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Universidade dos Açores – CITA – UA - Departamento de Ciências Agrárias e Ambiente RELATÓRIO DO PROJECTO DETERMINAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO E ABUNDÂNCA DE TÉRMITAS (ISOPTERA) NAS HABITAÇÕES DO CONCELHO DE ANGRA DO HEROÍSMO (Projecto financiado pela Câmara Municipal de Angra do Heroísmo) Janeiro a Junho de 2004 Equipa Prof. Dr. Paulo A. V. Borges (Univ. dos Açores; CITA-UA) Prof. Dr. David Horta Lopes (Univ. dos Açores; CITA-UA) Prof. Drª. Ana Maria Ávila Simões (Univ. dos Açores; CITA-UA) Ana Cristina Rodrigues (Lic.) Sílvia Cristina Xavier Bettencourt (Lic.) Angra do Heroísmo, Julho de 2004-07-1

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Universidade dos Açores – CITA – UA - Departamento de Ciências Agrárias e Ambiente

RELATÓRIO DO PROJECTO

DETERMINAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO E ABUNDÂNCA DE TÉRMITAS

(ISOPTERA) NAS HABITAÇÕES DO CONCELHO DE ANGRA DO HEROÍSMO

(Projecto financiado pela Câmara Municipal de Angra do Heroísmo)

Janeiro a Junho de 2004

Equipa

Prof. Dr. Paulo A. V. Borges (Univ. dos Açores; CITA-UA) Prof. Dr. David Horta Lopes (Univ. dos Açores; CITA-UA)

Prof. Drª. Ana Maria Ávila Simões (Univ. dos Açores; CITA-UA) Ana Cristina Rodrigues (Lic.)

Sílvia Cristina Xavier Bettencourt (Lic.)

Angra do Heroísmo, Julho de 2004-07-1

2

SUMÁRIO:

Neste estudo demonstramos a presença de duas espécies de térmitas no

concelho de Angra do Heroísmo, Cryptotermes brevis, térmita dos móveis das

Indias Ocidentais de madeira seca que ataca habitações e Kalotermes flavicollis,

térmita europeia de madeira viva que está a atacar várias árvores em pomares e

jardins. O caso de maior preocupação é o de Cryptotermes brevis, considerada

como a espécie de térmita de madeira seca mais perigosa que se conhece e

que atingiu já o estatuto de praga urbana em Angra do Heroísmo. A sua

ocorrência em Ponta Delgada e na freguesia dos Biscoitos (Concelho da Praia

da Vitória) está também confirmada. Cerca de 43% das habitações do centro

histórico de Angra do Heroísmo estão afectadas e destas praticamente 50%

possuem infestação severa (nível D) ou destruição (nível E) de várias estruturas

importantes para a segurança das habitações. A distribuição desta espécie em

Angra do Heroísmo e arredores e a não detecção nas freguesias rurais faz supor

que as condições de microclima de Angra do Heroísmo e ou o tipo de

construção das habitações são-lhe extremamente favoráveis. As madeiras onde

se detectaram maior infestação foram o Eucalipto e a Criptoméria, mas muitas

outras também estão atacadas. Algumas habitações com Pinho Resinoso e

localizadas em zonas criticas não estão infestadas. As partes das habitações

mais afectadas são as dos andares superiores, principalmente coberturas.

Infelizmente das duas técnicas conhecidas mais eficazes para resolver os

problemas mais graves (fumigação e temperaturas elevadas), apenas a

utilização de termoacumuladores parece ser viável em Angra do Heroísmo.

Estamos perante uma situação de gestão de uma pragra urbana que se irá

prolongar durante muitos anos. Desde logo coloca-se uma questão séria de

repensar a forma como as habitações da zona histórica de Angra do Heroísmo

devem ser reconstruídas após remoção de estruturas de madeira inutilizadas

pela praga. Sugerimos várias soluções de prevenção e de tratamento de

situações menos graves. No entanto, as entidades oficiais estão perante uma

situação muito grave em termos sociais e patrimoniais que tem de ser resolvida

3

pelas vias políticas. Tendo em consideração a inexistência em Portugal de

tecnologia adaptada ao combate desta praga e as características particulares da

arquitectura do centro histórico de Angra do Heroísmo, a solução mais

adequada a curto prazo é a criação de um grupo de trabalho com a

responsabilidade de num prazo de dois a três anos apresentar um Protocolo de

Tratamento adaptado às características das habitações de Angra do Heroísmo e

dos Açores em geral. Em simultâneo, as empresas de “pest control” sediadas

nos Açores deveriam receber formação nas técnicas entretanto validadas. Mais

importante é ainda ter em consideração que o problema actual de Angra do

Heroísmo e Ponta Delgado poderá também ser o problema de outras

localidades nos Açores, pelo que a criação de legislação adequada à situação é

urgente assim como devem ser tomadas medidas para iniciar a fiscalização

efectiva da entrada de produtos vegetais e madeiras nos Açores.

Outras recomendações importantes são:

1) Necessário a criação de um espaço no Aterro Sanitário para queima de

madeiras contanimadas;

2) Aquisição por entidades públicas ou privadas de uma Câmara de

Desinfecção para tratamento de móveis;

3) Discussão pública sobre a escolha dos materiais para reconstrução de

coberturas e outras partes das habitações na zona classificada de Angra do

Heroísmo;

4) Criação de legislação fitossanitária que permita regular a notificação de

presença de Térmitas e listar os direitos e deveres dos afectados;

5) Definição de políticas para lidar com problemas de imóveis abandonados

e problemas sociais associados à reconstrucção de imóveis afectados de forma

irremediável.

4

1. INTRODUÇÃO

As térmitas são um grupo de insectos da Ordem Isoptera, aparentados

filogeneticamente com as Baratas e os Louva-a-Deus.

Existem três tipos de espécies de térmitas: subterrâneas; de madeira viva e

de madeira seca (Milano & Fontes, 2002). Das cerca de 3000 espécies

conhecidas no planeta, só algumas são nefastas para o Homem. De facto, a

maior parte das espécies são até benéficas contribuindo para a reciclagem das

árvores mortas, oxigenação dos solos e processos de decomposição da

celulose. Algumas espécies são arborícolas construindo a termiteira na copa

das árvores, outras vivem no solo, sendo bem conhecidas as termiteiras

gigantes em África e na América do Sul.

No entanto, algumas espécies causam elevados prejuízos nas habitações

humanas, atacando móveis e esculturas mas também partes estruturais como

soalhos e tectos. Em alguns países como os Estados Unidos da América,

Canadá, Brasil, Austrália e África do Sul existe mesmo uma tradição de lidar

com as espécies mais nocivas, investindo-se muito dinheiro e esforço na sua

monitorização, prevenção e no seu combate (Milano & Fontes, 2002).

Tratando-se de insectos sociais possuem um ciclo de vida complexo e com

várias castas como é o caso de Cryptotermes brevis, espécie de madeira seca

(ver Figura 1). Nesta espécie normalmente uma fêmea e um macho colonizam

uma estrutura colocando ovos dos quais nascem ninfas totipotentes, ou seja,

que possuem a capacidade de se tornarem qualquer uma das castas (obreiras

ou segregadas, soldados, reprodutoras). Numa fase intermédia do

desenvolvimento formam-se as segregadas e os soldados. As segregadas são

caracterizadas por executarem todas as funções de rotina, tais como obtenção

de alimento, alimentação de indivíduos de outras castas, inclusive o rei (pai) e a

rainha (mãe), eliminação de indivíduos doentes ou mortos, cuidados com os

ovos. As segregadas são mantidas como escravas porque a mãe (rainha) as

impede de se desenvolverem para reproductoras ao lhes dar dentadas nas

zonas de formação das asas. As segregadas digerem a celulose com a ajuda de

5

protozoários simbiontes e regurgitam a celulose já pré-digerida para que as

outras castas se alimentem.

A casta dos soldados, por sua vez, tem a função da guarda do ninho e

protecção das segregadas durante a busca de alimentos. Todas as obreiras e

soldados são cegos comunicando através de compostos químicos. Em

determinadas alturas no Verão formam-se reprodutores que têm a função de

procurar outros locais para fundar novas colónias. Em algumas situações como

a morte da rainha podem mesmo formar-se reprodutores secundários a partir de

obreiras. Os reprodutores primários são formas aladas diferenciando-se

facilmente das formigas (Insecta, Hymenoptera) por possuírem asas anteriores

e posteriores do mesmo tamanho e corpo rectangular sem qualquer constrição

entre o tórax e abdómen.

Figura 1. Ciclo de vida de Cryptotermes brevis (Walker, 1953) (Térmita das Indias Orientais).

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Figura 2. Asas de Cryptotermes brevis (Walker, 1953). dispostas no soalho de uma habitação.

