desperdício em alta, da mesa ao lixão

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minas@hojeemdia.com.br- HOJE EM DIA, BELO HORIZONTE, SÁBADO, 1/12/2007 MINAS/UNI-BH 20 Desperdício em alta, da mesa ao lixão Caridade pode ser arriscada “Mas para onde vai esse tanto de comida, mãe?” - essa foi pergunta que a pequena Larissa Santos, uma criança de 7 anos, fez para sua mãe quando estavam saindo de um restaurante na região central de Belo Horizonte. Os funcionários iniciavam o processo de recolhimento de toda comida que sobrou da- quele dia. A resposta para a pergunta da pequena Larissa é: para o lixo. Sim, toda comi- da que sobra em bares, res- taurantes e lanchonetes vai para o lixo. De acordo com a nutricio- nista Natália Fonseca, respon- sável pela alimentação do Pronto Socorro de Divinópo- lis, no interior de Minas, os ali- mentos que sobram nestes estabelecimentos podem até ser doados, porém, se a pes- soa que ingeri-los tiver com- plicações, o proprietário do estabelecimento poderá ser multado e até preso. “A puni- ção para quem doa alimento é previsto na legislação da Vigi- lância Sanitária”, completa. A lei diz que a pena para quem “entregar matéria-pri- ma ou mercadoria em condi- ções impróprias para o con- sumo é de dois a cinco anos de prisão”. Para a proprietá- ria de um restaurante, que preferiu não se identificar, a lei é muito injusta. “Se você doar alimentos e eles não fi- zerem mal a ninguém, você se torna um anjo e uma pes- soa generosa. Contudo, se você doar e, por alguma ra- zão, como falta de geladeira para guardar esses alimentos, a pessoa passar mal, você é ruim, agiu de má fé e pode ir pra cadeia”, protesta. Soluções Para tentar solucionar es- te impasse, o Sesc lançou o programa Mesa Brasil, pro- grama de segurança alimen- tar e nutricional sustentável, que redistribui alimentos ex- cedentes próprios para o consumo ou sem valor co- mercial. O Mesa Brasil Sesc, como ação emergencial, b- aseia-se no princípio, já acei- to internacionalmente, de que a alimentação é direito fundamental de todo e qual- quer cidadão. “O grande dife- rencial do programa é que a comida vai chegar a quem realmente precisa e o Sesc se responsabiliza por todo ali- mento doado”, explica Fer- nando Sabino, responsável pelo programa em Minas Gerais. São dois modelos opera- cionais - banco de alimentos e colheita urbana. O banco de alimentos é um centro de recolhimento e distribuição de mantimentos, geralmente sem valor comercial. Busca onde sobra, armazena e os disponibiliza para as entida- des sociais. Já a colheita ur- bana encarrega-se de coletar, todos os dias e de forma se- gura, alimentos frescos, in- dustrializados, produtos hor- tifrutigranjeiros, entre outros, e de encaminhá-los para en- tidades credenciadas. A meta do programa é atender 1 milhão e 300 mil pessoas em 2008. Ceasa contra o desperdício Somente nas unidades do Ceasa de todo o Brasil, o des- perdício de alimentos corre- sponde a 1,4% do PIB (Produto Interno Bruto), um prejuízo de cerca de R$ 12,6 bilhões. O descuido com os alimentos vai da colheita até o transporte e estocagem. Produtos acondicionados de forma inadequada nas emba- lagens, transporte e estoca- gem sem ambientação pró- pria e manuseio fora dos pa- drões básicos exigidos são res- ponsáveis por praticamente 40% do desperdício. O CeasaMinas, desde 2002, implantou o projeto Prodal (Programa de Distri- buição de Alimentos), vi- sando combater o desperdí- cio de alimentos em suas de- pendências. De acordo com a assessoria de comunicação do CeasaMinas, o projeto re- colhe, de atacadistas e comer- ciantes, alimentos que per- deram o valor comercial, des- de que estejam em perfeitas condições para o consumo. Ela também explica que as instituições beneficiadas de- vem ser cadastradas no Ceasa. “Essas instituições são visi- tadas por assistentes sociais, que observam a necessidade das mesmas para que possam receber as doações, além da quantidade de alimentos da qual precisam”, afirma. Banco de alimentos A partir de junho de 2007, começou a ser implantado o projeto Prodal Banco de Alimentos, que visa não só conservar e distribuir os man- timentos doados, como tam- bém ministrar cursos para as instituições cadastradas. Se- gundo a nutricionista do pro- jeto, Fabiana Costa, o novo programa vai bem além do anterior. “O projeto vai dis- ponibilizar, para as institu- ições cadastradas, cursos de reaproveitamento dos manti- mentos, como garantir a vali- dade dos alimentos, além de oferecer suporte administrati- vo a elas”, explica. Segundo a assessoria de comunicação do CeasaMinas, o novo projeto irá contar tam- bém com a Cozinha E- xperimental. ”Lá [na Cozinha Experimental] serão ofereci- das às entidades assistidas pelo projeto palestras com orientações sobre o maior aproveitamento dos produtos e cursos educativos voltados para a educação alimentar”, afirma. Ela também destaca outros benefícios da ação. “Além do benefício social às entidades filantrópicas, as do- ações de alimentos não-co- mercializáveis na CeasaMinas sempre desempenharam u- ma importante função logísti- ca. Ao repassarem os produ- tos sem valor comercial, os lojistas giram seu estoque e diminuem os gastos com armazenamento”, explica. Mudança de hábito agora Situada na região Nordeste de Belo Horizonte, a Escola Es- tadual Carlos Campos é uma das várias instituições em Mi- nas Gerais que adotaram o pro- jeto Semeando. O programa foi