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Desenho e Diminuição de Pobreza associada ao
Programa Cartão Família Carioca na Cidade do
Rio de Janeiro 3
&
Impactos de Incentivos na Vida Escolar
Texto Principal
Coordenação: Marcelo Cortes Neri
3 Esta pesquisa é parte integrante do projeto de desenho e avaliação de impacto do programa Cartão Família Carioca da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro no âmbito da Secretaria da Casa Civil e do Instituto Pereira Passos (IPP). Agradecemos a Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), a Secretaria Municipal de Educação e ao Instituto de Planejamento (IPLAN-Rio) o fornecimento das bases de microdados aqui utilizadas.Agradecemos os comentários preliminares recebidos durante seminário no Instituto Pereira Passos (IPP) e em diversas reuniões de trabalho com diversas secretarias municipais. Agradecemos em especial os comentários de Eduardo Paes, Pedro Paulo Carvalho, Jean Caris, Roberta Guimarães, Rodrigo Bethlen, Janine, Claudia Costin, Ricardo Henriques e Fernando Cavalieri. Isentando porém de possíveis erros e imprecisões remanescentes.
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Prefácio
O Família Carioca é um programa de renda mínima que conjuga as máximas de
Gandhi e Confúcio: dá mais a quem tem menos e os ensina a pescar.
Programas de transferência condicionada de renda são cada vez mais usados no
combate à pobreza na América Latina onde a desigualdade de renda cai de maneira
consistente. Tenho feito e recebido visitas de lugares diferentes tais como África do Sul,
China, Índia, Indonésia e Nova York, cujo tema tem sido os progressos e desafios da
pioneira experiência brasileira consolidada no programa Bolsa Família (BF). O Bolsa
Família é o maior destes programas provendo renda às famílias pobres, incentivando a
vacinação infantil e a frequência escolar. A Prefeitura lançou o Cartão Família Carioca
construído em estaleiros locais sobre a plataforma do Bolsa Família para que a
desigualdade e a pobreza caiam na cidade, como vem caindo no Brasil.
A linha de pobreza do Família Carioca é de R$ 108 mês por pessoa que
corresponde aos 2 dólares dia da linha de pobreza mais generosa da primeira meta do
milênio da ONU. A meta é a redução da pobreza à metade no quarto de século
terminado em 2015, entre nossas Copa de Mundo e Olimpíadas. O programa alavanca
no campo social, a vocação internacional da cidade, alinhando a ação local ao pensar
global.
O sistema de pagamento do Família Carioca lança mão do rico acervo de
informações do Cadastro Social Único para captar na definição do seu público-alvo
múltiplas dimensões da vida dos pobres, desde o acesso a outras transferências de renda
e serviços públicos, configuração física da moradia, educação e trabalho de todos
familiares, a presença de pessoas vulneráveis com deficiência, grávidas, lactantes,
crianças etc. Primeiro estima a renda permanente das pessoas a partir desta miríade de
informações, para depois completá-la até a renda mínima fixada, dando mais benefícios
a quem tem menos, tratando os pobres na medida de suas diferenças. A busca dos mais
pobres dos pobres é facilitada pelo uso da renda estimada a partir de ativos e carências,
e não da renda declarada pelas pessoas. O novo programa navega sobre o Cadastro
Social Único com a bússola apontada para quem é pobre e não quem está pobre, ou diz
que está pobre.
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O Família Carioca constrói sobre as bases do Bolsa Família dando até quatro
benefícios por família, preferencialmente nas mãos das mães que cuidam mais da
educação dos filhos. O Família Carioca demanda mais frequência escolar (90%) além
da presença dos pais em reuniões bimestrais nas escolas. Outra inovação é incluir a
educação da primeira infância (creches, mas não só), portador chave do sucesso destas
crianças.
O programa dá um premio-extra aos alunos da rede municipal a cada dois meses
a partir da prova-extra da Secretaria de Educação, capitaneada por Cláudia Constin. O
aluno que manter boas notas, ou melhorar notas não tão boas, ganhará uma boa nota: R$
200 reais por ano.
O Família Carioca foi desenhado para transferir 130 milhões de reais ano a 98
mil famílias, 434 mil pessoas, 80% delas das Zonas Oeste e Norte, as mais pobres da
cidade. Só em Santa Cruz aportaria benefícios a 53 mil pessoas. Nos complexos gêmeos
da Penha e do Alemão são 52 mil pessoas. Os benefícios do programa Carioca variam
de R$ 20 até R$ 417 mês por família. O valor médio é de R$ 105 por mês e com o
Bolsa Família chegamos a um benefício médio de R$ 200 por família. Isto depois de um
forte esforço de cadastramento de pobres cariocas no programa federal pela Secretaria
Municipal de Assistência Social. Integrar era preciso!
O impacto sobre a pobreza presente, medida pelo P2, índice favorito de 9 entre
10 especialistas por enxergar na bruma das carências, a desigualdade entre os pobres. O
P2 no universo de beneficiários vai cair instantaneamente 80% a partir do primeiro
pagamento do Família Carioca a um custo de menos de 0.7% do orçamento público da
cidade. Já a exigência de maior frequência dos alunos, da presença dos pais nas escolas,
a inclusão da educação da primeira infância e os prêmios-extras por desempenho escolar
farão com que a maior renda dos pobres hoje, seja seguida de novos horizontes de
riqueza.
O Família Carioca é um programa de renda mínima que conjuga as máximas de
Mahatma Gandhi e de Confúcio: chegar aos mais pobres dos pobres, dar mais a quem
tem menos; e não dar apenas o peixe a quem é pobre, mas ensinar os seus filhos a
pescar.
Marcelo Neri –
Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas
(CPS/FGV e EPGE/FGV)
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Sítio da Pesquisa
O sítio da pesquisa www.fgv.br/cps/fci oferece um amplo banco de dados com dispositivos interativos e amigáveis de consulta às informações. Através dele, você pode avaliar o perfil dos das famílias cadastradas no CadÚnico que são ou não beneficiárias do Cartão Família Carioca e/ou do Bolsa Família abertos por variáveis sócio-demográficas (tais como sexo, idades, escolaridade dos pais, acesso a outros programas sociais entre outras). Além disso, oferecemos simuladores de probabilidades de acesso dos alunos da rede municipal ao FC e dos impacto destas mesmas características (com destaque ao acesso ao programa) sobre a performance escolar dos alunos nas provas bimestrais. Além disso, oferecemos panorama da população carioca em geral ao longo dos últimos 13 anos onde se pode analisar como variáveis como renda, pobreza, escolaridade entre outras se correlacionam com uma série de estatísticas espaciais e demográficas.
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I - Desenho e Diminuição de Pobreza
Associada ao Programa Cartão Família Carioca
na Cidade do Rio de Janeiro
O Família Carioca constrói sobre as bases do Bolsa Familia, inovando no sistema de pagamentos e nos prêmios concedidos, é o Bolsa Família 2.0 Os benefícios totais variam de acordo com a pobreza e a proficiência escolar indo do piso fixado de R$ 20 até R$ 417 mês por família O programa busca quem é pobre e não apenas quem está pobre, busca os mais pobres dos pobres tratando os diferentes na medida de sua diferença. O Família Carioca se alinha com a primeira Meta de Milênio da ONU e avalia seus
impactos na busca de aprimoramentos constantes (FC 1.1,.,FC 2.0 ..etc.)
1. Introdução
O Programa Bolsa Família (PBF), brasileiro, tem como objetivos e reduzir a
pobreza e desigualdade, provendo um benefício mínimo para famílias extremamente
pobres; acabar com a pobreza intergeracional condicionando os benefícios a
requerimentos de investimentos em capital humano.
O foco do estudo é o novo programa de transferência de renda, o Família Carioca,
do Município do Rio de Janeiro. Essa escolha se deveu ao histórico de desigualdade,
bem como os déficits de educação e saúde públicas existentes na cidade. Além disso, a
cobertura do PBF no município é historicamente baixa, sendo interessante analisar os
motivos para essas carências.
O objetivo da primeira parte desse trabalho é fundamentar conceitualmente o
programa Família Carioca (FC) e prover algumas variantes de parâmetros em relação ao
desenho do programa. O texto se divide em: uma seção mostrando o desenho do
Programa Bolsa família; uma seção com o desenho e os upgrades do FC e os resultados
de impactos do programa em relação à pobreza.
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2 - O Programa Bolsa Família Federal
O Programa Bolsa Família (PBF) foi criado no final de 2003, a partir da fusão de
quatro programas de transferência de renda preexistentes, fortemente inspirado pelo
programa de renda mínima vinculado à educação, o Bolsa Escola. Os objetivos
almejados pelo PBF são: reduzir a pobreza e desigualdade de renda, provendo um
benefício mínimo para famílias pobres; reduzir a transmissão intergeracional de pobreza
condicionando o recebimento dos benefícios a investimentos em capital humano pelos
beneficiários. O foco do programa são as famílias pobres e extremamente pobres
inscritas no Cadastro Único Federal – CadÚnico, segundo uma regra de elegibilidade
relacionada à renda familiar per capita. Embora a administração seja feita pelo
Ministério de Desenvolvimento Social (MDS), várias outras instituições estão
envolvidas, como a Caixa Econômica Federal, as prefeituras dos municípios, entre
outras, o que denota características de descentralização e intersetorialidade do
programa.
Cadastro Social Único - CadÚnico Criado em julho de 2001, o Cadastro Único para programas Sociais (CadÚnico)
tem por objetivo o cadastramento e a manutenção de informações atualizadas das famílias brasileiras com renda per capita inferior a ½ salário mínimo (SM) ou renda familiar total de até 3 SMs em todos os municípios brasileiros.
Os municípios são os responsáveis pela realização do cadastramento. São as prefeituras que o planejam, definem as equipes de cadastradores, realizam as entrevistas junto às famílias, compilam todas as informações e as remetem para o governo federal. Além disso, cabe também ao município manter o registro das famílias atualizado, monitorar e informar a inclusão ou exclusão de cadastrados e zelar pela qualidade das informações.
Atualmente, o Cadastro Único conta com mais de 19 milhões de famílias inscritas. Ele deve ser obrigatoriamente utilizado para seleção de beneficiários e integração de programas sociais do Governo Federal, como o Bolsa Família. Suas informações podem também ser utilizadas pelos governos estaduais e municipais para obter o diagnóstico socioeconômico das famílias cadastradas, possibilitando a análise das suas principais necessidades.
As informações sobre as condições de vida das famílias podem ser organizadas em seis dimensões: 1) vulnerabilidade – composição demográfica das famílias, inclusive com a indicação de mulheres grávidas e amamentando (nutrizes), e também de pessoas com necessidades especiais; 2) acesso ao conhecimento; 3) acesso ao trabalho; 4) disponibilidade de recursos (renda e despesa familiar per capita e despesas com alimentação); 5) desenvolvimento infantil; e 6) condições habitacionais (acesso a serviços públicos básicos como água, saneamento e energia elétrica).
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Figura 1 - Estrutura do Programa Bolsa Família
Durante seus sete anos de existência, o programa passou por expansões e foi alvo
de estudos empíricos, que demonstraram que há elevado grau de focalização, além de
um forte impacto na pobreza e na desigualdade de renda4 e possibilidades de avanço a
prazo mais longo propiciadas pela estrutura e capacidade do programa de chegar aos
mais pobres.
Do final de 2004 até 2006, 4,5 milhões de famílias foram incorporadas ao
programa, chegando a 11 milhões de famílias. Neri (2009) estima alguns impactos de
prazo mais longo do BF, e Kakwani, Neri e Son (2006) discutiram efeitos de curto
prazo pró-pobres dos programas sociais brasileiros. A figura abaixo sintetiza os
principais canais que afetam as médias de renda, bem-estar social e taxas de
crescimento da desigualdade, no período entre 2001 e 2005. A conclusão foi que um
pequeno aumento nos programas de transferência de renda governamentais focalizados
produziu um grande impacto nas condições de vida dos pobres.
4 Dentre esses estudos destacam-se os de Hoffman (2007a, 2007b), Barros, Carvalho e Franco (2007),
Soares et al. (2007a, 2007b), Cury e Leme (2007). Focamos aqui na análise seguindo a tradição de estudos desenvolvidos por membros do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas e co-autores.
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Figura 2 – Determinantes de Bem-Estar Social, Média, e Desigualdade de Renda Domiciliar Per Capita
Dentre os resultados empíricos de Neri (2009), há de se destacar a permanência na
escola, fertilidade e saúde infantil, decisões de consumo e acumulação de bens, decisões
de trabalho, e rendimentos do trabalho. No aspecto escolar, para ser elegível no BF, as
crianças entre sete e quinze anos devem estar matriculadas nas escolas e não faltar mais
que 15% das aulas. Os resultados do modelo logístico para as crianças nessa faixa etária
sugerem que o BF não produziu marcados avanços nos objetivos de melhora escolar: há
melhora pequena na frequência e assiduidade nas escolas, mas as crianças na escola
tiveram um aumento no tempo escolar e no acesso à infraestrutura. Já na faixa etária
entre 16 e 64 anos, o efeito renda gerado pelo aumento de transferências de renda é
possivelmente dominante sobre os outros incentivos de natalidade inerentes ao BF, mas
não em relação à qualidade do tratamento dispensado à criança. Os exercícios feitos
para analisar as decisões de consumo e de trabalho mostram um aumento na compra de
bens duráveis, serviços públicos e habitação, enquanto não rejeita a existência de um
“efeito preguiça” na oferta de trabalho dos indivíduos, possivelmente induzido pelo
programa.
A partir das condicionalidades acima mencionadas, o PBF tenta reduzir o déficit
educacional visto no Brasil nas últimas décadas. O desempenho educacional brasileiro
tem se mostrado bastante fraco quando avaliado por provas internacionais de
matemática e leitura (Programa de Avaliação Internacional de Estudantes – PISA), com
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o país figurando nas últimas posições do ranking elaborado pela Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Cabe ressaltar que as provas do
PISA são realizadas por alunos de 15 anos selecionados em 57 países em sua maioria
países desenvolvidos.
Dados o desempenho brasileiro e as estatísticas de frequência escolar e tempo de
permanência na escola para essa faixa etária, percebe-se que o grande problema da
educação fundamental brasileira é a qualidade, aí incluindo gestão escolar, proficiência
dos alunos e jornada escolar insuficiente. A fim de ilustrar esses fatos, dados de 2006
mostram que 2,7% daqueles entre 10 e 14 anos não estudavam, ou seja, quase todas as
crianças dessa idade estavam na escola. Essa proporção sobe para 17,8% entre 15 e 17
anos. Além disso, cada criança até 17 anos fica, em média, 3,26 horas diárias na escola
(já descontadas oito horas de sono). Pesquisas realizadas recentemente destrincham
esses números5, incentivando reflexão sobre as diretrizes educacionais a serem seguidas.
Por exemplo, a falta de interesse intrínseco responde por 40,3% da evasão escolar; em
contrapartida a necessidade de renda responde por 27,1%. Portanto, 67,4% das
motivações dos sem escola estão ligadas à falta de demanda, que é endereçada pelas
condicionalidades do PBF.
O Programa Bolsa Família, portanto, é uma iniciativa social bem sucedida, pois
consegue reunir baixo custo, elevado grau de focalização, abrangência nacional de mais
de 12 milhões de famílias e resultados de redução de pobreza e desigualdade robustos.
5 Boxes das pesquisas “Motivos da Evasão Escolar” e “Tempo de Permanência na Escola”, em anexo.
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3- O Desenho do Cartão Família Carioca
O sucesso do Programa Bolsa Família, que aliou baixos custos fiscais (menos de
0,4% do PIB hoje) à redução de pobreza e introdução dos pobres no mercado
consumidor, além do panorama descrito acima, estimulou a criação de um programa de
transferência de renda especialmente para o Rio. O Programa Cartão Família Carioca
(FC) complementa o programa federal, tendo como objetivo a redução da pobreza e
sendo focado no segmento pobre da população.
Ambos os programas apresentam diferenças marcantes, principalmente em
relação: à mensuração da renda, ao universo de beneficiados, às condicionalidades e aos
valores dos benefícios.
Abaixo essas diferenças são apresentadas.
• Busca dos mais pobres tratando os diferentes na medida de sua diferença.
Completando a insuficiência de renda dos beneficiários até a linha de pobreza
traçada. Isto produz mais eficiência no uso dos recursos públicos na consecução
da redução da pobreza.
• Mensuração da Renda – O PBF se baseia na renda autorreportada pelas famílias
no CadÚnico; o FC faz uso desse mesmo cadastro (para moradores da cidade),
com um upgrade operacional ao fazer uso do rico acervo de informações
existentes no cadastro para imputar a renda das famílias, aumentando a
informação disponível na focalização do programa. Privilegia-se assim o uso de
informações de acesso e uso de ativos produtivos, relativas à igualdade de
oportunidades e a capacidade de geração de renda dos beneficiários, captando
múltiplas dimensões da vida dos pobres. Busca-se quem é pobre e não apenas
quem está pobre. Dada a primeira característica do programa de dar mais a quem
tem menos renda, o programa fica mais protegido de erros de mensuração de
renda intencionais, ou não.
• Universo de Beneficiados – O FC utiliza, num primeiro momento, uma lista dos
residentes no Rio cadastrados no CadÚnico e que recebem o PBF, ou seja, algo
em torno de 100 mil famílias (440 mil pessoas).
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• Condicionalidades – A primeira infância (de zero a seis anos) é incorporada às
condicionalidades, assim como agora há incentivo por melhora de desempenho
dos alunos matriculados em avaliações externas (Provas bimestrais e Prova Rio).
• Valores dos Benefícios – O programa BF dá um benefício básico fixo de R$68
para famílias com renda per capita de até R$70, além de benefícios variáveis
condicionados a investimento em capital humano. O CFC tem um benefício
básico variável, pois dá ao pobre o suficiente para ultrapassar a linha de pobreza,
que varia de família para família. Além disso, dá benefícios variáveis, se
respeitadas determinadas condicionalidades, que são maiores para os mais
pobres.
Trocando em miúdos, o novo programa carioca que busca o mais pobre dos
pobres imputando a renda per capita da família, dando a ela o suficiente para chegar à
linha de pobreza (US$ 2 ppp), mas não que beneficia a todos inicialmente, e ainda exige
contrapartidas.
Desse modo, o desenho do programa busca potencializar interações com outros
níveis de governo e com outras políticas públicas setoriais para a população de baixa
renda. Seguindo os princípios mencionados e incorporando os upgrades operacionais e
metodológicos, o Família Carioca fica com uma estrutura como abaixo.
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Figura 3 – Estrutura do Programa Cartão Família Carioca
Família CariocaCondicionalidades do
Bolsa Família continuam em vigor
Condicionalidades adicionais
Benefício básico
Educação – 6 a 17 anos (estudantes de 16 e 17
anos das escolas municipais)
Educação - 0 a 6 anos
Renda imputada
Benefício variável
Renda que falta para cada membro, em média, chegar à
linha de pobreza
- Frequência de pelo menos90% às aulas nas creches eescolas municipais;- Frequência dos pais ourepresentantes legais àsreuniões bimestrais dasescolas municipais, mesmoque seus filhos não estejammatriculados.
- Frequência de pelo menos 90%às aulas nas escolas municipais;- Melhora de 20% nas notas dasprovas bimestrais em relação aobimestre anterior; 15% paraEscolas do Amanhã;- Frequência dos pais ourepresentantes legais às reuniõesbimestrais das escolas municipais
OBS: melhora do desempenho a partir de 7,5 para 1º a 5º anos e 6,5 para 6º a 9º anos; Escolas do Amanhã: 7,0 e 6,0, respectivamente
Amostra aleatória de 95,5% do CadÚnico
Mais recentemente foi incorporado pela Secretaria de Assistência Social do
Município uma série de mecanismos de busca ativa no programa denominado de
“Família Carioca em Casa”.
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Impactos Imediatos na Pobreza
A pobreza entre os beneficiários do Bolsa Família caiu instantaneamente no público-alvo um adicional de 46% a partir da implementação do Família Carioca. A meta do milênio da ONU é reduzir a pobreza em 50% em 25 anos. Passo instantâneo e fundamental nesta direção. Os impactos combinados do Família Carioca com o Bolsa Família é de 78% de queda de pobreza.