Uma forma prática de detectar a presença de uma colonização recente por Térmitas é a detecção de asas soltas (Figura 2) nos soalhos ou cortinas, já que antes de invadirem um novo local as fêmeas se libertam das asas. Os dejectos libertados (Figura 3) são também uma forma de detectar a presença desta espécie.

Figura 3. Segregada, soldado (exemplar com a cabeça mais escura e esclerotizada) e dejectos

de Cryptotermes brevis (Walker, 1953).

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Neste momento está confirmada a presença da espécie Cryptotermes

brevis (Walker, 1953) (Kalotermitidae) (cerca de 6-8 mm de comprimento) (Fig.

3) em várias habitações de Angra do Heroísmo. Trata-se de uma espécie de

madeira seca com origem tropical e que se tem espalhado por todo o mundo

através de navios e madeiras importadas. Esta espécie embora seja de madeira

seca necessita de uma certa humidade pelo que se dá muito bem em ilhas

(Evans et al., 2004). Uma colónia é formada por cerca de 300 indivíduos

(embora possam chegar a 3000 por colónia), podendo ocorrer numa

determinada área várias colónias cada uma com a sua rainha (fêmea) e rei

(macho). Como se alimentam de madeira seca todas as madeiras antigas e não

tratadas, são um alvo potencial de ataque e posterior destruição. Inicialmente as

Térmitas não são observáveis porque fecham os orifícios externos das galerias,

sendo a sua presença apenas notada quando as fezes são expulsas e se

aglomeram nos soalhos (Fig. 3). Nesta altura as colónias já provocaram

extensos danos. Deste modo o seu combate não é uma tarefa simples (Gold &

Jones, 2000). A reprodução dá-se ao fim de quatro anos após um casal

colonizar a madeira. Os meses de Junho e Julho são aqueles em que os novos

casais alados procuram oríficios para colonizar novas partes das habitações

para aí acasalarem.

Os aspectos mais relevantes da biologia desta espécie de térmita acima

descritos são importantes para compreender o seu sucesso e problemas que

provoca. Para além da compreenção da sua biologia foram objectivos principais

deste trabalho os seguintes

1) Determinar quantas espécies de térmitas estão presentes na ilha

Terceira e qual a sua biologia;

2) Determinar os padrões de distribuição e abundância da(s)

espécie(s) em causa na ilha Terceira e em particular no Concelho

de Angra do Heroísmo;

3) Determinar os factores (variáveis) potencialmente envolvidos na

dispersão e sucesso das térmitas na ilha Terceira.

4) Recomendar formas potenciais de controle e gestão da praga;

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2. MÉTODOS 2.1. Amostragem Para a amostragem da incidência do ataque de térmitas no Concelho de

Angra do Heroísmo procedeu-se da seguinte forma:

i) Nas freguesias rurais fez-se uma amostragem ao acaso de 10

habitações;

ii) Na cidade fez-se uma amostragem ao acaso de 10 habitações nas

ruas onde haviam indicações prévias de presença de térmitas;

iii) Após a distribuição do Folheto informativo pela Câmara Municipal de

Angra do Heroísmo (CMA), visitou-se todas as habitações que

notificaram a presença potencial de térmitas até fins de Maio de

2004;

Os critérios utilizados para defenir os níveis de ataque foram os seguintes

(baseado em EN252 / 1992; Ver ficha de campo em ANEXO 1):

Nível A (Sem ataque) – Não se verificou a presença de térmitas, ou

pelo menos não foram encontradas provas fisicas da sua

presença (asas e resíduos fecais);

Nivel B – (Ataque ligeiro) - Ataque perceptivel mas ligeiro;

deterioração muito superficial 1mm a 2mm de profundidade em

alguns pontos ou pequenas áreas;

Nível C – (Ataque moderado) - Ataque moderado revelado sob a

forma de áreas determinadas de vários centimetros quadrados e

com 2mm a 5 mm de profundidade, ou sob a forma de pontos

disseminados com uma profundidade ultrapassando os 5 mm, ou

com os dois tipos de ataque;

Nível D – (Ataque Severo) - Ataque intenso mostrando uma

destruição extensa e profunda (5mm a 10mm) ou galerias

atingindo o centro da estaca ou diferentes combinações destes

dois tipos de ataque;

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Nível E – (Destruição) - Penetração completa e generalização com

destruição total ou quase total: ataque extremamente severo.

Em complemento efectuou-se sempre que possível um inquérito a cada um

dos proprietários visitados seguindo o modelo descrito no ANEXO 2.

2.2. Análise de dados Os cerca de 336 processos obtidos depois de cada habitação ser

detalhadamente vistoriada foram todos introduzidos numa tabela dinâmica e

analisados em termos de frequências. De notar que muitas das habitações que

se tentou vistoriar não foram investigadas por os proprietários não permitirem a

visita dos técnicos. Deste modo, nem sempre foi possível obter 10 amostragens

por freguesia rural ou rua de Angra do Heroísmo. Por outro lado, em algumas

ruas de Angra do Heroísmo obteve-se mais do que 10 amostragens devido aos

pedidos efectuados pelos proprietários para vistoriar as suas habitações após

divulgação do Folheto entregue pela CMA. Consequentemente consideraram-se

apenas as ruas de Angra com pelo menos 5 amostras para modelar os níveis de

infestação. Para uma melhor visualização dos níveis de infestação efectuou-se

interpolação dos dados de percentagem de infestação por rua usando o

Software IDRISI versão 3.2. Os níveis de infestação foram agrupados em pares,

considerando-se os níveis B/C (infestação moderada) e D/E (infestação

elevada).

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3. RESULTADOS e DISCUSSÃO 3.1 Espécies Encontradas (Object. 1) Até à presente data não eram conhecidas espécies de térmitas na fauna

selvagem dos Açores (Borges et al., em prep.). Com o presente estudo passam

a ser conhecidas três espécies:

Ordem: ISOPTERA Família: KALOTERMITIDAE

1) Cryptotermes brevis (Walker, 1953), alados, segregados e soldados de

várias habitações do Concelho de Angra do Heroísmo (Terceira) (Figura

3).

Comentários: Espécie de madeira seca originária das Caraíbas e conhecida

de muitas regiões no mundo - México, América Central e parte norte

da América do Sul, ilhas do Pacífico incluindo as Galápagos, Fiji,

Hawaii, Marquesas, Midway, New Caledonia, e Easter Island. É

igualmente conhecida nas ilhas Atlânticas da Ascenção, Bermuda,.

Canárias, Madeira e St. Helena. Foi introduzida em áreas continentais

como a Australia, China, Madagascar, Cambia, Ghana, Nigeria,

Senegal, Sera Leoa, Africa do Sul, Uganda e Zaire (Gay & Watson,

1982; Evans et al., 2004).

2) Kalotermes flavicollis (Fabricius) (Figura 4) alados, segregados e

soldados retirados de uma Oliveira e Nespereiras no Porto Martins

(Terceira); de oliveiras em S. Mateus e de várias árvores num jardim em

S. Pedro.

Comentários: Espécie de madeira viva originária da Europa e

possivelmente introduzida em estacas de fruteiras. É conhecida como

“Térmita de escoço amarelo”. Pode ser uma potencial praga das

vinhas (!) pelo que algum cuidado deve ser tido em relação a esta

espécie.

11

Figura 4. Soldado (exemplar com a cabeça mais escura e esclerotizada) de Kalotermes flavicollis (Fabricius) capturado no Porto Martins em Oliveiras e Nespereiras.

FAMILY: RHINOTERMITIDAE

3) Reticulitermes sp. Alados e trabalhadores de uma habitação da Base

Aérea Americana nas Lajes (Terceira). Exemplares cedidos por um

trabalhador da Base Aérea Americana, capturados à alguns anos atrás.

Comentários: Não se conhece a ditribuição actual desta espécie de Térmita

subterrânea. Possivelmente terá sido erradicada com base numa

acção de controle efectuada pelos militares da Base Americana.

3.2. Distribuição no concelho de Angra do Heroísmo (Object. 2) Como resultado da amostragem efectuada no Concelho de Angra do

Heroísmo observou-se que os casos de infestação por C. brevis se concentram

em Angra do Heroísmo (Figuras 5 e 6), estando cerca 43% das habitações

investigadas infestadas com térmitas desta espécie. De realçar o facto de

praticamente 50% dos casos positivos serem de infestação severa (D) ou

destruição (E) (Figura 6). O nível de infestação no centro urbano de Angra do

Heroísmo parece não ter um impacto no meio rural (Figura 6), sendo a unica

explicação possível para este padrão as características das habitações e/ou os

factores microclimáticos. De facto, Cryptotermes brevis necessita de ambientes

12

secos mas com alguma humidade, condições prevalecentes no centro histórico

de Angra do Heroísmo e possivelmente na freguesia dos Biscoitos (Concelho da

Praia da Vitória) (Figura 5).