desenvolvido pelo governo do Estado, em parceria com diver- sas entidades e empresas, en- tre elas, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Minas). O Semeando tem a im- portância de ensinar as crian- ças a não desperdiçar os ali- mentos, fazendo com que elas tenham interesse em aprender que os mantimentos podem ser reaproveitados. As cascas de frutas têm seus valores nu- tritivos e podem, por exemplo, ser aproveitadas em tortas, vi- taminas e sucos. A supervisora Morgana Teixeira diz que os alunos es- tão, aos poucos, mudando seu comportamento. “Eles ficam superinteressados com a horta que começamos a plantar aqui na escola. Até trazem caixotes para que as verduras possam ser cultivadas, já que o espaço para a plantação ainda é pe- queno”, ressalta Morgana. A escola disponibiliza pa- ra os alunos todos os ingredi- entes necessários, desde a cartilha até a prática com as verduras. Premiações são feitas pelas professoras ao longo do ano e a recompensa já está sendo bem absorvida. Segundo o aluno Pedro Henrique Melo, da 4ª série, depois que começou a de- senvolver o projeto, seu inter- esse pelas outras disciplinas aumentou e suas dificuldades em língua portuguesa estão sendo superadas aos poucos. "Os textos que são apresenta- dos nas apostilas, são bem legais e fazem com que nos empenhemos cada vez mais. Relatam a importância de semear e cultivar os alimen- tos", diz o estudante. EDITORIA DE ARTE DOAÇÕES DE ALIMENTOS Balanço do Prodal Desde a implantação do Programa de Distribuição de Alimentos (Prodal) pela Ceasa Minas, mais de 3 milhões de toneladas de mantimentos foram repassadas a entidades carentes ANO/QUANTIDADE (EM KG) 2002 2003 2004 2005 102.000 425.217 907.864 639.385 M uitos imaginam que a falta de consciên- cia quanto ao des- perdício de alimentos atinge somente as camadas menos esclarecidas da população, mas não é o que acontece. Pessoas da classe A têm o cos- tume de comprar mais do que realmente consomem. Maçãs são compradas para perfumar a casa. Dois ou três dias depois, são jogadas fora. Carnes nobres, como perdiz, faisão e lagosta permanecem durante muito tempo no free- zer, até serem jogadas no lixo. O desperdício de alimen- tos ocorre, principalmente, pela falta de conscientização das pessoas. Estudos realiza- dos pela Organização Ali- mentar e Agrícola das Nações Unidas (FAO) mostram que o consumo anual de alimentos no mundo é de 375 milhões de toneladas, sendo a maior parte de origem vegetal. No caso do Brasil, há um péssi- mo hábito de comprar com os olhos. Dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agro- pecuária (Embrapa) no Cen- tro de Agroindústria de Ali- mentos apontam que o Brasil joga fora, a cada ano, R$ 12 bilhões em comida. Essa montanha de alimentos joga- da fora no país daria para sus- tentar 30 milhões de pessoas ou 8 milhões de famílias durante um ano inteiro. Os resíduos são trans- portados por centenas de caminhões, que chegam cedo para a descarga em aterros sanitários. De acordo com a doutora Maria Apa- recida Vieira, coor- denadora do curso de Mestrado em Tecno- logia de Alimentos do Centro Universitário de Belo Horizonte (Uni-BH), 61% da produção agrícola do Brasil é des- perdiçada. Esse número rep- resenta uma perda de 20% no plantio e colheita, 8% no transporte e armazenamen- to, 15% nas indústrias, 1% no varejo e 17% pelo consumi- dor. Algumas indústrias brasi- leiras estão atentas e começam a adotar políticas de apro- veitamento das ma- térias-primas, bem como os resíduos orgânicos. Contra- tação de profissio- nais capacitados, co- mo engenheiros de alimentos, que entendem da produção e controle de quali- dade, estão em pauta nessas novas regras adotadas pelas fábricas. “As indústrias se benefici- am com esta política, por meio da redução dos seus custos com a diminuição de perdas de matérias-primas e no mon- tante de resíduos a serem tra- tados, com ganhos de produ- tividade, otimização de recur- sos e aproveitamento de sub- produtos, que antes poderiam ser descartados. Essas atitudes controlam melhor o processo e, conseqüentemente, a quali- dade final do seu produto, o que resulta numa melhora de imagem frente à população”, enfatiza a professora Maria Aparecida Vieira. A Organização das Na- ções Unidas para a Agricul- tura e a Alimentação, a FAO, estima que 10% dos brasi- leiros são desnutridos, so- mando 17 milhões de pessoas que vivem com fome ou não comem o suficiente para manter a saúde. Existem programas que tentam reduzir esses núme- ros e evitar o desperdício de alimentos, como o VitaSopa, realizado pelo Serviço Vo- luntário de Assistência Social (Servas); o Fome Zero, de responsabilidade do Governo Federal; a Lei 8617, instituída pela Prefeitura de BH; além da ação de diversas organiza- ções não-governamentais (ONGs). A comida jogada fora daria para alimentar 8 milhões de famílias no Brasil PARTICIPANDO da horta criada a partir do programa Semeando, crianças descobrem a importância do cultivo de vegetais ALIMENTOS sem valor comercial e em condições de consumo são doados para quem precisa DESCASO Em um país com 10% de cidadãos desnutridos, é alarmante a quantidade de alimentos jogados fora ESTA MATÉRIA FOI PRODUZIDA E EDITADA PELOS ALUNOS DO 5º PERÍODO DO CURSO DE JORNALISMO DO UNI-BH BRUNO DE MELO, GABRIELLE FREITAS, JULIANA FAGUNDES, MARINA GONTIJO, NIELSEM REZENDE E RAFAEL MARIANI SUPERVISÃO: PROF. FABRÍCIO MARQUES EDIÇÃO FINAL: BRUNO FURST

