dcas caracterizadas por opacidades lineares e reticulares

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Dr Emanuel R Dantas Médico Radiologista – Membro Titular do CBR

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Pneumonias Intersticiais Idiopáticas: PIU, FPI, PINE, PID, PIA Doenças colágeno-vasculares: Esclerodermia, Artrtite Reumatoide. Doença Pulmonar Induzida por Drogas Pneumonite por Radiação e Fibrose Asbestose

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Dr Emanuel R Dantas Médico Radiologista – Membro Titular do CBR

Pneumonias Intersticiais Idiopáticas � São um grupo heterogêneo de lesões

intersticiais inflamatórias e fibrosantes que ocorrem sem causa conhecida, sendo classificadas, com base nos seus aspectos histológicos, em: �  PIU �  PID �  PIA �  PINE

Dr. Emanuel R Dantas

Pneumonias Intersticiais Idiopáticas �  PIU:

�  É o tipo mais comum de pneumonia intersticial idiopática.

�  É um diagnóstico histológico e um padrão de reação pulmonar à injúria, podendo ocorrer secundariamente à exposição de poeiras (ex.: asbesto), drogas (ex.: bleomicina) ou radiação bem com pode ser vista em associação à dças do colágeno.

�  As anormalidades histológicas parecem representar diferentes estágios na evolução da fibrose, uma combinação de lesões antigas e ativas (heterogeneidade temporal).

Dr. Emanuel R Dantas

Pneumonias Intersticiais Idiopáticas � PIU:

� Quando nenhuma etiologia é encontrada, ela é classificada como pneumonia intersticial idiopática e neste contexto é agora considerada sinônimo de FPI.

�  PIU à Anormalidade histológica / FPI à descrever a dça que resulta nesse achado histológico.

Dr. Emanuel R Dantas

Pneumonias Intersticiais Idiopáticas � PID:

� Condição incomum, que apesar de ser considerada como PII, a maioria dos pcts com PID são fumantes.

� PIA: �  Entidade clínico-patológica caracterizada

pela presença de dano alveolar difuso (DAD) em pcts com IR que se instala em dias a semanas.

Dr. Emanuel R Dantas

Pneumonias Intersticiais Idiopáticas � PINE:

� Caracterizada histologicamente pela presença de proporções variadas de fibrose e inflamação intersticial sem qualquer aspecto específico que possa permitir o diagnóstico de PIU, PID ou PIA.

�  É, portanto, um diagnóstico de exclusão. �  Pode ser idiopática ou representar um padrão

reacional visto em pcts que têm dças colágeno-vasculares ou pneumonite por hipersensibilidade.

Dr. Emanuel R Dantas

Fibrose Pulmonar Idiopática

� Ocorre mais comumente em pcts entre 40-70 anos.

� Clínica: dispnéia progressiva e tosse. � O diagnóstico da FPI é limitado aos pts com

achados histológicos de PIU. � Pcts que têm achados histológicos de PID,

PIA ou PINE, não podem ser considerados como FPI.

Dr. Emanuel R Dantas

Fibrose Pulmonar Idiopática

� Achados Radiográficos: � Mais comuns: opacidades lineares irregulares

bilaterais que formam um padrão reticular. �  Embora possam ser difusas, as opacidades

envolvem exclusivamente as zonas pulmonares inferiores em 50-80% dos casos.

Dr. Emanuel R Dantas

Fibrose Pulmonar Idiopática

� Achados na TCAR: �  Predominantes: ○  Faveolamento ○  Espessamento intersticial intralobular

� Outros achados: espessamento septal interlobular e opacidades em vidro-fosco

�  Em áreas de fibrose grave, pode-se observar bronquiectasias de tração.

