Índice. crónica. recensões. ficheiro de revistas

38
Revista Filosófica de Coimbra Publicação semestral Vol. 11 N.° 22 Outubro de 2002 Artigos Miguel Baptista Pereira - Precisão Científico-Técnica e Filosofia 343 Mário Santiago de Carvalho - Filosofar na Época de Palestrina. Uma introdução à psicologia filosófica dos 'Comentários a Aristóteles' do Colégio das Artes de Coimbra .......................... 389 Fernanda Bernardo - A Ética da Hospitalidade , segundo J. Derrida, ou o porvir do cosmopolitismo por vir a propósito das cidades- -refúgio, re-inventar a cidadania (II) ............................................. 421 Cristóvão da Silva Marinheiro - A Retórica do Visual na Física Cartesiana ..................................................................................... 447 Crónica ................................................................................................ 467 Recensões ............................................................................................ 473 Ficheiro de Revistas ........................................................................... 483 Índice 2002 .......................................................................................... 499

Upload: lynga

Post on 08-Jan-2017

223 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas

Revista Filosófica de Coimbra

Publicação semestral

Vol. 11 • N.° 22 • Outubro de 2002

Artigos

Miguel Baptista Pereira - Precisão Científico-Técnica e Filosofia 343

Mário Santiago de Carvalho - Filosofar na Época de Palestrina.Uma introdução à psicologia filosófica dos 'Comentários aAristóteles' do Colégio das Artes de Coimbra .......................... 389

Fernanda Bernardo - A Ética da Hospitalidade, segundo J. Derrida,

ou o porvir do cosmopolitismo por vir a propósito das cidades-

-refúgio, re-inventar a cidadania (II) ............................................. 421

Cristóvão da Silva Marinheiro - A Retórica do Visual na Física

Cartesiana ..................................................................................... 447

Crónica ................................................................................................ 467

Recensões ............................................................................................ 473

Ficheiro de Revistas ........................................................................... 483

Índice 2002 .......................................................................................... 499

Page 2: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas

CRÓNICA

1.° ENCONTRO NACIONAL DE FILOSOFIA ANALÍTICA(Universidade de Coimbra, 17 e 18 de Maio de 2002)

Organizado pela Unidade I&D "Linguagem, Interpretação e Filosofia", daFundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), tendo como Comissão Científica

Henrique Jales Ribeiro (Universidade de Coimbra), João Branquinho (Universi-dade de Lisboa) e João Sáàgua (Universidade Nova de Lisboa), com o apoio doInstituto de Estudos Filosóficos da Faculdade de Letras da Universidade de Coim-bra e sob os auspícios da European Society for Analytical Philosophy, o 1.° En-

contro Nacional de Filosofia Analítica (ENFA- 1) realizou - se nessa Faculdade nos

dias 17 e 18 de Maio de 2002 , congregando pela primeira vez a nível nacional uma

parte numerosa e significativa de todos aqueles que em Portugal trabalham na

tradição analítica em filosofia ou se interessam pelo seu estudo e divulgação. Entre

os participantes que apresentaram comunicações incluiam - se docentes das dife-

rentes Universidades portuguesas (públicas e privadas ) quer na área filosófica quer

na da matemática e da informática, jovens investigadores bolseiros da FCT que

preparam teses de doutoramento no nosso país e/ou no estrangeiro , e docentes do

Ensino Secundário envolvidos em projectos de investigação similares . O Encontro

contou com a presença de três convidados estrangeiros de reconhecido mérito e

reputação: Pieter Seuren, do Max Planck Institut for Psycholinguistics, Manuel

Garcia-Carpinteiro, da Universidade de Barcelona, e Charles Travis, da Nortwes-

tern University (Illinois-Chicago, U. S. A.). No total foram apresentadas trinta e

duas comunicações das trinta e três programadas e inicialmente previstas, cobrindo

os mais variados domínios, desde a filosofia da arte, a filosofia política, a filosofia

da ciência, ou a ética, à lógica propriamente dita e à filosofia da mente ou da

consciência, passando pela história da filosofia analítica no seu conjunto.

O objectivo fundamental do Encontro foi promover e institucionalizar o inter-

câmbio científico e intelectual entre os participantes de maneira geral. Para além

disso, um outro vector consistia em dar expressão não só à discussão entre os diferen-

tes modos de encarar, hoje em dia, a tradição analítica no próprio seio da mesma,

mas também, tanto quanto possível, ao diálogo entre ela e a chamada "tradição con-

tinental". Deste ponto de vista, importa assinalar a apresentação no evento de algu-

Revista Filosófica de Coimbra - n.° 22 (2002) pp. 467-471

Page 3: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas

468 Revista Filosófica de Coimbra

mas comunicações cujos autores não se identificam totalmente com a filosofiaanalítica strictu sensu, o que, nos casos em apreço , suscitou debates interessantes eclarificadores para ambas as partes. O espírito de abertura , colegialidade e tolerânciaque caracteriza o desenvolvimento da tradição analítica em filosofia desde os seusprimórdios foi também, pois, uma marca indelével do próprio Encontro.

