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Sônia de Almeida Pimenta Ana Beatriz Gomes Carvalho Didática e o Ensino de Geografia DISCIPLINA O ensino de Geografia, a multiculturalidade e as tecnologias de informação Autoras aula 05

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Sônia de Almeida Pimenta

Ana Beatriz Gomes Carvalho

Didática e o Ensino de Geografi aD I S C I P L I N A

O ensino de Geografi a, a multiculturalidade e

as tecnologias de informação

Autoras

aula

05

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Copyright © 2008 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material pode ser utilizada ou reproduzida sem a autorização expressa daUFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte e da UEPB - Universidade Estadual da Paraíba.

Governo Federal

Presidente da RepúblicaLuiz Inácio Lula da Silva

Ministro da EducaçãoFernando Haddad

Secretário de Educação a Distância – SEEDCarlos Eduardo Bielschowsky

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ReitorJosé Ivonildo do Rêgo

Vice-ReitoraÂngela Maria Paiva Cruz

Secretária de Educação a DistânciaVera Lúcia do Amaral

Universidade Estadual da Paraíba

ReitoraMarlene Alves Sousa Luna

Vice-ReitorAldo Bezerra Maciel

Coordenadora Institucional de Programas Especiais - CIPEEliane de Moura Silva

Coordenador de EdiçãoAry Sergio Braga Olinisky

Projeto Gráfi coIvana Lima (UFRN)

Revisora Tipográfi caNouraide Queiroz (UFRN)

IlustradoraCarolina Costa (UFRN)

Editoração de ImagensAdauto Harley (UFRN)Carolina Costa (UFRN)

DiagramadoresIvana Lima (UFRN)

Johann Jean Evangelista de Melo (UFRN)Mariana Araújo (UFRN)

Vitor Gomes Pimentel

Revisora de Estrutura e LinguagemRossana Delmar de Lima Arcoverde (UFCG)

Revisora de Língua PortuguesaMaria Divanira de Lima Arcoverde (UEPB)

Ficha catalográfi ca elaborada pela Biblioteca Central - UEPB

372.891P644d Pimenta, Sônia de Almeida.

Didática e o ensino de geografi a / Sônia de Almeida Pimenta; Ana Beatriz Gomes Carvalho. – Campina Grande: EDUEP, 2008. 244 p.

ISBN 978-85-7879-014-11. Geografi a – Estudo e Ensino. I. Carvalho, Ana Beatriz Gomes. II. Título. 21. ed. CDD

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Apresentação

Nesta aula, vamos conhecer como as mudanças ocorridas nas últimas décadas em vários países do mundo estão rompendo com as fronteiras geopolíticas e as barreiras culturais, impulsionadas pela tecnologia que criou verdadeiras redes de informação

e compartilhamento do conhecimento. A multiculturalidade surge como um importante movimento de garantia das diversidades, impulsionada pela Internet e suas redes de informação que fortaleceram os movimentos e deram voz aos grupos. O poder destas redes tecnológicas precisa ser capitalizado para a educação como um importante instrumento de formação e inclusão digital. Para esta aula, é importante que você visite os sites indicados, assista os fi lmes e faça as leituras complementares, pois este material será fundamental para a compreensão dos conceitos propostos neste percurso.

ObjetivosAo fi nal desta aula, esperamos que você:

Identifi que a fl exibilidade na produção e o surgimento de uma cultura pós-moderna que modifi ca as relações culturais;

Conheça a fragmentação territorial com a mudança nas fronteiras como um fenômeno das mudanças geopolíticas e culturais;

Compreenda o conceito de multiculturalidade e seus impactos na sociedade da informação;

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Fordismo

Modelo de produção criado por Henry Ford

que associa aumento na produção e na demanda

para controlar os preços.

Taylorismo

princípios criados por Taylor para modifi car a

linha de produção a partir do controle do tempo e do

corpo do trabalhador da fábrica.