Figura 5. Infestação da espécie de térmita de madeira seca Cryptotermes

brevis no Concelho de Angra do Heroísmo e ainda Biscoitos. Simbologia –

Vermelho (elevada); Amarelo (médio-elevada); Verde (moderada); Cinzento

(ausente).

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Rural Urbano

EDCB

Figura 6. Número de casos com infestação (níveis B a E) de Térmitas nos

meios rural e urbano (Angra do Heroísmo).

3.3. Factores (variáveis) potencialmente envolvidos na dispersão das térmitas na ilha Terceira e em particular em Angra do Heroísmo (Object. 3)

Os edifícios de habitação são aqueles que mais estão afectados (Figura 7),

sendo as partes superiores (sotão e tecto) as mais atacadas (Figura 8). Tal

explica a baixa infestação de muitos estabelecimentos comerciais localizados

nos pisos térreos. No entanto, em vários casos foi observado que os tectos

falsos escondem situações graves, e mesmo em outros casos os moradores

colocaram tectos falsos para evitar a queda arreliadora dos dejectos das

térmitas sem saber a razão do problema. Noutras situações alguns proprietários

colocaram plásticos presos com pioneses cobrindo o forro dos telhados! Foi

igualmente observada a colocação de forro de Criptoméria recobrindo

14

completamente as traves e esferovite entre o forro e as traves. Nesse caso,

além dos dejectos de madeira também foi observado bolinhas de esferovite o

que demonstra que o esferovite usado para manter a temperatura do sotão está

também a ser perfurado e destruído.

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Estabelec. habitação habitação/estabelecimento igreja serviços

EDCB

Figura 7. Número de casos com infestação (níveis B a E) de Térmitas em

vários tipos de edifícios.

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escadas janelas móveis porta roda-pé soalho sobrados sotão tecto

EDCB

Figura 8. Número de casos com infestação (níveis B a E) de Térmitas em

vários tipos de estruturas.

No que concerne ao tipo de madeira infectada, uma grande diversidade de

espécies está afectada (Figura 9), o que se esperaria tendo em consideração

que Cryptotermes brevis é considerada uma espécies polífaga que ataca uma

grande diversidade de madeiras. De facto, duas das madeiras mais usadas,

Cryptomeria japonica e Eucalyptus spp. encontram-se entre as mais infestadas

(Figura 9). Este resultado implica que a substituição das madeiras destruídas

terá de ser cuidadosamente ponderada pois parece não haver uma garantia

absoluta de que haja um tipo de madeira infalível a esta espécie de térmita. No

entanto, observámos habitações de grande valor patrimonial com Pinho

Resinoso e localizadas em locais criticos sem térmitas!

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C

B

Figura 9. Número de casos com infestação (níveis B a E) de Térmitas em

vários tipos de madeira.

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Conceição S. Bartolomeu S. Mateus S. Pedro São Bento Sé Sta. Luzia

EDCB

Figura 10. Número de casos com infestação (níveis B a E) por freguesia.

Três freguesias estão particularmente afectadas, St. Luzia, Sé e S. Pedro

(Figura 10), sendo as ruas do Rego, do Conde, da Palha e de S. Pedro aquelas

com níveis mais elevados de infestação (Figuras 11 e 13).

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D/EB/CA

Figura 11. Percentagem de casos sem térmitas (A), com infestação moderada

(B/C) e com elevada infestação (D/E) nas ruas com pelo menos 5 amostras

disponíveis.

O padrão de infestação pode ser claramente vizualizado através das

Figuras 12 e 13. A baixa de Angra estendendo-se até Santa Luzia e S. Pedro

constitui a zona de maior infestação (níveis D/E) (Figura 13), mas S. Bento,

Caminho Novo e também algumas zonas da baixa constituem zonas importantes

no nível de infestação B/C (Figura 12).

19

0.003.747.4711.2114.9518.6922.4226.1629.9033.6437.3741.1144.8548.5852.3256.0659.80

Medio risco

Figura 12. Percentagem do número de casas infestadas com níveis B/C (ataque ligeiro a moderado) da espécie de térmita de madeira seca Cryptotermes brevis na zona urbana de Angra do Heroísmo.

0.005.0010.0015.0020.0025.0030.0035.0040.0045.0050.0055.0060.0065.0070.0075.0080.00

Alto risco

Figura 13. Percentagem do número de casas infestadas com níveis D/E (ataque severo ou destruição) da espécie de térmita de madeira seca Cryptotermes brevis na zona urbana de Angra do Heroísmo.

20

4. RELATÓRIO DO ACESSOR EXTERNO

Prof. Dr. Timothy G. Myles

Director, Urban Entomology Program, Centre for Urban and Community Studies 455 Spadina Ave., Suite 400, University of Toronto, Toronto, Ontario M5S 2G8

(416) 978-5755; [email protected] Com base nos resultados obtidos durante uma visita à ilha Terceira, o Prof.

Timothy Myles elaborou um relatório que se apresenta no ANEXO 3. Pelo facto

de o Prof. Timothy Myles ser um especialista em Térmitas de reconhecido

mérito, esse relatório foi considerado como fundamental nesta fase, e serviu

também de base para a elaboração de parte das recomendações que

apresentamos de seguida.

21

5. CONCLUSÔES E RECOMENDAÇÕES (Object. 4)

Com base nos resultados obtidos fica claro que estamos perante uma

situação de praga urbana causada pela espécie Cryptotermes brevis, que está

localizada principalmente no centro histórico de Angra do Heroísmo (Figura 5), e

que atingiu já um nível de infestação que impossibilita a erradicação completa.

A distribuição em Angra do Heroísmo e arredores e a não detecção nas

freguesias rurais faz supôr que condições de microclima de Angra do Heroísmo

e ou o tipo de construção das habitações são mais favoráveis a esta espécie. De

facto, muitas das habitações investigadas nos meios rurais tinham elevadas

infestações de caruncho (Anobiidae, Coleoptera) e frequentemente ataques de

fungos. A presença de fungos indica elevados níveis de humidade não

adequados para Cryptotermes brevis, pelo que será de esperar que as zonas

rurais sejam mais dificilmente atacadas por esta espécie. A presença confirmada

desta espécie de térmita na freguesia dos Biscoitos (Concelho da Praia da

Vitória) pode indicar que as condições microclimáticas prevalecentes nessa

freguesia são igualmente favoráveis a esta espécie.

Os padrões observados de infestação de nível D/E (severa ou destruição)

implicam custos elevadíssimos para os proprietários das áreas mais afectadas

(ver Figura 13). De facto, uma grande percentagem das habitações das

freguesias da Sé, Santa Luzia e S. Pedro encontram-se afectadas de forma

irremediável. Pelo que nos foi dado conhecer em termos de área infestada por

esta praga a erradicação assente em apenas aplicação de fumigações de certo

não resolverá o problema, já que a aplicação de tendas para fumigação é muito

perigosa face à proximidade de partilha de espaço comum entre os diversos

edifícios. Outra alternativa para estas situações poderá ser a utilização de

temperaturas elevadas através de termoacumuladores (ver abaixo) (Abe et al.,

2000), mas envolve riscos de incêndio.

Nas zonas periféricas como S. Bartolomeu e principalmente de S. Bento

foram também encontradas algumas habitações afectadas. Existem também

22

casos conhecidos nas ilhas de S. Miguel (Ponta Delgada) e Faial (Horta), assim

como no Concelho da Praia da Vitória (p.e., Biscoitos).

Estamos perante uma situação de gestão de uma praga urbana que se irá

prolongar durante muitos anos. Coloca-se assim uma questão séria que irá

obrigar a repensar a forma como as habitações da zona histórica de Angra do

Heroísmo devem ser reconstruídas após remoção de estruturas de madeira

inutilizadas pela praga. Esta situação coloca vários tipos de problemas:

1) De cariz social – edifícios habitados por idosos, são vários e

apresentam pessoas num estado emocional que engloba o

desespero até à incredibilidade ou negação; ainda existem os que

apresentam incapacidade física assim como incapacidade

financeira. Os proprietários não terão capacidade para arcar com os

custos de tratamentos preventivos e muito menos com os custos de

reparações de grande dimensão como a substituição completa de

telhados ou soalhos. Apresentamos apenas os casos das

habitações com elevados estragos em que os proprietários terão

grandes dificuldades em resolver o problema devido aos elevados

custos envolvidos e às suas incapacidades por motivos de idade

avançada:

- Rua de S. Pedro, 141;

- Rua da Esperança, 5;

- Rua António dos Capuchos, 5.

2) De segurança – em muitas situações a habitabilidade das casas

poderá ser colocada em causa a curto ou médio prazo o que implica

um acompanhamento pelas entidades responsáveis (e.g. Rua

António dos Capuchos, 5; Rua do Rego, 25; Rua do Rego, 10; Rua

do Meio de S. Pedro, 12-B);

23

3) De cariz patrimonial – Edifícios património poderão ter estruturas

em perigo a necessitar tratamentos preventivos, curativos ou

completa substituição de estruturas.