O elevado número de participantes (com e sem comunicações ) obrigou ao

desdobramento do evento em sessões plenárias e paralelas durante os dois dias em

que ocorreu , facto que não é muito habitual entre nós, no que à filosofia diz

respeito, e que deve ser, pois, realçado. Antes do mais, os participantes sem comu-

nicações ( para mais de duas centenas e provenientes de diferentes partes do país)

tiveram a oportunidade de conhecer informalmente o riquíssimo panorama de

temas que ocupam hoje em dia os filósofos analíticos entre nós, de assistir, in loco,

às comunicações do seu interesse e escolha intervindo na discussão das mesmas,

e de se confrontar com variadas ( e nem sempre complementares ) perspectivas

sobre cada um deles. (Neste sentido , a comissão promotora do Encontro facultou

a maior informação possível sobre cada comunicação a apresentar, pondo à dispo-

sição de todos os participantes , quando existia , o respectivo texto. ) O conhecido

apego metodológico pela investigação tentativa e cooperativa dos problemas, que

caracteriza secularmente o laboratório analítico até aos nossos dias, teve, assim,

a expressão organizativa adequada no próprio evento e (estima- se) o impacto

científico-pedagógico devido e adequado. A publicação das Actas do 1. ° Encontro

Nacional de Filosofia Analítica , que se aguarda com natural expectativa, só virá

comprovar e reforçar, a seu modo , o que acabámos de dizer.

Nas sessões plenárias , como convidados portugueses , intervieram Manuel

Lourenço ("Estruturalismo"), Carmo d'Orey ("Sistemas simbólicos, arte e interpre-

tação" ) e António Marques ("De que falamos quando falamos da `autoridade da

1.' pessoa' ?" ), que abordaram , respectivamente , alguns aspectos fundamentais doestruturalismo quando aplicado à nossa interpretação dos sistemas formais nalógica e na matemática de maneira geral , o interesse e originalidade de uma teoriada simbolização estética do ponto de vista analítico , sobretudo quando esta apelapara os mesmos recursos da lógica extensional que são utilizados para compreen-der a ciência , e a questão de saber que autoridade tem a 1 .' pessoa como condiçãode possibilidade da interpretação e, em particular, relativamente aos conteúdos dassuas crenças . Por sua vez , do lado dos convidados estrangeiros , Pieter Seuren("The Logic of Thinking ") intentou uma reformulação dos pressupostos essenciaisda nossa concepção hodierna da lógica , que é suposto preservar todas as vantagensda lógica aristotélica ao mesmo tempo que dispensa a pragmática , Charles Travis("Harmony" ) visou uma reformulação similar no que diz respeito à teoria daverdade aplicada às linguagens naturais e quando devidamente reelaborada a partirda sua versão original em J. Austin, e Garcia-Carpinteiro ("A non-modal concep-tion of secondary properties and dispositions") ocupou - se das implicações lógicasdo problema da distinção entre propriedades primárias e secundárias.

pp. 467 -471 Revista Filosófica de Coimbra - n.° 22 (2002)

Page 4: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas

Crónica 469

Não sessões paralelas, como se disse mais acima, foram diversos os assuntosabordados pelas comunicações , de que aqui se dá conta pela natureza dosrespectivos temas. Começamos pelos menos escolhidos mas nem por isso menosrelevantes , e, justamente , por uma comunicação a que acima aludimos, a qualdenuncia uma postura crítica e controversa sobre a filosofia analítica , que não épossível discutir nesta Crónica . ADÉLIO MELO ("Um filósofo desconhecido dafilosofia analítica") criticou o que chamou o "reducionismo empirista " da filosofiaanalítica, salientando como para M. Foucault os enunciados com significado nãose reduzem apenas aos que expressam proposições ( no sentido lógico do conceito).No âmbito da filosofia da arte, AIRES ALMEIDA ("As teorias essencialistas acercado problema da definição da arte" ) retomou, a seu modo, aquela mesmaproblemática da interpretação analítica da obra de arte que tinha ocupado Carmod'Orey numa sessão plenária para pôr em contraste uma tal interpretação com oque designou por "teorias essencialistas" sobre a matéria. No da filosofia sociale política, ANTÓNIO MANUEL MARTINS ("O dilema do prisioneiro") fez obalanço do discussão do dilema que nos anos cinquenta foi proposto por M.

Dresher e M. Flood, e problematizou as suas implicações para uma possível teoriada acção e da racionalidade prática. No quadro da filosofia da ciência, JOÃO

FONSECA (" Reducionismo e evolução científica : uma nova perspectiva") exa-

minou a questão do reducionismo das teorias científicas desde uma das suas

primeiras formulações históricas (com E. Nagel ) até a abordagens mais recentes

e alternativas , oferecendo o esboço teórico genérico de uma superação conciliatória

tanto de umas como de outras. No que à filosofia da matemática diz respeito e,

em especial , à sua história, o matemático FERNANDO FERREIRA ("Emendando

o Grundgesetze der Arithmetik de Frege" ) questionou o problema da conhecida

contradição que B . Russell , faz agora cem anos , assinalou no sistema formal

exposto pela referida obra de Frege, reclamando a consistência desse sistema na

sequência da investigação recente de R. Heck e discutindo as implicações

filosóficas deste resultado das suas investigações . O especialista na aplicação da

lógica à informática , ANTÓNIO BRANCO ("Condições de possibilidade para a

computação da representação semântica: o caso da negação ") debruçou - se sobre

o problema levantado à computação , a partir da forma de superfície dos enun-

ciados, pela representação semântica da negação , elencando as teorias e problemas-

tipo a tal respeito na literatura corrente. No âmbito da história da filosofia analítica,

