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2018 DESENHO AUXILIADO POR COMPUTADOR Prof. Pedro Thiago Venzon

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Page 1: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

2018

Desenho AuxiliADo por ComputADor

Prof. Pedro Thiago Venzon

Page 2: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

Copyright © UNIASSELVI 2018

Elaboração:

Prof. Pedro Thiago Venzon

Revisão, Diagramação e Produção:

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri

UNIASSELVI – Indaial.

Impresso por:

V472d

Venzon, Pedro Thiago

Desenho auxiliado por computador. / Pedro Thiago Venzon – Indaial:

UNIASSELVI, 2018.

186 p.; il.

ISBN 978-85-515-0211-2

1.Desenho técnico – Brasil. 2.Desenho industrial – Brasil. II. Centro

Universitário Leonardo Da Vinci.

CDD 745.2

Page 3: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

III

ApresentAção

A programação vem se posicionando como uma importante ferramenta nos avanços contemporâneos na engenharia e arquitetura. Técnicas incorporadas aos programas de desenho proporcionaram aos profissionais dessas áreas segurança e qualidade para os projetos, visto que a programação permite uma maior precisão no desenho. Tais fatores tornam o conhecimento das ferramentas computacionais essenciais para os profissionais das diversas áreas.

O desenho técnico consiste em um ramo especializado que associa a normatização à geometria descritiva como base para o projeto. Todas as informações referentes ao projeto devem estar contidas no desenho, visto que este consiste em um meio de comunicação entre quem projeta e quem executa. Atualmente, o desenho técnico tem sido executado predominantemente em ambiente CAD (Computer Aided Design), no qual o projetista utiliza linhas nos planos cartesianos para o desenho de diferentes objetos. Dentre os programas que utilizam a linguagem CAD, o software AutoCAD é o programa com maior aceitação entre os profissionais para a realização desses tipos de desenhos. Diante do exposto, o conhecimento para a execução de projetos fazendo-se uso do AutoCAD é fundamental para a inserção do projetista no mercado de trabalho.

Nesse livro, você, acadêmico(a), encontrará subsídios para desenvolver seus projetos com eficiência e aprimorar seu trabalho fazendo uso do software AutoCAD. Na primeira unidade serão apresentados os conceitos iniciais do software AutoCAD e os comandos para desenho de formas geométricas simples (linhas, pontos, círculos, entre outras).

A segunda unidade irá proporcionar ao(à) acadêmico(a) os comandos de edição das formas geométricas desenhadas. Por meio desses comandos é possível elaborar desenhos unindo diferentes formas geométricas.

Na terceira unidade serão apresentados os comandos para a impressão dos desenhos. No decorrer do livro será disponibilizado um exemplo de projeto arquitetônico, no qual, você, acadêmico(a), poderá executar os comandos estudados.

Page 4: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

IV

Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades em nosso material.

Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura.

O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.

Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto em questão.

Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa continuar seus estudos com um material de qualidade.

Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes – ENADE. Bons estudos!

NOTA

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V

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VII

UNIDADE 1 – CONCEITOS INICIAIS .............................................................................................. 1

TÓPICO 1 – APRESENTAÇÃO DO SOFTWARE AUTOCAD ....................................................... 31 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 32 SISTEMAS CAD ................................................................................................................................... 3

2.1 BARRA DE TÍTULOS ...................................................................................................................... 52.2 BARRA DE MENU .......................................................................................................................... 72.3 BARRA DE FERRAMENTAS ......................................................................................................... 82.4 INTERFACE GRÁFICA .................................................................................................................. 82.5 CAIXA DE FERRAMENTAS .......................................................................................................... 92.6 BARRA DE COMANDOS .............................................................................................................. 102.7 BARRA DE RODAPÉ ...................................................................................................................... 11

RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 13AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 14

TÓPICO 2 – CONFIGURAÇÕES DO AMBIENTE DE TRABALHO ............................................ 171 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 172 ENTRADA DE COMANDOS ............................................................................................................ 17

2.1 USO DO MOUSE ............................................................................................................................. 172.2 MODOS DE SELEÇÃO ................................................................................................................... 182.3 USO DO TECLADO ........................................................................................................................ 19

3 SALVAMENTO AUTOMÁTICO ...................................................................................................... 204 UNIDADES DE MEDIDAS ................................................................................................................ 23RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 26AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 27

TÓPICO 3 – TRAÇADOS BÁSICOS ................................................................................................... 291 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 292 PONTO (POINT) ................................................................................................................................... 30

2.1 PONTOS DE REFERÊNCIA .......................................................................................................... 323 LINHA (LINE) ........................................................................................................................................ 344 MULTILINHA (MULTILINE) ............................................................................................................. 375 POLILINHA (POLYLINE) ................................................................................................................... 386 LINHAS CURVAS (SPLINE) .............................................................................................................. 39RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 41AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 42

TÓPICO 4 – DESENHOS DE PRIMITIVAS GEOMÉTRICAS PLANAS ..................................... 451 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 452 FORMAS RETANGULARES (RECTANG) ....................................................................................... 453 FORMAS CIRCULARES (CIRCLE)................................................................................................... 474 FORMAS DE ANEL (DONUT) ........................................................................................................... 495 FORMAS DE ARCO (ARC) ................................................................................................................. 506 FORMAS DE ELIPSE (ELLIPSE) ....................................................................................................... 51

sumário

Page 8: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

VIII

7 FORMAS POLIGONAIS (POLYGON) ............................................................................................. 52LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 54RESUMO DO TÓPICO 4........................................................................................................................ 58AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 59

UNIDADE 2 – DOMÍNIO DAS FORMAS ......................................................................................... 61

TÓPICO 1 – COMANDOS DO SOFTWARE ..................................................................................... 631 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 632 COMANDOS DE EDIÇÃO ................................................................................................................ 63

2.1 APAGAR (ERASER) ........................................................................................................................ 632.2 MOVER (MOVE) .............................................................................................................................. 642.3 COPIAR (COPY) .............................................................................................................................. 652.4 ROTACIONAR (ROTATE) .............................................................................................................. 662.5 ESCALA (SCALE) ............................................................................................................................ 672.6 QUEBRA (BREAK) ........................................................................................................................... 682.7 EXPLODIR (EXPLODE) .................................................................................................................. 692.8 CHANFRO (CHAMFER) ................................................................................................................ 712.9 CONCORDÂNCIA (FILLET) ......................................................................................................... 722.10 ESPELHAR (MIRROR) .................................................................................................................. 732.11 DESFAZER (UNDO) ...................................................................................................................... 742.12 CORTAR (TRIM) ............................................................................................................................ 752.13 DUPLICAR (OFFSET) ................................................................................................................... 762.14 DIVIDIR (DIVIDE) ......................................................................................................................... 77

3 COMANDOS DE AVERIGUAÇÃO .................................................................................................. 783.1 MEDIDAS (MEASURE) .................................................................................................................. 78

3.1.1 Distância (Dist) ........................................................................................................................ 793.1.2 Área (Area) ............................................................................................................................... 803.1.3 Propriedades dos Planos (Mass Properties) .......................................................................... 81

4 COMANDOS DE TABELA ................................................................................................................. 81RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 87AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 88

TÓPICO 2 – DEFINIÇÃO DAS COORDENADAS .......................................................................... 891 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 892 COORDENADAS ABSOLUTAS ....................................................................................................... 893 COORDENADAS RELATIVAS ......................................................................................................... 914 COORDENADAS POLARES ............................................................................................................. 935 COMANDOS DE VISUALIZAÇÃO ................................................................................................. 93

5.1 COMANDO ZOOM ........................................................................................................................ 935.2 COMANDO VIEWPORTS .............................................................................................................. 945.3 COMANDO PAN ............................................................................................................................. 96

RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 97AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 98

TÓPICO 3 – DEFINIÇÃO DAS LAYERS ............................................................................................. 991 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 992 CRIAÇÃO DE LAYERS ........................................................................................................................ 1003 MANIPULAÇÃO DE LAYERS ........................................................................................................... 101

3.1 ATIVAÇÃO DA LAYER ................................................................................................................... 1023.2 CONGELAR A LAYER .................................................................................................................... 1023.3 OCULTAR A LAYER ........................................................................................................................ 102

Page 9: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

IX

3.4 BLOQUEAR A LAYER .................................................................................................................... 1023.5 IMPRIMIR A LAYER ........................................................................................................................ 1023.6 EXCLUSÃO DE LAYER ................................................................................................................... 1023.7 MODIFICAÇÃO DE OBJETOS ...................................................................................................... 103

4 CONJUNTO DE FORMAS (BLOCK)................................................................................................ 1044.1 COMANDO BLOCK ........................................................................................................................ 1044.2 COMANDO WBLOCK .................................................................................................................... 1054.3 COMANDO INSERT ....................................................................................................................... 106

RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 108AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 109

TÓPICO 4 – FORMATAÇÃO DAS LINHAS E DE TEXTOS .......................................................... 1111 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 1112 ESTILOS DE LINHAS ......................................................................................................................... 111

2.1 COMANDO LINETYPE (TIPO DE LINHA) ................................................................................ 1122.2 LINEWEIGHT (ESPESSURA DAS LINHAS) ............................................................................... 1142.3 COLOR CONTROL (CORES DAS LINHAS) ............................................................................... 115

3 ESTILOS DE TEXTOS ......................................................................................................................... 1163.1 CONFIGURAÇÃO DO TEXTO (STYLE) ..................................................................................... 1163.2 TEXTO DE LINHA ÚNICA (TEXT) .............................................................................................. 1173.3 TEXTO DE MÚLTIPLAS LINHAS (MTEXT) ............................................................................. 118

LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 119RESUMO DO TÓPICO 4........................................................................................................................ 124AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 125

UNIDADE 3 – REFINAMENTO DO PROJETO ................................................................................ 127

TÓPICO 1 – DEFINIÇÃO DAS COTAS.............................................................................................. 1291 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 1292 TIPOS DE COTAS ................................................................................................................................ 129

2.1 COTA LINEAR (DIMLINEAR) ...................................................................................................... 1292.2 COTA ALINHADA (DIMALIGNED)............................................................................................ 1302.3 COTA ANGULAR (DIMANGULAR) ............................................................................................ 1312.4 COTA DIAMETRAL (DIMDIAMETER) ....................................................................................... 1332.5 COTA RADIAL (DIMRADIUS) ..................................................................................................... 1342.6 COTA CONTÍNUA (DIMCONTINUE) ........................................................................................ 1352.7 COTA COM BASE FIXA (DIMBASELINE) .................................................................................. 135

3 FORMATAÇÃO DAS COTAS ........................................................................................................... 1363.1 ABA LINES ........................................................................................................................................ 136

3.1.1 Aba Symbols and Arrows ......................................................................................................... 1383.1.2 Aba Text .................................................................................................................................... 1393.1.3 Aba Fit ...................................................................................................................................... 1403.1.4 Aba Primary Units ................................................................................................................... 1413.1.5 Aba Alternate Units ................................................................................................................. 1423.1.6 Aba Tolerances .......................................................................................................................... 143

AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 144RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 147AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 148

TÓPICO 2 – DESENHO EM PERSPECTIVA ISOMÉTRICA ......................................................... 1491 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 1492 TIPOS DE VISTAS ............................................................................................................................... 151

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X

2.1 PLANTA BAIXA .............................................................................................................................. 1512.2 CORTES ............................................................................................................................................. 1532.3 FACHADAS ...................................................................................................................................... 154

RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 156AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 157

TÓPICO 3 – DEFINIÇÃO DAS HACHURAS.................................................................................... 1591 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 159RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 164AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 165

TÓPICO 4 – DEFINIÇÃO DE IMPRESSÃO ...................................................................................... 1671 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 1672 PREPARAÇÃO DA FOLHA ............................................................................................................... 1673 CRIAÇÃO DO SELO............................................................................................................................ 1684 CRIAÇÃO DA VIEWPORTS .............................................................................................................. 1705 DEFINIÇÃO DA ESCALA .................................................................................................................. 1716 PREPARAÇÃO DA IMPRESSORA .................................................................................................. 1737 IMPRESSÃO DO DESENHO ............................................................................................................. 176LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 178RESUMO DO TÓPICO 4........................................................................................................................ 183AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 184REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 185

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UNIDADE 1

CONCEITOS INICIAIS

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

PLANO DE ESTUDOS

A partir desta unidade, você deverá ser capaz de:

• apresentar a plataforma CAD utilizando o software AutoCAD;

• familiarizar o acadêmico com as configurações iniciais do AutoCAD;

• aplicar as ferramentas básicas para o desenho de geométricas planas no AutoCAD.

Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da unidade, você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.

TÓPICO 1 – APRESENTAÇÃO DO SOFTWARE AUTOCAD

TÓPICO 2 – CONFIGURAÇÕES DO AMBIENTE DE TRABALHO

TÓPICO 3 – TRAÇADOS BÁSICOS

TÓPICO 4 – DESENHOS DE PRIMITIVAS GEOMÉTRICAS PLANAS

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TÓPICO 1UNIDADE 1

APRESENTAÇÃO DO SOFTWARE AUTOCAD

1 INTRODUÇÃO

Os projetos começaram a ser desenhados nos softwares CAD no começo dos anos 80, com o intuito de melhorar a precisão e a qualidade destes. Atualmente, utilizando o AutoCAD podemos desenhar os projetos em perspectiva 2D ou 3D, dependendo da versão do software que temos disponíveis.

Neste tópico estudaremos a evolução dos sistemas CAD relacionados ao avanço dos sistemas de informática e seus efeitos na qualidade dos projetos de engenharia e arquitetura. Também exploraremos as barras iniciais do software AutoCAD, para posteriormente modificá-las de acordo com o objetivo do projeto a ser realizado.

2 SISTEMAS CAD

A tecnologia CAD (Computer Aided Design/ desenho assistido por computador) consiste no uso de sistemas de computador para auxiliar na criação, modificação e otimização de projetos. O primeiro sistema CAD foi desenvolvido em 1957, por Patrick J. Harantty, cuja aplicação restringia-se a empresas do setor aeroespacial e pelas grandes montadoras automobilísticas (AMARAL; PINA FILHO, 2010). Somente no início da década de 80 este sistema começou a ser utilizado pelos escritórios de arquitetura. A empresa Autodesk foi pioneira no desenvolvimento de softwares baseados em CAD voltados para a área da construção civil (COSTA; LIMA; SOUSA JR., 2017). Na época, a aceitação da informática na indústria da construção civil ocorreu de maneira muito mais lenta do que nas outras áreas. Este fato é justificado quando se relaciona o alto investimento dos profissionais na aquisição de seus computadores com a baixa produtividade que estas máquinas apresentavam. Além disso, as interfaces gráficas dos softwares não eram atrativas para os projetistas e a interação dos diferentes profissionais envolvidos nos projetos era realizada de maneira presencial, pois na época não existia a rede de internet (AMARAL; PINA FILHO, 2010). No entanto, nas últimas décadas, os avanços dos sistemas computacionais proporcionaram aos profissionais de engenharia e arquitetura um novo meio para trabalho, disponibilizando segurança e qualidade para os projetos. Por sua vez, a ferramenta CAD permitiu uma maior precisão no desenho de projetos, tornando o conhecimento dessa ferramenta computacional essencial para os profissionais das diversas áreas da engenharia.

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UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS

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O uso do sistema CAD na elaboração de projetos de engenharia resultou em melhorias significativas, como: o aumento da produtividade, a melhoria da qualidade do projeto, maior precisão no desenvolvimento e dimensionamento, a possibilidade de análise das variantes de design, a redução do uso de protótipos físicos, maior rapidez na recuperação, modificação ou atualização de projetos, o envio ou recebimento de projetos por meio eletrônico e um melhor gerenciamento dos desenhos (COSTA; LIMA; SOUSA JR., 2017). Contudo, os softwares CAD possuem especificidades distintas que os tornam melhores em determinadas tarefas em detrimento de outras, com aplicações específicas para cada tipo de projeto. Por exemplo, para desenhos mecânicos existem programas CAD que fazem uso de gráficos vetoriais e de varredura para demonstração dos objetos desenhados, o que facilita a modelagem de protótipos antes de suas construções físicas. Já para a construção civil, há programas CAD que permitem a construção de um histórico de projetos, de parametrização, do estabelecimento de restrições e especificações (PALHACI; DEGANUTTI; ROSSI, 2007). O CAD é utilizado para produção de desenhos em 2D e 3D com rotação de ângulo para todas as vistas. Além disso, permite seu uso de modo integrado com outros sistemas, tais como: Engenharia Assistida por Computador (CAE), Manufatura Assistida por Computador (CAM), Renderização e Gestão de Documentos e Controle de Revisão (PDM). Os programas constituídos pelo sistema CAD têm como principais funções a mensuração e o dimensionamento, efetuando cálculos referentes a ângulos, distâncias, curvas, áreas e volumes. Versões recentes permitem a associação de tais programas a bancos de dados que possibilitam o armazenamento de todos os elementos envolvidos no desenho, contendo o código de cada elemento, suas dimensões, o tipo de material e suas características, entre outros.

Entre os sistemas CAD comercializados, o mais popular é o AutoCAD, principalmente no Brasil. Contudo, nos últimos tempos tem surgido uma gama de softwares baseados no mesmo sistema, tais como o DATACAD, o TurboCAD, o IntelliCAD e o VisualCAD. O software AutoCAD, cuja primeira versão foi desenvolvida pela Autodesk em 1982, consiste em uma ferramenta computacional de representação gráfica 2D e 3D utilizada para a elaboração de projetos nas áreas de arquitetura, design de interiores, engenharia mecânica, engenharia geográfica, entre outros. Sua maior aplicação tem sido no campo da engenharia civil, em que este software é amplamente empregado na geração de projetos arquitetônicos, elétricos, hidráulicos e estruturais (SOUZA; SOARES, 2015).

O AutoCAD tem como diferencial uma programação consolidada em linguagem interpretada, conhecida como AutoLISP, que permite personalizações de rotinas e comandos. Além disso, este software também interpreta programas inseridos em arquivos de texto, o que facilita a criação de elementos no momento da concepção do projeto, otimizando o trabalho do usuário. Tal função substitui a necessidade de navegação com o ponteiro do mouse para manipular as barras de ferramenta que contêm os comandos. O programa também possui uma interface gráfica (Figura 1) semelhante aos programas da Microsoft, sendo de fácil adaptação para o usuário.

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TÓPICO 1 | APRESENTAÇÃO DO SOFTWARE AUTOCAD

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Desde a sua criação, a Autodesk já lançou 37 versões do AutoCAD. A atualização do programa em período praticamente anual se faz necessária para garantir a compatibilidade deste com os avanços dos recursos tecnológicos. A última versão trouxe como novidade a possibilidade da impressão de projetos em 3D, visto que esta tecnologia tem avançado rapidamente no mercado, tanto para fabricação de protótipos quanto para produtos altamente técnicos.

FIGURA 1 – TELA DE PROJETO DO AUTOCAD

FONTE: O autor

Diante do exposto, o conhecimento para a execução de projetos fazendo-se uso do AutoCAD é fundamental para a inserção do projetista no mercado de trabalho. A seguir serão apresentados detalhadamente os elementos que compõem a interface desse software, para posterior compreensão do usuário frente à realização de projetos.

2.1 BARRA DE TÍTULOS

A barra de títulos está localizada na parte superior da tela do AutoCAD (Figura 2). Quando se inicia um novo projeto, o nome do software e a versão que está sendo utilizada ficam detalhados nesta barra. No lado da versão, apresenta-se o nome dado para o arquivo e a extensão deste (Drawing1.dwg). No momento em que o projeto é gravado no disco, o nome “Drawing1” é atualizado pelo nome dado pelo usuário.

Page 16: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS

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FIGURA 2 – BARRA DE TÍTULOS

FONTE: O autor

Antes de começar a elaboração do projeto, deve-se salvar a prancha em um local conhecido e renomear de acordo com o projeto que está sendo realizado.

IMPORTANTE

Nesta barra também estão disponíveis as teclas para acesso rápido, demonstrando os ícones de comandos mais utilizados durante o projeto. A seguir (Tabela 1) estão apresentados os comandos, por nomenclatura, e suas respectivas funções:

Nomenclatura FunçãoNew Cria um novo arquivoOpen Abre um arquivo salvoSave Salva o arquivo

Save as Salvar comoPlot Abre a janela de opções de plotagem

Undo Desfaz o último comandoRedo Refaz o último comando desfeito

Workspace Mostra opções de organização da área de trabalho

TABELA 1 – COMANDOS DA BARRA DE TÍTULOS

FONTE: O autor

Caro(a) acadêmico(a), para a continuação dos próximos assuntos, adotamos a opção de organização da área de trabalho “AutoCAD Classic” no Workspace, pois acreditamos que o formato clássico do AutoCAD facilitará a compreensão e o desenvolvimento do conteúdo.

IMPORTANTE

Page 17: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

TÓPICO 1 | APRESENTAÇÃO DO SOFTWARE AUTOCAD

7

À direita das teclas de acesso rápido está disponível o botão abre-lista (pull down), no qual se encontram as opções para adicionar ou retirar as teclas. Conforme o usuário for adquirindo experiência de trabalho no software AutoCAD, a barra de acesso rápido pode ser ajustada com o intuito de aumentar a produtividade no desenvolvimento de projetos.

2.2 BARRA DE MENU

Todos os comandos do software AutoCAD estão disponíveis na barra de menu (Figura 3). A organização dos comandos pode variar de acordo com a opção de organização da área de trabalho adotada no Workspace. Como já mencionado, recomendamos a seleção do formato clássico do AutoCAD “AutoCAD Classic”.

FIGURA 3 – BARRA DE MENU

FONTE: O autor

Para selecionar um comando utilizando a barra de menu, deve-se clicar sobre um dos itens iniciais, e, posteriormente, em uma das opções que aparecerão no formato de lista abaixo do item selecionado. Em alguns casos, a opção selecionada pode ser seguida de uma lista de sub-opções ou uma caixa de diálogos na qual será necessário configurar alguns parâmetros para a aplicação da ação.

Cada tópico do menu é caracterizado por apresentar um grupo de ações semelhantes. A seguir iremos identificar as funções dos principais tópicos para o desenvolvimento de projetos no AutoCAD:

a) File: engloba as funções de criação, abertura e salvamento dos arquivos, de importação e exportação das informações e de impressão e plotagem dos desenhos;

b) Edit: engloba as funções para desfazer e/ou refazer ações e para copiar e colar informações;

c) View: engloba as funções de visualização do desenho; d) Insert: engloba as funções para inserir os blocos, figuras e tabelas no desenho; e) Format: engloba as funções de formatação da cor, linha, texto e cota; f) Tools: engloba as ferramentas que servem de auxílio para o desenho; g) Draw: engloba as funções para a criação de desenhos primários; h) Dimension: engloba as funções para cotar o desenho; i) Modify: engloba as funções para edição dos desenhos existentes.

Page 18: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS

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2.3 BARRA DE FERRAMENTAS

A barra de ferramentas (Figura 4) consiste no local em que são adicionadas as caixas de ferramentas, tendo a função de resumir os comandos de uso mais frequentes durante o projeto. Clicando com o mouse sobre a barra, é possível adicionar novas caixas de ferramentas com comandos que agilizam a produção do desenho.

FIGURA 4 – BARRA DE FERRAMENTAS

FONTE: O autor

A partir da versão 2010 do AutoCAD, a Autodesk lançou a função Ribbons para a barra de ferramentas. Para selecionar esta função é necessário mudar a opção “AutoCAD Classic” no Workspace para a opção de apresentação “Drafting & Annotation”. Utilizando a função Ribbons, a interação do usuário com o programa se assemelha aos programas da Microsoft, nos quais o uso do mouse é predominante para o acesso aos comandos (Figura 5).

FIGURA 5 – RIBBONS E BARRA DE COMANDOS DO WORD 2016

FONTE: O autor

2.4 INTERFACE GRÁFICA

A interface gráfi ca é a área na qual se realiza o desenho (Figura 6), similar à prancha que é utilizada para a elaboração dos desenhos manuais. As versões mais atuais do AutoCAD apresentam no canto superior os pontos cardeais no formato de Rosa dos Ventos, aplicando esta função é possível verifi car os desenhos nas diferentes direções e fachadas 3D. No fi nal da interface gráfi ca, temos as abas “Model” e “Layouts”. O desenho deve ser elaborado na aba Model e a impressão pode ser preparada na aba Layouts. Demais especifi cações sobre este assunto serão abordadas no decorrer da terceira unidade.

Page 19: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

TÓPICO 1 | APRESENTAÇÃO DO SOFTWARE AUTOCAD

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FIGURA 6 – INTERFACE GRÁFICA

FONTE: O autor

2.5 CAIXA DE FERRAMENTAS

As funções apresentadas no menu podem ser acessadas através das caixas de ferramentas (Figura 7). Estas são acionadas pelo uso do mouse e podem ser anexadas tanto na barra de ferramentas como nas laterais da interface gráfica ou em qualquer local da tela de trabalho. O objetivo desta ferramenta é facilitar o acesso aos comandos mais utilizados na elaboração do projeto.

FIGURA 7 – CAIXAS DE FERRAMENTAS DE LAYOUT, DIMENSION E DRAW

FONTE: O autor

Para ativar uma determinada caixa de ferramentas, deve-se clicar com o mouse sobre a barra de ferramentas, abrir a opção AutoCAD e selecionar uma das caixas apresentadas a seguir:

a) 3D Navigation: ferramentas para visualizar os objetos de um desenho a partir de diferentes ângulos.

b) Array edit: ferramentas para editar os objetos organizados no padrão Array.c) Cad standards: ferramentas para criar e editar arquivos de normas, definindo

o padrão do usuário nos desenhos.

Page 20: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS

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d) Dimension: ferramentas para definir as funções de cotas que serão utilizadas no desenho.

e) Draw: ferramentas para seleção dos traçados primitivos do desenho.f) Draw order: ferramentas para editar as imagens adicionadas ou os desenhos

elaborados.g) Find text: ferramentas para procurar textos no desenho.h) Geometric constraint: ferramentas para desenhar primitivas seguindo um

padrão existente.i) Group: ferramentas para criação e edição de um grupo.j) Inquiry e Measurement tools: ferramentas para conferir as medidas do desenho.k) Insert: ferramentas para inserir documentos (imagens, tabelas, textos, entre

outros) para o desenho.l) Layers: ferramentas para gerenciar os Layers do desenho.m) Layouts: ferramentas para gerenciar os Layouts.n) Lights: ferramentas para criar ou editar pontos de luzes no desenho com o

intuito de realçar os traçados 3D.o) Modeling e visual styles: ferramentas para gerenciar objetos com perspectiva

3D.p) Modify: ferramentas para modificar os desenhos (mover, estender, mudar a

escala, girar, entre outras).q) Multileader: ferramentas para adição de textos com referências nos objetos

existentes.r) Object snap: ferramentas para seleção de pontos durante o desenho.s) Orbit: ferramentas para visualização dos objetos.t) Properties: ferramentas para edição das propriedades do desenho (linha, cor,

entre outras).u) Standard: ferramentas para gerenciamento do projeto (salvar, copiar, imprimir,

entre outros).v) Styles: ferramentas de preferências dos textos, cotas e tabelas.w) Text: ferramentas para gestão dos textos.x) Viewports: ferramentas para criação e edição das viewports.y) Workspaces: ferramenta de seleção do formato da área de trabalho.z) Zoom: ferramentas para gerenciar o zoom no desenho.

2.6 BARRA DE COMANDOS

No canto inferior da tela está localizada a barra de comandos do AutoCAD (Figura 8), a qual possui a função de realizar a interatividade entre o programa e o usuário. Nesta barra, o AutoCAD informa as ações que estão sendo realizadas pelo usuário, enviando mensagens referentes a problemas que podem ter ocorrido durante a aplicação de um comando ou afirmando sua efetivação.

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TÓPICO 1 | APRESENTAÇÃO DO SOFTWARE AUTOCAD

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FIGURA 8 – BARRA DE COMANDOS

FONTE: O autor

A entrada dos comandos no AutoCAD pode ser executada de diferentes maneiras. Primeiro observamos a barra de menu em que os comandos estavam expressos no formato de lista, divididos em tópicos com as mesmas funções. O segundo meio apresentado foi a barra de ferramentas, nela é possível inserir as caixas de ferramentas contendo os comandos mais utilizados durante o projeto. Por fim, estudamos a barra de comandos, para utilizá-la de maneira eficiente é necessário conhecer o nome de atalho do comando, cuja seleção será realizada pelo teclado, aumentando a eficiência na elaboração do projeto.

IMPORTANTE

2.7 BARRA DE RODAPÉ

A barra de Rodapé está localizada na parte inferior do programa (Figura 9). Nela é possível verificar as coordenadas em que se encontra o cursor, os comandos de assistência e as ferramentas para visualizações e escalas do desenho.

FIGURA 9 – BARRA DE RODAPÉ

FONTE: O autor

A seguir estão listados os comandos dispostos na barra de rodapé e suas respectivas funções:

a) Infer Constraints: aplica as restrições quando se gerencia objetos.b) Snap Mode: orienta o cursor no plano cartesiano de acordo com as preferências

do usuário.c) Grid: ativa o gradeamento para auxílio de desenho.d) Ortho: fixa a movimentação do cursor no eixo X ou Y.e) Polar: orienta o cursor a movimentar-se nos ângulos predefinidos.f) Object Snap: orienta o cursor a selecionar pontos específicos do desenho

(endpoints, midpoints, Center, intersection, entre outros).

