundial de carne de

frango, ficando também em terceiro lugar na produção de carne de aves (CONAB-

2013).

Figura 47 – Relação de Produção de Carne de Frango no Brasil

Fonte: ABPA

Hoje, mais de 150 mercados são importadores da carne de frango made in Brazil.

Pelos portos do país, são quase 4 milhões de toneladas embarcadas anualmente, quase

um terço de tudo o que se produz no país.

O Brasil continua liderando as exportações mundiais de carne de frango, a

produção brasileira de carne de frango cresceu significativamente entre 2000 a 2014,

saltando de 916 mil toneladas em 2000, para mais de 4 mil toneladas em 2014, seguido

muito de perto pelos EUA que deverão fechar o ano com 3.297 mil toneladas

exportadas, também de acordo com os dados do USDA.

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O país alcançou um patamar ímpar quando o assunto é sanidade. Nunca houve

qualquer registro de Influenza Aviária em território brasileiro – o único país com este

status dentre os grandes produtores avícolas.

Toda a produção é acompanhada por um complexo e detalhado programa do

Ministério da Agricultura brasileiro, o Programa Nacional de Controle de Resíduos e

Contaminantes (PNCRC), que avalia os autocontroles adotados pelas indústrias

avícolas.

Gráfico 40: Relação Produção x Exportação x Importação

Figura 48 – Relação Produção x Exportação x Importação

Fonte: ABPA

Segundo projeções do MAPA para os próximos dez anos (2014-2024), a produção

brasileira de carne de frango representará mais da metade das carnes produzidas no país

em cinco anos (2019), superando a produção da carne bovina somada à suína.

Figura 49 – Relação de Comparativo de Exportação de Carnes de frango e outras carnes

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65

Fonte: ABPA

O Tocantins segue acompanhando o crescimento do setor, sendo a segunda

atividade zootécnica do Estado, com um plantel de 7.223.820 de aves, 4,8 milhões de

criatórios em sistema de confinamento, 2,5 milhões na produção familiar.

(SEAGRO/2013).

A produção de carne de frango (com inspeção) no Tocantins cresceu 159,91%

num comparativo entre os anos de 2007/2008, de acordo com relatório anual da UBA -

União Brasileira de Avicultura, divulgado na primeira semana de junho. O desempenho,

o melhor entre os estados brasileiros, é reflexo da política de fortalecimento da indústria

por meio de incentivos fiscais e assistência técnica do governo estadual.

A recente evolução relativa da produção de ave no Estado, no triênio 2005 a 2007,

a qual apresentou um crescimento (36,9%) superior à média nacional (10,2%), vem

reforçar a região como nova fronteira de tendência de crescimento do sistema

agroindustrial de frango de corte. Em 2010 o Tocantins atingiu o volume de 8.031.643

aves abatidas e em 2009 o Estado conseguiu alcançar a marca de 14.046.321 frangos

abatidos através do SIF (MAPA, 2011).

Assim, em 2004 havia 1.329.000 frangos de corte alojados/ciclo no Tocantins. Em

2006 esse número subiu para 1.853.300 aves, em 2008 foi para 2.145.800 e em 2009

para 2.700.000 frangos. Atingiu recorde em 2010 com 3.540.000 aves alojadas/ciclo e

106 granjas cadastradas, distribuídas nas regiões central e norte do Estado. Em 2014,

este número já era de 5.458.000 de aves/alojadas.

Regiões Produtivas no Estado

Os municípios onde se encontram as granjas e integradoras no Estado do

Tocantins são: Adrianópolis, Angico, Araguaína, Barrolândia, Cachoeirinha, Chapada

de Areia, Darcinópolis, Fatima, Luzinópolis, Miracema do Tocantins, Muricilândia,

Nazaré,, Palmeiras do Tocantins, Pium, Porto Nacional, Pugmil, Santa Fé do Tocantins,

Tocantinópolis, Wanderlândia.

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Figura 50 – Mapa com Municípios com Sistema de Integração de engorda de frangos

Fonte: SEAGRO/2015

Mercado para carne de frango

De acordo com VOILÀ & TRICHES (2013), o aumento do consumo per capita da

carne de frango está ligada a quatro fatores básicos: 1) substituição das carnes

vermelhas, principalmente pela crescente preocupação com a saúde, melhores hábitos

alimentares e ordem ambiental; 2) melhor coordenação da cadeia agroindustrial do

frango de corte e desenvolvimento de novos produtos e marcas, aliadas ao baixo preço

relativo às outras carnes (por exemplo, carne bovina e carne suína); 3) aceitação da

carne de frango pela maioria da população; e 4) ganhos de produtividade na

agroindústria do frango de corte em relação às melhorias tecnológicas e sanitárias.

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Figura 51 – Relação do Consumo Per Capita de Carne de Frango

Fonte: IBGE

No ano de 2012, o país consumiu 76,82% do total produzido, ou seja, 8.860,02

mil toneladas de carne de frango foram comercializadas dentro do país, ressaltando a

importância do produto para alimentação brasileira e evidenciando seu potencial para o

crescimento das exportações (SECEX/MIDIC/ALICEWEB, 2013).

Agroindústrias e Integradoras

As agroindústrias se responsabilizam pelo fornecimento de insumos (como aves

para engorda, rações, medicamentos e demais insumos) e pela compra das aves junto os

criadores, concentrando assim a oferta de aves.

Dados do Sistema Informatizado da Agência de Defesa Agropecuária do Estado

do Tocantins (ADAPEC) revelam que existem três empresas integradoras no Estado.

Duas localizam-se na região norte e uma na região central do Estado, totalizando 106

parceiros integrados até 2010 e mais de 20 municípios com avicultura industrial. Estas

empresas integradoras acabam trazendo trabalho, renda e desenvolvimento às regiões

em que são instaladas.

Uma das indústrias integradoras tem sua produção concentrada na região norte do

Estado e contava até 2010 com 60 granjas integradas instaladas nos municípios de

Aguiarnópolis, Angico, Araguaína, Cachoeirinha, Darcinópolis, Luzinópolis,

Muricilândia, Nazaré, Santa Terezinha, Palmeiras do Tocantins, Tocantinópolis e

Wanderlândia. Possui sede em Tocantinópolis, onde também possui uma fábrica de

ração produzindo 12.000 a 13.000 toneladas de ração por mês, além de um incubatório

de ovos instalado no município de Araguaína (os ovos são oriundos do matrizeiro em

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68

Brasília/DF) e um abatedouro de aves com Serviço de Inspeção Federal (SIF) em

Aguiarnópolis com capacidade diária de abate de 150.000 aves, que se encontra com as

atividades suspensas desde 2010.

A segunda empresa tem sua produção concentrada na região central do Estado e

se distribui nos municípios de Barrolândia, Chapada de Areia, Fátima, Miracema do

Tocantins, Monte Santo do Tocantins, Paraíso do Tocantins, Pium, Porto Nacional e

Pugmil. Contava em 2010 com 27 parceiros integrados e está instalada em Paraíso do

Tocantins, onde também possui uma fábrica de ração e um abatedouro de aves com SIF

em atividade. Conforme RODRIGUES et al. (2009), em 2007, a compra de máquinas e

equipamentos, principalmente de refrigeração, possibilitou que a empresa ampliasse

ainda mais sua capacidade de abate, passando de 25.000 para 40.000 aves dia, um

aumento de cerca de 60%.

A terceira indústria e mais recente, tem sede em Araguaína com granjas instaladas

na região norte do Estado, distribuídas nos municípios de Luzinópolis, Aguiarnópolis,

Araguaína, Santa Fé e Wanderlândia. Possuía 19 granjeiros integrados até 2010. Tem

uma fábrica de ração instalada em Araguaína e um matrizeiro de aves para postura em

Babaçulândia, com capacidade de 300.000 poedeiras. Os pintinhos fornecidos aos

integrados vêm do incubatório da indústria em Belém/PA. Assim, em 2004 havia

1.329.000 frangos de corte alojados/ciclo no Tocantins.

5.10 Cadeia Produtiva de Látex (seringueira)

Evolução da Produção de Látex

O látex é um material muito importante e largamente utilizado em diversos

objetos de usos cotidiano, podendo ser aplicada em diversos materiais como

preservativos, luvas cirúrgicas, e pneumáticos.

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Figura 52 – Produção Látex coagulado (toneladas)

Fonte: IBGE, Censo Agrícola, Produção Agrícola Municipal.

Observa-se que a produção de látex no Brasil vem aumentando, apresentando um

crescimento de 85,51% em 10 anos. Os estados do MATOPIBA representam o segundo lugar

na produção nacional com 50.505 toneladas de borracha natural.

Figura 53 – Ranking dos Estados na Produção de Látex (toneladas)

Fonte: IBGE

O gráfico abaixo mostra a evolução no plantio de seringueira na região do

MATOPIBA e em destaque o estado do Tocantins, que apresentou uma queda

significativa em sua área.

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70

Figura 54 – EVOLUÇÃO DO PLANTIO DE SERINGUEIRA (TONELADAS)

Fonte: IBGE

Na tabela 19, observa-se a produção anual de borracha natural coagulada, a área

plantada e colhida, e produtividade média dos estados que se destacam na produção.

Tabela 22 – Produção Anual, Área Plantada e Produtividade, 2014.

Produção (Mil

ton)

Área Plantada (Mil

ha)

Produtividade

(Kg/ha)

MATOPIBA 50.505 35.521 1.422

SP 185.274 61.642 3.006

MG 22.916 9.375 2.445

MT 27.857 39.392 708

TO 173 56 3.090 Fonte: IBGE

Na avaliação individual o Tocantins apresenta a maior produtividade por área,

apontando que existe a possibilidade de obter altos índices de rendimento coma adoção

de tecnologias aplicada ao plantio, colheita e utilização de material genético adaptado às

condições edafoclimáticas.

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71

Principais municípios/regiões com produção no Tocantins

O gráfico abaixo indica os municípios com maior índice de Produção do estado.

Figura 55 – Evolução Da Área Colhida De Borracha Natural (Mil Toneladas)

Fonte: Mapeamento SEBRAE/2013/2014

Principais mercados para o látex

Os principais mercados consumidores dos produtos da cadeia de borracha são:

hospitalar/farmacêutico – brinquedos – vestuário – calçados – construção civil –

maquinário agrícola/industrial – autopeças. A indústria de pneumáticos consome quase

três quartos da borracha produzida no mundo.

Principais Agroindústrias

Não existem usinas de beneficiamento no Estado. O látex produzido é

comercializado com empresas principalmente do estado de São Paulo e Goiás, que

buscam o material nas propriedades rurais.

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72

5.11 Eucalipto

Evolução da Área Plantada de Eucalipto

O setor florestal tem importância como fornecedor de energia ou matéria-prima

para a indústria da construção civil e de transformação.

Em se tratando de florestas plantadas o Eucalipto tem destaque significativo entre

as demais espécies exploradas. Segue gráfico abaixo:

Figura 56 – Florestas Plantadas no Brasil (2014)

Fonte: IBGE

O eucalipto é responsável por 93,5% da área de florestas plantadas no estado do

Tocantins, com 134.352 hectares, o ano de 2014, o que representa uma área 76% maior

do que a registrada em 2011, quando o estado tinha aproximadamente 76 mil hectares

plantados, de acordo com a Secretaria Estadual da Agricultura e Pecuária (SEAGRO).

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73

Figura 57 – Áreas de Florestas Plantadas no Tocantins (hectare)

Fonte: Mapeamento SEBRAE/2013/2014

GRÁFICO 49 – EVOLUÇÃO DAS ÁREAS DE EUCALIPTO NO TOCANTINS

(HECTARES)

Figura 58 – Evolução das Áreas de Eucalipto no Tocantins (hectare)

Fonte: Mapeamento SEBRAE/2013/2014

O Estado do Tocantins tem potencial para se tornar um dos líderes no segmento

de florestas plantadas, alcançamos o maior índice médio de produtividade (40m³/ha/

ano), superando países líderes no mercado.