HENRIQUE JALES RIBEIRO ("O mito da redução da matemática à lógica: cem

anos depois de Os Princípios da Matemática (1903-2003)"), retomando alguma

historiografia que na última década tem vindo a mostrar a existência de certos com-

promissos entre o logicismo de Russell a partir de 1900 e a sua filosofia anterior

a esta data, sugeriu a importância essencial dos mesmos quanto ao problema da

redução da matemática à lógica. Tendo em vista um contexto histórico mais restrito

mas não menos filosoficamente importante , MARIA LUISA COUTO SOARES

("Linguagem e pensamento em Frege" ) procedeu a uma análise atenta do ensaio

Revista Filosófica de Coimbra - n.o 22 (2002) pp. 467-471

Page 5: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas

470 Revista Filosófica de Coimbra

de Frege "Der Gedanke", equacionando alguns problemas prementes aí levantados,

para nós hoje em dia , do ponto de vista da filosofia da mente . Quanto à ética e à

filosofia moral em geral , ALFREDO DINIZ ("Ética naturalizada : um século depois

de G. E. Moore" ) discutiu as implicações históricas e filosóficas do debate sobre

a ética evolucionista e o naturalismo em ética de maneira geral que, no final dos

anos trinta, foi aberto pela crítica de W, K. Frankena aos Principia Etílica de

Moore . MARINA RAMOS THEMUDO (" Linguagem e realidade : de Platão a

Wittgenstein "), por outro lado , procurou desvelar o texto ético profundo que estará

subjacente quer a certos diálogos platónicos ( como o Teeteto ) quer às Investigações

Filos< ficas de L . Wittgenstein . PEDRO GALVÃO ("A justificação absolutista do

duplo eleito" ) apresentou as linhas gerais da doutrina aludida no título da sua

comunicação , a qual inspira uma deontologia mais ou menos recorrente em diver-

sos domínios ( sociais, profissionais e políticos ), questionando - a em particular na

sua versão "absolutista ". Do ponto de vista da filosofia da mente ou da consciên-

cia, ANDRÉ ABATH ("O que há de errado com a teoria do pensamento de

Davidson ?"), apresentou e criticou a teoria de D. Davidson segundo a qual

linguagem e pensamento são interdependentes e só podemos considerar pensantes

seres que possuem uma linguagem , rejeitando as suas conexões beavioristas e,

finalmente , a própria teoria . ISABEL GÓIS ("E se alguma coisa corre mal? Teorias

da consciência de ordem elevada e a possibilidade de erro" ) mostrou em que

medida as teorias da consciência referidas não representam adequadamente os

nossos estados conscientes e, em particular , a possiblidade de erro, sugerindo que

elas falham precisamente estes objectivos fundamentais . JOÃO BRANQUINHO

("Kripke contra o materialismo ") examinou os argumentos de Kripke , em Nam-

ing and Necessity , contra três versões da teoria materialista da mente, discutindo

as respectivas implicações filosóficas . JOSÉ MANUEL CURADO ("Funções para

os qualia: os argumentos modais de Reid"), por sua vez , examinou os argumentos

de Reid sobre a razão da existência dos qualia ou propriedades secundárias,

mostrando como o estatuto problemático destas (ilustrado por situações contra-

factuais ) atinge o amâgo daquilo a que chamou " o problema duro da consciência".

MAFALDA EIRÓ (" Intenção e comunicação") explorou a questão do papel da

intenção na comunicação e na teoria do significado de modo geral tomando como

base os trabalhos de J. Searle e P. Grice . SOFIA MIGUENS ("Teorias represen-

tacionais da consciência : F. Dretske versus D . Dennett" ), por último , estabeleceu

um contraste entre as teorias dos autores aludidos insistindo na maior pertinência

da primeira particulamente no que concerne à necessidade de incluir na teoria da

consciência uma abordagem do que Dretske chamou a "percepção epistémica". No

quadro da lógica propriamente dita e, em especial , da teoria do significado,

ADRIANA SILVA GRAÇA (" Níveis de compreensão de termos para espécies

naturais ") discutiu os argumentos avançados por J . Stanley contra o argumentoanti-descritivista de termos para espécies naturais proposto por H . Putnam em "TheMeaning of Meaning". CÉLIA TEIXEIRA ("O conhecimento da lógica e a teoria

pp. 467-471 Revista Filosófica de Coimbra -n.° 22 (2002)

Page 6: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas

Crónica 471

da definição implícita") procurou fazer ver em que medida a teoria mencionada

falha em apresentar um bom modelo explicativo do conhecimento da lógica, apesar

de constituir uma resposta satisfatória à questão de saber como é que os conectoreslógicos adquirem significado. DESIDÉRIO MURCHO ("O que é a necessidade

metafísica"), em ordem a que se compreenda o que é a necessidade metafísica e

a obviar aos obstáculos à sua compreensão, distinguiu três grupos de verdades

necessárias (lógicas, físicas e metafísicas) e, em contraste com alguma literatura

na matéria, procurou definir cada uma delas com a consistência requerida. JOÃO

SÁÀGUA ("Notas sobre forma lógica e arregimentação"), retomando e discutindo

Quine, abordou as implicações do problema de saber o que fazemos quando

parafraseamos uma frase através da introdução de símbolos para as funções de

verdade e os quantificadores. PEDRO SANTOS (" Intensionalidade e teorias do

significado"), analisou e desenvolveu as potencialidades da teoria intensionalista