Page 22: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS

12

g) 3D Object Snap: orienta o cursor a selecionar pontos específicos do desenho 3D.

h) Object Snap Tracking: orienta o usuário a desenhar de acordo com objetos já existentes.

i) Dynamic UCS: ativa o sistema de coordenadas UCS em 3D.j) Dynamic Imput: ativa e desativa a entrada de textos ao lado do cursor quando

este estiver sobre a interface gráfica.k) Lineweigth: ativa a exibição das espessuras das linhas.l) Transparency: ativa a exibição de transparência.m) Selection Cycling: auxilia na escolha de objetos sobrepostos.n) Annotation Monitor: verifica a associação entre as cotas e os objetos.o) Quick View Layouts: apresenta de forma reduzida os layouts existentes para

auxiliar na seleção destes.p) Quick View Drawings: apresenta de forma reduzida os projetos abertos no

programa para auxiliar na seleção destes.q) Annotation Scale: apresenta a escala atual de desenho.r) Annotation Visibility: apresenta a escala anotativa dos objetos selecionados.s) Workspaces: altera a interface de trabalho.t) Display Locking: trava as barras de ferramentas e janelas.u) Hardware acceleration: melhora o desempenho do programa, contudo,

consome mais memória do computador. Nos notebooks, quando estes não estiverem conectados na rede elétrica, recomenda-se a desativação desta opção para reduzir o consumo de bateria.

v) Application Status Bar Menu: permite modificar os comandos na barra status.w) Clean Screen: oculta as barras de ferramentas para a ampliação da área gráfica.

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13

Neste tópico, você aprendeu que:

• A utilização do sistema CAD proporcionou aos profissionais da engenharia um aumento na produtividade, uma melhoria da qualidade e uma maior precisão no desenvolvimento e dimensionamento dos projetos.

• A tecnologia CAD consiste no uso de sistemas de computador para auxiliar na criação, modificação e otimização de projetos.

• Os comandos disponíveis no AutoCAD podem ser acessados utilizando a barra de menu.

• O desenho é realizado na interface gráfica do AutoCAD.

• A barra de comandos é o local de comunicação entre o AutoCAD e o Usuário.

RESUMO DO TÓPICO 1

Page 24: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

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1 A seleção dos comandos no AutoCAD pode ser realizada de diferentes maneiras utilizando o mouse e/ou o teclado. Quando o usuário possuir o conhecimento (domínio) do nome dos principais comandos e suas funções, qual meio de entrada lhe dará maior produtividade na realização dos projetos? Assinale a alternativa correta.

a) ( ) Barra de Comandosb) ( ) Caixa de Ferramentasc) ( ) Barra de Ferramentasd) ( ) Barra de Menu 2 O sistema CAD foi desenvolvido no início da década de 80, entretanto a

utilização dos softwares na construção civil ocorreu de maneira mais lenta do que nas outras áreas. Assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F) para as alternativas a seguir que indicam os desafios enfrentados na aplicação do sistema CAD na indústria da construção civil.

a) ( ) Os profissionais da área da construção civil não sabiam utilizar os computadores.

b) ( ) A produtividade utilizando os softwares era menor do que a realização de projetos manuais.

c) ( ) A interface gráfica dos programas da época não agradava aos profissionais que trabalhavam com temas gráficos.

d) ( ) O investimento para a aquisição dos computadores e programas era alto.e) ( ) Os contatos entre os profissionais eram realizados de forma presencial. 3 Entre os sistemas CAD comercializados, o mais popular vem a ser o AutoCAD,

principalmente no Brasil. Em relação a esta afirmação, assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F) para as alternativas a seguir que indicam o diferencial do software AutoCAD em relação aos seus similares.

a) ( ) O AutoCAD possui uma programação consolidada em linguagem interpretada, conhecida como AutoLISP.

b) ( ) O AutoCAD interpreta programas inseridos em arquivos de texto.c) ( ) O AutoCAD é único software disponível no mercado brasileiro.d) ( ) O AutoCAD possui uma interface gráfica semelhante aos programas da

Microsoft.e) ( ) O AutoCAD permite que o usuário desenhe apenas objetos 3D.

4 No AutoCAD, a seleção dos comandos pode ser efetuada utilizando o cursor do mouse para clicar sobre o item que representa o determinado comando. Assinale a alternativa em que é possível encontrar todos os comandos para realizar este tipo de seleção.

AUTOATIVIDADE

Page 25: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

15

a) ( ) Barra de títulosb) ( ) Barra de ferramentasc) ( ) Barra de comandosd) ( ) Barra de menu

5 A evolução da informática proporciona aos usuários de software uma maior interatividade entre o programa e o usuário. Assinale a alternativa que indica o local em que ocorre a interatividade do AutoCAD com o usuário.

a) ( ) Barra de títulosb) ( ) Barra de ferramentasc) ( ) Barra de comandosd) ( ) Barra de menu

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TÓPICO 2

CONFIGURAÇÕES DO AMBIENTE DE TRABALHO

UNIDADE 1

1 INTRODUÇÃO

Caro(a) acadêmico(a), para iniciarmos um novo projeto fazendo uso de uma ferramenta computacional, é importante conhecermos previamente alguns aspectos referentes ao destino e objetivo do desenho, as normas que padronizam o projeto e a capacidade do software que iremos utilizar para a sua produção. Com estas informações, podemos evitar problemas futuros na execução do projeto e aumentar a eficiência na concepção deste.

Neste tópico veremos como realizar as configurações iniciais do software AutoCAD antes de iniciar o projeto. Também, serão abordados os métodos disponíveis para a entrada de comandos e os modos para a seleção dos objetos. Desta forma, podemos iniciar a aplicação dos comandos de desenho em duas dimensões.

2 ENTRADA DE COMANDOS

Os comandos podem ser acionados no AutoCAD por meio de dois métodos: com o uso do teclado, digitando o nome do comando na barra de comandos, ou através do cursor do mouse, selecionando o comando na barra de ferramentas. A escolha do método de entrada a ser utilizado varia de acordo com a experiência do usuário. Conforme o conhecimento sobre os comandos aumenta, o uso do teclado se torna mais fácil, principalmente com a praticidade da utilização de abreviações de nome dos comandos.

2.1 USO DO MOUSE

O botão esquerdo do mouse (Item 3 da Figura 10) tem a função de acionar os comandos na barra de ferramentas ou na barra de menu. Também é utilizado para realizar a seleção direta de objetos. O botão direito (item 1 da Figura 10) exibe uma caixa de ferramentas suspensa referente ao comando ativo no projeto. Por fim, o scroll (item 2 da Figura 10) funciona como a função pan quando é comprimido (permitindo que o usuário movimente a interface gráfica), ou como a função zoom quando este é girado (aumentando ou diminuindo a imagem). O botão scroll também ativa o comando zoom all no desenho quando se clica duas vezes seguidas na interface gráfica (promovendo o enquadramento de todos os elementos gráficos desenhados).

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UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS

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FIGURA 10 – VISTA DO MOUSE

FONTE: Pixabay, 2018. <https://pixabay.com/pt/mouse-perif%C3%A9ricos-dispositivo-34458/>. Acesso em: 28 abr. 2018.

31

2

2.2 MODOS DE SELEÇÃO

A seleção de objetos pode ser realizada clicando sobre cada objeto que se deseja selecionar ou utilizando a função de janela retangular, a qual torna possível a seleção de vários objetos por vez. O método de seleção por janela ocorre de duas formas:

• Modo de seleção Crossing: para ativar este modo deve-se clicar na tela com o botão esquerdo do mouse, quando nenhum comando estiver ativo, e arrastar a janela retangular no sentido da direita para a esquerda (a janela de seleção se apresentará na cor verde). Desta forma, todos os objetos que a janela atravessar, ou estiverem contidos nesta, serão selecionados. No exemplo a seguir (Figura 11), a janela de seleção irá selecionar os dois objetos desenhados, visto que no método Crossing o elemento não necessita estar totalmente contido na janela.

FIGURA 11 – MÉTODO DE SELEÇÃO CROSSING

FONTE: O autor

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TÓPICO 2 | CONFIGURAÇÕES DO AMBIENTE DE TRABALHO

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• Modo de seleção Windows: igual ao modo anterior, para ativar esta função deve-se clicar na tela com o botão esquerdo do mouse, quando nenhum comando estiver ativo. Entretanto, a janela de seleção deve ser arrastada no sentido da esquerda para a direita (a janela de seleção se apresentará na cor azul). Neste comando somente os objetos que estiverem totalmente contidos na janela serão selecionados. No exemplo a seguir (Figura 12), a janela de seleção irá selecionar apenas a forma de retângulo. A forma de círculo não será selecionada, pois esta não está totalmente contida na janela de seleção.

FIGURA 12 – MODO DE SELEÇÃO WINDOWS

FONTE: O autor

Caso seja necessário retirar algum elemento da seleção, deve-se clicar sobre este com o botão Shift do teclado pressionado. Para remover mais de um elemento selecionado, pode-se pressionar o botão Shift e abrir uma janela de seleção Windows sobre os elementos que se deseja remover. Se a intenção for retirar a seleção de todos os elementos, é preciso apenas pressionar a tecla Esc do teclado.

2.3 USO DO TECLADO Os comandos podem ser digitados no teclado por meio de três modos:

forma completa, na qual o usuário irá digitar o nome completo do comando; forma abreviada, em que são digitadas apenas as letras abreviadas que identificam o comando; forma semicompleta, neste caso, o usuário começará a digitar o nome do comando e finalizará clicando com o cursor na palavra que aparecerá na barra de comandos. Além disso, todos os comandos podem ser acessados por atalhos correspondentes a teclas do computador, o que torna a elaboração do desenho mais produtiva. Alguns atalhos por teclas já estão predefinidos pelo AutoCAD, mencionados na sequência. Demais atalhos de comandos o usuário tem a opção

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UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS

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de definir. Porém, recomenda-se não utilizar teclas correspondentes a letras e números, pois estas são muito utilizadas para elaboração de textos no desenho, podendo vir a provocar problemas na produção do projeto caso forem formatadas para executarem comandos.

a) F1: permite o acesso à Ajuda do AutoCAD.b) F2: altera entre a tela gráfica e a janela de texto.c) F3: ativa ou desativa a opção do object snap.d) F4: ativa ou desativa a opção do object snap 3D.e) F5: altera em top, right ou left a opção do isoplane nos desenhos de vista

isométrica.f) F6: ativa ou desativa a opção coordenadas.g) F7: ativa ou desativa a opção grid.h) F8: ativa ou desativa a opção ortho.i) F9: ativa ou desativa a opção snap.j) F10: ativa ou desativa a opção polar.k) F11: ativa ou desativa a opção object snap tracking.l) F12: abre a entrada dinâmica.m) Enter ou Espac: ativa ou finaliza os comandos.n) Esc: cancela ou interrompe os comandos.

O uso do teclado é a opção que gera uma maior produtividade na elaboração dos projetos, entretanto, é necessário conhecer a sigla de abreviação dos comandos.

IMPORTANTE

3 SALVAMENTO AUTOMÁTICO

O desenvolvimento do projeto pode ser interrompido por diversos fatores internos ou externos do computador. É comum a ocorrência de erros que interrompam ou finalizem o funcionamento do AutoCAD, fazendo com que o usuário perca o trabalho realizado após o último instante salvo. Geralmente, quando esse problema ocorre, o arquivo salvo pelo usuário fica corrompido, porém, o AutoCAD disponibiliza um arquivo de backup (.bak) do último instante salvo. Para acessar este arquivo é necessário observar os passos a seguir:

• Abra a pasta na qual o arquivo foi salvo e copie o arquivo com a extensão .bak para outro local conhecido. No exemplo seguinte (Figura 13), nota-se que o arquivo “CursoAutoCAD.bak” é o backup criado no último ponto salvo.

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TÓPICO 2 | CONFIGURAÇÕES DO AMBIENTE DE TRABALHO

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FIGURA 13 – ARQUIVO DE BACKUP

FONTE: O autor

• Renomeie a extensão do arquivo .bak para .dwg e abra o arquivo. É importante salvar este arquivo novamente para a criação de um novo backup. Caso a extensão do arquivo não esteja aparecendo em seu computador, deve-se ativar a opção de exibir a extensão do nome nas configurações das pastas de trabalho.

Quando ficamos muito tempo fazendo o projeto sem salvá-lo, corremos o risco de acontecer algum problema e, como foi comentado anteriormente, perdermos todo o trabalho realizado. O AutoCAD disponibiliza a opção de salvar as alterações em determinado intervalo de tempo de trabalho, minimizando o risco ocasionado por este problema. A seguir são apresentados os passos necessários para configurar esta opção:

• Para acessar as opções de salvamento, deve-se clicar sobre o ícone do aplicativo (item 1 da Figura 14) e em seguida no botão de opções (item 2 da Figura 14).

FONTE: O autor

FIGURA 14 – CAIXA DE ACESSO RÁPIDO DO AUTOCAD

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UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS

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• Assim que a caixa de opções for aberta, deve-se entrar na aba “Open and Save” (Item 1 da Figura 15). Ativar a opção “Automatic Save” (Item 2 da Figura 15), caso esta não esteja ativa, e informar o intervalo de tempo automático em que o projeto será salvo (Item 3 da Figura 15).

FIGURA 15 – CAIXA DE OPÇÕES

FONTE: O autor

23

1

Para garantir maior segurança de salvamento do projeto, recomenda-se atribuir o valor de três minutos para o intervalo de tempo em que o projeto será salvo, sendo necessário alterar do valor de 10 minutos estabelecido pelo padrão do AutoCAD. Um menor intervalo de tempo entre os salvamentos automáticos do projeto garante uma menor perda de dados caso algum problema ocorra.

IMPORTANTE

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TÓPICO 2 | CONFIGURAÇÕES DO AMBIENTE DE TRABALHO

23

4 UNIDADES DE MEDIDAS

Para iniciarmos um projeto no AutoCAD, devemos compreender como o software entende as coordenadas de entrada e quais são as unidades de medidas ativas. Sendo assim, é importante saber que o AutoCAD funciona com os sistemas de coordenadas World Coordinate System (WCS) e User Coordinate System (UCS). O sistema WCS define a origem das coordenadas globais e é o padrão do software, no qual os planos X e Y estão indicados no canto inferior da interface gráfica (Item 1 da Figura 16). O sistema UCS é definido pelo usuário como uma variação na direção dos planos, assim, os planos X, Y e Z podem assumir qualquer direção estabelecendo um ângulo de 90° entre si. Dependendo da necessidade do projeto, pode ser adicionado mais de um sistema UCS por desenho, sendo que a direção do sistema UCS ativo é indicada no mesmo local do sistema WCS (Item 1 da Figura 16).

A mudança do sistema de coordenadas pode ser executada de acordo com os seguintes passos:

• Clique sobre a sigla WCS no canto superior direito da interface gráfica (item 2 da Figura 16) e selecione uma das opções de coordenadas (WCS ou UCS). Caso você queira modificar o eixo do plano, é necessário selecionar o sistema UCS.

FIGURA 16 – SISTEMAS DE COORDENADAS

FONTE: O autor

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UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS

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As unidades de medidas do AutoCAD são ajustadas de acordo com as preferências do usuário. A seguir são apresentados os passos para o ajuste das unidades, precisão e sentido das medidas e dos ângulos.

• Clique sobre o ícone do aplicativo (Item 1 da Figura 14) e em “Drawing Utilities” (Item 3 da Figura 14). Depois clique no item “Units” (Figura 17).

FIGURA 17 – SELEÇÃO DA CAIXA DE FERRAMENTAS UNITS

FONTE: O autor

• Quando a caixa de ferramentas “Drawing Units” for aberta (Figura 18), é necessário definir a precisão das medidas e dos ângulos, a unidade de medida e o sistema de unidades que será trabalhado durante o projeto.

FIGURA 18 – CAIXA DE FERRAMENTA DRAWING UNITS

FONTE: O autor

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TÓPICO 2 | CONFIGURAÇÕES DO AMBIENTE DE TRABALHO

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Para a definição das unidades de medidas é recomendado que o usuário conheça as normas técnicas que orientam e organizam o seu projeto.

IMPORTANTE

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RESUMO DO TÓPICO 2

Neste tópico, você aprendeu que:

• Os comandos podem ser adicionados utilizando o mouse para clicar no ícone ou digitando o nome do comando.

• O principal sistema de coordenadas utilizado pelo AutoCAD é o World Coordinate System (WCS).

• É possível configurar as unidades de medidas utilizadas pelo AutoCAD de acordo com as preferências do usuário.

• Para evitar possíveis problemas durante a realização do projeto, o AutoCAD disponibiliza a função de “Automatic Save”.

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1 O software AutoCAD utiliza em sua concepção os sistemas World Coordinate System (WCS) e User Coordinate System (UCS) para gerenciar a entrada das coordenadas pelo usuário. Em relação a estes sistemas, assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F) para as alternativas a seguir:

a) ( ) O sistema WCS é ativado apenas com a autorização do usuário.b) ( ) O plano geográfico ativo pode ser verificado pelo usuário no canto

inferior esquerdo da interface gráfica.c) ( ) O usuário tem a possibilidade de criar diferentes planos de coordenadas

UCS para o desenho.d) ( ) O sistema WCS possibilita que o usuário varie a direção dos planos X, Y

e Z.

2 Diversos fatores internos e externos ao computador podem ocasionar problemas que afetam o funcionamento do software AutoCAD durante a realização de projetos. Para minimizar o efeito destes problemas, o AutoCAD disponibiliza a função Salvamento Automático para o usuário. Sobre esta função, é correto afirmar que:

a) ( ) A função Salvamento Automático salva os arquivos depois que os problemas acontecem no software.

b) ( ) O maior intervalo de tempo garante que menos dados serão perdidos em um eventual problema que possa ocorrer no AutoCAD.

c) ( ) A função Salvamento Automático salva o arquivo que está sendo trabalhado em um determinado intervalo de tempo em um arquivo com extensão. bak

d) ( ) O AutoCAD não permite que o usuário altere o intervalo de tempo em que o arquivo será salvo.

3 A seleção dos objetos no AutoCAD pode ocorrer de duas maneiras, seleção direta ou seleção por janelas. Sobre os métodos de seleção, assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F) para as alternativas a seguir:

a) ( ) No modo de seleção Crossing, o elemento não necessita estar totalmente contido na janela para selecioná-lo.

b) ( ) A seleção por Crossing é um método direto de seleção.c) ( ) O modo de seleção Windows permite que o usuário selecione os objetos

que estiverem totalmente contidos na janela de seleção.d) ( ) A seleção direta consiste em utilizar o cursor do mouse para clicar

diretamente no objeto que se deseja selecionar.

AUTOATIVIDADE

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TÓPICO 3

TRAÇADOS BÁSICOS

UNIDADE 1

1 INTRODUÇÃO

No AutoCAD os comandos básicos para desenhos podem ser acessados de diferentes maneiras de acordo com as preferências do usuário. Também estão disponibilizados para o usuário três métodos de entradas de coordenadas, sendo estes os sistemas de coordenadas cartesianas, polares e ortogonais. Como a interface gráfica do AutoCAD é representada por um sistema cartesiano (X, Y e Z), o usuário tem a opção de digitar as coordenadas X, Y e Z do elemento para selecionar um ponto ou objeto no plano ou espaço.

O AutoCAD é construído com base no Sistema Internacional, então, como separador entre os planos cartesianos é utilizada a vírgula “,”.

NOTA

As coordenadas cartesianas podem ser adicionadas como absolutas ou relativas. As coordenadas absolutas são consideradas sempre em relação ao ponto (0,0) do sistema cartesiano. Recomenda-se a utilização dessa coordenada quando o usuário conhece todos os vértices do objeto a ser desenhado. Já as coordenadas cartesianas relativas consideram o último ponto inserido para o deslocamento do próximo. O usuário deve inserir a sigla “@” antes de informar as coordenadas do ponto, portanto, o formato das coordenadas é @X,Y, no qual X é o deslocamento que o ponto sofre em relação à última posição X e o Y é o deslocamento que o ponto sofre em relação à última posição Y.

As coordenadas polares são relativas ao ponto de origem do sistema cartesiano (0,0). Para inserir o ponto é necessário informar a distância (d) deste até o ponto inicial do sistema (0,0) e, separado pelo sinal “<”, informar o ângulo (θ) medido em relação ao eixo X. Assim, o formato da coordenada polar deve ser: d<θ. O AutoCAD considera como padrão que os ângulos aumentam no sentido anti-horário e diminuem no sentido horário.

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UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS

As coordenadas ortogonais possibilitam que o usuário desenhe com deslocamento nas direções horizontal e vertical, sendo isento da necessidade de informar a direção das coordenadas. Para ativar este comando utiliza-se a tecla “F8” do teclado ou o botão “ortho modo” da barra de rodapé. Com o comando ativo, o cursor é fixado sobre os ângulos retos de 0°, 90°, 180°, 270° e 360°, assim o usuário deve informar o valor da distância entre os pontos e direcionar o cursor para a direção desejada.

2 PONTO (POINT) O comando point possibilita que o usuário insira um pixel na interface

gráfica com as coordenadas determinadas. Este comando pode ser acionado pelas seguintes maneiras:

• Digitando na barra de comandos o nome do comando “Point” ou a sigla “PO”.• Acessando a opção “Point” na aba “Draw” da barra de menu.• Acessando o ícone Point na barra de ferramentas.

Quando o comando é executado, o usuário tem a opção de especificar o primeiro ponto de cinco maneiras diferentes, as quais são:

• Por meio do uso do mouse para clicar em qualquer local da interface gráfica.• Através das coordenadas cartesianas - o usuário especifica as coordenadas X e

Y no formato 0.00,0.00. O exemplo abaixo (Figura 19) detalha um ponto no qual os valores são 9.5 na direção X e 10.5 na direção Y.

FIGURA 19 - ESPECIFICAÇÃO DO PONTO COM AS COORDENADAS CARTESIANAS ABSOLUTAS

FONTE: O autor

• Através das coordenadas cartesianas relativas – o usuário deve adicionar o “@” antes de informar o implemento da coordenada em relação ao ponto definido anteriormente. O exemplo a seguir (Figura 20) demonstra que o implemento a ser adicionado é 15 no eixo X e 12 no eixo Y. Caso o ponto definido anteriormente for o 9.5, 10.5 (Figura 19), o novo ponto será 24.5, 22.5.

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TÓPICO 3 | TRAÇADOS BÁSICOS

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FIGURA 20 – ESPECIFICAÇÃO DO PONTO COM AS COORDENADAS CARTESIANAS RELATIVAS

FONTE: O autor

• Através das coordenadas polares – o usuário deve informar a distância do novo ponto à origem do sistema cartesiano, e separado pelo símbolo “<” o ângulo formado entre eles. O formato para a entrada dos pontos pode ser 0.00<0.00 (distância < grau decimal), 0.00<00d00’00” (distância < graus d minutos ’ segundos ”) e 0.00<0.00r (distância < radianos r).

• Através das coordenadas polares relativas – o usuário deve adicionar o “@” e seguir os mesmos passos das coordenadas polares.

A representação padrão dos pontos no AutoCAD é um pixel na interface gráfica, entretanto essa opção pode ser alterada de acordo com as preferências do usuário.

• Para modificar a apresentação e o formato dos pontos é necessário acessar a aba “Format” na barra menu e posteriormente abrir a opção “Point Style”. Na caixa de diálogo (Figura 21) tem-se um local em que é definido o tamanho representativo do ponto (item 1).

FIGURA 21 – CAIXA DE DIÁLOGO POINT STYLE

FONTE: O autor

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UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS

Exemplo: Vamos realizar uma aplicação do comando Point considerando as coordenadas (10.5,9.5) para o exemplo.

• Digite o atalho do comando Point na barra de comandos: Po.• Digite as coordenadas: 10.5,9.5 (coordenadas utilizadas para o exemplo).

Para enquadrar o objeto na interface gráfica, pressione duas vezes o botão Scroll do mouse e desta forma o comando Zoom all é ativado.

IMPORTANTE

2.1 PONTOS DE REFERÊNCIA

As coordenadas relativas são baseadas no último ponto adicionado no desenho, sendo este classificado como ponto de referência. Quando não se conhece as coordenadas do ponto de referência ou o usuário necessita utilizar a referência de algum objeto que esteja desenhado na interface gráfica, o AutoCAD proporciona a ferramenta “Snap” na barra de rodapé.

• A ferramenta Snap pode ser ativada clicando no ícone apresentado na barra de rodapé ou digitando o atalho “OSNAP” na barra de comandos.

Ao ativar esta ferramenta, abre-se uma caixa de diálogo (Figura 22), na qual ficam à disposição do usuário vários comandos para a seleção de pontos de referência.

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TÓPICO 3 | TRAÇADOS BÁSICOS

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FIGURA 22 – CAIXA DE DIÁLOGO DRAFTING SETTINGS

FONTE: O autor

A função de cada comando para a seleção de pontos de referência é apresentada a seguir:

a) Endpoint: esta opção seleciona a extremidade mais próxima do objeto (reta, polígono ou arco).

b) Midpoint: esta opção localiza o ponto médio de um objeto (linha, arco ou círculo).

c) Center: esta opção localiza o centro de um arco ou um círculo.d) Node: esta opção localiza um ponto sobre o objeto. e) Quadrant: esta opção localiza os quadrantes de uma circunferência ou um

arco. f) Intersection: esta opção localiza o ponto de intersecção entre dois objetos.g) Extension: esta opção localiza pontos sobre uma linha, um arco ou um círculo.h) Insert: esta opção localiza o ponto de inserção de blocos ou textos.i) Perpendicular: esta opção localiza um ponto perpendicular ao desenho que

está sendo realizado. j) Tangent: esta opção localiza um ponto de tangente sobre círculos, arcos e

elipses para a realização do desenho.k) Nearest: esta opção localiza o ponto mais próximo entre dois objetos.l) Insert: esta opção localiza o ponto de intersecção entre dois objetos. m) Parallel: esta opção localiza o ponto paralelo às linhas existentes.

Page 44: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

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UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS

3 LINHA (LINE)

O comando Line possibilita que o usuário insira uma linha entre dois pontos determinados. A ativação deste comando pode ser realizada das seguintes maneiras:

• Digitando na barra de comandos o nome do comando “Line” ou o atalho “L”.• Acessando a opção “Line” na aba “Draw” da barra de menu.• Acessando o ícone “Line” na barra de ferramentas.

Ao executar esse comando é necessário que o usuário informe o primeiro ponto (Specify first) e, posteriormente, o próximo ponto do segmento da reta (Specify next), sendo criado um segmento de reta independente do desenho. Contudo, o comando Line irá se repetir até o usuário finalizar este comando utilizando um dos botões Enter, Espace ou Esc do teclado. A especificação dos pontos pode ser efetuada adotando uma das cinco maneiras detalhadas anteriormente no item “2 PONTO (POINT)”, ou combinando o uso do teclado e do mouse, conforme apresentado a seguir:

• A combinação do uso do teclado e do mouse é executada especificando o primeiro ponto através das coordenadas absolutas ou clicando sobre um ponto de referência (Item “2.1 Pontos de referência”). O próximo ponto também pode ser selecionado utilizando o cursor para clicar em um ponto de referência ativo no desenho, ou para indicar a direção que será informada por meio do teclado. Quando se opta em informar a direção, é importante ativar uma das funções de precisão (“Ortho Mode”, “Polar Tracking”, “Object Snap” ou “Object Snap Tracking”). O exemplo a seguir (Figura 23) demonstra o desenho de uma linha com o ponto inicial na coordenada (20,30) e o próximo ponto com uma distância de 50 do primeiro ponto e um ângulo de 30°.

Page 45: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

TÓPICO 3 | TRAÇADOS BÁSICOS

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FONTE: O autor

FIGURA 23 – APLICAÇÃO DO COMANDO LINE

O AutoCAD disponibiliza a opção para o usuário alterar as propriedades das linhas, como a cor, a espessura e a forma que esta é representada no desenho. Para acessar a caixa de diálogo é preciso observar os passos descritos a seguir:

• Selecionar a linha que se deseja alterar.• Acessar o comando “Properties” na aba “Modify” na barra de menu (Figura 24).

Page 46: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

36

UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS

FIGURA 24 – SELEÇÃO DA CAIXA DE DIÁLOGO PROPERTIES

FONTE: O autor

• O usuário pode alterar as propriedades da linha na caixa de diálogo (Figura 25). Para determinar a cor da linha, deve-se modificar o item “Color”, já a escolha da espessura da linha pode ser realizada no item “Lineweight”. Por fim, a forma com que a linha é representada é definida no item “Linetype”. Quando se opta por uma linha tracejada também deve ser modificado o “Linetype scale”.

FIGURA 25 – CAIXA DE DIÁLOGO DE PROPERTIES

FONTE: O autor

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TÓPICO 3 | TRAÇADOS BÁSICOS

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Exemplo: Para aplicar o comando Line, vamos utilizar como coordenadas do ponto inicial (10.5, 9.5) e para o ponto final (22.5, 20.5).