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74

Figura 59 – Produtividade do Eucalipto (m³/ha/ano).

Fonte: OLIVEIRA

Principais municípios/regiões com produção

Os plantios com eucalipto no Tocantins são encontrados em 63 dos 139

municípios do Estado. Cerca de 67% dos plantios com eucalipto concentram-se em 10

municípios principais, conforme pode ser observado na tabela abaixo.

Tabela 23 – Plantios de Eucalipto no Tocantins em 2014 (hectares)

Municípios Área (ha) %

Brejinho de Nazaré 18.421 14

São Bento do Tocantins 16.980 13

Araguaína 9.236 7

Goiatins 9.128 7

Crixás do Tocantins 7.415 5

Ananás 7.160 5

Palmeirante 6.364 5

Wanderlândia 5.754 4

Dueré 5.000 4

Aliança do Tocantins 4.309 3

Outros 44.585 33

Total 134.352 100 FONTE: Mapeamento SEBRAE 2013/2014

A região com maior concentração de plantios é a do Bico do Papagaio (norte).

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Figura 60 – Plantios de Eucalipto por Microrregião/Tocantins em 2014 (hectare)

FONTE: Mapeamento SEBRAE 2013/2014

Principais mercados para o Eucalipto

O eucalipto pode ser usado para diversos fins, entre elas, na produção de óleos

essenciais; produtos apícolas, celulose e papel, madeira serrada, postes e moirões,

laminados, painéis, carvão e lenha.

Os plantios de Eucalipto no Tocantins são relativamente recentes e a principal

utilização atual da madeira é no mercado regional para geração de energia (associada

principalmente à secagem de grãos), produção de carvão para fins siderúrgicos e

madeira tratada (moirões de cerca), em todos os casos ainda em pequena escala.

Companhia de comercialização/agroindústria do Eucalipto

Existe perspectiva de implantação de três empresas nas Regiões Centro Norte,

Centro Sul e Sul do Estado com a finalidade da produção de celulose.

5.12 Bioenergia

Evolução da Produção de Etanol e biodiesel

Os biocombustíveis, para o setor de transporte, apresentam uma ótima alternativa

dentro da política energética na redução das emissões de gás carbônico. O Brasil é o

líder na produção de etanol extraído da cana-de-açúcar.

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76

Figura 61 – Produção Biodiesel e Etanol no Brasil, em m³.

Fonte: Anuário Estatístico de Agroenergia

Evolução da Área Plantada de Cana-de-Açúcar

A área plantada com a lavoura da cana-de açúcar no estado do Tocantins

apresentou um crescimento 12 vezes superior ao do Brasil, comparando o mesmo

intervalo de tempo, como mostram os gráficos abaixo:

Figura 62 – Evolução da Área Plantada com Cana-de-açúcar no Brasil (Toneladas)

Fonte: IBGE

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Figura 63 – Evolução da Área Plantada com cana-de-açúcar no Brasil (toneladas)

Fonte: IBGE

Em relação à produtividade a cana-de-açúcar apresentou na safra 2013/2014 um

incremento na ordem de 3,41% o que equivale a 731.503 toneladas se comparado a

safra anterior.

Figura 64 – Produtividade da cana-de-açúcar (toneladas)

Fonte IBGE

Principais municípios/regiões com produção de Etanol

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Dentre a Região Norte/Nordeste, o Tocantins foi o estado que mais evoluiu na

produção de Etanol, ficando à frente Do Ceará, Bahia e Pará. O município de Pedro

Afonso é o que tem o maior plantio no estado, devido a implantação da usina de etanol

da BUNGE.

Tabela 24 – Produção de Etanol (m³)

ESTADOS/SAFRA

2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 2014/2015

ACRE 1.489 2.681 4.101 5.009 0

RONDONIA 10.763 12.416 8.763 10.759 12.596

AMAZONAS 7.140 6.432 4.046 4.874 2.918

PARÁ 22.959 39.017 32.863 38.188 40.949

TOCANTINS 16.488 111.202 157.047 196.115 175.985

MARANHÃO 181.788 177.204 159.934 167.953 179.610

PIAUÍ 35.497 37.478 32.837 31.923 32.503

CEARÁ 2.545 8.392 3.976 9.000 9.129

R. G. NORTE 82.878 105.673 71.549 56.939 88.715

PARAIBA 297.858 357.490 305.359 338.818 420.619

PERNAMBUCO 385.172 357.606 272.451 316.059 349.871

ALAGOAS 716.049 672.788 540.951 510.538 556.735

SERGIPE 103.354 132.910 97.596 105.679 140.745

BAHIA 127.334 117.917 155.221 174.480 240.402

REGIÃO NORTE-NORDESTE 1.991.314 2.139.206 1.846.694 1.966.334 2.250.777

Fonte: ANP

Comportamento de área colhida de Cana de Açúcar

A colheita da cana foi iniciada no ano de 2010, para consumo da usina da

BUNGE conforme gráfico abaixo:

Figura 65 – Área colhida de Cana-de-açúcar na região de Pedro Afonso

Fonte: IBGE, A Área plantada, área colhida, quantidade produzida e valor da

produção da lavoura temporária e permanente.

0

2,000

4,000

6,000

8,000

10,000

12,000

14,000

16,000

18,000

20,000

Pedro Afonso

Tupirama

Bom Jesus de Tocantins

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Principais mercados para o Etanol e Biodiesel

A exportação é o principal mercado para o setor das biomassas renováveis. O

Brasil é um dos maiores produtores mundiais e o maior exportador de etanol.

Atualmente, o etanol brasileiro representa a melhor e mais avançada opção para a

produção sustentável de biocombustíveis em larga escala no mundo. O país ocupa o

segundo maior mercado mundial de Biodiesel, somente atrás da Alemanha, que produz

e consome biodiesel há muito mais tempo.

Principais Agroindústrias

O setor de biocombustíveis visa divulgar as políticas públicas, referentes aos

programas nacionais e estaduais relacionados à produção de biocombustíveis, tais

como: o Programa Nacional de Produção de Biodiesel - PNPB e o Selo Combustível

Social. E ainda, visa fomentar e monitorar a produção de biocombustíveis no estado.

Tabela 25 – Autorização para operação e comercialização – ANP

Autorização para Operação e Comercialização – ANP

2011 2014

Biotins (Paraíso do Tocantins) 81 m3/dia 360 m

3/dia

Brasil Ecodiesel (Porto Nacional) 81 m3/dia 360 m

3/dia

Fonte: ANP

Tabela 26 – Evolução das entregas de Biodiesel das unidades produtoras

Entregas de biodiesel das unidades produtoras referentes aos leilões ANP

Unidade Produtora Município 2011 2012 2013 2014 (até

agosto)

Brasil Ecodiesel Porto Nacional 87.519 18.403 - -

V-Biodiesel Porto Nacional - 43.918 - -

Granol Porto Nacional - - 42.201 33.057

Biotins Paraíso do TO - 13.153 1.346 - Fonte: ANP

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6. SUPORTE PARA PRODUÇÃO DAS CADEIAS PRODUTIVAS

6.1 Jazidas de calcário/fosfato

O Estado possui jazidas e indústrias de calcário e fosfato, conforme mapa de

localização e tabela abaixo:

Figura 66 – Localização das jazidas calcário/fosforo do Estado do Tocantins

Fonte: SEAGRO 2014

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Tabela 27 – Relação das Empresas/Indústrias de calcário no Estado do Tocantins

Bandeirantes Caltins Calcário

Tocantins LTDA Grupo Estrondo Calcário

356.235,00

ton/ano Ativa

Couto

Magalhães

Mineradora

Roncador S/A

Wesley [email protected]

om.br

Calcário

16.095,00 ton/ano

Ativa

Dianópolis Sarp Mineração

LTDA Grupo Bambuí Calcário

76.526,00

ton/ano Ativa

Formoso do

Araguaia

Mineração Rio

Formoso Grupo Tocantins Calcário

52.235,00

ton/ano Ativa

Guaraí Calcário Guaraí Formação Pedra de Fogo Calcário -- Ativa

Lagoa da

Confusão

Calcário Cristalândia

LTDA

Grupo Tocantins

Ricardo Vasconcelos

[email protected].

br

Calcário

150.000

ton/ano Ativa

Natividade Nativa Grupo Natividade Calcário 109.378,00

ton/ano Ativa

Natividade Natical

Grupo Natividade Calcário

143.102,00

ton/ano

Ativa

Natividade Nacal Grupo Natividade Calcário

-- Ativa

Novo Jardim Calcário Dianópolis Grupo Bambuí Calcário 150.000

ton/ano Ativa

Novo Jardim

Sarp Mineração

Grupo Bambuí

Calcário -- Ativa

Palmeirópolis

Mineradora Serra

Dourada

Grupo Serra da Mesa

Calcário --

Ativa

Rio da

Conceição

Fugita Mineração

Grupo Bambuí

Calcário

920,00 ton/ano

Ativa

Rio da

Conceição

CMOB

Grupo Bambuí

Calcário -- Ativa

Taguatinga

Calcário Taguatinga

LTDA

Grupo Bambuí

Calcário

200.000

ton/ano

Ativa

Taguatinga

Nativo Mineradora

Grupo Bambuí

Calcário

30.028,00 ton/ano

Ativa

Xambioá

Min. Vale do

Araguaia

Grupo Estrondo Calcário -- Ativa

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6.2 Logística

Um dos principais gargalhos para a produção no estado do Tocantins é a distância

dos maiores mercados consumidores, tornando a produção do estado cara e não

competitiva, as soluções estão nos investimentos de melhoria das rodovias, da

consolidação da ferrovia norte-sul e na implantação de um sistema de hidrovia. Segue

abaixo, tabelas e gráficos destes 03 modais de logística.

Figura 67 – Situação do Modal rodoviário do Estado do Tocantins

Fonte: SEPLAN/Governo do Estado

Figura 68 – Estágio de construção Ferrovia Norte/Sul

Fonte: VALEC/Governo Federal

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83

Figura 69 – Hidrovia do Rio Tocantins

Fonte: SEAGRO/SEPLAN/GOVERNO DO ESTADO

Figura 70 – Comparativo de vantagem logística do porto de Itaqui em relação a outros

portos do país.

Fonte: SEAGRO/SEPLAN/GOVERNO DO ESTADO

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6.3 Ensino/qualificação profissional

Segundo dados do CREA (Conselho Regional de Engenheiros e Agrônomos)

existem no estado 917 engenheiros agrônomos, e do CRV (Conselho Regional de

Veterinária) 1.211 veterinários. Nas universidades são ofertadas 500 vagas para

profissões ligadas ao meio rural, como engenheiros agrônomos, veterinários,

zootecnistas e outros. Conforme gráfico abaixo, existe dois modelos de qualificação, o

ensino técnico com 42 escolas técnicas, entre elas as escolas técnicas agrícolas (estadual

e federal) e o ensino superior a partir das universidades particulares e publica (estadual e

federal).

Figura 71 – Localização das Instituições de ensino no Estado do Tocantins

Destaca-se no estado em fase de implantação do Centro Nacional de pesquisas de

pesca e aquicultura e sistemas agrícolas, como também os centros já instalados da

UNITINS Agro e da UFT (Universidade Federal do Tocantins).

6.4 Perímetros irrigados

O estado do Tocantins apresenta o maior potencial irrigação do brasil, com

aproximadamente com a capacidade de irrigar 4.8 milhões de hectares, sendo 1 milhão

de irrigação nas várzeas do estado, conforme gráfico abaixo:

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85

Figura 72 – Potencial de Irrigação no Estado do Tocantins.

