desvio estrabismo

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Filipe Mira Ferreira Reunião de Serviço de Oftalmologia dos C.H.C. Director: Dr. Roque Loureiro Orientadora: Dr.ª Catarina Paiva 2 de Junho de 2010 1 Medição do desvio no Estrabismo

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Strabism measurement

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Filipe Mira Ferreira

Reunião de Serviço de Oftalmologia dos C.H.C.Director: Dr. Roque LoureiroOrientadora: Dr.ª Catarina Paiva2 de Junho de 2010

1Medição do desvio no Estrabismo

•Para que a visão possa ser normal é necessário :

Perfeita correlação motora (condição prévia e ponto básico de apoio para o desenvolvimento sensorial);

Normalidade dos sistemas sensoriais de percepção e transmissão das imagens;

Elaboração de uma sensação única;

2Medição do desvio no Estrabismo

•Considerações sobre motilidade ocular

Posições do olhar

3Medição do desvio no Estrabismo

•Considerações sobre motilidade ocular•Têm sempre como finalidade a visão binocular;

• Partem do córtex frontal (voluntários) ou do córtex occipital (reflexos);

• São de 4 tipos:•Versões (com conservação do paralelismo)•Vergências (sem conservação do paralelismo como convergência e divergência)•Reflexos (acomodação-convergência)•Posturais

4Medição do desvio no Estrabismo

•Considerações sobre motilidade ocular •Leis da motilidade ocular

• Agonista-antagonista;

• Sinergistas;

• Lei Sherrington: inervação recíproca

• Lei de Hering: inervação equitativa

5Medição do desvio no Estrabismo

•Considerações sensoriais:

-Horóptero: plano no espaço externo onde objectos podem estimular pontos retinianos correspondentes de ambos os olhos, fora não há fusão;

-Área de fusão de pannus:

Zonas ligeiramente atrás e à frente onde a fusão ainda pode ser tolerada;

6Medição do desvio no Estrabismo

•Considerações sensoriais:

- Visão binocular:

Fixacção de 1 objecto através dos 2 olhos

fixacção bifoveal

Alcançam simultaneamente a área cortical onde se integram numa única imagem (fusão)

Fusão sensorial: integração no SNC

Fusão motora: alinhamento ocular

7Medição do desvio no Estrabismo

•Considerações sensoriais:

- Estereopsia:

Percepção da profundidade (3ª dimensão)

Quando 2 objectos recaem a 1pequena distância a frente ou atrás do horóptero sofrem fusão em uma única imagem.

Esta área designa-se Panum e as imagens aí formadas são únicas e tri-dimensionais

8Medição do desvio no Estrabismo

•Considerações sensoriais:

-Direcção visual:

-Projecção: ínterpretação subjectiva da posição de 1 objecto no

espaço com base nos elementos retinianos estimulados;

-projecção de um determinado elemento retiniano numa direcção específica:

•Principal: normalmente a visão foveal;

•Secundária: pontos extra-foveias;

9Medição do desvio no Estrabismo

•Considerações sensoriais:

-Correspondência retiniana: áreas de cada retina que partilham a mesma direcção visual subjectiva

A organização retino-tópica mantém-se na via visual até à convergência com neurónios binoculares específicos;

10Medição do desvio no Estrabismo

•Considerações sensoriais:

• Uma vez perdido o paralelismo dos eixos oculares perde-se de imediato a visão binocular e surge:

- Diplopia (1 objecto estimula 2 pontos retinianos não correspondentes)

•duplicação dos objectos

11Medição do desvio no Estrabismo

•Considerações sensoriais:

- Confusão (quando objectos estimulam pontos retinianos correspondentes)

• escotoma fisiológico absoluto

• Para evitar esta rivalidade retiniana surge a Neutralização que conduz a desvalorização sensorial da informação conflituosa

12Medição do desvio no Estrabismo

•Adaptação sensorial:

•A) Supressão: inibição activa no córtex da imagem em piores condições

- central vs periférica; - monocular vs alternante; - facultativa vs obrigatória;

•B) Correspondência retiniana anómala: -elementos retinianos não correspondentes apresentam a mesma direcção visual;

-adaptação sensorial positiva;

-permite alguma visão binocular;

•C) Ambliopia

13Medição do desvio no Estrabismo

•Adaptação motora:

•A) Posição anormal da cabeça:

-Inclinação da face;

-Rotação da cabeça;

-Elevação ou depressão do mento;

14Medição do desvio no Estrabismo

► Causas de pseudo-estrabismo:

○ Epicantus;

○ Distância inter-pupilar anormal;

○ Ângulo Kappa; -fóvea normalmente está temporal ao pólo post.

ângulo kappa +

•ângulo kappa + grande exotropia

•ângulo kappa negativo endotropia

15Medição do desvio no Estrabismo

Motilidade Ocular

•Ortofórico: sem desvio manifesto ou latente;

•Ortotrópico: sem desvio manifesto

Foria: quando se rompe a binocularidade

Tropia: mantém-se em binocularidade

16Medição do desvio no Estrabismo

•Demonstração do desvio

A) Teste Cover Simples:

-oclusão do olho director; -avalia-se o olho destapado; -avalia as TROPIAS - ângulo mínimo;

17Medição do desvio no Estrabismo

Nota: deve ser realizado com e sem correcção para longe e para perto

•Demonstração do desvio

B) Teste Cover-uncover:

-avaliação do olho que estava ocluído; -avalia as TROPIAS intermitentes, FORIA ou desvio dissociado;