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Notícia publicada no Jornal Hoje em Dia sobre desperdicios de alimentos.

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Page 1: Desperdício em alta, da mesa ao lixão

AM VE AZ PR

[email protected] - HOJE EM DIA, BELO HORIZONTE, SÁBADO, 1/12/2007

MINAS/UNI-BH20

Desperdício em alta, da mesa ao lixão

Caridadepodeserarriscada

“Mas para onde vai essetanto de comida, mãe?” - essafoi pergunta que a pequenaLarissa Santos, uma criançade 7 anos, fez para sua mãequando estavam saindo deum restaurante na regiãocentral de Belo Horizonte. Osfuncionários iniciavam oprocesso de recolhimento detoda comida que sobrou da-quele dia. A resposta para apergunta da pequena Larissaé: para o lixo. Sim, toda comi-da que sobra em bares, res-taurantes e lanchonetes vaipara o lixo.

De acordo com a nutricio-nista Natália Fonseca, respon-sável pela alimentação doPronto Socorro de Divinópo-lis, no interior de Minas, os ali-mentos que sobram nestesestabelecimentos podem atéser doados, porém, se a pes-soa que ingeri-los tiver com-plicações, o proprietário doestabelecimento poderá sermultado e até preso. “A puni-ção para quem doa alimento éprevisto na legislação da Vigi-lância Sanitária”, completa.

A lei diz que a pena paraquem “entregar matéria-pri-ma ou mercadoria em condi-ções impróprias para o con-sumo é de dois a cinco anosde prisão”. Para a proprietá-ria de um restaurante, quepreferiu não se identificar, alei é muito injusta. “Se vocêdoar alimentos e eles não fi-zerem mal a ninguém, vocêse torna um anjo e uma pes-soa generosa. Contudo, sevocê doar e, por alguma ra-zão, como falta de geladeirapara guardar esses alimentos,a pessoa passar mal, você éruim, agiu de má fé e pode irpra cadeia”, protesta.

SoluçõesPara tentar solucionar es-

te impasse, o Sesc lançou oprograma Mesa Brasil, pro-grama de segurança alimen-tar e nutricional sustentável,que redistribui alimentos ex-cedentes próprios para oconsumo ou sem valor co-mercial. O Mesa Brasil Sesc,como ação emergencial, b-aseia-se no princípio, já acei-to internacionalmente, deque a alimentação é direitofundamental de todo e qual-quer cidadão. “O grande dife-rencial do programa é que acomida vai chegar a quemrealmente precisa e o Sesc seresponsabiliza por todo ali-mento doado”, explica Fer-nando Sabino, responsávelpelo programa em MinasGerais.

São dois modelos opera-cionais - banco de alimentose colheita urbana. O bancode alimentos é um centro derecolhimento e distribuiçãode mantimentos, geralmentesem valor comercial. Buscaonde sobra, armazena e osdisponibiliza para as entida-des sociais. Já a colheita ur-bana encarrega-se de coletar,todos os dias e de forma se-gura, alimentos frescos, in-dustrializados, produtos hor-tifrutigranjeiros, entre outros,e de encaminhá-los para en-tidades credenciadas. A metado programa é atender 1milhão e 300 mil pessoas em2008.