de T. Parsons sobre o significado. PEDRO SANTOS ("Duas espécies de condi-

cionais"), da Universidade do Algarve, debruçou-se sobre o modo como a con-

trafactualidade determina o significado das (frases) condicionais, examinando, em

especial, a teoria de acordo com a qual as condições de verdade das condicionais

contrafactuais diferem das das outras condicionais. RICARDO SANTOS ("Leis do

argumento da funda") ocupou-se da projecção histórica e filosófica do argumento

originalmente concebido por A. Church para dissuadir Carnap de considerar que

as frases referem proposições e reconduzi-lo à posição fregeana ortodoxa sobre o

assunto. TERESA MARQUES ("Liar Sentences and Soame's Rejection of Biva-

lence") discutiu e criticou os argumentos de S. Soames segundo os quais a análise

de enunciados do tipo do mentiroso deve levar-nos a rejeitar a bivalência, concluindo

pela sua improcedência. E VÍTOR MOURA ("Compositionality, function-duality and

the asymmetries between subjects and predicares") tomou como assunto da sua

comunicação a análise dos diferentes modos de explicar a unidade da proposição e,

nesse âmbito, três espécies de assimetrias entre sujeito e predicado.

À luz da síntese das comunicações que acabámos de fazer, o saldo científico

do 1.' Encontro Nacional de Filosofia Analítica parece ser, sem qualquer dúvida,

brilhante. Mas também no que diz respeito à divulgação da tradição analítica em

filosofia o balanço do Encontro é muito positivo, sendo de destacar, a este

propósito, a criação da Sociedade Portuguesa de Filosofia Analítica, que visa justa-

mente promover uma tal tradição junto da comunidade filosófica e da sociedade

portuguesas de maneira geral. A filosofia em Portugal, quantas vezes não suficien-

temente respeitada e acarinhada, esteve e está de parabéns, pelo menos até a um

2.° Encontro (previsto para o ano de 2004 na Universidade do Porto).

Henrique Jales Ribeiro

Revista Filosófica de Coimbra - n.' 22 (2002) pp. 467-471

Page 7: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas
Page 8: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas

RECENSÕES

NICOLAU DE CUSA, A Paz da Fé, seguida de Carta a João de Segóvia.Tradução e Introdução de João Maria ANDRÉ, Coimbra: MinervaCoimbra (Colecção Hermes 2), 2002, 93p.

Depois de ter traduzido A Visão de Deus de Nicolau de Cusa (Lisboa: FundaçãoCalouste Gulbenkian , 1988), que antecedeu uma monumental dissertação de doutoramento,Sentido, Simbolismo e Interpretação no Discurso Filosófico de Nicolau de Cusa (Coimbra:Fundação C.Gulbenkian/JNICT, 1997), o Prof. João Maria André apresenta-nos, de novo,uma primeira versão portuguesa de um outro título do filósofo cardeal Nicolau de Cusa(1401-1464). Trata-se agora de um pequeno mas substancial diálogo, A Paz da Fé, "hinoà paz e à concórdia de povos, culturas e religiões", cujos quase seiscentos anos de distânciaem pouco beliscam a leitura e a reflexão . Saudamos realmente este corajoso esforço, tantomais que em Portugal, e em escandaloso contraste com a maioria das restantes línguaseuropeias , só tínhamos acesso à versão de De Deo abscondito (por J. Fragata e A. A. deSousa ), curiosamente um diálogo afim ao ora resenhado , publicado em Braga, por ocasiãodos quinhentos anos da morte do pensador. Anunciamos , por isso, com prazer , que JMAcontinua este labor e tem no prelo o célebre e fundamental A Douta Ignorância, obrarecebida em Portugal, no século XVI, conjuntamente com o De Idiota, no Colégio das Artesde Coimbra (In Phys. 1, 1,5,2). Felizmente, entre os dois centenários há que assinalar umincremento de qualidade, qual a de agregar à presente tradução e à que se anuncia, apublicação de Coincidências dos Opostos e Concórdia: Caminhos do Pensamento emNicolau de Cusa, o primeiro tomo das Actas do Congresso Internacional realizado em Coim-bra e Salamanca (5-9 de Novembro 2001), coordenado por J.M.André e por MarianoÁlvarez Gómez (243 p . e 10 comunicações ); o leitor interessado em obter uma boa infor-mação bibliográfica sobre a mais recente produção especializada poderá consultar o últimovolume das Recherches de Théologie et de Philosophie Médiévales (vol. 69,1). O presentetítulo, da colecção "Hermes", é o segundo de uma nova série de traduções, da respon-

sabilidade do Instituto de Estudos Filosóficos , inaugurada com uma obra de JacquesDerrida, Cosmopolitas de todos os Países, mais um esforço! A alteridade de um texto como

o do cardeal alemão, figura ímpar da filosofia e da teologia de Quatrocentos , homem daIgreja e do seu tempo, empenhado na reflexão mais especulativa e mais prática, merecia

uma Introdução explicativa a que, naturalmente , o tradutor se entregou com a costumada

competência e rigor (p. 7-20, com Bibliografia Seleccionada). Depois de uma breve

referência biográfica, JMA situa a composição de algumas das principais obras, desde 1433