A sociedade de informação e a cultura da pós-modernidade

A idéia de progresso está profundamente arraigada ao modelo fordista: o progresso da técnica (que permite aumento de produtividade), o progresso da melhoria de vida (e conseqüente aumento do consumo) e o progresso do Estado, que cada vez mais deveria

desenvolver sua capacidade de prover e garantir o pleno-emprego e o aumento do consumo. A “quebra” deste modelo aconteceu pela ocorrência de diversos fatores simultâneos. A baixa produtividade, a revolta dos trabalhadores em relação à alienação, a internacionalização dos mercados, o surgimento de uma nova forma de produção mais efi ciente (o modelo japonês). Esses foram fatores determinantes que comprometeram a vigência do modelo.

A mudança no padrão de acumulação está estreitamente vinculada não apenas a uma mudança no setor produtivo, mas em mudanças na própria sociedade e em todos os elementos a ela ligados. Surge nesse momento a expressão fl exibilidade que parece resumir o conceito essencial desse novo paradigma de acumulação. A fl exibilidade está relacionada com as alternativas encontradas pelas fi rmas para a superação dos problemas que a rigidez do fordismo não conseguiu resolver. É a fl exibilidade na versatilidade dos produtos fabricados, em sua quantidade, em seus estoques, nos projetos, etc. Trabalha-se com estoques menores, produtos segmentados e diferenciados, o que faz com que a qualidade e a versatilidade desses produtos sejam primordiais.

A introdução das novas tecnologias pode ser caracterizada pela revolução tecnológica com novos produtos que “redefi nem o próprio signifi cado de automação” (LIPIETZ, 1991). A conceituação desse novo paradigma tecnológico faz-se necessária para entendimento do que realmente mudou com a introdução dessas tecnologias no processo de produção e desenvolvimento do trabalho. A introdução das inovações tecnológicas transforma o processo de trabalho, tornando-o incompatível com o fordismo. O taylorismo separou o desenvolvimento do trabalho intelectual do manual, mas como se operariam esses métodos quando são introduzidas máquinas sofi sticadas para serem operadas por trabalhadores desqualifi cados? Obviamente, a inserção das novas tecnologias tem de ser acompanhada de um mínimo de capacitação do empregado que será o usuário do sistema. Trata-se de juntar o que o taylorismo separou, ou seja, os aspectos manuais e intelectuais do trabalho (LEBORGNE E LIPIETZ, 1990). A única alternativa viável para permitir esta reunifi cação seria uma reeducação da força de trabalho.

As novas tecnologias não são simplesmente substituidoras da força de trabalho. Se assim o fossem, não haveria muitas difi culdades na análise desse processo. Para Castells (1999), a designação de alta tecnologia não se refere a uma indústria, a uma atividade ou a um invento. É preciso entender que é um processo, uma forma específi ca de produzir, a partir da base fundamental, que é a informação. As inovações traduzidas em produtos de ponta de

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Acumulação fl exível

Modelo de produção que substituiu o fordismo, com produtos segmentados, produção de acordo com a demanda, estoques menores e terceirização da produção.

Atividade 1

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microeletrônica processam as informações muito mais velozmente, reduzindo o custo de transmissão e permitindo descentralização e personalização no modo de trabalho e produção.

O surgimento da acumulação fl exível e da sociedade informacional em contraponto ao modelo fordista existente até então, provocou profundas mudanças no modo de produzir, viver e trabalhar. Para Harvey (1993), o mais espantoso sobre o pós-modernismo é sua total aceitação do efêmero, do fragmentário, do descontínuo e do caótico, acreditando que o que é produtivo não é sedentário, mas nômade. Autores como Lyotard e Foucault relacionam a metalinguagem e os jogos de linguagem como referências do conhecimento pós-moderno. Lyotard (1984) localiza seus argumentos nas novas tecnologias de comunicação e situa a ascensão do pensamento pós-moderno como uma transição social e política nas linguagens da comunicação em sociedades capitalistas avançadas.