Ceasacontraodesperdício

Somente nas unidades doCeasa de todo o Brasil, o des-perdício de alimentos corre-sponde a 1,4% do PIB(Produto Interno Bruto), umprejuízo de cerca de R$ 12,6bilhões. O descuido com osalimentos vai da colheita até otransporte e estocagem.Produtos acondicionados deforma inadequada nas emba-lagens, transporte e estoca-gem sem ambientação pró-pria e manuseio fora dos pa-drões básicos exigidos são res-ponsáveis por praticamente40% do desperdício.

O CeasaMinas, desde2002, implantou o projetoProdal (Programa de Distri-buição de Alimentos), vi-sando combater o desperdí-cio de alimentos em suas de-pendências. De acordo com aassessoria de comunicaçãodo CeasaMinas, o projeto re-colhe, de atacadistas e comer-ciantes, alimentos que per-deram o valor comercial, des-de que estejam em perfeitascondições para o consumo.Ela também explica que asinstituições beneficiadas de-vem ser cadastradas no Ceasa.“Essas instituições são visi-tadas por assistentes sociais,que observam a necessidadedas mesmas para que possamreceber as doações, além daquantidade de alimentos daqual precisam”, afirma.

Banco de alimentosA partir de junho de 2007,

começou a ser implantado oprojeto Prodal Banco deAlimentos, que visa não sóconservar e distribuir os man-timentos doados, como tam-bém ministrar cursos para asinstituições cadastradas. Se-gundo a nutricionista do pro-jeto, Fabiana Costa, o novoprograma vai bem além doanterior. “O projeto vai dis-ponibilizar, para as institu-ições cadastradas, cursos dereaproveitamento dos manti-mentos, como garantir a vali-dade dos alimentos, além deoferecer suporte administrati-vo a elas”, explica.

Segundo a assessoria decomunicação do CeasaMinas,o novo projeto irá contar tam-bém com a Cozinha E-xperimental. ”Lá [na CozinhaExperimental] serão ofereci-das às entidades assistidaspelo projeto palestras comorientações sobre o maioraproveitamento dos produtose cursos educativos voltadospara a educação alimentar”,afirma. Ela também destacaoutros benefícios da ação.“Além do benefício social àsentidades filantrópicas, as do-ações de alimentos não-co-mercializáveis na CeasaMinassempre desempenharam u-ma importante função logísti-ca. Ao repassarem os produ-tos sem valor comercial, oslojistas giram seu estoque ediminuem os gastos comarmazenamento”, explica.

Mudançadehábitoagora

Situada na região Nordestede Belo Horizonte, a Escola Es-tadual Carlos Campos é umadas várias instituições em Mi-nas Gerais que adotaram o pro-jeto Semeando. O programa foidesenvolvido pelo governo doEstado, em parceria com diver-sas entidades e empresas, en-tre elas, o Serviço Nacional deAprendizagem Rural (SenarMinas). O Semeando tem a im-portância de ensinar as crian-ças a não desperdiçar os ali-mentos, fazendo com que elastenham interesse em aprenderque os mantimentos podemser reaproveitados. As cascasde frutas têm seus valores nu-tritivos e podem, por exemplo,ser aproveitadas em tortas, vi-taminas e sucos.

A supervisora MorganaTeixeira diz que os alunos es-tão, aos poucos, mudando seucomportamento. “Eles ficamsuperinteressados com a hortaque começamos a plantar aquina escola. Até trazem caixotespara que as verduras possamser cultivadas, já que o espaçopara a plantação ainda é pe-queno”, ressalta Morgana.

A escola disponibiliza pa-ra os alunos todos os ingredi-entes necessários, desde acartilha até a prática com asverduras. Premiações sãofeitas pelas professoras aolongo do ano e a recompensajá está sendo bem absorvida.

Segundo o aluno PedroHenrique Melo, da 4ª série,depois que começou a de-senvolver o projeto, seu inter-esse pelas outras disciplinasaumentou e suas dificuldadesem língua portuguesa estãosendo superadas aos poucos."Os textos que são apresenta-dos nas apostilas, são bemlegais e fazem com que nosempenhemos cada vez mais.Relatam a importância desemear e cultivar os alimen-tos", diz o estudante.EDITORIA DE ARTE

DOAÇÕES DE ALIMENTOSBalanço do Prodal

Desde a implantação do Programa de Distribuição de Alimentos (Prodal) pela Ceasa Minas, mais de 3milhões de toneladas de mantimentos foram repassadas a entidades carentes

ANO/QUANTIDADE (EM KG)

2002 2003 2004 2005

102.000

425.217

907.864

639.385

Muitos imaginam quea falta de consciên-cia quanto ao des-

perdício de alimentos atingesomente as camadas menosesclarecidas da população,mas não é o que acontece.Pessoas da classe A têm o cos-tume de comprar mais doque realmente consomem.Maçãs são compradas paraperfumar a casa. Dois ou trêsdias depois, são jogadas fora.Carnes nobres, como perdiz,faisão e lagosta permanecemdurante muito tempo no free-zer, até serem jogadas no lixo.