Dr. Emanuel R Dantas

Reticular opacities in a 69-year-old man with mild idiopathic pulmonary fibrosis. HRCT at the level of the right upper-lobe bronchus demonstrates irregular reticular opacities bilaterally in the subpleural lung regions. In several areas, irregular septal thickening (small arrows) and traction bronchiolectasis (open arrows) are visible. Irregular interfaces are present along the mediastinal and costal lung surfaces. Dr. Emanuel R Dantas

Fibrose Pulmonar Idiopática

� Achados na TCAR: �  Linhas subpleurais também podem ser vistas,

geralmente indicando fibrose. �  Em muitos casos, há predomínio de achados de

faveolamento, com distorção grosseira da arquitetura pulmonar.

� Obs.: O espessamento septal interlobular às vezes visto na FPI é um achado menos proeminente que o intralobular ou o faveolamento.

Dr. Emanuel R Dantas

Reticular opacities in a patient with idiopathic pulmonary fibrosis. Scans at two levels (A, B) show a peripheral predominance of abnormalities indicative of fibrosis, including irregular interlobular septal thickening (black arrows) and subpleural lines (white arrows). However, the predominant pattern is that of intralobular interstitial thickening with areas of honeycombing.

Dr. Emanuel R Dantas

Fibrose Pulmonar Idiopática

� Achados na TCAR: � Opacidades em vidro-fosco: Pode indicar a

presença de inflamação ativa � Os achados da FPI em geral predominam nas

regiões periféricas e subpleurais, apresentando distribuição esparsa.

�  Linfadenopatia mediastinal: achado comum na FPI (48-90%)

Dr. Emanuel R Dantas

HRCT findings of idiopathic pulmonary fibrosis: fibrosis and a peripheral, subpleural predominance. A: A 1.5-mm collimation scan using the standard reconstruction algorithm demonstrates a patchy distribution of reticular opacities in the peripheral aspects of both lungs. B: The distinction between normal and abnormal lung parenchyma is more readily made on this image targeted to the right lung and reconstructed using the bone algorithm; the patchy distribution of abnormalities is clearly seen. The fine reticular pattern visible largely reflects intralobular interstitial thickening, but irregular septal thickening (white arrows) is visible anteriorly in areas that are less abnormal. Irregular interfaces (black arrows) are visible throughout the lung at the margins of vessels and bronchi. Traction bronchiectasis and bronchiolectasis are seen within the peripheral lung regions (open arrows). Ground-glass opacity is visible in the right lower lobe, but the right middle lobe appears spared

Dr. Emanuel R Dantas

A-C: HRCT in a 34-year-old man with progressive shortness of breath and idiopathic pulmonary fibrosis (IPF) diagnosed on lung biopsy. The predominant abnormalities are intralobular interstitial thickening and traction bronchiectasis. A posterior, subpleural, and basal predominance is also visible and typical of IPF.

Dr. Emanuel R Dantas

Dr. Emanuel R Dantas

End-stage idiopathic pulmonary fibrosis with honeycombing. A prone scan shows subpleural cysts typical of honeycombing. Some cysts (arrows) can be large. Honeycomb cysts typically share walls on HRCT and occur in several layers in the subpleural lung. Dr. Emanuel R Dantas

Progression of idiopathic pulmonary fibrosis. A: The initial HRCT shows mild subpleural reticulation. B: Five months later, despite treatment, there has been progression of pulmonary fibrosis with intralobular interstitial thickening, traction bronchiectasis, and more extensive lung involvement. The presence of ground-glass opacity superimposed on reticulation likely represents fibrosis.

Dr. Emanuel R Dantas

Pneumonia Intersticial Aguda

� Dça fulminante de etiologia desconhecida, que em geral ocorre em pessoas previamente saudáveis e produz achados histológicos de DAD, precisando freqüentemente de VM.

� Patologia: Extenso dano alveolar com formação de membrana hialina.

� Obs.: Devido à apresentação aguda e das características histológicas idênticas às da SARA, a PIA também tem sido referida como SARA idiopática. Dr. Emanuel R Dantas

Pneumonia Intersticial Aguda

� Achados na TCAR: � Opacidades em vidro-fosco bilaterais esparsas e

consolidação, que tende a ser difusa, geralmente bilateral e simétrica.

� Distorção arquitetural e bronquiectasias de tração podem ser vistas quando a dça progride e se desenvolve fibrose à possível faveolamento.