Considerando as mudanças no modo de produção e as novas confi gurações territoriais e temporais, faça um comentário sobre a afi rmativa de David Harvey, “a compressão o tempo-espaço sempre cobra o seu preço da nossa capacidade de lidar com as realidades que se revelam à nossa volta”. (HARVEY,1993, p. 275)

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A materialização da fragmentação no território

Alguns acontecimentos de repercussão mundial sinalizaram as mudanças concretas que a pós-modernidade denomina como fragmentação e pluralidade. Um destes acontecimentos emblemáticos foi a queda do Muro de Berlim, em 1989.O Muro de Berlim foi construído no pós-guerra dividindo a alemanha em duas: a República Federal da Alemanha (RFA) e a República Democrática Alemã (RDA). Este muro, além de dividir a cidade de Berlim ao meio, simbolizava a divisão do mundo em dois blocos ou partes: Berlim Ocidental (RFA), que era constituído pelos países capitalistas encabeçados pelos Estados Unidos da América; e Berlim Oriental (RDA), constituído pelos países socialistas simpatizantes do regime soviético. Construído na madrugada de 13 de Agosto de 1961, dele faziam parte 66,5 km de gradeamento metálico, 302 torres de observação, 127 redes metálicas electrifi cadas com alarme e 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda. Este muro provocou a morte a 80 pessoas identifi cadas, 112 fi caram feridas e milhares aprisionadas nas diversas tentativas de atravessá-lo.O Muro de Berlim caiu no dia 9 de Novembro de 1989, e iniciou o processo de reunifi cação das duas Alemanhas, que formaram fi nalmente a República Federal da Alemanha, acabando também a divisão do mundo em dois blocos. O mundo inteiro acompanhou o acontecimento, transmitido pelas grandes redes de televisão.Muitas pessoas viram a abertura da fronteira na televisão e pouco depois marcharam à fronteira. Como muitas pessoas já dormiam quando a fronteira se abriu, na manhã do dia 10 de novembro havia grandes multidões de pessoas querendo passar pela fronteira. Os cidadãos da RDA foram recebidos com grande euforia em Berlim Ocidental. Muitas boates perto do Muro espontaneamente serviram cerveja gratuita, houve uma grande celebração na Rua Kurfürstendamm, e pessoas que nunca se tinham visto antes cumprimentavam-se. Cidadãos de Berlim Ocidental subiram o muro e passaram para as Portas de Brandenburgo, que até então não eram acessíveis aos ocidentais.

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Atividade 2

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Sinopse: A mãe de Alexander, fi el devota do socialismo na antiga Alemanha Oriental, tem um ataque cardíaco ao ver o fi lho em uma passeata contra o sistema vigente. Quando ela acorda do coma, após a queda do muro de Berlim, o médico aconselha a Alexander que ela evite emoções fortes, pois outro ataque tão cedo seria fatal. Com o peso na consciência pelo estado atual de sua mãe, Alex faz de tudo para que ela continue vivendo em uma ilusória Alemanha socialista, mudando embalagens de produtos industrializados e até mesmo inventando documentários televisivos para preencher as brechas do dia-a-dia do recente capitalismo no país. Assista ao fi lme com seus colegas no pólo e registre suas impressões sobre este momento histórico de reconfi guração da geopolítica mundial.

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A mudança no mapa do mundo estava só começando com a reunifi cação da Alemanha. Vários acontecimentos nos últimos 20 anos continuam reconfi gurando as fronteiras, os fl uxos migratórios e as relações culturais. Veja só esta reportagem publicada em 2004:

Novo mapa-múndi mostra ritmoacelerado de mudanças no planeta

Por Sue Pleming (REUTERS)

WASHINGTON (Reuters) - Diante da alteração do nome de lugares, do encolhimento de mares, de ataques terroristas e do uso cada vez mais disseminado da Internet, o mundo está mudando mais rápido hoje do que em décadas atrás, disse Allen Carroll, o principal cartógrafo da National Geographic.

A National Geographic Society lança neste mês a oitava edição de seu “Atlas do Mundo”. Nela, realizou um recorde de 17 mil atualizações e mudanças em relação à última publicação, de cinco anos atrás.