De maneira geral, se todas condicionalidades e prêmios forem concedidos o FC
irá transferir R$ 122 milhões de reais por ano para 98 mil famílias compostas de 421
mil pessoas, sendo 56,7% menores de idade. Famílias já contempladas pelo BF com 95
reais médios mensais receberão ainda do FC um benefício médio de 104 reais mês,
composto na média de 70 de benefícios básicos e condicionalidades e mais 34 reais de
prêmios educacionais. Os benefícios totais variam de acordo com a pobreza e o
desempenho escolar indo do piso fixado de R$ 20 até R$ 417 mês por família
beneficiada.
Algumas características dos beneficiários responsáveis por receber o benefício:
Mulheres (96,26%), Solteiras (73,25%), com Ensino Fundamental Incompleto
(67,27%), Fora do mercado de trabalho (42,34%), Informais (30,33%), situadas em
Famílias de 3 a 5 pessoas em média (80%).
Em termos de aferição de impacto, se usar a medida de pobreza denominada de P2
que é a favorita entre 9 entre 10 especialistas de pobreza por enxergar a desigualdade
entre os pobres: o P2 entre os beneficiários do Bolsa Família vai cair instantaneamente
um adicional de 46% a partir da implementação do FC. A meta do milênio da ONU é
reduzir a pobreza em 50% em 25 anos. Passo instantâneo e fundamental nesta direção.
A pobreza neste universo com a aplicação cumulativa do Bolsa Família e do
Família carioca cairá 78%, sendo 46% desta queda do Família Carioca.
Avaliação de benefícios Mo
Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados do Cadastro Único/SMAS e MDS
No que tange ao impacto espacial do programa ele atinge mais as áreas mais
pobres da cidade.
Abertura Espacial
-21%-34%
P0
Redução da Pobreza nos Recebedores do Família Carioca
Efeito Família Carioca
0,600
0,650
0,700
0,750
0,800
0,850
0,900
0,950
1,000
0%Índ
ice
de
de
sen
vo
lvim
en
to h
um
an
o
(ID
H)
Concentração de pessoas cadastradas pelo
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Avaliação de benefícios Monetários do FC e Programas Totais (BF e FC)
Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados do Cadastro Único/SMAS e MDS
No que tange ao impacto espacial do programa ele atinge mais as áreas mais
Abertura Espacial - Bairros Carioca
-35%-46%
34%
-64%-78%
P1 P2
Redução da Pobreza nos Recebedores do Família Carioca
Efeito Família Carioca Efeito Transferências
y = -0,3579x + 0,9031R² = 0,4348
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%
% de Cadastrados
Concentração de pessoas cadastradas pelo IDH dos bairros
netários do FC e Programas Totais (BF e FC)
Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados do Cadastro Único/SMAS e MDS
No que tange ao impacto espacial do programa ele atinge mais as áreas mais
80%
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Já a agenda de condicionalidades mais fortes de educação, a exigência da presença
dos pais nas escolas, a atenção diferenciada a primeira infância e a premiação por notas
procuram abrir as portas do mercado de trabalho para as famílias pobres. Visa com isso
que os maiores fluxos de renda transferidos pela cidade hoje seja consistente por maior
estoque de riqueza dos pobres hoje no futuro..
A agenda de premiar a melhora de desempenho dos alunos explora a principal
vantagem comparativa de grupos pobres que é a de alcançar melhoras e está em
consonância com ideia que os pobres estão para serem motivados por incentivos e não
penalizados pelos mesmos. O programa contém em seu desenho inicial um sistema de
avaliação de seus impactos de forma a orientar seus desenvolvimentos posteriores. De
forma a evitar a escolha de Sofia de excluir parte dos elegíveis ao programa
aleatoriamente, vista em geral como necessária para definir grupos de tratamento e de
controle idênticos, o FC propõe incorporar estudantes não elegíveis no seu desenho
inicial incorporando pessoas do CadÚnico, mas que não estão no Bolsa Família aos seus
beneficiários. O grupo de controle, não saberá que fez parte do sorteio, pois como todos
os alunos contemplados já fazem parte do sistema de aferição de desempenho já em
marcha pela secretaria de educação.
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II - Impactos de Incentivos na Vida Escolar6
A nota dos alunos incentivados subiu acima dos demais e a presença dos seus pais na escola é o dobro dos sem prêmio.
A diferença da média geral das matérias que era desfavorável em 6% aos beneficiários do CFC foi eliminada em três bimestres de operação do programa.
A média esconde diferentes mudanças entre beneficiários e não beneficiários do CFC em diferentes matérias: inverteu a distancia existente em ciências, zerou a distancia em matemática mas a manteve intocada em Português.
Os diferenciais de notas daqueles com e dos sem programa antes e depois do cartão: cai de 4,72% a 0% em matemática, se mantém em 4,7% em Português e em Ciências vira de 5,62% desfavorável para 4,84% aos beneficiários do cartão.
A Secretaria Municipal de Educação da Cidade do Rio de Janeiro (SME)
contava em 2011 com mais de 670 mil alunos constituindo a maior rede municipal de
ensino da América Latina. Os alunos da rede municipal carioca estão matriculados em
cursos de Educação Infantil, Ensino Fundamental, Educação Especial e Educação de
Jovens e Adultos. Somente no Ensino Fundamental, mais de 304 mil alunos
encontravam-se no 1º segmento, compreendendo do 1º ao 5º ano. No 2º segmento, que
abrange do 6º ao 9º ano, o número era de 229 mil alunos.
A fim de atender este universo de alunos , cerca de 39 mil professores atuam em
mais de 1000 Escolas e 250 Creches Públicas. A Secretaria Municipal de Educação tem
desenvolvido uma gama variada de ações e programas visando a melhora da qualidade
de ensino, Este programas vão desde avaliações bimestrais dos alunos; avaliações
externas bianuais denominadas Prova Rio, alternadas com a aplicação do Prova Brasil;
instituição de prêmios monetários por desempenho dos professores vinculado a
performance dos alunos medidos em exame de proficiência, instituição de escolas
especiais em áreas conflagradas de violência denominadas de Escolas do Amanhã entre
muitas outras cuja descrição vai além do escopo deste trabalho.
Centramos aqui nas inovações que interagem diretamente com o programa
Cartão Família Carioca (FC) instituído pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro
(PCRJ) em Dezembro de 2010. Na verdade, conforme descrito em outros relatórios
desse projeto, o desenho do FC buscou complementar a estrutura do programa federal
Bolsa Família (BF) nos pontos onde a cidade possuía potencial de operacionalizá-las
6 Esta parte está baseada em trabalho co-autorado entre Marcelo Neri e Rafael Borges.
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com precisão e rapidez. Ou seja, o FC não procurou a criar novas programas
educacionais, mas aproveitar e potencializar a excelência dos programas educacionais
existentes no âmbito da SME. Por exemplo, a instituição de um prêmio de performance
individualizado por aluno foi instituído pelo fato de já existir provas bimestrais
perfazendo quatro avaliações em cada ano escolar. As Escolas do Amanhã tiveram
critérios diferenciados de performance. As condicionalidades ligadas à frequência de
pais em reuniões bimestrais nas escolas foi instituída, pois elas já ocorriam e a literatura
recente (Fryer 2010) mostra a importância de condicionar insumos escolares. No caso
do CFC o programa elegeu um conjunto amplo de condicionalidades escolares e
prêmios aos estudantes aplicados tanto a insumos como a resultados do processo
educacional.
A SME conta com um banco de dados que se destaca por possuir três qualidades
raras, a saber: i) a riqueza das informações compiladas, aí incluindo o background
familiar dos alunos incluindo escolaridade dos pais, modalidades de transporte dos
alunos, notas regulares da escola e exames de proficiência extra em relação as provas
regulares de cada escola, características das escolas, diretores, professores entre outras.
ii) O fato dos mesmos alunos serem acompanhados por longos intervalos de tempo.
Estes dados longitudinais permitem reconstituir a trajetória de cada estudante de forma a
avaliar o impacto das inovações educacionais sobre o aprendizado dos alunos. iii) A alta
frequência das avaliações de proficiência são aplicadas a cada dois meses aliada a
velocidade com que as provas são corrigidas e incorporadas aos bancos de dados da
cidade pelo IPLAN geram a possibilidade de que o sistema de feedback seja rápido e
proveitoso.
O objetivo deste texto é traçar um retrato dos estudantes de forma a auxiliar a
avaliação de impactos e o aprimoramento do Cartão Família Carioca (FC). O texto está
dividido em três partes além desta breve introdução. Na segunda seção, identificamos as
semelhanças e as diferenças entre os beneficiários do FC e os demais alunos da rede
municipal para traçar as características do público-alvo. Na terceira seção, avaliamos o
comportamento relativo destes dois universos a partir das provas bimestrais de forma a
quantificar os potenciais impactos do programa já nos primeiros meses após a sua
implementação. Na quarta e última seção, traçamos as principais conclusões da análise
empírica e lições para aprimoramentos do programa.
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1. Perfil dos Alunos da Rede Municipal7
O Complexo do Alemão é a Região Administrativa com a maior cobertura relativa do Cartão Família Carioca com 25,4% dos alunos da Rede Municipal de Ensino, seguido de São Cristovão e Vigário Geral.
A menor cobertura neste universo de estudantes está em Copacabana (6,8%), Lagoa (7,4%) e Botafogo (7,6%).
Dos 669 mil alunos do Ensino Fundamental, verificamos que 17,7% são
beneficiários do Programa, correspondendo de uma amostra total de 118.405 estudantes
beneficiados pelo FC. Assim, para cada criança participante do Programa, temos
aproximadamente outras cinco não contempladas.
Tabela 1: Participação no Programa Cartão Família Carioca
Cartão Família Carioca Alunos
Não 82,31
Sim 17,69
Total 669.332
Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
A tabela abaixo apresenta a distribuição do mesmo grupo de alunos entre as
diversas séries, concentrados principalmente no Ensino Fundamental. Segundo a SME,
43,51% dos alunos encontravam-se no 1º segmento do Ensino Fundamental (1º ao 5º
ano). Em nossa amostra, 42,6% dos alunos não participantes do Programa localizavam-
se nesta etapa, enquanto este universo alcança 53,4% para os beneficiados de todas as
séries.
7 Esta parte está baseada em trabalho co-autorado entre Marcelo Neri e Rafael Borges.
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Tabela 2: Frequência Relativa dos Alunos por Série
Série Frequência
Categoria CFC Não CFC Sim
Pré-Escola 11,58 8,26
Creche 6,17 4,32
PEJA II - Bloco 1 1,29 0,38
PEJA II - Bloco 2 0,66 0,08
PEJA I - Bloco 1 0,71 0,09
PEJA I - Bloco 2 0,75 0,71
Classe Especial 8,14 6,12
1º Ano 8,71 10,14
2º Ano 9,54 13,97
3º Ano 7,85 10,71
4º Ano 7,7 9,86
5º Ano 8,83 8,7
6º Ano 8,05 7,71
7º Ano 7,28 6,88
8º Ano 6,12 5,2
9º Ano 0,39 0,09
Realfabetização 1 0,5 0,62
Realfabetização 2A 0,29 0,44
Realfabetização 2B 0,51 0,59
Aceleração 1A 0,62 1
Aceleração 1B 0,47 0,57
Aceleração 2 1,49 1,8
Aceleração 3 1,48 1,59
Total 550.914 118.418 Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
Ao analisarmos a distribuição dos estudantes por sexo não observamos
disparidade entre os grupos. Como esperado, aproximadamente metade dos alunos são
do sexo feminino.
Tabela 3: Frequência Relativa dos Alunos por Sexo
Sexo Frequência
Categoria CFC Não CFC Sim
Feminino 48,66 48,41
Masculino 51,34 51,59
Total 550.914 118.418 Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
45
A base de dados fornecida pela SME dispõe de informações acerca da cor auto-
declarada dos alunos. As principais diferenças entre cada grupo residem nas proporções
de pretos e brancos. Entre os não inscritos no Programa a proporção de pretos é de
10,35%, sendo 28% maior para o grupo dos alunos participantes (13,28%). A proporção
de brancos por sua vez, é 19,7% menor entre os inscritos no CFC que entre os não
inscritos. Enquanto para o grupo de estudantes não participantes encontramos 36,97%
de brancos e 58.24% de pretos ou pardos. Nos alunos beneficiados pelo FC estas
estatísticas são 29,7% e 65,44%, respectivamente. Na população pela Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) de 2009 para o município temos quase o inverso 60.8% de brancos e 37.83% de
pretos ou pardos. Ou seja, a diferença está menos entre os alunos da rede municipal do
que para a população em geral. Isto é explicado pela maior tendência de pessoas brancas
de frequentarem escolas particulares 13,4% deles frequentam instituições privadas
contra 4,99% dos pretos e 8.57% dos Pardos.
Tabela 4: Frequência Relativa dos Alunos por Cor Cor ou Raça Frequência
Categoria CFC Não CFC Sim
Preta 10,35 13,28
Branca 36,97 29,7
Parda 47,89 52,16
Amarela 0,18 0,27
Indígena 0,15 0,17
Ignorado 4,46 4,42
Total 550.914 118.418
Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
Através da análise de pesquisas domiciliares também é possível observar que as
rendas das famílias da cidade apresentam grande variabilidade de acordo com sua cor
ou raça. De fato, para o ano de 2009, a renda familiar per capita média mensal dos
pretos e pardos foi aproximadamente 45% inferior a dos brancos, conforme a tabela
abaixo.
É evidente que o grupo de alunos participantes do Programa conta com uma
maior proporção de indivíduos que tipicamente pertencem a famílias com menor renda,
o que por um lado atesta o êxito do Programa ao alcançar as famílias mais necessitadas
46
e por outro faz surgir à necessidade de se controlar as análises futuras, uma vez que os
dois grupos não são de todo semelhantes.
Tabela 5: Renda Familiar per Capita Média por Cor - 2009
Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
A educação dos pais é uma das variáveis mais importantes na previsão do nível
de escolaridade alcançado por seus filhos. As duas tabelas que seguem descrevem a
distribuição dos alunos segundo o nível de instrução do pai e da mãe.
Nos dois casos, os pais dos alunos não inscritos nos Programa são, em média,
mais bem instruídos que os demais: 19,98% dos pais dispõem de Segundo Grau
Completo ou Nível Superior, chegando a 24,39% para o caso de suas mães. Para os
alunos participantes do Programa estes valores correspondem a somente 12,01% e
14,19% para pais e mães, respectivamente.
Tabela 6: Frequência Relativa dos Alunos por Nível de Instrução do Pai
Nível de Instrução do Pai Frequência
Categoria CFC Não CFC Sim
Analfabeto 1,48 1,81
Primeiro grau incompleto 19,93 26,25
Primeiro grau 28,62 31,52
Segundo grau 18,28 11,54
Superior 1,7 0,47
Ignorado 29,99 28,41
Total 550.914 118.418
Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
Categoria Ronda
Preta 819
Branca 1427
Parda 724
Amarela 1213
Indígena 537
Renda Familiar por Cor
47
Tabela 7: Frequência Relativa dos Alunos por Nível de Instrução da Mãe
Nível de Instrução da Mãe Frequência
Categoria CFC Não CFC Sim
Analfabeta 1,45 1,99
Primeiro grau incompleto 24,2 33,83
Primeiro grau 33,38 38,07
Segundo grau 22,74 13,95
Superior 1,65 0,24
Ignorado 16,6 11,91
Total 550.914 118.418
Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
Tal como a cor ou raça, o nível de instrução do indivíduo é também um forte
previsor de sua renda. Utilizando os dados da PNAD, é possível calcular a renda
familiar per capita média a partir dos anos de estudo do chefe do domicílio. Os
resultados para o ano de 2009 encontram-se na tabela abaixo. Indivíduos com Segundo
Grau Completo ou Nível Superior se enquadrariam na categoria de 12 ou Mais anos de
estudo. Mais uma vez, vemos que os alunos do Programa estão menos presentes nos
grupos de mais alta renda.
Tabela 8: Renda Familiar per Capita Média por Anos de Estudo - 2009
Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
Outra característica dos alunos referente aos seus pais pode ser vista nas duas
tabelas que seguem. Nelas os estudantes são divididos segundo a presença do pai ou da
mãe. Em cada quesito, quatro são as opções: a criança mora com o pai; o pai é falecido;
o pai é vivo, mas não mora com a criança; e ignorado.
Categoria Renda
0 299
1 a 3 343
4 a 7 428
8 a 11 643
12 ou Mais 1779
Ignorado 478
Renda Familiar por Anos de Estudo
48
Enquanto aproximadamente 77,92% das crianças moram com suas mães, apenas
49,06% têm o pai em seus lares. No entanto, pequenas são as disparidades verificadas
entre os grupos de alunos beneficiados ou não pelo FC.
Tabela 9: Frequência Relativa dos Alunos por Índice de Presença do Pai
Presença do Pai Frequência
Categoria CFC Não CFC Sim
Mora com o Pai 48,48 51,78
Pai Falecido 2,97 2,63
Não mora com o Pai 47,92 45,58
Ignorado 0,63 0
Total 550.914 118.418
Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
Tabela 10: Frequência Relativa dos Alunos por Índice de Presença da Mãe
Presença da Mãe Frequência
Categoria CFC Não CFC Sim
Mora com a Mãe 76,58 84,12
Mãe Falecida 1,48 0,69
Não mora com a Mãe 21,31 15,18
Ignorado 0,63 0
Total 550.914 118.418
Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
Analisamos agora como se distribuem os alunos de acordo com o meio de
transporte utilizado no trajeto de casa até a escola. Nos dois grupos, a maioria dos
estudantes percorre o caminho a pé, mas a proporção é 11 pontos percentuais maior para
os alunos participantes do Programa, atingindo 74,08% deste grupo. Em todas as demais
categorias, os alunos inscritos no Programa aparecem em menores proporções do que os
demais.
O segundo meio de transporte mais empregado é o ônibus, utilizado por 19,49%
dos alunos não beneficiados pelo Programa e por 13,81% dos demais. A proporção de
estudantes que fazem uso de carro para chegar à escola é inferior a 2% em ambos os
49
grupos, mas ainda assim é três vezes superior entre os não inscritos no Cartão Família
Carioca, relativamente aos inscritos.
Tabela 11: Frequência Relativa dos Alunos por Meio de Transporte Utilizado
Meio de Transporte Frequência
Categoria CFC Não CFC Sim
Pedestre 63,14 74,08
Ônibus 19,49 13,81
Carro 1,96 0,69
Metrô 0,05 0,03
Trem 0,05 0,03
Outros 2,46 1,77
Ignorado 12,84 9,6
Total 550.914 118.418
Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
Intimamente relacionado ao meio de transporte utilizado, apresentamos agora a
distribuição dos alunos segundo o tempo de deslocamento entre casa e escola.
Possivelmente um reflexo da maior proporção de pedestres entre os participantes
do Programa, observamos 68,06% dos alunos deste grupo percorrendo o trajeto em até
15 minutos, contra 60.16% dos demais.
Tabela 12: Frequência Relativa dos Alunos por Tempo de Deslocamento
Tempo de Deslocamento Frequência
Categoria CFC Não CFC Sim
Até 15 minutos 60,16 68,06
Até 30 minutos 24,26 20,64
Até 1 hora 2,08 1,16
Mais de 1 hora 0,33 0,17
Ignorado 13,17 9,96
Total 550.914 118.418
Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
50
Uma última informação referente ao percurso entre casa e escola dos alunos diz
respeito à forma de regresso. Mais especificamente, o interesse é se o aluno realiza a
volta para casa sozinho ou acompanhado de um responsável.
A grande maioria dos alunos faz o trajeto acompanhado, sendo esta proporção
ligeiramente superior entre os participantes do Programa, entre os quais alcança
89.96%.
Tabela 13: Frequência Relativa dos Alunos por Forma de Regresso
Forma de Regresso Frequência
Categoria CFC Não CFC Sim
Acompanhado 86,3 89,96
Sozinho 13,06 10,04
Ignorado 0,63 0
Total 550.914 118.418
Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
Por fim, apresentamos a distribuição dos alunos segundo as Coordenadorias
Regionais de Educação (CRE) às quais pertencem suas Escolas. Esta informação será
futuramente utilizada a fim de realizar um controle espacial do experimento, numa
tentativa de capturar características comuns a indivíduos de uma determinada área que
não estejam presentes nas demais variáveis incluídas nos modelos.
Uma lista relacionando os bairros compreendidos por cada CRE pode ser
encontrada no apêndice.