Parece-nos claro que alguma entidade com responsabilidades a nível

regional deverá tomar a iniciativa de liderar um projecto integrado para

controle das térmitas nos Açores. Este projecto deve incluir instituições

públicas locais e regionais, instituições de investigação, empresas e grupos

de habitantes organizados de alguma forma (ver abaixo).

Tendo em consideração que é urgente começar a agir para controlar

situações de baixa e média gravidade, a inciativa privada (e.g. empresas de

“pest control”) deve acontecer e ser incentivada. No entanto, devido às

particularidades da arquitectura de Angra do Heroíamo as técnicas a aplicar

pelas empresas privadas devem ser cuidadosamente acompanhada através

de uma monitorização para validação das técnicas empregues. De facto,

após alguns contactos constatámos que as empresas que estão já a intervir

em Angra e em Ponta Delgada possuem um total desconhecimento da

biologia da espécie Cryptotermes brevis e apostam na aplicação de produtos

generalistas para insectos Xilófagos (e.g. Xilophene). Este acompanhamento

deveria ser efectuado por uma entidade independente (Comissão descrita

abaixo em 1.1 ou equipa de investigação descrita em 1.2) e ser pago

parcialmente pelas próprias empresas durante os próximos dois a três anos.

Um outro aspecto a considerar é a situação dos edifícios desabitados

e ao abandono, sendo alvos de fácil infestação e posterior dispersão para as

casas vizinhas. Medidas devem ser tomadas para a sua vistoria e os

proprietários notificados da situação encontrada para poderem agir em

conformidade com a legislação que entretanto se criar para estas situações.

Exemplos abundam nas freguesias urbanas de Angra mais afectadas e

devem ser tomadas medidas urgentes para avaliar o impacto desses imóveis

para a futura propagação desta espécie de térmita.

24

A) Recomenda-se como actividades de gestão a médio prazo:

1) Criação oficial de um grupo de trabalho multidisciplinar que

seja capaz de nos próximos anos estabelecer as estratégias

necessárias ao combate e contrôle desta praga.

1.1) Este grupo deveria deveria ser composto por um grupo executivo dotado de um orçamento próprio (ver abaixo) e por um

grupo consultivo que reuníria com a comissão executiva duas a três

vezes por ano. Temos um exemplo recente de uma estrutura do

mesmo género, o GESPEA (Grupo de estudo do património

espeleológico dos Açores) que tem trabalhado sob a coordenação da

Direcção Regional do Ambiente com grande sucesso. Sugere-se que

a comissão executiva tenha no máximo 4 a 5 elementos para que seja

funcional, sendo constituída por um entomólogo, ,um especialista em

combate químico de insectos; um especialista em térmitas de renome

internacional (e.g., Prof. Timothy Miles), um Jurista e um operativo

representando a entidade financiadora. A Comissão consultiva seria

mais alargada e deverá incluir representantes das Secretarias do

Governo Regional das Obras Públicas, Agricultura, Ambiente;

Educação e Cultura; representantes das Câmaras Municipais com

problemas de Térmitas (e.g. Angra do Heroísmo, Praia da Vitória,

Ponta Delgada, Horta); representante do Gabinete da Zona

Classificada de Angra do Heroísmo; representante das carpintarias de

cada Munícipio afectado; representantes das empresas de “pest

control”; representantes dos moradores de cada Munícipio afectado.

1.2) Num prazo de dois a três anos o Grupo de Trabalho acima

descrito deveria ser capaz de elaborar um Protocolo adaptado

às características das habitações de Angra do Heroísmo a

seguir pelas empresas de “pest control” sediadas nos Açores.

25

1.3) Para que o descrito no ponto 1.2 seja eficaz deverão as

empresas de “pest control” credenciar-se nas várias técnicas

mais modernas de combate a térmitas de madeira seca, sendo

líderes nesta área várias empresas na zona da Flórida (U.S.A.).

2) Em alternativa, sugere-se o financiamento de um Projecto de 2 a 3

anos de investigação aplicada que permita avaliar a eficácia da

aplicação das várias técnicas de combate à praga nos Açores. Por

exemplo, no seu Relatório técnico, o Prof. Timothy Miles mostra-se

disponível para participar num Projecto desse tipo dedicando 50%

do seu tempo aqui nos Açores a desenvolver várias experiências

em colaboração com a Universidade dos Açores, as empresas de

“pest control” e os moradores de Angra do Heroísmo. Esta

alternativa poderá ser encarada também como um solução

complementar da acima apresentada, deixando de haver uma

comissão executiva (substituída por um grupo de investigadores) e

permanecendo a Comissão Consultiva que manteria reuniões com

este grupo de investigadores.

O orçamento deste projecto será muito elevado, já que há que

financiar pelo menos 1 a 2 alunos licenciados (12 000 EUROS ano

por aluno), financiar o trabalho do Prof. Tim Myles como supervisor

científico (cerca de 10 000 EUROS por ano), adquirir equipamento,

pagar parte dos tratamentos experimentais, etc. Após audiência

mantida com Henrique Schanderl, Director Regional da Ciência e

Tecnologia, existe a indicação de que o actual Governo Regional

está disponível para estudar uma proposta de financiamento de um

projecto com as características acima referidas.

A entidade financiadora deverá ter igualmente em consideração

que o problema irá agravar-se com o tempo e que embora se

concentre actualmente em Angra do Heroísmo tem uma dimensão

26

regional pois Ponta Delgada (S. Miguel) e Biscoitos (Concelho da

Praia da Vitória, Terceira) estão também infestados.

B) Recomenda-se como actividades preventivas

1) Cada morador deve selar o melhor possível as madeiras das janelas,

rodapés, soalhos, tectos, etc., todas as potenciais entradas de casais de

reproductores. Essas entradas podem ser simplesmente os orifícios

realizados pelo caruncho (ver Figura 14), fendas na madeira ou má

conexão de partes das estruturas. A não realização de tal procedimento

poderá implicar a fácil colonização da habitação por térmitas nos meses

de Junho e Julho.

A B C Figura 14. A - Aspecto do namoro de um macho (rei) e uma fêmea (rainha), B - Início de

penetração num buraco de caruncho; C - penetração quase completa) de Cryptotermes brevis

numa trave.

2) Nas habitações onde já existe a confirmação da presença das térmitas

sugere-se a montagem de armadilhas luminosas nos sotãos ou quartos

afectados de forma a caturar o maior número possível de reproductores

durante os meses de Junho e Julho. A armadilha luminosa poderá

consistir de um balde com água sobre o qual se deve suspender uma

lâmpada. Alternativamente pode consistir num aparelho mosquiteiro

(Figura 15) com luz ultravioleta. Este aparelho custará cerca de 60 a 80

27

EUROS. A utilização de armadilhas de cola também pode ser uma opção

(Abe et al., 2000);

Figura 15. Aspecto de uma armadilha de luz ultravioleta colocada num sotão nos

3) Uma outra alternativa será pintar as madeiras dos sotãos com Gasóleo

4) er-se-á aplicar um producto à base de Borato

meses de Junho e Julho de 2004. Notar as térmitas mortas no receptáculo da

armadilha.

(procedimento comum nos meios rurais da ilha de Gomera, Canárias) ou

outro produto repelente, o que previne a entrada de reproductores. Tal

procedimento só será possível se o cheiro do gasóleo não afectar a

habitabilidade das casas.

Alternativamente a (3) pod

(e.g. INJECTA; www.nisuscorp.com 100 Nisus Dr., Rockford, TN 37853

(800) 264-0870;

Utilização de m5) adeira pré-tratada especificamente contra térmitas de

não estão afectadas;

madeira seca (passaporte com essa certificação a acompanhar as

madeiras importadas). Parece que madeiras resinosas nobres (cerne)

podem ser uma boa alternativa. Por exemplo, várias habitações de Angra

do Heroísmo com Pinho Resinoso, em que se utilizou apenas o cerne,

28

6)

ódica de mobiliário. Tal procedimento é vulgar nas

7)

e seu

8)

lar a notificação de presença de Térmitas e listar os direitos e

C) Recomenda-se como actividades de contrôle:

Criação oficial ou privada de Câmaras de Frio, ou de Vácuo, ou de Gás,

para desinfecção peri

Canárias, Canadá, Estados Unidos, etc. Todos os artigos de mobiliário

onde sejam detectados indícios fortes da presença de térmitas devem

obrigatoriamente ser fumigados em câmara adquirida para o efeito;

Autorizar apenas a compra de móveis antigos depois da completa

vistoria, fumigação em câmara adequada desse tipo de mobiliário

posterior tratamento com produtos contra térmitas;

Criação no Aterro Sanitário de um espaço para queima de madeiras

infestadas.