“Esse ritmo de mudanças deve-se principalmente a dois fatores: uma população que ainda cresce em velocidade acelerada e a uma economia cada vez mais globalizada”, afi rmou Carroll, principal responsável pela elaboração dos mapas da sociedade.

O novo atlas usa as técnicas mais recentes de mapeamento e de obtenção de imagens via satélite, além de apresentar em cada página um endereço de Internet onde os leitores podem encontrar mais informações.

“A meta é fazer com que as pessoas interessem-se pelo mundo e o compreendam melhor. Hoje, há muita atenção para as coisas locais, mas pouca compreensão sobre como o que acontece no mundo afeta as nossas vidas”, disse Carroll.

O livro de 416 páginas e 3,2 quilos inclui mapas e gráfi cos que refl etem os desafi os enfrentados pelo mundo, tais como o mapa “Confl ito e Terror”, que mostra o local de recentes atentados terroristas. Outros mapas apresentam o fl uxo de refugiados ou os índices de assistência médica e de analfabetismo.

Quando mapearam os ataques terroristas, Carroll disse que, intencionalmente, os editores do livro não indicaram onde a Al Qaeda -- acusada pelos ataques de 11 de setembro de 2001 contra os EUA -- ou outros grupos mantinham suas bases já que essas organizações estavam sempre mudando de lugar.

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Fratura Social

Segundo Carroll, mais do que nunca, os mapas políticos e econômicos refl etem uma crescente distância entre o mundo desenvolvido e o mundo em desenvolvimento. Um exemplo: o mapa com os cabos de fi bra ótica instalados debaixo do oceano mostra uma grande quantidade de cabos ligando os EUA e a Europa, mas apenas um contornando a costa oeste da África.Um mapa sobre os servidores de Internet apresenta um quadro semelhante. A Europa e pontos da Ásia e da América do Norte destacam-se.”Isso nos mostra que a África ainda está relativamente isolada tanto econômica quanto tecnologicamente”, disse Carroll.

Em seu escritório em Washington, cercado por globos de diferentes tamanhos e por pilhas de mapas, o cartógrafo da National Geographic afi rmou ter havido muitos debates sobre o que incluir ou não nos mapas da seção político-econômica. “Nós nos servimos de várias fontes para garantir que fôssemos o mais objetivos e imparciais possível”, disse.

Montanhas Mais Altas, Mares Mais Baixos

Timor Leste, o primeiro novo país deste século, aparece no mapa pela primeira vez nesse atlas. Também constam do livro as fronteiras acertadas há pouco tempo entre o Iêmen e a Arábia Saudita e as divisões administrativas da Eslovênia e da República Tcheca.

Outras mudanças notáveis são o fato de o monte Everest, o mais alto da Terra, ter registrado 8.850 metros de altura, 2,1 metros a mais do que os dados anteriores. Isso é resultado de as medições terem fi cado mais precisas. O ponto mais baixo da Terra, o mar Morto, caiu 7,9 metros, para 416 metros, devido à expansão do consumo de água na região, disse Carroll.

O atlas também mostra sinais da degradação ambiental. Um exemplo é a retração do lago Chade, devido a uma seca persistente na região. De outro lado, o mar de Aral viu-se afetado pela retirada de suas águas.Uma das imagens mais impressionantes são as fotos tiradas por satélites à noite e reunidas para formar um mapa sobre a ocupação humana segundo o brilho das luzes artifi ciais. Como era de se esperar, as Costa Leste e Oeste dos EUA, a parte ocidental da Europa e pontos da Índia e do Japão possuem as maiores concentrações de luzes.

Fonte: Agência Reuters, 14/10/2004.

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As observações nesta reportagem mostram que as mudanças estão realmente aceleradas, sobretudo porque as inovações tecnológicas estão alterando as relações espaciais e temporais. Houve um encurtamento nas distâncias e no tempo na perspectiva da percepção humana. A queda das barreiras, simbolizada pelo Muro de Berlim, propagou-se nas mais diversas áreas, na música, nas artes, na literatura, na informação, nas questões ambientais e nos movimentos sociais, impulsionados pela formação de redes de conhecimento mundiais. Assim, é impossível dissociar os aspectos da multiculturalidade de todos estes movimentos que observamos até agora. Quanto mais globalizado o mundo se torna, mais a necessidade resgate do local se faz presente, a partir de um movimento dialético pós-moderno chamado de global-local.