Fonte: Ministério Integração Nacional/Governo Federal

O mapa abaixo apresenta os projetos hidroagrícolas existentes no Estado e sua

localização.

Figura 73 – Localização dos Projetos Hidroagrícolas

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86

Tabela 28 – Ocupação dos Projetos de Irrigação

Projeto Lotes para Pequenos

Produtores Lotes Empresariais

Projeto São João Disponíveis Ocupados Disponíveis Ocupados

326 325 38 36

Projeto Manuel Alves 199 133 14 13

Projeto Gurita 0 0 11 11

Projeto Sampaio* 63 0 35 0

Fonte: SEAGRO/2014.

Figura 74 – Evolução das obras de Perímetros Irrigados até 2014.

Fonte: SEAGRO/Governo Estadual

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87

Projeto Gurita: com a disponibilidade financeira para realização da

manutenção e reforma dos equipamentos de uso comum foi possível finalizar as

obras, para posteriores testes junto aos técnicos do Ministério da Integração

Nacional;

Projeto Rio Manuel Alves: com a disponibilidade financeira advinda de

recursos do governo federal está sendo possível a finalização das obras civis e

continuidade das atividades de gestão integrada e meio ambiente.

O Projeto Rio Sobrado - eixo 20 e o Projeto Chapada de Natividade – eixo

01: desenvolveram os serviços contratados, devido à disponibilidade financeira

advinda de recursos do governo federal, através de convênio;

Revitalização do Projeto Rio Formoso (novo projeto): atualização dos estudos

de viabilidade, elaboração do projeto executivo e obtenção do certificado de

avaliação da sustentabilidade da obra hídrica (certoh).

6.5 Difusão Agrotecnológica

A Feira de Tecnologia Agropecuária - Agrotins tem por objetivo divulgar e

transferir ao setor produtivo conhecimentos sobre pesquisa agropecuária e industrial,

bem como promover a comercialização de produtos e serviços que contribuam para o

desenvolvimento sustentável do agronegócio regional.

A Feira AGROTINS, maior evento de tecnologia agropecuária da região norte do

país, já está na sua 15º edição. Este evento vem apresentando um crescimento anual, no

que tange ao tamanho da feira, número de expositores participantes do evento, público

visitante e montante de negócios.

Em 2015, estima-se um volume de negócios foi de R$ 606 milhões, conforme

pode ser visualizado no Gráfico abaixo, segue a evolução da feira até 2014.

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Figura 75 – Volume de Negócios (ano)

Fonte: Seagro/Governo do Estado.

A AGROTINS atingiu um público de visitantes em 2014, o que corresponde a

um crescimento de 31,93%, se comparado com o que foi alcançado em 2011. A respeito

do número de expositores, ressalta-se que neste último evento alcançou um crescimento

de 19,63%, se comparado com o início da gestão (2011), conforme pode ser visualizado

no gráfico a seguir.

Figura 76 – Número de Expositores

Fonte: SEAGRO/Governo do Estado

6.6 Plano de Agricultura de Baixo Carbono

O Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC - TO), que também é

chamado de Plano Estadual de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para

a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura, tem

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89

como objetivo levar ao setor produtivo conhecimentos tecnológicos gerados pela

pesquisa agropecuária para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de

Carbono na Agricultura, visando o desenvolvimento sustentável do agronegócio

regional e o cumprimento das metas estabelecidas para o estado do Tocantins no que diz

respeito ao Plano ABC Nacional. (Fonte: SEAGRO/relatório anual 2014)

Para o estado foram firmados os seguintes compromissos (até 2020), no que tange

aos programas do Plano ABC:

Tabela 29 – Compromissos do Programa do Plano ABC (até 2010)

Programas Compromisso (milhões

de ha)

Potencial de mitigação

(milhões Mg CO2 eq)

Participação

(%)

Recuperação de

pastagens

degradadas

1,2 6,4 a 8 8%

Integração

lavoura-

pecuária-

floresta

0,2 1,1 a 1,3 6%

Sistema plantio

direto

0,4 0,7 a 0,9 4%

Fixação

biológica de

nitrogênio

0,2 0,3 3%

Florestas

plantadas

0,3 - 11%

Tratamento de

dejetos animais

0,03 0,04 1%

Total - 8,5 a 10,5 - Fonte: SEAGRO/2014

Em 2011, no Tocantins o Plano ABC encontrou um ambiente favorável para sua

implantação, já que existia uma Politica Estadual sobre Mudanças Climáticas, Lei nº

1.917, 17/04/2008 e um Comitê Técnico Gestor da Produção Integrada de Sistemas

Agropecuários (CTG-PISA/TO) que incentivava ações dentro das linhas temáticas que

foram precursoras do Plano ABC.

A oficialização do Plano, no estado do Tocantins, deu-se por meio do decreto n°

5.000, de 21 de fevereiro de 2014, bem como, a existência do grupo gestor ABC-TO, o

qual é composto por 22 instituições, a atual situação das metas até 2020 é a seguinte:

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90

Tabela 30 – Metas do Programa do Plano ABC (até 2020)

Programas Compromisso estadual

(milhões de ha)

Compromisso

alcançado (milhões de

ha) em 2014

Compromisso

alcançado

(%)

Recuperação de

pastagens

degradadas

1,2 0 0,0%

Integração

lavoura-

pecuária-

floresta

0,2 0,03 17,2%

Sistema plantio

direto

0,4 0,20 49,8%

Fixação

biológica de

nitrogênio

0,2 0,39 197,2%

Florestas

plantadas

0,3 0,08 25,3%

Tratamento de

dejetos animais

0,03 0 0,0%

Fonte: SEAGRO/2014

6.7 Armazenagem

A Companhia de Armazenamentos Gerais e Silos do Estado do Tocantins –

Casetins encontra-se em processo de Liquidação, porém para dar-se concluído esse

processo, muitas ações são necessárias em relação à regularização dos registros

imobiliários dos Armazéns. Por tratar-se de antigos imóveis, muitos terrenos onde se

encontram os armazéns não possuem existência de matrícula ou algum documento que

comprove a posse dos referidos imóveis e terrenos.

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91

Figura 77 – Munícipios com/sem Regularização Fundiária

Fonte: SEAGRO/2014

Tabela 31 – Municípios com imóveis transferidos e com futuras regularizações

Municípios com imóveis transferidos Futuras regularizações cartorárias

Brejinho de Nazaré, São Valério, Dueré,

Guaraí, Pium, Porto Nacional,

Figueirópolis, Formoso do Araguaia,

Goiatins, Palmeirópolis, Paraíso do

Tocantins e Peixe.

Silvanópolis, Alvorada, Araguaína,

Colinas, Combinado, Itaporã,

Tocantinópolis, Gurupi, Augustinópolis,

Pindorama, Arapoema, Miracema do

Tocantins e Campos Lindos.

Fonte SEAGRO/2014

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92

Para isso, alguns armazéns que antes estavam em nome da antiga Companhia de

Armazéns Gerais e Silos do Estado do Goiás - Casego foram patrimoniados em nome

do Governo do Estado do Tocantins. Essas ações envolvem o corpo técnico da Casetins,

cartórios de Registro de imóveis, Procuradoria Geral do Estado do Tocantins e

Secretaria da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins (Órgão ao qual a Casetins

encontra-se vinculada).

Regularização cartorária dos demais armazéns e terrenos, que estão

localizados em: Silvanópolis, Alvorada, Araguaína, Colinas, Combinado, Itaporã,

Tocantinópolis, Gurupi, Augustinópolis, Pindorama, Arapoema, Miracema do

Tocantins e Campos Lindos.

A parte privada tem uma rede de armazéns que são cadastrados e certificados,

conforme tabela abaixo:

Município Empresa Localização Produtos

Cap. de

Produção Situação

(ton)

Araguaína

COALTO COM E

IND ALIMENTOS

DO TOCANTINS

LTDA

AV. RIO BANDEIRA

Nº 1751- DAIARA

DAIARA 77804-970

Convencional 670 Ativo

Araguaína

COALTO COM E

IND ALIMENTOS

DO TOCANTINS

LTDA

AV. RIO BANDEIRA

Nº 1751- DAIARA

DAIARA 77804970

Bateria de

Silos 2.284 Ativo

Araguaína

COMPANHIA

NACIONAL DE

ABASTECIMENTO

CONAB

AV FILADELFIA, Nº

4041 - BAIRRO

SENADOR – 77808-

420

Convencional 1.200 Ativo

Araguaína

MARCO ANTONIO

DE ALMEIDA

TROVO

RUA DAS

MANGUEIRAS, Nº

1213 77804-110

Silo 520 Ativo

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93

Município Empresa Localização Produtos Cap. de

Produção Situação

Araguaína

COALTO COM E

IND ALIMENTOS

DO TOCANTINS

LTDA

AV. RIO BANDEIRA

Nº 1751- DAIARA

DAIARA 77804-970

Silo 950 Ativo

Araguaína

COALTO COM E

IND ALIMENTOS

DO TOCANTINS

LTDA

AV. RIO BANDEIRA

Nº 1751- DAIARA

DAIARA 77804-970

Convencional 670 Ativo

Araguaína

COALTO COM E

IND ALIMENTOS

DO TOCANTINS

LTDA

AV. RIO BANDEIRA

Nº 1751- DAIARA

DAIARA 77804-970

Bateria de

Silos 2.284 Ativo

Araguaína

COMPANHIA

NACIONAL DE

ABASTECIMENTO

CONAB

AV FILADELFIA, Nº

4041 - BAIRRO

SENADOR – 77808-

420

Convencional

1.200 Ativo

Araguaína

MARCO ANTONIO

DE ALMEIDA

TROVO

RUA DAS

MANGUEIRAS, Nº

1213 - 77804-110

Convencional 3.375 Ativo

Araguaína SANTA IZABEL

ALIMENTOS LTDA

AV. PERIMENTRAL

Nº 455 - QD. 03, LOT.

18 DAIARA – 77804-

970

Bateria de

Silos 3.686 Ativo

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94

Município Empresa Localização Produtos

Cap. de

Produção

(ton)

Situação

Barra do Ouro

INDUSFLORA

PRODUTOS

FLORESTAIS LTDA

ROD. TO 425 KM 40 -

77765-000 Bateria de Silos 6.380 Ativo

Campos Lindos

BUNGE ALIMENTOS

S/A

FAZ. PANAMBI SERRA

DO CENTRO S\N

- 77.777-000

Bateria de Silos 12.823 Ativo

Campos Lindos CARGILL AGRÍCOLA

S/A

ROD MUNIC FAZ BELA

VISTA LTS 30 E 40 S/N Graneleiro 29.420 Ativo

Campos Lindos SERRA CENTRO ARMS

GERAIS LTDA

ROD MUNICIPAL SERRA

CENTRO - 77777-000 Bateria de Silos 13.610 Ativo

Campos Lindos

UNIGGEL AGROIND

DE ALGODÃO LTDA

EST C LINDOS /BATAVO

KM 40 FAZ CAB VERD

- 77777-000

Convencional

1.458

Ativo

Campos Lindos

UNIGGEL AGROIND

DE ALGODÃO LTDA

EST C LINDOS /BATAVO

KM 40 FAZ CAB VERD

77777-000

Bateria de Silos

3.580

Ativo

Campos Lindos

UNIGGEL AGROIND

DE ALGODÃO LTDA

EST C LINDOS /BATAVO

KM 40 FAZ CAB VERDE

77777-000

Graneleiro

4.620

Ativo

Campos Lindos

UNIGGEL AGROIND

DE ALGODÃO LTDA

EST C LINDOS /BATAVO

KM 40 FAZ CAB VERD

- 77777-000

Bateria de Silos

3.580

Ativo

Cariri do

Tocantins

AGRO INDUSTRIAL DE

CEREAIS VERDES

CAMPOS S/A

BR 153, KM 672

- 77.453-000

Convencional

4.173

Ativo

Cariri do

Tocantins

AGRO INDUSTRIAL DE

CEREAIS VERDES

CAMPOS S/A

BR 153, KM 672

- 77.453-000 Bateria de Silos 750 Ativo

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95

Município Empresa Localização Produtos

Cap. de

Produção

(ton)

Situação

Cariri do

Tocantins

AGRO INDUSTRIAL DE

CEREAIS VERDES

CAMPOS S/A

BR 153, KM 672 –

77.453-000 Bateria de Silos 1.041 Ativo

Cariri do

Tocantins

AGRO INDUSTRIAL DE

CEREAIS VERDES

CAMPOS S/A

BR 153, KM 672 –

77.453-000 Bateria de Silos 1.297 Ativo

Cariri do

Tocantins

AGRO INDUSTRIAL DE

CEREAIS VERDES

CAMPOS S/A

BR 153, KM 672, -

77.453-000

Bateria de Silos 750 Ativo

Cariri do

Tocantins

ALVES RIBEIRO E

MARTINS LTDA - ME

ROD. BR 153, KM 680 -

77402-970 Convencional 17.052

Ativo

Cariri do

Tocantins

BUNGE ALIMENTOS

S.A.