• Digite o atalho do comando Line na barra de comandos: L.• Digite as coordenadas do ponto inicial: 10.5, 9.5.• Digite as coordenadas do próximo ponto: 22.5, 20.5.• Cancele o comando utilizando a tecla: ESC.

4 MULTILINHA (MULTILINE)

O comando Multiline permite que o usuário insira duas linhas paralelas entre si. A ativação deste comando pode ser realizada das seguintes maneiras:

• Digitando na barra de comandos o nome do comando “MLine” ou a sigla “ML”.• Acessando a opção “Multiline” na aba “Draw” da barra de menu.• Acessando o ícone “Multiline” na barra de ferramentas.

Quando o comando Multiline for acessado, é possível alterar a distância entre as duas linhas digitando na barra de comandos “Scale” ou “S” e informando a distância desejada entre elas. As coordenadas dos pontos inicial e final podem ser indicadas das seis maneiras apresentadas na função Line. O exemplo a seguir (Figura 26) aplica o comando Multiline com o espaçamento entre as linhas alterado de 20 para 40, conforme pode ser observado na barra de comandos.

FIGURA 26 – COMANDO MULTILINE

FONTE: O autor

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UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS

Exemplo: Para aplicar o comando Multiline, vamos utilizar como coordenadas do ponto inicial (10.5, 9.5), para a distância entre as linhas (15) e para o próximo ponto (10.5, 84).

• Digite o atalho do comando Multiline na barra de comandos: ML.• Digite a tecla S para poder alterar a distância entre as linhas: S.• Digite o valor de 15 e confirme com enter: 15.• Digite as coordenadas do ponto inicial: 10.5, 9.5.• Digite as coordenadas do próximo ponto: 10.5, 84.• Cancele o comando utilizando a tecla: ESC.

5 POLILINHA (POLYLINE)

O comando Polyline possibilita que o usuário insira uma sequência múltipla de linhas. A diferença entre o comando Line e Polyline é que no comando Line o AutoCAD cria vários segmentos de linhas independentes. Neste caso, é possível alterar as propriedades de cada linha criada sem influenciar nas outras. Já no comando Polyline, as linhas são criadas em sequência e são segmentos dependentes, portanto, a alteração ou seleção são aplicadas para todas as linhas pertencentes a esse segmento. A ativação deste comando pode ser realizada das seguintes maneiras:

• Digitando na barra de comandos o nome do comando “POLYLINE” ou o atalho “PL”.

• Acessando a opção “Polyline” na aba “Draw” da barra de menu.• Acessando o ícone “Polyline” na barra de ferramentas.

Ao executar o comando, após o usuário especificar o primeiro ponto (Specify first), o AutoCAD informa algumas opções para a edição da Polyline (Figura 27). A seguir apresentam-se listadas estas opções com suas respectivas funções:

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TÓPICO 3 | TRAÇADOS BÁSICOS

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FIGURA 27 – COMANDO POLYLINE

FONTE: O autor

a) Arc: a Polyline é formada com base em um arco.b) Close: une o último ponto com o primeiro de uma sequência.c) Halfwidth: define a meia espessura inicial e final.d) Length: cria um segmento, definindo seu comprimento.e) Undo: desfaz o último sub-comando PLINE.f) Width: troca a espessura corrente das próximas linhas.

Exemplo: Para aplicar o comando Polyline, vamos utilizar cinco pontos como exemplo. As coordenadas de cada ponto são, respectivamente: (10.5, 9.5), (22.5, 20.5), (31, 22), (34, 42) e (39, 53).

• Digite o atalho do comando Polyline na barra de comandos: PL.• Digite as coordenadas do primeiro ponto: 10.5,9.5.• Digite as coordenadas do segundo ponto: 22.5,20.5.• Digite as coordenadas do terceiro ponto: 31,22.• Digite as coordenadas do quarto ponto: 34,42.• Digite as coordenadas do quinto ponto: 39,53.• Cancele o comando utilizando a tecla: ESC.

6 LINHAS CURVAS (SPLINE)

O comando Spline permite que o usuário insira linhas curvas, auxiliando na construção de curso de um rio, estrada, curvas de nível, entre outros. A ativação deste comando pode ser realizada das seguintes maneiras:

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UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS

• Digitando na barra de comandos o nome do comando “SPLINE” ou o atalho “SPL”.

• Acessando a opção “Spline” na aba “Draw” da barra de menu.• Acessando o ícone “Spline” na barra de ferramentas.

Quando o comando Spline for ativado, o usuário precisará informar as coordenadas dos pontos. Para isso deve-se utilizar uma das seis maneiras de entrada dos pontos especificadas no item “3 Linha (Line)”. O exemplo a seguir (Figura 28) apresenta uma Spline com quatro segmentos.

FIGURA 28 – COMANDO SPLINE

FONTE: O autor

Exemplo: Para aplicar o comando Spline, vamos utilizar seis pontos de exemplo. As coordenadas de cada ponto são, respectivamente: (10,9), (20,40), (30,25), (40,50), (50,20) e (60,40).

• Digite o atalho do comando Spline na barra de comandos: SPL.• Digite as coordenadas do primeiro ponto: 10,9.• Digite as coordenadas do segundo ponto: 20,40.• Digite as coordenadas do terceiro ponto: 30,25.• Digite as coordenadas do quarto ponto: 40,50.• Digite as coordenadas do quinto ponto: 50,20.• Digite as coordenadas do sexto ponto: 60,40.• Finalize o comando utilizando a tecla: Enter.

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RESUMO DO TÓPICO 3

Neste tópico, você aprendeu que:

• Os pontos podem ser adicionados informando suas coordenadas (X,Y) no plano cartesiano ou através do seu ângulo de deflexão.

• As linhas são adicionadas através do comando “Line”, por meio da união de dois pontos.

• É possível utilizar o comando “Polyline” para criar segmentos de linhas independentes.

• As linhas curvas são elaboradas por meio do comando “Spline” no AutoCAD.

• O comando “Multiline” é utilizado na elaboração de linhas paralelas no AutoCAD.

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1 Como a interface gráfica do AutoCAD é representada por um sistema cartesiano (X, Y e Z), o usuário tem a opção de digitar as coordenadas X, Y e Z do elemento para selecionar um ponto ou objeto no plano ou espaço. Neste contexto, o AutoCAD disponibiliza três métodos de entradas de coordenadas, sendo estes os sistemas de coordenadas cartesianas, polares e ortogonais. Sobre os sistemas de coordenadas, assinale verdadeiro (V) ou falso (F) para as sentenças a seguir:

a) ( ) As coordenadas cartesianas podem ser adicionadas como absolutas ou relativas. As absolutas são consideradas em relação ao ponto inicial do sistema (0,0) e as relativas consideram o último ponto adicionado.

b) ( ) O usuário deve inserir a sigla “@” antes de informar as coordenadas absolutas, portanto o formato das coordenadas absolutas é @X,Y.

c) ( ) Para inserir as coordenadas polares é necessário informar a distância entre o ponto conhecido e o ponto de origem do sistema (0,0), e o ângulo medido em relação ao eixo X.

d) ( ) As coordenadas ortogonais possibilitam que o cursor navegue sobre os ângulos retos, e desta forma o usuário tem a opção de informar apenas a distância até o próximo ponto.

2 No AutoCAD os pontos são considerados um pixel que o usuário insere na interface gráfica. A seguir, assinale verdadeiro (V) ou falso (F) para as alternativas relacionadas ao comando Point no AutoCAD.

a) ( ) Os pontos podem ser inseridos utilizando o mouse para clicar na interface gráfica.

b) ( ) Os pontos podem ser adicionados utilizando as coordenadas polares relativas. Nesta opção o usuário deve inserir a sigla “@” antes das coordenadas polares e o próximo ponto será relativo ao anterior.

c) ( ) Os pontos de referências têm o intuito de facilitar a seleção em determinadas partes do objeto ou elemento desenhado.

d) ( ) Os pontos podem ser adicionados por meio das coordenadas cartesianas relativas. Nesta opção o usuário deve inserir a sigla “@” e especificar a distância e ângulo que o novo ponto possui.

3 A linha é um dos elementos gráficos mais importantes no desenho CAD,

dependendo da necessidade, o usuário tem a opção de escolher entre diferentes comandos para o desenho das linhas. A seguir, assinale verdadeiro (V) ou falso (F) para as alternativas relacionadas aos comandos de desenho de linhas e suas variações.

AUTOATIVIDADE

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a) ( ) Para a aplicação do comando Line, deve-se conhecer os pontos de início e fim da linha.

b) ( ) A diferença entre o comando Line e Polyline é que no comando Polyline os segmentos de linha adicionados são contínuos e a formatação se aplicará em toda a linha.

c) ( ) Na aplicação do comando Multiline o usuário deve informar os pontos de início e fim da linha, como também a distância e o ângulo entre elas.

d) ( ) O comando Spline permite que o usuário insira linhas curvas, auxiliando na construção de curso de um rio, estrada, curvas de nível, entre outros.

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TÓPICO 4

DESENHOS DE PRIMITIVAS GEOMÉTRICAS PLANAS

UNIDADE 1

1 INTRODUÇÃO

Nesse tópico aprenderemos os comandos utilizados no AutoCAD para o desenho das formas geométricas específicas. Quando montamos um projeto de uma residência, por exemplo, fazemos o uso combinado de diferentes formas geométricas com o intuito de representar os cômodos, as paredes, as aberturas (portas e janelas), entre outros elementos que possam vir a surgir.

Neste contexto, percebemos a importância do conhecimento de diferentes comandos de desenhos que são disponibilizados pelo software que estamos utilizando, pois estes comandos têm o objetivo de auxiliar o usuário a desenhar uma determinada forma geométrica. Como exemplo, podemos considerar o comando Rectang (retângulo). Caso for necessário desenhar um retângulo e não conhecermos o comando, uma opção seria usarmos o comando Line (linha) e assim teríamos que repeti-lo quatro vezes para a formação da figura. A aplicação do comando exato compatível com a forma desejada poupará tempo de trabalho e garantirá maior perfeição do desenho.

2 FORMAS RETANGULARES (RECTANG)

O comando Rectang permite que o usuário desenhe retângulos informando dois pontos de uma das diagonais. A ativação deste comando pode ser realizada das seguintes maneiras:

• Digitando na barra de comandos o nome do comando “Rectang” ou a sigla “REC”.

• Acessando a opção “Rectang” na aba “Draw” da barra de menu.• Acessando o ícone “Rectang” na barra de ferramentas.

Quando o comando Rectang é ativado, o AutoCAD indica a opção para informar o primeiro ponto de vértice (Specify First) ou alterar algumas propriedades dos retângulos (Chamfer, Elevation, Fillet, Thickness ou Width). O primeiro vértice pode ser informado utilizando uma das opções apresentadas para os pontos. Após especificar o primeiro ponto, o usuário deve informar o segundo vértice (Specify other) ou escolher uma das opções exibidas na barra de comandos (Area, Dimensions ou Rotation). A seguir é apresentado como devem ser utilizadas as funções mencionadas anteriormente:

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UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS

a) Specify other: nesta opção o usuário deve informar o segundo ponto do vértice, o qual faz uma diagonal com o primeiro ponto (Figura 29). As coordenadas devem seguir o padrão “@X,Y”, desta forma, o segundo ponto vai ser implantado em relação ao primeiro vértice e não ao ponto 0,0 do eixo cartesiano.

FIGURA 29 – COMANDO RECTANG

FONTE: O autor

b) Area: esta opção permite que o usuário informe a área do retângulo e, posteriormente, também deve ser informada a dimensão da largura (lenth) ou da altura (width).

c) Dimension: nesta opção o usuário deve inserir a dimensão da largura, da altura e a localização do retângulo.

d) Rotation: nesta opção, o AutoCAD permite que o usuário insira o ângulo entre o eixo das abscissas (eixo X) para rotacionar o retângulo (Figura 30). Após, a barra de comandos volta a exibir as informações referentes ao segundo vértice, sendo este também informado pelo usuário. Quando o comando for finalizado, o ângulo entre o retângulo e as abscissas ainda estará sendo considerado no comando Rectang. Para voltar ao padrão, o usuário deve acessar novamente a função Rotation e atribuir o valor zero para o ângulo.

As informações sobre elementos já desenhados, como área ou coordenadas de um ponto, podem ser acessadas fazendo-se uso do comando Properties na aba Modify da barra de menu ou digitando o atalho “PR”, com o elemento em questão selecionado.

IMPORTANTE

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TÓPICO 4 | DESENHOS DE PRIMITIVAS GEOMÉTRICAS PLANAS

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FIGURA 30 – COMANDO ROTATION APLICADO NO RETÂNGULO

FONTE: O autor

Exemplo: Para aplicar o comando Rectang, vamos utilizar dois pontos de uma mesma diagonal para gerar o retângulo. As coordenadas do primeiro ponto são (10,9) e para os próximos pontos, vamos adotar que o retângulo precisa ter 30 de largura e 10 de altura, partindo do ponto inicial.

• Digite o atalho do comando Rectang na barra de comandos: REC.• Digite as coordenadas do primeiro ponto: 10,9.• Digite as coordenadas do segundo ponto: @30,10.

3 FORMAS CIRCULARES (CIRCLE)

O comando Circle permite que o usuário desenhe círculos utilizando diferentes dados para a entrada. A ativação deste comando pode ser realizada das seguintes maneiras:

• Digitando na barra de comandos o nome do comando “Circle” ou a sigla “C”.• Acessando a opção “Circle” na aba “Draw” da barra de menu.• Acessando o ícone “Circle” na barra de ferramentas.

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UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS

Quando se ativa o comando Circle, o AutoCAD indica a opção para o usuário informar o ponto de centro do círculo (Specify center point for circle) ou selecionar outros meios para a construção do círculo: 3P, 2P, e TTR (Tan tan radius). A seguir estão apresentados os acessos para cada uma das funções de entrada:

a) Specify center point for circle: nesta opção o usuário deve informar inicialmente o ponto de centro do círculo, e, posteriormente, o raio ou o diâmetro que o círculo possuirá (Figura 31);

FIGURA 31 – COMANDO CIRCLE

FONTE: O autor

b) 3P: esta opção permite que o usuário construa um círculo utilizando três pontos que fazem parte da circunferência;

c) 2P: esta opção permite que o usuário construa um círculo utilizando dois pontos que indicam o comprimento do diâmetro;

d) TTR (Tan tan of circle): nessa opção o usuário deve informar dois elementos que o círculo tangencie e, por fim, o raio deste círculo.

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TÓPICO 4 | DESENHOS DE PRIMITIVAS GEOMÉTRICAS PLANAS

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Exemplo: Para aplicar o comando Circle vamos utilizar o ponto de centro e o raio do círculo. Para o ponto do centro vamos adotar as coordenadas (10,9) e para o raio o valor de (20).

• Digite o atalho do comando Circle na barra de comandos: C.• Digite as coordenadas do ponto de centro do círculo: 10,9.• Digite o raio para o círculo e confirme com a tecla Enter: 20.

4 FORMAS DE ANEL (DONUT)

O comando Donut permite que o usuário desenhe anéis informando o diâmetro do círculo interno e externo. A ativação deste comando pode ser realizada das seguintes maneiras:

• Digitando na barra de comandos o nome do comando “Donut” ou a sigla “DO”.

• Acessando a opção “Donut” na aba “Draw” da barra de menu.• Acessando o ícone “Donut” na barra de ferramentas.

Quando este comando é ativado, o usuário deve informar primeiro o diâmetro do círculo interno. Ao confirmar, é necessário informar o diâmetro do círculo externo e, por fim, o ponto de centro dos círculos (Figura 32).

FIGURA 32 – COMANDO DONUT

FONTE: O autor

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UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS

Exemplo: Para aplicar o comando Donut, vamos utilizar o ponto de centro e o raio interno e externo do círculo. Para o ponto do centro vamos adotar as coordenadas (10,9), para o raio interno (20) e externo (25).

• Digite o atalho do comando Donut na barra de comandos: DO.• Digite o raio interno do círculo: 20.• Digite o raio externo do círculo: 25.• Digite as coordenadas do ponto de centro do círculo: 10,9.• Finalize o comando pressionando a tecla: Esc.

5 FORMAS DE ARCO (ARC)

O comando Arc permite que o usuário desenhe arcos de círculos especificando diferentes pontos. A ativação deste comando pode ser realizada das seguintes maneiras:

• Digitando na barra de comandos o nome do comando “Arc” ou a sigla “A”;• Acessando a opção “Arc” na aba “Draw” da barra de menu.• Acessando o ícone “Arc” na barra de ferramentas.

O desenho do arco ocorre no sentido anti-horário (sentido positivo), entretanto algumas opções de lançamento permitem que o usuário utilize a tecla “Ctrl” para girar o arco no sentido horário. No comando Arc são disponibilizadas dez maneiras para que o usuário desenhe o arco, sendo estas listadas a seguir:

FIGURA 33 – FUNÇÕES PARA O DESENHO DE ARCOS

FONTE: O autor

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TÓPICO 4 | DESENHOS DE PRIMITIVAS GEOMÉTRICAS PLANAS

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FIGURA 34 – COMANDO ELLIPSE

FONTE: O autor

Exemplo: Para aplicar o comando Arc, vamos utilizar o método Start, Center, End. Para o ponto inicial vamos adotar as coordenadas (10,9), para o ponto de centro (15,20) e para o ponto final (27,20).

• Digite o atalho do comando Arc na barra de comandos: A.• Digite as coordenadas do ponto inicial do arco: 10,9.• Digite a letra C para selecionar a opção de informar o centro do arco: C.• Digite as coordenadas do ponto de centro do arco: 15,20.• Digite as coordenadas do ponto final do arco: 27,20.

6 FORMAS DE ELIPSE (ELLIPSE)

O comando Ellipse permite que o usuário desenhe elipses informando os dois eixos e um ângulo para rotação. A elipse é definida pelo AutoCAD como sendo composta por polilinhas representando pequenos segmentos de arcos. A ativação deste comando pode ser realizada das seguintes maneiras:

• Digitando na barra de comandos o nome do comando “Ellipse” ou o atalho “EL”.• Acessando a opção “Ellipse” na aba “Draw” da barra de menu.• Acessando o ícone “Ellipse” na barra de ferramentas.

No item Draw da barra de menu podemos perceber que o AutoCAD deixa à escolha do usuário três formas (Center, Axis-End, Arc) para realizar o lançamento da elipse (Figura 34). A seguir iremos explicar o funcionamento de cada forma.

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UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS

a) Center: nesta opção o usuário deve informar primeiro o centro da elipse (Specify center of ellipse). Depois deve ser informado o ponto que será o primeiro eixo (Specify endpoint of axis) e, por último, o ponto que será o segundo eixo da elipse (Specify distance to other axis or Rotation).

b) Axis, End: esta opção permite que o usuário desenhe uma elipse informando dois eixos desta. Ao iniciar o comando, deve-se especificar o primeiro e o segundo ponto que definem o primeiro eixo da elipse. Por fim, informa-se o terceiro ponto para definir o segundo semieixo da elipse.

c) Arc: esta opção permite que o usuário desenhe uma elipse com base em um arco. Inicialmente o usuário deve informar o primeiro e o segundo ponto do arco, assim, é definido o primeiro eixo da elipse. Em seguida deve ser definido o raio do arco e seus ângulos iniciais e finais.

Exemplo: Para aplicar o comando Ellipse, vamos utilizar o método Center. Para o ponto de centro vamos adotar as coordenadas (10,9), para o ponto final (27,20) e para a distância até no eixo oposto (10).

• Digite o atalho do comando Ellipse na barra de comandos: EL.• Digite a letra C para selecionar a opção de informar o centro da elipse: C.• Digite as coordenadas do ponto de centro da elipse: 10,9.• Digite as coordenadas do ponto final da elipse: 27,20.• Digite a distância até o eixo oposto: 10.

7 FORMAS POLIGONAIS (POLYGON)

O comando Polygon permite que o usuário desenhe polígonos especificando o número de lados e o centro do desenho. A ativação deste comando pode ser realizada das seguintes maneiras:

• Digitando na barra de comandos o nome do comando “Polygon” ou a sigla “POL”.

• Acessando a opção “Polygon” na aba “Draw” da barra de menu.• Acessando o ícone “Polygon” na barra de ferramentas.

Quando o comando for acionado, é necessário que o usuário informe inicialmente o número de lados, variando de 03 a 1024, e o centro do desenho. Posteriormente, deve ser indicado se o polígono será circunscrito ou inscrito e, por último, o raio para a construção deste.

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TÓPICO 4 | DESENHOS DE PRIMITIVAS GEOMÉTRICAS PLANAS

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FIGURA 35 – COMANDO POLYGON

FONTE: O autor

Exemplo: Para aplicar o comando Polygon, vamos utilizar o método circunscrito e que este tenha cinco lados. Para o ponto de centro, vamos adotar as coordenadas (10,9) e para o raio o valor de (20).

• Digite o atalho do comando Polygon na barra de comandos: POL.• Digite as coordenadas do ponto de centro do polígono: 10,9.• Digite a letra C para selecionar a opção de circunscrito: C.• Digite o valor do raio do círculo: 20.

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UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS

LEITURA COMPLEMENTAR

AVALIAÇÃO DA USABILIDADE DE SISTEMA NO MODO CLÁSSICO E DRAFTING E ANNOTATION DO AUTOCAD 2014

INTRODUÇÃO

Desde que foi lançado, em 1982, o AutoCAD sofreu diversas alterações, evoluindo até chegar ao modelo atual. A maior mudança ocorreu em 2008, quando a Autodesk incluiu no software uma nova forma de visualizar seus comandos e funções, o modo Drafting & Annotation (Anotação e Elaboração). A partir de então, as novas versões incluíam dois ambientes de desenho: o AutoCAD Classic e o Drafting & Annotation. Essa modificação atingiu tanto o ambiente de desenho 2D quanto o 3D. No modo Classic os ícones eram dispostos em barras de tarefas, e nas laterais, as outras funcionalidades são encontradas nos menus: inserir, ferramentas, dimensão, dentre outras. Com a atualização foi incorporado o conceito de guias, em que as ferramentas do software são agrupadas pelo critério de uso, nesse modo, além dos ícones foi colocado o nome dos ícones no qual é possível ver como utilizar cada ferramenta.

No modo Clássico, em geral os usuários trabalham com comandos no teclado, enquanto que no ambiente de Desenho e Anotação o usuário opta por trabalhar com mais frequência utilizando o mouse, em ambos os ambientes os usuários têm o feedback de suas ações a partir da linha de comandos do software, localizado na parte inferior da interface gráfica, onde o software se comunica com o usuário informando as funcionalidades de cada função selecionada, bem como possíveis erros.

A partir de 2008, todas as atualizações mantêm os dois modos para atender aos usuários antigos e os atuais. Essa versatilidade da Autodesk permitiu que o AutoCAD continuasse sendo a ferramenta mais usada nas universidades, institutos e escritórios de arquitetura e engenharia. Diante disso, até que ponto o ambiente Drafting & Annotation supera o AutoCAD Classic?

Segundo a American Journal of Industrial Medicine (outubro de 2002), um estudo feito por Tetsuya Nakazawa na Universidade de Chiba, no Japão, com mais de 25 mil trabalhadores de escritórios, revelou que quanto mais tempo um trabalhador passa diante de um computador, maior a probabilidade de desenvolver doenças físicas, transtornos mentais e distúrbios de sono. A UFRJ, em seu editorial 164 feito em 19 de março de 2009 a partir de uma pesquisa encomendada pela Intel sobre ergonomia, mostrou que dentre todos os riscos causados pelo mau uso do computador, tais como: queda de produtividade; problema de visão; lesão por esforços repetitivos; distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho devido a falhas no ambiente de trabalho, como: iluminação; ruído e temperatura, as interfaces dos programas são os fatores que mais afetam a saúde do trabalhador.

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“Além da questão física, a elaboração de programas sem uma interface que facilite ao usuário realizar suas tarefas contribui para o seu desgaste emocional e mental” (UFRJ, editorial 164).

A Norma Regulamentadora que trata da adaptação do meio ambiente de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores de modo a promover o máximo de conforto, segurança e saúde, é a NR 17 – Ergonomia. Contudo, esse instrumento legal não apresenta nenhuma exigência no que diz respeito à disposição das funções de um software dentro de sua interface. Entretanto, com o avanço da Engenharia de Software, as empresas de desenvolvimento têm se preocupado em fornecer tecnologias fáceis e intuitivas de operar. Nasce a partir daí a Usabilidade de Sistema.

METODOLOGIA

Com base nas divergências e convergências de opiniões dos estudiosos de usabilidade, Santos (2007) propõe um modelo de avaliação de usabilidade, baseado na ISO 9241 e ISO 9126. Este modelo está baseado em seis critérios: facilidade de aprender; facilidade de relembrar; controle de erros; eficiência; eficácia e satisfação. Conforme já foi citado, a usabilidade depende do contexto de uso, sendo que o contexto de uso é descrito pela descrição dos usuários, tarefa, equipamento e ambiente.

O contexto é descrito pelos elementos especificados na ISO 9241: usuário; tarefa; equipamento e ambiente. O questionário usado foi fundamentado nos seis critérios propostos e [...] extraído da dissertação de mestrado de Santos (2007), autor da metodologia proposta, e a avaliação será feita usando a lógica Fuzzi, cujas operações matemáticas usadas também se encontram descritas na referida dissertação.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

A avaliação de usabilidade será aplicada no software AutoCAD com a finalidade de compreender qual ambiente é mais usual, o Drafting & Annotation ou o Classic, do ponto de vista das normas e da metodologia usada. Para tanto, a identificação do contexto será feita de acordo com a ISO 9241, como segue abaixo.

Especificação dos usuários

Os participantes da pesquisa são alunos do curso de Ciência e Tecnologia da Universidade Federal Rural do Semiárido – UFERSA, campus Pau dos Ferros-RN, com no mínimo um ano e meio de graduação, idade média de 20 anos, experiência com uso de computadores de oito anos e uso do sistema de um ano. Conforme mostrou a pesquisa em geral, os entrevistados usam o sistema eventualmente.

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UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS

Especificação da tarefa

Na perspectiva de promover um exercício para que a partir dele fosse preenchido o formulário de perguntas, foi desenvolvido um desenho de uma peça mecânica de modo que ele pudesse ser reproduzido, induzindo o uso das ferramentas básicas disponíveis no AutoCAD, tais como: copiar, espelhar, mover, cortar, estender, cotas, layers, escala, impressão, linhas, espessura, polígono e unidades. Os usuários do modo Clássico reproduzem o desenho usando a interface Clássica, enquanto os usuários do modo Drafting reproduzem usando a interface Drafting & Anotation.

Especificação dos Equipamentos

Os participantes da pesquisa usam o AutoCAD 2014, com o processo feito no laptop, em geral são processadores entre 2,5 e 3,0 GHz, 3 GB de RAM, 500 GB de HD e sistema operacional Windows 7, constituindo um ambiente homogêneo para todos os usuários.

Especificação do Ambiente O ambiente de estudo possui iluminação e acústica adequada, o único

inconveniente são as cadeiras, que não são adaptativas, gerando certo desconforto.

Foram selecionados 20 alunos, sendo 90% homens e 10% mulheres, que concluíram as disciplinas de CAD com média acima de 7,0. A pesquisa foi conduzida dentro do ambiente de estudo seguindo duas etapas: reprodução do desenho mecânico 2D e preenchimento do questionário. A quantidade de elementos da amostra é, segundo a lógica Fuzzi, suficiente para analisar comportamento, valores acima de 20 geram resultados constantes.

CONCLUSÃO

Desde que foi criado em 1971, e depois que foi lançado em larga escala em 1982, surgiram ao longo dos anos, até os dias atuais, diversos softwares portando essa ferramenta. Para se manter no mercado, as empresas de desenvolvimento apostam cada vez mais na facilidade gerada pela interface, esse é um dos requisitos trabalhados dentro da engenharia de software. Com o AutoCAD não foi diferente, como o primeiro software CAD lançado em larga escala, ele ganhou popularidade e atualmente ocupa espaço na maioria dos laboratórios de CAD das universidades e institutos, dentre as razões que levaram a isso está sua evolução.

Ao longo dos anos, o AutoCAD sofreu grandes mudanças, como já foi citado, uma das maiores alterações foi a inserção do modo Drafting em 2008. Como sabemos, as empresas estão cada vez mais apostando na ergonomia, com a finalidade de gerar conforto e maior produtividade aos trabalhadores. Isso não é diferente nos trabalhos de interação com softwares, nesse setor a usabilidade é um dos parâmetros a ser cumprido para gerar eficiência, eficácia e satisfação.

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TÓPICO 4 | DESENHOS DE PRIMITIVAS GEOMÉTRICAS PLANAS

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Pensando nisso, este trabalho foi gerado como resultado de verificar até que ponto a alteração feita pela AutoDesk em 2008 contribui com a usabilidade do AutoCAD. Nessa avaliação fizemos uso de alguns instrumentos, tais como as normas ISO 9126 e ISO 9241, e os estudos de usabilidade mais importantes, gerando uma metodologia prática para ser aplicada em software em funcionamento.

O que afetou com a mudança foi a forma como os erros são encarados pelos usuários, na escala de erros apresentados pelo sistema, recuperação de erros, tempo gasto para correção de erros, tempo gasto para refazer uma ação perdida por um erro, tratamento de erros e mensagem de erros, o modo Drafting superou o modo Classic.