No senso comum, a intolerância étnica e cultural está sempre relacionada com as diferenças marcantes entre a aparência e os costumes dos sujeitos. No caso da Alemanha e em outros países, é difícil para nós diferenciarmos uns dos outros, mas o confl ito é tão intenso quanto em outros locais com diferenças mais visíveis. Explique a existência destes confl itos a partir do que você já leu sobre a multiculturaldade.

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Eurocentrismo

É uma visão de mundo que tende a colocar a Europa (assim como sua cultura, seu povo, suas línguas, etc.) como o elemento fundamental na constituição da sociedade moderna, sendo necessariamente a protagonista da história do homem.

A multiculturalidade no mundo e na educação

Neste contexto, surgem as questões relacionadas com a diversidade cultural, resgate e preservação da cultura local, diversidade étnica, e o conseqüente fortalecimento dos movimentos sociais em contraponto ao declínio do eurocentrismo. O fl uxo migratório

provocado por diversas crises políticas e guerras, associado com o movimento de globalização acirrou os confl itos que precisavam ser acomodados por razões econômicas e sociais. O fortalecimento dos movimentos sociais dos grupos que discutem e lutam pela afi rmação das minorias, foi decisivo para as importantes conquistas neste campo.

Estou no caminho certo?A questão multicultural está relacionada apenas ao fato da cultura branca (e européia) ser hegemônica?

A questão multicultural abarca questões muito mais variadas, está relacionada com a possibilidade de viver junto. Segundo a professora Mary Del Priori, o termo “multiculturalismo” designa tanto um fato (sociedades são compostas de grupos culturalmente distintos) quanto uma política (colocada em funcionamento em níveis diferentes) visando à coexistência pacífi ca entre grupos étnica e culturalmente diferentes. Em todas as épocas, sociedades pluriculturais coexistiram e, hoje, menos de 10% dos países do planeta podem ser considerados como culturalmente homogêneos. Por outro lado, o tratamento político da diversidade cultural é um fenômeno relativamente recente. Nas democracias pluralistas, assistimos a um movimento generalizado de incremento das identidades particulares. Minorias, populações autóctones, grupos de migrantes e imigrantes manifestam seu desejo de reconhecimento cultural. “Viver junto” é uma questão cada vez mais premente.

Para a autora, o termo “multiculturalismo” designa tanto um fato (sociedades são compostas de grupos culturalmente distintos) quanto uma política (colocada em funcionamento em níveis diferentes) visando à coexistência pacífi ca entre grupos étnica e culturalmente diferentes. Em todas as épocas, sociedades pluriculturais coexistiram e, hoje, menos de 10% dos países do planeta podem ser considerados como culturalmente homogêneos. Por outro lado, o tratamento político da diversidade cultural é um fenômeno relativamente recente.

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Atividade 4su

a re

spos

taTerra de Ninguém (No Man´s Land, 2001)

Sinopse: Durante a Guerra da Bósnia, dois soldados, um sérvio e outro bósnio, acabam isolados em uma pequena trincheira, junto com um terceiro soldado, que está caído sobre uma mina - sendo que ninguém pode matar ninguém ali. Todas as partes do confl ito fi cam completas com a chegada de mais duas pessoas: um representante da Onu, para tentar resolver o impasse, e uma jornalista, para jogar lenha na fogueira. Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e do Globo de Ouro na mesma categoria, faturou mais de 40 prêmios ao redor do mundo. Assista ao fi lme, e elabore um texto sobre a intolerância a diversidade cultural que hoje promove tantas guerras e outros atos de violência pelo mundo.