Tabela 14: Frequência Relativa dos Alunos por Coordenadoria Regional de Educação (CRE)
CRE Frequência
Categoria CFC Não CFC Sim
1 4,72 5,72
2 8,73 4,64
3 8,25 9,3
4 13,51 14,51
5 9 10,08
51
6 6,64 8,74
7 14,34 7,17
8 11,84 13,8
9 10,51 10,69
10 12,4 15,35
11 0,08 0
Total 550.914 118.418
Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
A Região Administrativa (RA) com a maior cobertura relativa do Cartão Família
Carioca é o Complexo do Alemão com 25,4% dos alunos da Rede Municipal de Ensino
tomada como um todo, seguido de São Cristovão e Vigário Geral. A menor cobertura
neste universo de estudantes está em Copacabana (6,8%), Lagoa (7,4%) e Botafogo
(7,6%). Apresentamos abaixo o Mapa:
Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da SME-PCRJ e da SMAS-PCRJ e do MDS.
52
Análise Multivariada de Acesso
Até o momento, pudemos observar a distribuição dos alunos contemplados e os
não contemplados pelo FC segundo uma variável de cada vez. Através de uma regressão
logística, na qual a variável a ser explicada é a participação no Programa, é possível
mensurar o impacto de cada variável simultaneamente sobre a chance de se participar
do Programa.
REGRESSÃO LOGÍSTICA BINOMIAL
O tipo de regressão utilizado nos simuladores, assim como para determinar as diferenças-em-
diferenças, é o da regressão logística, método empregado para estudar variáveis dummy --
aquelas compostas apenas por duas opções de eventos, como “sim” ou “não”. Por exemplo:
Seja Y uma variável aleatória dummy definida como:
=frequenta não não pessoa a se 0
frequenta pessoa a se 1 Y
Onde cada iY tem distribuição de Bernoulli, cuja função de distribuição de probabilidade é
dada por: y-1y p)-1(pp)|P(y =
Onde: y identifica o evento ocorrido e p é a probabilidade de sucesso de ocorrência do evento.
Como se trata de uma sequencia de eventos com distribuição de Bernoulli, a soma do número
de sucessos ou fracassos neste experimento tem distribuição binomial de parâmetros n
(número de observações) e p (probabilidade de sucesso). A função de distribuição de
probabilidade da binomial é dada por:
y-1y p)-1(py
np)n,|P(y
=
A transformação logística pode ser interpretada como o logaritmo da razão de probabilidades
sucesso versus fracasso, no qual a regressão logística nos dá uma ideia do risco de uma pessoa
frequentar, dado o efeito de algumas variáveis explicativas que serão introduzidas mais à
frente. A função de ligação deste modelo linear generalizado é dada pela seguinte equação:
∑=
=
=
K
0kikk
i
ii xβ
p-1
plogη
onde a probabilidade pi é dada por:
+
=
∑
∑
=
=K
0kikk
K
0kikk
i
xβexp1
xβexp
p
53
Modelo 1: Regressão Logística da Participação no Programa sobre Controles
Estimate Std. Error z value Pr(> |z|) Razão de Chance
(Intercept) -0.43 0.05 -7.79 0.00 0.65 **
IND_SEXOMasculino 0.00 0.01 -0.43 0.67 1.00
IND_CORBranca -0.38 0.02 -21.36 0.00 0.68 **
IND_CORParda -0.19 0.02 -11.03 0.00 0.83 **
IND_CORAmarela 0.02 0.10 0.24 0.81 1.02
IND_CORIndígena -0.55 0.13 -4.15 0.00 0.58 **
IND_CORIgnorado -0.21 0.03 -7.13 0.00 0.81 **
INSTR_PAIPrimeiro grau incompleto -0.03 0.04 -0.72 0.47 0.97
INSTR_PAIPrimeiro grau -0.09 0.04 -2.23 0.03 0.91 **
INSTR_PAISegundo grau -0.46 0.04 -10.90 0.00 0.63 **
INSTR_PAISuperior -0.97 0.08 -11.51 0.00 0.38 **
INSTR_PAIIgnorado -0.03 0.04 -0.61 0.54 0.98
INSTR_MAEPrimeiro grau incompleto -0.07 0.04 -1.71 0.09 0.94
INSTR_MAEPrimeiro grau -0.22 0.04 -5.57 0.00 0.80 **
INSTR_MAESegundo grau -0.68 0.04 -16.33 0.00 0.51 **
INSTR_MAESuperior -1.76 0.11 -15.98 0.00 0.17 **
INSTR_MAEIgnorado -0.30 0.04 -6.66 0.00 0.74 **
IND_PAIPai Falecido -0.16 0.04 -4.52 0.00 0.85 **
IND_PAINão mora com o Pai -0.08 0.01 -5.71 0.00 0.93 **
IND_PAIIgnorado 8.97 194.13 0.05 0.96 7855.68
IND_MAEMãe Falecida -0.65 0.07 -9.67 0.00 0.52 **
IND_MAENão mora com a Mãe -0.34 0.02 -18.84 0.00 0.71 **
IND_MAEIgnorado -0.12 196.48 0.00 1.00 0.89
IND_TRANSP_DESLOCÔnibus -0.26 0.02 -16.41 0.00 0.77 **
IND_TRANSP_DESLOCCarro -0.73 0.06 -11.50 0.00 0.48 **
IND_TRANSP_DESLOCMetrô -0.41 0.29 -1.43 0.15 0.66
IND_TRANSP_DESLOCTrem -0.47 0.30 -1.58 0.11 0.63
IND_TRANSP_DESLOCOutros -0.24 0.04 -6.74 0.00 0.79 **
IND_TRANSP_DESLOCIgnorado -0.07 0.07 -1.00 0.32 0.93
IND_TEMPO_DESLOCAté 30 minutos -0.09 0.01 -6.10 0.00 0.92 **
IND_TEMPO_DESLOCAté 1 hora -0.25 0.05 -5.34 0.00 0.78 **
IND_TEMPO_DESLOCMais de 1 hora -0.21 0.12 -1.82 0.07 0.81
IND_TEMPO_DESLOCIgnorado -0.02 0.07 -0.36 0.72 0.98
IND_FORMA_REGRSozinho -0.23 0.02 -13.34 0.00 0.79 **
IND_FORMA_REGRIgnorado -13.08 30.26 -0.43 0.67 0.00
CRE2 -0.65 0.03 -22.89 0.00 0.52 **
CRE3 -0.20 0.02 -8.87 0.00 0.82 **
CRE4 -0.07 0.02 -2.84 0.00 0.93 **
CRE5 0.08 0.07 1.16 0.25 1.09
CRE7 -0.89 0.02 -39.35 0.00 0.41 **
CRE8 -0.27 0.02 -11.59 0.00 0.76 **
CRE9 -0.29 0.02 -12.44 0.00 0.75 **
CRE10 -0.19 0.02 -9.77 0.00 0.83 **
Modelo 1: Regressão Logística da Participação no Programa sobre Controles
Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
54
Conforme os resultados apresentados, é possível observar que as chances de um
aluno pertencer ou não ao Cartão Família Carioca não é afetada pelo seu sexo, o que
fica evidente através da impossibilidade de se rejeitar estatisticamente que a razão de
chance igual 1 para indivíduos do sexo masculino em relação aos indivíduos do sexo
feminino (a categoria omitida, neste caso).
Quanto à cor ou raça, observamos brancos com 33% a menos de chance e pardos
com 17% a menos do que pretos, estes últimos correspondendo a categoria omitida em
questão.
As chances de pertencer ao Programa, condicionadas ao nível de instrução do
pai, evolui de também de acordo com o esperado: referentemente aos analfabetos,
alunos com pais com primeiro grau incompleto apresentam 2% a menos de chances de
pertencer ao Programa, valores que chegam a 9% menores para primeiro grau completo,
37% para o segundo grau e 60% para pais com ensino superior. Para o nível de
instrução das mães, os resultados são ainda mais expressivos: redução nas chances de
6% (primeiro grau incompleto), 20% (primeiro grau), 50% (segundo grau) e 84%
(ensino superior).
Na análise do índice de presença do pai, verificamos que alunos com o pai
falecido possuem 21% menos chances de pertencer ao Programa que aqueles que
moram com o pai. A redução é de apenas 9% para aqueles que possuem pai vivo, mas
não residem com o mesmo. Mais uma vez, observamos resultados bastantes mais
expressivos referentes às mães. Um estudante com a mãe falecida desfruta de 49%
menos chances de pertencer ao Programa, e de 31% menos caso a mãe seja viva, mas
não more com o jovem. Como veremos a frente às notas e a pobreza são inversamente
relacionadas a presença do pai e da mãe. Este dado é indicativo de que crianças órfãs ou
abandonadas tenham carência do elo de conexão com o programa. Portanto, esta é uma
área que sugere possibilidade de melhora de focalização. Pensamos em particular na
realização de um processo de busca ativa similar ao empreendido pelo programa
Família Carioca em Casa, na escola onde o processo de busca do público alvo é
facilitado.
Relativamente aos alunos que fazem o trajeto casa-escola a pé, aqueles que o
fazem de ônibus têm 18% menos chances de estarem inscritos no Programa. Para os que
se utilizam de carros, a redução chega a 56%. Alunos que fazem este trajeto sozinhos
apresentam 21% menos chances de pertencer ao Programa que aqueles que o fazem
acompanhados.
55
Quanto ao tempo de deslocamento, as maiores possibilidades de se encontrarem
entre os beneficiados do Cartão Família Carioca estão com os que despendem até 15
minutos para ir de casa à escola. Aqueles que gastam até 30 minutos contam com 9% a
menos de chances, enquanto quem leva até 1 hora possui 27% menos chances de
pertencer ao Programa.
Por fim, observamos as chances de se encontrar um aluno inscrito no Programa
em cada Coordenadoria Regional de Educação. A categoria omitida para esta variável é
a CRE 1, que apresenta a maior chance entre todas as CREs consideradas. Destacamos
os alunos da CRE 2 e CRE 7 em condições iguais por apresentarem, respectivamente,
54% e 56% menos chances de pertencer ao Programa.
56
Simulador de Acesso ao Cartão Família Carioca entre os Alunos da SME
Com base nos microdados da SME/IBGE processamos modelos estatísticos que
estimam a probabilidade de acesso ao Cartão Família Carioca (FC) entre os alunos da
Secretaria Municipal de Educação . Os resultados da regressão encontrados acima ou
acessados de forma interativa e amigável no link:
http://www3.fgv.br/cps/bd/cfc/simula_logit/index.htm
Este dispositivo nos permite simular para diferentes características da população de
estudantes da rede municipal carioca.
Passos para utilização:
Selecione as suas características e local de moradia no formulário.
Clique em Simular.
O
gráfico apresenta as probabilidades de acesso ao FC. Uma das barras representa o
Cenário Atual (resultado de acordo com as características selecionadas) e a outra o
Cenário Anterior (apresenta a simulação anterior).
57
2. Desempenho Relativo dos Alunos nas Provas Bimestrais
Inicialmente vale a pena mapear o desempenho escolar na Rede Municipal de Ensino.
Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da SME-PCRJ
As menores notas da Rede Municipal de Ensino estão na Rocinha (5,5%), Rio
Comprido (5,59%), Alemão (5,62%), Cidade de Deus (5,92%), Maré (5,94%) e
Jacarezinho (5,99%). Enquanto as Maiores são observadas em Paquetá (7,01%),
Copacabana (6,83%) e Botafogo (6,64%).
A cada bimestre, os alunos da rede municipal de ensino realizam exames a fim
de mensurar a aprendizagem do conteúdo ensinado nas aulas das diversas disciplinas.
Em cada etapa, são conduzidas avaliações de Português, Matemática e Ciências. Nesta
seção apresentamos análise dos diferenciais das médias das notas do primeiro segmento
(segundo ao quinto ano) nas provas bimestrais entre beneficiários e não beneficiários do
Cartão Família Carioca (FC), segundo diversas características dos alunos, a maior parte
das quais já introduzidas na seção anterior. Ao final apresentamos um exercício
multivariado de forma a apresentar um exercício melhor controlado para isolar os
efeitos do sistema de premiação as notas.
58
Na medida que o nível de dificuldade destas provas variam de acordo com as
séries e ao longo do tempo. Em todos os casos o foco da análise está na evolução do
diferencial das notas entre beneficiários e não beneficiários do FC antes e depois da
introdução do programa de forma captar o efeito dos incentivos sobre a performance
estudantil.
Diferença em Diferença
Realizamos agora a semelhança da análise supracitada exercícios de diferença em
diferença em relação a outros atributos socio-demográficos para avaliarmos a natureza
do aprendizado dos alunos. Usamos aqueles do primeiro ciclo do ensino fundamental,
pois foram objeto de avaliações bimestrais em 2010 e em 2011 o que permite avaliar os
impactos. Enquanto os do segundo ciclo passaram a ser cobertos pelas provas de
maneira sistemática em 2011.
Primeiramente, apresentamos as estatísticas período a período, permitindo o
acompanhamento da evolução do desempenho escolar dos estudantes dentro e fora do
programa. Em todos os bimestres considerados, compreendendo desde a média do ano
letivo de 2010 até o terceiro bimestre de 2011, os alunos não participantes do Programa
exibiram melhor desempenho acadêmico. O diferencial de notas a favor dos não
beneficiários que era de 5,09% em 2010 vem diminuindo para 5,08% em 2011.1, 4,18%
em 2011.2, chegando a 4,26% no último bimestre (2011.3).
Tabela 15: Diferença das Notas nas Provas Bimestrais por Período
Diferença de Notas (Não Beneficiários / Beneficiários)
Categoria média 2010* 2011,1 2011,2 2011,3
Total 5,09% 5,08% 4,18% 4,26% Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
É notável a aproximação entre as médias ao longo do tempo. Analisando os três
últimos bimestres de 2010, as notas dos alunos não inscritos no Programa superaram,
em média, as dos estudantes do Cartão Família Carioca em 5,1%, caindo para 4,5%
juntando os três bimestres de 2011.
Analisamos agora as médias das notas condicionando nas séries dos alunos,
observamos que, para todos os bimestres e séries, os estudantes não inscritos no
Programa apresentaram melhores notas, revelando que o desempenho superior destes
alunos não é específico a nenhuma etapa do Ensino Fundamental. A evolução deste
59
diferencial, no entanto, é diferente do que se poderia inferir a partir de uma visão
agregada dos dados.
Para os estudantes do segundo ano, por exemplo, uma vantagem de 3.41% em
2010 transforma-se em 3,25% no terceiro bimestre de 2011 . Para os alunos do terceiro
ano, no entanto, a vantagem relativa dos não beneficiários em 2010 é pouco menor que
a vista no ultimo bimestre aqui analiso. Nos anos seguintes, quarto e quinto, a vantagem
relativa no ultimo bimestre volta a ser inferior aquela vista em 2010.
A tabela mostra as diferenças bimestre a bimestre de cada série do primeiro ciclo.
Tabela 16: Diferença das Notas nas Provas Bimestrais por Série
Diferença de Notas (Não Beneficiários / Beneficiários)
Categoria média 2010* 2011,1 2011,2 2011,3
2º Ano 3,41% 3,30% 3,80% 3,25%
3º Ano 6,36% 5,82% 5,44% 6,43%
4º Ano 4,04% 5,21% 3,45% 3,56%
5º Ano 3,56% 4,09% 3,07% 2,51% Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
As notas das avaliações bimestrais, mensuradas separadamente para meninos e
meninas, revela um desempenho consideravelmente melhor em favor delas. Para cada
sexo tomado isoladamente, estudantes não participantes do Programa se saíram melhor,
no entanto a diferença entre os resultados se reduz ao longo do tempo. Para as meninas,
por exemplo, a diferença entre as notas das alunas não inscritas no Programa e as
demais é de 4,65% em 2010, 4,76% em 2011.1, 3,89% em 2011.2 e 3,78% em 2011.3.
Tabela 17: Diferença das Notas nas Provas Bimestrais por Sexo
Diferença de Notas (Não Beneficiários / Beneficiários)
Categoria média 2010* 2011,1 2011,2 2011,3
Feminino 4,65% 4,76% 3,89% 3,78%
Masculino 5,52% 5,39% 4,46% 4,72% Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
A variabilidade das notas médias entre alunos de cor ou raça diferentes é de
grande relevância, especialmente ao destacarmos na seção anterior a maior participação
de pretos e pardos no grupo participante do Programa.
60
Entre os três grupos de maior relevância na amostra, estudantes brancos foram
os responsáveis pelas melhores notas médias, seguidos de pardos e pretos. A evolução
do diferencial de nota, no entanto, evolui de forma semelhante. Para pretos, o melhor
desempenho dos alunos não participantes do Programa se reduz de 4,46% em 2010 para
3,97% no primeiro bimestre de 2011, 3,27% no segundo e 3,46% no terceiro bimestre.
O diferencial entre os pardos cai de 4,02% em 2010 para 3% em 2011.3. Para brancos, o
movimento se verifica na mesma direção, porém em menor intensidade: deixa 5,12%
em 2010 para alcançar 4,72% no ultimo bimestre de 2011.
Tabela 18: Diferença das Notas nas Provas Bimestrais por Cor ou Raça
Diferença de Notas (Não Beneficiários / Beneficiários)
Categoria média 2010* 2011,1 2011,2 2011,3
Preta 4,46% 3,97% 3,27% 3,46%
Branca 5,12% 5,53% 4,67% 4,72%
Parda 4,02% 3,76% 2,92% 3,00%
Amarela 5,73% 2,75% 5,88% 2,83% Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
Seguimos para análise das notas segundo indicadores referentes aos pais dos
alunos, averiguando os resultados inicialmente segundo o Índice de Presença. Jovens
que moram com seus pais apresentam, em média, melhor desempenho nas avaliações
bimestrais.
A evolução dos diferenciais de notas exibe trajetória descendente: para aqueles
que moram com o pai, a vantagem dos não inscritos no Programa é de 5,79% em 2010,
5,76% no primeiro bimestre de 2011, 4,85% no segundo e 4,91% no terceiro bimestre.
Os estudantes que não moram com o pai se defrontam com distâncias ainda menores
entre as notas: a diferença de 4,51% verificada em 2010 se reduz para 3,82% no terceiro
bimestres de 2011. Resultados semelhantes são verificados ao se analisar o Índice de
Presença da Mãe.
Tabela 19: Diferença das Notas nas Provas Bimestrais pela Presença do Pai
Diferença de Notas (Não Beneficiários / Beneficiários)
Categoria média 2010* 2011,1 2011,2 2011,3
Mora com o Pai 5,79% 5,76% 4,85% 4,91%
Pai Falecido 2,73% 3,42% 3,80% 2,95%
Não mora com o Pai 4,51% 4,65% 3,69% 3,82% Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
61
Tabela 20: Diferença das Notas nas Provas Bimestrais por Índice de Presença da Mãe
Diferença de Notas (Não Beneficiários / Beneficiários)
Categoria média 2010* 2011,1 2011,2 2011,3
Mora com a Mãe 5,43% 5,57% 4,67% 4,74%
Mãe Falecida 0,71% -0,98% 2,83% 0,08%
Não mora com a Mãe 4,25% 4,03% 2,84% 2,87% Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
Quanto à forma de regresso para casa, as maiores notas estão para os alunos que
percorrem o trajeto acompanhados. Mais uma vez, o melhor desempenho dos estudantes
não participantes do Programa se mostra presente em cada uma das categorias,
reduzindo-se com o tempo para aqueles que vão acompanhados a escola.
Tabela 21: Diferença das Notas nas Provas Bimestrais por Forma de Regresso
Diferença de Notas (Não Beneficiários / Beneficiários)
Categoria média 2010* 2011,1 2011,2 2011,3
Acompanhado 5,29% 5,20% 4,29% 4,41%
Sozinho 2,20% 3,55% 2,99% 2,39% Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
Analisamos agora as principais categorias da última variável relacionada ao
deslocamento dos estudantes, referente ao meio de transporte utilizado. Cabe ressaltar
que, conforme visto em seção anterior, estudantes pedestres encontram-se em proporção
três vezes maior no grupo de alunos não participantes do Programa.