O desperdício de alimen-tos ocorre, principalmente,pela falta de conscientização

das pessoas. Estudos realiza-dos pela Organização Ali-mentar e Agrícola das NaçõesUnidas (FAO) mostram que oconsumo anual de alimentosno mundo é de 375 milhõesde toneladas, sendo a maiorparte de origem vegetal. Nocaso do Brasil, há um péssi-mo hábito de comprar comos olhos. Dados da EmpresaBrasileira de Pesquisa Agro-pecuária (Embrapa) no Cen-tro de Agroindústria de Ali-mentos apontam que o Brasiljoga fora, a cada ano, R$ 12bilhões em comida. Essamontanha de alimentos joga-da fora no país daria para sus-tentar 30 milhões de pessoas

ou 8 milhões de famíliasdurante um ano inteiro.

Os resíduos são trans-portados por centenas decaminhões, que chegamcedo para a descargaem aterros sanitários.De acordo com adoutora Maria Apa-recida Vieira, coor-denadora do curso deMestrado em Tecno-logia de Alimentos doCentro Universitáriode Belo Horizonte(Uni-BH), 61% da produçãoagrícola do Brasil é des-perdiçada. Esse número rep-resenta uma perda de 20%no plantio e colheita, 8% no

transporte e armazenamen-to, 15% nas indústrias, 1% novarejo e 17% pelo consumi-dor.

Algumas indústrias brasi-leiras estão atentas ecomeçam a adotarpolíticas de apro-veitamento das ma-térias-primas, bemcomo os resíduosorgânicos. Contra-tação de profissio-nais capacitados, co-mo engenheiros de

alimentos, que entendem daprodução e controle de quali-dade, estão em pauta nessasnovas regras adotadas pelasfábricas.

“As indústrias se benefici-am com esta política, por meioda redução dos seus custoscom a diminuição de perdasde matérias-primas e no mon-tante de resíduos a serem tra-tados, com ganhos de produ-tividade, otimização de recur-sos e aproveitamento de sub-produtos, que antes poderiamser descartados. Essas atitudescontrolam melhor o processoe, conseqüentemente, a quali-dade final do seu produto, oque resulta numa melhora deimagem frente à população”,enfatiza a professora MariaAparecida Vieira.

A Organização das Na-ções Unidas para a Agricul-

tura e a Alimentação, a FAO,estima que 10% dos brasi-leiros são desnutridos, so-mando 17 milhões de pessoasque vivem com fome ou nãocomem o suficiente paramanter a saúde.

Existem programas quetentam reduzir esses núme-ros e evitar o desperdício dealimentos, como o VitaSopa,realizado pelo Serviço Vo-luntário de Assistência Social(Servas); o Fome Zero, deresponsabilidade do GovernoFederal; a Lei 8617, instituídapela Prefeitura de BH; alémda ação de diversas organiza-ções não-governamentais(ONGs).

A comidajogada foradaria paraalimentar8 milhõesde famíliasno Brasil

PARTICIPANDO da horta criada a partir do programa Semeando, crianças descobrem a importância do cultivo de vegetais

ALIMENTOS sem valor comercial e em condições de consumo são doados para quem precisa

DESCASO Em um país com 10% de cidadãos desnutridos, é alarmante a quantidade de alimentos jogados fora

ESTA MATÉRIA FOI PRODUZIDA E EDITADA

PELOS ALUNOS DO

5º PERÍODO DO CURSO DE JORNALISMO

DO UNI-BH

BRUNO DE MELO, GABRIELLE FREITAS,

JULIANA FAGUNDES, MARINA GONTIJO,

NIELSEM REZENDE E RAFAEL MARIANI

SUPERVISÃO: PROF. FABRÍCIO MARQUES

EDIÇÃO FINAL: BRUNO FURST

[email protected] - HOJE EM DIA, BELO HORIZONTE, SÁBADO, 1/12/2007

MINAS 17

EDITAL DE CONVOCAÇÃOAssembléia dos moradores da Vila Copacabana

A comissão de organização da Vila Copacabana convoca todos os moradores para a assembléiaque realizar-se-á no dia 06 de dezembro de 2007, às 19:00 horas à Rua Roma, 76 - Parque Copa-cabana que terá como pauta: Organização da associação, eleição dos membros da diretoria, esco-lha do nome da associação e discussão e aprovação do estatuto.