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Multiculturalismo: Integrando Saberes

Mary Del Priore

Há menos de trinta anos, as primeiras medidas políticas de inspiração multiculturalista foram colocadas em ação na América do Norte (Canadá e EUA). Lá, a indiferença frente à cor da pele foi substituída pelo princípio de consciência da cor. O debate sobre multiculturalismo foi crescendo de intensidade e, a partir dos anos 90, difundiu-se na Europa e América do Sul. A doutrina multiculturalista avança essencialmente a idéia de que as culturas minoritárias são discriminadas e devem merecer reconhecimento público. Para se realizarem ou consolidarem, singularidades culturais devem ser amparadas e protegidas pela lei. É o Direito que vai permitir colocar em movimento as condições de uma sociedade multicultural.

Mas, de que diferenças culturais nós falamos? Muitas vezes reduzidas à questão da etnicidade (condição ou consciência de pertencer a um grupo) ou, em alguns casos, reduzidas até mesmo à “questão racial”, as diferenças culturais não concernem apenas aos particularismos de origem ou de tradição (religiosas ou lingüísticas).

As reivindicações se enraízam cada vez mais no particularismo dos mores (preferências sexuais, por exemplo), de idade, de traços ou de defi ciências físicas (obesos, cegos, paraplégicos). O multiculturalismo combate o que ele considera como uma forma de etnocentrismo, ou seja, combate a visão de mundo da sociedade branca dominante que se toma – desde que a idéia de raça nasceu no processo de expansão européia – por mais importante do que as demais. A política multiculturalista visa, com efeito, resistir à homogeneidade cultural, sobretudo quando esta homogeneidade afi rma-se como única e legítima, reduzindo outras culturas a particularismos e dependência (PRIORI, 2002).

A letra da música Milagres do Povo de Caetano Veloso, foi o tema de uma minissérie chamada Tenda dos Milagres, inspirada na obra de Jorge Amado que foi publicada em 1969. A ação se passa no Pelourinho, na capital da Bahia, Salvador, terra povoada por afrodescendentes, maioria da população local, e fadada ao preconceito mas aguerrida na conquista individual de seu espaço na sociedade.O candomblé constitui-se em pano de fundo e Pedro Archanjo é o herói mestiço dessa história, mulato com algum estudo, protegido pelo professor da Faculdade de Medicina Silva Virajá. Ouça a música que está disponível no ambiente da disciplina e faça uma refl exão sobre a diversidade e a intolerância nos dias de hoje.

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Milagres Do Povo

Caetano Veloso

Quem é ateuE viu milagres como eu

Sabe que os deuses sem deusNão cessam de brotar

Nem cansam de esperarE o coração

Que é soberano e que é senhorNão cabe na escravidão

Não cabe no seu nãoNão cabe em si de tanto simÉ pura dança e sexo e glóriaE paira para além da história

Ojú obá ia lá e viaOjú obá ia

Xangô manda chamarObatalá guia

Mamãe oxum choraLágrima alegria

Pétala de iemanjáIansã oiá ria

Ojú obá ia lá e viaOjú obá ia

ObáÉ no xaréu

Que brilha a prata luz do céuE o povo negro entendeuQue o grande vencedorSe ergue além da dor

Tudo chegouSobrevivente num navioQuem descobriu o brasil

Foi o negro que viuA crueldade bem de frenteE ainda produziu milagresDe fé no extremo ocidente

Ojú obá ia lá e via...

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Aula 05 Didática e o Ensino de Geografi a 13

Rede

Uma rede de computadores consiste de 2 ou mais computadores e outros dispositivos conectados entre si de modo a poderem compartilhar seus serviços, que podem ser: dados, impressoras, mensagens (e-mails), etc. A Internet é um amplo sistema de comunicação que conecta muitas redes de computadores

Exclusão digital

A exclusão digital é um conceito dos campos teóricos da comunicação, sociologia, tecnologia da informação, História e outras humanidades, que diz respeito às extensas camadas das sociedades que fi caram à margem do fenômeno da sociedade da informação.

Links

É uma referência num documento em hipertexto a outro documento ou a outro recurso.