Tabela 22: Diferença das Notas nas Provas Bimestrais por Forma de Deslocamento
Diferença de Notas (Não Beneficiários / Beneficiários)
Categoria média 2010* 2011,1 2011,2 2011,3
Pedestre 4,77% 4,71% 3,99% 4,03%
Ônibus 6,14% 6,18% 4,91% 5,07%
Carro 2,31% 6,67% 3,47% 2,67%
Metrô 2,42% 4,39% 9,27% 8,10%
Trem 9,59% 0,12% -1,31% -3,48%
Outros 3,12% 2,53% 0,50% 1,05% Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
62
O nível de escolaridade dos pais, como esperado, apresenta elevada correlação
com as notas dos alunos. Tomando primeiramente o nível de instrução da mãe,
verificamos notas médias crescentes à medida que este avança. Relativamente aos
estudantes com mães analfabetas, verificamos um diferencial entre as notas de alunos
não participantes do Programa e os demais igual a 2,7% em 2010, 0.62% em 2011.1, -
0,4% em 2011.2 e 1,34% em 2011.3. Já para aqueles com mães com primeiro grau
incompleto, temos 2,82% em 2010 e 2,25% no ultimo bimestre de 2011. À exceção dos
jovens com mães com segundo grau completo ou ensino superior, onde verificamos um
aumento no diferencial no primeiro bimestre desse ano (caindo em seguida),
verificamos a tendência de redução do diferencial em todos os períodos e categorias.
Resultados similares são observados ao se analisar o nível de instrução dos pais dos
estudantes, com exceção daqueles analfabetos.
Tabela 23: Diferença das Notas nas Provas Bimestrais por Nível de Instrução da Mãe
Diferença de Notas (Não Beneficiários / Beneficiários)
Categoria média 2010* 2011,1 2011,2 2011,3
Analfabeta 2,70% 0,62% -0,40% 1,34%
Primeiro grau incompleto 2,82% 2,25% 1,80% 2,25%
Primeiro grau 3,86% 3,69% 2,66% 2,83%
Segundo grau 3,91% 4,13% 3,86% 3,49%
Superior 6,49% 7,65% 4,68% 4,23% Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
Tabela 24: Diferença das Notas nas Provas Bimestrais por Nível de Instrução do Pai
Diferença de Notas (Não Beneficiários / Beneficiários)
Categoria média 2010* 2011,1 2011,2 2011,3
Analfabeto 1,92% 2,45% 2,45% 1,99%
Primeiro grau incompleto 3,85% 2,74% 2,35% 2,94%
Primeiro grau 4,18% 4,24% 3,19% 3,28%
Segundo grau 4,98% 4,80% 3,84% 3,24%
Superior 7,53% 6,90% 6,76% 6,50%
Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
63
Apresentamos agora as notas médias por Coordenadoria Regional de Educação
(CRE), numa tentativa de capturar a correlação de características sócio-econômicas não
observáveis comuns aos alunos de uma determinada região com o desempenho nas
avaliações bimestrais.
Tabela 25: Diferença das Notas nas Provas Bimestrais por Coordenadoria Regional de Educação
Diferença de Notas (Não Beneficiários / Beneficiários)
Categoria média 2010* 2011,1 2011,2 2011,3
1 6,36% 6,82% 5,39% 6,87%
2 7,84% 9,00% 7,29% 7,30%
3 4,74% 5,13% 4,25% 4,56%
4 3,69% 3,31% 3,64% 2,51%
5 7,19% 9,01% 7,79% 7,28%
6 4,46% 4,14% 2,80% 3,12%
7 5,66% 5,39% 4,61% 4,70%
8 5,20% 5,85% 4,78% 4,98%
9 5,50% 3,69% 3,38% 2,98%
10 4,38% 2,88% 2,06% 2,69% Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
64
3. Impacto do Cartão Família Carioca sobre as Notas dos Alunos
O objetivo desta seção é avaliar o impacto do Programa sobre as notas dos
alunos da rede municipal. Restringimo-nos ao impacto sobre as notas das provas
bimestrais dos alunos que no ano letivo de 2010 encontravam-se entre a segunda e a
quinta séries.
Metodologia de Diferença em Diferenças - Estimador de diferença em diferença
Exemplo de metodologia aplicada a dois períodos distintos
Em economia, muitas pesquisas são feitas analisando os chamados experimentos. Para analisar um experimento natural sempre é preciso ter um grupo de controle, isto é, um grupo que não foi afetado pela mudança, e um grupo de tratamento, que foi afetado pelo evento, ambos com características semelhantes. Para estudas as diferenças entre os dois grupos são necessários dados de antes e de depois do evento para os dois grupos. Assim, a amostra está dividida em quatro grupos: o grupo de controle de antes da mudança, o grupo de controle de depois da mudança, o grupo de tratamento de antes da mudança e o grupo de tratamento de depois da mudança.
A diferença entre a diferença verificada entre os dois períodos, entre cada um dos grupos é a diferença em diferença, representada com a seguinte equação:
Onde cada Y representa a média da variável estudada para cada ano e grupo, com o número subscrito representando o período da amostra (1 para antes da mudança e 2 para depois da mudança) e a letra representando o grupo ao qual o dado pertence (A para o grupo de controle e
B para o grupo de tratamento). E é a estimativa a partir da diferença em diferença. Uma vez
obtido o , determina-se o impacto do experimento natural sobre a variável que se quer explicar.
Consideramos, inicialmente, uma regressão das notas médias dos alunos sobre
uma variável binária que indica a participação ou não do aluno no Cartão Família
Carioca. Dessa forma, dispomos de um instrumento informativo quanto à nota média de
cada grupo e de um meio de verificar, estatisticamente, a diferença entre elas. Conforme
os resultados apresentados abaixo, a média dos alunos não participantes do Programa é
de 6.42, enquanto a dos demais é 19 décimos inferior, sendo esta diferença
estatisticamente significativa.
65
Variável Estimativ DP t-valor Pr(> |t|)
(Intercept) 6.5116 0.002 3317.79 0
CFCSim -0.2892 0.0041 -69.94 0
Regressão MQO de Notas Médias sobre CFC
Fonte: CPS/FGV a partir de dados da SME
Num segundo modelo, incluímos uma variável correspondendo a diferentes
momentos e realizamos interações desta com a variável binária indicativa de
participação no Programa. Os coeficientes destas variáveis interagidas correspondem às
estimativas dos estimadores de diferença em diferença. Sob a hipótese de que a inclusão
dos alunos no Programa tenha ocorrido de forma aleatória, estas serão estimativas não
viesadas do impacto do Cartão Família Carioca sobre as notas dos alunos em cada
período.
A hipótese de aleatoriedade, no entanto, é irreal. Os alunos que se encontram
inscritos no Programa assim se encontram por atenderem a pré-requisitos específicos,
tais como pertencer a famílias de baixa renda e já serem beneficiários do Programa
Bolsa Família. Dessa forma, existe a possibilidade de que os estimadores de diferença
em diferença para os quais obtemos as estimativas acima sejam viesados. Contudo, se
aceitarmos uma hipótese de independência condicional em variáveis observáveis, os
estimadores de diferença em diferença voltam a nos dar estimativas não viesadas do
efeito do Programa sobre as notas dos alunos.
Na tabela abaixo apresentamos as estimativas e desvios-padrões dos estimadores
DD para os três primeiros bimestres de 2011 em quatro diferentes modelos. O primeiro
é um modelo saturado com as variáveis relativas a tempo e participação no Programa.
No segundo, incluímos variáveis de controle referentes a características dos alunos,
como sexo, cor, atraso escolar, nível de instrução dos pais entre outros.
Tabela: Estimativas dos Estimadores de Diferença em Diferença
Modelo (1) (2)
2011.1:CFC Sim 0.16 0.16
2011.2:CFC Sim 0.22 0.22
2011.3:CFC Sim 0.20 0.20 Fonte: CPS/FGV a partir de dados da SME
Os resultados do primeiro modelo indicam um efeito positivo do Programa sobre
as notas dos alunos igual a 16 décimos no primeiro bimestre de 2011, 2 décimos no
66
segundo bimestre e 20 décimos no terceiro bimestre do mesmo ano. Os resultados
encontrados no segundo modelo indicam que adição de variáveis de controle pouco
afetou os níveis dos coeficientes encontrados na primeira regressão. Uma tabela com os
todos os coeficientes estimados neste modelo mais completo pode ser encontrada no
Apêndice.
Impactos por Matéria
A fim de verificar a robustez dos resultados obtidos, realizamos as regressões apresentadas
considerando como variável explicada cada nota que compunha a nota média dos alunos.
Modelo Matemática Ciências Português Média
2011.1:CFC Sim 0.027 0.163 -0.066 0.163
2011.2:CFC Sim 0.119 0.235 0.031 0.215
2011.3:CFC Sim 0.176 0.254 0.000 0.198
Estimativas dos Estimadores DD
Fonte: CPS/FGV a partir de dados da SME
Os resultados acima são referentes ao modelo com controles e considera todos
os alunos do primeiro ciclo (segundo ao quinto anos). Os coeficientes interativos
sugerem impactos positivos e significativos do Programa no primeiro bimestre de 2011,
à exceção para as notas em Língua Portuguesa. Em particular, o efeito sobre as notas de
Ciências chega a 16 décimos neste instante inicial, superando em seis vezes o verificado
sobre as notas de Matemática.
Para todas as matérias, o efeito positivo sobre as notas aumenta ao passarmos
para o segundo bimestre do ano, alcançando 24 décimos para Ciências, 12 décimos para
Matemática e 3 décimos para Língua Portuguesa. Este movimento persiste na passagem
para o terceiro bimestre, exceto para as notas de Português, sobre as quais não é
possível afirmar que o Programa exerça qualquer efeito positivo.
Impactos por Série
Analisamos ainda o impacto do Programa por série. Para os alunos que em 2010
encontravam-se entre o segundo e o quinto anos, informações referentes às provas
67
bimestrais dos anos de 2011 e 2010 estão disponíveis, motivando a restrição a este
grupo de alunos.
Estimamos o modelo completo, controlando pelas características dos alunos, de seus
pais e espaciais. Os resultados dos coeficientes estimados para os termos interativos
encontram-se na tabela abaixo.
Tabela: Estimativa dos Estimadores DD – Regressões por Série
Matéria Termo 2o
ano 3o
ano 4o
ano 5o
ano2011.1:CFC Sim -0.042 0.037 -0.044 0.065
2011.2:CFC Sim -0.046 0.100 0.044 0.099
2011.3:CFC Sim -0.129 0.105 0.068 0.115
2011.1:CFC Sim -0.089 0.051 0.009 0.100
2011.2:CFC Sim -0.087 0.019 0.017 0.140
2011.3:CFC Sim -0.110 0.095 0.115 0.146
2011.1:CFC Sim 0.022 0.058 -0.014 -0.101
2011.2:CFC Sim 0.021 0.149 0.075 -0.068
2011.3:CFC Sim -0.034 0.074 0.096 -0.055
2011.1:CFC Sim -0.053 0.002 -0.126 -0.101
2011.2:CFC Sim -0.072 0.135 0.040 -0.068
2011.3:CFC Sim -0.147 0.123 -0.012 -0.055
Estimativas dos Termos Interativos
Matemática
Ciências
Português
Média
Fonte: CPS/FGV a partir de dados da SME
Para os alunos que se encontravam no 2º ano em 2010, estimamos impactos
negativos e estatisticamente significativos do Programa sobre as notas bimestrais
médias nos três primeiros bimestres de 2011. A magnitude do coeficiente aumenta com
o tempo, sugerindo efeitos cada vez mais desfavoráveis sobre estes alunos.
Já para alunos do 3º ao 5º anos, o resultado é bastante diverso. Encontramos efeitos
positivos e significantes (à exceção dos alunos do quarto ano no primeiro bimestre),
crescentes com o tempo
Estimamos o modelo considerando como variável explicada as notas em cada
uma das provas que compõem a nota média. Para as notas de matemática o padrão
pouco se altera, onde encontramos efeitos negativos para os alunos mais jovens da
amostra e positivos para os demais.
Os únicos efeitos positivos do Programa sobre alunos do segundo ano aparecem
para as notas de Ciências no primeiro e segundo bimestres de 2011, sendo, contudo não
significantes. Ainda sobre as notas de Ciências, alunos do quinto ano apresentaram
efeitos negativos ao longo dos três períodos, ainda que em magnitude decrescente.
68
Por fim, as notas de português foram negativamente impactadas pelo Programa para
alunos do segundo, quarto e quinto anos. Alunos do terceiro ano, contudo, apresentaram
efeitos positivos e significantes nos dois últimos bimestres analisados.
Simulador das Notas
Com base nos microdados da SME/Rio até maio de 2011 processamos modelos estatísticos que estimam as notas dos alunos em Matemática, Português, Ciências e a Média simples delas função de características de background familiar (como escolaridade dos pais, presença dos mesmos, forma e tempo de transporte a escola), características dos alunos (Gênero, raça, idade), localização das escolas (CREs). Os resultados da regressão podem ser encontrados no anexo ou acessados de forma interativa e amigável no link: Notas – Matérias http://www3.fgv.br/cps/bd/cfc/simula_nota/index.htm
69
Impacto Adicional do Prêmio por Melhora de Performance
Um dos principais meios através do qual o Cartão Família Carioca busca
alavancar a saída da pobreza é o investimento em capital humano. Em particular, o
Programa estimula a obtenção de uma performance acadêmica por parte dos alunos
utilizando retornos financeiros mediante resultados obtidos.
Alunos inscritos no Programa que no 1º bimestre de 2011 obtiveram uma nota
média nas Provas Bimestrais entre 4 e 8 e que apresentaram melhora de 20% no
segundo bimestre recebem um prêmio adicional de R$50.
Cientes dos incentivos colocados sobre estes alunos, avaliamos o impacto do Programa
sobre suas notas, restringindo-nos ao grupo de estudantes que no primeiro bimestre de
2011 obtiveram nota média nesta faixa intermediária. A única diferença do desenho
operacional do FC nos dois bimestres foi à introdução deste incentivo adicional pela
melhora das notas o que oferece de testar o efeito deste incentivo na margem.
Os resultados do modelo completo encontram-se na tabela abaixo, na qual
apresentamos somente os coeficientes referentes aos termos interativos. Conforme
esperado, o coeficiente do estimador diferença em diferença revela impacto positivo e
significante do Programa sobre estes alunos, com efeito benéfico de 8 décimos sobre as
notas do segundo bimestre de 2011. Os resultados para todos os coeficientes encontram-
se no apêndice.
Tabela: Coeficientes dos termos interativos considerando alunos com nota entre 4 e 8 no 1º bimestre de 2011
Estimate Std. Error t value Pr(> |t|)
(Intercept) 5.48 0.03 212.51 0.00 *
CFCSim -0.02 0.01 -1.67 0.10
PROGRAMA2011.2 0.07 0.00 16.38 0.00 *
CFCSim:PROGRAMA2011.2 0.08 0.01 6.02 0.00 *
Regressão: Variável Explicada Nota Média, alunos com nota entre 4 e 8 no 1o
bimestre de 2011
Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
70
4. Condicionalidades do Família Carioca (FC) sobre Insumos Escolares
A literatura americana recente de avaliação de impactos de prêmios monetários
distribuídos nas escolas demonstra que variáveis de resultado como a performance
escolar analisada acima tem sido menos influenciadas por tais prêmios do que a de
insumo escolares, que estariam mais no domínio de escolha dos alunos. Como exemplos
destes insumos escolares temos a leitura de determinados livros, frequência de alunos na
escola e a frequência de pais nas escolas. O Família Carioca optou por incentivar ambos
os lados da função de produção escolar. Isto é, incorporou inicialmente tanto
condicionalidades para insumos como prêmios para resultados, de forma a, através de
avaliações empíricas, chegar ao longo do tempo num desenho mais apurado do
programa em termos de seu custo e efetividade.
Frequência de Pais em Reuniões Escolares
A frequência dos pais as reuniões bimestrais em cada uma das escolas de seus
filhos constitui uma das condicionalidades do programa Família carioca (FC) que segue
na linha de insumos ao invés de resultados como os prêmios de educação analisados nas
últimas seções. Podemos observar neste estágio apenas tabulações bivariadas relativas à
frequência dos pais nas reuniões escolares. Como vimos, a presença dos pais nas escolas
é muito importante para um melhor desempenho e evolução dos filhos em termos
educacionais e sociais. Nesse sentido, podemos perceber a diferença significativa de
frequência na reunião de pais quando comparamos os beneficiários com os não
beneficiários do CFC. Os gráficos divididos por CRE e por série escolar (pegando os
dados gerais do município da SME) mostram que a frequência na reunião de pais dos
beneficiários é muito maior do que a dos não beneficiários, mostrando um impacto
positivo das condicionalidades escolares do CFC. Quando abrimos os gráficos por série
escolar divididos por CRE (em anexo), vimos que em todos o mesmo fenômeno é
observado, com ampla diferença entre pais beneficiários e não beneficiários pelo
programa. Na verdade, este resultado é robusto em todas 209 comparações realizadas,
demonstradas no apêndice.
Os resultados empíricos são amplamente favoráveis à hipótese de que os pais
dos beneficiários do FC são incentivados a ir à escola. Ainda assim os resultados são
incompletos. Dada a falta de disponibilidade de dados anteriores ao programa (mesmo
71
tabulações), microdados que nos permitiriam controlar pelas características observáveis
dos alunos e de seus pais e a inexistência de tais dados aleatorizados de forma a lidar
com vieses de seletividade inerentes a operação do programa, não podemos afirmar que
o FC gera maior presença dos pais nas reuniões bimestrais nas escolas.
Fonte: Tabulações da SME de 2011.2
Fonte: Tabulações da SME de 2011.2
72
Frequência de Alunos e as Condicionalidades do Família Carioca sobre
Insumos
Com relação ao percentual de frequência dos alunos, também percebemos as
diferenças entre os beneficiários e os não beneficiários do CFC, com os primeiros
apresentando maiores percentuais de frequência em ambas as análises por CRE e por
série escolar (usando dados gerais do município). No entanto, apesar dos percentuais de
frequência serem maiores para os beneficiários, essas diferenças não são tão grandes
quanto os diferenciais de frequência na reunião de pais. Quando abrimos os dados por
série escolar divididos por CRE (também em anexo), vemos que somente no gráfico
relativo à série C.E, e mais especificamente nas CREs 2, 5, 6, e 10 os percentuais de
freqüência dos não beneficiários superam os dos beneficiários. Em todos os outros 205
casos, permanecemos com a mesma conclusão, de que os beneficiários do programa
apresentam maiores frequências escolares dos alunos e dos seus respectivos
responsáveis. Portanto, somente em 4 das 209 combinações de séries e CREs o
percentual de frequência escolar dos não beneficiários supera o dos beneficiários,
resultado bastante robusto a favor dos beneficiários do programa. Com relação à
frequência na reunião de pais, em todos os casos o percentual dos beneficiários supera
amplamente o dos não beneficiários, resultado ainda mais robusto do que o anterior.
Fonte: Tabulações da SME de 2011.2
73
Fonte: Tabulações da SME de 2011
Quando olhamos para os dados de 2010, podemos perceber que as diferenças
entre os percentuais de frequência dos alunos beneficiários e não beneficiários do
programa são maiores do que essas diferenças em relação ao 2° bimestre de 2011. Para
uma melhor visualização, construímos dois gráficos de diferenças das diferenças, que
foram calculados subtraindo os diferenciais de frequência entre beneficiários e não
beneficiários de 2011 pelos diferenciais de 2010. Foram construídos dois gráficos de
comparação, um de acordo com as CREs e outro de acordo com as séries escolares.
74
Fonte: Tabulações da SME de 2010
Vimos que todos os valores do gráfico acima são negativos, o que representa que
as diferenças de frequência entre beneficiários e não beneficiários do CFC foram
maiores em 2010 do que em 2011, em relação à média das séries escolares. Quando
olhamos para os dados gerais por CRE, o gráfico obtido também aponta para maiores
75
diferenças em 2010, apesar de nas CREs 1 e 2 as diferenças de 2011 serem maiores.
Repare a magnitude dessas diferenças para as CREs 5 e 6 em favor do ano de 2010.
Fonte: Tabulações da SME de 2010
Apesar dos diferenciais de frequência entre beneficiários e não beneficiários
serem maiores no ano de 2010, podemos perceber que em 2011 a frequência dos
76
beneficiários na maioria dos casos foi superior à dos beneficiários de 2010, mesmo que
as diferenças sejam pequenas. Pelos dados gerais de frequência por série escolar, que
tomam a média dessas, o percentual de frequência dos beneficiários de 2010 só supera o
dos beneficiários de 2011 no 6°, 7° e 8° ano. Quando analisamos os dados de acordo
com as CREs, somente na 6ª CRE o percentual dos beneficiários de 2010 supera os de
2011, mesmo que na 4ª e 5ª esses números sejam iguais.