�  Espessamento do feixe broncovascular e espessamento dos septos interlobulares.

Dr. Emanuel R Dantas

An 83-year-old woman who has acute interstitial pneumonia. HRCT at the level of the bronchus intermedius demonstrates extensive bilateral consolidation involving the dependent regions of the lower lobes. Patchy areas of ground-glass opacity are present anteriorly. Dr. Emanuel R Dantas

A-C: Acute interstitial pneumonia in a 70-year-old woman who subsequently died. HRCT findings are nonspecific, with patchy consolidation and ground-glass opacity predominating in the subpleural lung regions and at the lung bases.

Dr. Emanuel R Dantas

Pneumonia Intersticial Aguda

� Achados na TCAR: �  Fase Exsudativa: Áreas de atenuação em vidro-

fosco e consolidação sem bronquiectasias de tração.

�  Fases Tardia e Fibrótica: Bronquiectasias de tração e possível faveolamento.

Dr. Emanuel R Dantas

Dr. Emanuel R Dantas

Pneumonia Intersticial Descamativa � Pode ser vista em associação com uma

variedade de doenças, incluindo reações a drogas, histiocitose de céls de Langerhans, leucemia, asbestose e pneumoconiose por metal pesado.

� Cerca de 90% dos pcts que têm PID são fumantes de cigarro.

� Sintomas: dispnéia levemente progressiva e tosse seca.

Dr. Emanuel R Dantas

Pneumonia Intersticial Descamativa � Achados na TCAR:

� Opacidades em vidro-fosco com predominância basal e subpleural, por vezes, associadas a opacidades reticulares.

�  Faveolamento é incomum. � Devido à associação com fumo, pode haver

enfisema centrolobular.

Dr. Emanuel R Dantas

A 45-year-old patient who has desquamative interstitial pneumonia. HRCT at the level of the tracheal carina demonstrates bilateral areas of ground-glass opacity. The ground-glass opacity is most marked in the subpleural lung regions.

Dr. Emanuel R Dantas

A 71-year-old man who has desquamative interstitial pneumonia. A: HRCT at the level of the inferior pulmonary veins demonstrates bilateral areas of ground-glass opacity involving mainly the subpleural lung regions. B: HRCT through the lung bases demonstrates more extensive bilateral involvement. There is a mild increase in reticulation

Dr. Emanuel R Dantas

Dr. Emanuel R Dantas

Pneumonia Intersticial Não Específica �  A PINE é uma dça pulmonar intersticial

caracterizada por inflamação e fibrose envolvendo predominantemente as paredes alveolares, mas sem algumas características específicas que levem ao diagnóstico de PIU, PID, BOOP ou PIA.

�  A PINE pode ser idiopática ou representar um padrão reacional visto em pcts com dças colágeno-vasculares ou PH.

�  Clínica: dispnéia, tosse com duração média de 8 meses.

Dr. Emanuel R Dantas

Doenças Colágeno-Vasculares

� As duas condições mais comuns associadas à fibrose intersticial são a AR e a esclerose sistêmica progressiva.

� A maioria das dças colágeno-vasculares pode causar pneumonia intersticial crônica com aspectos clínicos, radiológicos, patológicos e à TCAR indistinguíveis da FPI.

Dr. Emanuel R Dantas

Doenças Colágeno-Vasculares

� FPI x Dças do colágeno: � Nas dças do colágeno, observa-se um padrão

reticular mais fino e menos faveolamento, quando comparado a PFI.

�  Espessamento ou efusão pleural pode estar presente nas dças do colágeno, mas não é um aspecto da FPI.

Dr. Emanuel R Dantas

Doenças Colágeno-Vasculares – Artrite Reumatóide � A AR, em geral, está associada a

anormalidades torácicas, incluindo pneumonia intersticial e fibrose, derrame ou espessamento pleural, nódulos, BOOP, bronquiectasias e bronquiolite obliterante.

� Embora a maioria dos pcts com fibrose interticial associada a AR tenha PIU, uma pequena porcentagem apresenta achados histológicos de PINE.