9) Inspecções fitossanitárias - Criação de legislação fitossanitária que

permita regu

deveres dos afectados. No entanto, isso pressupõe normalmente algum

tipo de apoio estatal aos casos notificados. Para além da notificação

obrigatória devem ser sensibilizados os técnicos dos serviços que as

realizam, ou mesmo os inspectores de alfândega e agentes da brigada

fiscal, munindo-os da capacidade de detecção dos estragos que as

térmitas provocam. Realização de inspecções como as que já se

realizam, por exemplo, à entrada de produtos frutícolas e hortícolas. Todo

o tipo de mercadoria que é passível de ser transportada em “paletes deve

ser aleatoriamente verificada a presença ou ausência de térmitas das

espécies: Cryptotermes domesticus, Cryptotermes dudleyi, Cryptotermes

cynocephalus, Coptotermes formosanus, Coptotermes havilandi,

Heterotermes spp. e Reticulitermes spp. (Gay & Watson, 1982; Milano &

Fontes, 2002). Isto, claro, envolve inúmeros meios humanos que podem

ser distribuídos pelas diferentes Secretarias Regionais das diferentes

áreas. Idealmente os técnicos envolvidos deveriam receber formação

para detecção dos sinais associados à presença das espécies acima

mencionadas.

29

Pequenas a médias Infestações

1) Foi recentemente validado nos Estados Unidos um produto não

tóxico à base de extracto de casca de laranja (ácido citrico) que

injectado na Madeira através de técnicas adequadas parece ser

altamente eficiente no combate às Térmitas de Madeira Seca.

Trata-se do D-limonene e está registado num produto com amarca

XT-2000 que é vendido pela empresa Xtermite www.X2000.com

(Xtermite, San Diego, Calif. 6328 Riverdale St., Ste. A, San Diego,

CA 92120 Toll Free Number (866) 870-8485. Sugere-se assim a

realização de contactos com esta empresa de forma a que este

produto possa ser exportado para Portugal e usado pelas

empresas de “pest control” locais.

Outros produtos à base de óleos essenciais parecem igualmente

promissores e devem ser investiga

2)

dos (ver Sbeghen et al., 2002).

festações de grandes áreas

o pode ser usado através de aquecedores

especialmente desenhados para quartos ou andares (Ebeling,.

3) Uso de métodos físicos que incluem “Microondas” e sistemas de

alta voltagem (Electrocutar madeiras) (Lewis et al., 2000; Lewis &

Haverty, 1996; 2001; Abe et al., 2000).

In

4) O controle térmic

1994a , 1994b; Abe et al., 2000). Trata-se de um sistema que

envolve riscos de incêndio e necessita de equipas treinadas para a

sua aplicação. As companhias que desenvolveram tecnologia

deste tipo são:

30

-Isothermics (714) 974-0951 Orange Co., California

-Temp-Air at: www.temp-air.com, Florida

-ThermaPure at www.thermapure.com, Florida

5) Tra ido para se atingir

tem einadas para o

efeito;

7) o de fumigação com gases em tendas envolvendo as

selha

6. BIBL

be, T., D. E. Bignell & M. Hihashi 2000. Termites – Evolution, Sociality,

logy. Kluwer Academic Publishers, Netherlands.

Borges, P.A.V., R. Cunha, R. Gabriel, A. F. Martins, A. F., Silva, and V. Vieira.

Ebeling, W synergistic. IPM Practitione,r

Evans, A. . E. Trumpey 2004. Grzimeck´s

Gay, F. J. & J. A. L. Watson. 1982. The genus Cryptotermes in Australia

tamento pelo frio usando Azoto Liqu

peratures abaixo de zero. Exige equipas tr

6) Deve-se investigar ainda a possibilidade de se utilizar Bolas de

Paradiclorobenzeno ou de naftalina injectadas nas madeiras.

A utilizaçã

habitações embora altamente eficaz não é aplicável às condições

de arquitectura de Angra do Heroísmo, pelo que não se acon

por envolver elevados riscos e por ser logisticamente muito

dispendiosa.

IOGRAFIA

A

Symbiosis, Eco

(eds.) (em prep.). A list of the terrestrial fauna (Gastropoda and

Arthropoda) and flora from the Azores.

Ebeling, W. 1994a. The thermal pest eradication system for structural pest

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16(2): 11.

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Supplementary Series No. 88: 1-64.

31

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R. & M. I. Haverty. 1996. Evaluation oLewis, V. f six techniques for control of the

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Sbeghen, & N. M. de Barros. 2002. Repellence

ptotermes brevis (Isoptera: Kalotermitidae).

western dry-wood termite (Isoptera: Kalotermitidae) in structures.

Journal of Econonomic Entomology, 89(4): 922-93

Lewis,V. R. & M. I. Haverty. 2001. Lethal effects of electrical shock treatments to

the western dry-wood termite (Isoptera: Kalotermitidaea) and resulting

damage to wooden test boards. Sociobiology, 37(1): 1

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Milano, S. & L. R. Fontes. 2002. Cupim e Cidade: Implicacoes ecologicas e

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A. C., V. Dalfovo, L. A. Seratini,

and toxicity of basil, citronella, ho-sho and rosemary oils for the control

of the termite Cry

Sociobiology, 40(3): 585-593.

32

ANEXO 1

33

FICHA DE CAMPO Proprietário Moradia Contacto Tel. Classe de

ataque Classificação Descrição

0 (A)

Sem ataque Sem sinais de ataque

1 (B) Ataque ligeiro

Ataque perceptivel mas ligeiro,deterioração muito superficial 1mm a 2mm de profundidade em alguns pontos ou pequenas áreas.

2 (C) Ataque moderado

Ataque moderado revelado sob a forma de àreas determinadas de vários centimetros quadrados e com 2mm a 5 mm de profundidade, ou sob a forma de pontos disseminados com uma profundidade ultrapassando os 5 mm,ou com os dois tipos de ataque.

3 (D) Ataque Severo

Ataque intenso mostrando uma destruição extensa e profunda (5mm a 10mm) ou galerias atingindo o centro da estaca ou diferentes combinações destes dois tipos de ataque.

4 (E) Destruição

Penetração completa e generalização com destruição total ou quase total : ataque extremamente severo.

Adaptado de EN252 / 1992

34

Observações de locais de infestação

Locais

Classe de

ataque

Observação

Sotão

Tecto

Roda-pé

Soalho

Portas

Janelas

Armários

Estantes

Mobilias

35

Outros

Utiliza produtos químicos ou outras técnicas de prevenção? Sim Não

Quais?

36

ANEXO 2

37

FOLHA DE INQUÉRITO TÉRMITAS - INQUÉRITO N.º _______

Nome:_____________________________________________________

Localização SIG_________________

Morada:____________________________________________________

Contacto: __________________- ______________________

1. Tipo de edifício

Habitação Estabelecimento Serviços

2. O que é que está afectado (traves do tecto; soalho; móvel; aros de janela ou porta,

outras)_____________________________________________________

3. Tipo de madeira em presença ___________________

4. Quando foi colocada na casa a madeira que agora apresenta problemas (ano)

_____________

5. De onde veio essa madeira_________________________________________

6. Como se apercebeu deste problema (por si, vizinhos, jornal, etc.)?

____________________

7. Quando detectou este problema (ano/ mês)____________________________

8. Conhece bem as Térmitas? Sim ______ Não_______

9. Sabe o que as distingue das formigas ? Sim ______ Não_______

10. Se sim, indique o quê?_______________

11. Sabe o que as distingue do caruncho ? Sim ______ Não_______

12. Se sim, indique o quê?________________

13. Sabe se existem meios para combater esta praga? Sim ______ Não_______

14. Foi tratada Sim ______ Não_______

15. Se sim, indique quais, quando e quantidade______________________

16. Conhece vizinhos ou casas contíguas com problemas?

38

Sim ______ Não_______ 17. Se sim, indicar a sua localização e nome ______________________________

18. Acha que existe conhecimento técnico na ilha sobre esta praga?

Sim ______ Não_______ 19. Acha que o problema tem grande expansão na cidade?

Sim ______ Não_______ 20. Acha que as entidades oficias têm conhecimento deste problema?

Sim ______ Não_______ 21. Na sua opinião quem deveria lidar com este

problema?_______________________

22. Qual deveria ser a sua actuação?_____________________________________

23. Que precauções devem ser tomadas para evitar a propagação desta

praga?__________________________________________________________

24. Quem na sua opinião deve receber e tratar devidamente essa madeira

retirada?_________________________________________________________

25. Que destino deve ter a madeira substituída das

casas?_____________________________________________________

Observações:

39

O inquiridor:_________________________________________

Duração _______________ Data: __________________

40

ANEXO 3

Report on Termites in the Azores

With emphasis on Cryptotermes brevis and its control

July, 2004

By:

Timothy G. Myles, Ph.D.