TODOVIA BR 153, Km

716 ZONA RURAL

77453000

Bateria de Silos 32.198 Ativo

Cariri do

Tocantins

DOM BOSCO ARMS

GERAIS LTDA

ROD BR 153 KM 659 -

77453-000 Convencional 17.000 Ativo

Cariri do

Tocantins

LOS GROBO CEAGRO

DO BRASIL S.A.

RODOVIA BR 153, Km

660 - LOTE 23 A ZONA

RURAL - 77450000

Bateria de

Silos

24.760 Ativo

Chapada da

Natividade

LUCAS JOHANNES

MARIA IERNOUTS

FAZENDA BOM

PROGRESSO -

77.378-000

Silo 2.329 Ativo

Chapada da

Natividade

LUCAS JOHANNES

MARIA IERNOUTS

FAZENDA BOM

PROGRESSO -

77.378-000

Convencional 1.727 Ativo

Cristalândia ARMAZEN BARRA DO

DIA

ESTRADA CIPO KM 38 -

00.000-000 Convencional 1.800 Ativo

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96

Município Empresa Localização Produtos

Cap. de

Produção

(ton)

Situação

Cristalândia

EDVANIA RIBEIRO -

BOA VISTA ARMS

GERAIS LTDA

AVENIDA CONTORNO

Nº 731

Convencional 3.564 Ativo

Cristalândia

EDVANIA RIBEIRO -

BOA VISTA ARMS

GERAIS LTDA

AVENIDA CONTORNO

Nº 731 77490-000 Convencional 12.262 Ativo

Cristalândia

IMPERADOR AGRO-

INDUSTRIAL DE

CEREAIS S/A

ROD TO 262 KM 102 -

BARREIRA DA CRUZ -

77490-000

Bateria de

Silos 9.870 Ativo

Dianópolis AGRÍCOLA SETE

CAMPOS LTDA.

RODOVIA DA SOJA -

GARGANTA, KM 65

ZONA RURAL –

77300-000

Bateria de

Silos 12.925 Ativo

Dianópolis AGRÍCOLA SETE

CAMPOS LTDA.

RODOVIA DA SOJA -

GARGANTA, KM 65

ZONA RURAL – 77300-

000

Graneleiro 35.112 Ativo

Dianópolis LUIZ MARCOM

CARASSA

RUA BAHIA, 276 -

77300-000

Silo 5.400 Ativo

Dueré

XAVANTE

AGROINDUSTRIAL DE

CEREAIS S/A

ROD DUERE/FORMOSO

KM 5 + 35 A DIR

- 77500-000

Bateria de

Silos

14.070 Ativo

Dueré

XAVANTE

AGROINDUSTRIAL DE

CEREAIS S/A

ROD DUERE/FORMOSO

KM 5 + 35 A DIR

- 77500-000

Convencional

2.386 Ativo

Figueirópolis

GRANOL INDÚSTRIA

COMÉRCIO E

EXPORTAÇÃO S.A.

AV. BERNARDO

SAYÃO CENTRO -

77465000

Graneleiro

40.000

Ativo

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97

Município Empresa Localização Produtos Cap. de

Produção

(ton) Situação

Formoso do

Araguaia

ARMS GERAIS

FORMOSO DO

ARAGUAIA LTDA

R SORROCA ESQ RUA

JABURU QD A LT 04

- 77470-000

Bateria de

Silos

16.000 Ativo

Formoso do

Araguaia

ARMS GERAIS LAGOA

GRANDE LTDA

RUA SORROCA

QUADRA E MODULO 1

N

- 77470-000

Convencional

2.531 Ativo

Formoso do

Araguaia

CALUMBI ARMS

GERAIS LTDA

AV PAULO PARRIAO -

QUADRA 31 E 32 S/Nº -

77470-000

Convencional

9.900 Ativo

Formoso do

Araguaia

CEREAIS VALE DO

JAVÃES

AGROINDUSTRIAL S/A

RODOVIA BR 242 KM

483 - 77.470000 Convencional

2.250 Ativo

Formoso do

Araguaia

CEREAIS VALE DO

JAVÃES

AGROINDUSTRIAL S/A

RODOVIA BR 242 KM

483 - 77.470000 Convencional

2.250 Ativo

Formoso do

Araguaia

CEREAIS VALE DO

JAVÃES

AGROINDUSTRIAL S/A

RODOVIA BR 242 KM

483 - 77.470000

Bateria de

Silos

2.150 Ativo

Formoso do

Araguaia

CEREAIS VALE DO

JAVÃES

AGROINDUSTRIAL S/A

RODOVIA BR 242 KM

483 - 77.470000

Bateria de

Silos

16.369 Ativo

Formoso do

Araguaia

COBRAPE-CIA BRAS

AGROP S/A

FAZENDA PANTANAL

DE CIMA 77470-000

Bateria de

Silos 36.450 Ativo

Formoso do

Araguaia

COMPANHIA

NACIONAL DE

ABASTECIMENTO

CONAB

EST DA FAZ DOS

RANCHOS 02 KM 25 Convencional

4.000

Ativo

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98

Município Empresa Localização Produtos Cap. de

Produção

(ton) Situação

Formoso do

Araguaia

COOPERFORMOSO-

COOP AGROINDL RIO

FORMOSO LTDA

PROJETO RIO

FORMOSO 1 ETAPA

- 77470-000

Bateria de

Silos

6.760

Ativo

Formoso do

Araguaia

COOPERFORMOSO-

COOP AGROINDL RIO

FORMOSO LTDA

PROJETO RIO

FORMOSO 1 ETAPA

- 77470-000

Convencional

2.038

Ativo

Formoso do

Araguaia

COOPERFORMOSO-

COOP AGROINDL RIO

FORMOSO LTDA

PROJETO RIO

FORMOSO 1 ETAPA

- 77470-000

Bateria de

Silos

17.010

Ativo

Formoso do

Araguaia

COOPERFORMOSO-

COOP AGROINDL RIO

FORMOSO LTDA

PROJETO RIO

FORMOSO 1 ETAPA

- 77470-000

Convencional

4.887

Ativo

Formoso do

Araguaia

COPERJAVA-COOP M

RUR VALE DO JAVAE

ROD TO 253 KM 45 -

77470-000

Bateria de

80.250

Ativo

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99

LTDA Silos

Formoso do

Araguaia

FUNDACAO

BRADESCO

ROD. TO 181 KM 30 -

77470-000

Silo

9.250

Ativo

Formoso do

Araguaia

JOÃO LENINE

BONIFÁCIO E SOUSA

AV. FORMOSO,

QUADRA 67, LOTE 07

- 77.470-000

Convencional

5.177

Ativo

Formoso do

Araguaia

SOALGO-SOC DE

ARMS GERAIS LTDA

AV JOAQUIM B DE

OLIVEIRA -

77.470-000

Convencional

42.412

Ativo

Formoso do

Araguaia

SOALGO-SOC DE

ARMS GERAIS LTDA

AV JOAQUIM B DE

OLIVEIRA -

77.470-000

Depósito

17.820 Ativo

Fortaleza do

Tabocão MULTIGRAIN S/A

ROD. BR 153, KM 347,5 -

LT. ALTAMIRA S\N -

77.708-000

Bateria de

Silos

11.146

Ativo

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100

Município Empresa Localização Produtos Cap. de

Produção

(ton) Situação

Guaraí ARMS DE CEREAIS

GUARAÍ

RUA DA

INDEPENDÊNCIA, Nº

3071 - 77700-000

Convencional 1.350 Ativo

Guaraí BUNGE ALIMENTOS

S/A

ROD. BR 153, KM 347

S/Nº - 77700000 Silo 15.401 Ativo

Gurupi ARMAZENADORA

GUERRA LTDA

RUA K LOTE O2

QUADRA 17 - BAIRRO

VALDIR LUIZ - 77400-

000

Convencional 32.400 Ativo

Gurupi

GARGELTINS-

GURUPI ARMS GER

DO TOCANTINS

LTDA

ROD TO 255 KM 0 -

SAIDA PARA PEIXE Graneleiro 39.020 Ativo

Gurupi

GARGELTINS-

GURUPI ARMS GER

DO TOCANTINS

LTDA

ROD TO 255 KM 0 –

SAIDA PARA PEIXE -

00.000-000

Convencional 6.480 Ativo

Itapiratins ETTORE FLAVIO

RICARDI

FAZENDA BELOS

MONTES 5 - GURITA

LT RURAL 76-

EXTREMA 11ª ETAPA

- 77.690000

Bateria de Silos 2.687 Ativo

Lagoa da

Confusão

AGV - ARMAZÉNS

GERAIS VITÓRIA

LTDA

RODOVIA TO 255 S/Nº

KM 02 -77.493-000 Convencional 10.614 Ativo

Lagoa da

Confusão

AGV - ARMAZÉNS

GERAIS VITÓRIA

LTDA

RODOVIA TO 255 S/Nº

KM 02 -77.493-000 Bateria de Silos 9.613 Ativo

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101

Município Empresa Localização Produtos Cap. de

Produção

(ton) Situação

Lagoa da

Confusão

ARMAZEM GERAIS

MORRO DA PEDRA

LTDA

ROD. TO 255, KM 90 -

MARGEM DIREITA -

77.493-000

Bateria de

Silos 15.530 Ativo

Lagoa da

Confusão

COOPERLAGO-

COOP DOS PROD

DE ARROZ DA

LAGOA

ROD. TO 255, km 91 -

ZONA SUBURBANA -

77.493-000

Bateria de

Silos

8.848 Ativo

Lagoa da

Confusão

COOPERLAGO-

COOP DOS PROD

DE ARROZ DA

LAGOA

ROD. TO 255, km 91 -

ZONA SUBURBANA -

77.493-000

Convencional

3.375 Ativo

Lagoa da

Confusão

DIAMANTE

AGROPECUARIA E

PARTICIPAÇÕES

S/A

FAZENDA DIAMANTE

S/N, TO 255, KM 127

- 77.493-000

Bateria de

Silos

4.289 Ativo

Lagoa da

Confusão

ENIO NOGUEIRA

BACKER

ROD TO 255 KM 102 -

FAZ LAGO VERDE o -

77493-000

Convencional

3.330 Ativo

Lagoa da

Confusão

FAZENDA DOIS

RIOS LTDA

FAZENDA DOIS RIOS

S\N - LOGRADOURO

DOIS

RIOS - 77.493-000

Bateria de

Silos

39.560 Ativo

Lagoa da

Confusão

HELIO MARTINS

COELHO

ROD. TO 255 KM 120 -

77000-000

Silo

1.590 Ativo

Lagoa da

Confusão

JOAO PAULO

GALVANGNI

ROD. TO 255. KM 88 -

77.493-000 Convencional

7.009 Ativo

Lagoa da

Confusão

LAGOVALE-COOP

AGROINDL DO

VALE DA LAGOA

LTDA

ROD TO 255 KM 90 -

TREVO -

LAGOA/DUERE. -

00.000-000

Convencional

7.875

Ativo

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102

Município Empresa Localização Produtos Cap. de

Produção

(ton) Situação

Lagoa da

Confusão

LAGOVALE-COOP

AGROINDL DO VALE

DA LAGOA LTDA

ROD TO 255 KM 90 -

TREVO - LAGOA/DUERE.