Dr. Emanuel R Dantas

Doenças Colágeno-Vasculares – Artrite Reumatóide � Achados na TCAR:

�  Em geral são indistinguíveis daqueles vistos na FPI.

�  Entretanto, os pcts com AR podem apresentar anormalidades distintas da PFI, que incluem ○  Bronquiectasias (21%), ○  Consolidação (6%), ○  Aumento de linfonodos (9%), ○  Alterações pleurais (16%) ○  Nódulos predominantemente subpleurais, que variam

de 3 mm a 3 cm de diâmetro. Dr. Emanuel R Dantas

Usual interstitial pneumonia in rheumatoid arthritis. HRCT shows a reticular pattern and mild honeycombing predominantly in the subpleural lung regions. Also noted are patchy areas of ground-glass attenuation consistent with active alveolitis.

Dr. Emanuel R Dantas

Doenças Colágeno-Vasculares – Artrite Reumatóide � Achados na TCAR:

�  A dça pleural, seja derrame ou espessamento, é comum em pcts com AR, sendo vista em até 40% dos pcts.

�  Bronquiolite folicular: ○  Anormalidade pouco comum, vista em pcts com AR

ou outras dças colágeno-vasculares. ○  Achados: múltiplos nódulos pequenos, de

distribuição predominantemente centrolobular, subpleural e peribrônquica, medindo, em média de 1-4 mm.

Dr. Emanuel R Dantas

Prone HRCT at three levels in a patient with rheumatoid arthritis and lung disease. Subpleural opacities in the midlung (A and B) have a small nodular or branching appearance, consistent with that of follicular bronchiolitis. At a lower level (C), findings of intralobular interstitial thickening and traction bronchiectasis are typical of fibrosis

Dr. Emanuel R Dantas

Doenças Colágeno-Vasculares – Esclerodemia � A esclerodemia leva a algum grau de fibrose

intersticial em praticamente todos os casos. � A incidência de dça pulmonar detectável

pela radiografia é em torno de 25%. � Freqüentemente está associada à vasculite

e à hipertensão pulmonar, além da PIU.

Dr. Emanuel R Dantas

Doenças Colágeno-Vasculares – Esclerodemia � Achados na TCAR:

�  São semelhantes ao da FPI, incluindo faveolamento, reticulação irregular, linhas subpleurais, opacidades em vidro-fosco, consolidação e distribuição subpleural.

� Outros achados: ○  Espessamento pleural difuso (1/3 dos casos) ○  Dilatação esofageana assintomática (40-80%) ○  Aumento dos linfonodos mediastinais (60% dos

casos)

Dr. Emanuel R Dantas

A, B: Findings of fibrosis in a patient with scleroderma. Subpleural honeycombing, traction bronchiectasis, and some irregular interlobular septal thickening are the predominant features. These abnormalities closely mimic the appearance of idiopathic pulmonary fibrosis.

Dr. Emanuel R Dantas

Subpleural ground-glass opacity and consolidation in a patient with scleroderma. Before treatment (A-C), subpleural opacities are the predominant abnormality. Traction bronchiectasis (C) seen within areas of opacity in the posterior costophrenic sulcus indicates some evidence of fibrosis. After treatment, scans at similar levels (D-F) show considerable reduction in opacity. Persistent abnormalities in the posterior lungs and at the lung bases, including irregular reticulation and traction bronchiectasis, likely represent fibrosis.

Dr. Emanuel R Dantas

Subpleural ground-glass opacity and consolidation in a patient with scleroderma. Before treatment (A-C), subpleural opacities are the predominant abnormality. Traction bronchiectasis (C) seen within areas of opacity in the posterior costophrenic sulcus indicates some evidence of fibrosis. After treatment, scans at similar levels (D-F) show considerable reduction in opacity. Persistent abnormalities in the posterior lungs and at the lung bases, including irregular reticulation and traction bronchiectasis, likely represent fibrosis.