18Medição do desvio no Estrabismo

Nota: deve ser realizado com e sem correcção, para longe e para perto

•Demonstração do desvio

C) Teste Cover-alternado :

-avaliação do olho que estava ocluído; -avalia as TROPIAS , FORIA; -ângulos máximos;

19Medição do desvio no Estrabismo

Nota: deve ser realizado com e sem correcção para longe e para perto

•Demonstração do desvio

- Teste de BrÜckner

•Oftalmoscópio directo: detecta reflexo vermelho em ambos olhos:

- olho desviado tem reflexo mais vivo;

- detecta mas não mede;

- imp. para opacidades e anisometropia;

20Medição do desvio no Estrabismo

•Medição do desvio

- Teste de Hirschberg

- Teste de Krimsky

- Oclusão alternada com prismas

- Sinoptóforo

- Sinoptómetro

21Medição do desvio no Estrabismo

•Medição do desvio

- Teste de Hirschberg

-fonte luminosa em frente e observar o seu reflexo em ambas as córneas

•LOCALIZAÇÃO DESVIO

-bordo da íris 12º - 15º-bordo - limbo 25º - 30º-limbo 45º-além do limbo 60º - 80º

Cada mm =7º=14∆

22Medição do desvio no Estrabismo

•Medição do desvio

- Teste de Hirschberg

centrado

Endo 15º

Endo 25º

Exo 45º

23Medição do desvio no Estrabismo

•Medição do desvio

- Teste de Krimsky

-teste reflexo corneano + prismas;

-usado em grandes ambliopias;

-prismas em frente do olho bom aumento do poder prismático

Mov lento do olho amblíope

24Medição do desvio no Estrabismo

•Medição do desvio

Oclusão alternada com prismas

- mais usado + rigoroso;

- doente fixa um objecto prisma em frente de 1 olho e observa-se fazendo oclusão alternada.

25Medição do desvio no Estrabismo

•Medição do desvio

Oclusão alternada com prismas

-Aumento da potência prismática não há movimento do olho

-Incomitância longe/perto?? ▪erro refractivo??

Ângulo de desvio máximo

Lentes de +3D em ambos os olhos

Refractivo o ângulo de desvio para perto diminui, desaparece ou = longe.

Nota: vértice prisma em direcção ao desvio 26Medição do desvio no Estrabismo

•Medição do desvio

Oclusão alternada com prismas

- •Se não há mov ocular e baixa visão Teste 4 dióptrias prismáticas

A) Prisma base externa no olho dominante mov desse olho para o vértice

A1) Criança sem prob visuais: olho volta a mov. para fora(mov. Re-fixação);

A2) Criança com microestrabismo: olho desviado mov. mas não regressa.

B) Prisma no olho desviado não há qualquer mov. de ambos os olhos.

Nota: vértice prisma em direcção ao desvio 27Medição do desvio no Estrabismo

•Teste 4 dióptrias prismáticas

Nota: vértice prisma em direcção ao desvio 28Medição do desvio no Estrabismo

•Medição do desvio

-Sinoptófero

-Pouco usado actualmente;

-hipervaloriza os endodesvios;

-hipovaloriza os exodesvios;

-imp. nos desvios torsionais---- estudo m. oblíquos e verticais;

-imagens semelhantes diferindo entre si num pormenor;

-imagens são projectadas em áreas retinianas correspondentes;

29Medição do desvio no Estrabismo

•Medição do desvio

-Sinoptófero

-Graus de visão binocular no sinoptófero:

1)- Percepção simultânea

2)- Fusão

3)- Estereopsia

30Medição do desvio no Estrabismo

•Medição subjectiva do desvio

- requerem percepção simultânea;

- não determina todo o desvio;

- requerem cooperação;

A) Asa de Maddox

B) Estria Maddox

31Medição do desvio no Estrabismo

•Medição subjectiva do desvio

A) Asa de Maddox

-dissocia visão perto;

-mede heteroforia;

-OD vê a seta branca vertical e a seta vermelha horizontal;

-OE vê números verticais e horizontais;

32Medição do desvio no Estrabismo

•Medição subjectiva do desvio

A) Asa de Maddox

- desvio vertical: n.º da intersecção da seta vermelha;

-devio horizontal: n.º da intersecção da seta branca;

-cicloforia: pedir ao doente para deslocar a seta vermelha até ficar

paralela com a linha de n.ºs horizontais;

33Medição do desvio no Estrabismo

•Medição subjectiva do desvio

A) Estria de Maddox

- óculos com cilindros paralelos: convertem 1 ponto em 1 imagem linear;

-a) a estria é colocada no OD dissocia os 2 olhos: linha vertical OD ponto

branco OE -b) a quantidade de dissociação é medida pela sobreposição das 2 imagens usando prismas; -c) medição desvio: colocar prisma até linha sobrepor o ponto;

34Medição do desvio no Estrabismo

•Medição do desvio

35Medição do desvio no Estrabismo

36Medição do desvio no Estrabismo

Padrão de reflexão de Purkinje

Albert and Jakobiec, Principles and Practice of Ophthalmology 2nd edition, W.B. Saunders Company,2000;

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Jack J. Kanski, Clinical Ophthalmology, a Systematic Approach, Elsevier Limited, 2007;

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Prieto – Díaz, Julio; Strabismus, 1999, 4th ed., cap 1 pág. 8 – 31

Rui Castela, Estrabismo, Lidel edições técnicas, 2006;37Medição do desvio no Estrabismo