- 00.000-000

Bateria de

Silos

16.500

Ativo

Lagoa da

Confusão

LAGOVALE-COOP

AGROINDL DO VALE

DA LAGOA LTDA

ROD TO 255 KM 90 -

TREVO - LAGOA/DUERE.

- 00.000-000

Convencional

8.325

Ativo

Lagoa da

Confusão

COOPERLAGO-COOP

DOS PROD DE

ARROZ DA LAGOA

ROD. TO 255, km 91 -

ZONA SUBURBANA -

77.493-000

Convencional

3.375

Ativo

Lagoa da

Confusão

LUIZ ANTONIO

SANTOS ANJO

ROD. TO 374, SENTIDO

LAGOA DA CONFUSÃO A

DUERE, KM 15. - 77.493-

000

Bateria de Silos

3.327

Ativo

Lagoa da

Confusão

MARCELO PEDRO

DE MORAES

ROD. TO 255, KM 05 -

77.493-000 Convencional

2.610

Ativo

Lagoa da

Confusão

MARCELO PEDRO

DE MORAES

ROD. TO 255, KM 05 -

77.493-000 Bateria de Silos

520

Ativo

Lagoa da

Confusão

MIRANDA E

PEREIRA LTDA - ME

AV. VITORINO PANTA,

3455 - SETOR BRANDÃO

- 77.493-000

Convencional

3.736

Ativo

Lagoa da

Confusão

MIRANDA E

PEREIRA LTDA - ME

AV. VITORINO PANTA,

3455 - SETOR BRANDÃO

- 77.493-000

Bateria de Silos

5.790

Ativo

Lagoa da

Confusão

NELSON ALVES

MOREIRA FILHO

FAZENDA

BARREIRINHA, TO 255,

KM 50

- 77.493-000

Bateria de Silos

3.116

Ativo

Lagoa da

Confusão RUBENS RITTER

ROD TO 374 KM 14 -

PERTO DO RIO URUBÚ

- 77493-000

Bateria de Silos 3.930 Ativo

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103

Município Empresa Localização Produtos Cap. de

Produção

(ton) Situação

Lagoa da

Confusão

VICTOR RODRIGUES

DA COSTA

AV VITORINO PANTA Nº

723, 77493-000 Convencional 1.890 Ativo

Lagoa da

Confusão

YOLANDA BONOW

BUBOLZ

ROD TO 255 KM 89 -

ZONA RURAL - 77493-000 Bateria de Silos 3.140 Ativo

Lagoa da

Confusão

YOLANDA BONOW

BUBOLZ

ROD TO 255 KM 89 -

ZONA RURAL - 77493-000

Convencional 2.880 Ativo

Marianópolis do

Tocantins

NOSSA SENHORA BOM

SUCESSO ARMS

GERAIS LTDA

ROD. ESTADUAL TO 080,

- 77.675000

Convencional 8.185 Ativo

Miracema do

Tocantins

ARGEMA-ARMS

GERAIS MIRACEMA

LTDA

AV GOIAS, Nº 330 –

77650-000

Convencional 1.507 Ativo

Miranorte

ARGEMA-ARMS

GERAIS MIRACEMA

LTDA

ROD BR 153 KM 394 -

77660-000

Convencional

3.352 Ativo

Palmas

JOAO CARLOS

MARASCA

CORREIO DE

BURITIRANA - 77000-000

Convencional 2.126 Ativo

Palmas

JOÃO HENRIQUE

TEIXEIRA

HOLZHAUSEN

ROD. TO 030, KM 55 -

FAZ. TARUMÃ –

77000-000

Graneleiro 2.470 Ativo

Palmas

JOÃO HENRIQUE

TEIXEIRA

HOLZHAUSEN

FAZENDA TARUMÃ, S/Nº

- 77.000000

Bateria de Silos 5.314 Ativo

Palmeirante LIDER ARMAZÉNS

GERAIS LTDA

TERMINAL DE GRANEIS

AGRICOLAS, MARG. DA

FERROVIA NORTE SUL,

BL – B - 77.798-000

Bateria de Silos

10.656 Ativo

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104

Município Empresa Localização Produtos Cap. de

Produção

(ton) Situação

Palmeirante OSVINO FABIO

RICARDI

FAZ. PARANÁ - GLEBA

ANAJÁ GARÇAS

- 77788-000

Bateria de

Silos

3.000 Ativo

Palmeirópolis GEORGES HAJJAR

ROD.

PALMEIRÓPOLIS/MINAÇ

U, KM 09 - 77365-000

Convencional

2.700

Ativo

Paraíso do Tocantins

COOPERNORTE-COOP

AGROP

TOCANTINENSE LTDA

ROD BR 153 KM 496 -

77600-000

Convencional

7.256 Ativo

Paraíso do Tocantins J A PIRES E FILHOS

LTDA

ROD BR 153 KM 473,

VILA MILENA - 77600-000 Convencional

708 Ativo

Paraíso do Tocantins

MARQUES DE

OLIVEIRA E MARTINS

LTDA

ROD BR 153 KM 476 S/Nº,

VILA MILENA - 77600-000

Convencional

900 Ativo

Pedro Afonso

BUNGE ALIMENTOS

S/A

ROD TO 010 KM 02

PEDRO AFONSO/

TOCANTÍNIA - 77710-000

Silo

16.064 Ativo

Pedro Afonso COAPA-COOP AGROP

DE PEDRO AFONSO

ROD PEDRO AFONSO

TOCANTINIA KM 3 À

DIREITA - 77710-000

Bateria de

Silos

59.740 Ativo

Pedro Afonso FERNANDO GRADIN RUA JOAO DAMACENO

DE SÁ, S/Nº - 77710-000

Convencional

3.730 Ativo

Pedro Afonso HELIO MAIOLI RUA PARA Nº 1855 -

77.710-000 Convencional

933 Ativo

Pium AGROP

CRISTALANDIA S/A

TRANSJAVAE+ 75 FAZ

STA EDWIRGENS

- 77470-000

Convencional

2.700 Ativo

Pium AGROP

CRISTALANDIA S/A

TRANSJAVAES 75 FAZ

STA EDWIRGENS

- 77470-000

Bateria de

Silos

7.750

Ativo

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105

Município Empresa Localização Produtos Cap. de

Produção

(ton) Situação

Pium

AGROPECUÁRIA JAN

S/A

ESTRADA ESTADUAL,

TO 265, KM 140 –

77.570-000

Silo

5.467 Ativo

Porto Nacional BUNGE ALIMENTOS

S/A

ROD. TO 050, KM 01 -

TREVO 77500-000 Graneleiro

29.680 Ativo

Presidente Kennedy LOS GROBO CEAGRO

DO BRASIL S.A.

RODOVIA BR 153, Km 286

– B, ZONA RURAL

77745000

Bateria de

Silos

2.830 Ativo

Santa Rosa do

Tocantins

GRANULE

EXPORTADORA E

IMPORTADORA LTDA

ROD TO 050 KM 161 S/N -

77.375-000

Bateria de

Silos

13.652 Ativo

Santa Rosa do

Tocantins

NOVAAGRI

INFRAESTRUTURA DE

ARMAZENAGEM E

ESCOAMENTO

AGRICOLA S/A

RODOVIA TO 050, Km 161

ZONA RURAL 77375-000

Bateria de

Silos

36.120 Ativo

Silvanópolis FIAGRIL LTDA

RODOVIA TO 262,

ENTRONCAMENTO COM

A BR 010 ZONA RURAL –

77580-000

Graneleiro

60.000 Ativo

Silvanópolis

GRANULE

EXPORTADORA E

IMPORTADORA LTDA

ROD TO 050 KM 116, S/N -

77.580-000

Graneleiro 20.962 Ativo

Silvanópolis KAAM ARMAZÉNS

GERAIS LTDA

RODOVIA TO 050, Km 110

ZONA RURAL 77580-000

Bateria de

Silos 7.320 Ativo

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106

Fonte: SEAGRO/2014

6.8 Agricultura Familiar

Um dos principais programas para o desenvolvimento dos agricultores familiares

é o projeto compra direta, que adquire alimentos de agricultores familiares para

atendimento das demandas de instituições públicas, principalmente escolas e hospitais.

O gráfico abaixo apresenta a evolução do projeto compra direta no estado.

Município Empresa Localização Produtos Cap. de

Produção

(ton) Situação

Silvanópolis

NOVA AGRI INFRA-

ESTRUTURA DE

ARMAZENAGEM E

ESCOAMENTO

AGRÍCOLA S.A.

RODOVIA TO 050, Km

116 ZONA RURAL 77580-

000

Graneleiro 18.300 Ativo

Talismã AGROPECUARIA

GUARANI LTDA

ROD BR 153 KM 777 -

FAZENDA APROZIVEL

- 77480-000

Bateria de

Silos 1.530 Ativo

Talismã AGROPECUARIA

GUARANI LTDA

ROD BR 153 KM 777 -

FAZENDA APROZIVEL

- 77480-000

Convencional

2.250 Ativo

Tocantinópolis ASA NORTE

ALIMENTOS LTDA

AV N. SRA. DE FATIMA,

Nº 3447-SETOR RODA -

77900-000

Convencional 1.296 Ativo

Tocantinópolis ASA NORTE

ALIMENTOS LTDA

AV N. SRA. DE FATIMA,

Nº 3447-SETOR RODA -

77900-000

Graneleiro

1.580

Ativo

Tocantinópolis

ASA NORTE

ALIMENTOS LTDA

AV N. SRA. DE FATIMA,

Nº 3447-SETOR RODA -

77900-000

Bateria de

Silos

3.676

Ativo

Tupirama

GRANULE

EXPORTADORA E

IMPORTADORA LTDA

rod. to 336 km 21 s/n -

77.704-000 Graneleiro 30.267 Ativo

Tupirama

NOVAAGRI

INFRAESTRUTURA DE

ARMAZENAGEM E

ESCOAMENTO

AGRÍCOLA S.A.

Rodovia TO 336 - Km 21

ZONA RURAL - 77704000 Graneleiro 32.000 Ativo

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107

Figura 78 – Programa de aquisição de alimentos

Fonte: MDS

Figura 79 – Famílias de agricultores por categoria

Fonte: MDS

Figura 80 – Número de comunidades Quilombolas no Tocantins

Fonte: MDS

0,00

1.000.000,00

2.000.000,00

3.000.000,00

4.000.000,00

5.000.000,00

6.000.000,00

7.000.000,00

8.000.000,00

9.000.000,00

2011 2012 2013 2014*

Programa de Aquisição de Alimentos

Qtde. de Produtos Fornecidos (kg) Recursos (kg)

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108

Crédito Fundiário

O Programa Nacional de Crédito Fundiário - PNCF é uma política pública

complementar à reforma agrária e seu principal objetivo é reduzir a pobreza rural,

consolidar a agricultura familiar e melhorar a qualidade de vida no campo, dos

trabalhadores rurais sem terra ou com pouca terra. É definido como um conjunto de

ações que visam promover o acesso a terra e a investimentos básicos e produtivos com

recursos do Fundo de Terras e da Reforma Agrária em áreas inferiores a quinze

módulos fiscais e propriedades que não sejam passíveis de desapropriação. Além desses

recursos os beneficiários do PNCF podem acessar o Programa Nacional de

Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF); Programa Nacional de Habitação

Rural (PNHR) e programas que auxiliam a comercialização da produção como

Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação

Escolar (PNAE).