Dr. Emanuel R Dantas

Dr. Emanuel R Dantas

Doença Pulmonar Induzida Por Drogas �  Foram descrito 5 padrões de injúria pulmonar

induzida por drogas, cada um caracteristicamente relacionado a um grupo diferente de drogas: �  Pneumonite crônica e fibrose �  COP �  Doença pulmonar por hipersensibilidade e pneumonia

eosinofílica �  Edema pulmonar não-cardiogênico e DAD com SARA �  Bronquiolite obliterante

Dr. Emanuel R Dantas

Doença Pulmonar Induzida Por Drogas �  Pneumonite Crônica e Fibrose:

�  Tanto a PIU quanto a PINE têm sido associadas à injúria induzida por drogas.

�  A apresentação clínica e radiológica é em geral é idêntica àquela da FPI.

�  Este padrão resulta com mais freqüência do uso de agentes quimioterápicos citotóxicos, como a bleomicina, o bussulfan, a vincristina, o metotrexate e a doxorrubicina.

�  A amiodarona, o ouro e a penicilamina são drogas não citotóxicas que também podem resultar neste tipo de reação.

Dr. Emanuel R Dantas

Doença Pulmonar Induzida Por Drogas � Pneumonite Crônica e Fibrose:

�  Achado mais comum: fibrose associada ou não à consolidação.

�  Fibrose = opacidades reticulares irregulares + faveolamento + distorção arquitetural + bronquiectasias de tração.

Dr. Emanuel R Dantas

A 61-year-old man with chronic lymphocytic leukemia developed shortness of breath after 5 months of treatment with chlorambucil. HRCT at the level of the inferior pulmonary veins demonstrates bilateral irregular reticular opacities involving predominantly the subpleural lung regions. The findings are similar to those seen in usual interstitial pneumonia.

Dr. Emanuel R Dantas

Dr. Emanuel R Dantas

HRCT at two levels in a 86-year-old man with chronic myelogenous leukemia treated using methotrexate who now complains of increased shortness of breath. Subpleural reticulation and honeycombing are present, indicative of fibrosis.

Dr. Emanuel R Dantas

Doença Pulmonar Induzida Por Drogas � Bronquiolite Obliterante com Pneumonia em

Organização: �  A pneumonite intersticial com características de

BOOP / COP foi relacionada a diversas drogas citadas anteriormente, incluindo metrotrexate, ouro, penicilamina, amiodarona, bleomicina e o bussulfan.

�  Assim como outras causas de BOOP / COP, esta reação é caracterizada pela presença de consolidação que pode ser de distribuição predominantemente peribrônquica ou subleural.

Dr. Emanuel R Dantas

Doença Pulmonar Induzida Por Drogas � Doença Pulmonar por Hipersensibilidade e

Pneumonia Eosinofílica: �  A dça pulmonar por hipersensibilidade é mais

comum com o uso de metrotrexate, bleomicina, ciclofosfamida, AINES e sulfonamidas.

�  TCAR: Áreas salteadas de opacidades em vidro-fosco, algumas vezes associadas a pequenas áreas de consolidação.

Dr. Emanuel R Dantas

Doença Pulmonar Induzida Por Drogas � Edema Pulmonar ou Dando Alveolar Difuso:

�  Pode ser causado por uma variedade de drogas, mais especificamente pelos agentes citotóxicos, como a bleomicina, aspirina e narcóticos.

� O início é em geral súbito. �  TCAR: ○  Consolidação parenquimatosa extensa e bilateral é

típica ○  Na presença de edema à espessamento dos septos

interlobulares.

Dr. Emanuel R Dantas

Pneumonite por Radiação e Fibrose �  Para radioterapia unilateral com doses

fracionadas, os achados radiográficos de pneumonite raramente são observados com doses abaixo de 3.000 cGy.

�  As alterações pulmonares relacionadas à radiação podem ser divididas em: �  Manifestações precoces: Ocorre entre até 4 meses

após o término do tto. Denominada pneumonite por radiação.

�  Manifestações tardias: após 6 meses do tto. Denominada fibrose por radiação.