Director, Urban Entomology Program,

Centre for Urban and Community Studies 455 Spadina Ave., Suite 400, University of Toronto,

Toronto, Ontario M5S 2G8 CANADA (416) 978-5755; [email protected]

41

Background

The Azores archipelago, located in the north Atlantic Ocean, is part of Portugal.

The nine islands, located on the mid-Atlantic ridge are all of volcanic origin. The

nearest landfall is Lisbon, located about 1,400 km to the east. The coordinates

are 28-30° West by 37-39° North. Thus, it is approximately on a line drawn

between Washington D.C. and Lisbon. At this latitude, the islands have a mild

climate, averaging 23°C in summer and 13°C in winter, and because of the

moderating effect of the ocean, are frost-free year round. Because of the

extreme isolation of the islands the native flora and fauna are typical of oceanic

archipelagos such as the Hawaiian Islands in being extremely depauperate of

most continental groups of organisms, high in endemisms evolved from ancient

pioneer species (neo-endemics) or actually extinct in mainland (paleo-

endemics), with high levels of recent introductions, either intentional or

unintentional due to human commerce (70% of vascular plants are exotics)

(Silva and Smith, 2004). Termites, representing the insect order Isoptera, were

one of many groups of organisms, absent from the islands, until recently.

Pellets, shed wings, and wood damage caused by an unknown insect started to

be noticed by some residents in the central section of the city of Angra do

Heroísmo, Terceira Island, about ten years ago. One such resident tried a

number of surface spray applications of a wood preservative (“Xylofene”) but

found this to be ineffective. Despite ongoing infestation by a number of

residential properties, the situation was not brought to the attention of relevant

authorities until recently. Two years ago insect samples were submitted to staff

of the Universidade dos Açores, Dep. de Ciências Agrárias and were

determined to be dry-wood termites. Samples sent to the Forestry Division in

mainland Portugal resulted in a determination of the species as Cryptotermes

brevis, also known as the West Indies powder-post termite, or furniture termite.

In early 2003, I was contacted by a representative of the local government, Mr.

Marcolino Candeias regarding the “Newly discovered and extensive infestation

of Cryptotermes brevis”. A meeting had been held with the mayor of Angra,

1

other regional government representatives, and entomologists from the

University of the Azores. It was suspected on the basis of verbal reports that at

least two islands, Terceira and S. Miguel were probably affected. Funding was

allocated for the University to conduct a survey that started in February 2004. In

my initial e-mail to Mr. Candias I outlined the general methods of control and

also provided other recommendations.

Subsequently, I was contacted by Dr. David Horta Lopes of the Department of

Ciências Agrárias, to clarify differences in control for dry-wood and

subterranean termite control.

Later I had correspondence with Dr. Paulo Borges who had been selected to be

the entomologist coordinator of the project “Termite Survey of Terceira Island”.

Dr. Borges is working with two other colleagues, Dr. David Horta Lopes and Dr.

Ana Maria A. Simões and two students in this important preliminary survey

supported by the Mayor of Angra do Heroísmo. Dr. Borges’ students, produced

an information brochure that was distributed by the mayor of Angra, and are

now continuing to conduct house inspections to map the area of infestation in

Angra do Heroísmo.

New Records of Three Termite Species on Terceira Island

Dr. Borges sent samples of three termite species to me for identification.

General localities and identities are as follows:

ORDER: ISOPTERA

FAMILY: KALOTERMITIDAE

4) Cryptotermes brevis alates, pseudergates and soldier from buildings in

Angra do Heroísmo.

5) Kalotermes flavicollis alates, pseudergates and soldier from olive orchard

on just west of Angra and near Porto Judeu.

FAMILY: RHINOTERMITIDAE

6) Reticulitermes sp. sample of alates and workers from the US base near

Lajes on Terceira.

2

Dr. Borges is the leading authority on the insects of the Azores and has

compiled an extensive database on insect biodiversity of the Azores based on

published records and collections (e.g. Borges, 1990; 1999; Borges et al., in

prep.). Until recently there had been no published records or collections of

termites from the Azores. The following hypotheses seem to account for these

new termite species records.

Cryptotermes brevis is native to the Caribbean region where it is known from all

the islands of the Greater and Lesser Antilles. Is also occurs in southern

Florida and coastal regions Mexico, Central America and northern South

America. It has been introduced to Pacific islands including the Galapagos, Fiji,

Hawaii, Marguesas, Midway, New Caledonia, and Easter Island. It is known

from the Atlantic Islands of Ascension, Bermuda. CCanaries, Madeira and St.

Helena. It has also been introduced to the coastal areas of continents including

Australia, China, Madagascar, Cambia, Ghana, Nigeria, Senegal, Sierra Leon,

South Africa, Uganda and Zaire. The species often infests the spars and

decking of wooden boats and may have been widely distributed in the early

days of wooden whaling ships. Modern sailing craft tend to have aluminum

spars and fiberglass hulls. However many boats continue to harbor infestations

in the decking or interior wood furnishings, and visitation by infested craft could

lead to infestation of the islands due to alate flying from boats in harbors to

nearby buildings. Another route of entry is through freight ships, which often

have wood dunnage, which may be infested, or goods packed on wooden

pallets that may be infested (Stanaway, et al, 2001). When the wooden pallets

are off loaded the infestation is brought ashore. The species also infests a wide

range of wood species including hardwoods from which furniture is made,

therefore it frequently infests furniture and is frequently introduced to new

localities in wooden furniture. Cryptotermes brevis is probably the most widely

dispersed termite species in the world and has become a major structural pest

in all places where it has been introduced. The currently known infestations of

Cryptotermes brevis, are only from buildings, in a number of blocks extending

from the harbor, suggesting entry in the port area at least several decades ago,

possibly at the time of the last major earthquake, in 1980 and associated with

3

extensive importation of building materials and rebuilding at that time. However

other parts of the island are also infested (Borges, pers. comm.).

The infestations of Kalotermes flavicollis, in contrast, are not known from

buildings but only from orchard trees in two widely separated areas (at least 10

km apart). The species, therefore, may have been introduced in vineyard or

orchard stock imported from mainland Portugal. It may actually have been

imported to the islands long ago and may now be fairly widespread but has

evaded detection because it is mainly restricted to introduced woody plants and

attacks mainly dead branches on living trees and is not a significant pest.

However, it can be a minor pest of vineyards and a minor structural pest in

wood with high moisture content (Harris, 1970). Further surveys in orchards

and vineyards on Terceira and other islands would be of interest to clarify the

distribution of this termite. Kalotermes flavicollis is the only European species

of Kalotermitidae. K. dispar Grassé is known from the Canaries Islands, and K.

approximatus is known from the southeastern United States and Bermuda.

Specimens from Terceira were directly compared with specimens of K.

approximatus and did not match. Specimens were compared with illustrations

of K. flavicollis in Krishna (1961) and nearly identical illustrations of K. dispar in

Grassé (1986). On the basis of the slightly greater projection of the left second

marginal tooth of the soldier mandibles, the specimens appear to match K.

flavicollis. Furthermore the yellow pronotum of the dealate queen also matches

the description of K. flavicollis.

Reticulitermes sp. is known only from one or a few buildings on the American

base near Lajes. Therefore it was presumably introduced from the United

States and treatment of the affected buildings suggests that it is currently under

control. However, further contact with the American military officials should be

made to ascertain the limits of the infestation and to insist that baiting or other

relevant efforts (such as Trap-Treat-Release) be implemented with the objective

of eradication before this termite has a chance to spread and become

established.

4

Observations of Cryptotermes brevis structural infestations

The main focus of concern at the current time is the structural damage being

caused by Cryptotermes brevis. To observe the structural infestations in the

Azores first hand, I made a short, four-day visit to Terceira and Angra do

Heroísmo, (March 28-31, 2004). During my visit Dr. Borges escorted me to a

number of infested buildings including several private residences, government

buildings and offices, a large Catholic seminary and the local museum. In every

case the main site of infestation, or at least the most accessible and visible

damage, was seen in the attic areas of the infested buildings.

Angra do Heroísmo is a very old city, founded in 1430. Buildings in the infested

area are hundreds of years old and built according to the European style of

construction in which the most units are three stories high and each separate

residence shares common dividing walls. Therefore all the buildings of a city

block are essentially joined together as a unitary structure. This situation would

create difficulties and hazards for use of tent fumigation with toxic gases.

The exterior walls and foundation are stone, rubble and solid masonry. The

shared walls between residences are also stone or masonry. The ground floor

is usually not wooden, but in some cases there is a cellar and the ground floor

is wood. Usually the second and third floors (ceilings of the first and second

floors) are supported by heavy wood beams and wood joists with hard wood

flooring. The ceiling is usually made of plaster on wood lath. As well, in some

of the historic buildings there are elaborate hardwood ceilings and/or moldings.