(com o De concordantia catholica) até 1463/64 (com o tríptico De Venatione sapientiae,

o Compendium e De apite lheoriae), passando pelo mais conhecido, A douta ignorância(1440), e por Possest, Non aliud, De visione Dei, De coniecturis e De beryllo. Contem-

Revista Filo sófica de Coimbra - n.° 22 (2002 ) pp. 473-481

Page 9: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas

474 Revista Filosófica de Coimbra

porâneo do fascinante A Visão de Deus, o diálogo A Paz da Fé data de 1453 e a suamotivação imediata prende-se com as perseguições e guerras resultantes da queda deConstantinopla, nesse mesmo ano, às mãos dos turcos. O episódio, há muito esperado, emvirtude de um exangue Império cristão do Oriente, teve primeiro um carácter simbólico: aCruz tombava frente ao Crescente numa luta oito vezes centenária (recorde-se que Granadasó será reconquistada em 1492). É certo que a queda de Constantinopla teve um efeitopolítico poderosíssimo: a redescoberta do Ocidente por si mesmo e a sua invenção atlântica,mas a expansão turca, sobretudo, assinalava longinquamente o declínio de Roma comocabeça simultaneamente religiosa e temporal. As pretensões do Concílio de Basileia (1431--1449) goravam-se ao mesmo tempo que o avanço turco promovia o fecundo êxodo deintelectuais pele nófonos e suas diversificadas bibliotecas clássicas. A reflexão irenista deNicolau de Cusa é feita à moda de diálogo com o Verbo, com Pedro e com Paulo, derepresentantes de algumas religiões e tradições culturais da época, seguramente numaactualização das "filosofias que mais se aproximaram da verdade da fé cristã", segundo odizer matricial de Agostinho (De Civ. Dei VIII, 9): o Grego, o Italiano, o Árabe, o índio,o Caldeu, o Judeu, o Cita, o Francês, o Persa, o Sírio, o Espanhol, o Turco, o Alemão, oTártaro, o Arménio, o Boémio, o Inglês são os "sábios das nações" que vão sucessivamenteintervindo nos dezanove pequenos capítulos em que a obra de divide. Todo este horizontejustifica a inclusão de oportuno apêndice (p. 83-93), a publicação da tradução da carta queNicolau de Cusa escreveu em 1454 a João de Segóvia, professor salmanticense ecompanheiro do Cusano no Concílio de Basileia, após solicitação deste, sobre a ameaçaturca, a via aconselhada para a conversão dos fiéis e pedindo-lhe parecer sobre o horizonteda obra que entretanto redigia e na qual a metáfora bíblica do gládio era posta ao serviçoda paz e do diálogo inter-religioso. Sobretudo, o apêndice justifica-se pela alusão que aí éfeita à própria A Paz da Fé sintetizando lapidarmente a partilha de um horizonte comumaos dois espíritos (p. 87). A Introdução realiza assim o seu propósito mediante uma breveapresentação do conteúdo, dos temas e dos argumentos desenvolvidos em cada uma das"cenas", assentando os registos do diálogo, o alcance das propostas e os seus condicio-nalismos epocais. Do trabalho feito ressalta, a nosso ver, a seguinte conclusão interpretativaque partilhamos inteiramente (p. 14-15) e acerca da qual ainda diremos algo mais adiante,de acordo aliás com o que sugere Agostinho em A Cidade de Deus (XIX, 11) acerca da "pazeterna": "o genitivo de 'pax fidei' é, à semelhança do de 'vicio Dei', simultaneamente umgenitivo subjectivo e um genitivo objectivo", i.e., o título refere a paz que a fé promoveentre os homens e "o reconhecimento da dinâmica inscrição e promoção da paz dentro daprópria fé e das diversificadas crenças que são as suas múltiplas manifestações". Estainterpretação, decerto mais sensível nos nossos dias ("Uma mensagem que mantém aindahoje a sua actualidade" - p. 15), assegura não ser avisado ler o diálogo como se de umaperspectiva "meramente inclusivista, assimilacionista ou integracionista" se tratasse (p. 10).Daí que "a paz da fé" seja um título "medieval" para uma outra consequência, não menos"medieval", que tem em Cusa um real paladino: "a paz da razão". Destarte, a expressãocusana "paz perpétua" (p. 82), «perpetua pax», é tanto palavra inaugural de uma vastatradição moderna sobre o tema da paz (do Abbé de Saint-Pierre ou Leibniz a Vattel,passando por Voltaire, Rousseau, Helvetius, Richard Price, Kant) quanto momento capitalde uma longa tradição, de factura augustinista, como sugerimos (nos anos 50 Gilsonintegrava A Paz da Fé entre «as metamorfoses da cidade de Deus»). Enfim, urna evocaçãodo estudo que Agostinho dedica à "paz eterna" (ibid. XIX, 13), uma reflexão em torno dapaz (JMA cita Llull e, antes dele, Abelardo, sobretudo no que concerne ao ecumenismo, eoutros nomes se poderiam evocar como o de Aquino, e, no «círculo» cusano, Heimericode Campo ou Dionísio o Cartuxo; sobre o tema do ecumenismo remetemos para o infor-mado estudo que o tradutor publicou em Ars Interpretandi. Diálogo e Tempo. Homenagem

pp. 473-481 Revista Filosófica de Coimbra - n." 22 (2002)