O PNCF é executado pelo Governo Federal, através do Ministério do

Desenvolvimento Agrário (MDA) de forma descentralizada, em parceria com os

governos estaduais, por meio de acordos de cooperação técnica e implantação da

Unidade Técnica Estadual (UTE). É necessária ainda a participação dos movimentos

sindicais de trabalhadores rurais e da agricultura familiar e dos Conselhos Estaduais,

Regionais ou Territoriais de Desenvolvimento Rural Sustentável que deverão atuar na

elaboração dos planos de reordenação fundiária, planos de aplicação de recursos do

Fundo de Terras e da Reforma Agrária e na análise e aprovação das propostas de

financiamento (MDA 2009).

Até 2011 o Programa Nacional de Crédito Fundiário era responsabilidade do

ITERTINS, que sediava a Unidade Técnica Estadual (UTE). Em 2011, o PNCF foi

transferido para SEAGRO sendo necessário um levantamento minucioso de todos os

documentos relacionados ao PNCF. Na ocasião foram detectadas várias irregularidades,

denúncias no ministério público, devido a documentos de posse e diversos projetos

abandonados sem vistorias e acompanhamento técnico.

Dos projetos contratados, aproximadamente 70% estavam inadimplentes e, devido

a essa realidade houve a paralização do programa. Em 2014 com uma equipe

qualificada, com a construção de um maior envolvimento dos movimentos sociais,

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109

principalmente os sindicatos dos trabalhadores rurais e a federação dos trabalhadores na

agricultura, foi possível iniciar um processo de reestruturação do Programa no Estado.

O Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável - CEDRUS passa a

ter papel fundamental no auxílio aos beneficiários, se envolvendo no processo de

reestruturação do Programa. (Fonte: SEAGRO/2014).

6.9 Linhas de credito

O sistema de crédito agrícola, a sua maior parte é feito pelo Banco do Brasil,

principalmente na área de custeio, cooperativa de crédito do Siscoop, bancos privados

principalmente no financiamento de maquinário e o Bradesco tem uma atuação forte

neste segmento e pelas próprias companhias de comercialização, que atuam muito na

negociação de vinculação futura de compra de produtos (soja).

Como programa de incentivo de desenvolvimento da região norte é

disponibilizado o FNO (Fundo Constitucional para Desenvolvimento da Região Norte),

que é operacionalizado pelo BASA (Banco da Amazônia), com taxas abaixo dos no

mercado e prazos mais longos. Para 2015, o recurso disponível para aplicação no estado

é de R$ 877,2 milhões, destes R$ 557,41 milhões (64% do total) são para

empreendimentos rurais como agricultura familiar, agricultura de baixo carbono,

agropecuária, pesca e aquicultura e floresta. Os outros 319,79 (36% do total) são para

empreendimentos não rurais. Veja a divisão no gráfico abaixo:

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110

Figura 81 – Meta aplicação do FNO no Estado do Tocantins

6.10 Central de Abastecimento

A Central de Abastecimento de Hortifrutigranjeiros do Tocantins (CEASA) é um

espaço organizado para concentrar a comercialização de hortaliças, frutas, leguminosas,

raízes e ovos e tem o objetivo de apoiar o produtor na comercialização de seus produtos.

Além do espaço físico, o Estado do Tocantins, por meio da Secretaria de Agricultura,

Pecuária, oferece a prestação de serviços ao setor rural, orientações fitossanitárias,

orientação ao produtor na venda dos produtos.

O CEASA comercializava, em 2011, em torno de 17.472 toneladas/ano, porém

esta comercialização vem apresentando uma queda de 23,1% se comparadas à

comercialização de 2013, a qual atingiu 13.440 toneladas/ano.

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111

Figura 82 – Volume Anual da Produção Comercializada (ton).

Fonte: SEGRO/2014

6.11 Cooperativismo e Associativismo

Figura 83 – Total de cooperativas ativas do ramo agropecuário, em 2014

Fonte: OCB/2014

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112

Figura 84 – Números de cooperativas atuantes no Tocantins por ramo de atuação em termos

percentuais, em 2014.

Fonte: OCB

Figura 85 – Panorama das associações do estado do Tocantins

Fonte: OCB

6.12 Assistência Técnica e Defesa Sanitária

A assistência técnica e a extensão rural têm importância fundamental no processo

de disseminação de novas tecnologias, geradas através da pesquisa, e de conhecimentos

diversos essenciais ao desenvolvimento rural no sentido amplo e, especificamente, ao

desenvolvimento das atividades agropecuárias, florestal e pesqueira.

Com diretrizes para promover a organização das cadeias produtivas em bases

sustentáveis e competitivas, contribui nos processos de geração e validação de

tecnologias, interagindo com os produtores rurais. Com o incremento de estratégias de

organização, inclusão socioprodutiva e inserção competitiva nos mercados da produção

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113

familiar e promovendo mecanismos para garantir a sucessão geracional no campo, o

Estado do Tocantins desenvolve este trabalho através da Secretaria do Desenvolvimento

da Agricultura e Pecuária (SEAGRO) em parceria a órgãos estaduais vinculados e

outras instituições patronais.

o SEAGRO

Secretaria do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária tem como missão

promover o planejamento, gerenciamento e a coordenação geral das políticas voltadas

para o setor agropecuário do Estado do Tocantins, normatizando, captando e difundindo

tecnologias. Tendo em seu quadro um total de:

Profissional Quantidade

Engenheiros Agrônomos 40

Médicos Veterinários 15

Zootecnistas 10

Técnicos de nível médio 40

o RURALTINS

O Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins - RURALTINS é o

órgão oficial de assistência técnica e extensão rural, responsável pela prestação desses

serviços ao público da agricultura familiar e pelo apoio ao desenvolvimento do setor

agropecuário do Estado.

É uma autarquia criada pela Lei n.º 20/89, de 21 de abril de 1989, vinculado à

Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, que tem

como missão: “Contribuir de forma participativa para o desenvolvimento rural

sustentável, centrado no fortalecimento da agricultura familiar, por meio de processos

educativos que assegurem a construção do pleno exercício da cidadania e melhoria da

qualidade de vida".

O RURALTINS com suas Unidades Locais de Execução de Serviços - ULES tem

atuação e abrangência em todos os municípios tocantinenses. Essas unidades locais são

coordenadas e supervisionadas por 07 (sete) Escritórios Regionais, localizados nas

cidades de: Araguatins, Araguaína, Miracema do Tocantins, Paraíso do Tocantins, Porto

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114

Nacional, Gurupi e Taguatinga. O Escritório Central, sede da administração geral do

órgão está localizado em Palmas, capital do Estado.

Hoje 96 escritórios estão ativos, um quadro multidisciplinar contendo:

Profissional Quantidade

Assistente Social 41

Biólogo 04

Economista Doméstico 08

Engenheiros Agrônomos 102

Engenheiros Ambientais 20

Engenheiros Agrícolas 05

Engenheiros Agrimensores 01

Engenheiros de Alimentos 13

Engenheiros de Pesca 07

Engenheiros Florestais 05

Geólogo 02

Médicos Veterinários 54

Técnicos Agrícolas 26

Técnicos Agropecuários 90

Zootecnistas 27

o ADAPEC

A Agência de Defesa Agropecuária desde que foi criada, em 10 de dezembro de

1998, trabalha para planejar, coordenar e executar a Política Estadual de Defesa

Agropecuária do Tocantins. Com uma equipe de profissionais multidisciplinar, hoje é

referência em sanidade animal e vegetal no país. Presente nos 139 municípios do

Estado, contam ainda com 30 barreiras fixas, 18 barreiras volantes e 10 barreiras

fluviais.

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115

Organizada em:

Locais Quantidade

Escritório Central – Sede em Palmas 01

Delegacias Regionais 11

Escritórios Locais 77

Escritórios Seccionais 62

Barreiras Fixas 30

Barreiras Volantes 18

Barreiras Fluviais 10

Inspetores Agropecuários (Veterinários

e Eng. Agrônomos)

279

Fiscais Agropecuários 518

o SENAR

Para ajudar a sanar a lacuna existente no Brasil na área de assistência técnica e

extensão rural – onde apenas 9,3% dos produtores rurais recebem visitas regularmente

(Censo Agropecuário de 2006 do IBGE) –, o SENAR criou o Programa de Assistência

Técnica e Gerencial, em 2014.

Ao longo de 2014, foram realizados em Brasília pelo SENAR Central, seis cursos

preparatórios de Gestão Técnica e Econômica de Propriedades Rurais, com ênfase na

metodologia de AteG (Assistência Técnica e Gerencial), totalizando assim 21

instrutores qualificados no Tocantins. Esses profissionais são os responsáveis pela

capacitação dos técnicos de campo na metodologia de assistência técnica e gerencial.

O SENAR Tocantins disponibiliza de infraestrutura para atuar em todo o Estado,

com escritórios regionais em Araguatins, Araguaína, Gurupi, Arraias e Paranã.

Com uma metodologia diferenciada a assistência técnica do SENAR promove por

meio da assistência gerencial a formalização das propriedades numa empresa rural.

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116

Os profissionais do quadro da Coordenadoria de ATeG são:

Profissional Quantidade

Engenheiros Agrônomos 13

Médicos Veterinários 09

Zootecnistas 01

Técnicos Agrícolas 73

Gestor Ambiental 01

Técnicos Agropecuários 113

7. RESULTADO VISITA DE CAMPO – CADEIAS PRODUTIVAS

DA SOJA E BIOENERGIA

O objetivo de visitar a região de Pedro Afonso foi conhecer a cadeia produtiva da

soja e cana-de-açúcar, a região foi desenvolvida a partir de um projeto de cooperação

nipo-brasileira através do projeto PRODECER, que serviu de validador de tecnologias

para o desenvolvimento da agricultura no Cerrado.

7.1 Produtores

O PRODECER III, terceira etapa do Programa, teve início em 1996, e foi

implantado nos municípios de Pedro Afonso (TO) e Balsas (MA), com o intuito de

estabelecer um sistema de produção agrícola através do desenvolvimento, aplicação e

aperfeiçoamento de técnicas agrícolas compatíveis com a região. Teve como meta,

também, implementar um sistema de assentamento coletivo dirigido, tornando-se um

modelo de desenvolvimento para a região do cerrado; buscando o desenvolvimento de

novas tecnologias apropriadas as condições locais e seleção de culturas perenes e

resistentes ao período da seca.

Em Pedro Afonso, o PRODECER ocupou uma área de 40.000 hectares, sendo

divididos em 41 lotes, beneficiando 41 colonos que vieram de outras regiões do país.

Destes 41 produtores, 25 continuam como proprietários e participantes do processo

produtivo nas áreas originais do projeto.

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117

Figura 86 – Situação da ocupação dos lotes original do PRODECER

Fonte: FAPTO

Com relação aos plantios, atualmente a estimativa é que 8.000 ha estejam

ocupados com o plantio de cana-de-açúcar e 12.000 de soja/grãos. Conforme gráfico

abaixo:

Figura 87 – Situação da ocupação dos lotes originais do PRODECER

Fonte: FAPTO

A Cooperativa Agroindustrial do Tocantins (COAPA) foi fundada em 27 de junho

de 1998 para atender os produtores integrantes do Programa de Desenvolvimento dos

Cerrados III (PRODECER III). Atende hoje a 128 cooperados e produtores de soja, e

132 cooperados da agricultura familiar, agrupados ou não em associações na região de

Pedro Afonso, estendendo sua área de atuação para Bom Jesus do Tocantins, Tupirama,

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118

Rio Sono, Guaraí, Fortaleza do Tabocão, Miracema, Santa Maria, Tocantínia, Itacajá,

Itupiratins, Goiatins, Recursolândia e Centenário.