A disposição em forma de guias possibilitou uma melhor visualização das ferramentas disponíveis no sistema, essa talvez seja a razão pela qual a nova forma de interação com o sistema contribui com o avanço da ferramenta. Entretanto, percebemos que uma não supera a outra, somente soma possibilidades de interação, isso porque as vantagens não são tão divergentes.

Verifica-se que os dois ambientes de trabalho não dispõem de insatisfação ou satisfação em nível máximo pelos entrevistados, variando de acordo com a percepção de cada participante, ou seja, enquanto um usuário prefere manusear o Drafting and Annotation, outro opta pelo modo Clássico, cabendo a cada um utilizar aquele que julga fornecer melhores condições de usabilidade.

Para ler o artigo na íntegra, consulte a referência:

COSTA, T. F.; LIMA, D. F.; SOUSA JR., A. M. Avaliação da usabilidade de sistema no modo clássico e drafting e annotation do autocad 2014. Holos, [S. l.]. v. 2, n. 33, p. 148-160, 2017. Disponível em: <http://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/view/2825>. Acesso em: 20 abr. 2018.

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RESUMO DO TÓPICO 4

Neste tópico, você aprendeu que:

• Os retângulos são formas geométricas primárias inseridas a partir da informação de dois vértices desta figura.

• Para desenhar os polígonos é necessário informar a posição do centro e o número de lados que este deverá possuir.

• Os círculos podem ser desenhados a partir da informação de 3 pontos inscritos na circunferência, do centro e do raio do círculo ou informando 2 elementos que o círculo tangencie.

• Os arcos podem ser desenhados de 10 formas diferentes no AutoCAD, podendo variar o sentido de desenho através da tecla CTRL.

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AUTOATIVIDADE

1 O comando Circle permite que o usuário desenhe círculos utilizando quatro opções diferentes para a informação dos pontos. Caso seja optado em informar os pontos através da opção TTR (Tan tan of circle), assinale, a seguir, a afirmação que indique a sequência correta que deve ser utilizada.

a) ( ) Objeto 1 – Objeto 2 – Ponto de Centrob) ( ) Ponto de Centro – Raio c) ( ) Objeto 1 – Objeto 2 – Raiod) ( ) Objeto 1 – Objeto 2 – Objeto 3

2 As figuras geométricas podem ser definidas de diferentes formas no AutoCAD. Diante do exposto, a seguir assinale verdadeiro (V) ou falso (F) para as afirmações que indicam a aplicação do comando.

a) ( ) O comando Rectang pode ser definido atribuindo a área, a largura e a altura do retângulo.

b) ( ) A elipse pode ser desenhada definindo os dois eixos desta.c) ( ) Para desenhar os polígonos utilizando a opção Polygon, é necessário

informar o número de lados inicialmente, podendo este variar de 3 a 1024. d) ( ) O comando Donut permite que o usuário desenhe anéis informando dois

pontos que tangenciam o círculo.

3 O comando Arc permite que o usuário desenhe arcos de círculos especificando diferentes pontos. O desenho do arco ocorre no sentido anti-horário (sentido positivo). A seguir, assinale a opção que indique a tecla utilizada para inverter o sentido de giro do arco.

a) ( ) A tecla “Ctrl”.b) ( ) A tecla “Shift”.c) ( ) A tecla “Enter”.d) ( ) A tecla “Space.

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UNIDADE 2

DOMÍNIO DAS FORMAS

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

PLANO DE ESTUDOS

A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:

• apresentar os comandos para a formatação do desenho;

• familiarizar o acadêmico com as camadas e as coordenadas do desenho em CAD;

• iniciar um projeto residencial para a aplicação dos comandos.

Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da unidade você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresenta-do.

TÓPICO 1 – COMANDOS DO SOFTWARE AUTOCAD

TÓPICO 2 – DEFINIÇÃO DAS COORDENADAS

TÓPICO 3 – DEFINIÇÃO DAS LAYERS

TÓPICO 4 – FORMATAÇÃO DAS LINHAS E DE TEXTOS

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TÓPICO 1

COMANDOS DO SOFTWARE

UNIDADE 2

1 INTRODUÇÃO

Como vimos anteriormente o desenvolvimento dos softwares para a elaboração de projetos têm passando por constante evolução. Cada versão lançada tem o intuito de resolver possíveis problemas contemporâneos e complementar a experiência do usuário. Um exemplo desta evolução está relacionado com o desenvolvimento de novos comandos, os quais visam facilitar a aplicação de determinadas funções.

Neste tópico veremos os principais comandos utilizados para a formatação do desenho e suas aplicações nas formas geométricas planas. Ao final deste assunto será apresentada uma lista em ordem alfabética de todos os comandos estudados e suas respectivas funções, para auxiliar na consulta durante a realização dos projetos.

2 COMANDOS DE EDIÇÃO

Os comandos de edição são caracterizados por modicar a forma do elemento, seja apagando, copiando ou rotacionando este. A seguir, veremos a função de cada comando com o método de ativação e um exemplo de aplicação.

2.1 APAGAR (ERASER)

O comando Eraser tem a função de apagar objetos selecionados, substituindo o uso da tecla Del. A ativação deste comando pode ser realizada das seguintes maneiras:

• Digitando na barra de comandos o nome do comando “Eraser” ou a sigla “E”.• Acessando a opção “Eraser” na aba “Modify” da barra de menu.• Acessando o ícone “Eraser” na barra de ferramentas.

Exemplo: Para aplicar o comando Eraser, vamos desenhar um retângulo e seguir estes passos:

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UNIDADE 2 | DOMÍNIO DAS FORMAS

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Desenho do Retângulo:• Digite o atalho do comando Rectang na barra de comandos: REC.• Digite as coordenadas do primeiro ponto: 10,9.• Digite as coordenadas do segundo ponto: @30,10.

Comando Eraser:• Digite o atalho do comando Eraser na barra de comandos: E.• Selecione o retângulo clicando sobre um dos vértices.• Selecione a tecla Enter para confirmar o comando.

2.2 MOVER (MOVE)

O comando Move tem a função de mover objetos selecionados. A ativação deste comando pode ser realizada das seguintes maneiras:

• Digitando na barra de comandos o nome do comando “Move” ou a sigla “M”.• Acessando a opção “Move” na aba “Modify” da barra de menu.• Acessando o ícone “Move” na barra de ferramentas.

Quando o comando for acionado, é necessário que o usuário informe o ponto de base do objeto selecionado. Posteriormente, deverá ser indicada a nova posição deste ponto através do uso do mouse ou informando as coordenadas absolutas ou relativas (Figura 1).

FIGURA 1 – UTILIZAÇÃO DO COMANDO MOVE

FONTE: O autor

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TÓPICO 1 | COMANDOS DO SOFTWARE

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Exemplo: Para aplicar o comando Move, vamos desenhar um retângulo e seguir os passos:

Desenho do Retângulo:• Digite o atalho do comando Rectang na barra de comandos: REC.• Digite as coordenadas do primeiro ponto: 10,9.• Digite as coordenadas do segundo ponto: @30,10.

Comando Move:• Digite o atalho do comando Move na barra de comandos: M.• Selecione o retângulo clicando sobre um dos vértices.• Selecione um ponto base do retângulo clicando sobre este.• Digite as novas coordenadas do ponto base: 10,10.• Selecione a tecla Enter para confirmar o comando.

2.3 COPIAR (COPY)

O comando Copy tem a função de copiar objetos selecionados. A ativação deste comando pode ser realizada das seguintes maneiras:

• Digitando na barra de comandos o nome do comando “Copy” ou a sigla “CO”.• Acessando a opção “Copy” na aba “Modify” da barra de menu.• Acessando o ícone “Copy” na barra de ferramentas.

Quando o comando Copy for acionado, o usuário deverá informar o ponto de base do objeto e indicar a nova posição deste ponto, como realizado no comando Modify (Figura 2). Entretanto, para finalizar o comando, utiliza-se a tecla “Esc”.

FIGURA 2 – COMANDO COPY

FONTE: O autor

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UNIDADE 2 | DOMÍNIO DAS FORMAS

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Exemplo: Para aplicar o comando Copy, vamos desenhar um círculo e seguir os passos:

Desenho do círculo:• Digite o atalho do comando Circle na barra de comandos: C.• Digite as coordenadas do ponto de centro do círculo: 10,9.• Digite o raio para o círculo e confirme com a tecla Enter: 20.

Comando Copy:• Digite o atalho do comando Copy na barra de comandos: CO.• Selecione o círculo clicando sobre a circunferência.• Selecione o ponto de centro do círculo.• Digite as novas coordenadas do ponto base: 50,50.• Selecione a tecla Enter para confirmar o comando.• Selecione a tecla Esc para finalizar o comando.

2.4 ROTACIONAR (ROTATE)

O comando Rotate tem a função de rotacionar objetos selecionados em torno de um eixo definido. A ativação deste comando pode ser realizada das seguintes maneiras:

• Digitando na barra de comandos o nome do comando “Rotate” ou a sigla “RO”.• Acessando a opção “Rotate” na aba “Modify” da barra de menu.• Acessando o ícone “Rotate” na barra de ferramentas.

Quando o comando for acionado, o usuário deverá informar o ponto em que o objeto será rotacionado e o ângulo de rotação (Figura 3). Também, pode ser selecionado um objeto de referência para obter o ângulo de rotação. Para isso, deve-se utilizar a função Reference após ser selecionado o objeto e informar a direção de referência de rotação.

FIGURA 3 – COMANDO ROTATE

FONTE: O autor

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TÓPICO 1 | COMANDOS DO SOFTWARE

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Exemplo: Para aplicar o comando Rotate, vamos desenhar um retângulo e seguir os passos:

Desenho do Retângulo:

• Digite o atalho do comando Rectang na barra de comandos: REC.• Digite as coordenadas do primeiro ponto: 10,9.• Digite as coordenadas do segundo ponto: @30,10.

Comando Rotate:• Digite o atalho do comando Rotate na barra de comandos: RO.• Selecione o retângulo clicando sobre um dos vértices.• Selecione o ponto de referência para a rotação.• Digite o ângulo de rotação: 90.• Selecione a tecla Enter para confirmar o comando.

2.5 ESCALA (SCALE)

O comando Scale tem a função de modificar a escala dos objetos. A ativação deste comando pode ser realizada das seguintes maneiras:

• Digitando na barra de comandos o nome do comando “Scale” ou a sigla “SC”.• Acessando a opção “Scale” na aba “Modify” da barra de menu.• Acessando o ícone “Scale” na barra de ferramentas.

Quando o comando for acionado, o usuário deverá informar o ponto que será mantido na mesma posição enquanto o restante do objeto sofrerá aumento ou diminuição. Após a delimitação do ponto, é necessário indicar a distância de variação da escala (Figura 4). Esta distância pode ser especificada informando Specify scale fator, Copy e Reference, conforme detalhado a seguir:

• Specify scale factor: nesta função é necessário inserir um fator de escala. Este

fator deverá ser um valor positivo, o qual determinará a porcentagem de variação dos objetos. Por exemplo, caso o valor seja 1,2, o objeto irá aumentar em 20% do seu tamanho original.

• Copy: nesta opção, o escalonamento será uma cópia do objeto original.• Reference: nesta opção é possível selecionar dois pontos quaisquer do desenho

para servir de referência no escalonamento do objeto desejado.

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UNIDADE 2 | DOMÍNIO DAS FORMAS

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FIGURA 4 – COMANDO SCALE

FONTE: O autor

Exemplo: Para aplicar o comando Scale, vamos desenhar um retângulo e observar os passos a seguir:

Desenho do Retângulo:• Digite o atalho do comando Rectang na barra de comandos: REC.• Digite as coordenadas do primeiro ponto: 10,9.• Digite as coordenadas do segundo ponto: @30,10.

Comando Scale:• Digite o atalho do comando Scale na barra de comandos: SC.• Selecione o retângulo clicando sobre um dos vértices.• Selecione o ponto de base.• Informe a variação na escala, vamos diminuir o retângulo em 80% digitando:

0.8.• Selecione a tecla Enter para confirmar o comando.

2.6 QUEBRA (BREAK)

O comando Break tem a função de quebrar os objetos selecionados em dois pontos. A ativação deste comando pode ser realizada das seguintes maneiras:

• Digitando na barra de comandos o nome do comando “Break” ou a sigla “BR”.• Acessando a opção “Break” na aba “Modify” da barra de menu.• Acessando o ícone “Break” na barra de ferramentas.

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TÓPICO 1 | COMANDOS DO SOFTWARE

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Quando o comando for acionado, o usuário deverá selecionar o objeto que deseja quebrar. Após a escolha do objeto é necessário indicar o segundo ponto para a divisão ou selecionar a opção First point, para informar o intervalo em que o objeto será quebrado (Figura 5).

FIGURA 5 – COMANDO BREAK

FONTE: O autor

Exemplo: Para aplicar o comando Break, vamos desenhar um círculo e seguir os passos:

Desenho do círculo:• Digite o atalho do comando Circle na barra de comandos: C.• Digite as coordenadas do ponto de centro do círculo: 10,9.• Digite o raio para o círculo e confirme com a tecla Enter: 20.

Comando Break:• Digite o atalho do comando Break na barra de comandos: BR.• Selecione o círculo clicando sobre a circunferência.• Selecione a opção First point: F.• Informe o primeiro ponto clicando sobre a circunferência.• Informe o segundo ponto clicando sobre a circunferência.

2.7 EXPLODIR (EXPLODE)

O comando Explode possui a finalidade de dividir objetos agrupados em uma única entidade para a sua forma primária. A ativação deste comando pode ser realizada das seguintes maneiras:

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UNIDADE 2 | DOMÍNIO DAS FORMAS

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• Digitando na barra de comandos o nome do comando “Explode” ou a sigla “EXPL”.

• Acessando a opção “Explode” na aba “Modify” da barra de menu.• Acessando o ícone “Explode” na barra de ferramentas.

Quando o comando for acionado, o usuário deverá selecionar objetos poligonais ou elementos compostos como blocos, para poder realizar a divisão das unidades primárias (Figura 6). Após a seleção do objeto é necessário confirmar o comando pressionando a tecla Enter.

FIGURA 6 – COMANDO EXPLODE

FONTE: O autor

Exemplo: Para aplicar o comando Explode, vamos desenhar um retângulo e seguir os passos abaixo:

Desenho do Retângulo:• Digite o atalho do comando Rectang na barra de comandos: REC.• Digite as coordenadas do primeiro ponto: 10,9.• Digite as coordenadas do segundo ponto: @30,10.

Comando Explode:• Digite o atalho do comando Explode na barra de comandos: EXPL.• Selecione o retângulo clicando sobre uma das arestas.• Confirme o comando pressionando a tecla Enter.

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TÓPICO 1 | COMANDOS DO SOFTWARE

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2.8 CHANFRO (CHAMFER)

O comando Chamfer tem a função de unir dois elementos através de um chanfro. A ativação deste comando pode ser realizada das seguintes maneiras:

• Digitando na barra de comandos o nome do comando “Chamfer” ou a sigla “CHA”.

• Acessando a opção “Chamfer” na aba “Modify” da barra de menu.• Acessando o ícone “Chamfer” na barra de ferramentas.

Quando o comando for acionado, o usuário deverá selecionar o objeto que deseja unir e informar a distância ou o ângulo para a realização da ligação entre os elementos. Se essa distância for zero, o AutoCAD une os elementos estendendo um ponto até o outro. Caso o usuário opte em informar a distância ou o ângulo, o AutoCAD relacionará a primeira distância com o primeiro elemento selecionado e a segunda com o segundo elemento (Figura 7), sendo esta a ordem de inserção do valor.

FIGURA 7 – COMANDO CHAMFER

FONTE: O autor

Exemplo: Para aplicar o comando, vamos desenhar duas linhas, sendo uma na direção horizontal e outra na direção vertical. Posteriormente aplique o comando Chamfer:

• Digite o atalho do comando Line na barra de comandos: L.• Digite as coordenadas da primeira linha do ponto inicial: 10, 30.• Digite as coordenadas da primeira linha do próximo ponto: 30, 30.

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UNIDADE 2 | DOMÍNIO DAS FORMAS

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• Cancele o comando utilizando a tecla: ESC.• Digite o atalho do comando Line na barra de comandos: L.• Digite as coordenadas da segunda linha do ponto inicial: 35, 10.• Digite as coordenadas da segunda linha do próximo ponto: 35, 25.• Cancele o comando utilizando a tecla: ESC.• Digite o atalho do comando Chamfer na barra de comandos: CHA.• Digite a letra “d” na barra de comandos para poder informar a distância: D.• Digite a distância do primeiro ponto: 5.• Digite a distância do segundo ponto: 5.• Clique sobre a primeira linha.• Clique sobre a segunda linha.

2.9 CONCORDÂNCIA (FILLET)

O comando Fillet tem a função de unir dois segmentos de reta através de um arco informando o ângulo de ligação. A ativação deste comando pode ser realizada das seguintes maneiras:

• Digitando na barra de comandos o nome do comando “Fillet” ou a sigla “F”.• Acessando a opção “Fillet” na aba “Modify” da barra de menu.• Acessando o ícone “Fillet” na barra de ferramentas.

Quando o comando for acionado, é necessário informar qual é o ângulo da concordância que o usuário deseja realizar. Para isso deve-se selecionar a função Radius através da tecla “R”, atribuir o valor da concordância e selecionar os segmentos de reta (Figura 8).

FIGURA 8 – COMANDO FILLET

FONTE: O autor

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TÓPICO 1 | COMANDOS DO SOFTWARE

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Exemplo: Para aplicar o comando Fillet, vamos desenhar duas linhas e posteriormente aplicar o comando:

• Digite o atalho do comando Line na barra de comandos: L.• Digite as coordenadas da primeira linha do ponto inicial: 10, 30.• Digite as coordenadas da primeira linha do próximo ponto: 30, 30.• Cancele o comando utilizando a tecla: ESC.• Digite o atalho do comando Line na barra de comandos: L.• Digite as coordenadas da segunda linha do ponto inicial: 35, 10.• Digite as coordenadas da segunda linha do próximo ponto: 35, 25.• Cancele o comando utilizando a tecla: ESC.• Digite o atalho do comando Fillet na barra de comandos: F.• Digite a letra “R” na barra de comandos para poder informar o raio: R.• Digite o raio: 3.• Clique sobre a primeira linha.• Clique sobre a segunda linha.

2.10 ESPELHAR (MIRROR)

O comando Mirror tem a função de criar uma cópia espelhada do elemento selecionado. A ativação deste comando pode ser realizada das seguintes maneiras:

• Digitando na barra de comandos o nome do comando “Mirror” ou a sigla “MI”.• Acessando a opção “Mirror” na aba “Modify” da barra de menu.• Acessando o ícone “Mirror” na barra de ferramentas.

Quando o comando for acionado, o usuário deverá selecionar o objeto e informar, através de dois pontos, o eixo de rotação do elemento. Por fim, é necessário confirmar se o objeto inicial será apagado ou não quando o comando for finalizado (Figura 9).

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UNIDADE 2 | DOMÍNIO DAS FORMAS

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FIGURA 9 – COMANDO MIRROR

FONTE: O autor

Exemplo: Para aplicar o comando Mirror, vamos desenhar um retângulo e seguir os passos:

Desenho do Retângulo:• Digite o atalho do comando Rectang na barra de comandos: REC.• Digite as coordenadas do primeiro ponto: 10,9.• Digite as coordenadas do segundo ponto: @30,10.

Comando Mirror:• Digite o atalho do comando Mirror na barra de comandos: MI.• Selecione o retângulo clicando sobre uma das arestas.• Selecione o ponto que se manterá o mesmo clicando sobre um dos vértices.• Selecione o segundo ponto, digitando as coordenadas: 30,20.• Confirme que não deseja apagar o retângulo na posição original digitando a

letra “N”.

2.11 DESFAZER (UNDO)

O comando Undo tem a função de desfazer o comando anteriormente aplicado. A ativação deste comando pode ser realizada das seguintes maneiras:

• Digitando na barra de comandos o nome do comando “Undo” ou a sigla “U”.• Acessando a opção “Undo” na aba “Modify” da barra de menu.• Acessando o ícone “Undo” na barra de ferramentas.

Page 85: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

TÓPICO 1 | COMANDOS DO SOFTWARE

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Quando o comando for acionado, o usuário deverá confirmar qual comando será desfeito e acionar a tecla “Enter”.

Exemplo: Para aplicar o comando Undo, vamos realizar o exemplo anterior e seguir estes passos:

• Digite o atalho do comando Undo na barra de comandos: U.• Confirme com Enter

2.12 CORTAR (TRIM)

O comando Trim é fundamentado pela função Cutting Edgs, o qual estabelece limites de cortes para o desenho através de elementos que o interceptam. A ativação deste comando pode ser realizada das seguintes maneiras:

• Digitando na barra de comandos o nome do comando “Trim” ou a sigla “TR”.• Acessando a opção “Trim” na aba “Modify” da barra de menu.• Acessando o ícone “Trim” na barra de ferramentas.

Quando o comando for acionado, o usuário deverá selecionar os elementos de limite de corte. Caso opte-se em não selecionar os limites, pula-se a etapa de seleção utilizando a tecla “Enter” e o AutoCAD considera que todos os elementos são Cutting Edges em relação ao ponto selecionado (Figura 10).

FIGURA 10 – COMANDO TRIM

FONTE: O autor

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UNIDADE 2 | DOMÍNIO DAS FORMAS

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Exemplo: Para aplicar o comando Trim, vamos desenhar três retângulos e remover os vértices de intercessão entre eles, conforme os passos a seguir:

• Digite o atalho do comando Rectang na barra de comandos para desenhar o

primeiro retângulo: REC.• Digite as coordenadas do primeiro ponto: 10,10.• Digite as coordenadas do segundo ponto: @5,30.• Digite o atalho do comando Rectang na barra de comandos para desenhar o

segundo retângulo: REC.• Digite as coordenadas do primeiro ponto: 10,40.• Digite as coordenadas do segundo ponto: @30,-5.• Digite o atalho do comando Copy na barra de comandos, para copiar o primeiro

retângulo: CO.• Selecione o primeiro retângulo.• Selecione o vértice superior direito do retângulo clicando sobre ele.• Selecione o vértice superior direito do segundo retângulo para criar a cópia.• Pressione a tecla Esc para finalizar o comando.• Digite o atalho do comando Trim na barra de comandos, para apagar as linhas

de intercessão: TR.• Pressione a tecla Enter para pular a etapa de informar os Cutting Edges.• Selecione as linhas que se deseja apagar clicando sobre ela, conforme a Figura

10.• Pressione a tecla Esc para finalizar o comando.

2.13 DUPLICAR (OFFSET)

O comando Offset permite que o usuário crie cópias paralelas de um elemento existentes. A ativação deste comando pode ser realizada das seguintes maneiras:

• Digitando na barra de comandos o nome do comando “Offset” ou a sigla “O”.• Acessando a opção “Offset” na aba “Modify” da barra de menu.• Acessando o ícone “Offset” na barra de ferramentas.

Quando o comando for acionado, o usuário deverá informar a distância entre o elemento original e aquele que será criado (Figura 11). Por fim, selecionamos o elemento original e indicamos a direção em que a cópia será gerada.

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TÓPICO 1 | COMANDOS DO SOFTWARE

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FIGURA 11 – COMANDO OFFSET

FONTE: O autor

Exemplo: Para aplicar o comando Offset, vamos desenhar um retângulo e seguir estes passos:

Desenho do Retângulo:• Digite o atalho do comando Rectang na barra de comandos: REC.• Digite as coordenadas do primeiro ponto: 10,9.• Digite as coordenadas do segundo ponto: @30,10.

Comando Offset:• Digite o atalho do comando Offset na barra de comandos: O.• Informe a distância entre os elementos: 10.• Selecione o retângulo clicando sobre uma das arestas.• Informe a direção da cópia.• Pressione a tecla Esc para finalizar o comando.

2.14 DIVIDIR (DIVIDE)

O comando Divide permite que o usuário divida o elemento em vários segmentos de mesma dimensão. A ativação deste comando pode ser realizada das seguintes maneiras:

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UNIDADE 2 | DOMÍNIO DAS FORMAS

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• Digitando na barra de comandos o nome do comando “Divide” ou a sigla “DIV”.

• Acessando a opção “Divide” na aba “Modify” da barra de menu.• Acessando o ícone “Divide” na barra de ferramentas.

Quando o comando for acionado, o usuário deverá selecionar o objeto e informar a quantidade de segmentos em que este vai ser dividido (Figura 12).

FIGURA 12 – COMANDO DIVIDE

FONTE: O autor

Exemplo: Para aplicar o comando, vamos desenhar uma linha e seguir estes passos:

• Digite o atalho do comando line na barra de comandos: L.• Digite as coordenadas da primeira linha do ponto inicial: 10, 30.• Digite as coordenadas da primeira linha do próximo ponto: 60, 30.• Cancele o comando utilizando a tecla: ESC.• Digite o atalho do comando divide na barra de comandos: DIV..• Selecione a linha.• Digite a quantidade de segmentos em que a linha será dividida.

3 COMANDOS DE AVERIGUAÇÃO

Os comandos de averiguação retornam os valores numéricos ao usuário, sendo estes valores correspondes à área ou ao perímetro de um polígono, à distância entre dois pontos, ao ângulo de uma reta, entre outras dimensões possíveis de mensurar.

3.1 MEDIDAS (MEASURE)

Os comandos de medidas possuem o intuito de auxiliar durante a elaboração e verificação do projeto. Através destes, o usuário pode conferir as dimensões de linhas, raios, ângulos, área, perímetro e até o volume de objetos 3D. A seguir, apresentaremos os comandos para averiguação da distância e da área.

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TÓPICO 1 | COMANDOS DO SOFTWARE

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3.1.1 Distância (Dist)

O comando Dist permite que o usuário meça a distância entre dois pontos no AutoCAD. A ativação deste comando pode ser realizada digitando o nome ou o atalho (DI) do comando na barra de comandos. Quando o comando for acionado, o usuário deverá selecionar o ponto inicial e o ponto final em que será realizada a medição. Posteriormente, o AutoCAD informará na barra de comandos a distância total e nos eixos X, Y e Z entre os pontos, e o ângulo de inclinação da distância medida (Figura 13).

FIGURA 13 – COMANDO DIST

FONTE: O autor

Exemplo: Para aplicar o comando, vamos desenhar um retângulo e medir a diagonal deste observando os passos a seguir:

• Digite o atalho do comando Rectang na barra de comandos: REC.• Digite as coordenadas do primeiro ponto: 10,10.• Digite as coordenadas do segundo ponto: @30,25.• Digite o atalho do comando Dist na barra de comandos: DI.• Selecione o primeiro vértice.• Selecione o vértice oposto, formando uma diagonal (Figura 13).

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UNIDADE 2 | DOMÍNIO DAS FORMAS

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3.1.2 Área (Area)

O comando Area possibilita a medição de áreas e perímetros de polígonos gerados no AutoCAD. A ativação deste comando pode ser realizada digitando o nome ou o atalho (AA) do comando na barra de comandos. Quando o comando for acionado, o usuário deverá selecionar cada vértice do polígono cujas dimensões se deseja conhecer clicando sobre eles. Posteriormente, o AutoCAD informará na barra de comandos o perímetro e a área do polígono (Figura 14).

FIGURA 14 – COMANDO AREA

FONTE: O autor

Exemplo: Para aplicar o comando, vamos desenhar um retângulo, conforme exemplo anterior e medir a área deste seguindo os passos:

• Digite o atalho do comando Area na barra de comandos: AA.• Selecione o primeiro vértice.• Selecione o segundo vértice.• Selecione o terceiro vértice.• Selecione o quarto vértice.• Confirme o comando pressionando a tecla Enter.

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TÓPICO 1 | COMANDOS DO SOFTWARE

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3.1.3 Propriedades dos Planos (Mass Properties)

O comando Mass Properties permite que o usuário copie as propriedades de um elemento para outro elemento. A ativação deste comando pode ser realizada digitando o nome ou o atalho (MA) do comando na barra de comandos. Quando o comando for acionado, o usuário deverá selecionar o elemento que possui as propriedades a serem copiadas (Layer, cor, fonte e escala), e, posteriormente, o elemento que receberá as novas propriedades.

4 COMANDOS DE TABELA

A elaboração de tabelas no AutoCAD ocorre de maneira similar aos programas da Microsoft. O usuário informa a quantidade de colunas e linhas desejadas através de uma caixa de diálogo (Figura 15), a qual pode ser acionada informando o nome ou atalho (TB) do comando na barra de comandos. Nesta caixa também podem ser inseridas tabelas elaboradas no Excel com a extensão .xls, sendo que as modificações na tabela serão realizadas na própria planilha do Excel. A seguir será apresentado cada item da caixa de diálogo:

• Table style: neste tópico é escolhida a formatação de texto que será adotada na criação da tabela.

• Insert options: nesta opção, deverá ser escolhido se a tabela vai ser criada no AutoCAD (Start from empty table) ou vai ser relacionada com o Excel (From a data link).

• Insertion behavior: nesta opção, devemos selecionar se a planilha vai ser referenciada por um ponto (Specify insertion point) ou por uma janela (Specify window).