Page 10: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas

Recensões 475

a Miguel Baptista Pereira, Porto 2000, p. 451-500). "Pacem finalem" é o acusativo queAgostinho emprega ligado ao "nome misterioso de Jerusalém" (ibid. XIX, 11), mas a épocade Cusa vê a inversão absoluta do horizonte de As Leis de Platão em que qualquer contactocom ideias alheias é considerado prejudicial, i.e., a de que a paz se alimenta da exterioridade

mas também da heteronomia vigilante. O Cristianismo pode pensar a paz universal porqueabole a diferença entre os Homens e Deus e os Homens entre si (veja-se a palavra de Hegel

sobre um Deus que encarna). Agora, todos os Homens pela sua natureza são chamados àVerdade. Todavia, esta nova comunidade realiza-se historicamente numa Igreja cuja versão

gregoriana adapta uma pax romana desprovida de fronteiras através da promoção de um

poder único que com Dante e Marsílio de Pádua se laicizará e esboroará. As guerras da

religião e as sucessivas pazes a que obrigaram os Homens deslocaram o sentido da

universalização: pode haver várias ordens e a paz resulta da sua coexistência. É por isso

que, talvez estranhamente para quem vê a coisa de forma mais superficial, também a promo-

ção da paz está ligada à "ideia das cruzadas e à das ordens de cavalaria", na medida em

que elas constituem "um sistema de regras de honra e de preceitos de virtude" (J. Huizinga)

como o atesta o 'best-seller' L'Arbre des Batailles de Honoré Bonet ou a teorização do

temário da "guerra justa". Nicolau de Cusa habita aquela fronteira, embora a sua versão seja

a da pluralidade dos ritos sob a figura da unidade e da concórdia, o que significa que a sua

versão apesar de infra-política anuncia o respeito, a coexistência e a tolerância . Afigura-

-se-nos, por isso, que o interesse (a actualidade) de A Paz da Fé reside, como dissemos,

na proposta filosófica de uma paz da razão. Depara-se- nos assim o seu autêntico horizonte

de compreensão, a grande intuição cusana da «coincidentia oppositorum», devidamente

tratada no encontro internacional de Coimbra/Salamanca . Se na sua letra o leitor do diálogo

é convidado à «coincidentia fidci» cristã (designadamente pelas dimensões de unitrini-

tarismo, encarnação , nascimento virginal, morte e ressurreição de Cristo, juízo final e vida

eterna), num plano mais fundamental, o que pareceria mera apologética , é aplicação de

doutrina teológico-metafísica que só pode ser cabalmente interpretada tendo presente os

grandes conceitos motores do pensar cusano. Que este nosso sublinhado sirva então para

promover também a leitura e a meditação da magnífica dissertação de doutoramento do

tradutor de A Paz da Fé. Conhece-se o tom jocoso de Kant sobre a tabuleta de unia

estalagem holandesa onde, sobre um fundo representando um cemitério, estaria inscrita a

legenda "para a paz perpétua". Tal spot publicitário é revelador de que o projecto do 'bon

abbé' Charles-Irénée Castel de Saint-Pierre não se confinava aos escrínios da filosofia,

também decerto graças à paródia que dele faziam os enciclopedistas, mas importa não

esquecer, antes das Luzes, o momento humanista mais próximo de Cusa, designadamente

promovido pelo campeão da ideia de concórdia no século XVI, "o primeiro teórico literário

do pacifismo", Erasmo de Roterdão (a expressão é de S. Zweig). Ora, para se chegar a esta

ideia da "paz da razão" na qual Nicolau de Cusa é figura relevante, é preciso contar uma

outra história que, se não passa tanto entre Agostinho e Llull, requer decerto a convocação

dos nomes de Dante e de Eckhart ou de Alberto Magno ou dafalasafa ('filosofia', em árabe)

antes daqueles e em alternativa parcelar aos mesmos. Refiro-me à equacionação da ideia

de concórdia aquém da fé (i.e.no espaço próprio da razão) por isso que harmoniza filosofia

e religião, tarefa só possível pelo cultivo do trabalho do intelecto, pela realização univer-

sitária e extra-universitária, quer no programa enunciado no primeiro capítulo da Filosofia

Primeira de Alkindi (aposta no progresso do pensamento e da sabedoria que implica todos

os Homens, independentemente das nações, dos idiomas ou dos tempos), quer do motivo

ético-político do Homem que se harmoniza com todos os outros pelo trabalho da razão com

vista a uma conjunção ou união (ittiçal) entre Homem e Mundo.