The ceiling of the third floor is also constructed of wood joists which hold the

lath for the ceiling plaster and dorsally are covered with planking, forming the

floor Partitioning walls on all floors above the first floor are made of wood studs

and most walls throughout are finished with plaster on lath finishing rather than

drywall. Window and doorframes are wooden. Frequently second floor windows

open as double doors to a wrought iron balcony and are not screened. Windows

and doors in general are not screened and frequently left open for ventilation,

thus providing easy entry by flying alates.

5

The roof is formed of red terracotta roofing tiles in alternating concave and

convex series. This roofing system is mandated by local bylaws to maintain the

historic appearance of the city. Such roofs do a good job of shedding rainwater

but the tiles do not interlock tightly and hence such a roofing system has many

cracks and gaps, which make it far from airtight. The tiles themselves are

supported by framework of unfinished wooden beams and rafters. Often the

entire attic area is internally cladded with unfinished softwood lumber. So the

attics, because of their tile roofs with many gaps, afford easy access for termite

entry and because of the abundance of unfinished wood rafters ceiling joists,

flooring, cladding, and ceiling lath offer an abundance of dry wood ideal for

termite infestation. In addition, there is a common local anobiid beetle which

frequently attacks the wood in the attics, though its damage is less severe than

that of the termites, its exit holes provide an abundance of entry holes for

termites, thus further facilitation termite infestation and re-infestation.

The growth rate of kalotermitid colonies is slow. Once the first termite colony

becomes established in an attic it may take 4 or 5 years to reach reproductive

maturity, after which it will start to produce an annual crop of alates which will fly

in the attic and most of which will then re-infest the attic. As the colony grows, to

a population maximum of up to about five thousand, the annual alate output per

colony may be hundreds to a few thousand. Thus, over a period of 10 to 15

years, an attic can become infested with hundreds or thousands of separate

termite colonies, each of which may number up to several thousand termites. In

the earlier stages of such infestation, individual piles of pellets indicate the

location of separate colonies. This type of situation, with discrete colonies

identifiable by separate piles of pellets was seen in some of the houses and in

the attic of the museum. In more advanced stages, most of the beams are

infested throughout their length and pellets are dropped everywhere so that

distinct separate colonies are not discernable. This heavier stage of infestation

can exist in an attic possibly for a decade or more without seeing much or any

evidence of termites in the lower parts of the house. Eventually infestations can

be expected to move into the lower floors of the house as a few alates find their

way into the house and establish colonies in furniture or wood molding or

flooring. Colonies can also be expected to descend to lower portions of the

6

house as galleries in the wood gradually extend from joists in the attic down

through wall studs of the interior partitioning walls.

In many cases entire city blocks have shared walls so that the entire block is

effectively one structure. Because of the style of construction with shared walls

it would be difficult to separate individual properties with airtight tarps for the

purpose of chemical fumigation. It might be possible to do some buildings and

some small blocks. However, even this is questionable, because the streets are

very narrow and therefore the adjacent blocks are much closer than would

normally be the case in such places as Florida and Los Angeles where

chemical fumigation is commonly practiced, and consequently a greater danger

due to leakage and wafting fumigant during the final aeration process.

To Eradicate or to Manage?

If only a few buildings were infested then an all out effort to eradicate would be

warranted. However, it is my belief that the situation is too far-gone to

realistically expect that eradication is now achievable, and re-infestation due to

commerce and movement of furniture would be inevitable anyway. Any

attempt to achieve eradication through a massive publicly funded fumigation

program would probably be unsuccessful in the long run. Such an eradication

program was undertaken in Durban, South Africa when C. brevis was first

discovered in 1918. The programs eventually failed to achieve eradication and

continuous spread of the pest was seen as inevitable (Coaton and Sheasby,

1979). In Queensland, Australia C brevis was first discovered in the 1960s.

Under the Diseases of Timber Act of 1975 it was designated a “notifiable pest”,

meaning that any infestation must be reported to the authorities. Tent

fumigation was then undertaken and supervised by Department of Forestry with

no cost to the householder (Peters, 1982). Despite this ongoing publicly

financed program, the pest appears to have become established along the

coast of Queensland. Therefore the more realistic view of the situation is one of

long term management and reckoning with the higher periodic building

maintenance costs and more rapid deterioration of historic structures. In this

7

respect, the Azores has sadly joined company with such other localities as

south Florida, New Orleans, and Hawaii as places where this pest has or

inevitably will become permanently established and requires continuous costly

control measures. Truly, the introduction of C. brevis is a major slowly unfolding

natural disaster whose cost will soon eclipse that of previous sudden disasters

such as earthquakes.

Control Options

First, it is important to make certain critical distinctions about termite control and

then to layout the framework of dry-wood termite control. It is critically important

to understand that from an applied perspective there are basically two types of

pest termites, either dry-wood termites or subterranean termites. The types of

control that are appropriate are entirely different for the two. Subterranean

termite control usually entails soil termiticide barrier treatments while dry-wood

termite control usually entails direct treatment of infested wood,

compartmentalized treatment of areas with infested wood or whole-house

fumigation.

Secondly, there is a tendency to think mainly in terms of remedial control but a

larger vision of the problem, should include preventive control. Preventive

control can be subdivided into 1) regulatory control, 2) inspection measures and

3) construction practices such as caulking and screening aimed at blocking

termite entry points. Remedial control can be either 1) removal and destruction

of infested furniture or isolated structural members 2) direct treatment of known

infested items of furniture or exposed wood work or 3) compartmentalized

treatment of rooms or attic areas that can be more or less closed off and

individually treated or 4) whole-house or whole-structure control or 5) whole-

block control usually by gas fumigation or heat treatment.

8

Regulatory Control and Inspection

New regulations should be legislated and would probably fall under existing

phyto-sanitation and inspection regulations or procedures. Considering the long

settlement of the Azores it is surprising that termite introductions are only now

becoming a problem. As an island archipelago, with substantial shipping traffic,

it is almost inevitable that exotic pests, including several other species of

termites will from time to time be introduced and therefore procedures should be

in place to prevent such introduction. All dry-wood (Kalotermitidae) and

subterranean termites (Rhinotermitidae) should be listed as prohibited from

introduction and the inspection services should have the power to intercept and

destroy or fumigate at owners cost any imported article found with such

infesting insects. Additional termite species which are especially notorious for

transport and introduction are: Cryptotermes domensticus, Cryptotermes

dudleyi, Cryptotermes cynocephalus, Coptotermes formosanus, Coptotermes

havilandi, Heterotermes spp. and Reticulitermes spp. (Gay, 1969; Gay and

Watson, 1982; Milano and Fontes, 2002). Inspections must be trained in the

identification of termites and signs of termite infestation including the

appearance of termite damage, dry-wood termite fecal pellets, and

subterranean termite shelter tubes.

Prevention of Initial Infestation

The public at large should also be educated about the extreme danger of

importing wooden articles from abroad that may harbor dangerous new

introductions of wood destroying organisms such as wood boring beetles and

termites. In addition people must be made aware of what areas are currently

infested and not to move or take any wooden furniture from such areas and to

be very cautious about bringing any old wooden furniture into their home. In

addition, screening of windows and sealing all cracks and holes which would

provide nesting sites for alates to start colonies, with caulk and paint around

door and window frames is advisable. New wood construction in attics should

be with pressure treated wood. Wood in attics should be treated with wood

9

preservatives, for example, borate compounds such at disodium octaborate

tetrahydrate formulated for with glycol for dry-wood application such as

Boracare should be used to treat unfinished Attics can also be dusted with silica

aero-gel or boric acid to deter alates from successfully initiating new colonies

(Ebeling, 1994b). Such measures are likely to be only partially effective, but

nevertheless should be used.

Prevention of Re-Infestation

The pattern of infestation suggests that infestation usually start from an

introduced item of furniture or from an infestation of the attic. In either case, the

infestation dramatically worsens as the process of re-infestation takes place

following flights of alates from the original infesting colony. Therefore early

detection is important and intensive efforts should be made to eliminate the

initial colony by wood removal and disposal or direct treatments. When

infestations in attics reach the point where this is not possible without complete

replacement of all timbers then efforts should be made to trap alates. This can

be done with a light trap over a bucket of engine coolant. The light will attract

the alates and which will fall into the bucket and drown. Alate flights have been

reported mainly during the evening hours during the months of June and July,

and therefore traps should be operated during these months. Further research

could be conducted by the University of the Azores to improve trapping

efficiency.

Removal and Disposal or Furniture Fumigation

In the initial stages of infestation it is often possible to identify an infested piece

of furniture by the fecal droppings from it. Such items should either be removed

and destroyed or treated in such a way as to positively kill the termites. A

designated place at the municipal landfill should be set aside for such furniture

or other known or suspected termite infested materials to be disposed. Such

items should be either buried or incinerated. If a large amount of such material

10

accumulates it should be buried or incinerated before the season of alate flights

to prevent flight that could lead to local infestations near the landfill. Many items

of infested furniture may be valuable and worth trying to salvage. In this case it

should be possible to treat them in a vault with gas fumigant. Alternatively a

closed container such as an old trucking or shipping container could be used

and would not have to be air-tight if the method of treatment was no2n-toxic

physical controls such as propane heat, CO2 (Delate et al, 1995), or N gas.

