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Desafios para o Financiamento Hospitalar

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Evolução da despesa em saúde em percentagem do PIB

OCDE, 2009

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Crescimento anual da despesa em saúde e PIB per capita, 1997-2007

Cre

scim

ento

anu

al m

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aúde

per

cap

ita (%

)

Crescimento anual médio do Produto Interno Bruto per capita (%)

PRT

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

0 1 2 3 4 5

OCDE, 2010

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Despesa pública e privada per capita em saúde

4 7

63

4 4

17

4 1

62

3 8

95

3 8

37

3 7

63

3 6

01

3 5

95

3 5

88

3 5

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23

3 3

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3 1

37

2 9

92

2 9

84

2 8

40

2 7

27

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86

2 6

71

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35

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1 000

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OCDE, 2010

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SNS grandes rubricas 2009

47.61%

30.16%

8.19%

14.04%

Despesas c/ Pessoal Despesa com Medicamentos Despesa com Convencionados Outros

Informação Econ.-Financeira do SNS, no âmbito do Despacho n.º 32042/2008, disponível em www.acss.min-saude.pt

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SNS grandes rubricas 2008/09 (milhões de euros)

- €

500,000,000.00 €

1,000,000,000.00 €

1,500,000,000.00 €

2,000,000,000.00 €

2,500,000,000.00 €

3,000,000,000.00 €

3,500,000,000.00 €

4,000,000,000.00 €

4,500,000,000.00 €

5,000,000,000.00 €

Despesas c/ Pessoal Despesa com Medicamentos

Despesa com Convencionados

Outros

2008 2009

Informação Econ.-Financeira do SNS, no âmbito do Despacho n.º 32042/2008, disponível em www.acss.min-saude.pt

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HEPE grandes rubricas 2008/09 (milhões de euros)

- €

500,000,000.00 €

1,000,000,000.00 €

1,500,000,000.00 €

2,000,000,000.00 €

2,500,000,000.00 €

3,000,000,000.00 €

3,500,000,000.00 €

Despesas c/ Pessoal Despesa com P. Farmacêuticos

Despesa com Material de Consumo Clínico

Outros

2008 2009

Informação Econ.-Financeira do SNS, no âmbito do Despacho n.º 32042/2008, disponível em www.acss.min-saude.pt

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SNS Resultados 2009 (milhões de euros)

-59.12 €

-278.04 €

-7.90 €

16.81 €

Informação Econ.-Financeira do SNS, no âmbito do Despacho n.º 32042/2008, disponível em www.acss.min-saude.pt

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Carga económica da Doença Crónica

População Custos anuais

1% 25%

5% 50%

10% 66%

Berk ML, Monheit AC. Health Aff 1992;11:145-9. Berk ML, Monheit AC. Health Aff 2001;20:9-18. Yu W, Ezzati-Rice T. Expenditure Panel Survey Agency for Healthcare Medical Research and Quality 2005. Zuvekas SH, Cohen JW. Health Aff (Millwood) 2007;26:249-57.

Em 2030; ↑ 25% mortes associadas a alergias/

asma/ DPOC (doenças crónicas

pulmonares)

↑ 33% mortes associadas a diabetes

↑ 50% mortes associadas a demência

World Health Organization; 2006

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A despesa apresentada após os 55 anos não é proporcional

20 30 40 50 60 70 80 90

Idade

Esperança de vida adicional

Idade Activa ou não

Idade Activa

€ Prevenção

Gestão da doença + Cuidados de paliativos de fim de vida

Abordagem tradicional

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Taxa bruta de mortalidade por cancro do cólon e recto antes dos 65 anos (2008)

Disponível em www.websig.min-saude.pt

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Relação entre a despesa de saúde e nível de cuidados

CS Terciários

C Saúde Primários

C Saúde Secundários

Menos custos

Menos episódios

Auto-cuidado ou cuidado por amigos & familiares

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Incidência de amputações em diabéticos / 10 000 habitantes (2008)

Disponível em www.websig.min-saude.pt

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Monitorização regular do tempo de coagulação (INR) 100.000 doentes hipo-coagulados em Portugal

Macedo A, et al. Acta Med Port 2010; 23: 203-212

526 € 542 €

704 €

Centro de Saúde Auto-monitorização Laboratório

€ Quality Adjusted Life Year

4.66

4.71

4.64

4.7

4.74

4.68

Centro de Saúde Auto-monitorização Laboratório

QALYs anos de vida

2,452.30 € 2,550.60 €

3,263.40 €

Centro de Saúde Auto-monitorização Laboratório

Custos directos do acompanhamento 5 anos

www.acss.min-saude.pt [email protected] [email protected] Adaptado de Sakellarides C, 2009.