Mário Santiago de Carvalho

Revista Filosófica de Coimbra - ti." 22 (2002) pp. 473-481

Page 11: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas

476 Revista Filosófica de Coimbra

KANT, L'Unique Argument Possible pour une Démonstration de I'Exis-

tence de Dieu. Introduit, traduit et annoté par Robert THEIS, Paris:

J. Vrin (Textes et Commentaires), 2001, 226p.

A publicação, em língua francesa, da obra de Kant, Einzig moeglicher Beweisgrund zu

einer Demonstration des Daseins Gottes, publicada em 1762 (mas com data de rosto de

1763), não mereceria, por si só, especial notícia nas páginas desta Revista portuguesa, não

se desse o caso de o seu introdutor , tradutor e anotador ser nada mais nada menos do que

Robert Theis, um dos nomes que se tem justificadamente imposto no mais jovem escol dos

eruditos kantianos. De facto, o título ora em apreço, a única obra de Kant exclusivamente

dedicada à teologia filosófica (p. 87-191), surge-nos notavelmente apresentada por uma

"Introdução" de uma refinadíssima coerência (p. 9-86) e de uma consistência informativa

merecedoras de todo o louvor, além, é claro, das notas eruditas (p. 193-212 ) que antecedem

uma informação bibliográfica relativamente exaustiva e actualizada (p. 213-18, com as habi-

tuais omissões ibéricas ) e dos índices tão úteis, apesar de incompletos (notámos uma falha

pelo menos: Anselmo de Cantuária), em particular o onomástico e o temático (p. 219-23).

Enfim , um exemplo a seguir por todos aqueles de entre nós que praticamos a sensível,

difícil, meritória e exigentíssima tarefa filosófica de tradução e comentário . Como se trata

aqui de uma versão francesa , só nos resta desejar e ficar a aguardar trabalho afim para o

nosso idioma (o leitor deverá saber, julgamos, que a versão portuguesa das três Críticas está

disponível no mercado, além de outros títulos mais, mas a que o presente falta). De entre

a obra do Prof. R.Theis (que é também co-director da prestigiada colecção "Studien und

Texte zur Geschichte der europãischen Ideen" de Hildesheim), gostaríamos de sublinhar ao

menos duas monografias - Approches de Ia Critique de Ia Raison Pure (Hildesheim 1991)

e Gott. Untersuchungen zur Entwicklung des theologischen Diskurses in Kants Schriften

zur theoretischen Philosophie bis hin zum Erscheinen der Kritik der reinen Vernunft

(Stuttgart 1994 ) - assaz sintomáticos dos seus interesses , a filosofia da religião e a evoluçãofilosófica até à primeira Crítica inclusive . Digamos desde já que não há incongruência nesta

associação , porquanto uma das conclusões mais relevantes de RT vai no sentido de, semescamotear o facto incontestável de o "único argumento" vir a ser desvalorizado no período

crítico, evidenciar como o que está em causa nessa argumentação ( a exigência natural enecessária da razão em busca de um fundamento absoluto ), se apresentar como um Leitmotiv

permanente , detectável, v. g., no capítulo dedicado ao ideal transcendental na Crítica daRazão Pura. Julgamos então poder dizer que RT aduz finalmente as provas que faltavam

à sugestão auspiciosa de M. Heidegger (omitido por RT): "A questão de saber se e como eem que limites a afirmação 'Deus é' como posição absoluta é possível é o motivo secretoda C.R.P" (Questions II, 84). A diferença encontra-se por isso no motivo ontológico quetorna possível a teologia em Kant, aspecto que, se Heidegger suspeitava, não saberia provar.Consabido é que O Unico Argumento possível... se divide em três partes assimétricas:exposição do argumento , consideração sobre a sua vantagem, apresentação das razões que

explicam o seu carácter único. Cumpre-nos então evidenciar o precioso estudo introdutório.Organizado em torno de duas grandes secções, "a emergência da afirmação teológica noprimeiro pensamento de Kant" e "a teologia do 'único argumento"', RT procura contribuir

quer para o enquadramento histórico-genético do tema quer para a determinação da suacoerência filosófico-especulativa. O primeiro intento segue a questão de método e dareforma da metafísica (o jovem Kant começa por arbitrar voluntaristicamente entre omecanismo cartesiano e o dinamismo leibniziano, em 1749, trabalha numa nova explicaçãodos princípios do conhecimento filosófico, em 1755, o que o faz aproximar-se de umesquema argumentativo que constituirá a substância do escrito de 1762), isto é dizer, osprimeiros esboços do problema ontoteológico no contexto da filosofia natural e da

pp. 473-481 Revista Filosófica de Coimbra - n.° 22 (2002)