Comissão de organizaçãoJuliano Rego Santos

Vanderley Gomes da SilvaDejamira Alves Ribeiro

Belo Horizonte, 30 de novembro de 2007

PREFEITURAMUNICIPAL DE MONTE CARMELO, EDITAL DE LICITAÇÃO, PREGÃO PRESEN-CIAL Nº. 23/2007. O Prefeito de Monte Carmelo, no uso de suas atribuições legais, torna públicoque fará realizar no dia 13 de Dezembro de 2007 às 14h00min, no Setor de Licitações, situadonesta cidade à Praça Getúlio Vargas, nº 272, perante Comissão para tal designado, PregãoPresencial do tipo menor preço por item, visando à aquisição de materiais permanentes, destina-dos a manutenção dos PSF’s (Programa Saúde da Família), deste município e da comunidade deCelso Bueno, os quais serão pagos com recursos do programa saúde em casa. Os interessadospoderão procurar a Diretoria de Licitação, de 08:00 às 11:30 e 13:30 às 17:00hs. Para obteremmaiores informações ligue (34) 3842-5880, ramais 224 e 219 e fax ramal 218. O edital encontra-se a disposição dos interessados. Monte Carmelo, 30 de novembro de 2007. Rodrigo Consentinode Aguiar, Pregoeiro e Presidente da Comissão Permanente de Licitação.

P. M. DE VÁRZEA DA PALMA/MG. – TOMADA DE PREÇOS N.° 020/2007- A PrefeituraMunicipal de Várzea da Palma/MG, torna público que fará realizar no dia 18/12/2007, ás14:00 horas, para imediato julgamento, licitação modalidade Tomada de Preços,”menorpreço melhor técnica” de conformidade com a Lei n.° 8.666/93, para aquisição de 03 veícu-los usados (ônibus) motor traseiro com capacidade p/ 45 pessoas, 04 veículos usados(ônibus), motor dianteiro c/ capacidade p/45 pessoas e 02 Kombi escolar, c/ capacidade p/15 pessoas, conforme anexo I, parte integrante do edital, que estará a disposição na Sala deLicitações, na Prefeitura Municipal de Várzea da Palma, situada na Rua Joaquim Marquesde Carvalho – 759 – centro, nos horários de 08:00 às 11:30 e de 13:00 às 17:00 horas.Maiores informações poderão ser obtidas pelo telefone (38) 3731-9224.Maria A. de OliveiraPresidente da CPL.Várzea da Palma, 29/11/2007.

PREFEITURA MUNICIPAL DE CORAÇÃO DE JESUSESTADO DE MINAS GERAIS

AVISO DE LICITAÇÃO - PREGÃO PRESENCIAL Nº 013/2007 - PA Nº 1061912.1070/2007: O Mu-nicípio de Coração de Jesus-MG, comunica que encontra-se aberto o Processo Administrativo nº1061912.1070/2007, modalidade Pregão Presencial, Tipo Menor preço por item, cujo objeto é aAquisição de mobiliário (carteiras escolares, bebedouros, mesas, armários, arquivos, prateleiras) eequipamentos (geladeiras, freezeres, liquidificadores, panelas de pressão, TV’s, DVD’s, Data Show,computadores, impressoras, micro sistems) destinados às escolas municipais (Convênio nº62.1.3.1777/2007 - SEE/MG). Credenciamento: 14/12/2007, de 08h30min às 09h00min.ABERTURADA SESSÃO OFICIAL DO PREGÃO PRESENCIAL: Dia 14/12/2007 a partir 09h00min (nove horas).Local: Sede da Prefeitura Municipal de Coração de Jesus, Praça Dr. Samuel Barreto, s/nº - Centro.O Edital e seus anexos está à disposição dos interessados na Prefeitura Municipal, no horário das8 às 14 horas e no site www.coracaodejesus.mg.gov.br. Solicitações e informações por escrito atra-vés do fax (38) 3228-2282, ramal 23. Coração de Jesus, 03 de Dezembro de 2007. Ronaldo MotaDias - Prefeito Municipal.

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ABERTURA DE LICITAÇÃOTOMADA DE PREÇOS FPM Nº 004/07