FIGURA 15 – CAIXA DE DIÁLOGO

FONTE: O autor

Page 92: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

UNIDADE 2 | DOMÍNIO DAS FORMAS

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Dicionário de comandos

AARC - Cria um arco. AREA - Calcula a área e o perímetro de objetos ou de regiões definidas. ARRAY - Cria cópias múltiplas de objetos numa disposição definida. ARX - Carrega, descarrega e provê informações sobre aplicações ObjectARX. ATTDEF - Cria uma definição de atributo.ATTDISP - Controla a visibilidade de atributos globalmente.ATTEDIT - Muda informações de atributos. ATTEXT - Extrai dados de atributos. ATTREDEF - Redefine um bloco e atualiza os atributos associados.

B

BASE - Define o ponto base de inserção para o desenho corrente.BHATCH - Preenche uma área fechada ou objetos selecionados com um padrão de hachura.BLOCK - Cria uma definição de bloco com os objetos que você seleciona. BREAK - Apaga parte de um objeto ou divide um objeto em dois. BROWSER - Dispara o visualizador de Web default definido no Registry do Windows.

C

CAL - Calcula expressões matemáticas e geométricas. CHAMFER - Chanfra arestas de objetos. CHANGE - Muda as propriedades de objetos existentes. CHPROP - Muda a cor, layer, linetype, fator de escala de linetype, espessura, e estilo de plotagem de um objeto. CIRCLE - Cria um círculo. COLOR - Define a cor para os novos objetos. COPY - Copia objetos. COPYBASE - Copia objetos com um ponto base especificado.

D

DDEDIT - Edita textos e definições de atributos. DDPTYPE - Especifica o modo de exibição e o tamanho dos objetos POINT. DIM e DIM1 - Ativa o modo de dimensionamento (cotas). DIMALIGNED - Cria uma cota linear alinhada. DIMANGULAR - Cria uma cota angular. DIMBASELINE - Cria uma cota linear, angular, ou de coordenadas a partir da linha base da cota anterior. DIMCENTER - Cria a marca de centro ou as linhas de centro de círculos e arcos.DIMCONTINUE - Cria uma cota linear, angular, ou de coordenadas a partir da segunda linha de extensão da cota anterior ou de uma cota selecionada. DIMDIAMETER - Cria cotas de diâmetro para círculos e arcos. DIMEDIT - Edita cotas. DIMLINEAR - Cria cotas lineares. DIMORDINATE - Cria cotas de coordenadas. DIMOVERRIDE - Desconsidera temporariamente as variáveis de sistema, do grupo de cotas. DIMRADIUS - Cria cota radial para círculos e arcos.

IMPORTANTE

Page 93: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

TÓPICO 1 | COMANDOS DO SOFTWARE

83

DIMSTYLE - Cria e modifica estilos de dimensionamento. DIMTEDIT - Move e rotaciona textos de cotas. DIST - Mede a distância e o ângulo entre dois pontos. DIVIDE - Coloca pontos ou blocos igualmente espaçados ao longo do comprimento ou perímetro de um objeto. DONUT - Desenha círculos ou anéis com enchimento. DRAGMODE - Controla a maneira como o AutoCAD mostra objetos arrastados.DRAWORDER - Muda a ordem de exibição de imagens e outros objetos.DSETTINGS - Especifica os ajustes para o modo Snap, grid, e polar e osnap tracking.

E

ELLIPSE - Cria uma elipse ou um arco elíptico. ERASE - Apaga objetos de um desenho. EXPLODE - Quebra (desagrupa) um objeto composto em seus objetos componentes.EXPORT - Salva objetos em outros formatos de arquivo. EXTEND - Estende (estica) um objeto até atingir outro objeto.

F

FILL - Controla o preenchimento de multilinhas, traces, solids, hatch's e polylines com espessura.FILLET - Arredonda e fileta arestas de objetos. FILTER - Cria filtros reutilizáveis para selecionar objetos com base em propriedades. FIND - Procura, substitui, seleciona ou aproxima textos especificados.

G

GRAPHSCR - Alterna entre as janelas de texto e gráfica. GRID - Mostra uma grade de pontos no ViewPort corrente. GROUP - Cria um conjunto nomeado de objetos.

H

HATCH - Preenche um perímetro especificado com uma hachura. HATCHEDIT - Modifica uma hachura existente. HELP (F1) - Exibe o Help OnLine.

I

ID - Exibe os valores de coordenadas de um ponto. IMAGE - Gerencia imagens. IMAGEADJUST - Controla a exibição de imagens quanto a brilho, contraste e decaimento.IMAGEATTACH - Anexa uma nova imagem ao desenho corrente. IMAGECLIP - Cria novos limites de corte para um objeto imagem. IMAGEFRAME - Controla se o AutoCAD mostra a borda da imagem ou a esconde. IMAGEQUALITY - Controla a qualidade da exibição das imagens. IMPORT - Importa arquivos em vários formatos. INSERT - Insere um bloco nomeado ou um desenho no desenho corrente.

L

LAYER - Gerencia camadas (layers) e suas propriedades. LAYOUT - Cria um novo layout e renomeia, copia, salva, ou deleta um layout existente. LAYOUTWIZARD - Inicia o assistente de Layout, no qual você pode designar ajustes de página e de plotagem para um novo layout.

Page 94: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

UNIDADE 2 | DOMÍNIO DAS FORMAS

84

LEADER - Cria uma linha que conecta uma anotação a um objeto do desenho. LIMITS - Define e controla os limites do desenho e a exibição da grade de pontos (grid). LINE - Cria segmentos de reta (linhas). LINETYPE - Cria, carrega e seleciona tipos de linhas. LIST - Mostra informações da base de dados do desenho para os objetos selecionados.

M

MATCHPROP - Copia as propriedades de um objeto para outro(s). MEASURE - Coloca objetos POINT ou blocos a intervalos medidos ao longo de um objeto.MENU - Carrega o arquivo de menu. MENULOAD - Carrega arquivos de menus parciais. MENUUNLOADD - Descarrega arquivos de menus parciais. MINSERT - Insere instâncias múltiplas de um bloco em um array retangular. MIRROR - Cria uma cópia espelhada (invertida) de objetos.MLEDIT - Edita múltiplas linhas (mline) paralelas. MLINE - Cria múltiplas linhas (mline) paralelas MLSTYLE - Define um estilo para múltiplas linhas (mline) paralelas. MODEL - Troca entre uma aba de Layout e a aba de Model. MOVE - Move objetos a uma distância e direção especificadas. MSPACE - Troca do modo paper space para o model space. MTEXT - Cria texto multilinhas. MULTIPLE - Repete o próximo comando até cancelar. MVIEW - Cria janelas e ativa janelas flutuantes (vports) existentes.

N

NEW - Cria um novo arquivo de desenho.

O

OFFSET - Cria círculos concêntricos, linhas paralelas e curvas paralelas. OPEN - Abre um arquivo de desenho existente. OPTIONS - Personaliza opções do AutoCAD. ORTHO - Restringe movimentos do cursor às direções ortogonais. OSNAP - Define modos de OSNAP.

P

PAGESETUP - Especifica o layout da página, o plotter, tamanho de papel e ajustes para cada novo layout. PAN - Desloca a visão do desenho na janela corrente da tela. PARTIALOAD - Carrega parcialmente um desenho. PASTEBLOCK - Cola um bloco copiado em um novo desenho. PASTEORIG - Cola um objeto copiado em um novo desenho usando as coordenadas do desenho original. PLAN - Exibe uma vista em planta de um sistema de coordenadas do usuário. PLINE - Cria polylines bidimensionais. PLOT - Plota (imprime) um desenho em um plotter ou em um arquivo.PLOTSTYLE - Define o estilo de plotagem para novos objetos, ou atribui um estilo a objetos selecionados. PLOTTERMANAGER - Exibe o Plotter Manager, pelo qual você pode lançar o Assistente de Adicionar um Plotter e o Editor de Configuração de Plotter. POINT - Cria um objeto POINT. POLYGON - Cria uma polyline fechada de lados iguais. PREVIEW - Mostra como ficará o desenho após plotado (impresso).

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TÓPICO 1 | COMANDOS DO SOFTWARE

85

PROPERTIES - Controla propriedades de objetos existentes. PROPERTIESCLOSE - Fecha a janela de propriedades. PSETUPIN - Importa um setup definido pelo usuário em um novo desenho. PSPACE - Troca do ambiente model space para o paper space.PURGE - Remove objetos nomeados não usados, como blocos ou layers, da base de dados do desenho.

Q

QDIM - Cria rapidamente uma cota. QSAVE - Salva rapidamente o desenho corrente. QSELECT - Cria rapidamente uma seleção de objetos baseada em critérios de filtragem.QTEXT - Controla a exibição e plotagem de textos e atributos. QUIT - Sai do AutoCAD.

R

RAY - Cria uma linha semi-infinita. RECOVER - Recupera um desenho danificado. RECTANG - Desenha uma polyline retangular. REDEFINE - Restaura comandos desativados por UNDEFINE. REDO - Reverte os efeitos de comandos UNDO e U anteriores. REDRAW - Renova a exibição da janela corrente. REDRAWALL - Renova a exibição de todas as janelas. REFCLOSE - Salva ou descarta modificações feitas durante a edição de desenho ou bloco referenciado. REFEDIT - Seleciona uma referência para edição. REFSET - Adiciona ou remove objetos de um conjunto de objetos durante uma edição de objetos referenciados. REGEN - Regenera o desenho e renova a janela corrente. REGENALL - Regenera o desenho e renova todas as janelas. REGENAUTO - Controla a regeneração automática de um desenho. REGION - Cria um objeto REGION a partir de um conjunto de seleção de objetos existentes. REINIT - Reinicializa o mouse, mesa digitalizadora, portas e arquivo de parâmetros programáveis. RENAME - Muda nomes de objetos. ROTATE - Rotaciona objetos em torno de um ponto base.

S

SAVE - Salva o desenho com o nome corrente ou com outro nome. SAVEAS - Salva um desenho ainda não nomeado ou renomeia o desenho corrente.SCALE - Amplia ou reduz objetos selecionados igualmente nas direções X, Y, e Z. SCENE - Gerencia cenas no model space. SCRIPT - Executa uma sequência de comandos a partir de um script. SECTION - Usa a interseção de um plano e sólidos para criar um REGION. SELECT - Coloca objetos selecionados no conjunto de seleção anterior. SKETCH - Cria uma série de segmentos de linhas à mão livre. SNAP - Restringe o movimento do cursor a intervalos especificados. SPELL - Checa a ortografia de textos.SPLINE - Cria uma SPLINE quadrática ou cúbica. SPLINEDIT - Edita uma spline. STATUS - Mostra estatísticas do desenho, modos e extensões. STRETCH - Move ou estica objetos. STYLE - Cria ou modifica estilos nomeados e define o estilo corrente de seu desenho.STYLESMANAGER - Exibe o Gerenciador de Estilos de Plotagem. SYSWINDOWS - Arruma as janelas.

Page 96: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

UNIDADE 2 | DOMÍNIO DAS FORMAS

86

T

TEXT - Cria um texto mostrando na tela somente após ser totalmente digitado. TEXTSCR - Abre a janela de textos. TIME - Mostra estatísticas de data e hora de um desenho. TOOLBAR - Mostra, esconde e personaliza barras de ferramentas. TRANSPARENCY - Controla se o fundo de uma imagem é transparente ou opaco.TREESTAT - Mostra informação sobre o índice espacial corrente do desenho. TRIM – Corta objetos nas arestas de outros objetos.

U

U - Desfaz a operação mais recente. UCS - Gerencia o sistema de coordenadas do usuário. UCSICON - Controla a visibilidade e localização do ícone do UCS. UCSMAN - Gerencia sistemas de coordenadas de usuário. UNDEFINE - Permite um comando definido na aplicação sobrepujar um comando interno do AutoCAD. UNDO - Desfaz o efeito de comandos. UNION - Cria uma região composta ou um sólido por adição. UNITS - Controla o formato de exibição de coordenadas e ângulos e determina a precisão.

V

VIEW - Salva e restaura janelas denominadas. VIEWRES - Ajusta a resolução para objetos na janela corrente. VPORTS - Divide a área de desenho em múltiplas janelas justapostas ou flutuantes.

W

WBLOCK - Grava objetos ou blocos do desenho para um arquivo.

X

XATTACH - Anexa uma referência externa ao desenho corrente. XLINE - Cria uma linha infinita. XPLODE - Quebra um objeto composto em seus componentes. XREF - Controla referências externas a arquivos de desenho.

Z

ZOOM - Aumenta ou reduz o tamanho aparente de objetos no desenho corrente.

FONTE: ENGENHARIA360, 2018. Disponível em: < https://blogdaengenharia.com/wp-content/uploads/2018/05/Comandos_AutoCAD___Engenharia_360___Blog_da_

Engenharia.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2018.

Page 97: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

87

RESUMO DO TÓPICO 1

Neste tópico, você aprendeu que:

• O comando Trim é utilizado para recortar os desenhos em relação a uma linha de referência.

• Para duplicar o desenho podemos utilizar a função Offset, informando o lado e a distância a partir do objeto inicial.

• As tabelas podem ser criadas dentro do projeto no AutoCAD ou inseridas a partir de um programa externo, como o Excel.

• Para averiguar as medidas do projeto podemos fazer uso dos comandos Dist ou Area. No qual o primeiro é utilizado para medir a distância entre dois pontos e o segundo para levantar a área de um polígono.

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88

AUTOATIVIDADE

1 No AutoCAD é possível duplicar paralelamente elementos, como linhas, círculos e arcos, informando a distância entre eles. Assinale a seguir o comando que representa essa função:

a) ( ) Trimb) ( ) Offsetc) ( ) Copyd) ( ) Mirror

2 Os cortes do desenho podem ser realizados utilizando limites de cortes (Cutting Edgs). Assinale a seguir o comando que ativa esta função:

a) ( ) Trimb) ( ) Offsetc) ( ) Copyd) ( ) Mirror

3 As tabelas podem ser criadas dentro do AutoCAD ou adicionadas através de planilha do Excel. Caso opte em inserir uma tabela elaborada no Excel, assinale a extensão em que a tabela deverá ser salva:

a) ( ) .xlsmb) ( ) .xlsc) ( ) .xlsxd) ( ) .xlsb

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89

TÓPICO 2

DEFINIÇÃO DAS COORDENADAS

UNIDADE 2

1 INTRODUÇÃO

No AutoCAD são considerados dois sistemas para a realização das coordenadas, o World Coordinate System (WCS) e o User Coordinate System (UCS). O sistema WCS apresenta as coordenadas no formato de plano X, Y e Z, sendo o sistema padrão admitido pelo AutoCAD. Já o sistema UCS permite que o usuário defina as direções que o plano irá possuir desde que formem um ângulo de 90 graus entre si. A definição do sistema UCS é realizada dentro do ambiente de coordenadas WCS (Figura 16). Caso necessário, o usuário poderá inserir mais de um sistema UCS por projeto, permitindo desenhar elementos em diferentes planos.

FIGURA 16 – SISTEMA DE COORDENADAS

FONTE: O autor

2 COORDENADAS ABSOLUTAS

As coordenadas absolutas são constituídas a partir do plano cartesiano (X,Y,Z) e referenciadas com base no ponto de origem (0,0,0). Para desenhar o objeto no plano ou no espaço através das coordenadas absolutas, o usuário deverá informar os valores inteiros ou reais das coordenadas de cada ponto no formato (X, Y, Z).

Exemplo: Neste exemplo vamos iniciar a elaboração de um projeto arquitetônico residencial, portanto, vamos abrir um novo arquivo do AutoCAD e salvar em uma pasta conhecida atribuindo o nome “Projeto AulaCAD”. Para

Page 100: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

UNIDADE 2 | DOMÍNIO DAS FORMAS

90

fixar a aplicação das coordenadas absolutas, vamos desenhar o contorno externo da residência (Figura 17) utilizando os pontos do Quadro 1 e seguir estes passos:

• Digite o atalho do comando Line na barra de comandos: L.• Digite todos os pontos do Quadro 1.• Finalize o polígono pressionando a tecla Esc.• Salve o projeto.

CoordenadasPontos X Y

1 50 502 50 6003 325 6004 325 9505 575 9506 575 14157 1240 14158 1240 11059 1390 110510 1390 63011 1455 63012 1455 14013 1290 14014 1290 9015 600 9016 600 5017 50 50

QUADRO 1 – COORDENADAS DOS PONTOS X E Y

FONTE: O autor

Page 101: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

TÓPICO 2 | DEFINIÇÃO DAS COORDENADAS

91

FIGURA 17 – INÍCIO DO PROJETO DA RESIDÊNCIA

FONTE: O autor

3 COORDENADAS RELATIVAS

As coordenadas relativas são relacionadas com os deslocamentos nos eixos X, Y e Z do último ponto inserido. O deslocamento é informado através de valores inteiros ou reais, caso o deslocamento seja contrário ao sentido dos eixos, deverão ser atribuídos valores negativos para este. Para desenhar o objeto no plano ou no espaço através das coordenadas relativas, o usuário deverá informar o deslocamento utilizando o formato (@X,Y,Z), no qual cada valor representa o deslocamento no respectivo eixo.

Exemplo: Para fixar a aplicação das coordenadas relativas, vamos continuar o projeto inicializado no exemplo anterior seguindo os passos:

• Digite o atalho do comando Line na barra de comandos: L.• Digite o ponto 1 do Quadro 2.• Digite o deslocamento dos pontos 2 e 3 do Quadro 2 com o formato: @X,Y.• Finalize a linha pressionando a tecla Esc.• Vamos repetir os comandos para os próximos pontos. Digite o atalho do

comando Line na barra de comandos: L.• Digite o ponto 4 do Quadro 2.• Digite os valores dos pontos 5, 6 e 7 do Quadro 2 com o formato: @X,Y.• Finalize a linha pressionando a tecla Esc.• Digite o ponto 8 do Quadro 2.

Page 102: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

UNIDADE 2 | DOMÍNIO DAS FORMAS

92

• Digite os valores dos pontos 9 e 10 do Quadro 2 com o formato: @X,Y.• Finalize a linha pressionando a tecla Esc.• Digite o ponto 11 do Quadro 2.• Digite os valores dos pontos 12 e 13 do Quadro 2 com o formato: @X,Y.• Finalize a linha pressionando a tecla Esc.• Salve o projeto (Figura 53).

CoordenadasPontos X Y

1 70 502 0 553 -20 04 50 3005 20 06 0 307 -20 08 50 5709 20 010 0 3011 580 5012 0 5513 20 0

QUADRO 2 – DESLOCAMENTO DOS PONTOS X E Y

FONTE: O autor

FIGURA 18 – LINHAS INSERIDAS ATRAVÉS DOS PONTOS DO QUADRO 2

FONTE: O autor

Page 103: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

TÓPICO 2 | DEFINIÇÃO DAS COORDENADAS

93

4 COORDENADAS POLARES

As coordenadas polares são referenciadas a partir do ponto de origem do plano cartesiano (0,0,0), no qual o usuário deverá informar a distância total do novo ponto ao ponto de origem e o ângulo que esta distância forma com o eixo X. Para desenhar o objeto no plano ou no espaço através das coordenadas polares, o usuário deverá utilizar um dos formatos a seguir:

0.00<0.00 = Distância < ângulo em graus decimais.0.00<00d00’00.00” = Distância < grau d minutos ‘ segundos ”.0.00<0.00r = Distância < ângulo de radianos r.

Caso o usuário deseje inserir as coordenadas polares referenciando o último ponto inserido ao invés do ponto de origem, deverá ser adicionado o “@” antes de informar a distância total, semelhante ao método utilizado para inserir as coordenadas relativas. Entretanto, o valor do ângulo não deverá ser incrementado e este ângulo continuará a ser referenciado com o eixo horizontal do sistema cartesiano utilizado.

5 COMANDOS DE VISUALIZAÇÃO

Os comandos de visualização têm o intuito de auxiliar em todas as etapas do projeto, podendo ser considerados como ferramentas básicas para a inicialização do desenho. Através destes comandos, o usuário poderá navegar pela interface gráfica e localizar todos os elementos já desenhados em sua pasta de trabalho.

5.1 COMANDO ZOOM

O comando Zoom serve para ajustar o campo de visualização do projeto pelo usuário. Conforme o nível de detalhamento que necessitamos realizar, podemos afastar ou aproximar determinada área do projeto através deste comando. A ativação dele pode ser realizada das seguintes maneiras:

• Digitando na barra de comandos o nome do comando “Zoom” ou a sigla “Z”.• Acessando a opção “Zoom” na aba “View” da barra de menu.

Quando o comando estiver acionado, devemos especificar qual é o tipo de visualização que buscamos realizar (Figura 19).

Page 104: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

UNIDADE 2 | DOMÍNIO DAS FORMAS

94

FONTE: O autor

FIGURA 19 – COMANDO ZOOM

• Extents: permite o enquadramento de toda a extensão do desenho na interface gráfica.

• Window: permite que o usuário defina uma janela por dois pontos de uma diagonal, a qual será enquadrada na interface gráfica.

• Previous: esta opção possibilita retornar ao Zoom anterior.• Scale: esta função permite indicar uma escala para realizar o Zoom na interface

gráfica.

Quando ativada a função Scale, necessita indicar uma escala seguida no formato Nx ou Nxp, onde N representa o valor da escala, o fator x quando estamos utilizando a função no Model Space e o fator xp quando a função estiver ativa na Viewports.

5.2 COMANDO VIEWPORTS

O comando Viewports é utilizado para dividir a interface gráfica do AutoCAD em diversas janelas, permitindo que o usuário possa visualizar diferentes áreas do projeto ao mesmo tempo. A ativação deste comando pode ser realizada das seguintes maneiras:

• Digitando na barra de comandos o nome do comando “Viewports”.• Acessando a opção “Viewports” na aba “View” da barra de menu.

Quando o comando estiver acionado, devemos escolher como será realizada a divisão da interface gráfica do AutoCAD na janela Viewports que abrirá (Figura 20).

Page 105: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

TÓPICO 2 | DEFINIÇÃO DAS COORDENADAS

95

FIGURA 20 – CAIXA DE DIÁLOGO VIEWPORTS

FONTE: O autor

Após ser selecionada a quantidade de janelas e suas respectivas disposições, podemos ativar o comando Zoom e aproximar do local onde queremos realizar o desenho. Como exemplo, podemos observar a Figura 21, na janela da esquerda focamos em uma parte menor do desenho que necessita ser mais detalhada. Já na janela da direita, deixamos focalizado todo o desenho, assim podemos observar as modificações que realizarmos em todo o desenho.

Page 106: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

UNIDADE 2 | DOMÍNIO DAS FORMAS

96

FIGURA 21 – APLICAÇÃO DO COMANDO VIEWPORTS

FONTE: O autor

5.3 COMANDO PAN

Outra forma de navegarmos pela interface gráfica é utilizando a função Pan, através dela podemos arrastar a interface gráfica até o ponto desejado sem aplicar o comando Zoom. A ativação deste comando poderá ser realizada segurando ou botão Scroll do mouse ou digitando a função Pan na barra de comandos (Figura 22).

FIGURA 22 – COMANDO PAN

FONTE: O autor

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97

RESUMO DO TÓPICO 2

Neste tópico, você aprendeu que:

• O AutoCAD utiliza as coordenadas cartesianas (X, Y, Z) para a inserção dos pontos na interface gráfica.

• As coordenadas absolutas são referenciadas a partir do ponto (0,0) no plano cartesiano.

• Para inserir as coordenadas polares é necessário conhecer o ângulo entre o ponto inicial e final da reta.

• Para enquadrar o desenho na interface gráfica devemos utilizar o comando Zoom e a função Extents.

Page 108: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

98

AUTOATIVIDADE

1 No AutoCAD são considerados dois sistemas para a realização das coordenadas, o World Coordinate System (WCS) e o User Coordinate System (UCS). Em relação ao sistema UCS, assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F) para as alternativas a seguir:

a) ( ) O sistema UCS é o sistema padrão definido pelo AutoCAD.b) ( ) Os planos no sistema UCS são representados pelas coordenadas

cartesianas (X,Y, Z).c) ( ) O usuário tem a opção de definir mais de um sistema UCS por projeto.d) ( ) No sistema UCS não é permitido modificar a direção dos planos pelo

usuário.

2 O método para inserção das coordenadas pode ser realizado de quatro modos distintos no AutoCAD, sendo estes através das coordenadas Absolutas, Relativas, Polares ou Polares Relativas. Em relação aos modos de inserção das coordenadas, assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F) para as alternativas a seguir:

a) ( ) As coordenadas polares necessitam que o usuário informe o ângulo em relação ao eixo horizontal (X).

b) ( ) As coordenadas Absolutas são referenciadas a partir do último ponto adicionado.

c) ( ) As coordenadas Relativas são sempre referenciadas com base no ponto de origem do plano.

d) ( ) Nas coordenadas Relativas ou Polares Relativas, o usuário sempre deve informar a sigla “@” antes do deslocamento.

3 Fazendo uso do comando Zoom, o usuário pode afastar ou aproximar determinada área do projeto, conforme o nível de detalhamento. Em relação às funções de ativação deste comando, assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F) para as alternativas a seguir:

a) ( ) Para focalizar todos os objetos desenhados na interface gráfica é utilizada

a função Extents.b) ( ) A função Scale permite ao usuário focalizar objetos através de um valor

de escala definido.c) ( ) Utilizando a função Window é possível enquadrar objetos através de uma

janela.d) ( ) Para retroceder ao Zoom anterior é utilizada a função Scale.

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99

TÓPICO 3

DEFINIÇÃO DAS LAYERS

UNIDADE 2

1 INTRODUÇÃO

As layers são as camadas independentes do desenho, através destas camadas podemos agrupar elementos semelhantes para atribuir características em massa. A utilização das layers também proporciona uma melhor organização durante a realização e avaliação do projeto pelo usuário ou por outro profissional que receberá o projeto.

Como exemplo, podemos observar a realização de um projeto arquitetônico de uma residência, especificadamente a planta baixa. Neste caso, se utilizarmos uma única layer para desenhar as paredes e os móveis da residência (Figura 23), quando formos passar para a etapa de dimensionar o projeto estrutural, os detalhes dos móveis irão sobrecarregar o desenho. Entretanto, se criarmos uma layer para as paredes e outra para detalhar os móveis (Figura 24), na etapa de realizar o cálculo da estrutura, poderemos ocultar a layer dos móveis e assim obter um desenho mais limpo para o dimensionamento estrutural.

FIGURA 23 – DESENHO COM UMA ÚNICA LAYER

FONTE: O autor

Page 110: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

100

UNIDADE 2 | DOMÍNIO DAS FORMAS

FIGURA 24 – DESENHO COM A LAYER DOS MÓVEIS OCULTA

FONTE: O autor

2 CRIAÇÃO DE LAYERS

O AutoCAD inicia o projeto apenas com uma única layer “0” ativa, quando salvamos este projeto, automaticamente é criada uma layer denominada Defpoints. Contudo, ao iniciarmos o projeto, devemos inserir novas layers que identificam a etapa do desenho que está sendo realizada. Para criar novas layers, devemos abrir a janela Layer no item “Format” da barra de menu e clicar no ícone que representa New Layer (Figura 25 item 1).

Page 111: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

TÓPICO 3 | DEFINIÇÃO DAS LAYERS

101

12

FIGURA 25 – CAIXA DE DIÁLOGO LAYER

FONTE: O autor

Quando se cria uma nova layer, devemos informar o nome desta no item Name, e também é recomendado escolher uma nova cor para representá-la no item Color. Através desta cor é que podemos configurar as propriedades de impressão do respectivo layer, como a espessura e cor da linha.

Exemplo: Para aplicarmos o comando layer, vamos continuar o nosso projeto salvo anteriormente seguindo os passos:

• Crie uma layer com o nome de “Térreo”.• Selecione a cor 20.• Crie uma layer com o nome de “Cotas”.• Selecione a cor 254.• Crie uma layer com o nome de “Móveis”.• Selecione a cor 9.• Salve o projeto.

3 MANIPULAÇÃO DE LAYERS

A manipulação das layers deve ser realizada na caixa de diálogo Layer. Nesta caixa pode-se ativar, bloquear, congelar e ocultar as layers, conforme apresentado a seguir:

Page 112: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

102

UNIDADE 2 | DOMÍNIO DAS FORMAS

3.1 ATIVAÇÃO DA LAYER

A layer ativa no AutoCAD é representada pela seta verde no item Status da caixa de diálogo, desta forma tudo o que será desenhado ou inserido ficará contido nessa layer. Para selecionar outra layer, deve-se clicar sobre a imagem de retângulo azul e este mudará para a seta verde ativando o layer ou selecionando a layer que se deseja ativar e clicar na seta verde representada pelo item 2 da Figura 25.

3.2 CONGELAR A LAYER

Para congelar uma layer, devemos clicar no item Freeze da respectiva layer. Com isso o ícone mudará de um sol amarelo para uma neve azul e os objetos desaparecerão da interface gráfica para não serem rastreados.

3.3 OCULTAR A LAYER

Para ocultar a layer, devemos clicar no item On da respectiva layer. Desta forma, o ícone mudará de uma lâmpada amarela para uma lâmpada cinza, representando que os objetos estão ocultos, mas poderão ser rastreados diferentemente da função congelar.