Dr. Emanuel R Dantas

Pneumonite por Radiação e Fibrose �  Achados na TCAR:

�  Aumento da atenuação pulmonar (principal característica), correspondendo a área estritamente irradiada.

�  Pode estar associada a 3 padrões de alterações: ○  Opacidade em vidro-fosco homogênea envolvendo unicamente

a área irradiada; ○  Áreas esparsas de consolidação restritas à região irradiada,

porém sem a forma dos campos de radiação ○  Consolidação discreta no formato dos campos de radiação, mas

que não envolve o parênquima irradiado uniformemente.

Dr. Emanuel R Dantas

Radiation pneumonitis in a patient who had mediastinal and hilar radiation. Bilateral ill-defined regions of consolidation and ground-glass opacity correspond closely to the radiation ports, although increased opacity is also visible in the peripheral nonirradiated lung.

Dr. Emanuel R Dantas

Pneumonite por Radiação e Fibrose �  Achados na TCAR:

�  Os dois primeiros padrões representam a presença de pneumonite difusa ou esparsa, enquanto o terceiro indica a presença de organização progressiva e fibrose em fase precoce.

�  Podem ser vistos redução volumétrica e espessamento pleural em alguns casos.

�  O desenvolvimento de fibrose após RT pode ser reconhecido na TC pela presença de opacidades estriadas, perda progressiva de volume pulmonar, consolidação densa progressiva, bronquiectasias de tração ou espessamento pleural, dentro do pulmão irradiado.

�  Também pode ser observada calcificação dos linfonodos mediastinais, assim como cistos tímicos, pericardite e cardiomiopatia.

Dr. Emanuel R Dantas

A 78-year-old woman after right mastectomy and tangential beam radiation for breast carcinoma. HRCT 2 years later demonstrates marked fibrosis with honeycombing and traction bronchiectasis involving predominantly the axillary region of the right lung. Dr. Emanuel R Dantas

Asbestose

� Corresponde a fibrose pulmonar intersticial associada à presença de corpos de asbesto no interior do pulmão.

� Após a inalação, as fibras de asbesto são depositadas inicialmente nos bronquíolos respiratórias e ductos alveolares, mas com a exposição extensa e prolongada, elas também se acumular numa localização subpleural.

Dr. Emanuel R Dantas

Asbestose

� As alterações mais precoces da fibrose ocorrem na região peribronquiolar do lóbulo.

� À medida que progride, ela envolve as paredes alveolares através do lóbulo e, eventualmente, o septo interlobular.

� Pode ser visto faveolamento nos casos avançados.

� As anormalidades são usualmente mais graves nas zonas inferiores e posteriores dos pulmões, bem como regiões subpleurais.

Dr. Emanuel R Dantas

Asbestose �  TCAR:

�  É importante examinar o pct em posição de pronação, pois o pulmão posterior é, de modo característico, envolvido mais precocemente e em maior grau que o anterior, no sentido de diferenciar atelectasia dependente normal da fibrose no pulmão posterior.

�  Em geral, os achados na TCAR refletem a presença de fibrose intersticial e são similares àqueles vistos nos pacientes que têm FPI.

Dr. Emanuel R Dantas

Dependent lung opacity (atelectasis) in a patient with asbestos exposure. A: In the supine position, ill-defined areas of increased opacity are visible posteriorly. Irregularity of the costal pleural surfaces reflects pleural thickening and plaques. Dr. Emanuel R Dantas

Dependent lung opacity (atelectasis) in a patient with asbestos exposure. B: In the prone position, the lungs are normal in appearance. There is no evidence of septal thickening or fibrosis. The pleural irregularity, particularly within the posterior lung, remains visible. Dr. Emanuel R Dantas

Asbestose �  Achados na TCAR:

�  Achados Precoces: ○  Fibrose peribronquiolar e centrolobular. ○  Opacidades puntiformes, de localização subpleural, formando

aglomerados e opacidades curvilíneas subpleurais quando confluentes, representando a presença de fibrose peribronquiolar.