O papel das tecnologias da informação na educação

A sociedade de informação em que vivemos hoje é assim chamada em contraponto com a sociedade industrial porque o fl uxo de informações tornou-se o bem mais valioso. É também chamada de sociedade do conhecimento onde o acesso à tecnologia tornou-

se prioridade. Estar inserido na sociedade informacional signifi ca necessariamente estar conectado a uma complexa rede que faz com que acontecimentos ocorridos em localidades distantes tenham um impacto real em nosso cotidiano. Os indivíduos que não têm acesso à informação estão marginalizados nesta sociedade, constituindo-se uma nova modalidade de exclusão chamada de exclusão digital. A sociedade de informação tem um ambiente potencializado pelas tecnologias de informação e comunicação que têm como uma de suas principais características o valor crescente do conhecimento para o desenvolvimento humano e social de indivíduos e grupos. As tecnologias de informação diminuem a distância entre o ser humano e algo que lhe pode ser extremamente valioso: a informação.

O computador, conectado à Internet, é um dos mais importantes elementos dessas novas tecnologias. Como tecnologia da informação rompe com os princípios de outras tecnologias, modifi cando a relação do homem com a máquina, e ao buscar se aproximar do funcionamento do cérebro humano adquire novas signifi cações. Como veículo tecnológico, ganha novas dimensões, uma vez que pode fornecer acesso a ambientes adequados para o desenvolvimento de novos conhecimentos, de interação, criação e cooperação entre as pessoas.

Quando o computador começou a ser usado no trabalho, muitas pessoas resistiram a aprender, acreditando que era mais um modismo. Rapidamente o computador deixou de ser uma ferramenta de trabalho e hoje é muito usado para o lazer. Hoje é possível baixar fi lmes, comunicar-se com pessoas de todos os lugares, ler jornais e revistas, visitar museus, tudo sem sair de casa, ao alcance de um clique. Essa acessibilidade mudou nossa forma de lidar com a informação, com novos padrões de velocidade e armazenamento. Para termos uma idéia basta pensar na difi culdade em consultar uma enciclopédia pesada e empoeirada procurando o verbete necessário. Depois, esse material era copiado cuidadosamente em uma folha de papel e entregue ao professor. Hoje quando digitamos uma frase nos sites de busca vamos encontrar vários links onde podemos pesquisar sobre o assunto, inclusive com informações contraditórias. Uma pessoa que não tenha acesso a esta ferramenta, estará no mesmo patamar de alguém que não tenha televisão em casa. O interessante é que ainda nos espantamos com alguém que não tenha TV, mas compreendemos que uma pessoa não conheça nada de tecnologias da informação. Isso acontece porque o equipamento e a conexão ainda são caros, embora várias organizações hoje busquem formas alternativas para diminuir o custo dos equipamentos para aumentar o número de pessoas que tenham acesso.

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Atividade 5

Estabeleça uma relação entre o fortalecimento dos movimentos sociais de afi rmação de minorias e a existência de redes mundiais de informação, a partir do fl uxo de informações e facilidade de publicação de conteúdos na Internet (notícias, denúncias, reivindicações, imagens etc.).

Concluindo o percurso

O fenômeno da globalização provocou mudanças profundas nas relações econômicas e sociais nas mais distantes localidades do mundo, provocando um curioso paradoxo entre o global e local, constituindo-se uma disputa entre a infl uência exercida pelo

mundo globalizado através da mídia e da nova ordem econômica e o local. o mais espantoso sobre o pós-modernismo é sua total aceitação do efêmero, do fragmentário, do descontínuo e do caótico, acreditando que o que é produtivo não é sedentário, mas nômade. Alguns acontecimentos de repercussão mundial sinalizaram as mudanças concretas que a pós-modernidade denomina como fragmentação e pluralidade. O termo “multiculturalismo” designa tanto um fato (sociedades são compostas de grupos culturalmente distintos) quanto uma política (colocada em funcionamento em níveis diferentes) visando à coexistência pacífi ca entre grupos étnica e culturalmente diferentes. O surgimento das redes de informação no mundo com a Internet fortaleceu os movimentos sociais e garantiram importantes ações em várias sociedades no mundo.