3.4 BLOQUEAR A LAYER

Para bloquear uma layer, devemos clicar no item Lock da respectiva layer. Assim, o ícone do cadeado aberto mudará para um cadeado fechado, representando que os objetos contidos naquela layer estão visíveis, mas não poderão ser modificados pelo usuário.

3.5 IMPRIMIR A LAYER

A layer possibilita que o usuário ative ou desative a impressão de determinados objetos, assim, quando não queremos imprimir um grupo de objetos, desativamos o ícone da impressora localizada no item Plot.

3.6 EXCLUSÃO DE LAYER

Para excluir uma layer, devemos selecioná-la e clicar no botão Delete Layer na caixa de diálogo, representado por um “X” vermelho. É importante destacar que apenas as layers que não possuem nenhum elemento e não estão ativadas podem ser excluídas.

Page 113: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

TÓPICO 3 | DEFINIÇÃO DAS LAYERS

103

3.7 MODIFICAÇÃO DE OBJETOS

Para modificar a layer de objetos desenhados, devemos selecionar os objetos e modificar a layer no gerenciador de Layers localizado na barra de ferramentas (Figuras 26 e 27).

FIGURA 26 – GERENCIADOR DE LAYERS

FONTE: O autor

FIGURA 27 – MUDANÇA DA LAYER DO DESENHO

FONTE: O autor

Exemplo: Para aplicarmos o que aprendemos, vamos modificar as layers do nosso projeto residencial salvo anteriormente seguindo estes passos:

• Selecione todos os objetos desenhados através de uma janela utilizando o

mouse.• Abra o Gerenciador de Layers localizado na barra de ferramentas.

Page 114: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

104

UNIDADE 2 | DOMÍNIO DAS FORMAS

• Selecione a layer “Térreo”.• Salve o projeto.

4 CONJUNTO DE FORMAS (BLOCK)

Os blocos são utilizados para otimizar o trabalho do usuário, juntando diferentes elementos geométricos (linhas, arcos, círculos, entre outros) em um único elemento especial. Desta forma, a realização de cópias destes elementos pode ser efetuada com maior eficiência durante a elaboração do projeto. Caso seja necessário copiar os blocos criados em um projeto para outro projeto, devemos transformar os blocos em arquivos independentes através do comando Wblock.

4.1 COMANDO BLOCK

O comando Block é utilizado para criar blocos na interface gráfica do AutoCAD atual, permitindo que o usuário possa otimizar o processo de cópia de um conjunto de elementos. A ativação deste comando pode ser realizada das seguintes maneiras:

• Digitando na barra de comandos o nome do comando “Block”.• Acessando a opção “Block” na aba “Insert” da barra de menu.

Quando acionamos o comando, é aberta uma caixa de diálogo referente ao comando Block (Figura 28). Nesta caixa devemos atribuir inicialmente um nome para o elemento no item Name. A seleção do conjunto de elementos que pretendemos formar um bloco pode ser realizada anteriormente à ativação do comando ou no item Objects. Neste item iremos clicar no botão Select Objects e selecionar os objetos na interface gráfica, confirmando através da tecla Enter. Por fim, devemos informar o ponto de referência do bloco no item Base Point, clicando no botão Pick Point e selecionando o ponto dentro da interface gráfica, assim, toda vez que buscarmos introduzir este bloco no projeto, o ponto utilizado para a rotação e colagem será o referenciado.

Page 115: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

TÓPICO 3 | DEFINIÇÃO DAS LAYERS

105

FIGURA 28 – CAIXA DE DIÁLOGO BLOCK

FONTE: O autor

4.2 COMANDO WBLOCK

O comando WBlock é utilizado para criar blocos na interface gráfica do AutoCAD com a opção de importá-los para um arquivo separado. A ativação deste comando pode ser realizada digitando na barra de comandos o nome do comando “WBlock”.

Quando acionamos o comando, é aberta uma caixa de diálogo referente ao comando WBlock (Figura 29). Nesta caixa, como no comando Block, devemos atribuir um nome para o elemento, selecionar o conjunto de formas e o ponto de base que irão constituir o bloco. Porém, no item Destination, iremos selecionar a pasta de trabalho em que o bloco será salvo e atribuir um nome para o arquivo, assim, quando for necessário inserir este bloco em outro projeto, podemos buscá-lo no local em que foi salvo.

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UNIDADE 2 | DOMÍNIO DAS FORMAS

FIGURA 29 – CAIXA DE DIÁLOGO WBLOCK

FONTE: O autor

4.3 COMANDO INSERT

O comando Insert é utilizado para inserir blocos na interface gráfica do AutoCAD com a opção de importá-los de um outro arquivo. A ativação deste comando pode ser realizada digitando na barra de comandos o nome do comando “Insert”.

Quando acionamos o comando, é aberta uma caixa de diálogo referente ao comando Insert (Figura 30). Nesta caixa, devemos localizar o bloco dentro do projeto ou em uma pasta do Windows utilizando a opção Browse. Posteriormente, podemos modificar a escala original do bloco no item Scale ou atribuir um ângulo para a rotação do bloco no item Rotation.

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TÓPICO 3 | DEFINIÇÃO DAS LAYERS

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FIGURA 30 – CAIXA DE DIÁLOGO INSERT

FONTE: O autor

DICAS

Podemos “travar” um bloco, impedindo sua explosão, desmarcando a opção “allow exploding”, no momento de sua criação, por meio do comando Block.

Page 118: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

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RESUMO DO TÓPICO 3

Neste tópico, você aprendeu que:

• As layers proporcionam uma melhor organização durante a realização e avaliação do projeto.

• Para modificar as layers devemos fazer uso da caixa de diálogo localizada na barra de ferramentas do AutoCAD.

• Os desenhos podem ser agrupados em um único elemento através da função block.

• Os blocos criados no AutoCAD podem ser exportados ou importados de outro projeto existente através das funções Insert e Wblock.

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1 No AutoCAD as Layers são caracterizadas como camadas independentes do desenho, por meio destas camadas podemos agrupar elementos semelhantes para atribuir características em massa. Em relação às Layers, assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F) para as alternativas a seguir:

a) ( ) As layers poderão ser excluídas pelo usuário a qualquer momento, independentemente de existir objetos inseridos nestas.

b) ( ) As layers congeladas não serão visíveis e rastreáveis pelo usuário.c) ( ) As layers ocultas não serão visíveis e rastreáveis pelo usuário.d) ( ) As layers que possuírem o ícone de Plot ativo poderão ser impressas pelo

usuário.

2 O AutoCAD permite que o usuário agrupe um conjunto de formas através da função Block ou Wblock. Em relação aos blocos, assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F) para as alternativas a seguir:

a) ( ) O comando Block tem a finalidade de criar blocos dentro do projeto.b) ( ) Os blocos possibilitam a otimização do processo de cópia de um conjunto

de elementos. c) ( ) O comando WBlock é utilizado para criar blocos na interface gráfica do

AutoCAD com a opção de importá-los para um arquivo separado.d) ( ) O comando Insert é utilizado para criar blocos e inseri-los na interface

gráfica do AutoCAD com a opção de importá-los de um outro arquivo.

AUTOATIVIDADE

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Page 121: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

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TÓPICO 4

FORMATAÇÃO DAS LINHAS E DE TEXTOS

UNIDADE 2

1 INTRODUÇÃO

O projetista tem como opção utilizar diversos métodos para enfatizar algum elemento de seu desenho. Por exemplo, quando estamos desenhando uma vista em perspectiva isométrica fazemos uso de uma representação de tracejado para as linhas de fundo. Desta forma, o leitor do projeto percebe que aquele plano está localizado em uma dimensão diferente dos outros. A utilização dos softwares de CAD permite aplicarmos estas técnicas de desenho para complementar os nossos projetos.

Neste tópico, veremos como modificar as propriedades e os tipos das linhas no AutoCAD. Também aprenderemos como inserir textos e modificá-los de acordo com o objetivo requerido no projeto. Com a utilização destes comandos podemos tornar o projeto mais autêntico, personalizando o desenho.

2 ESTILOS DE LINHAS

As linhas representam o traçado básico do desenho, como já vimos durante o decorrer do livro. Quando buscamos enfatizar ou ocultar um elemento, podemos modificar o estilo das linhas de acordo com a situação que se pretende representar. Um exemplo para a aplicação é a projeção do telhado na planta baixa (Figura 31). Como o objetivo do projeto é apresentar a planta baixa, podemos modificar o estilo da linha do telhado (cor, tipo ou espessura) para que este não seja confundido com o desenho da parede da residência.

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UNIDADE 2 | DOMÍNIO DAS FORMAS

FIGURA 31 – DIFERENÇA DA PROJEÇÃO DO TELHADO E DA PAREDE

FONTE: O autor

2.1 COMANDO LINETYPE (TIPO DE LINHA)

O comando Linetype é utilizado para alterar o desenho das linhas no AutoCAD. Neste comando podemos inserir tipos de linhas e modificar a escala destas linhas. A ativação deste comando pode ser realizada digitando na barra de comandos o nome do comando “Linetype”.

Quando acionamos o comando, é aberta uma caixa de diálogo referente ao comando Linetype (Figura 32). Nesta caixa, podemos alterar as linhas referentes ao Layer ou Block e também adicionar novas linhas no botão Load.

Page 123: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

TÓPICO 4 | FORMATAÇÃO DAS LINHAS E DE TEXTOS

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FIGURA 32 – CAIXA DE DIÁLOGO LINETYPE

FONTE: O autor

Para adicionar outro tipo de linha, devemos carregar uma das opções disponibilizadas pelo AutoCAD na função Load (Figura 33). Caso seja necessário escolher alguma representação diferente das disponíveis, pode-se realizar a leitura na pasta do Windows através da função File.

FIGURA 33 – FUNÇÃO LOAD

FONTE: O autor

Page 124: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

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UNIDADE 2 | DOMÍNIO DAS FORMAS

A escala da linha deve ser configurada de acordo com a representação do elemento, portanto a alteração desta escala pode ser realizada no item Hide details (Figura 34) da caixa de diálogo Linetype.

FIGURA 34 – FUNÇÃO HIDE DETAILS

FONTE: O autor

2.2 LINEWEIGHT (ESPESSURA DAS LINHAS)

O comando Lineweight permite que o usuário configure a espessura da linha do layer que está ativado. Através deste comando, também é possível modificar o padrão Default utilizado pelos layers. A ativação deste comando pode ser realizada digitando na barra de comandos o nome do comando “Lineweight”.

Quando acionamos o comando, é aberta uma caixa de diálogo referente ao comando Lineweight (Figura 36). Nesta caixa, podemos alterar as espessuras da linha do layer ativo e do padrão Default do AutoCAD. Caso seja necessário modificar a espessura das linhas de um elemento existente, devemos selecionar este elemento e alterar a espessura no atalho do comando Lineweight da barra de ferramentas (Figura 35).

FIGURA 35 – ATALHO DA FUNÇÃO LINE DA BARRA DE FERRAMENTAS

FONTE: O autor

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TÓPICO 4 | FORMATAÇÃO DAS LINHAS E DE TEXTOS

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FIGURA 36 – CAIXA DE DIÁLOGO LINEWEIGHT

FONTE: O autor

2.3 COLOR CONTROL (CORES DAS LINHAS)

O comando Color Control permite que o usuário configure a cor da linha do layer que está ativado. A ativação deste comando pode ser realizada digitando na barra de comandos o nome do comando “Color”.

Quando acionamos o comando, é aberta uma caixa de diálogo referente ao comando Color Control (Figura 38). Nesta caixa, podemos alterar a cor da linha do layer ativo. Quando necessitamos modificar a cor das linhas de um elemento existente, devemos selecionar este elemento e alterar a cor no atalho do comando Color Control da barra de ferramentas (Figura 37).

FIGURA 37 – CAIXA DE DIÁLOGO COLOR CONTROL

FONTE: O autor

Page 126: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

116

UNIDADE 2 | DOMÍNIO DAS FORMAS

3 ESTILOS DE TEXTOS

Na realização de projetos, o desenhista busca padronizar diferentes elementos, garantindo autenticidade e agilidade em seus trabalhos. Neste sentido, podemos elaborar um padrão de textos que usaremos no nosso projeto, conforme veremos a seguir.

3.1 CONFIGURAÇÃO DO TEXTO (STYLE)

O comando Style permite que o usuário defina estilos de textos para utilizar no desenho. A ativação deste comando pode ser realizada digitando na barra de comandos o nome do comando “Style”.

Quando acionamos o comando é aberta uma caixa de diálogo referente ao comando Style (Figura 38). Nesta caixa, podemos modificar estilos existentes ou elaborar novos estilos para os textos do desenho.

FIGURA 38 – CAIXA DE DIÁLOGO STYLE

FONTE: O autor

• Set Current: permite ativar o estilo selecionado como o padrão para novos textos.

• New: permite criar novos estilos de textos.• Delete: permite excluir um estilo de texto existente.

Page 127: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

TÓPICO 4 | FORMATAÇÃO DAS LINHAS E DE TEXTOS

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• Font: permite escolher a fonte que será usada (Font Name) e as opções de negrito ou itálico (Font Style).

• Size: permite alterar a altura do texto (Height). Caso se opte em deixar o valor 0, sempre que for inserir o texto deverá informar a altura deste.

Os textos novos serão criados com as propriedades do estilo ativo, mas alterar estas propriedades posteriormente não modificará os outros textos existentes.

IMPORTANTE

Exemplo: Para aplicarmos o comando Style, vamos criar três padrões de estilos para o nosso projeto residencial, seguindo estes passos:

• Crie um novo estilo de texto clicando sobre “New”.• Atribua o nome de “Escala 1-50”.• Modifica o valor da altura (Height) para 15.• Pressione o botão Apply.• Crie um novo estilo de texto clicando sobre “New”.• Atribua o nome de “Impressão”.• Modifica o valor da altura (Height) para 2.5.• Pressione o botão Apply.• Selecione o estilo “Escala 1-50” e ative este como padrão em Set Current.• Salve o projeto.

3.2 TEXTO DE LINHA ÚNICA (TEXT)

O comando Text permite que o usuário insira textos simples na interface gráfica. A ativação deste comando pode ser realizada digitando na barra de comandos o nome do comando “Text”. Quando acionamos o comando (Figura 39), devemos informar o ângulo em que o texto será escrito através de dois pontos. Também é possível modificar o alinhamento do texto utilizando a opção Justify e o estilo do texto com a opção Style.

FIGURA 39 – COMANDO TEXT

FONTE: O autor

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UNIDADE 2 | DOMÍNIO DAS FORMAS

3.3 TEXTO DE MÚLTIPLAS LINHAS (MTEXT)

O comando Mtext permite que o usuário insira textos na interface gráfica através de uma caixa de texto. A ativação deste comando pode ser realizada digitando na barra de comandos o nome do comando “Mtext”. Quando acionamos o comando (Figura 40), devemos informar a posição em que o texto irá ser localizado através de dois pontos. Posteriormente é aberta uma nova aba com ferramentas para a edição do recuo de parágrafos, do estilo do texto, da altura do texto, da fonte do texto, do sublinhado do texto, entre outras funções de formatações sem necessitar utilizar o comando Style.

FIGURA 40 – COMANDO MTEXT

FONTE: O autor

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TÓPICO 4 | FORMATAÇÃO DAS LINHAS E DE TEXTOS

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LEITURA COMPLEMENTAR

USO DO AUTOCAD COMO RECURSO DIDÁTICO NO ENSINO DE INTERPRETAÇÃO DO RELEVO DA SUPERFÍCIE TOPOGRÁFICA

REPRESENTADO POR CURVAS DE NÍVEL

INTRODUÇÃO

A interpretação e a representação do relevo são de extrema importância em vários projetos da área de Engenharia. Para uma boa interpretação do relevo do terreno é de suma importância que as informações coletadas o representem de forma consistente, podendo estas serem obtidas por imageamento ativo e passivo, técnicas de levantamentos topográficos e geodésicos, entre outras técnicas. Entre as metodologias de representação do relevo estão o modelo digital de terreno (MDT) e modelos digitais de elevações (MDE). Para Haala e Brenner (1999), o conjunto de pontos que representa as edificações e outros objetos, tais como árvores, sobre a superfície é definido como MDE, enquanto o conjunto de pontos que representa apenas o terreno é definido como MDT.

[...] Com base no levantamento desses pontos é possível representar

a superfície, da forma como se apresenta o relevo, em um plano horizontal. O resultado dessa representação é denominado carta topográfica altimétrica [...].

O método das curvas de nível consiste em reproduzir os pontos que apresentam a mesma cota e/ou altitude em relação ao plano de referência. Estes pontos são ligados por linhas fechadas que os unem como resultado da interseção de planos horizontais equidistantes no terreno (COMASTRI; TULER, 1999).

[...] Na prática percebe-se que não é simples identificar e isolar, por exemplo: montanhas, ondulações, divisor de águas, linha de cumeada, garganta, bacia hidrográfica (consultar Guerra e Guerra (1999) para mais informações), com a simplicidade que se apresenta por vários autores. Isto devido ao grande número de linhas necessárias para compor a representação, o que torna difícil a visualização espacial.

Para definir um padrão em nossa mente é necessário, primeiramente, conhecê-lo e verificar suas particularidades. Dentre os diversos tipos de padrões que definem a forma do relevo do terreno, ressalta-se o conjunto de regras conhecido por Leis de Brisson, de grande utilidade no processo de identificação da forma do relevo do terreno, notadamente em regiões montanhosas.

Apesar de as Leis de Brisson proporcionarem uma descrição detalhada e exemplificada para cada tipo de relevo, observa-se, na experiência como docente, que boa parte dos alunos apresenta dificuldades para visualizar tridimensionalmente a superfície.

Page 130: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

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UNIDADE 2 | DOMÍNIO DAS FORMAS

Frente à necessidade do emprego de tecnologias que possam auxiliar nos trabalhos de representação cartográfica, uma ferramenta muito utilizada é o aplicativo Desenho Auxiliado por Computador – Computer Aidede Design (CAD). Essa ferramenta, com uma ampla aplicação em diversas áreas, tem sido igualmente útil nas áreas técnicas, principalmente no ensino da topografia.

O programa AutoCAD 2007, versão student, possui ferramentas que proporcionam a modelagem da superfície em terceira dimensão, podendo este constituir em um excelente recurso didático-pedagógico no ensino teórico e prático de leitura das informações contidas em uma carta topográfica altimétrica.

Com o objetivo de auxiliar no desenvolvimento da habilidade cognitiva na visualização da forma do relevo, foi proposto o uso do AutoCAD 2007 versão student para efetuar a representação tridimensional das superfícies terrestres descritas nas Leis de Brisson.

OBTENÇÃO DO MODELO DIGITAL DE ELEVAÇÃO DA SUPERFÍCIE DESCRITA NA SEGUNDA LEI DE BRISSON

Com a finalidade de demonstrar a aplicabilidade das ferramentas do AutoCAD [...] como um mecanismo de apoio didático na visualização espacial da superfície topográfica, foi reconstruído tridimensionalmente o relevo descrito pela segunda Lei de Brisson: “O ponto de encontro dos divisores de água de dois ou mais contrafortes na linha de cumeada é um pico ou cume.”

O modelo que representa a segunda Lei de Brisson foi inserido no programa AutoCAD 2007, versão student e posteriormente efetuou-se a vetorização das curvas de nível utilizando o comando polyline. A cada curva de nível digitalizada foi associada a sua cota. Criou-se uma rede de pontos com coordenadas x e y, sendo a coordenada z dos respectivos pontos associada pelo emprego do método de interpolação. Com estes pontos foi gerada uma malha retangular utilizando o comando 3D Mesh.

Para visualizar a malha retangular gerada usou-se o comando 3D wireframe. Essa malha também foi visualizada como uma superfície sólida, para tanto, foi empregado comando realistic.

Com a finalidade de facilitar a prática docente e melhor explorar o recurso adotado, foi efetuada a individualização em layers dos elementos que compõem a figura e das feições que representam seus pontos notáveis.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A visualização da superfície tridimensional foi possível ao mudar a perspectiva do ângulo de visada do observador. Isto foi conseguido utilizando o comando Free Orbit.

Page 131: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

TÓPICO 4 | FORMATAÇÃO DAS LINHAS E DE TEXTOS

121

Dependendo da posição de observação/ponto de visada, nota-se que os contornos e arestas ficam mais evidenciados, mas ocorre a sobreposição de linhas, o que dificulta a observação da forma do relevo. Esta dificuldade é pertinente para quem possui experiência em trabalhos desta natureza, e fica mais evidente a compreensão para os discentes.

Para uma melhor demonstração da forma do relevo, foi criada uma rede de pontos cotados, com os quais gerou-se uma malha retangular. [...] verifica-se que com a rede de pontos cotados houve uma melhora na percepção da forma do relevo. No entanto, dependendo do ponto de observação, ainda persiste a dificuldade de visualização decorrente da sobreposição de informações da parte frontal com a posterior.

Com a malha de pontos cotados foi confeccionada uma malha retangular da superfície (como apresentado na imagem abaixo à esquerda).

A malha retangular ainda possui dificuldades na visualização dos contornos e arestas de toda a superfície.

A eliminação desta dificuldade foi resolvida com a criação de uma superfície sólida. Mesmo com a criação da superfície sólida, ainda persiste a dificuldade na visualização dos contornos e arestas na representação do relevo, independentemente da posição do observador.

Na superfície sólida algumas feições foram evidenciadas, facilitando a visualização de parte dos pontos notáveis do relevo, por exemplo, o destaque das linhas de drenagem e das linhas de cumeada.

[...] a possibilidade de acrescentar as curvas de nível [...] com a habilitação do seu layer [...] proporciona uma visão tridimensional da localização das curvas de nível no terreno, possibilitando melhores condições para a percepção e correlação espacial dos pontos notáveis da forma do relevo (como apresentado na imagem abaixo à direita).

FONTE: Adaptado de Tavares, Ferreira e Santos (2014)

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UNIDADE 2 | DOMÍNIO DAS FORMAS

O programa permite também incrementar efeitos na superfície sólida criada, a exemplo, a sua iluminação com o comando New point Light.

Ao iluminar a superfície sólida, as encostas que compõem o relevo foram melhor evidenciadas, facilitando a identifi cação e localização dos divisores de água, dos talvegues (cursos d’água) e das vertentes [...].

Esta nova forma de apresentação da superfície sólida também possibilita os estudos e análises das áreas sombreadas de acordo com a posição do ponto de iluminação. Este recurso possibilita a criação de uma base de informações que podem ser utilizadas em outras áreas do conhecimento, a exemplo no planejamento territorial, conforme mencionado por Florenzano (2008, p. 87).

Nessa superfície sólida também se pode representar digitalmente os demais elementos que constituem a superfície.

Na fi gura a seguir, as curvas de nível são representadas pelas linhas pretas e cheias; as linhas de cumeada pelas linhas brancas e tracejadas; os divisores de água por linhas brancas e pontilhadas, e os talvegues (cursos d’água), pelas linhas brancas e cheias.

FONTE: Tavares, Ferreira e Santos (2014)

Nesta forma de apresentação do relevo a visualização da superfície torna-se mais evidente, uma vez que os seus elementos podem ser inseridos gradativamente, indicando a posição das feições.

O comando layer é um recurso que também permite efetuar mudanças na cor dos elementos e realçar o seu contraste, criando destaques dos elementos de interesse, o que proporciona uma melhor identifi cação destes.

Assim, com a utilização dos comandos e procedimentos mencionados, foi possível elaborar o modelo do relevo descrito por Brisson de forma tridimensional e associar elementos que indicam suas feições. Isto possibilita a construção do conhecimento pela associação da representação com a realidade.

Page 133: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

TÓPICO 4 | FORMATAÇÃO DAS LINHAS E DE TEXTOS

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CONCLUSÃO

Este trabalho apresentou um estudo sobre o uso do programa AutoCAD 2007 como recurso didático no ensino da interpretação do relevo topográfico. Para validar o estudo proposto foram conduzidos testes com dados reais. A representação da superfície do terreno descrita pela segunda Lei de Brisson na sua configuração tridimensional foi possível utilizando as ferramentas do programa AutoCAD 2007, versão student.

As ferramentas do programa constituem uma importante metodologia de apoio didático/pedagógico no estudo de uma superfície.

A visualização espacial da superfície de forma tridimensional pode ser realizada sob vários ângulos de observação/visada, o que facilita a compreensão da forma do relevo.

Ressalta-se que, além da visualização tridimensional, a possibilidade de demonstrar gradativamente os elementos que constituem a superfície aguça a percepção espacial, auxiliando no desenvolvimento da habilidade cognitiva que leva à associação da representação com a realidade, podendo tornar as atividades desta natureza mais atrativas e produtivas.

Mesmo constituindo em um importante recurso de apoio didático/pedagógico no ensino de interpretação do relevo da superfície topográfica, há a necessidade de conhecer, de fato, as ferramentas do programa, para que o usuário possa dar sentido ao processo de ensino-aprendizagem.

Para ler o artigo na íntegra, consulte a referência:

TAVARES JR., J. B.; FERREIRA, L.; SANTOS, D. R. Uso do Autocad como recurso didático no ensino de interpretação do relevo da superfície topográfica representado por curvas de nível. Revista Brasileira de Cartografia, [S. l.], v. 66, n. 4, p. 877-884, 2014. Disponível em: <http://www.lsie.unb.br/rbc/index.php/rbc/article/view/928/716>. Acesso em: 20 maio 2018.

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RESUMO DO TÓPICO 4

Neste tópico, você aprendeu que:

• Podemos alterar a espessura, a cor e o formato das linhas para obter a melhor representação do objeto desenhado.

• Para inserir textos na interface gráfica podemos utilizar o comando Mtext através de uma caixa de diálogo.

• Os textos podem ser alterados através do comando Style, onde podemos selecionar a fonte, o tamanho, entre outras configurações.

• No AutoCAD podemos utilizar o comando Linetype para modificar as propriedades das linhas existentes.

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1 Para poder enfatizar ou ocultar um elemento no AutoCAD, é possível modificar o estilo das linhas de acordo com a situação que se pretende representar. Em relação aos estilos das linhas, assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F) para as alternativas a seguir:

a) ( ) A função Load permite que o usuário insira novos formatos de linhas para o projeto.

b) ( ) O comando Linetype é utilizado para alterar a cor das linhas no AutoCAD.c) ( ) As linhas são adicionadas com o padrão de cor do layers ativo.d) ( ) Para modificar a espessura das linhas de um elemento existente é

necessário selecionar este elemento e alterar a espessura no atalho do comando Lineweight da barra de ferramentas.

2 No AutoCAD é possível inserir diferentes formatos de textos através dos comandos Text e Mtext, dependendo da formatação que o usuário busca obter. Em relação aos comandos de inserção e modificação de textos, assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F) para as alternativas a seguir:

a) ( ) O comando Text é utilizado para inserir textos simples, em que a formatação dos textos é definida no comando Style.

b) ( ) O comando Text permite que o usuário insira apenas os textos na posição horizontal.

c) ( ) Utilizando o comando Style, o usuário pode definir padrões de estilos de textos.

d) ( ) Nos textos inseridos através do comando Mtext, é possível alterar a formatação do texto sem fazer uso do comando Style.

AUTOATIVIDADE

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UNIDADE 3

REFINAMENTO DO PROJETO

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

PLANO DE ESTUDOS

A partir desta unidade, você será capaz de:

• apresentar os comandos para a medição do desenho;

• familiarizar o acadêmico com as vistas e os cortes;

• apresentar os comandos para a impressão dos desenhos.

Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da unidade você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.

TÓPICO 1 – DEFINIÇÃO DAS COTAS

TÓPICO 2 – DESENHO EM PERSPECTIVA ISOMÉTRICA

TÓPICO 3 – DEFINIÇÃO DAS HACHURAS

TÓPICO 4 – DEFINIÇÃO DE IMPRESSÃO

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TÓPICO 1

DEFINIÇÃO DAS COTAS

UNIDADE 3

1 INTRODUÇÃO

As cotas funcionam como blocos, formando linhas integradas aos elementos do desenho. Estas linhas podem apresentar a distância ou o ângulo entre dois pontos e ser atualizadas conforme as modificações realizadas no elemento. Quando se explode uma cota, as linhas se separam em suas formas primárias e deixam de ser vinculadas aos elementos a que foram adicionadas.

Neste tópico iremos inserir as cotas em diferentes formatos e elementos, com o objetivo de aplicar os respectivos comandos e complementar o desenvolvimento do projeto. As cotas são utilizadas para verificar as medidas dos elementos que compõem o projeto, possibilitando a elaboração deste projeto por diferentes profissionais.

2 TIPOS DE COTAS

No AutoCAD é possível inserir diversos formatos de cotas para diferentes situações do projeto. O formato deve ser escolhido dependendo da informação que se deseja representar. Por exemplo, quando for necessário cotar um elemento horizontal ou vertical podemos fazer uso do comando Dimlinear. Entretanto, quando necessitamos representar as dimensões de um elemento inclinado, devemos utilizar o comando Dimaligned.