Another option would be to find a local cold storage facility where they could be

held at below freezing temperatures for several weeks. Again, research by the

University could lead to a practical method for doing this locally.

Direct Wood Treatment of Limited Infestations in Exposed Timbers

Chemical of physical methods can be used for direct wood treatment. Chemical

treatment can involve sprays or drill and injection. Surface sprays are not likely

to be effective. Injecta by Nisus is a borate product that seems to me to be one

of the best options and also one of the safest for the applicator to use.

www.nisuscorp.com 100 Nisus Dr., Rockford, TN 37853 (800) 264-0870

It has been shown that various essential oils with low toxicity to humans can be

used for dry-wood termite control (Sbeghen et al, 2002). D-limonene an extract

of citrus peels has also recently been tested and registered for dry-wood termite

control, and would appear to offer a relatively safe botanical treatment option.

This is available as a newly registered product called XT-2000 from the San

Diego CA based company Xtermite.

www.X2000.com (Xtermite, San Diego, Calif. 6328 Riverdale St., Ste. A,

San Diego, CA 92120 Toll Free Number (866) 870-8485

Other fast-acting drill and injection systems are available such as Whitmire’s

PT270 (Dursban) pressurized injection system.

11

Physical methods include microwaves, electrocution (Lewis et al, 2000; Lewis

and Haverty, 1996) Spot treatment with a 700 W microwave device for 8

minutes at the infested area. Etex, Las Vegas, Nevada, markets a

commercially device called the electrogun. The device emits high voltage

(90,000 V) at low current (ca. 0.5 amp).

www.Etex-ltd.com 3200 Polaris Ave., Suite 9 Las Vegas, NV 89102

(702) 364-5911 Fax (702) 364-8894 Email: [email protected]

Non-Air-Tight Compartmentalized Treatment

of Rooms, Attics or Portions of Structures Thermal control can be achieved with excessive heat generated and blown into

rooms or attics using specially designed propane convection heater/blowers.

Circulating fans are used inside to maintain and even heating. The lethal

temperature for the termites is about 49°C (120°F). However, to achieve this

inside the wood it is necessary to raise the air temperature to 65°C (150°F) for

about 6 hours (Ebeling, 1994). Some building components can be damaged at

this temperature such as warping of PVC plastic pipes. Companies that have

developed some expertise in thermal control and offer licensing are:

-Isothermics (714) 974-0951 Orange Co., California

-Temp-Air at: www.temp-air.com, Florida

-ThermaPure at www.thermapure.com, Florida

Liquid nitrogen can be used to achieve below freezing temperatures. This

method is mainly used for treating inaccessible wall voids. Holes are drilled into

the plaster or drywall and the liquid nitrogen is poured into the wall voids.

Dosage rates of about 200kg/ m3 (Lewis and Haverty, 1996). Other methods

which seem to warrant further university research are 1) drill and steam

injection and 2) drill and wrapping of infested boards with solid fumigants such

as those used in moth balls (para-dichlorobenzene, naphthalene or dichlorvos).

Again, a research breakthrough on either of these fronts could greatly simplify

and reduce the cost of control.

12

Air-Tight Whole-Structure or Whole-Block Fumigation

Conventional treatment for heavily infested structures involves tent fumigation

with toxic gases methyl bromide or sulfuryl fluoride (Vikane) (DowElanco). This

method requires the complete enclosure of the structure to be treated with

airtight tarps and a safe distance of the structure away from neighboring

structures. Because of the adjacent construction with shared walls of most of

the infested buildings in the historic district of Angra where the termite

infestation is located, it seems to me that it would be difficult and dangerous and

require exceptionally large tarps to employ this method in the area. Some of

the more isolated buildings however might be treated in this manner. As no

local company has the expertise required for such work, it would be necessary

to contract US companies in Florida for this sort of work.

Summary of Situation It is reasonable to ask, “Why not simply adopt the methods approved in other

developed countries, such as the US and Australia, where this same termite

species has been introduced?” The answer is that in those countries there

have always been native termite problems, which existed before Cryptotermes

brevis was introduced so that an entire termite control industry, regulatory

government agencies, and pest control companies existed to deal with the

problem. No such existing government or private termite control infrastructure

exists in Portugal or the Azores. Termite control is more complicated,

potentially dangerous, and with higher liability issues than other types of pest

control. In addition, the primary method of dry-wood termite control, namely,

tent fumigation, would appear to be very difficult, if not impossible, to implement

in some of the most affected areas of the Azores, such as Angra do Heroísmo,

because of the architectural style, shared walls, relatively fragile tile roofs, and

high density of buildings. Tent fumigation would be difficult and hazardous

under such circumstances. The alternative methods, which might be used,

have not been tested under the architectural conditions existing in the Azores.

13

Other potentially effective methods, need further testing. Furthermore, obtaining

the chemicals and fumigants might also be difficult commercially but would be

easier under experimental permit approval. Therefore, I believe that it would be

appropriate for the government of Portugal to set up a short term Termite

Research Project for three to five years which would have the objective of

evaluating appropriate control options for the conditions which exist in the

Azores and for coordinating the development and implementation of safe and

effective, government approved, and regulated private sector termite control.

This will require a short period of government sponsorship after which time, the

handling of this problem will be turned over to appropriately trained locally

based private enterprise utilizing methods that will be safe and effective.

Research Questions: Because of the large number of infested structures, most of which have

infested, accessible, and removable floor and wall boards from the attic, the

situation in Angra provides an exceptional opportunity to conduct research trials

Normally it is fairly difficult to obtain infested boards for such trials, so this is a

rare opportunity to do practical research which could lead to the discovery of

locally appropriate and economical approaches to control. Research would be

mainly in the form of ongoing treatment trials of infested structures and

evaluations of existing structures, supplemented by laboratory studies

• Rate of wood consumption

• Rate of pellet production

• Relationship of pellet dropping to pellet production and population size

• Evaluate various solid fumigants with and without drilling

• Efficacy of drilling and high pressure steaming with and without borate

• Evaluate effect of depressurization with vacuum.

• Evaluation of various wood treatments with and without drilling for boards

of different dimensions.

• Evaluation of various alate trap designs.

14

• Set up vault or container for furniture treatment and to evaluate CO2 N2,

Heat, etc.

• Set up disposal/incineration site.

• Eradication of the Reticulitermes infestation using TTR.

Recommendations

1. Designate a place to dispose of infested wood

2. Set up a fumigation vault, heat chamber or cold storage for treatment of

furniture

3. Pass termite legislation which:

a. Prohibits importation of any termite infested wood

b. Empowers inspectors to seize and destroy such wood

c. Or requires owner to pay for cost of fumigation

d. Requires infested homes to be reported and treated

e. Specifies the types of treatment which are approved

f. Requires inspection and clearance at time of sale

4. Commission educational materials in form of book, brochures, museum

exhibits.

5. Set up three to five year “Termite Research Project” to evaluate some

existing and some alternative methods of control and determine which

are most appropriate and effective for Azores conditions of architectural

design.

6. During three year period participation in project trials is on voluntary

basis, 50% paid from grant, with no warrantee of efficacy

7. After three years, selected methods and products are submitted for

approval in Portugal for termite control (approval process may take 1-2

years)

8. Commercial pest control companies must obtain training and license

from the government and must have relevant insurance coverage. .

9. Project will do lab and structure trials on about 50 properties per year,

produce annual reports, publish results of research, collaborate in

development of educational materials, coordinate with relevant

15

government agencies obtaining appropriate permits and developing

training and licensing materials.

Funding Estimates

The cost of the research would be partially defrayed by homeowner

contributions to control trials in homes. A cost sharing scheme might be worked

out in which the local government would pay half the cost and the homeowner

the other half with the understanding that the work is being done as an

experimental trial with no immediate guarantee of control. If funding can be

secured, I would be willing to devote 50% of my time to such a project over the

next three years. This would allow for the determination of appropriate local

control methods and transfer in 3 to 5 years of the problem to appropriately

trained personnel and establishment of the private sector businesses.

Termite Research Project funding estimates: o 2 MSc projects @$20,000 = $40,000

o Project Supervisor $50,000 + $10 K travel & lodging expenses

o Equipment and Supplies $25K

o University administration overhead $15K

o Up to $50K/year allocated one to one matching funds grants to

property owners who participate in control trials. Up to

$1000/property owners

o Designate lab and office space at University

Total: $140,000/yr X 3 years with $50,000 per year recovered from

homeowners.

Thus the cost to government would be about $90,000/yr X 3 years =

$270,000.

16

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19

Final Report submitted: ________________

Signed: _________________

Timothy G. Myles

20