O Município de Belo Horizonte, através da Fundação de Parques Municipais - FPM, fazpúblico, para conhecimento de todos, que realizará a LICITAÇÃO FPM-004/07, que tem porobjeto a contratação de empresa da área de Engenharia para a execução dos serviços eobras de engenharia para reforma dos Parques Municipais Linear do Arrudas, Jardim Le-blon e do Vertedouro da Barragem Santa Lúcia. O edital encontra-se à disposição dos in-teressados na Av. Afonso Pena, 981 - 4º andar, na Secretaria da Comissão de Licitação, nohorário de 9:00 às 12:00 horas e 14:00 às 17:00 horas, de segunda a sexta-feira, telefone3277-4882 ou 3277-4980. MODALIDADE DA LICITAÇÃO: Tomada de Preços. RECUR-SOS: Fundação de Parques Municipais. DATA DE JULGAMENTO: 14/12/2007. HORÁRIODO JULGAMENTO: 09:30 horas. CUSTO DO EDITAL: R$ 80,00 (oitenta reais). CONTAPA-RAADQUIRIR O EDITAL Nº 002-9 - OP.06 - AGÊNCIA 0094 - CAIXA ECONÔMICA FEDE-RAL, a ser efetuado em nome da FUNDAÇÃO DE PARQUES MUNICIPAIS. PRESTAÇÃODA GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO: até o dia 12/12/2007. CONTA PARA DEPÓSITO DAGARANTIA DE PARTICIPAÇÃO EM ESPÉCIE: Nº 15-0 - OP.06 - AGÊNCIA 0094 - CAIXAECONÔMICA FEDERAL em nome da FUNDAÇÃO DE PARQUES MUNICIPAIS: VALORDAGARANTIA DE PARTICIPAÇÃO: R$ 16.248,04 (dezesseis mil duzentos e quarenta e oi-to reais e quatro centavos).

Belo Horizonte, 26 de novembro de 2007.Luiz Gustavo Fortini Martins Teixeira - Presidente da Fundação de Parques Municipais.

Oficinas vão contara história do samba

ANA PAULA LIMAREPÓRTER

Da primeira escola desamba, nascida na PedreiraPradoLopes,em1937,aosdes-files no Sambódromo da AarãoReis (Via 240), em Belo Hori-zonte. A história do estilo mu-sical que hoje é marca registra-da do Carnaval será contada,neste fim de semana, sob a óti-ca de quem mais entende doassunto: sambistas da capital.A “aula”, que terá forma de ba-te-papo, vai acontecer hoje eamanhã, em oficinas organi-zadas pelo Centro Cultural daUniversidade Federal de Mi-nas Gerais (UFMG), das 9 às 13horas e das 14 às 18 horas. Pro-mete atrair historiadores, mú-sicos e fãs do legítimo sambainteressados em manter viva amemória da cidade. As inscri-ções podem ser feitas antes decada oficina.

Episódios curiosos nãovão faltar. O historiador Mar-cos Valério Maia, que pesquisao assunto e coordena as ofici-nas, garante que BH lançou aprimeira escola de samba, ba-tizada Pedreira Unida, dez a-nos depois do Rio de Janeiro,masantesdeSãoPaulo.Noiní-cio, os desfiles pareciam corte-jos. Os foliões repetiam umaestrofe de quatro linhas, en-quanto os versadores - algo co-mo os puxadores de samba a-tuais - improvisavam o restan-te da música, como se fossemrepentistas. Somente em 1956é que o samba-enredo, com“letra completa”, chegou a BH.

“Quem pensa que o sam-ba não faz parte da tradição dacidade está enganado”, dizMarcosValério. Para ele, o dife-rencial nas oficinas é que aprópria Velha Guarda vai con-tar o que viveu às gerações se-

guintes. São nomes comoMestre Conga - fundador daEscola de Samba Inconfidên-cia Mineira, criada em 1951 eainda em atividade - e JadirAmbrósio, compositor de vá-rios sambas e autor do hino doCruzeiro.

Os sambistas vão revelar,ainda, como era a relação comrádios e jornais da capital e co-mo faziam as letras e músicas.Ao todo, serão quatro oficinas.As inscrições para cada umavai custar R$ 10. O evento tam-bém é organizado pela Facul-dade do Samba, grupo funda-do por Mestre Conga, GilsonMelo eWilson Batista em 1996.Mais informações pelos telefo-nes 3238-1079 e 3409-1095 ouno Centro Cultural (AvenidaSantos Dumont, 174, Centro).

AUGUSTO FRANCOREPÓRTER

Amaior parte dos estu-dantes formados em es-colas públicas em Minas

Gerais que tentam uma vagana Universidade Federal deMinas Gerais (UFMG), maiorinstituição de ensino superiordo Estado, não passam nasprovas. O Vestibular 2008 serárealizado amanhã, em dez ci-dades. Segundo informaçõesda UFMG, historicamente, onúmero de alunos da rede pú-blica que tentam uma vaga nainstituição é equivalente a60% do total de candidatos,contra 40% da rede particular.Na lista de aprovados, no en-tanto, a proporção se inverte:das 4.714 vagas disponíveis,60% são preenchidas por es-tudantes da rede particular. Asoutras 40% ficam com os o-riundos de escolas públicas.

De acordo com o CensoEscolar 2006, formaram-se noensino médio da rede públicamineira, no ano passado,799.810 alunos, ou seja,89,02% do total. Nas escolas da

rede privada, segundo o mes-mo Censo, foram 98.645, querepresentam o equivalente a10,98%.