2.1 COTA LINEAR (DIMLINEAR)

A cota Dimlinear permite que o usuário meça a distância horizontal ou vertical entre dois pontos de um elemento. As cotas lineares sempre serão alinhadas com direção X e Y do eixo cartesiano, portanto não podemos criar cotas inclinadas utilizando este comando. A ativação deste comando pode ser feita das seguintes maneiras:

• Digitando na barra de comandos o nome do comando “Dimlinear” ou a sigla “DIMLIN”.

• Acessando a opção “Dimlinear” na aba “Dimension” da barra de menu.

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UNIDADE 3 | REFINAMENTO DO PROJETO

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Quando o comando for acionado, é necessário que o usuário informe o primeiro ponto ou selecione a opção “Select Object” para informar um elemento do desenho. Caso optarmos por informar o ponto inicial, posteriormente devemos informar o ponto final da cota. Para finalizar o comando, definimos um afastamento da linha cotada informando uma distância ou clicando em um ponto na interface gráfica (Figura 1).

FIGURA 1 – COMANDO DIMLINEAR

FONTE: O autor

Exemplo: Para exemplificação do comando Dimlinear, vamos desenhar um retângulo de (40,10) seguindo os passos:

• Digite o atalho do comando Rectang na barra de comandos: REC.• Digite as coordenadas do primeiro ponto: 10,10.• Digite as coordenadas do segundo ponto: @50,20.• Digite o atalho do comando Dimlinear.• Selecione o vértice superior do retângulo, clicando sobre este.• Selecione o vértice superior oposto.• Digite o afastamento do retângulo: 10.

2.2 COTA ALINHADA (DIMALIGNED)

A função Dimaligned permite que o usuário meça a menor distância entre dois pontos. Nesta função, as cotas poderão ser alinhadas pela inclinação do elemento, sem a necessidade de realizar variações nas coordenadas. A ativação deste comando pode ser realizada das seguintes maneiras:

• Digitando na barra de comandos o nome do comando “Dimaligned” ou a sigla “DIMALI”.

• Acessando a opção “Dimaligned” na aba “Dimension” da barra de menu.

Page 141: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

TÓPICO 1 | DEFINIÇÃO DAS COTAS

131

Quando o comando for acionado, os próximos passos a serem seguidos são os mesmos do comando Dimlinear. Portanto, devemos definir os pontos de início e fim do elemento e informar a distância de afastamento do elemento (Figura 2).

FIGURA 2 – COMANDO DIMALIGNED

FONTE: O autor

Exemplo: Para aplicarmos o comando Dimaligned, vamos desenhar um retângulo inclinado de (40,10) e aplicar a cota nos vértices seguindo os passos:

• Digite o atalho do comando Rectang na barra de comandos: REC.• Digite as coordenadas do primeiro ponto: 10,10.• Digite a função raio (r) e o valor de 40.• Digite as coordenadas do segundo ponto: @30,25.• Digite o atalho do comando Dimaligned.• Selecione o vértice superior do retângulo, clicando sobre este.• Selecione o vértice superior oposto.• Digite o afastamento do retângulo: 10.

2.3 COTA ANGULAR (DIMANGULAR)

O comando Dimangular permite que o usuário meça um ângulo entre duas linhas de vértices ou um arco. A ativação deste comando pode ser realizada das seguintes maneiras:

• Digitando na barra de comandos o nome do comando “Dimangular” ou a sigla “DIMLIN”.

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UNIDADE 3 | REFINAMENTO DO PROJETO

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• Acessando a opção “Dimangular” na aba “Dimension” da barra de menu.

Quando o comando for acionado, é necessário que o usuário informe o primeiro vértice e posteriormente selecione o segundo vértice que se deseja cotar. Para finalizar o comando, definimos uma direção e um afastamento da linha cotada (Figura 3).

FIGURA 3 – COMANDO DIMANGULAR

FONTE: O autor

Exemplo: Para aplicarmos o comando Dimangular, vamos desenhar duas linhas em direções diferentes e aplicar a cota seguindo os passos:

• Digite o atalho do comando line na barra de comandos: L.• Digite as coordenadas do primeiro ponto: 10,10.• Digite as coordenadas do segundo ponto: @60,10.• Finalize o comando digitando ESC.• Digite o atalho do comando line na barra de comandos: L.• Digite as coordenadas do primeiro ponto: 10,10.• Digite as coordenadas do segundo ponto: 10, 60.• Finalize o comando digitando ESC.• Digite o atalho do comando Dimangular.• Selecione a primeira linha.• Selecione a segunda linha.• Direcione a cota para o centro das linhas.• Clique na interface gráfica para finalizar o comando.

Page 143: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

TÓPICO 1 | DEFINIÇÃO DAS COTAS

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2.4 COTA DIAMETRAL (DIMDIAMETER)

O comando Dimdiameter permite que o usuário meça o diâmetro de uma circunferência. A ativação deste comando pode ser realizada das seguintes maneiras:

• Digitando na barra de comandos o nome do comando “Dimdiameter” ou a sigla “DIMDIA”.

• Acessando a opção “Dimdiameter” na aba “Dimension” da barra de menu.

Quando o comando for acionado, é necessário que o usuário selecione o vértice da circunferência e posteriormente informe a posição da cota (Figura 4).

FIGURA 4 – COMANDO DIMDIAMETER

FONTE: O autor

Exemplo: Para aplicarmos o comando Dimdiameter, vamos desenhar um círculo e aplicar a cota seguindo os passos:

• Digite o atalho do comando circle na barra de comandos: C.• Digite as coordenadas do primeiro ponto: 50,50.• Digite a distância do raio: 20.• Digite o atalho do comando Dimdiameter.• Selecione o vértice do círculo.• Direcione a cota.• Clique na interface gráfica para finalizar o comando.

Page 144: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

UNIDADE 3 | REFINAMENTO DO PROJETO

134

2.5 COTA RADIAL (DIMRADIUS)

O comando Dimradius permite que o usuário meça o raio de uma circunferência. A ativação deste comando pode ser realizada das seguintes maneiras:

• Digitando na barra de comandos o nome do comando “Dimradius” ou a sigla “DIMRAD”.

• Acessando a opção “Dimradius” na aba “Dimension” da barra de menu.

Quando o comando for acionado, é necessário que o usuário selecione o vértice da circunferência e posteriormente informe a posição da cota como realizado no comando Dimdiameter (Figura 5).

FIGURA 5 – COMANDO DIMRADIUS

FONTE: O autor

Exemplo: Para aplicarmos o comando Dimradius, vamos desenhar um círculo e aplicar a cota seguindo os passos:

• Digite o atalho do comando circle na barra de comandos: C.• Digite as coordenadas do primeiro ponto: 50,50.• Digite a distância do raio: 20.• Digite o atalho do comando Dimradius.• Selecione o vértice do círculo.• Direcione a cota.• Clique na interface gráfica para finalizar o comando.

Page 145: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

TÓPICO 1 | DEFINIÇÃO DAS COTAS

135

2.6 COTA CONTÍNUA (DIMCONTINUE)

O comando Dimcontinue tem a função de criar uma nova linha de cota adjacente a uma outra cota existente. A ativação deste comando pode ser realizada das seguintes maneiras:

• Digitando na barra de comandos o nome do comando “Dimcontinue” ou a sigla “DIMCONT”.

• Acessando a opção “Dimcontinue” na aba “Dimension” da barra de menu.

Quando o comando for acionado, é necessário que o usuário selecione a cota existente e continue cotando os elementos no projeto. O comando continuará ativo até o usuário finalizar o comando utilizando a tecla Esc.

2.7 COTA COM BASE FIXA (DIMBASELINE)

O comando Dimbaseline tem a função de criar cotas com uma base fixa em uma única linha. A ativação deste comando pode ser realizada das seguintes maneiras:

• Digitando na barra de comandos o nome do comando “Dimbaseline” ou a sigla “DIMBASE”.

• Acessando a opção “Dimbaseline” na aba “Dimension” da barra de menu.

DICAS

Atualmente, o processo de projeto arquitetônico vem sofrendo diversas transformações advindas da utilização de ferramentas aliadas à tecnologia. Sugerimos uma leitura sobre esse desafio. Acesse <http:/ /pdf.blucher.com.br.s3-sa-east-1 .amazonaws.com/designproceedings/sigradi2015/80143.pdf>.

FONTE: DO AMARAL ARCARI, Etiene et al. Interoperabilidade: Um desafio para o processo de modelagem parametrizada de detalhes arquitetônicos e sua materialização. Blücher

Design Proceedings [S. l.], v. 2, n. 3, p. 341-349, 2015.

Page 146: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

UNIDADE 3 | REFINAMENTO DO PROJETO

136

FIGURA 6 – COMANDO DIMSTYLE

FONTE: O autor

Na janela Dimstyle podemos selecionar a formatação de cota ativa no comando “Set Current”, criar novos modelos de formato de cota em “New” e modificar modelos de cotas existentes em “Modify” ou “Override”. Quando o comando estiver ativo, devemos criar um estilo e modificá-lo na opção “Modify” de acordo com as necessidades do projeto.

3.1 ABA LINES

Na aba Lines da função Modify é possível modificar os parâmetros de cor, espaçamento, extensão, tipo e espessura das linhas de cotas (Figura 7). Seguem as funções dos comandos desta aba:

3 FORMATAÇÃO DAS COTAS

Quando inserimos as cotas torna-se necessário configurarmos a formatação destas para atender às necessidades do projeto. O comando para o acesso das configurações é o Dimstyle (Figura 6), o qual pode ser acessado na barra de Dimension ou digitado na barra de comandos.

Page 147: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

TÓPICO 1 | DEFINIÇÃO DAS COTAS

137

FIGURA 7 – ABA LINES

FONTE: O autor

• Color: tem como função modificar a cor da linha.• Linetype: é utilizado para escolher o estilo de linha que será desenhada.• Lineweight: tem como função modificar a espessura da linha.• Baseline Spacing: é utilizado para ajustar o espaçamento entre as linhas de

cota quando sua base estiver fixada.• Supress: é utilizado para suprimir o lado direito ou esquerdo da linha de cota.• Extend Beyond Dimension Lines: tem como função ajustar o tamanho da linha

lateral da cota.• Offset From Origin: tem como função especificar a distância do ponto de

seleção da cota para o início da linha de extensão.

Page 148: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

UNIDADE 3 | REFINAMENTO DO PROJETO

138

FIGURA 8 – ABA SYMBOLS AND ARROWS

FONTE: O autor

3.1.1 Aba Symbols and Arrows

Na aba Symbols and Arrows da função Modify é possível modificar os parâmetros de símbolos e das setas (Figura 8). Seguem listadas as funções dos comandos desta aba:

• Arrowheads: tem como função especificar o tipo de seta.• Leader: é utilizado para escolher o tipo de seta que será apresentado nos

indicadores.• Arrow Size: é utilizado para escolher o tamanho das setas.

Page 149: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

TÓPICO 1 | DEFINIÇÃO DAS COTAS

139

3.1.2 Aba Text

Na aba Text da função Modify é possível modificar os parâmetros de cor, alinhamento, tamanho e tipo dos textos das cotas (Figura 9). Seguem as funções dos comandos desta aba:

• Text Style: tem como função definir o estilo de textos adotados para as cotas.• Text Color: tem como função definir a cor do texto.• Text Height: é utilizado para definir o tamanho do texto.• Text Placement: é utilizado para definir a posição de alinhamento do texto

(vertical ou horizontal).• OffsetFromDimensionLine: tem como função definir a distância entre o texto

e a linha de cota.

FIGURA 9 – ABA TEXT

FONTE: O autor

Page 150: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

UNIDADE 3 | REFINAMENTO DO PROJETO

140

FIGURA 10 – ABA FIT

FONTE: O autor

3.1.3 Aba Fit

Na aba Fit da função Modify, o usuário tem a opção de configurar as prioridades para o posicionamento dos textos e das setas. Nesta aba também é possível utilizar um valor de escala para modificar as linhas de cotas (Figura 10).

Page 151: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

TÓPICO 1 | DEFINIÇÃO DAS COTAS

141

3.1.4 Aba Primary Units

Na aba Primary Units da função Modify, o usuário tem a opção de modificar as unidades, as casas decimais, os separadores decimais e as regras para os arredondamentos (Figura 11). Também é possível alterar a formação dos ângulos na opção “Decimal Degrees” e a precisão dos ângulos.

FIGURA 11 – ABA PRIMARY UNITS

FONTE: O autor

Page 152: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

UNIDADE 3 | REFINAMENTO DO PROJETO

142

FIGURA 12 – ABA ALTERNATE UNITS

FONTE: O autor

3.1.5 Aba Alternate Units

Na aba Alternate Units da função Modify, o usuário tem a opção de inserir uma medida alternativa além da principal (Figura 12). A funcionalidade desta aba é semelhante a Primary Units, com exceção para o campo Multiplier for All Units, no qual o usuário deverá inserir um fator de conversão para as unidades.

Page 153: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

TÓPICO 1 | DEFINIÇÃO DAS COTAS

143

3.1.6 Aba Tolerances

Na aba Tolerances da função Modify, o usuário tem a opção de exibir as tolerâncias de cotas definidas pelo desenhista (Figura 13). Esta função é utilizada para detalhar o desenho quando se busca precisão.

FIGURA 13 – ABA TOLERANCES

FONTE: O autor

Por meio da utilização das cotas, podemos complementar o desenvolvimento do projeto, fazendo com que outros profissionais possam recriar os elementos desenhados. No caso de projetos residenciais, onde é necessário construir elementos de parede, sem a representação das cotas, o desenho desenvolvido pelo profissional não poderá ser constituído nas dimensões projetadas.

Page 154: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

UNIDADE 3 | REFINAMENTO DO PROJETO

144

APLICAÇÃO DOS COMANDOS PARA O PROJETO DE UMA RESIDÊNCIA

Para aplicarmos os comandos estudados, vamos continuar o projeto residencial salvo por último no tópico 7. Neste projeto já desenhamos as paredes externas, portanto iremos desenhar as paredes internas com a espessura de 15 centímetros.

• Ativar o comando Offset;• Digitar a distância de 15 cm;• Selecionar cada parede externa e clicar dentro da edificação para confirmar

o comando.

FIGURA 14 – APLICAÇÃO DO COMANDO OFFSET

AUTOATIVIDADE

FONTE: O autor

Após o desenho das paredes externas, vamos desenhar as paredes internas através das linhas especificadas no Quadro 1:

Page 155: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

TÓPICO 1 | DEFINIÇÃO DAS COTAS

145

QUADRO 1 – PONTOS DAS LINHAS PARA O DESENHO DAS PAREDES INTERNAS

Linha Ponto Inicial Ponto FinalX Y X Y

1 925 105 925 14002 1077 465 1077 10903 1290 155 1290 4504 590 1195 910 11955 590 950 785 9506 1062 1105 1225 11057 925 950 1062 9508 1077 790 1375 7909 1077 630 1375 63010 925 465 1440 46511 800 935 800 1180

FONTE: O autor

• Ativar o comando Line;• Digitar as coordenadas da primeira linha;• Finalizar o comando com a tecla ESC;• Repetir esses passos para todas as linhas;• Utilizar o comando Offset para desenhar a espessura da parede interna;• Utilizar o comando Extend para estender as linhas das paredes; • Utilizar o comando Trim para cortar as linhas.

FIGURA 15 – DESENHO DAS PAREDES INTERNAS DA RESIDÊNCIA

FONTE: O autor

Page 156: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

UNIDADE 3 | REFINAMENTO DO PROJETO

146

As aberturas do nosso projeto devem ser desenhadas conforme as medidas da Figura 9-16. Após desenharmos, vamos criar um bloco de cada abertura, seguindo os passos abaixo:

• Ativar o comando Block;• Selecionar todos os elementos da abertura em “Select objects”;• Selecionar o ponto de inserção do bloco em “Pick Point”;• Finalizar o bloco clicando em “OK”.

FIGURA 16 – ABERTURAS CONSIDERADAS NO PROJETO

FONTE: O autor

Para inserirmos as aberturas no desenho, vamos copiar os blocos que elaboramos e colar conforme apresentado na Figura 17. As portas de 70 cm foram utilizadas na lavanderia e nos banheiros. Depois das aberturas desenhadas, vamos utilizar o comando “Trim” para fazer o acabamento das paredes e, antes de finalizar esta etapa, salvamos o projeto.

FIGURA 17 – PROJETO COM AS ABERTURAS DESENHADAS

FONTE: O autor

Page 157: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

147

Neste tópico, você aprendeu que:

• As cotas são fundamentais para a construção de elementos projetados.

• Para cotar elementos horizontais ou verticais é necessário utilizar os comandos Dimlinear ou Dimcontinue.

• As dimensões de elementos inclinados devem ser representadas pelo comando Dimaligned.

• Os círculos podem ser cotados através do raio fazendo uso do comando Dimradius.

• Antes de inserir as cotas, devemos configurar a formatação através do comando Dimstyle.

RESUMO DO TÓPICO 1

Page 158: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

148

1 As cotas funcionam como blocos, formando linhas integradas aos elementos do desenho. Diante do exposto, a seguir assinale verdadeiro (V) ou falso (F) para as afirmações que relacionam os comandos das cotas.

a) ( ) O comando Dimlinear tem a função de medir somente as distâncias inclinadas dos elementos.

b) ( ) O comando Dimbaseline é utilizado para criar cotas curvas.c) ( ) O comando Dimcontinue tem a função de criar uma nova linha de cota

adjacente a uma outra cota existente.d) ( ) O comando Dimradius permite que o usuário meça o raio de uma

circunferência.

2 As cotas são configuradas através do comando Dimstyle. Sobre as funções deste comando, assinale verdadeiro (V) ou falso (F) para as afirmações que descrevem a funcionalidade dos tópicos.

a) ( ) A função Primary Units permite que o usuário altere as unidades, as casas

decimais, os separadores decimais e as regras para os arredondamentos.b) ( ) A função Alternate Units é o oposto da função Primary Units. Nesta

função o usuário deverá atribuir as unidades padrão do AutoCAD. c) ( ) A função Fit permite que o usuário manipule as propriedades do

posicionamento dos textos e das setas. d) ( ) Na função Text o usuário poderá alterar as configurações de cor dos

textos.

AUTOATIVIDADE

Page 159: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

149

TÓPICO 2

DESENHO EM PERSPECTIVA ISOMÉTRICA

UNIDADE 3

1 INTRODUÇÃO

Quando desejamos representar a sensação de profundidade nos desenhos podemos utilizar a técnica de perspectiva, tornando este desenho mais próximo da realidade. Esta técnica representa graficamente as três dimensões de um desenho em um único plano geométrico. Podemos utilizar três técnicas diferentes para desenhar a vista de perspectiva, sendo estas a perspectiva isométrica, a perspectiva cônica e a perspectiva cavaleira (Figura 18).

FIGURA 18 – TIPOS DE PERSPECTIVAS

FONTE: O autor

Dentre estas técnicas, a perspectiva isométrica é a única que não distorce o comprimento dos vértices para estabelecer a sensação de profundidade. Desta forma, proporciona a melhor representação da realidade dos objetos. Nesta perspectiva os desenhos isométricos devem possuir o ângulo de 120° entre seus vértices e o comprimento destes vértices deve ser igual aos reais (Figura 19).

Page 160: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

150

UNIDADE 3 | REFINAMENTO DO PROJETO

FIGURA 19 – PERSPECTIVA ISOMÉTRICA

FONTE: O autor

Exemplo: Para aplicarmos a metodologia de desenho em perspectiva isométrica, vamos projetar as paredes do nosso banheiro no projeto residencial. Para isso, iremos seguir os passos:

• Abra o projeto residencial e copie os elementos do banheiro para ter uma base das dimensões.

• Elimine os elementos que não serão necessários na elaboração da vista.• Ative a opção “Polar Tracking” e selecione para criar uma linha de referência a

cada 10°.• Desenhe as linhas ortogonais com uma altura de 280 cm, esta será a altura útil

da nossa residência.• A ligação da parede deverá possuir um ângulo de 30° com o eixo X (Figura 95).• Ao final salve o projeto.

Page 161: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

TÓPICO 2 | DESENHO EM PERSPECTIVA ISOMÉTRICA

151

FIGURA 20 – PERSPECTIVA ISOMÉTRICA DO BANHEIRO

FONTE: O autor

2 TIPOS DE VISTAS

Os tipos de vistas podem ser caracterizados como as vistas internas ou externas de um determinado elemento. Quando a vista for interna é representado o plano secante, o qual é estabelecido pela interseção das linhas de corte com o desenho. Como exemplo das vistas internas temos a planta baixa e os cortes. As vistas externas são representadas pelas fachadas do desenho.

2.1 PLANTA BAIXA

A planta baixa é um exemplo de corte realizado através de um plano secante horizontal, o qual está localizado a 1,5 metro do piso do desenho. Neste caso, devemos descrever o projeto de tal forma que a sua execução possa ser gerada sem dúvidas, detalhando todos os elementos construtivos.

Page 162: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

152

UNIDADE 3 | REFINAMENTO DO PROJETO

Exemplo: Como exemplo de planta baixa vamos continuar o nosso projeto colocando as cotas e os textos correspondentes a cada ambiente. Podemos seguir estes passos:

• Abra o projeto residencial salvo no Exemplo anterior.• Configure as cotas no comando DimStyle.• Atribua um tamanho de letra 10 para os textos e para as flechas.• Atribua a cor preta (Color: 250) para os textos e cinza (Color: 9) para as linhas e

flechas.• Utilize o comando DimLinear para determinar a cota de cada elemento parede.• Utilize o comando Mtext para inserir o texto dos ambientes (nome e área).• Utilize o comando Area para medir a área de cada cômodo.• Salve o projeto (Figura 21).

FIGURA 21 – PROJETO RESIDENCIAL COM COTA E LEGENDA DOS CÔMODOS

FONTE: O autor

Page 163: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

TÓPICO 2 | DESENHO EM PERSPECTIVA ISOMÉTRICA

153

2.2 CORTES

Os cortes horizontais podem ser realizados na forma transversal (menor dimensão) ou na forma longitudinal (maior dimensão), sendo estas obtidas através de um plano vertical cuja posição deve ser detalhada na planta baixa. Nesta vista, devemos demonstrar o máximo de detalhes construtivos possíveis (pé direito, peitoril, divisões internas, escadas, entre outros).

Exemplo: Para aplicarmos a vista dos cortes, vamos demarcar uma seção transversal (Figura 23) e uma longitudinal (Figura 22). Podemos seguir estes passos para desenhar os cortes:

• Abra o projeto residencial salvo no Exemplo anterior.• Meça a distância da seção A e desenhe os elementos correspondentes (Figura 22).• Meça a distância da seção B e desenhe os elementos correspondentes (Figura 23).• Salve o projeto.

FIGURA 22 – CORTE A-A

FONTE: O autor

Page 164: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

154

UNIDADE 3 | REFINAMENTO DO PROJETO

FIGURA 23 – CORTE B-B

FONTE: O autor

2.3 FACHADAS

As fachadas são caracterizadas como as faces da edificação, sendo a representação gráfica dos planos externos da edificação. No projeto que estamos realizando vamos desenhar duas fachadas (Frontal e Lateral), conforme especificado nas figuras 24 e 25.

Exemplo: Para desenharmos as fachadas, vamos seguir os passos abaixo:

• Abra o projeto residencial salvo no Exemplo anterior.• Faça uma cópia das seções A-A e B-B.• Modifique as seções para criar as fachadas.• Salve o projeto.

FIGURA 24 – FACHADA FRONTAL

FONTE: O autor

Page 165: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

TÓPICO 2 | DESENHO EM PERSPECTIVA ISOMÉTRICA

155

FIGURA 25 – FACHADA LATERAL DIREITA

FONTE: O autor

A representação em isometria dos elementos tem como função contribuir para a visualização do projeto. Através destas perspectivas podemos verificar como o projeto está desenhado e deverá ser construído. Também, devemos representar (item 2.2) as cotas das alturas projetadas, destacando a importância de desenhar as vistas isométricas dos elementos.

Page 166: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

156

Neste tópico, você aprendeu que:

• As vistas isométricas são elaboradas com o intuito de melhorar a visualização do desenho e destacar as particularidades do projeto que não são perceptíveis em representações em duas dimensões.

• Os cortes devem ser realizados em duas direções no projeto (longitudinal e transversal).

• As fachadas devem representar pelo menos a parte frontal e lateral da edificação.

• Podemos aplicar três tipos diferentes de perspectivas no projeto (isométrica, cônica e cavaleira).

RESUMO DO TÓPICO 2

Page 167: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

157

AUTOATIVIDADE

1 As técnicas de perspectivas são utilizadas para representar a sensação de profundidade nos desenhos. Qual das opções a seguir é a única técnica de perspectiva que não distorce a projeção dos vértices?

a) ( ) Perspectiva cônica b) ( ) Perspectiva isométrica c) ( ) Perspectiva cavaleira

2 As vistas em cortes podem ser caracterizadas como as vistas internas de um determinado elemento. Diante do exposto, a seguir assinale verdadeiro (V) ou falso (F) para as afirmações.

a) ( ) A planta baixa é um exemplo de corte realizado através de um plano secante horizontal, o qual está localizado a 1,5 metro do piso do desenho.

b) ( ) As fachadas são caracterizadas como as faces da edificação, sendo a representação gráfica dos planos externos da edificação.

c) ( ) Os cortes podem ser realizados na forma transversal (menor dimensão) ou na forma longitudinal (maior dimensão), sendo estas obtidas através de um plano vertical cuja posição não necessita ser indicada na planta baixa.

d) ( ) Nas vistas de cortes, é necessário demonstrar o menor número de elementos. Desta forma, o desenho se torna mais limpo e fácil de ser compreendido.

Page 168: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

158

Page 169: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

159

TÓPICO 3

DEFINIÇÃO DAS HACHURAS

UNIDADE 3

1 INTRODUÇÃO

As hachuras são utilizadas para atribuir realidade aos elementos do desenho, enfatizando ou diferenciando estes elementos de outros existentes. O AutoCAD disponibiliza em sua biblioteca hachuras que podem representar elementos, como tijolos, grama, concreto, areia, entre outros materiais. Como exemplo de aplicação das hachuras, podemos observar a hachura de grama na planta de locação de uma edificação (Figura 26). Quando utilizamos esta hachura no desenho, destacamos a área do terreno que será mantida permeável dentre os outros elementos que fazem parte do projeto.

FIGURA 26 – APLICAÇÃO DA HACHURA DE GRAMA

FONTE: O autor

Page 170: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

UNIDADE 3 | REFINAMENTO DO PROJETO

160

O comando Hatch permite que o usuário insira ou edite hachuras em uma área delimitada por limites (fechada) no desenho. A ativação deste comando pode ser realizada das seguintes maneiras:

• Digitando na barra de comandos o nome do comando “Hatch” ou a sigla “H”.• Acessando a opção “Hatch” na aba “Draw” da barra de menu.

Quando o comando for acionado, é aberta uma janela em que podemos selecionar o padrão, a escala e o ângulo da hachura (Figura 27). Para definirmos o padrão da hachura, selecionamos a opção Pattern e, na janela que abrirá, o desenho do material que se deseja representar (Figura 28).

FIGURA 27 – COMANDO HATCH

FONTE: O autor

Page 171: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

TÓPICO 3 | DEFINIÇÃO DAS HACHURAS

161

FIGURA 28 – FUNÇÃO PATTERN PALETTE

FONTE: O autor

O ângulo e a escala da hachura podem ser alterados na função “Angle and scale”, desta forma poderemos ajustar a visualização das hachuras para coincidir com o desenho. Para selecionar o local em que a hachura irá ser aplicada devemos clicar em “Add Pick Points”, assim podemos adicionar uma seção, ou em “Add Select Objects”, para aplicar a hachura em um objeto. Nesta opção também podemos editar ou remover uma hachura existente (Remove boundaries) e visualizar uma prévia (Preview) de como ficará a hachura no desenho.

Exemplo: Para aplicarmos a função Hatch, vamos completar as seções de cortes que desenhamos no Exemplo do item 2.2. Podemos seguir estes passos para desenhar as hachuras:

• Abra o projeto residencial salvo.• Desenhe uma linha 30 cm abaixo da laje em todas as paredes (Figuras 29 e 30)

para representar as vigas da residência.• Ative a função Hatch.• Selecione o material de concreto (Ar:Conc).• Modifique a escala para 0.05.• Selecione as áreas que representam as vigas fazendo uso da função “Add: Pick

Point”.• Confirme o desenho das hachuras em “OK”.• Ative a função Hatch.

Page 172: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

UNIDADE 3 | REFINAMENTO DO PROJETO

162

• Selecione o material de terra (EARTH).• Modifique a escala para 2.• Selecione as áreas que representam as vigas fazendo uso da função “Add: Pick

Point”.• Confirme o desenho das hachuras em “OK”.• Salve o projeto.

FIGURA 29 – CORTE A-A COM HACHURAS

FONTE: O autor

FIGURA 30 – CORTE B-B COM HACHURAS

FONTE: O autor

Page 173: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

TÓPICO 3 | DEFINIÇÃO DAS HACHURAS

163

DICAS

Para saber sobre a tecnologia BIM, leia este comparativo com a tecnologia CAD, acessando: <https://www.researchgate.net/profile/Sidnea_Ribeiro/publication/285626988_Estudo_Comparativo_da_Tecnologia_CAD_com_a_Tecnologia_BIM/links/5729d48408aef5d48d304a13/Estudo-Comparativo-da-Tecnologia-CAD-com-a-Tecnologia-BIM.pdf>.