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Proporção de reinternamentos com diagnóstico principal de doença crónica no episódio original

Cardoso C. 2009

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Desafios ao sistema de saúde

•  Mais cuidados planeados e gestão da doença crónica na comunidade

•  Cuidados agudos racionalizados, mais seguros, de elevada qualidade, e especialização de serviços

•  Melhor experiência do doente pela gestão mais efectiva dos cuidados

•  Mais informação clínica & Melhor utilização das tecnologias

•  Recursos humanos mais flexíveis e eficientes

•  Reconfiguração dos cuidados agudos

•  Novos incentivos e contratos à “deshospitalização”, e alocação de recursos de base populacional

A MUDANÇA NECESSITA DE ALAVANCAS

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Recursos financeiros limitados do SNS

Fluxos de financiamento

ACSS

ARS

Hospitais Públicos

Serviços Privados

População e empresas

Doentes

Subsistemas

Seguros privados

Fluxos de financiamento, pagamento ou reembolso

SNS

Alocação de recursos do SNS

ACES

3,456 3,445

438 296

3,595 3,728

134 181 476 501

0

1,000

2,000

3,000

4,000

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6,000

7,000

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9,000

2009 2010

ARS Hospitais SPA Hospitais/ ULS EPE PPP Outros

3,7%

-32,5%

-0,3%

34,4%

8.100 8.150

M €

Variação 2009-2010

0,6%

5,1%

ULS

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Modalidades de pagamento prospectivas

•  Baseado em linhas de produção –  Hospitais EPE

•  Indice de Case Mix e doente equivalente (4 linhas) •  Consulta externa (2 preços: subsequentes e primeiras) •  Hospitais de dia (5 tipologias) •  Outras

•  Modelo de base populacional ajustado pelo risco –  Unidades Locais de Saúde EPE –  Regiões de saúde

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Modalidades de pagamento

Pagamento por acto

* Doentes graves habitualmente atractivos

* Sobre-prestação de cuidados

* Sub-referenciação

* Sem incentivos à qualidade

Capitação

* Doentes graves não são atractivos

* Sub-prestação de cuidados

* Sobre-referenciação

* Qualidade: maus resultados -> mais trabalho

Pagamento por caso/episódio

* Doentes graves não são atractivos

* Tendência à prestação média

* Fracos incentivos qualidade

Adaptado de Busse, 2009.

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Actividade hospitalar (HSPA+HEPE)

2008 2009 Var. %

Doentes Saídos 898.383 881.755 -1,9

Consultas Externas (Total) 9.660.522 10.141.267 5,0

1ªs Consultas 2.646.609 2.880.033 8,8

Cirurgias 625.033 642.980 2,9

Convencional 305.713 278.215 -9,0

Ambulatória 208.437 255.502 22,6

% Ambulatorização 40,5% 47,9% 7,3

Urgente 110.883 109.263 -1,5

Urgências (Total) 6.071.488 6.000.637 -1,2

Hospital de Dia (Total de Sessões) 1.009.348 1.121.076 11,1

Serviços Domiciliários 132.990 76.108 -42,8

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Utilização hospitalar ajustada por ICM

1.00

1.08

0.94

1.02

0.86

0.93

1.14

0.98 0.95 0.96

0.80

0.85

0.90

0.95

1.00

1.05

1.10

1.15

ARS Norte ARS Centro ARS LVT ARS Alentejo ARS Algarve

Índice de Utilização Cirúrgica Índice de Utilização Médica

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Índice de utilização hospitalar cirúrgica por ACES de residência

Disponível em www.websig.min-saude.pt

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Especialidades em relação às quais não estão a ser cumpridos os TMRs