A COAPA, através de seus cooperados, plantou soja em uma área de 33.500 ha,

possuindo a maior quantidade de soja do Estado, garantindo a seus cooperados um valor

agregado na comercialização da soja e na negociação com fornecedores.

Figura 88 – Participação produção COAPA na região de Pedro Afonso

Fonte: FAPTO

A estimativa é que o custo de produção regional da soja seja de R$ 2.200,00,

dividido conforme tabela apresentada, abaixo:

Tabela 32 – Custo de Produção hectare de Soja ano 2015

Custo de Produção - hectare de soja

Descrição Custo %

Sementes 300,00 14

Defensivos 450,00 20

Fertilizantes 600,00 27

Mão-de-obra 440,00 20

Maquinário/logística 410,00 19

TOTAL 2.200,00 100

Fonte: FAPTO

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119

Observa-se que o gasto com fertilizante é o que representa maior índice com 27%,

e com semente o menor com 14% segue abaixo gráfico comparativo entre os custos,

representando os custos de produção apresentado nas entrevistas realizadas com

produtores da COAPA:

Figura 89 – Custo de Produção hectare de SOJA ano 2015

Fonte: FAPTO

A produtividade tida como meta do projeto inicial do PRODECER, e considerada

na época muito ousada era de 2.700 Kg de soja/ha, ou seja, 45 sacos/ha. A média da

região, apresentada nas entrevistas é de 52 sacos/ha (3.120 quilos), um de 15% da

média. Porém, alguns plantios já conseguiram uma produtividade de até 60 sacos/ha

(3.600 kg).

Figura 90 – Análise produtividade por hectare de SOJA na Região Pedro Afonso

Fonte: FAPTO

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120

7.2 Revendas (sementes, defensivos e maquinarias)

O nível tecnológico das máquinas e equipamentos dos produtores de soja de Pedro

Afonso e região são altíssimos, igualando aos grandes centros produtores do país, e

recebeu por parte dos produtores investimentos de modernização de frota nos últimos

anos, já que a mecanização é uma alternativa para aumento de produtividade e falta de

mão-de-obra, principalmente pela concorrência por profissionais imposta pela

implantação da usina de etanol da Bunge na região, fato que obrigou o produtor a

investir em maquinários.

Estes equipamentos são adquiridos geralmente em feiras como a AGROTINS, já

que é facilitado o credito. Na região existe uma rede de fornecedores que garante a

assistência técnica para sua operação.

Com relação às sementes, estima que 70% das sementes vem do próprio estado,

da região de várzea de formoso, que por ter autorização de vazio sanitário é uma região

produtora de semente e o restante, a maior parte, da região de formosa de Goiás.

Segundo as entrevistas, cerca de 50% dos plantios utilizam sementes intactas que

garantem uma produtividade maior, porém com um custo maior, na última safra o custo

da semente intacta foi R$ 300,00/ha, enquanto que a semente convencional o custo foi

de R$ 220,00/ha.

Os defensivos são adquiridos de misturadoras de São Luiz do Maranhão e são

transportados por carretas até Pedro Afonso, com um custo médio de R$ 450,00/ha. Já

os fertilizantes são adquiridos das grandes multinacionais do segmento, com um custo

de R$ 600,00/ha. Estes custos foram passados pela equipe de acompanhamento da

COAPA.

A COAPA possui uma loja de revenda e consegue atender seus cooperados com

preços vantajosos, tendo em vista o aumento da quantidade negociado.

Tabela 33 – Principais fornecedores de Insumos na Região de Pedro Afonso

REVENDA MUNICIPIO

COAPA Pedro Afonso

SONORA Pedro Afonso

TARUMA Pedro Afonso

CALTINS Araguaína

FERTMAX Porto Nacional

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121

REVENDA MUNICIPIO

UNIGEL Palmas

FOCO AGRO Pedro Afonso

FERTILIZANTE TOCANTINS Porto Nacional

DICAL DISTRIBUIDORA DE

CALCARIO

Guaraí

SOAGRI Guaraí

NUTRIFOL Guaraí

CANAA Guaraí

Fonte: FAPTO

7.3 Companhia de Armazenagem

A região de Pedro Afonso possui 08 armazéns, com capacidade instalada de

305.000 toneladas de soja. O armazém da COAPA tem capacidade para armazenar

60.000 toneladas e como os outros armazéns, fazem os seguintes processos: recepção,

classificação, pesagem, limpeza, secagem e armazenagem. O tempo máximo de

permanência no silo é de 90 dias. O custo médio do processo de armazenagem é de R$

25,00/t na região. Segue abaixo a relação dos armazéns da região.

Tabela 34 – Lista dos armazéns e silos cadastrados na Conab na região de Pedro Afonso

ARMAZEM MUNICIPIO CAPACIDADE

COAPA PEDRO AFONSO 60.000 toneladas

BUNGE PEDRO AFONSO 30.000 toneladas

FOCO AGRO PEDRO AFONSO 30.000 toneladas

NOVA AGRI TUPIRAMA 45.000 toneladas

MULTI GRAIN GUARAI 35.000 toneladas

ALGAR AGRO GUARAI 35.000 toneladas

FAZ . BOM RETIRO PEDRO AFONSO 25.000 toneladas

BUNGE GUARAI 45.000 toneladas

Fonte: CONAB

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122

7.4 Companhia de Transporte

O transporte da soja é feito por caminhões autônomos até ao terminal ferroviário

de Palmeirante, com contratação direta entre produtores e caminhoneiros. A logística da

produção até o armazenamento para secagem tem um raio médio de 50 km, e possuem

custo no ponto mais distante, cerca de R$ 30,00/t e o mais próximo, R$ 10,00/t, tendo

um custo médio R$ 22,00 para os cooperados da COAPA. A soja exportada é

transportada dos silos/armazéns da região até o pátio de Palmeirante, a um custo entorno

de R$ 30,00/t, é muito utilizado caminhões bitrem (caminhões com duas caçambas) que

leva em média 48.000 toneladas por viagem. Na volta o caminhão retorna com calcário.

Do pátio a soja segue de trem pela ferrovia norte-sul até o porto de Itaqui no Maranhão,

indo para o mercado externo.

A empresa responsável pela operação logística da ferrovia é a VLI, empresa

especializada em operações logísticas que integram ferrovias, portos e terminais, e

alcançou no fim de agosto uma marca inédita quanto à movimentação de grãos no

Terminal Integrador (TI) Palmeirante. Somente nos oito primeiros meses deste ano, os

trens que partiram da unidade operacional transportaram 1.046.661 toneladas de soja e

milho. Em julho, a estrutura, que realiza o armazenamento e o transbordo desses

produtos, já havia conseguido superar o volume total carregado em todo o período de

2014, com 893.472 toneladas contra as 814.822 movimentadas no ano anterior.

Para manter o fluxo operacional, entre janeiro e agosto deste ano, o terminal

recebeu grãos transportados por 27.338 caminhões que saíram dos estados do Tocantins,

Mato Grosso, Piauí e Bahia. Durante o mesmo período, 11.119 vagões foram

carregados, possibilitando a formação de 139 composições ferroviárias. Com destino à

exportação, os produtos são levados para o Porto do Itaqui, na capital maranhense, pelos

trilhos da Ferrovia Norte Sul, passando pelo corredor logístico Centro-Norte.

O terminal está localizado na cidade de Palmeirante, no Tocantins, região

promissora para o crescimento da produção agrícola. A estrutura de 12 mil m² conta

com dois tombadores de carretas, dois silos com capacidade para armazenar 6 mil

toneladas cada e uma tulha com capacidade de carregamento de mil t/h. No mesmo

Estado, a VLI está investindo na construção de mais dois terminais de transbordo e

armazenagem de grãos: um também em Palmeirante e outro no município de Porto

Nacional.

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Quanto à navegação, estão sendo realizados estudos no estado para comprovar a

viabilidade técnica e econômica da navegação do rio Tocantins (trecho do município de

Peixe a sua foz), do rio Araguaia e do rio das mortes. Se comprovado a viabilidade

técnica e econômica, é necessária no caso do rio Tocantins a construção de eclusas no

Rio Tocantins.

Por ser a primeira região do cerrado que desenvolveu a produção de grãos no

estado, as regiões de Pedro Afonso, com seus produtores e empresas, provocaram uma

discussão sobre a melhoria logística no Estado. Isto fez com que decisões

governamentais fossem tomadas de forma definitivas ou que ainda estejam em

planejamento. Citando que já foi feito uma experiência de navegação pela COAPA,

levando soja de Pedro Afonso até Aguiarnópolis, uma espécie de manifesto para chamar

atenção dos governos da importância que a logística tem sobre a produção.

7.5 Trader (exportadores)

O destino da soja é 85% para o mercado externo, principalmente para a ASIA e

EUROPA e 15% para o mercado interno. O vendido para o mercado interno consegue

um valor melhor, porém é necessário esperar o tempo certo de venda, e as vezes o

produtor precisa fazer a venda para honrar compromissos.

As principais exportadoras na região são:

(1) BUNGE ALIMENTOS

A empresa adquire, anualmente, mais de 20 milhões de toneladas de grãos, entre

soja, milho, trigo, caroço de algodão, sorgo e girassol e se relaciona regularmente com

clientes de todos os continentes. A Bunge é a maior exportadora do agronegócio

brasileiro e destaca-se também como a maior compradora e esmagadora de soja do

Brasil. (site: http://www.bunge.com.br/).

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(2) CARGIL

Considerada uma das principais empresas do segmento, investe continuamente no

comércio, processamento e na exportação de grãos e outras commodities. A

comercialização é feita de forma integrada por terminais portuários, unidades

processadoras, armazéns e escritórios de compra localizados nos maiores centros

produtores. Os negócios estão concentrados na cadeia de suprimento de grãos e

oleaginosas – produção de óleos brutos, degomado, refinado e envasado, além de

farelos. Atua também na comercialização de açúcar, exportação de álcool e nas

operações de compra e venda de algodão. ( http://www.cargill.com.br ).

(3) MULTIGRAIN

A MULTIGRAIN está entre as maiores exportadoras de soja do Brasil e mantém

parcerias estratégicas com consumidores finais, no mercado interno, e também fazendo

comercialização e venda do produto nos principais mercados da Europa e Ásia. A

Multigrain produz diretamente do campo, através de uma malha de aproximadamente

3.000 agricultores situados nos principais estados produtores como: Mato Grosso, Mato

Grosso do Sul, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Maranhão, Tocantins, São Paulo,

Paraná e Bahia. (site: http://www. multigrain.com.br).

(4) ABC ALGAR

A Algar Agro, pertencente ao Grupo Algar, é uma companhia brasileira de capital

fechado que atua no mercado de soja desde 1978. Possui uma infraestrutura física com

17 armazéns e 1 transbordo localizados estrategicamente próximos às áreas de

originação de grãos e duas unidades de processamento de soja. Além da produção, do

processamento e da comercialização de soja nos mercados interno e externo, tem como

produtos-âncora, de fabricação própria, o óleo de soja ABC, líder de vendas no estado

de Minas Gerais, e o farelo de soja RaçaFort. O mix de produtos alimentícios voltado ao

varejo também contempla azeite de oliva, extrato e molho de tomate, todos com a marca

ABC. (site: http://www.algaragro.com.br/).

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(5) CGG Trading

O Grupo CGG foi criado em 2010 por empreendedores brasileiros, com mais de

30 anos de experiência no agronegócio. Hoje, atua na produção, comercialização e

logística de commodities agrícolas de forma integrada. Emprega 622 colaboradores

diretos, distribuídos em 31 filiais no Brasil, Argentina, Austrália, China, Estados Unidos

e Holanda. Exportadora brasileira com vendas em torno de U$ 1,2 bilhão no ano de

2014 movimenta um volume de 3,3 milhões de toneladas de grãos e tem acesso direto

aos principais mercados internacionais com ênfase na Asia. (site:

http://www.cggtrading.com).