�  Evolução da fibrose: ○  Espessamento dos septos interlobulares ○  Espessamento intersticial intralobular ○  Bronquiectasias de tração ○  Distorção arquitetural ○  Imagens de faveolamento: predomina nas regiões posteriores e

periféricas do pulmão. Dr. Emanuel R Dantas

Early fibrosis in asbestosis with dotlike opacities and a subpleural line. A: Plain radiograph shows calcified pleural plaques but no evidence of pulmonary fibrosis. B: Prone HRCT shows an irregular subpleural line in the posterior right lung (small arrows) and a parenchymal band (long arrow). The posterior left lung is only minimally abnormal. C: A targeted image of the posterior right lung shows a number of small dotlike opacities in the peripheral lung. These are quite similar to the subpleural opacities, reported by Akira et al. (175), and reflect the presence of peribronchiolar fibrosis. Dr. Emanuel R Dantas

Fibrosis in asbestosis. On a prone scan, an irregular subpleural line is present on the left (arrows). Subpleural dotlike opacities are visible bilaterally. Irregular septal thickening is also seen. Some subpleural lucencies (open arrow) may represent traction bronchiolectasis. Dr. Emanuel R Dantas

Asbestosis. HRCT shows irregular septal thickening and early honeycombing.

Dr. Emanuel R Dantas

A-C: Supine and prone HRCT in 81-year-old man with significant occupational exposure to asbestos, dyspnea, and abnormal chest radiograph. Images show subpleural reticulation predominantly representing intralobular interstitial thickening. Early honeycombing (arrow, C) is visible at the lung base.

Dr. Emanuel R Dantas

Asbestose

� Achados na TCAR: �  Bandas parenquimatosas são comuns e podem

refletir o espessamento dos septos interlobulares, fibrose ao longo das bainhas peribroncovaculares, alterações cicatricicias grosseiras ou áreas de atelectasia adjacentes às placas pleurais.

�  Áreas de opacidade em vidro-fosco são incomuns nos pcts com asbestose, mas, quando presentes, correlacionam-se com a presença de fibrose leve ou edema da parede dos alvéolos e dos septos interlobulares.

Dr. Emanuel R Dantas

A, B: HRCT in a 58-year-old man with a history of asbestos exposure and pleural thickening. Parenchymal bands and interlobular septal thickening are associated with pleural thickening. This finding does not necessarily indicate the presence of asbestosis but may reflect atelectasis or coarse scars.

Dr. Emanuel R Dantas

Asbestose - Atelectasia Redonda e Massas Fibrosas Focais �  Opacidades pulmonares focais pseudotumorais

podem ser vistas nos pcts com exposição ao asbesto, refletindo a presença de atelectasia redonda ou fibrose subpleural focal.

�  Atelectasia redonda: �  Def.: colapso pulmonar com ou sem prega do

parênquima pulmonar. �  Está caracteristicamente associada à dça pleural e,

portanto, é um achado comum em pcts com exposição ao asbesto.

Dr. Emanuel R Dantas

Asbestose - Atelectasia Redonda e Massas Fibrosas Focais � Atelectasia Redonda:

� Nos pcts com exposição ao asbesto, a atelectasia redonda pode representar: ○  Seqüela de derrame exsudativo preexistente ○  Resultado de fibrose pleural adjacente ○  Espessamento pleural difuso.

Dr. Emanuel R Dantas

Asbestose - Atelectasia Redonda e Massas Fibrosas Focais �  Achados na TCAR:

�  Para sugerir o diagnóstico de atelectasia redonda com base na TCAR, a opacidade deve ter: ○  Forma redonda ou oval; ○  Localização periférica, tocando a superfície pleural; ○  Vasos pulmonares ou brônquios curvando-se em direção às

bordas da lesão; ○  Alteração pleural ipsilateral associada a derrame ou a

espessamento pleura.

�  Casos atípicos podem ocorrer em pcts com exposição ao asbesto, com aspecto lenticular, em forma de cunha ou irregulares.