Norte Centro LVT Alentejo Algarve

Angiologia e C. Vascular 1,10 0,56 1,35 0,15 -

Cardiologia 0,68 1,02 1,40 0,90 0,42

Cirurgia Geral 1,10 1,04 0,92 1,02 0,66

Dermato-Venereologia 0,76 1,23 1,15 0,60 1,30

Ginecologia 1,02 1,39 0,89 0,54 0,66

Oftalmologia 0,98 1,26 0,91 1,05 0,82

Ortopedia 1,13 1,16 0,83 0,94 0,70

Otorrinolaringologia 0,98 1,14 1,01 0,60 0,95

Psiquiatria 0,94 1,19 1,01 0,93 0,70

Urologia 0,97 1,28 0,98 0,83 0,50

TOTAL 0,95 1,13 0,96 0,83 0,70

Pedidos efectuados, via electrónica, pelas unidades de cuidados de saúde primários

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Especialidades em relação às quais não estão a ser cumpridos os TMRs

-

0.20

0.40

0.60

0.80

1.00

1.20

1.40

1.60

Norte Centro LVT Alentejo Algarve

Angiologia e Cirurgia Vascular Cardiologia

Cirurgia Geral

Dermato-Venereologia

Ginecologia

Oftalmologia

Ortopedia

Otorrinolaringologia

Psiquiatria

Urologia

Pedidos efectuados, via electrónica, pelas unidades de cuidados de saúde primários

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Taxa Anos Potenciais de Vida Perdidos por 100 000 (2008)

Disponível em www.websig.min-saude.pt

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Indicadores que influenciam teoricamente a despesa em saúde

Prestadores de cuidados de saúde secundários

Prestadores de cuidados de saúde primários

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Capacidade explicativa da despesa por cada variável

CSP HH

278 pontos de observação ao nível de concelho; 2008

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Selecção das modalidades de pagamento

Pagamento por acto

* Doentes graves habitualmente atractivos

* Sobre-prestação de cuidados

* Sub-referenciação

* Sem incentivos à qualidade

Capitação

* Doentes graves não são atractivos

* Sub-prestação de cuidados

* Sobre-referenciação

* Qualidade: maus resultados -> mais trabalho

Pagamento por caso/episódio

* Doentes graves não são atractivos

* Tendência à prestação média

* Fracos incentivos qualidade

Adaptado de Busse, 2009.

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Financiamento deve promover...

•  Cuidados electivos –  Transferência de cuidados para a comunidade –  Separação entre cuidados electivos e cuidados urgentes –  Racionalização dos procedimentos de baixa prioridade –  Selecção entre procedimentos depende da efectividade –  Centralização e funcionamento em rede de serviços hiperespecializados (solution shops)

•  Cuidados urgentes –  Reduzir episódios e admissões através de serviços de urgência…

•  Melhorar acesso aos cuidados de saúde primários •  Reestruturação da resposta •  Melhorar a gestão de caso

•  Cuidados a doentes crónicos –  Detecção precoce –  Cuidados de elevada qualidade e consistência –  Cuidados integrados apoiados pelas tecnologias da informação

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Incentivos e penalizações de curto prazo

•  Criação de incentivos à redução de custos com medicamentos

•  Fixação de objectivos da Qualidade

•  Fixação de objectivos de Eficiência

Redução de custos de

Medicamentos

Objectivos da Qualidade e

Eficiência

Objectivos Medidas

•  Penalização por incumprimento dos serviços contratados por linha de produção pelo exacto montante da valorização da produção em falta

•  Limitação do seguimento de doentes em ambulatório hospitalar •  Promoção da transferência de serviços para a comunidade e de consultoria na comunidade

Produção

Racionalização de Cuidados

•  Adequação da compra de serviços às necessidades das populações •  Aquisição de serviços ultra-especializados a unidades específicas •  Promoção da selecção de procedimentos mais custo-efectivos •  Racionalização dos procedimentos de baixa prioridade

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+ Saúde

Capacidade para pagar

Qualidade/ Acesso aos Cuidados

Qualidade Clínica

Perspectiva do Cidadão

Perspectiva do Financiador/ Comprador

Perspectiva Clínica

Adaptado de Wallace P, 2004.