7.6 Agroindústrias (Usinas)

A usina de cana-de-açúcar Bunge de Pedro Afonso é a agroindústria que mais

causou impactos econômicos na área agrícola no Estado do Tocantins, inaugurada em

21 de julho de 2011, considerada a primeira unidade GREENFIELD e a oitava usina

produtora de açúcar e bioenergia de empresas no Brasil.

Com investimentos totais da ordem de R$600 milhões e capacidade inicial de

moagem de 2,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano, a nova usina utiliza o

que há de mais moderno em tecnologia, realiza plantio e colheita totalmente

mecanizados, além de aproveitar integralmente o bagaço da cana para a produção de

energia elétrica, processo conhecido como cogeração que começou neste ano de 2015.

Quanto à cana-de-açúcar em 2013, a área colhida de cana-de-açúcar foi de 22,3 mil ha,

tendo uma moagem de 1.788 mil toneladas de cana e uma produção de 173 mil litros de

etanol.

Localizada em um terreno de 94 ha na zona rural do município de Pedro Afonso, a

unidade produz álcool combustível e energia elétrica de alta eficiência, a partir do

processamento industrial da cana-de-açúcar e tem capacidade para produção de açúcar,

que não ocorre por questões de mercado. O processo produtivo da usina ocorreu em

duas fases: na primeira, a produção foi 100% voltada para o etanol, para o atendimento

do mercado interno e exportações, na segunda seria a produção de açúcar e energia,

sendo concretizada até o momento a produção de energia.

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A usina Pedro Afonso consolidou uma joint venture entre a Bunge e a empresa de

capital japonês Itochu, uma das principais tradings globais do Japão. Nessa iniciativa,

80% dos recursos financeiros foram investidos pela Bunge e 20% pela Itochu.

A usina Pedro Afonso tem capacidade para produzir 180 Gwh por ano de energia

e, a unidade poderá contribuir para o fornecimento de energia elétrica do estado do

Tocantins. Foram investidos mais de 20 milhões de dólares no processo de cogeração,

que consiste na queima do bagaço da cana (resíduo da produção) para gerar energia

elétrica. Uma parte desta energia será utilizada internamente para operar a usina, ou

seja, a unidade é autossuficiente energeticamente. Outra parte poderá ser disponibilizada

ao sistema elétrico nacional, com capacidade para abastecer uma cidade de até 300 mil

habitantes.

A construção da usina Pedro Afonso teve início em janeiro de 2009 e em julho de

2010, a unidade já havia iniciando a operação em caráter experimental. Desde maio

deste ano, a usina está em plena atividade. O plantio do canavial teve início em julho de

2007, com um viveiro de mudas em 237 ha. Hoje, são mais de 34 mil ha de cana-de-

açúcar na região. Em parceria com centros de pesquisa, a Bunge se dedicou também à

inovação ao desenvolver variedades de cana-de-açúcar especificas para o clima e o solo

da região.

Alinhada com os princípios de sustentabilidade do grupo Bunge, a unidade realiza

coleta seletiva e os resíduos do processo industrial (vinhaça e resíduos sólidos de

limpeza da cana) são totalmente aproveitados na fertirrigação do canavial. De toda a

área plantada, 5 mil ha são irrigados, incluindo o maior pivô de irrigação do mundo,

com mais de 1.300 metros de extensão para atingir uma área superior a 500 ha.

Além disso, a Bunge, por meio da Fundação Bunge, já está implantando em Pedro

Afonso e nos municípios do entorno (Tupirama e Bom Jesus do Tocantins) o programa

Comunidade Integrada, que apoia o desenvolvimento de projetos sustentáveis na região,

focados no relacionamento com a comunidade, no fortalecimento da gestão pública e no

apoio ao desenvolvimento humano e social.

7.7 Logística do transporte de álcool

O transporte da cana-de-açúcar e todo feito por uma empresa contratada da

indústria BUNGE a RODES Engenharia e transportes, contratada da usina desde a

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construção da usina 2010. Criada em função da demanda de transporte local, opera com

capacidade de 12.500 toneladas dia, emprega diretamente 230 funcionários.

O transporte de 1.500.000 lt/dia álcool produzido pela agroindústria são

armazenados e removidos por caminhões tanque da própria Bunge até um ponto de

transferência para os vagões da transportadora VLI, na ferrovia norte sul a 47 km da

fábrica onde e transportado até o porto de Itaqui no maranhão.

7.8 Agroprocessadoras (esmagadora – Porto Nacional)

O início da agroindústria na cadeia produtiva da soja foi dado à empresa Granol,

instalada em Porto Nacional, a 66 km de Palmas e 250 km de Pedro Afonso. A indústria

foi instalada em 2013, na compra de uma planta já existente de Biodiesel e está em

processo de finalização da obra da esmagadora, com previsão de operar na próxima

safra 2015/2016. O Biodiesel produzido em torno de 360 m3/dia abastecerá os mercados

nas regiões norte e nordeste.

A soja usada para a produção do óleo é comprada dos produtores do Estado. Com

a esmagadora a GRANOL vai atuar no recebimento, esmagamento de soja e venda de

farelo e óleo. Para fazer o armazenamento do grão foram instaladas cinco unidades nas

cidades de Porto Nacional, Figueirópolis, São Valério da Natividade, Marianópolis do

Tocantins e Aguiarnópolis. Estas unidades servirão para abastecer a esmagadora do

estado e até mesmo de outros estados.

A esmagadora de soja terá capacidade para processar 2,5 t/dia. Parte da produção

abastecerá o mercado interno e a outra parte será exportada. Está previsto a geração de

350 empregos diretos.

No estado a vinda da esmagadora é vista como oportunidade de geração de

emprego, receita, impulsionar o comércio e incentivar outros empreendimentos na

região. Vantagens também para o produtor, que terá opções de venda e local de

armazenagem.

A empresa foi atraída pela capacidade de produção de soja do Tocantins, e um dos

principais desafios é a falta de mão-de-obra especializada. No início da obra teve que

importar mão-de-obra e a intenção é empregar pessoas do local, para isto estão

investindo em capacitação de pessoal, em parceria com a Prefeitura e outros órgãos.

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7.9 Instituições de apoio

As principais instituições de apoio ao desenvolvimento do agronegócio na região

apontado e suas contribuições:

Lista de instituição de apoio/entrevista:

Instituições Contribuições

Embrapa Pesquisa e Desenvolvimento

IFTO Pesquisa e Desenvolvimento

UFT Pesquisa e Desenvolvimento

SESI Capacitação

SENAR Capacitação

SEBRAE Capacitação

GOVERNO DO

ESTADO/SEAGRO

Fomento e desenvolvimento

SISCOOP Capacitação

FUNDAÇÃO BUNGE Apoio social

Prefeitura/Secretaria agricultura Fomento e desenvolvimento

Fonte: FAPTO

7.10 Resumo e Conclusões

O PRODECER, na região de Pedro Afonso é considerado um projeto que cumpriu

seus objetivos de desenvolver e criar uma agricultura na região de cerrado no Estado do

Tocantins. O projeto apresentou ganhos nas áreas de desenvolvimento de tecnologia,

nos aspectos sociais e econômicos, na melhoria da infraestrutura de logística,

educacional e de saúde.

O projeto é considerado o grande difusor de tecnologias de produção de grãos e

cana-de-açúcar para outras regiões do estado, sendo uma espécie de campo avançado de

adequação e geração de tecnologia.

Nos aspectos sociais e econômicos, a região apresentava um esvaziamento

populacional, por falta de oportunidades de emprego e renda, com o projeto a produção

agrícola promoveu o aumento da renda per capita, o aumento e a vinda de pequenas e

grandes companhias, promovendo a necessidade de mão-de-obra, que precisou ser mais

qualificada e melhor remunerada, criando um ciclo virtuoso social e econômico.

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Outros ganhos apontados foram na infraestrutura, a produção fez a necessidade de

implantação de uma estrutura rodoviária melhor, sendo asfaltada trecho entre as cidades

e também a construção da ponte sobre o rio Tocantins que liga a cidade de Pedro

Afonso a BR-153, e no caso da ferrovia utilizando-se do pátio modal de Palmeirante e

Guaraí. Novas escolas foram instaladas, entre elas a Escola Tecnica Federal e também

uma rede de saúde melhorada.

Enfim, apesar de problemas na implantação do projeto, o projeto conseguiu

reverter uma questão socioeconômica de estagnação e promover a produção de

alimentos e bioenergia, gerando novas oportunidades de emprego e renda.

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8. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO

PEDRO AFONSO E VIZINHANÇA

Sr. Benjamin hikokuro baba, produtor rural de Pedro

Afonso. Outubro de 2015. Sr. José Edgar de castro, produtor rural de Pedro

Afonso.

Sr. Fernando Gradin, proprietário Sonora peças e

implementos agrícolas, Pedro Afonso Sra Taise Ferreira da Cruz, gerente do armazém Foco

Agro, Pedro Afonso.

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Sra Sueli Miranda Moreira,secretaria do armazém da

Bunge, Pedro Afonso Sr. Ricardo khoury, presidente COAPA

Sr. Edmar Paiva, consultor agrícola de plantios de soja Sra. Maria Silvana, Agente de desenvolvimento

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Área descanso fazenda brejinho – lote 2 PRODECER Sr. Edmar Paiva, consultor agrícola de plantios de soja

Seringueira fazenda brejinho – lote 2 Prodecer Sr. Jairo Mariano, prefeito da cidade de Pedro Afonso

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9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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http://www.abef.com.br . Acesso em: 20 nov. 2015.

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[email protected] – Perfil Da Pecuária Do Brasil.

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http://www.arcoovinos.com.br/ Acesso em: 16. Nov.2015.

EMBRAPA (2014) - Boletim De Pesquisa e Desenvolvimento - Diagnóstico da cadeia

produtiva da piscicultura no estado de Tocantins - Embrapa Pesca e Aquicultura

Palmas, TO.

EMBRAPA (2015) - Sistemas De Produção. Empresa Brasileira de Pesquisa

Agropecuária-Disponível em: https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/ . Acesso

em: 28. Nov. 2015.

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Estatísticas FAO, 2008. Disponível em: www.faostat.fao.org .

FARMPOINT. <Disponível em http://www.farmpoint.com.br/> Acesso em: 24 de nov.

2015.

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2013.

IBGE- Anuário Estatístico Do Brasil – 2011 - Volume 71.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Agropecuário. 2006.

Disponível em:

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Acesso em: 26 de nov. 2015.

IBGE (1990 a 2014). Produção Agrícola Municipal - Levantamento Sistemático da

Produção Agrícola Disponível em

http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/protabl.asp?c=1612&z=p&o=28&i=P . Acesso

em: nov. 2015.

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134

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SEBRAE (2014). Mapeamento florestas plantadas do Estado do Tocantins –

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Palmas, Tocantins. 2014.

SEPLAN (2012a). Atlas do Tocantins: Subsídios ao Planejamento da Gestão

Territorial. Secretaria do Planejamento e da Modernização da Gestão Pública do

Tocantins. Palmas, Tocantins. Maio 2012.

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do Estado do Tocantins: Regiões Fitoecológicas do Tocantins. Secretaria do

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SEAGRO (29/06/2011) - Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do

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SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Informações

de Mercado sobre Caprinos e Ovinos. Relatório Completo. Série Mercado.

Disponível em: <www.caprilvirtual.com.br/Artigos/mercado_cap_ov_sebrae.pdf>.

Acesso em: 15 nov. 2015.