Dr. Emanuel R Dantas

A, B: Rounded atelectasis or focal fibrotic masses in a patient with asbestos exposure and pleural thickening. A: Irregular masses are visible bilaterally in the anterior lung. B: A tissue window scan shows that these opacities are adjacent to areas of pleural thickening (arrows). Although this appearance is common in patients with asbestos exposure and focal fibrotic masses, a definite diagnosis of this entity cannot be made based on their appearance, and carcinoma must be considered. However, repeated negative biopsy and follow-up has indicated their benign nature.

Dr. Emanuel R Dantas

Asbestose – Doença Pleural �  O derrame pleural benigno exsudativo pode ser

uma manifestação inicial da exposição ao asbesto.

�  A TC algumas evidencia a presença de espessamento pleural ou placas invisíveis nas radiografias, típicas da exposição ao asbesto.

�  Dx: mesotelioma maligno. �  Placas na pleura pareital são a manifestação

mais comum e o achado radiográfico mais característico da exposição ao asbesto.

Dr. Emanuel R Dantas

Asbestose – Doença Pleural �  Achados na TCAR:

�  O espessamento pleural parietal é observado com mais facilidade internamente aos segmentos costais visíveis;

�  O espessamento pleural é facilmente reconhecido nas regiões paravertebrais, onde os músculos intercostais estão ausentes anatomicamente.

�  Áreas de espessamento pleural ou placas de pleura espessada são comumente vistas adjacentes às superfícies internas das costelas ou dos corpos vertebrais.

�  A gordura extrapleural permite a identificação da pleura espessada na TCAR como uma opacidade linear discreta, mesmo quando o espessamento pleural é mínimo.

Dr. Emanuel R Dantas

Paravertebral pleural thickening in asbestos exposure. Prone HRCT shows 2- to 3-mm-thick lines (arrows) in both paravertebral regions, representing parietal pleural thickening. A small focus of pleural thickening internal to a rib (large arrow) is also seen.

Dr. Emanuel R Dantas

Pleural thickening in asbestos exposure. A, B: HRCT in two different patients shows thickened pleura separated from intercostal vein (arrows), subcostalis muscle (open arrows), and intercostal muscle (curved arrows, B) by a layer of fat.

Dr. Emanuel R Dantas

Asbestose – Doença Pleural

•  Achados na TCAR: ○  São usualmente bilaterais, embora possam

ser unilaterais. ○  A calcificação pleural é vista em 15% dos

casos. ○  A pleura diafragmática é comumente afetada

nos pcts que apresentam acometimento pleural relacionado ao asbesto.

Dr. Emanuel R Dantas

. Pleural plaques in a patient with asbestos exposure. CT shows calcified plaques posteriorly, and on the dome of the left hemidiaphragm (arrow).

Dr. Emanuel R Dantas

Asbestose – Doença Pleural

� Espessamento Pleural Difuso (EPD): � Representa a síntese e a fusão das camadas

pleurais visceral e parietal espessadas e em geral está relacionado à presença de derrame pleural benigno prévio.

�  As calcificações extensas são incomuns.

Dr. Emanuel R Dantas

Asbestose – Doença Pleural

� Diagnóstico Diferencial e Condições que Mimetizam o Espessamento Pleural Parietal: � O espessamento da pleural parietal ou derrame

pleural associado à dça pulmonar também pode ser visto nos pcts que têm: ○  Artrite Reumatóide; ○  LAM; ○  Pneumoconiose dos Mineiros de Carvão; ○  TB ○  Disseminação linfangítica de carcinoma.

Dr. Emanuel R Dantas

Asbestose – Doença Pleural

� Espessamento Pleural Parietal x Visceral: � O espessamento da pleural visceral usualmente

apresenta-se muito irregular nas janelas para partes moles em função da reticulação pulmonar anormal e do sinal da interface.

� Como a presença de espessamento pleural visceral reflete uma alteração intersticial, em geral, ela se localiza nas áreas em que o pulmão adjacente é anormal

Dr. Emanuel R Dantas

Visceral pleural thickening in a patient with pulmonary fibrosis and no history of asbestos exposure. The pleural opacity (arrows) visible on prone HRCT appears very irregular.

Dr. Emanuel R Dantas