“Emmuitoscasos,ojovemtem a alto-estima tão baixaque nem sequer o sonho deentrar na UFMG vai adiante. Ojovem simplesmente não faz aprova porque acha que não écapaz de passar”, avalia a su-pervisora da Escola EstadualSilviano Brandão, localizadano Bairro Lagoinha, na RegiãoNoroeste de Belo Horizonte. Aescola, que atualmente contacom 980 alunos, atende jo-vens moradores da PedreiraPrado Lopes. “A realidade des-ses meninos muitas vezes édura. Antes mesmo de se for-marem, eles têm que começara trabalhar, sustentar a casa emuitas vezes já criar a própriafamília”, ressalta a diretora daescola, Nilce Faria.

Um exemplo é a únicaclasse do 3º ano do ensino mé-dio da Silviano Brandão. Dos33 alunos que começaram osegundo semestre, 27 aindaestão freqüentando as aulas,que terminam no dia 15. Des-

ses, cinco farão o vestibular daUFMG. Entre eles, EmmanuelÁquila, 18 anos, que tentará u-ma vaga no curso de Ciênciasda Computação, e Lucian He-nrique Pereira Gomes, 17anos, que deseja cursar Ciên-cias Contábeis.

Confiantes, os dois acredi-tam na vitória. Para isso, noentanto, optaram por cami-nhos diferentes. Emmanuelestuda em casa e, nos finais desemana e à noite, treina taek-wondo e joga vôlei. Lucien, a-lém das aulas pela manhã, fazcursinho à tarde, para comple-mentar os estudos. “A maioriado pessoal aqui acha que nãotem condições de passar, masescolhi fazer um curso à noite.Se conseguir passar, vou ver seacho um emprego durante odia e correr atrás de uma vidamelhor”, afirma Lucian.

Um bom conselho para osestudantes que vão fazer ama-nhã as provas da UFMG é sairmais cedo de casa. Uma sériede eventos na cidade podemdeixar o trânsito lento, espe-cialmente na Região da Pam-pulha. As provas começam às

14 horas, mas a coordenaçãodo concurso recomenda queos candidatos cheguem compelo menos meia hora de ante-cedência.

Quem vai fazer prova noCampus da Pampulha, em Be-lo Horizonte, deve sair aindamais cedo. Pela manhã a Ave-nida Otacílio Negrão de Lima,que margeia a lagoa, será to-talmente interditada para aVolta da Pampulha, prova deatletismo. O confronto entreCruzeiro e América-RN, às 16horas, no Mineirão, pela últi-ma rodada do CampeonatoBrasileiro também prometedeixar as avenidas AntônioCarlos e Carlos Luz tambémdeverão ficar congestionadaspor causa do jogo.

Além disso, o movimentoda Feira de Artesanato daAfonso Pena e um show queacontece na Praça da Savassipodem tornar mais lento oacesso para quem faz provasna Região Centro-sul. Mais in-formações estão disponíveisnos sites da Federal(www.ufmg.br/copeve) e daBHTrans (pbh.gov.br/bhtrans).

EDITORIA DE ARTE

O VESTIBULAR EM NÚMEROSProcesso seletivo da UFMG para 2008

(*) Os percentuais não incluem os 2.235 treineiros, candidatos que participam do concurso, mas nãoconcorrem a uma vaga na Universidade(**) Média histórica de aprovação

Mais informações: www.ufmg.br/copeve ou na copeve, pelos telefones3409-4408 e 3409-4409

AGENDA PARA O VESTIBULAR

20071º de dezembro Exame médico pericial para a 1ª etapa (para candidatos

com impedimento grave de saúde ocorrido após períciarealizada no dia 20 de setembro de 2007)

2 de dezembro Provas da 1ª etapa/divulgação do gabarito3 de dezembro Divulgação do resultado da Avaliação Prévia de

Artes Visuais3 e 4 de dezembro Provas específicas dos cursos de Música e Teatro14 de dezembro Divulgação do resultado da 1ª etapa

20084 de janeiro Divulgação pela internet dos dados de todos os

candidatos e treineiros, com as salas de realização dasprovas da 2ª etapa

6 de janeiro Exame médico pericial para a 2ª etapa7 a 14 de janeiro Provas da 2ª etapa1º de fevereiro Divulgação do resultado final do Vestibular 2008

Cursos62

Candidatos63.519

Vagas4.714

CANDIDATOS* (%)

Mulheres

Homens

Alunos de escolas públicas

Alunos de escolas particulares

ALUNOS APROVADOS**

Escolas públicas

Escolas particulares

57,542,5

60

40

4060

MARKETING

Alunos do terceiro período de Jornalismo da UNI-BHvisitaram a redação do HOJE EM DIA, na última quarta-feira, e foram recepcionados pela gerente de Marketing, Jú-lia Prazeres. O grupo, que vivenciou o processo de produçãodo jornal, estava acompanhado dos professores LucianoRibeiro e Lídice Faria.

Aluno da rede pública émaioria no vestibular

SELEÇÃO Estudante de escola particulare tem maior índice de aprovação na UFMG

VISITA DA UNI