77
Mais uma vez, os resultados empíricos sugerem numa primeira abordagem que
os alunos beneficiários pelo FC são incentivados a ir à escola. Mas esse resultado é algo
não causal. Por exemplo, em comparação semelhante bivariada das notas bimestrais, os
resultados bem melhor controlados pelas regressões foram em sua grande maioria
invertidos. Nestas comparações bivariadas de séries por CREs, apenas em 7 dos 99
casos analisados o nível da nota pós-programa era superior entre os alunos beneficiários
do Família Carioca. Nas regressões e experimentos propostos não permitiram rejeitar as
hipóteses de que o programa incentiva os alunos a tirarem melhores notas e a tentar
melhorar estas notas pelo incentivo de melhora. Portanto, os resultados da análise de
impacto sobre os insumos escolares podem ser considerados preliminares, incompletos
e arriscados. Falta incorporar dados anteriores ao programa, descer ao nível dos
microdados que nos permitiriam controlar pelas características observáveis dos alunos e
de seus pais e pensar em situações que repliquem condições de experimentos
aleatorizados de forma a lidar com vieses de seletividade inerentes a operação do
programa. Portanto, embora tentados, não podemos afirmar que o FC gera maior
presença dos pais nas reuniões bimestrais nas escolas.
78
79
Conclusão
Independente dos debates ideológicos, a redução da pobreza e da desigualdade é
de extrema importância econômica, pois possibilita que os mercados cheguem aos
pobres e que os pobres cheguem aos mercados. Diversos caminhos podem ser
percorridos para alcançar esse objetivo, mas o que apresenta resultados mais
consistentes e perenes é a educação.
É necessário que os estudantes tenham conhecimento sobre os altos retornos
escolares, quanto das práticas acadêmicas eficazes para atingi-los. Esse conhecimento
não é incorporado instantaneamente, mas é um processo gradual, que passa por
incentivos positivos recebidos desde a primeira infância, incentivos sociais sadios dados
por pais participativos na vida social e escolar dos filhos, e frequência em ambientes
educacionalmente estimulantes, onde o indivíduo em formação conseguirá os insumos
necessários para formar uma capacidade produtiva robusta, a qual ele detém total
controle e conhecimento. Desse modo, será possível que ele faça escolhas mais
próximas do ótimo social, reduzindo defasagens existentes entre ricos e pobres.
O programa Família Carioca se coloca como um instrumento para auxiliar a
formação dessa cadeia de eventos. Aliado a outras políticas educacionais, como o
IDEB, o programa Mais Educação de atividade extra-escolar entre outros, as
perspectivas de melhora educacional e, consequentemente econômica, para as gerações
mais novas dos beneficiários é substantiva. A avaliação dos impactos reais da iniciativa
carioca depende de maior tempo de funcionamento da mesma, visto que foi
implementada há pouco tempo. Numa etapa posterior do estudo, seria possível estudar
outros aspectos que fogem do escopo aqui perseguido neste estágio, como o desenho do
sistema de pagamentos do programa, conexões com a estratégia federal intitulada
“Brasil Sem Miséria” e a estadual nomeada de “Renda Melhor” e avaliação dos
resultados obtidos8.
8 O reforço do federalismo social ensejado pela nova meta federal é uma dos aspectos mais promissores do novo contexto. O Estado além de programa com sistema de pagamentos similar ao do Cartão Família carioca também já anunciou a linha oficial de U$S 2 dia da linha mais alta da primeira das Metas do Milênio complementando o Bolsa Familia.
80
81
Apêndices
82
Tabela: Abrangências das Coordenadorias Regionais de Educação Sigla
Unidades Escolares
Abrangências
CRE 1 87Rio Comprido. Catumbi. Mangueira - Morro dos Telégrafos. Santa Teresa - Morro dos Prazeres. Gamboa. São Cristóvão. Rio Comprido - Turano.
Bairro de Fátima. Benfica. Praça Onze. Caju. São Cristóvão - Tuiuti. Mangueira. Vasco da Gama. Santa Teresa. Praça Mauá. Centro. Estácio. Saúde. Santo Cristo. Cidade Nova. Paquetá.
CRE 2 143
Rocinha. Copacabana - Morro dos Cabritos. São Conrado. Flamengo. Praça Da Bandeira. Grajaú - Morro Nova Divinéia. Usina. Laranjeiras. Lagoa. Glória. Andaraí. Vidigal. Humaitá. Cosme Velho. Praia Vermelha. Botafogo. Copacabana. Ipanema. Tijuca - Andaraí. Andaraí - Morro do
Andaraí. Andaraí - Jamelão. Grajaú. Alto Boa Vista. Jardim Botânico. Vila Isabel. Gávea. Rio Comprido. Maracanã. Urca. Catete. Jardim América. Leblon. Tijuca - Comunidade Chacrinha. Tijuca. Leme.
CRE 3 124Engenho de Dentro. Del Castilho. Inhaúma. Água Santa. Manguinhos. Encantado. Complexo do Alemão - Ramos. Sampaio. Lins de Vasconcelos.
Méier. Riachuelo. Higienópolis. Engenho De Dentro. Jacarezinho. Pilares. Todos os Santos. Jacaré. Bonsucesso. Tomás Coelho. Largo do Jacaré. Piedade. Maria Da Graça. Rocha. Engenho Novo. Engenho Da Rainha. Abolição. Ramos. Cachambi.
CRE 4 171
Tubiacanga. Benf ica. Vila Da Penha. Vigário Geral. Portuguesa. J. Guanabara. Praça Do Carmo/Penha. Ilha do Governador. Bonsucesso. Galeão. Olaria. C. Universitária. Tauá. Manguinhos - Bonsucesso. Jardim América. Brás de Pina. Praça da Bandeira. Cordovil. Parada de Lucas.
Vila do João / Maré. Zumbi. Manguinhos. Pitangueiras. Ramos. Penha Circular. J. Carioca. Freguesia. Bancários. Guarabu. Itacolomi. Cocotá. Penha. Moneró.
CRE 5 127Osvaldo Cruz. Vila Kosmos. Vila Da Penha. Quintino Bocaiúva. Irajá. Madureira. Turiaçu. Vista Alegre. Colégio. Rocha Miranda. Honório Gurgel.
Vicente de Carvalho. Cascadura. Vaz Lobo. Bento Ribeiro. Campinho. Cavalcante. _. Marechal Hermes.
CRE 6 98Parque Anchieta. Caminho do Job - Pavuna. Pavuna. Conj. Hab. Amarelinho - Irajá. Jardim Cristina Capri - Anchieta. Costa Barros. Coelho Neto.
Ricardo de Albuquerque. Anchieta. Acari. Deodoro. Irajá. Guadalupe. Barros Filho.
CRE 7 146Vargem Pequena. Recreio dos Bandeirantes. Cidade de Deus. Taquara. Curicica. Rio das Pedras - Jacarepaguá. Rio Das Pedras. Jacarepaguá.
Pechincha. Anil -Jacarepaguá. Barra da Tijuca. Gardênia Azul. Itanhangá. Vargem Grande. Praça Seca. Jacarepaguá - Taquara. Camorim. Freguesia. Cidade De Deus. Vila Valqueire. Tanque. Anil.
CRE 8 173Santíssimo. Deodoro. Magalhães Bastos. G. Da Silveira. Realengo. Jabour. Sulacap. Vila Militar. Bangu. Jardim Sulacap. Vila Kennedy.
Guadalupe. Padre Miguel. Senador Camará. PADRE MIGUEL.
CRE 9 126 Senador Vasconcelos. Campo Grande. Cosmos. Inhoaíba. Santíssimo. Nova Iguaçú.
CRE 10 150Ilha De Guaratiba. S. Fernando Santa Cruz. Barra De Guaratiba. Pedra de Guaratiba. SANTA CRUZ. Cosmos. Paciência. Jardim dos Vieiras,
Paciência. Santa Cruz. Guaratiba. Sepetiba. PACIÊNCIA.
83
1. Perfil dos Alunos da Rede Municipal (Ciclo 1)
Tabela 1: Participação no Programa Cartão Família Carioca
CFC Frequência
Não 77,87
Sim 22,13
Total 239.094
Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
Tabela 2: Frequência Relativa dos Alunos por Série Série Frequência
Categoria CFC Não CFC Sim
2º Ano 25,78 22,69
3º Ano 28,21 31,27
4º Ano 23,23 23,97
5º Ano 22,77 22,07
Total 186.193 52.901
Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
Tabela 3: Frequência Relativa dos Alunos por Sexo
Sexo Frequência
Categoria CFC Não CFC Sim
Feminino 48,37 48,3
Masculino 51,63 51,7
Total 186.193 52.901
Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
Tabela 4: Frequência Relativa dos Alunos por Cor Cor ou Raça Frequência
Categoria CFC Não CFC Sim
Preta 9,77 12,83
Branca 38,34 30,68
Parda 48,18 52,52
Amarela 0,14 0,21
Indígena 0,1 0,08
Ignorado 3,46 3,68
Total 186.193 52.901
Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
84
Tabela 5: Frequência Relativa dos Alunos por Nível de Instrução do Pai
Nível de Instrução do Pai Frequência
Categoria CFC Não CFC Sim
Analfabeto 1,48 1,82
Primeiro grau incompleto 23,28 29,42
Primeiro grau 28,02 29,43
Segundo grau 18,53 11,31
Superior 1,6 0,44
Ignorado 27,09 27,58
Total 186.193 52.901
Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
Tabela 6: Frequência Relativa dos Alunos por Nível de Instrução da Mãe
Nível de Instrução da Mãe Frequência
Categoria CFC Não CFC Sim
Analfabeta 1,4 1,98
Primeiro grau incompleto 27,84 37,56
Primeiro grau 32,83 35,68
Segundo grau 23,21 13,91
Superior 1,48 0,21
Ignorado 13,24 10,66
Total 186.193 52.901
Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
Tabela 7: Frequência Relativa dos Alunos por Índice de Presença do Pai
Presença do Pai Frequência
Categoria CFC Não CFC Sim
Mora com o Pai 50,44 52,66
Pai Falecido 2,67 2,59
Não mora com o Pai 46,7 44,76
Ignorado 0,19 0
Total 186.193 52.901
Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
85
Tabela 8: Frequência Relativa dos Alunos por Índice de Presença da Mãe
Presença da Mãe Frequência
Categoria CFC Não CFC Sim
Mora com a Mãe 80,03 85,37
Mãe Falecida 1,11 0,66
Não mora com a Mãe 18,66 13,98
Ignorado 0,19 0
Total 186.193 52.901
Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
Tabela 9: Frequência Relativa dos Alunos por Meio de Transporte Utilizado
Meio de Transporte Frequência
Categoria CFC Não CFC Sim
Pedestre 67,38 76,32
Ônibus 16,57 12,33
Carro 2,21 0,71
Metrô 0,04 0,02
Trem 0,04 0,02
Outros 3,05 1,9
Ignorado 10,71 8,7
Total 186.193 52.901
Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
Tabela 10: Frequência Relativa dos Alunos por Tempo de Deslocamento
Tempo de Deslocamento Frequência
Categoria CFC Não CFC Sim
Até 15 minutos 63,12 69,52
Até 30 minutos 23,97 20,33
Até 1 hora 1,7 1,07
Mais de 1 hora 0,29 0,18
Ignorado 10,92 8,9
Total 186.193 52.901
Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
86
Tabela 11: Frequência Relativa dos Alunos por Forma de Regresso
Forma de Regresso Frequência
Categoria CFC Não CFC Sim
Acompanhado 94,77 95,74
Sozinho 5,04 4,26
Ignorado 0,19 0
Total 186.193 52.901
Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
Tabela 12: Frequência Relativa dos Alunos por Coordenadoria Regional de Educação (CRE)
CRE Frequência
Categoria CFC Não CFC Sim
1 4,11 5,12
2 9,17 4,77
3 8,05 9,19
4 13,87 14,7
5 8,53 9,75
6 6,84 8,7
7 14,68 7,57
8 11,7 13,36
9 10,33 12
10 12,71 14,84
11 0 0
Total 186.193 52.901
Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
87
2. Desempenho Relativo dos Alunos nas Provas Bimestrais (Todos
os Alunos da Rede)
Tabela 13: Diferença das Notas nas Provas Bimestrais por Período
Diferença de Notas (Não Beneficiários / Beneficiários)
Categoria média 2010* 2011,1 2011,2 2011,3
Total 5,09% 2,77% 1,72% 1,99% Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
Tabela 14: Diferença das Notas nas Provas Bimestrais por Série
Diferença de Notas (Não Beneficiários / Beneficiários)
Categoria média 2010* 2011,1 2011,2 2011,3
2º Ano 3,42% 3,30% 3,80% 3,25%
3º Ano 6,36% 5,82% 5,44% 6,43%
4º Ano 4,04% 5,21% 3,45% 3,56%
5º Ano 3,56% 4,09% 3,07% 2,51%
6º Ano 4,68% 4,22% 4,50%
7º Ano 4,85% 3,82% 3,61%
8º Ano 4,54% 2,86% 4,52%
9º Ano 3,95% 2,64% 3,44% Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
Tabela 15: Diferença das Notas nas Provas Bimestrais por Sexo
Diferença de Notas (Não Beneficiários / Beneficiários)
Categoria média 2010* 2011,1 2011,2 2011,3
Feminino 4,65% 2,45% 1,46% 1,65%
Masculino 5,52% 3,11% 2,00% 2,36% Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
Tabela 16: Diferença das Notas nas Provas Bimestrais por Cor ou Raça
Diferença de Notas (Não Beneficiários / Beneficiários)
Categoria média 2010* 2011,1 2011,2 2011,3
88
Preta 4,46% 1,76% 0,75% 1,00%
Branca 5,12% 2,87% 1,80% 2,09%
Parda 4,02% 1,70% 0,65% 1,00%
Amarela 5,73% 2,79% 4,45% 0,20%
Indígena 4,94% 4,79% 8,18% 7,38% Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
Tabela 17: Diferença das Notas nas Provas Bimestrais por Índice de Presença do Pai
Diferença de Notas (Não Beneficiários / Beneficiários)
Categoria média 2010* 2011,1 2011,2 2011,3
Mora com o Pai 5,79% 3,22% 2,19% 2,44%
Pai Falecido 2,73% 2,33% 0,71% 1,26%
Não mora
com o Pai 4,51% 2,51% 1,49% 1,78% Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
Tabela 18: Diferença das Notas nas Provas Bimestrais por Índice de Presença da Mãe
Diferença de Notas (Não Beneficiários / Beneficiários)
Categoria média 2010* 2011,1 2011,2 2011,3
Mora com a Mãe 5,43% 3,29% 2,27% 2,51%
Mãe Falecida 0,71% -1,12% 0,05% -2,17%
Não mora com a Mãe 4,25% 1,75% 0,45% 0,85%
Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
89
Tabela 19: Diferença das Notas nas Provas Bimestrais por Forma de Regresso
Diferença de Notas (Não Beneficiários / Beneficiários)
Categoria média 2010* 2011,1 2011,2 2011,3
Acompanhado 5,29% 3,56% 2,59% 2,74%
Sozinho 2,20% 2,10% 0,34% 1,73% Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
Tabela 20: Diferença das Notas nas Provas Bimestrais por Forma de Deslocamento
Diferença de Notas (Não Beneficiários / Beneficiários)
Categoria média 2010* 2011,1 2011,2 2011,3
Pedestre 4,77% 2,95% 2,03% 2,16%
Ônibus 6,14% 2,41% 1,03% 1,62%
Carro 2,31% 4,98% 3,03% 2,91%
Metrô 2,42% 4,61% 8,09% 9,01%
Trem 9,59% 1,86% -3,42% -1,22%
Outros 3,12% 2,97% 0,45% 1,22% Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
Tabela 21: Diferença das Notas nas Provas Bimestrais por Nível de Instrução da Mãe
Diferença de Notas (Não Beneficiários / Beneficiários)
Categoria média 2010* 2011,1 2011,2 2011,3
Analfabeta 2,70% -0,56% -1,35% 0,29%
Primeiro grau
incompleto 2,82% 0,57% -0,42% 0,14%
Primeiro grau 3,86% 1,54% 0,47% 0,80%
Segundo grau 3,91% 0,95% 0,59% 0,71%
Superior 6,49% 3,71% 4,10% 2,95% Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
90
Tabela 22: Diferença das Notas nas Provas Bimestrais por Nível de Instrução do Pai
Diferença de Notas (Não Beneficiários / Beneficiários)
Categoria média 2010* 2011,1 2011,2 2011,3
Analfabeto 1,92% 1,12% 0,81% 0,48%
Primeiro grau
incompleto 3,85% 0,86% -0,03% 0,65%
Primeiro grau 4,18% 1,70% 0,89% 1,10%
Segundo grau 4,98% 2,32% 1,11% 0,96%
Superior 7,53% 3,07% 3,02% 3,50%
Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
Tabela 23: Diferença das Notas nas Provas Bimestrais por Coordenadoria Regional de
Educação
Diferença de Notas (Não Beneficiários / Beneficiários)
Categoria média 2010* 2011,1 2011,2 2011,3
1 6,36% 4,25% 2,53% 4,07%
2 7,84% 6,41% 4,34% 4,27%
3 4,74% 3,73% 2,96% 3,29%
4 3,69% 2,64% 2,28% 1,35%
5 7,19% 4,78% 4,01% 3,14%
6 4,46% 2,18% 0,42% 1,22%
7 5,66% 2,04% 0,90% 2,24%
8 5,20% 3,20% 2,16% 3,03%
9 5,50% -1,13% -1,46% -1,78%
10 4,38% 1,25% 0,05% 0,51% Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
91
Tabela: Resultados de Regressão OLS de Notas Médias 2010-11,