FONTE: DA COSTA, Giovani Cecatto Lopes Ribeiro; FIGUEIREDO, Sílvia Haueisen; RIBEIRO, Sidnea Eliane Campos. Estudo comparativo da tecnologia CAD com a tecnologia

BIM. Revista de Ensino de Engenharia, v. 34, n. 2, 2015.

As hachuras fazem com que o desenho represente melhor os diferentes elementos que o compõem. Por exemplo, ao aplicarmos a representação do concreto nas vigas e lajes do desenho, separamos o elemento parede dos elementos estruturais, destacando a posição e a importância dos elementos estruturais no projeto.

Page 174: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

164

Neste tópico, você aprendeu que:

• As hachuras têm a função de melhorar a representação de diferentes elementos no desenho.

• É possível utilizar hachuras disponíveis no AutoCAD ou inserir representações de hachuras de outros arquivos.

• Para modificar ou inserir as hachuras devemos utilizar o comando Hatch.

RESUMO DO TÓPICO 3

Page 175: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

165

AUTOATIVIDADE

1 As hachuras são utilizadas para atribuir realidade aos elementos do desenho, enfatizando ou diferenciando estes elementos de outros existentes. A respeito das hachuras, é correto afirmar que:

a) ( ) O AutoCAD não disponibiliza hachuras em sua biblioteca e para o usuário utilizar é necessário realizar o download de outros programas.

b) ( ) As hachuras não devem ser utilizadas para destacar elementos no desenho.

c) ( ) As hachuras podem representar elementos como tijolos, grama, concreto e areia.

d) ( ) A escala das hachuras sempre deve ser aumentada quando o elemento for selecionado.

2 O comando Hatch permite que o usuário insira ou edite hachuras em uma área delimitada no desenho. Qual das funções a seguir é utilizada para selecionar a área de aplicação das hachuras?

a) ( ) Angle and scale.b) ( ) Preview.c) ( ) Pattern.d) ( ) Add Pick Points.

Page 176: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

166

Page 177: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

167

TÓPICO 4

DEFINIÇÃO DE IMPRESSÃO

UNIDADE 3

1 INTRODUÇÃO

As impressões são definidas no ambiente de layout do AutoCAD. Este ambiente é independente do Model Space, desta forma podemos alterar a escala e as unidades sem modificar o desenho em escala real. Para realizar a mudança do ambiente de trabalho, devemos clicar com o mouse em uma das abas de “Layout” localizadas abaixo do “Model Space”.

Neste tópico iremos preparar a folha de impressão segundo as normativas da ABNT para desenho técnico. É recomendável a utilização da aba layout do AutoCAD, assim não correremos riscos de modificar as dimensões e propriedades do projeto finalizado. Também, vamos configurar a impressora disponível no AutoCAD de acordo com as informações necessárias do projeto.

2 PREPARAÇÃO DA FOLHA

A prancha deverá ser desenhada em milímetros conforme as medidas estabelecidas no Quadro 2. Depois da prancha desenhada, devemos representar as margens de acordo com o tamanho da prancha adotada. Também é importante ajustarmos a espessura das linhas das margens conforme recomendado pela NBR-10068 (1987).

FolhaDimensão da Folha

(mm)Recuo das Margens

(mm) Largura das Linhas das Margens (mm)Largura Altura Esquerda Demais

A0 841 1189 25 10 1,4A1 594 841 25 10 1,0A2 420 594 25 7 0,7A3 297 420 25 7 0,5A4 210 297 25 7 0,5

QUADRO 2 – DIMENSÕES DA FOLHA

FONTE: O autor, adaptado da NBR-10068 (1987)

Page 178: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

UNIDADE 3 | REFINAMENTO DO PROJETO

168

Exemplo: Para a realização do nosso projeto, vamos adotar a folha A1 e desenhar a prancha seguindo os passos:

• Abra o projeto residencial salvo.• Acesse a aba “Layout”.• Desenhe um retângulo com as dimensões da folha A1 (841, 594).• Utilize o comando “Offset” para recuar as margens de 10 mm.• Exploda o retângulo interno utilizando o comando “Explode”.• Ajuste o recuo da margem esquerda utilizando o comando “Move”.• Selecione todas as margens e modifique a cor delas para “Magenta” (Color: 6).• Salve o projeto (Figura 31).

FIGURA 31 – DESENHO DA FOLHA A1

FONTE: O autor

3 CRIAÇÃO DO SELO

O Selo ou Carimbo deverá ser desenhado no canto inferior direito da folha de desenho. A NBR-6492 (1994) estabelece que o comprimento do Selo deverá ser de 175 mm e que também devem constar no mínimo as seguintes informações: identificação da empresa e do profissional responsável pelo projeto; identificação do cliente, nome do projeto ou do empreendimento; título do desenho; indicação sequencial do projeto (números ou letras); escalas; data; autoria do desenho e do projeto; indicação de revisão.

Exemplo: O selo do nosso projeto deverá seguir o padrão da Figura 32, conforme os passos a seguir:

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TÓPICO 4 | DEFINIÇÃO DE IMPRESSÃO

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• Abra o projeto residencial salvo;• Desenhe o selo utilizando o comando “Line”.• Desenhe o texto utilizando o comando “Mtext”.• Salve o projeto.

FIGURA 32 – SELO DO PROJETO

FONTE: O autor

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UNIDADE 3 | REFINAMENTO DO PROJETO

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4 CRIAÇÃO DA VIEWPORTS

A Viewports é uma janela que faz a ligação da aba Model Space para a aba Layout. Para criar as Viewports utiliza-se o comando “Viewports”, o qual pode ser acessado seguindo um dos passos:

• Digitando na barra de comandos o nome do comando “Viewports” ou a sigla “Viewpo”.

• Acessando a opção “Viewports” na aba “View” da barra de menu.

Quando o comando é ativado, é aberta uma janela de configuração da Viewports (Figura 33). Nesta janela podemos configurar o tipo de Viewports que desejamos criar ou apenas confirmar o padrão do sistema clicando em “OK”. Para manipularmos o desenho dentro da Viewports, devemos realizar um clique duplo no interior do retângulo que a constitui. Desta forma, é possível ajustar a posição, o zoom e a aparência do desenho que será plotado. Para sair da Viewports é necessário realizar um duplo clique fora do retângulo.

FIGURA 33 – JANELA VIEWPORTS

FONTE: O autor

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TÓPICO 4 | DEFINIÇÃO DE IMPRESSÃO

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Exemplo: Para a realização do nosso projeto, vamos criar uma Viewports para cada elemento desenhado. Portanto, devemos desenhar cinco Viewports, conforme os passos a seguir:

• Abra o projeto residencial salvo.• Crie uma Viewports para a planta baixa e ajuste a imagem desta.• Crie uma Viewports para o corte A-A e ajuste a imagem deste.• Crie uma Viewports para o corte B-B e ajuste a imagem deste.• Crie uma Viewports para a vista frontal e ajuste a imagem desta.• Crie uma Viewports para a vista lateral e ajuste a imagem desta.• Crie um Layer denominado View e modifique as Viewports para este layer.• Ajuste as Viewports na prancha.• Salve o projeto.

FIGURA 34 – CRIAÇÃO DAS VIEWPORTS

FONTE: O autor

5 DEFINIÇÃO DA ESCALA

Para definirmos a escala desejada, utilizaremos o comando Zoom quando a Viewports estiver ativada. Podemos seguir os passos:

• Ative a Viewports da planta baixa realizando um duplo clique dentro do retângulo.

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UNIDADE 3 | REFINAMENTO DO PROJETO

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• Digite o atalho do comando Zoom na barra de comandos: Z.• Digite “SC” para ativar o comando Scale.

Para definir a escala utiliza-se o formato x/yXP, no qual x é o fator de conversão em milímetros para a escala adotada na Model Space, y é a escala desejada e XP é a indicação de que a escala está relacionada a Model Space. Por exemplo, se o desenho foi realizado em metros e queremos adotar a escala 1:75, utilizamos a escala 1000/75XP. Caso o desenho esteja realizado em centímetros, a escala deverá ser de 10/75XP.

Unidade Escala X Y

Metro

25 1000 2550 1000 5075 1000 75100 1000 100125 1000 125

Centímetro

25 10 2550 10 5075 10 75100 10 100125 10 125

Milímetro

25 1 2550 1 5075 1 75100 1 100125 1 125

QUADRO 3 – EXEMPLOS DE APLICAÇÃO DO FORMATO X/YXP

FONTE: O autor

• Digite 10/50XP, indicando que o desenho está em centímetro (10) e a escala desejada é de 1:50 (50).

• Refaça os passos para as outras Viewports atribuindo a escala 1:75. • Salve o projeto.

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TÓPICO 4 | DEFINIÇÃO DE IMPRESSÃO

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DICAS

Leia o artigo Avanços no intercâmbio de dados do projeto de instalações: do cad 3D ao BIM em experiências representativas para saber mais sobre a aplicação do conceito Bulding Information Modeling (BIM) em sistemas prediais.Acesse <http://www.proceedings.blucher.com.br/article-details/avanos-no-intercmbio-de-dados-do-projeto-de-instalaes-do-cad-3d-ao-bim-em-experincias-representativas-20550>.

FONTE: BATISTA, Lidiane Maria; FERREIRA, Sérgio Leal. Avanços no intercâmbio de dados do projeto de instalações: do cad 3D ao BIM em experiências representativas. Blücher

Engineering Proceedings, v. 2, n. 2, p. 436-448, 2015.

6 PREPARAÇÃO DA IMPRESSORA

Para realizar a preparação da folha de impressão, devemos utilizar o comando “Pagesetup”. Desta forma podemos ajustar as configurações de impressão como: a impressora utilizada; o tamanho do papel; as cores de impressão; as espessuras das linhas; a janela; a escala; a direção da folha; entre outras propriedades. A ativação do comando pode ser realizada das seguintes formas:

• Digitando na barra de comandos o nome do comando “Pagesetup” ou a sigla “Pag”.

• Acessando a opção “Pagesetup” na aba “File” da barra de menu.

Quando o comando é ativado, é aberta uma janela para realizarmos a modificação da página (Figura 35). Nesta janela podemos editar (Modify) uma página existente, criar (New) uma nova página ou importar (Import) uma página salva.

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UNIDADE 3 | REFINAMENTO DO PROJETO

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FIGURA 35 – JANELA PAGE SETUP MANAGER

FONTE: O autor

Para realizarmos a configuração da página, iremos modificar o Layout1 selecionando este e clicando em Modify (Figura 36).

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TÓPICO 4 | DEFINIÇÃO DE IMPRESSÃO

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FIGURA 36 – JANELA DE MODIFICAÇÃO DO LAYOUT

FONTE: O autor

• Print/plotter: podemos escolher ou cadastrar uma nova impressora.• Paper size: definimos o tamanho de folha utilizada para a impressão.• Plot área: escolhemos através de uma janela o desenho que será impresso.• Plot Scale: atribuímos uma escala de impressão.• Drawing orientation: ajustamos a orientação da página.• Plot style table: definimos as cores e as espessuras das linhas que serão

impressas.

Exemplo: Para dar continuidade ao nosso projeto, iremos configurar a página de impressão seguindo os passos:

• Abra a janela “Modify” para o Layout1.• Escolha a impressora “DWG to PDF” em Print/plotter.• Escolha o papel “ISO Full Bleed B1 (1000x707mm)” na opção Paper size.• Escolha a opção “Windows” e selecione o retângulo que representa a margem

externa da nossa folha na opção Plot area.• Selecione a opção “Center” na opção Plot Offset.• Abra a opção “monochrome.ctb” em Plot style table e clique na ferramenta editar

(Figura 37):

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UNIDADE 3 | REFINAMENTO DO PROJETO

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FIGURA 37 – JANELA PARA EDIÇÃO DAS LINHAS DE IMPRESSÃO

FONTE: O autor

Nesta janela podemos editar as cores e as espessuras das linhas que desejamos imprimir. Por exemplo, para a cor 9 aparecer na impressão, devemos modificar no item “Color”, correspondente a essa cor, a opção “Black” para “Use Object Color”. Desta forma, as linhas de cotas que configuramos serão impressas na cor cinza. Também devemos modificar na cor 6 o item “Lineweight” de “Use object line weight” para “1.0 mm”, admitindo que as espessuras das linhas dos objetos que possuem a cor 6 serão de 1 mm.

7 IMPRESSÃO DO DESENHO

Com as configurações do desenho da folha de impressão realizada, podemos imprimir o projeto utilizando o comando “Plot”. A ativação do comando pode ser realizada das seguintes formas:

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TÓPICO 4 | DEFINIÇÃO DE IMPRESSÃO

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• Digitando na barra de comandos o nome do comando “Plot” ou a sigla “PLO”.• Acessando a opção “Plot” na aba “File” da barra de menu.

Quando o comando é ativado, é aberta uma janela para realizarmos as configurações de impressão (Figura 38). Podemos notar que, como já realizamos as configurações no comando Pagesetup, nesta etapa é necessário apenas confirmar a impressão em “OK” e escolher um local para salvar este projeto.

FIGURA 38 – COMANDO PLOT

FONTE: O autor

A impressão poderá ser realizada no formato PDF, como demonstrado neste item, ou podemos selecionar uma impressora disponível no AutoCAD em Printer/Plotter. Dependendo da impressora que selecionarmos são disponibilizados formatos diferentes para as folhas de impressão (Pager size), assim é importante escolher previamente a impressora e depois configurar o projeto para a impressão.

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UNIDADE 3 | REFINAMENTO DO PROJETO

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LEITURA COMPLEMENTAR

APLICAÇÃO DE BIM NA COMPATIBILIZAÇÃO DE PROJETOS DE EDIFICAÇÕES

INTRODUÇÃO

Atualmente, a construção civil brasileira, em específico os setores de projetos, coordenação e compatibilização, encontra-se com uma demanda muito maior do que suas estruturas físicas, profissionais e técnicas suportam. Isto desencadeia uma série de falhas técnicas de projetos, que podem persistir até a execução da edificação e que, muitas vezes, são decorrentes de: curtos prazos para elaboração dos projetos, solicitações cada vez maiores do mercado por produtos de melhor qualidade, defasagem organizacional e técnica de muitas empresas e falta de utilização de tecnologias mais avançadas e automatizadas que auxiliem o processo de desenvolvimento de edificações.

Por conta disso, o BIM (Building Information Modeling) é uma das ferramentas existentes no mercado com a capacidade de suprir essa necessidade de estruturação e planejamento de fluxo de trabalhos, tanto nas fases de projetos como de construção. Onde, por consequência da interferência organizacional gerada pelo BIM, esta acaba se refletindo em todos os setores da empresa envolvidos no processo de projeto, assegurando mais ainda a continuidade das informações.

Neste contexto, o objetivo desse artigo é estudar os conceitos, fundamentos e aplicação de BIM por meio do desenvolvimento dos projetos de estrutura em concreto armado e de instalações elétricas e hidrossanitárias a partir de projetos modelos existentes de uma residência multifamiliar com dois pavimentos. Também apontar a interoperabilidade entre os softwares utilizados por meio do protocolo digital IFC (Industry Foundation Classes), relatar o processo de compatibilização de projetos de edificação, de acordo com o estudo de caso deste artigo e citar as principais diferenças que ocorrem no processo de projeto BIM em relação ao CAD (Computer Aided Design).

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Recursos Computacionais Dentre os softwares utilizados para a elaboração dos projetos estrutural,

hidrossanitário e elétrico, primeiramente realizou-se um reconhecimento dos mesmos. Desta maneira, foi possível explorar a capacidade dos aplicativos de maneira mais eficaz, entendendo suas funcionalidades e metodologia de utilização.

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TÓPICO 4 | DEFINIÇÃO DE IMPRESSÃO

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Foi utilizado um projeto arquitetônico existente elaborado no software Autodesk Revit Architecture. Para a elaboração do projeto estrutural foi utilizado o software Autodesk Revit Structure e como base o arquitetônico existente BIM. Para modelagem dos projetos elétrico e hidrossanitário foi utilizado o software Autodesk Revit MEP e como base os modelos existentes em CAD. Neste caso, houve a possibilidade de se fazer o lançamento dos dois projetos simultaneamente, devido aos dois utilizarem o mesmo software. Esta alternativa gerou uma vantagem, na qual foi possível realizar uma pré-compatibilização simultânea dos dois projetos, como também possibilitou a racionalização do tempo de projeto.

Desta maneira, foi possível compatibilizar os projetos utilizando o software Autodesk NavisWorks Manager, sendo que foi realizada a primeira compatibilização digital entre os projetos arquitetônico e estrutural. Cabe ressaltar que os softwares de compatibilização trabalham com três tipos de apontamentos de incompatibilidades (baixa, média e alta), nos quais as incompatibilidades baixas e algumas médias são desconsideradas por serem consequências da forma e da concepção dos projetos.

Após uma análise geral do processo e dos projetos que foram importados para o aplicativo, como também o estabelecimento de parâmetros de descarte, realizou-se o processo de compatibilização, o qual foi dividido nos seguintes grupos: Arquitetônico x Estrutural e Arquitetônico x Estrutural x Hidrossanitário x Elétrico.

Critérios de Avaliação e Observações Como formas de avaliação dos objetivos propostos neste artigo foram

utilizados os seguintes critérios: a) Compreensão da maneira de trabalho de todos os aplicativos BIM utilizados; b) Modelagem 3D dos projetos elétrico e hidrossanitário; c) Priorização em cada etapa de transferência de arquivos da utilização do IFC; d) Identificação de interferências entre os projetos; e) Leitura e interpretação total das interferências detectadas de forma manual ou digital.

RESULTADOS E ANÁLISES Inicialmente, as atividades se deram através de uma análise do modelo

arquitetônico BIM, utilizando o software Autodesk Revit Architecture, no qual havia apenas um pré-lançamento incompleto de vigas e lajes. Também foi analisado posicionamento das áreas molhadas e a existência de algum elemento decorativo que pudesse interferir estruturalmente.

Na sequência, para uma maior aproximação e entendimento do projeto arquitetônico, realizou-se uma análise geral do mesmo, observando-se a forma de modelagem que foi aplicada, como os elementos foram aplicados, caracterizados e dispostos no projeto. A partir de uma análise global da edificação, observou-se a existência de interferências entre elementos de parede-viga, parede-laje e laje-viga, situação que já demonstra um baixo nível de colaboração entre os projetistas, visto que foram adotadas soluções de projeto incompatíveis.

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UNIDADE 3 | REFINAMENTO DO PROJETO

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Modelagem dos Projetos Elétrico e Hidrossanitário Em continuidade ao estudo, tomando por base os projetos elétrico e

hidrossanitário existentes em CAD, realizou-se a modelagem dos mesmos utilizando o software Autodesk Revit MEP. Devido ao BIM utilizar um modelo único de projeto para cada empreendimento, foi possível realizar o lançamento dos projetos elétrico e hidrossanitário a partir do arquitetônico e do estrutural já finalizados. Esta situação trouxe muitos benefícios, pois possibilitou uma compatibilização manual simultânea. Muitas interferências, que não seriam facilmente identificadas durante o processo dos projetos em CAD 2D, foram destacadas com facilidade por conta da maior visibilidade que o projeto tridimensional proporcionou.

Da mesma maneira que ocorreu com os projetos arquitetônico e estrutural, incompatibilidades existentes nos projetos 2D originais e que visivelmente acarretariam interferências, foram deixadas propositalmente como forma de demonstração das falhas geradas nos projetos elaborados no sistema CAD 2D. Esta consequência demonstra uma das vantagens que o BIM 3D ofereceu, pois determinadas interferências não são facilmente identificadas ou nem são perceptíveis em 2D, fato corroborado na pesquisa de Maria (2008).

Inicialmente foi modelado o projeto elétrico, mas devido à falta de padronização dos elementos elétricos, em relação ao padrão brasileiro, no software utilizado, como também da existência de algum add-on que auxilia o processo, foi encontrada uma grande dificuldade em relação ao funcionamento do template elétrico, especialmente com a adaptação relacionada à falta de elementos padronizados, tanto com relação às normas brasileiras como com as tipologias dos elementos utilizadas nos projetos elétricos baseados na NBR 5410.

Os elementos disponíveis no software eram, em sua maioria, incompatíveis com os padrões brasileiros, no entanto, devido ao fato de serem objetos paramétricos, na medida do possível foram alterados e adaptados e os demais foram apenas reconfigurados. Por fim, todos os elementos elétricos foram lançados e posicionados conforme o projeto original em CAD, finalizando assim o lançamento do projeto elétrico dos dois pavimentos.

Em relação à funcionalidade do aplicativo, o mesmo apresentou uma grande agilidade ao processo, pois alguns elementos são lançados automaticamente a partir de outros existentes. Isto ocorreu devido às configurações paramétricas dos objetos utilizados, pois houve um entendimento automático dos mesmos em relação à função e posicionamento em projeto.

As falhas e interferências identificadas com mais frequência foram apenas situações das caixas de tomadas e interruptores que estavam posicionadas em locais que ocasionariam a passagem dos seus respectivos eletrodutos dentro da estrutura.

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TÓPICO 4 | DEFINIÇÃO DE IMPRESSÃO

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Simultaneamente, o projeto hidrossanitário foi modelado com a utilização do add-on MEP Hidráulica (antigo TigreCAD), que já possui uma padronização em relação a elementos hidrossanitários de acordo com as normas brasileiras.

Em relação à produtividade gerada pelo aplicativo, alguns elementos existentes do projeto arquitetônico, como os aparelhos sanitários, não possuíam pré-configurações de diâmetro e posicionamento de tubulações de entrada e saída. Todavia, estes aparelhos foram transformados rapidamente em elementos pré-configurados e, mesmo assim, constatou-se um ganho de tempo e precisão muito grande em relação ao projeto 2D em CAD.

Nesta etapa, foi encontrada a maior quantidade de elementos projetados em locais que iriam gerar incompatibilidades com a estrutura de concreto, tais como: a) prumadas de água fria e quente, dispostos dentro de vigas; b) tubulações de água e esgoto passando dentro de elementos estruturais; c) previsão de tubo de queda do pavimento superior em local sem alvenaria e estrutural para shaft no pavimento inferior; d) utilização do duto de churrasqueira como shaft para tubulações; e) tomadas na mesma parede interligadas por eletroduto, porém com um pilar no meio; f) quadro de distribuição do pavimento superior locado em posição de interferência com uma porta; g) falta de locação do quadro de medição.

Comparação Representação dos Projetos CAD X BIM Quanto à representação dos projetos elétrico e hidrossanitário, comparando

o CAD 2D e BIM, percebeu-se que a modelagem 3D utilizada com software BIM possibilitou uma melhor interpretação e visão geral do projeto, sendo possível lançar, alterar e identificar todos os elementos em 3D.

Uma das grandes vantagens identificadas no BIM, neste projeto, foi o fato de que os mesmos elementos são utilizados em distintas plantas e vistas e que, em CAD, necessitariam de replicação tantas vezes quanto fosse necessário. Isto devido à forma de trabalho bidirecional, quando o mesmo elemento pode ser apresentado em diversas vistas sem perder informação e representação.

Da mesma maneira, o projeto elétrico em BIM, o qual, além das vantagens encontradas no projeto hidrossanitário, também apresentou a possibilidade de um controle total das dimensões e do posicionamento de todos os elementos do projeto, tubulações e conexões, tanto em 2D como em 3D, gerando uma visualização de possível interferências de forma fácil e antecipada. Em ambos os projetos, mas principalmente no projeto elétrico, o BIM propiciou uma visão com as dimensões e o posicionamento real de cada um dos elementos no espaço, situação que gerou uma redução significativa no esforço cognitivo do projetista em virtude da facilidade de visualização bidirecional de todos os elementos.

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UNIDADE 3 | REFINAMENTO DO PROJETO

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CONCLUSÃO

A partir da análise dos resultados do presente estudo, percebeu-se que nas etapas de desenvolvimento e compatibilização de projetos para construção de edificações são necessárias mudanças e evoluções mais profundas em relação ao déficit de qualidade e produtividade que o ciclo atual produtivo em 2D apresenta. Pode-se indicar fatores como as falhas provenientes de projetos e o processo de gestão e planejamento de projetos falhos, os quais geram retrabalhos, provenientes de falhas por meio de retroalimentações de informações redundantes e desperdício de materiais, os quais acabam onerando o custo do empreendimento.

Com base nesta ideia, percebe-se a necessidade de melhoria contínua, mais ampla no setor de arquitetura, engenharia e construção nacional por meio de novas tecnologias como o BIM, o IPD, entre outros, ou seja, investimentos que possibilitem a organização e a padronização dos processos, principalmente no âmbito da construção civil, setor onde ainda se trabalha com margens muito grandes de desperdícios e retrabalhos, seja nas fases de projetos ou de construção.

Entende-se que o BIM potencializa o desenvolvimento de aplicações para a gestão de projetos e construção, pois além de controlar todas as fases de projeto e execução, racionaliza os processos de tomadas de decisão. Esta ferramenta traz significativos benefícios à construção civil como um todo e, por consequência, aos adjacentes a ela, pois permite cumprir com maior eficiência e eficácia não só os objetivos e os valores integrados no empreendimento, como também os da própria organização.

Além disso, entende-se que é essencial que os profissionais comecem a estreitar suas comunicações dentro de cada projeto a ser desenvolvido, como um benefício não apenas para os profissionais, que terão mais segurança em seus projetos, como também para os clientes, que terão um produto final com uma maior qualidade.

Para ler o artigo na íntegra, consulte a referência:

MARSICO, Matheus Lamas et al. Aplicação de BIM na compatibilização de projetos de edificações. Iberoamerican Journal of Industrial Engineering, v. 9, n. 17, p. 19-41, 2017. Disponível em: <http://incubadora.periodicos.ufsc.br/index.php/IJIE/article/view/v9n1702>. Acesso em: 10 jun. 2018.

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Neste tópico, você aprendeu que:

• As folhas deverão ser criadas seguindo o formato padrão da NBR.

• O selo é uma parte fundamental do trabalho, no qual devemos descrever todas as informações pertinentes ao projeto.

• A impressora deverá ser selecionada antes da configuração da folha de impressão.

• Para ativar ou desativar a impressão das cores e espessuras das linhas é necessário configurar o item Plot style table.

RESUMO DO TÓPICO 4

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AUTOATIVIDADE

1 As impressões são definidas no ambiente de Layout do AutoCAD. Sobre este ambiente é correto afirmar que:

a) ( ) O ambiente Layout é independente do Model Space.b) ( ) O acesso ao ambiente Layout é realizado através da função plot.c) ( ) As mudanças de escala que são realizadas no ambiente Layout também

ocorrem no ambiente Model Space.d) ( ) No ambiente Layout o usuário deverá utilizar a distância em metros.

2 O Selo ou Carimbo deverá ser desenhado no canto inferior direito da folha de desenho. Sobre este elemento do desenho, assinale verdadeiro (V) ou falso (F) para as afirmações a seguir:

a) ( ) O selo deverá possuir um comprimento de 175 mm e uma altura de 200 mm.

b) ( ) A norma regulamentadora para o desenho dos selos e carimbos é a NBR-6492 de 1994.

c) ( ) O selo deverá possuir um comprimento de 180 mm. d) ( ) Um dos itens que não deve faltar no selo é a identificação do cliente.

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REFERÊNCIAS

AMARAL ARCARI, Etiene et al. Interoperabilidade: um desafio para o processo de modelagem parametrizada de detalhes arquitetônicos e sua materialização. Blücher Design Proceedings, [S. l.], v. 2, n. 3, p. 341-349, 2015. Disponível em: <http://pdf.blucher.com.br.s3-sa-east-1.amazonaws.com/designproceedings/sigradi2015/80143.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2018.

AMARAL, R. D. C.; PINA FILHO, A. C. A evolução do CAD e sua aplicação em projetos de engenharia. In: Nono Simpósio de Mecânica Computacional, 2010, São João Del-Rei. Anais eletrônicos... São João Del-Rei: Simpósio de Mecânica Computacional, 2010. Não paginada. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/267251565>. Acesso em: 20 abr. 2018.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6492: Representação de projetos de arquitetura. P. 27. Rio de Janeiro, 1994.

______. NBR 10068: Folha de desenho – Leiaute e dimensões. P. 4. Rio de Janeiro, 1987.

BATISTA, Lidiane Maria; FERREIRA, Sérgio Leal. Avanços no intercâmbio de dados do projeto de instalações: do cad 3D ao BIM em experiências representativas. Blücher Engineering Proceedings, v. 2, n. 2, p. 436-448, 2015. Disponível em: <http://www.proceedings.blucher.com.br/article-details/avanos-no-intercmbio-de-dados-do-projeto-de-instalaes-do-cad-3d-ao-bim-em-experincias-representativas-20550>. Acesso em: 10 jun. 2018.

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MARSICO, Matheus Lamas et al. Aplicação de BIM na compatibilização de projetos de edificações. Iberoamerican Journal of Industrial Engineering, v. 9, n. 17, p. 19-41, 2017. Disponível em: <http://incubadora.periodicos.ufsc.br/index.php/IJIE/article/view/v9n1702>. Acesso em: 10 jun. 2018.

Page 196: Desenho Auxiliado por Computador - UNIASSELVI

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