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Resumo

Leituras e materiais complementares

Ouça a música “Haiti”, de Caetano Veloso e Gilberto Gil que traça um panorama da violência no pelourinho em Salvador, local onde supostamente a pluralidade étnica e cultural não possibilitaria a existência de confl itos.

Acesse aos sites dos movimentos sociais que defendem os direitos das minorias e saiba mais sobre o poder das redes de informação na consolidação destes movimentos:

www.mulheresnegras.org

www.afi rma.com.br

www.geledes.org.br

www.italianostra.hpg.com.br

www.brasil500.com.br

www.museudoindio.org.br

O surgimento da acumulação fl exível em contraponto ao modelo fordista de produção provocou mudanças na produção e no trabalho, que resultou na sociedade da informação. Este fl uxo de idéias e informações é chamado de pós-modernismo, caracterizado pelo fragmentário, caótico, nômade, modifi cando as relações culturais. Estes elementos foram materializados no espaço geográfi co pelas mudanças no mapa do mundo, com a quebra das fronteiras e aumento no fl uxo migratório em todo o mundo. Estes fl uxos migratórios fortaleceram os movimentos sociais que combatem o eurocentrismo, impulsionados pelas novas tecnologias que criaram redes de conhecimento e deram voz aos grupos. Este uso das novas tecnologias deve ser apropriado pela educação para a formação cidadã e inclusão digital dos sujeitos.

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Auto-avaliaçãoNa leitura do texto você identifi cou como as novas tecnologias modifi caram as formas de produzir e trabalhar, e nas relações culturais e territoriais?

Avalie o surgimento das redes de informação como fortalecimento dos movimentos sociais e sua relação com os debates sobre a multiculturalidade.

ReferênciasCASTELLS, M. A Sociedade em Rede, São Paulo: Paz e Terra, 1999.

HARVEY, D. Condição Pós-Moderna - Uma Pesquisa Sobre as Ori gens da Mudança Cultural, São Paulo: Loyola, 1993.

LIPIETZ, A. Audácia: Uma Alternativa para o Século 21, São Paulo: Nobel, 1991.

LIPIETZ, A. e LEBORGNE, D. Flexibilidade Defensiva ou Flexibili dade Ofensiva: Os Desafi os das Novas Tecnologias e da Competição Mundial, in: VALLADARES, L. e PRETECEILLE, E. (Org.) Reestruturação Urbana: Tendências e Desafi os. São Paulo: Nobel/IUPERJ, 1990”.

LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.

LYOTARD, J. F. O pós-moderno. 2. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1986.

PRIORI, M. Multiculturalismo: Integrando Saberes. In: Boletim do Programa Um Salto para o Futuro, TVE, 2002. Disponível em http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2002/mee/meetxt1.htm, acesso realizado em 20/05/2008.

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EMENTA

� Sônia de Almeida Pimenta

� Ana Beatriz Gomes Carvalho

Didática e o Ensino de Geografi a – GEOGRAFIA

AUTORAS

2º S

emes

tre d

e 20

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AULAS

Didática e a prática educativa

Elementos da didática: os diferentes métodos de ensino

Tendências no ensino de Geografi a

A contribuição dos parâmetros curriculares para o ensino de Geografi a

O ensino de Geografi a, a multiculturalidade e as tecnologias de informação

A interdisciplinaridade no ensino de Geografi a e a pedagogia de projetos

Elementos para o ensino de Geografi a (orientação e representação cartográfi ca)

O planejamento na organização da prática pedagógica

Teorias e práticas sobre a avaliação

A construção de conceitos nos primeiros anos do ensino fundamental

Temas em geografi a no ensino fundamental

Temas em geografi a no ensino médio

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Análise dos documentos necessários à organização do ensino; fundamentação teórico-metodológica para a organização do trabalho docente; tendências atuais do ensino de geografi a; a geografi a e a interdisciplinaridade; a utilização de diferentes fontes de informações e linguagens e a prática docente em geografi a; situações problemas e a prática de ensino em geografi a.

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