(Estavam entre a 2ª e 5ª série em 2010)
Variável Estimativa Erro
Padrão Estatistica
t Pr(> |t|)
(Intercept) 6.0566 0.0168 359.7 0
TEMPO2011.1 -1.1085 0.0048 -232.49 0
TEMPO2011.2 -0.8512 0.0048 -178.39 0
TEMPO2011.3 -0.6114 0.0048 -127.63 0
CFCSim -0.1868 0.0055 -34.25 0
IND_SEXOMasculino -0.1922 0.0027 -70.27 0
IND_CORBranca 0.4465 0.0048 92.76 0
IND_CORParda 0.1825 0.0046 39.27 0
IND_CORAmarela -0.0055 0.0294 -0.19 0.8509
IND_CORIndígena -0.0785 0.0345 -2.28 0.0229
IND_CORIgnorado 0.023 0.0078 2.94 0.0032
IND_PAIPai Falecido -0.1043 0.0092 -11.31 0
IND_PAINão mora com o Pai -0.132 0.0034 -38.89 0
IND_PAIIgnorado -0.2505 0.2489 -1.01 0.3143
IND_MAEMãe Falecida -0.094 0.0139 -6.76 0
IND_MAENão mora com a Mãe -0.0085 0.0045 -1.89 0.0593
IND_MAEIgnorado -0.459 0.2509 -1.83 0.0674
INSTR_PAIPrimeiro grau incompleto 0.2149 0.0114 18.92 0
INSTR_PAIPrimeiro grau 0.1936 0.0114 16.97 0
INSTR_PAISegundo grau 0.4907 0.0117 41.95 0
INSTR_PAISuperior 0.5858 0.0162 36.09 0
INSTR_PAIIgnorado 0.1149 0.0117 9.81 0
INSTR_MAEPrimeiro grau incompleto 0.2331 0.0114 20.51 0
INSTR_MAEPrimeiro grau 0.3833 0.0114 33.52 0
INSTR_MAESegundo grau 0.8193 0.0117 70.1 0
INSTR_MAESuperior 1.0843 0.0168 64.39 0
INSTR_MAEIgnorado 0.3861 0.0125 30.79 0
IND_FORMA_REGRSozinho -0.6452 0.0046 -140.86 0
IND_FORMA_REGRIgnorado -0.0706 0.0478 -1.48 0.1399
IND_TEMPO_DESLOCAté 30 minutos -0.0214 0.0036 -5.96 0
IND_TEMPO_DESLOCAté 1 hora -0.0162 0.0111 -1.46 0.1433
IND_TEMPO_DESLOCMais de 1 hora 0.05 0.0277 1.81 0.0707
IND_TEMPO_DESLOCIgnorado -0.1143 0.0175 -6.54 0
92
IND_TRANSP_DESLOCÔnibus -0.0717 0.0041 -17.57 0
IND_TRANSP_DESLOCCarro 0.2608 0.0109 23.96 0
IND_TRANSP_DESLOCMetrô 0.1512 0.0657 2.3 0.0214
IND_TRANSP_DESLOCTrem 0.1094 0.0671 1.63 0.1029
IND_TRANSP_DESLOCOutros 0.1898 0.0089 21.43 0
IND_TRANSP_DESLOCIgnorado 0.1212 0.0176 6.87 0
ATRASO -0.1066 0.002 -53.53 0
IND_REPETS -1.0671 0.0052 -204.76 0
IND_TURNO2 -0.1006 0.0028 -35.4 0
IND_TURNO3 -0.1929 0.0179 -10.76 0
IND_TURNOI 0.3008 0.0057 52.58 0
EDUC_ESPEC_DUMMYSim -1.2724 0.0157 -81.13 0
IND_ESC_AMANHASim -0.0919 0.0038 -24.33 0
CRE2 0.1752 0.0085 20.7 0
CRE3 0.0806 0.0084 9.59 0
CRE4 0.0052 0.0077 0.67 0.5005
CRE5 0.0203 0.0082 2.47 0.0136
CRE6 0.081 0.0085 9.58 0
CRE7 0.0579 0.0079 7.37 0
CRE8 -0.0355 0.008 -4.46 0
CRE9 0.1548 0.008 19.31 0
CRE10 -0.0221 0.0078 -2.83 0.0047
TEMPO2011.1:CFCSim 0.1631 0.0092 17.73 0
TEMPO2011.2:CFCSim 0.2153 0.0092 23.38 0
TEMPO2011.3:CFCSim 0.1977 0.0092 21.38 0
Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
Tabela: Resultados de Regressão OLS de Notas de Matemática 2010-11,
(Estavam entre a 2ª e 5ª série em 2010)
Variável Estimativa Erro
Padrão Estatistica t
Pr(> |t|)
(Intercept) 5.8407 0.024 242.93 0
TEMPO2011.1 -0.2115 0.0075 -28.34 0
TEMPO2011.2 -0.1263 0.0075 -16.89 0
TEMPO2011.3 -0.1999 0.0075 -26.58 0
CFCSim -0.1517 0.0065 -23.5 0
IND_SEXOMasculino -0.062 0.004 -15.63 0
IND_CORBranca 0.5135 0.007 73.54 0
IND_CORParda 0.216 0.0067 32.08 0
IND_CORAmarela 0.1197 0.0442 2.71 0.0067
93
IND_CORIndígena 0.2051 0.0556 3.69 0.0002
IND_CORIgnorado 0.1726 0.0116 14.86 0
IND_PAIPai Falecido -0.1145 0.0136 -8.42 0
IND_PAINão mora com o Pai -0.1638 0.0049 -33.24 0
IND_PAIIgnorado -0.3105 0.2999 -1.04 0.3006
IND_MAEMãe Falecida -0.1793 0.0209 -8.59 0
IND_MAENão mora com a Mãe -0.0163 0.0066 -2.46 0.0139
IND_MAEIgnorado -0.2643 0.2959 -0.89 0.3716
INSTR_PAIPrimeiro grau incompleto 0.1887 0.0162 11.64 0
INSTR_PAIPrimeiro grau 0.2221 0.0163 13.6 0
INSTR_PAISegundo grau 0.502 0.0168 29.96 0
INSTR_PAISuperior 0.5936 0.0242 24.57 0
INSTR_PAIIgnorado 0.1083 0.0168 6.46 0
INSTR_MAEPrimeiro grau incompleto 0.2542 0.0161 15.83 0
INSTR_MAEPrimeiro grau 0.4658 0.0162 28.74 0
INSTR_MAESegundo grau 0.8951 0.0166 53.95 0
INSTR_MAESuperior 1.2214 0.0254 48.11 0
INSTR_MAEIgnorado 0.5034 0.0179 28.06 0
IND_FORMA_REGRSozinho -0.2334 0.0087 -26.93 0
IND_FORMA_REGRIgnorado -0.1697 0.0566 -3 0.0027
IND_TEMPO_DESLOCAté 30 minutos -0.0387 0.0052 -7.45 0
IND_TEMPO_DESLOCAté 1 hora -0.0267 0.0177 -1.51 0.1308
IND_TEMPO_DESLOCMais de 1 hora 0.044 0.0419 1.05 0.2933
IND_TEMPO_DESLOCIgnorado -0.0274 0.0261 -1.05 0.2937
IND_TRANSP_DESLOCÔnibus -0.0276 0.0061 -4.51 0
IND_TRANSP_DESLOCCarro 0.206 0.0156 13.17 0
IND_TRANSP_DESLOCMetrô 0.247 0.1041 2.37 0.0177
IND_TRANSP_DESLOCTrem 0.2679 0.1 2.68 0.0074
IND_TRANSP_DESLOCOutros 0.1672 0.0125 13.36 0
IND_TRANSP_DESLOCIgnorado 0.1169 0.0263 4.45 0
ATRASO -0.0456 0.003 -14.94 0
IND_REPETS -1.152 0.0079 -146.43 0
IND_TURNO2 -0.125 0.0041 -30.26 0
IND_TURNO3 -0.3076 0.0261 -11.79 0
IND_TURNOI 0.2073 0.0081 25.51 0
EDUC_ESPEC_DUMMYSim -1.5195 0.0219 -69.32 0
IND_ESC_AMANHASim -0.0914 0.0053 -17.38 0
CRE2 0.1834 0.0123 14.95 0
CRE3 0.1058 0.0122 8.67 0
CRE4 0.0021 0.0111 0.19 0.8504
94
CRE5 0.0764 0.012 6.38 0
CRE6 0.1083 0.0121 8.93 0
CRE7 0.121 0.0114 10.61 0
CRE8 0.0775 0.0115 6.73 0
CRE9 0.2604 0.0116 22.47 0
CRE10 0.0154 0.0112 1.37 0.17
TEMPO2011.1:CFCSim 0.0268 0.0137 1.95 0.0511
TEMPO2011.2:CFCSim 0.1194 0.0138 8.68 0
TEMPO2011.3:CFCSim 0.1755 0.0138 12.69 0
Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
Tabela: Resultados de Regressão OLS de Notas de Português 2010-11,
(Estavam entre a 2ª e 5ª série em 2010)
Variável Estimativa Erro
Padrão Estatistica
t Pr(> |t|)
(Intercept) 6.0434 0.0226 267.28 0
TEMPO2011.1 -0.4175 0.007 -59.49 0
TEMPO2011.2 -0.2936 0.007 -41.74 0
TEMPO2011.3 0.0492 0.0071 6.96 0
CFCSim -0.1637 0.0061 -26.96 0
IND_SEXOMasculino -0.4309 0.0037 -115.5 0
IND_CORBranca 0.4454 0.0066 67.83 0
IND_CORParda 0.174 0.0063 27.47 0
IND_CORAmarela 0.0485 0.0415 1.17 0.2429
IND_CORIndígena 0.1723 0.0523 3.29 0.001
IND_CORIgnorado 0.1421 0.0109 13 0
IND_PAIPai Falecido -0.1529 0.0128 -11.96 0
IND_PAINão mora com o Pai -0.1605 0.0046 -34.64 0
IND_PAIIgnorado 0.0489 0.2821 0.17 0.8624
IND_MAEMãe Falecida -0.1424 0.0196 -7.25 0
IND_MAENão mora com a Mãe 0.0052 0.0062 0.84 0.4019
IND_MAEIgnorado -0.5968 0.2782 -2.14 0.032
INSTR_PAIPrimeiro grau incompleto 0.1764 0.0152 11.57 0
INSTR_PAIPrimeiro grau 0.2121 0.0154 13.81 0
INSTR_PAISegundo grau 0.4915 0.0158 31.19 0
INSTR_PAISuperior 0.6221 0.0227 27.39 0
INSTR_PAIIgnorado 0.1053 0.0158 6.67 0
INSTR_MAEPrimeiro grau incompleto 0.1996 0.0151 13.21 0
INSTR_MAEPrimeiro grau 0.4114 0.0152 26.99 0
95
INSTR_MAESegundo grau 0.8008 0.0156 51.32 0
INSTR_MAESuperior 1.1187 0.0239 46.86 0
INSTR_MAEIgnorado 0.4355 0.0169 25.81 0
IND_FORMA_REGRSozinho -0.1357 0.0082 -16.63 0
IND_FORMA_REGRIgnorado -0.1079 0.0532 -2.03 0.0426
IND_TEMPO_DESLOCAté 30 minutos -0.0333 0.0049 -6.82 0
IND_TEMPO_DESLOCAté 1 hora -0.0303 0.0166 -1.82 0.0689
IND_TEMPO_DESLOCMais de 1 hora 0.0386 0.0394 0.98 0.3263
IND_TEMPO_DESLOCIgnorado -0.0582 0.0245 -2.37 0.0177
IND_TRANSP_DESLOCÔnibus -0.0171 0.0058 -2.97 0.003
IND_TRANSP_DESLOCCarro 0.1767 0.0147 12.02 0
IND_TRANSP_DESLOCMetrô 0.3642 0.098 3.72 0.0002
IND_TRANSP_DESLOCTrem 0.3317 0.0941 3.52 0.0004
IND_TRANSP_DESLOCOutros 0.1287 0.0118 10.94 0
IND_TRANSP_DESLOCIgnorado 0.1315 0.0247 5.32 0
ATRASO -0.1064 0.0029 -37.11 0
IND_REPETS -1.2944 0.0074 -174.96 0
IND_TURNO2 -0.0916 0.0039 -23.58 0
IND_TURNO3 -0.2935 0.0245 -11.97 0
IND_TURNOI 0.2237 0.0076 29.27 0
EDUC_ESPEC_DUMMYSim -1.2644 0.0206 -61.36 0
IND_ESC_AMANHASim -0.1008 0.0049 -20.36 0
CRE2 0.0817 0.0115 7.08 0
CRE3 -0.0448 0.0115 -3.9 0.0001
CRE4 -0.0579 0.0105 -5.53 0
CRE5 -0.0245 0.0113 -2.17 0.0297
CRE6 0.098 0.0114 8.59 0
CRE7 -0.0266 0.0107 -2.48 0.0131
CRE8 -0.0836 0.0108 -7.71 0
CRE9 0.1731 0.0109 15.88 0
CRE10 -0.044 0.0106 -4.16 0
TEMPO2011.1:CFCSim -0.0659 0.0129 -5.1 0
TEMPO2011.2:CFCSim 0.0305 0.0129 2.36 0.0182
TEMPO2011.3:CFCSim -0.0003 0.013 -0.02 0.9839
Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
96
Tabela: Resultados de Regressão OLS de Notas de Ciencias 2010-11,
(Estavam entre a 2ª e 5ª série em 2010)
Variável Estimativa Erro
Padrão Estatistica t
Pr(> |t|)
(Intercept) 6.2652 0.0243 258.04 0
TEMPO2011.1 -1.0393 0.0074 -139.5 0
TEMPO2011.2 -0.5116 0.0075 -68.49 0
TEMPO2011.3 -0.3024 0.0081 -37.24 0
CFCSim -0.195 0.0064 -30.47 0
IND_SEXOMasculino -0.2312 0.004 -57.81 0
IND_CORBranca 0.4526 0.007 64.28 0
IND_CORParda 0.1836 0.0068 27.03 0
IND_CORAmarela 0.0914 0.0442 2.07 0.0385
IND_CORIndígena 0.0994 0.0558 1.78 0.0746
IND_CORIgnorado 0.1235 0.0117 10.57 0
IND_PAIPai Falecido -0.133 0.0137 -9.7 0
IND_PAINão mora com o Pai -0.1571 0.005 -31.62 0
IND_PAIIgnorado -0.2274 0.2972 -0.77 0.4442
IND_MAEMãe Falecida -0.1152 0.021 -5.48 0
IND_MAENão mora com a Mãe -0.0102 0.0067 -1.52 0.1273
IND_MAEIgnorado -0.4709 0.2931 -1.61 0.1081
INSTR_PAIPrimeiro grau incompleto 0.1543 0.0164 9.43 0
INSTR_PAIPrimeiro grau 0.1804 0.0165 10.95 0
INSTR_PAISegundo grau 0.4488 0.0169 26.53 0
INSTR_PAISuperior 0.5557 0.0244 22.81 0
INSTR_PAIIgnorado 0.0839 0.0169 4.95 0
INSTR_MAEPrimeiro grau incompleto 0.2087 0.0162 12.87 0
INSTR_MAEPrimeiro grau 0.3996 0.0164 24.42 0
INSTR_MAESegundo grau 0.7932 0.0168 47.35 0
INSTR_MAESuperior 1.1234 0.0256 43.92 0
INSTR_MAEIgnorado 0.4226 0.0181 23.33 0
IND_FORMA_REGRSozinho -0.3248 0.0087 -37.37 0
IND_FORMA_REGRIgnorado -0.0915 0.056 -1.63 0.1025
IND_TEMPO_DESLOCAté 30 minutos -0.0289 0.0052 -5.5 0
IND_TEMPO_DESLOCAté 1 hora -0.0431 0.0179 -2.41 0.0159
IND_TEMPO_DESLOCMais de 1 hora -0.0078 0.0425 -0.18 0.8541
IND_TEMPO_DESLOCIgnorado -0.019 0.0263 -0.72 0.4711
IND_TRANSP_DESLOCÔnibus -0.0105 0.0062 -1.7 0.0888
IND_TRANSP_DESLOCCarro 0.1989 0.0158 12.6 0
97
IND_TRANSP_DESLOCMetrô 0.3586 0.1055 3.4 0.0007
IND_TRANSP_DESLOCTrem 0.3036 0.1008 3.01 0.0026
IND_TRANSP_DESLOCOutros 0.1855 0.0126 14.68 0
IND_TRANSP_DESLOCIgnorado 0.0954 0.0265 3.6 0.0003
ATRASO -0.0139 0.0031 -4.5 0
IND_REPETS -1.1286 0.0081 -139.85 0
IND_TURNO2 -0.1474 0.0042 -35.41 0
IND_TURNO3 -0.2053 0.0266 -7.72 0
IND_TURNOI 0.2116 0.0082 25.73 0
EDUC_ESPEC_DUMMYSim -1.3957 0.0224 -62.39 0
IND_ESC_AMANHASim -0.2794 0.0053 -52.89 0
CRE2 0.1129 0.0124 9.1 0
CRE3 -0.0426 0.0123 -3.45 0.0006
CRE4 -0.0717 0.0113 -6.36 0
CRE5 -0.0007 0.0121 -0.06 0.9559
CRE6 0.116 0.0123 9.47 0
CRE7 0.0644 0.0115 5.58 0
CRE8 -0.0133 0.0117 -1.14 0.2551
CRE9 0.2174 0.0117 18.57 0
CRE10 0.016 0.0114 1.41 0.1586
TEMPO2011.1:CFCSim 0.1625 0.0136 11.93 0
TEMPO2011.2:CFCSim 0.2354 0.0137 17.25 0
TEMPO2011.3:CFCSim 0.2536 0.0152 16.7 0
Fonte: CPS/FGV a partir do Processamento dos microdados da SME/PCRJ
98
3. Mapa de Aluno (rankings)
Ranking: Proporção de Alunos Beneficiários na Rede Municipal de Ensino
RA Posição Proporção Total de Alunos
Alunos Beneficiários
XXIX Alemão 1 0,25389 1221 310
VII São Cristóvão 2 0,250489 10739 2690
XXXI Vigário Geral 3 0,250338 17768 4448
XXV Pavuna 4 0,244103 27812 6789
XXVIII Jacarezinho 5 0,243169 1098 267
I Portuária 6 0,241076 7396 1783
XII Inhaúma 7 0,227155 27074 6150
XIX Santa Cruz 8 0,212322 64082 13606
XV Madureira 9 0,20919 39500 8263
XVII Bangu 10 0,207792 55570 11547
XXVI Guaratiba 11 0,203683 22427 4568
XI Penha 12 0,197326 17874 3527
XXII Anchieta 13 0,186262 19086 3555
XXXIII Realengo 14 0,184585 25988 4797
XVIII Campo Grande 15 0,179472 70546 12661
X Ramos 16 0,179175 23251 4166
III Rio Comprido 17 0,174562 6101 1065 XXXIV Cidade de Deus 18 0,170021 7552 1284
XIV Irajá 19 0,166735 22017 3671
XXI Paquetá 20 0,160944 466 75
XXIII Santa Teresa 21 0,160502 1433 230
XIII Méier 22 0,159385 26778 4268
XX Ilha do Governador 23 0,15416 17404 2683
XXX Maré 24 0,152599 15603 2381
IX Vila Isabel 25 0,147103 13188 1940
II Centro 26 0,132357 7034 931
XXVII Rocinha 27 0,131734 2877 379
VIII Tijuca 28 0,111843 10774 1205
XVI Jacarépaguá 29 0,091788 60727 5574
XXIV Barra da Tijuca 30 0,084922 19194 1630
IV Botafofogo 31 0,075558 9185 694
VI Lagoa 32 0,074475 13293 990
V Copacabana 33 0,068086 4274 291 Fonte: CPS/FGV a partir do processamento dos microdados da SME/PCRJ
99
Ranking: Proporção de Alunos Beneficiários do Ciclo I no Total do Ciclo I
RA Posição Proporção Total de Aluno Total CICLO I Total CICLO I CFC
XXVIII Jacarezinho 1 0,371078 1098 733 272
XXV Pavuna 2 0,278311 27812 22385 6230
VII São Cristóvão 3 0,274025 10739 8127 2227
I Portuária 4 0,269159 7396 5350 1440
XXXI Vigário Geral 5 0,263392 17768 14841 3909
XII Inhaúma 6 0,25759 27074 21146 5447
XXIX Alemão 7 0,255046 1221 1090 278
XV Madureira 8 0,240861 39500 30366 7314
XIX Santa Cruz 9 0,238087 64082 50511 12026
XVII Bangu 10 0,235672 55570 43794 10321
XI Penha 11 0,227297 17874 13357 3036
XVIII Campo Grande 12 0,226344 70546 54775 12398 XXXIV Cidade de Deus 13 0,21809 7552 6965 1519
XXVI Guaratiba 14 0,207555 22427 17658 3665
X Ramos 15 0,20531 23251 18869 3874
III Rio Comprido 16 0,201642 6101 4508 909
XXXIII Realengo 17 0,198312 25988 21567 4277
XXII Anchieta 18 0,197713 19086 15831 3130
XIV Irajá 19 0,190594 22017 17393 3315
XIII Méier 20 0,187473 26778 21107 3957
XXX Maré 21 0,186407 15603 13728 2559 XX Ilha do Governador 22 0,182094 17404 13828 2518
XXI Paquetá 23 0,174757 466 412 72
XXIII Santa Teresa 24 0,16776 1433 1067 179
XXVII Rocinha 25 0,16623 2877 3050 507
IX Vila Isabel 26 0,155057 13188 10609 1645
II Centro 27 0,147059 7034 4114 605
VIII Tijuca 28 0,128655 10774 8892 1144
XXIV Barra da Tijuca 29 0,106316 19194 15896 1690
XVI Jacarépaguá 30 0,10587 60727 47719 5052
V Copacabana 31 0,090405 4274 3429 310
IV Botafofogo 32 0,088655 9185 7501 665
VI Lagoa 33 0,082161 13293 11514 946 Fonte: CPS/FGV a partir do processamento dos microdados da SME/PCRJ
100
Ranking: Proporção de Alunos Beneficiários do Ciclo II no Total do Ciclo II
RA Posição Proporção Total CICLO II Total CICLO II CFC
XXXI Vigário Geral 1 0,272618 4974 1356
VII São Cristóvão 2 0,250446 2240 561
XII Inhaúma 3 0,242098 8352 2022 XXXIV Cidade de Deus 4 0,227032 1132 257
XXII Anchieta 5 0,217643 6042 1315
XIX Santa Cruz 6 0,210035 18854 3960
I Portuária 7 0,208333 1608 335
XXVI Guaratiba 8 0,202092 7650 1546
XXV Pavuna 9 0,20081 7405 1487
XVII Bangu 10 0,19829 15790 3131
XV Madureira 11 0,191964 13987 2685
XXXIII Realengo 12 0,179113 8637 1547
X Ramos 13 0,169917 8051 1368
XI Penha 14 0,169335 5622 952
III Rio Comprido 15 0,16833 1503 253
XXX Maré 16 0,158672 3252 516
XVIII Campo Grande 17 0,157277 21548 3389 XX Ilha do Governador 18 0,154389 5525 853
II Centro 19 0,151289 1474 223
XIII Méier 20 0,149515 7531 1126
IX Vila Isabel 21 0,145244 3890 565
XIV Irajá 22 0,143152 7272 1041
XXIII Santa Teresa 23 0,142336 274 39
XXI Paquetá 24 0,11976 167 20
VIII Tijuca 25 0,095727 3019 289
XVI Jacarépaguá 26 0,089859 20265 1821
XXIV Barra da Tijuca 27 0,084226 5604 472
VI Lagoa 28 0,074279 4335 322
V Copacabana 29 0,068182 1408 96
IV Botafofogo 30 0,058277 3123 182
XXVII Rocinha 31 0 0 0
XXVIII Jacarezinho 32 0 0 0
XXIX Alemão 33 0 0 0 Fonte: CPS/FGV a partir do processamento dos microdados da SME/PCRJ
101
Ranking: Proporção de Alunos Beneficiários do Ensino Especial no Total de Alunos da Rede
RA Posição Proporção Total Alunos Total CFC EE
II Centro 1 0,003838 7034 27
XVIII Campo Grande 2 0,003686 70546 260
XXXI Vigário Geral 3 0,003377 17768 60
I Portuária 4 0,003245 7396 24
VII São Cristóvão 5 0,003166 10739 34
XXV Pavuna 6 0,002948 27812 82
XV Madureira 7 0,00281 39500 111
XXXIV Cidade de Deus 8 0,002781 7552 21
XXVII Rocinha 9 0,002781 2877 8
XIV Irajá 10 0,002771 22017 61
XII Inhaúma 11 0,00277 27074 75
XX Ilha do Governador 12 0,002643 17404 46
XXXIII Realengo 13 0,002578 25988 67
XXVI Guaratiba 14 0,002452 22427 55
XXX Maré 15 0,002435 15603 38
XIX Santa Cruz 16 0,002403 64082 154
XVII Bangu 17 0,002303 55570 128
X Ramos 18 0,002279 23251 53
IX Vila Isabel 19 0,002275 13188 30
XI Penha 20 0,002126 17874 38
III Rio Comprido 21 0,001967 6101 12
XXII Anchieta 22 0,001939 19086 37
XIII Méier 23 0,001905 26778 51
V Copacabana 24 0,001872 4274 8
XVI Jacarépaguá 25 0,001433 60727 87
XXIV Barra da Tijuca 26 0,00125 19194 24
VIII Tijuca 27 0,001207 10774 13
XXVIII Jacarezinho 28 0,000911 1098 1
VI Lagoa 29 0,000903 13293 12
IV Botafofogo 30 0,000871 9185 8
XXI Paquetá 31 0 466 0
XXIII Santa Teresa 32 0 1433 0
XXIX Alemão 33 0 1221 0 Fonte: CPS/FGV a partir do processamento dos microdados da SME/PCRJ
102
Ranking: Médias das Provas Bimestrais de 2011 (NOTAS REFERENTES AOS ALUNOS QUE EM 2010 SE ENCONTRAVAM NO SEGUNDO A QUINTO ANOS)
RA Posição NOTA2011.1 NOTA2011.2 NOTA2011.3 Media 2011
XXI Paquetá 1 6,91 6,99 7,12 7,01
V Copacabana 2 6,64 6,77 7,09 6,83
IV Botafofogo 3 6,44 6,67 6,8 6,64
XXIV Barra da Tijuca 4 6,35 6,57 6,77 6,56
XXIII Santa Teresa 5 6,31 6,62 6,73 6,55
XIII Méier 6 6,25 6,57 6,68 6,50
XVIII Campo Grande 7 6,21 6,53 6,69 6,48
XXII Anchieta 8 6,2 6,45 6,78 6,48
XIV Irajá 9 6,27 6,47 6,62 6,45
VIII Tijuca 10 6,14 6,54 6,64 6,44
VI Lagoa 11 6,14 6,42 6,65 6,40
XX Ilha do Governador 12 6,13 6,37 6,65 6,38
II Centro 13 6,16 6,31 6,62 6,36
XVI Jacarépaguá 14 6,18 6,35 6,56 6,36
XXXIII Realengo 15 6,16 6,41 6,51 6,36
IX Vila Isabel 16 6,11 6,3 6,64 6,35
I Portuária 17 6,06 6,36 6,6 6,34
XV Madureira 18 6,18 6,34 6,49 6,34
XXXI Vigário Geral 19 6,08 6,31 6,55 6,31
VII São Cristóvão 20 6,05 6,32 6,49 6,29
XVII Bangu 21 6,06 6,28 6,41 6,25
XXV Pavuna 22 5,89 6,33 6,52 6,25
XI Penha 23 6,04 6,23 6,46 6,24
XIX Santa Cruz 24 5,95 6,26 6,41 6,21
XII Inhaúma 25 5,89 6,14 6,26 6,10
X Ramos 26 5,8 6,08 6,37 6,08
XXVI Guaratiba 27 5,78 5,97 6,23 5,99
XXVIII Jacarezinho 28 5,31 6,65 6,01 5,99
XXX Maré 29 5,59 6,11 6,13 5,94
XXXIV Cidade de Deus 30 5,67 5,98 6,11 5,92
XXIX Alemão 31 4,95 5,81 6,1 5,62
III Rio Comprido 32 5,28 5,58 5,91 5,59
XXVII Rocinha 33 5,17 5,56 5,81 5,51 Fonte: CPS/FGV a partir do processamento dos microdados da SME/PCRJ
103
4. Evidências Bivariadas de Frequência de Pais/Alunos e Notas Pós FC (2o Bimestre Escolar de 2011)
*
0
20
40
60
80
100
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 SME
Frequência na Reunião de Pais por CRE - C.E - %
Beneficiários Não Beneficiários
0
20
40
60
80
100
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 SME
Frequência na Reunião de Pais por CRE - Creche - %
Beneficiários Não Beneficiários
0
20
40
60
80
100
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 SME
Frequência na Reunião de Pais por CRE - E.I - %
Beneficiários Não Beneficiários
0
20
40
60
80
100
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 SME
Frequência na Reunião de Pais por CRE - 1 ano - %
Beneficiários Não Beneficiários
0
20
40
60
80
100
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 SME
Frequência na Reunião de Pais por CRE - 2 ano - %
Beneficiários Não Beneficiários
0
20
40
60
80
100
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 SME
Frequência na Reunião de Pais por CRE - 3 ano - %
Beneficiários Não Beneficiários
104
0
20
40
60
80
100
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 SME
Frequência na Reunião de Pais por CRE - 4 ano - %
Beneficiários Não Beneficiários
0
20
40
60
80
100
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 SME
Frequência na Reunião de Pais por CRE - 5 ano - %
Beneficiários Não Beneficiários
0
20
40
60
80
100
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 SME
Frequência na Reunião de Pais por CRE - 6 ano - %
Beneficiários Não Beneficiários
0
20
40
60
80
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 SME
Frequência na Reunião de Pais por CRE - 7 ano - %
Beneficiários Não Beneficiários
0
20
40
60
80
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 SME
Frequência na Reunião de Pais por CRE - 8 ano - %
Beneficiários Não Beneficiários
0
20
40
60
80
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 SME
Frequência na Reunião de Pais por CRE - 9 ano - %
Beneficiários Não Beneficiários
105
86
88
90
92
94
96
98
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 SME
Frequência dos Alunos por CRE - C.E -%
Beneficiários Não Beneficiários
80
85
90
95
100
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 SME
Frequência dos Alunos por CRE -Creche - %
Beneficiários Não Beneficiários
86
88
90
92
94
96
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 SME
Frequência dos Alunos por CRE - E.I -%
Beneficiários Não Beneficiários
86
88
90
92
94
96
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 SME
Frequência dos Alunos por CRE - 1 ano - %
Beneficiários Não Beneficiários
888990919293949596
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 SME
Frequência dos Alunos por CRE - 3 ano - %
Beneficiários Não Beneficiários
88
89
90
91
92
93
94
95
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 SME
Frequência dos Alunos por CRE - 2 ano - %
Beneficiários Não Beneficiários
106
90
91
92
93
94
95
96
97
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 SME
Frequência dos Alunos por CRE - 5 ano - %
Beneficiários Não Beneficiários
89
90
91
92
93
94
95
96
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 SME
Frequência dos Alunos por CRE - 4 ano - %
Beneficiários Não Beneficiários
90
91
92
93
94
95
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 SME
Frequência dos Alunos por CRE - 6 ano - %
Beneficiários Não Beneficiários
89
90
91
92
93
94
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 SME
Frequência dos Alunos por CRE - 7 ano - %
Beneficiários Não Beneficiários
88
89
90
91
92
93
94
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 SME
Frequência dos Alunos por CRE - 8 ano - %
Beneficiários Não Beneficiários
88
89
90
91
92
93
94
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 SME
Frequência dos Alunos por CRE - 9 ano - %
Beneficiários Não Beneficiários
107
Média das Notas na Prova Bimestral (2o Bimestre de 2011)
Beneficiários do CFC
CRE 2 ano 3 ano 4 ano 5 ano 6 ano 7 ano 8 ano 9 ano Geral
1 6.1 5.7 6.2 6.7 4.8 4.9 5.1 4.4 5.7
2 6 5.9 6.2 6.6 5.1 4.9 5.2 4.6 5.7
3 6.4 5.9 6.2 7 5.1 5 5.1 4.8 5.8
4 6.2 5.9 6.2 6.6 4.9 4.8 5 4.7 5.7
5 5.9 5.9 6.2 6.8 5 4.9 5.4 4.8 5.7
6 6.6 6.2 6.5 6.9 4.6 4.5 5 4.6 5.8
7 6.1 5.9 6.2 6.7 5.2 5 5.3 4.7 5.8
8 6.2 5.9 6.4 6.8 4.9 4.7 4.9 4.4 5.7
9 6.5 6.1 6.6 7.1 5.3 5.1 5.1 4.9 6.1
10 6.2 5.9 6.3 6.7 4.9 4.9 4.9 4.5 5.6
SME 6.2 5.9 6.3 6.8 4.9 4.9 5.1 4.7 5.76
Não Beneficiários do CFC
CRE 2 ano 3 ano 4 ano 5 ano 6 ano 7 ano 8 ano 9 ano Geral
1 6.3 6.1 6.4 6.8 5 5 5 4.8 5.7
2 6.4 6.4 6.6 7 5.4 5.3 5.4 4.8 6
3 6.6 6.2 6.4 7.1 5.3 5.3 5.4 5.1 6
4 6.4 6.1 6.4 6.8 5.2 5.1 5.2 4.8 5.8
5 6.5 6.4 6.6 7.1 5.3 5.2 5.5 5 5.9
6 6.7 6.4 6.7 7.1 4.7 4.8 5 4.8 5.8
7 6.4 6.2 6.4 7 5.3 5 5.1 4.6 5.8
8 6.4 6.1 6.7 7 4.9 4.9 5 4.6 5.7
9 6.6 6.5 6.8 7.2 5.2 5.1 5.1 4.8 5.9
10 6.3 6 6.4 6.8 4.9 4.8 4.9 4.6 5.6
SME 6.5 6.2 6.5 7 5.1 5 5.2 4.8 5.82
108
Nota dos Beneficiários maior que dos Não Beneficiários do CFC
CRE 2 ano 3 ano 4 ano 5 ano 6 ano 7 ano 8 ano 9 ano Geral
1 FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO ######## FALSO FALSO
2 FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO
3 FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO
4 FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO
5 FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO
6 FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO
7 FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO ######## ######## FALSO
8 FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO
9 FALSO FALSO FALSO FALSO ######## FALSO FALSO ######## ########
10 FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO ######## FALSO FALSO FALSO
SME FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO FALSO
109
Logit: Variável Explicada Cobertura do Programa CFC
Coeficiente Estimativa Erro padrão Pr(> |z|) Razão de Chances
(Intercept) -0.31 0.06 0.00 0.73
IND_SEXOMasculino -0.01 0.01 0.48 0.99
IND_CORBranca -0.40 0.02 0.00 0.67
IND_CORParda -0.19 0.02 0.00 0.83
IND_CORAmarela 0.05 0.12 0.65 1.05
IND_CORIndígena -0.61 0.18 0.00 0.54
IND_CORIgnorado -0.17 0.03 0.00 0.84
IND_PAIPai Falecido -0.23 0.03 0.00 0.79
IND_PAINão mora com o Pai -0.10 0.01 0.00 0.91
IND_PAIIgnorado -12.38 27.87 0.66 0.00
IND_MAEMãe Falecida -0.63 0.06 0.00 0.53
IND_MAENão mora com a Mãe -0.38 0.02 0.00 0.69
INSTR_PAIPrimeiro grau -0.02 0.04 0.65 0.98
INSTR_PAIPrimeiro grau -0.09 0.04 0.02 0.91
INSTR_PAISegundo grau -0.46 0.04 0.00 0.63
INSTR_PAISuperior -0.92 0.08 0.00 0.40
INSTR_PAIIgnorado 0.00 0.04 0.91 1.00
INSTR_MAEPrimeiro grau -0.07 0.04 0.09 0.94
INSTR_MAEPrimeiro grau -0.22 0.04 0.00 0.80
INSTR_MAESegundo grau -0.69 0.04 0.00 0.50
INSTR_MAESuperior -1.85 0.11 0.00 0.16
INSTR_MAEIgnorado -0.31 0.04 0.00 0.74
IND_FORMA_REGRSozinho -0.24 0.02 0.00 0.79
IND_TEMPO_DESLOCAté 30 -0.09 0.01 0.00 0.91
IND_TEMPO_DESLOCAté 1 hora -0.21 0.05 0.00 0.81
IND_TEMPO_DESLOCMais de 1 -0.32 0.11 0.01 0.73
IND_TEMPO_DESLOCIgnorado -0.02 0.06 0.71 0.98
IND_TRANSP_DESLOCÔnibus -0.20 0.02 0.00 0.82
IND_TRANSP_DESLOCCarro -0.81 0.06 0.00 0.44
IND_TRANSP_DESLOCMetrô -0.51 0.34 0.14 0.60
IND_TRANSP_DESLOCTrem -0.35 0.31 0.25 0.70
IND_TRANSP_DESLOCOutros -0.33 0.04 0.00 0.72
IND_TRANSP_DESLOCIgnorado -0.09 0.07 0.17 0.91
IND_REPETS 0.21 0.02 0.00 1.23
IND_TURNO2 -0.03 0.01 0.01 0.97
IND_TURNO3 -0.05 0.06 0.40 0.95
IND_TURNOI 0.27 0.02 0.00 1.32
EDUC_ESPEC_DUMMYSim 0.15 0.05 0.00 1.16
IND_ESC_AMANHASim 0.13 0.01 0.00 1.14
CRE2 -0.79 0.03 0.00 0.46
CRE3 -0.05 0.03 0.10 0.95
CRE4 -0.16 0.03 0.00 0.85
CRE5 0.03 0.03 0.35 1.03
CRE6 0.03 0.03 0.24 1.03
110
Logit: Variável Explicada Recebimento do Bônus
Coeficiente Estimativa Erro padrão Pr(> |z|) Razão de Chances
(Intercept) -1.27 0.07 0.00 0.28
IND_SEXOMasculino -0.13 0.01 0.00 0.88
IND_CORBranca 0.29 0.02 0.00 1.33
IND_CORParda 0.13 0.02 0.00 1.14
IND_CORAmarela 0.09 0.13 0.47 1.10
IND_CORIndígena 0.17 0.22 0.44 1.18
IND_CORIgnorado 0.04 0.04 0.25 1.04
IND_PAIPai Falecido -0.13 0.04 0.00 0.88
IND_PAINão mora com o -0.15 0.01 0.00 0.86
IND_MAEMãe Falecida -0.16 0.08 0.04 0.85
IND_MAENão mora com a -0.02 0.02 0.37 0.98
INSTR_PAIPrimeiro grau 0.11 0.05 0.01 1.12
INSTR_PAIPrimeiro grau 0.11 0.05 0.02 1.12
INSTR_PAISegundo grau 0.22 0.05 0.00 1.25
INSTR_PAISuperior 0.26 0.09 0.01 1.30
INSTR_PAIIgnorado 0.02 0.05 0.72 1.02
INSTR_MAEPrimeiro grau 0.00 0.04 0.91 1.00
INSTR_MAEPrimeiro grau 0.14 0.05 0.00 1.15
INSTR_MAESegundo grau 0.36 0.05 0.00 1.44
INSTR_MAESuperior 0.46 0.13 0.00 1.59
INSTR_MAEIgnorado 0.13 0.05 0.01 1.14
IND_FORMA_REGRSozinho -0.22 0.03 0.00 0.80
IND_TEMPO_DESLOCAté -0.05 0.02 0.00 0.95
IND_TEMPO_DESLOCAté 1 -0.09 0.06 0.13 0.91
IND_TEMPO_DESLOCMais 0.18 0.13 0.17 1.20
IND_TEMPO_DESLOCIgnor -0.03 0.08 0.74 0.98
IND_TRANSP_DESLOCÔnib -0.06 0.02 0.00 0.95
IND_TRANSP_DESLOCCarr 0.21 0.07 0.00 1.24
IND_TRANSP_DESLOCMetr -0.22 0.44 0.63 0.81
IND_TRANSP_DESLOCTrem -0.25 0.39 0.52 0.78
IND_TRANSP_DESLOCOutr 0.11 0.04 0.01 1.12
IND_TRANSP_DESLOCIgnor 0.08 0.08 0.32 1.08
IND_REPETS -0.84 0.02 0.00 0.43
IND_TURNO2 -0.05 0.01 0.00 0.95
IND_TURNO3 -0.52 0.09 0.00 0.59
IND_TURNOI 0.07 0.02 0.00 1.07
EDUC_ESPEC_DUMMYSim -0.65 0.07 0.00 0.52
IND_ESC_AMANHASim 0.24 0.01 0.00 1.27
CRE2 -0.02 0.04 0.55 0.98
CRE3 0.26 0.03 0.00 1.30
CRE4 0.21 0.03 0.00 1.23
CRE5 0.19 0.03 0.00 1.21
111
Logit: Variável Explicada Cumprimento de Condicionalidades
Coeficiente Estimativa Erro padrão Pr(> |z|) Razão de Chances
(Intercept) 0.46 0.06 0.00 1.59
IND_SEXOMasculino -0.05 0.01 0.00 0.95
IND_CORBranca 0.12 0.02 0.00 1.13
IND_CORParda 0.05 0.02 0.00 1.06
IND_CORAmarela 0.13 0.12 0.26 1.14
IND_CORIndígena 0.06 0.20 0.77 1.06
IND_CORIgnorado -0.06 0.03 0.08 0.95
IND_PAIPai Falecido -0.22 0.04 0.00 0.80
IND_PAINão mora -0.17 0.01 0.00 0.84
IND_MAEMãe -0.22 0.07 0.00 0.80
IND_MAENão mora -0.10 0.02 0.00 0.90
INSTR_PAIPrimeiro -0.08 0.04 0.05 0.92
INSTR_PAIPrimeiro -0.08 0.04 0.06 0.92
INSTR_PAISegundo -0.10 0.04 0.02 0.90
INSTR_PAISuperior -0.23 0.09 0.01 0.80
INSTR_PAIIgnorado -0.12 0.04 0.01 0.89
INSTR_MAEPrimeiro -0.14 0.04 0.00 0.87
INSTR_MAEPrimeiro -0.10 0.04 0.02 0.91
INSTR_MAESegundo -0.01 0.04 0.79 0.99
INSTR_MAESuperior -0.08 0.13 0.51 0.92
INSTR_MAEIgnorado -0.06 0.05 0.18 0.94
IND_FORMA_REGRSo -0.17 0.03 0.00 0.85
IND_TEMPO_DESLOC -0.05 0.01 0.00 0.95
IND_TEMPO_DESLOC 0.03 0.05 0.52 1.03
IND_TEMPO_DESLOC -0.01 0.13 0.96 0.99
IND_TEMPO_DESLOCI -0.05 0.07 0.52 0.96
IND_TRANSP_DESLOC -0.14 0.02 0.00 0.87
IND_TRANSP_DESLOC 0.00 0.06 0.94 1.00
IND_TRANSP_DESLOC -0.33 0.40 0.40 0.72
IND_TRANSP_DESLOC -0.46 0.34 0.18 0.63
IND_TRANSP_DESLOC 0.02 0.04 0.60 1.02
IND_TRANSP_DESLOC 0.13 0.07 0.06 1.14
IND_REPETS -0.45 0.02 0.00 0.64
IND_TURNO2 0.06 0.01 0.00 1.06
IND_TURNO3 -0.33 0.07 0.00 0.72
IND_TURNOI -0.19 0.02 0.00 0.83
EDUC_ESPEC_DUMMY -0.12 0.05 0.01 0.88
IND_ESC_AMANHASi 0.01 0.01 0.33 1.01
CRE2 0.10 0.03 0.00 1.11
CRE3 0.43 0.03 0.00 1.54
CRE4 0.37 0.03 0.00 1.45
CRE5 0.47 0.03 0.00 1.60
CRE6 0.45 0.03 0.00 1.57
112
5. Perfis das Pessoas Beneficiadas pelo CFC
O Programa CFC beneficia a princípio um total de 94,5 mil famílias, que
correspondem a pouco mais de 440 mil pessoas. Em média, as famílias são compostas
por 4,68 pessoas, podendo chegar a 18 pessoas; a moda, porém, é que 4 pessoas
componham um ambiente familiar (um casal e dois filhos, ou mãe e 3 filhos). O mínimo
caracterizado como família do programa é formada por duas pessoas.
Programa Cartão Família Carioca - Pessoas Beneficiadas Total População Variável Média Mediana Moda Max Min.
442482 (94,5 mil Famílias)
Número pessoas na família 4,68 4 4 18 2
243.568 Número de crianças de 0 a 17 na família
2,57 2 2 11 0
163.991 Número de crianças na rede municipal
1,73 2 1 9 0
120.178 Número de crianças na rede municipal do 2º ao 9º ano
1,27 1 1 8 0
Fonte: FGV a partir dos Microdados do CadÚnico/MDS
É interessante notar que entre os beneficiários existiam 243,5 mil crianças entre
0 e 17 anos, 55% da população inscrita no programa. Desse número, 67,3 estão
matriculadas na rede municipal de ensino, sendo 73,3% só na educação fundamental.
No Rio, existem famílias com até 11 crianças na faixa de 0 a 17 anos, mas o normal é a
presença de duas crianças com essa idade na família. O máximo de 9 crianças na rede
municipal leva a conclusão de que os pais dão valor à educação de seus filhos, ou seja,
estão mais conscientes dos enormes retornos educacionais. O normal, é que em uma
família com 2 crianças, uma delas vá à escola por estar na idade escolar.
Se considerarmos, por exemplo, que de 11 crianças, 9 deveriam estar na rede
municipal e 8 tem idade para cursar o ensino fundamental, então 100% das crianças
estão matriculadas na escola. Por outro lado, se os outros três filhos não forem recém-
nascidos, eles deveriam estar na creche ou no 1º ano, existindo, então, potencial de
melhora dos indicadores; essa visão só diz respeito às matrículas, pois não dispomos de
dados sobre desempenho na tabela acima.
113
Rankings das Regiões Administrativas (RA’s)
Nesta seção procuramos ordenar as regiões administrativas (subdistritos) a partir
do número de famílias beneficiadas, olhando para três outras variáveis principais:
benefício básico, benefício básico do Bolsa Família e o valor do benefício total do CFC,
isto é, CFC básico mais “benefício escolar 70%”9. Depois ordenamos por estas outras
dimensões. As tabelas completas estão apresentadas no anexo.
Ranking População beneficiada – as 5 mais e as 5 menos*
Região Administrativa População (famílias)
Benefício básico
BF total CFC
RA XIX - SANTA CRUZ 11745 88,87 102,25 111,99 RA XVIII - CAMPO GRANDE 11368 83,48 97,78 106,36
RA XVII - BANGU 8355 88,85 93,53 110,64 RA XXV - PAVUNA 5255 93,46 100,26 115,83
RA XV - MADUREIRA 4931 83,73 95,34 105,68
RA XXVIII - JACAREZINHO 572 84,33 95,88 101,77 RA IV - BOTAFOGO 409 82,10 96,59 102,21
RA VI - LAGOA 366 89,81 96,31 112,21 RA V - COPACABANA 337 76,48 99,20 97,11
RA II - CENTRO 311 87,55 107,79 104,92 *A RA XXI - Ilha de Paquetá apresenta o menor número de beneficiados, 57. Iremos desconsiderá-la para simplificar a análise, pois tem uma população de apenas 3421 pessoas (Censo 2000).
Fonte: CPS/FGV através do processamento dos microdados da BF
9 Benefício variável correspondente ao cumprimento das condicionalidades por 70% da população
habilitada a fazê-lo.
114
A população beneficiada varia entre 11745 e 311 famílias, valores que
correspondem às RA’s de Santa Cruz e Centro, respectivamente. Santa Cruz, do mesmo
modo que as outras quatro regiões, figura entre as mais populosas do município não
sendo surpresa, portanto, que esteja no topo do ranking de famílias beneficiadas. Além
disso, apresentam indicadores de pobreza que confirmam a tendência apontada nos
dados. As cinco regiões que compõem o fim do ranking apresentam características
distintas: Jacarezinho e Centro apresentam duas das menores populações dentre as RA’s
junto com baixos indicadores de riqueza. Por outro lado, Copacabana, Lagoa e Botafogo
são regiões relativamente bastante populosas, além de seus índices de riqueza serem
mais altos, de tal forma que seus baixos números de famílias beneficiadas são
esperados. Cabe notar que estamos olhando para os números absolutos, sem fazer os
cálculos de densidade.
Ranking Benefício básico CFC – 5 mais e 5 menos*
Região Administrativa População Benefício básico
BF total CFC
RA III - RIO COMPRIDO 973 96,12 92,62 115,98
RA XXV - PAVUNA 5255 93,46 100,26 115,83
RA XXXIV - CIDADE DE DEUS 1709 91,09 99,54 113,13
RA VII - SÃO CRISTÓVÃO 2358 91,06 100,84 111,94
RA VIII - TIJUCA 956 90,50 101,90 112,33
RA XVIII - CAMPO GRANDE 11368 83,48 97,78 106,36
RA XX - ILHA DO GOVERNADOR 2226 82,50 92,27 102,45
RA IV - BOTAFOGO 409 82,10 96,59 102,21
RA XXIII - SANTA TERESA 588 79,49 105,12 103,94
RA V - COPACABANA 337 76,48 99,20 97,11
*A RA XXI - Ilha de Paquetá apresenta o menor valor de benefício, 68,88. Iremos desconsiderá-la para
simplificar a análise, pois tem uma população de apenas 3421 pessoas segundo o Censo 2000.
Fonte: CPS/FGV através do processamento dos microdados da BF
115
Ranking benefício total do Bolsa Família – as 5 mais e as 5 menos*
Região Administrativa População Benefício básico
BF total CFC + escolar 70%
RA II - CENTRO 311 87,55 107,79 104,92
RA XXIII - SANTA TERESA 588 79,49 105,12 103,94
RA XIV - IRAJÁ 2272 88,85 102,52 113,03
RA XIX - SANTA CRUZ 11745 88,87 102,25 111,99
RA VIII - TIJUCA 956 90,50 101,90 112,33
RA III - RIO COMPRIDO 973 96,12 92,62 115,98
RA XX - ILHA DO GOVERNADOR 2226 82,50 92,27 102,45
RA XXII - ANCHIETA 2508 89,48 91,73 112,43
RA XVI - JACAREPAGUÁ 3971 88,54 89,88 111,81
RA XXIV - BARRA DA TIJUCA 2240 86,82 88,62 108,72
Fonte: CPS/FGV através do processamento dos microdados da BF
Ao analisar os valores médios dos benefícios básicos do CFC também é
interessante utilizar também o ranking do BF total. Isso se deve ao fato de as famílias do
CFC fazerem parte da folha de pagamentos do BF. O benefício total do BF varia entre
R$88,62 e R$107,79, enquanto o benefício básico do CFC varia entre R$76,48 e
R$96,12 per capita, em média. O menor valor médio corresponde a Copacabana, que
tem o segundo menor número de famílias beneficiadas e um valor relativamente alto
referente ao BF; pode-se concluir que o BF ajuda as famílias a chegar próximo da linha
de pobreza estabelecida. Confirmando essa conclusão, tem-se que a maior renda
familiar per capita (rfpc) estimada entre os beneficiários é de Copacabana10.
Raciocínio parecido pode ser feito para Santa Teresa, que recebe um valor de
R$105,12 do BF e só fica atrás de Copacabana na variável rfpc estimada; também
apresenta poucos inscritos no CFC. Dentre as cinco menos, Campo Grande apresenta o
segundo maior número de beneficiados, mas é a quinta menor beneficiária básica do
CFC e está entre as com menor BF total. Ter o maior número de inscritos pode estar
contribuindo para a redução da média da distribuição de benefícios.
Olhando para o topo da tabela, vemos que cinco RA’s da região norte do
município são os maiores beneficiados pelo novo programa da prefeitura. Todos têm
boa média do BF total; o somatório das famílias beneficiadas fica próximo a toda região
de Campo Grande. Cidade de Deus é a região subnormal mais beneficiada dentre as
10
Os dados completos das Regiões Administrativas encontram-se no Anexo I.
116
existentes no Rio; Tijuca, São Cristóvão e Rio Comprido são áreas que têm grande
concentração de áreas subnormais, o que ajuda a entender suas posições no ranking.
Quando se adiciona o “benefício escolar 70%”, o valor total do CFC aumenta
em todas as RA’s, variando entre 20% e 30%. O aumento decorrente do cumprimento
das condicionalidades por 70% da população do programa mostra o grande potencial
existente de melhora dos indicadores educacionais de todo o município. Na parte de
cima da tabela, São Cristóvão e Tijuca caem algumas posições, dando lugar a Irajá e
Anchieta. Copacabana continua sendo a “lanterninha”; nota-se que quatro das cinco
menos têm os menores números de beneficiados.
Ranking CFC + escolar 70% - as 5 mais e as 5 menos
Região Administrativa População Benefício básico
BF total CFC + escolar 70%
RA III - RIO COMPRIDO 973 96,12 92,62 115,98 RA XXV - PAVUNA 5255 93,46 100,26 115,83
RA XXXIV - CIDADE DE DEUS 1709 91,09 99,54 113,13 RA XIV - IRAJÁ 2272 88,85 102,52 113,03
RA XXII - ANCHIETA 2508 89,48 91,73 112,43
RA XXIII - SANTA TERESA 588 79,49 105,12 103,94 RA XX - ILHA DO GOVERNADOR 2226 82,50 92,27 102,45
RA IV - BOTAFOGO 409 82,10 96,59 102,21 RA XXVIII - JACAREZINHO 572 84,33 95,88 101,77
RA V - COPACABANA 337 76,48 99,20 97,11
Fonte: CPS/FGV através do processamento dos microdados da BF
117
PANORAMAS DAS REGIÕES ADMINISTRATIVAS
Tabela 1
Região Administrativa População (famílias)
Benefício rfpc estimada
Renda familiar estimada
Renda familiar não monetária estimada POF
Renda familiar total estimada POF
RA I - PORTUÁRIA 1482 88,79 81,88 372,89 325,66 2070,54
RA II - CENTRO 311 87,55 82,42 346,46 262,88 1909,08
RA III - RIO COMPRIDO 973 96,12 80,24 382,81 353,35 2076,61
RA IV - BOTAFOGO 409 82,10 83,06 378,20 353,04 2146,22
RA V - COPACABANA 337 76,48 85,83 396,77 375,34 2169,20
RA VI - LAGOA 366 89,81 82,00 404,84 367,02 2209,90
RA VII - SÃO CRISTÓVÃO 2358 91,06 81,56 374,46 311,74 2001,66
RA VIII - TIJUCA 956 90,50 82,24 390,00 350,88 2086,10
RA IX - VILA ISABEL 1113 89,94 82,25 383,33 359,79 2152,05
RA X - RAMOS 2242 88,30 82,01 372,47 354,15 2146,58
RA XI - PENHA 3205 83,69 83,32 380,51 361,69 2128,32
RA XII - INHAÚMA 2012 88,54 81,84 362,91 331,81 2108,95
RA XIII - MÉIER 4095 86,18 82,70 376,33 348,43 2069,31
RA XIV - IRAJÁ 2272 88,85 82,40 383,82 359,00 2128,03
RA XV - MADUREIRA 4931 83,73 83,46 367,12 359,48 2052,76
RA XVI - JACAREPAGUÁ 3971 88,54 82,16 372,76 342,12 2110,07
RA XVII - BANGU 8355 88,85 81,89 378,49 338,16 2113,98
118
RA XVIII - CAMPO GRANDE 11368 83,48 83,24 374,29 351,73 2143,57
RA XIX - SANTA CRUZ 11745 88,87 82,08 381,71 342,23 2122,96
RA XX - ILHA DO GOVERNADOR 2226 82,50 83,80 381,16 367,73 2165,49
RA XXI - ILHA DE PAQUETÁ 57 68,88 87,81 430,44 400,04 2146,42
RA XXII - ANCHIETA 2508 89,48 81,46 361,95 342,70 2104,22
RA XXIII - SANTA TERESA 588 79,49 85,31 392,80 360,65 2142,91
RA XXIV - BARRA DA TIJUCA 2240 86,82 82,52 369,67 352,26 2107,72
RA XXV - PAVUNA 5255 93,46 80,60 365,83 323,77 2091,68
RA XXVI - GUARATIBA 3328 88,68 82,36 381,44 358,36 2137,73
RA XXVII - ROCINHA 1011 83,78 84,49 398,25 404,32 2296,20
RA XXVIII - JACAREZINHO 572 84,33 82,94 370,67 370,06 2118,49
RA XXIX - COMPLEXO DO ALEMÃO 2199 88,16 82,70 377,83 364,99 2164,45
RA XXX - MARÉ 2671 86,62 83,33 395,37 380,63 2173,35
RA XXXIII - REALENGO 3525 85,73 82,70 376,47 345,27 2102,66
RA XXXIV - CIDADE DE DEUS 1709 91,09 81,44 362,03 304,07 1954,44
RA XXXI - VIGÁRIO GERAL 3302 87,27 82,32 369,97 339,13 2068,32
Fonte: FGV a partir dos Microdados do CadÚnico/MDS
119
Tabela 2
Região Administrativa Número de pessoas na família
Crianças de 0 a 17 anos na família
BF básico BF total Crianças na rede municipal
Crianças na rede municipal do 2º ao 9º ano
RA I - PORTUÁRIA 4,66 2,55 51,30 99,20 1,55 1,07 RA II - CENTRO 4,32 2,53 59,91 107,79 1,47 1,01
RA III - RIO COMPRIDO 4,87 2,68 42,98 92,62 1,55 1,14 RA IV - BOTAFOGO 4,63 2,44 49,71 96,59 1,51 1,12
RA V - COPACABANA 4,71 2,61 48,83 99,20 1,61 1,22 RA VI - LAGOA 5,06 2,70 44,59 96,31 1,75 1,35
RA VII - SÃO CRISTÓVÃO 4,72 2,60 52,02 100,84 1,57 1,12 RA VIII - TIJUCA 4,88 2,75 50,64 101,90 1,72 1,28
RA IX - VILA ISABEL 4,79 2,71 50,77 101,12 1,76 1,26 RA X - RAMOS 4,65 2,56 46,25 94,44 1,66 1,21 RA XI - PENHA 4,67 2,51 48,33 96,25 1,65 1,20
RA XII - INHAÚMA 4,54 2,51 48,94 96,76 1,67 1,20 RA XIII - MÉIER 4,66 2,54 47,94 96,16 1,70 1,19 RA XIV - IRAJÁ 4,78 2,66 51,78 102,52 1,88 1,40
RA XV - MADUREIRA 4,50 2,56 46,13 95,34 1,77 1,30 RA XVI - JACAREPAGUÁ 4,64 2,60 40,72 89,88 1,78 1,32
RA XVII - BANGU 4,73 2,54 44,81 93,53 1,75 1,25 RA XVIII - CAMPO GRANDE 4,60 2,50 49,44 97,78 1,72 1,30
RA XIX - SANTA CRUZ 4,78 2,62 52,70 102,25 1,83 1,32 RA XX - ILHA DO GOVERNADOR 4,64 2,55 43,62 92,27 1,63 1,16
RA XXI - ILHA DE PAQUETÁ 5,00 2,47 41,75 89,23 1,63 1,14
120
RA XXII - ANCHIETA 4,55 2,55 43,49 91,73 1,78 1,34 RA XXIII - SANTA TERESA 4,74 2,61 55,39 105,12 1,76 1,32
RA XXIV - BARRA DA TIJUCA 4,58 2,52 40,13 88,62 1,63 1,23 RA XXV - PAVUNA 4,66 2,60 51,19 100,26 1,77 1,27
RA XXVI - GUARATIBA 4,74 2,63 46,63 97,17 1,79 1,35 RA XXVII - ROCINHA 4,82 2,73 45,47 97,25 1,76 1,31
RA XXVIII - JACAREZINHO 4,59 2,45 48,86 95,88 1,41 1,05 RA XXIX - COMPLEXO DO
ALEMÃO 4,69 2,63 49,14 98,73 1,78 1,31 RA XXX - MARÉ 4,84 2,70 42,06 93,22 1,77 1,32
RA XXXIII - REALENGO 4,67 2,52 47,51 95,95 1,79 1,31 RA XXXIV - CIDADE DE DEUS 4,57 2,61 51,13 99,54 1,62 1,22 RA XXXI - VIGÁRIO GERAL 4,60 2,54 47,08 95,20 1,70 1,27
Fonte: FGV a partir dos Microdados do CadÚnico/MDS
121
Tabela 3
Região Administrativa Benefício escolar 100%
Benefício escolar 70%
BC + benefício escolar 100%
BC + benefício escolar 70%
RA I - PORTUÁRIA 26,77 18,81 115,56 107,59 RA II - CENTRO 25,32 17,36 112,87 104,92
RA III - RIO COMPRIDO 28,49 19,86 124,61 115,98 RA IV - BOTAFOGO 28,12 20,11 110,21 102,21
RA V - COPACABANA 30,42 20,62 106,90 97,11 RA VI - LAGOA 33,74 22,40 123,55 112,21
RA VII - SÃO CRISTÓVÃO 28,07 20,89 119,13 111,94 RA VIII - TIJUCA 31,96 21,84 122,45 112,33
RA IX - VILA ISABEL 31,38 22,46 121,32 112,40 RA X - RAMOS 30,33 21,11 118,63 109,41 RA XI - PENHA 30,07 20,75 113,76 104,44
RA XII - INHAÚMA 30,11 20,46 118,64 109,00 RA XIII - MÉIER 29,63 20,86 115,81 107,04 RA XIV - IRAJÁ 34,95 24,19 123,79 113,03
RA XV - MADUREIRA 32,42 21,96 116,14 105,68 RA XVI - JACAREPAGUÁ 33,03 23,27 121,57 111,81
RA XVII - BANGU 31,30 21,79 120,15 110,64 RA XVIII - CAMPO GRANDE 32,45 22,87 115,93 106,36
RA XIX - SANTA CRUZ 33,03 23,12 121,90 111,99
122
RA XX - ILHA DO GOVERNADOR 28,98 19,96 111,47 102,45 RA XXI - ILHA DE PAQUETÁ 28,51 19,30 97,39 88,18
RA XXII - ANCHIETA 33,44 22,95 122,93 112,43 RA XXIII - SANTA TERESA 32,95 24,45 112,44 103,94
RA XXIV - BARRA DA TIJUCA 30,85 21,91 117,66 108,72 RA XXV - PAVUNA 31,78 22,37 125,24 115,83
RA XXVI - GUARATIBA 33,70 23,04 122,38 111,72 RA XXVII - ROCINHA 32,67 22,48 116,44 106,25
RA XXVIII - JACAREZINHO 26,14 17,44 110,46 101,77 RA XXIX - COMPLEXO DO
ALEMÃO 32,84 22,62 121,00 110,78 RA XXX - MARÉ 32,94 22,99 119,55 109,60
RA XXXIII - REALENGO 32,87 23,21 118,61 108,94 RA XXXIV - CIDADE DE DEUS 30,51 22,05 121,60 113,13 RA XXXI - VIGÁRIO GERAL 31,85 22,45 119,12 109,71
Fonte: FGV a partir dos Microdados do CadÚnico/MDS
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