Page 12: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas

Recensões 477

cosmologia kantianas . Dali, designadamente à volta da discussão sobre o princípio de razãosuficiente ( para o efeito RT detém-se esmeradamente nas versões de Leibniz, de Wolff ede Crusius ), retira Kant a enunciação do próprio problema teológico . Ele será desenvolvidoem versões identificáveis : a físico-teológica na História Geral e a cosmo-teológica na NovaDilucidação (ambos os títulos de 1755). Baseando-se embora nos princípios da física newto-niana, Kant ultrapassa - os mediante a universalização de uma leitura mecanicista do Uni-verso, já cosmológica já cosmogonicamente perspectivado , da qual se desprende a novateologia que superará a tese de um Deus -ordenador por um Deus verdadeiramente Criador(ou seja, fundamento absoluto ). Se esta é tese historicamente evidenciada, nela sobressaia coerência lógico-ontológica do trabalho kantiano em torno do possível e, acima de tudo,a comprovação de que a passagem à teologia, longe de ser acessória, é, como se disse, umelemento constitutivo do próprio discurso científico . O projecto é conseguido em quatromomentos concatenados : o ontoteológico , o físico-teológico , o carácter 'único' do argu-mento ( Kant vs . Wolff) e a dimensão ' argumentativa ' do mesmo (Kant vs . Leibniz). Partindode um diálogo com a Ontologia de Wolff, lemos na Nova Dilucidatio (ProposiçãoVll) a"proto-versão " da conhecida tese de que a existência não é um acidente , mas a posiçãoabsoluta de uma coisa, afirmação que se tomará "ponto de partida " para O Único ArgumentoPossível ... e o "ponto crucial " da nova ontoteologia . Com efeito, pensar , sem excepção, aexistência como posição comprometia a ordem das razões da ontoteologia tradicional queconferia ao Ser Necessário o privilégio de poder contar com a existência entre as suasrealidades . Ora, a conclusão kantiana 'Es ist em Gott ' articula uma análise do possível como conceito de existência absolutamente necessária (Wolff e Baumgarten ) que promoverá apassagem à afirmação da identidade entre ens realissimum e Deus . Ora, a mais altarealidade, ao integrar o entendimento e a vontade , não só equivale a uma conquista da noçãode um Deus pessoal , como independentiza a soberania desse Deus em relação à ordem dopossível. Enquanto para Leibniz e Wolff Deus dependia dos possíveis coeternamentepresentes no seu entendimento , ferindo assim a omni -suficiência divina, para Kant, Deusserá independente do possível . O que legitima o lance é a anterioridade ontológica em Deusrelativamente ao seu entendimento e a sua vontade , o que equivale a mostrar ( e criticar) aartificialidade de uma física ou cosmologia que no plano da teleologia só tem acesso à noçãode um Deus-arquitecto ( e por isso não Criador). A construção de um único ' argumento'exige a crítica das provas tradicionais (o 'a priori ' cartesiano e o 'a priori' wolffiano ) e desde1983 que J.Schmucker havia chamado a atenção para o facto de essa crítica n'O ÚnicoArgumento Possível... conter o essencial do que se virá a encontrar na Crítica da RazãoPura . Por sua vez , RT retira o corolário óbvio : o de que a crítica às provas da existência

de Deus na primeira Crítica é independente dos princípios da Estética e da AnalíticaTranscendentais . Finalmente, a construção de uma prova 'única ' coincide com a emenda

de Leibniz (Monadologia § 43-45), na prática a desvalorização da antiga noção denecessidade absoluta, tornada mera definição nominal, substituindo- a pela necessidade que

Wolff denominava como 'hypotetica' e que em Kant é a única necessidade ' real'. Enfim,

esta breve recensão é suficiente para pôr em destaque o trabalho exemplarmente minucioso

de RT e que evidenciámos não só pela sua importância para os estudiosos da filosofia

moderna, da metafísica e da filosofia da religião, mas também enquanto modelo para o que

deveria ser entre nós o trabalho viril e sensível de tradução, de comentário e de anotação

filosófica dos principais textos da nossa disciplina. O interesse sobre o teológico em Kant

não é só justificável após Heidegger , mas também após Levinas . O filósofo italiano

Giovanni Ferretti ( Ontologie et théologie chez Kant , trad., Paris 2001) sublinha esse duplo

desafio apontando a possibilidade de pensar um Deus não contaminado pelo ser mas nos

limites do outro da objectividade (noumeno ), ou seja, na região para além da qual há o

sentido último do campo fenomenal, abrido-se o espaço de uma transcendência que

Revista Filosófica de Coimbra - n.° 22 (2002 ) pp. 473-481

Page 13: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas

478 Revista Filosófica de Coimbra

possibilita a teologia . Seja como for, em ambas as direcções de investigação , de Theis e deFerretti, é-nos dado um Kant que experimenta a razão nos seus limites, nos confins, conceitoproblemático , é certo, mas nem por isso menos necessário.

Mário Santiago de Carvalho

CHRISTOPH ASMUTH, Das Begreifen cies Unbegreiflichen. Philoso-phie und Religion bei Johann Gottlieb Fichte 1800-1806, Spekulation

und Erfahrung. Texte und Untersuchungen zuni Deutschen Idealismus,Frommann-Holzboog, Stuttgart - Bad Cannstatt, 1999, 411 pp.

A obra A Concepção do Inconceptualizável - Filosofia e Religião em Johann GottliebFichte, 1800-1806, de Ch. Asmuth, insere-se na linha de estudos desenvolvida sobretudoa partir da edição crítica da obra de Fichte, iniciada em 1962 sob a direcção de ReinhardLauth, que parece encontrar- se definitivamente firmada no panorama filosófico contem-porâneo . O interesse pelo pensamento de Fichte, manifesto em diversos países e emdiferentes tendências de interpretação , resulta da presença , nos seus textos, de umainvestigação incessante , que jamais recua perante os obstáculos conceptuais , de princípiosúltimos para o conhecimento do mundo, para a auto-tematização do pensamento e para aacção.

Diversas características do pensamento fichteano motivam o interesse daquelespensadores dispostos, nos termos de Fichte , a "reflectir até ao fim ", ou seja, a nunca renun-ciar a exercer a compreensão e a inteligência próprias do sujeito pensante perante os factos.Entre essas características estão, em primeiro lugar, a radicalidade de um pensar que inter-roga sempre pelas condições primeiras de qualquer pensamento ou intuição . Em segundolugar, o facto de que a investigação realizada envolve uma unificação entre princípiosteoréticos e práticos . A especulação filosófica deve vir a par de conceitos para a acção. Emterceiro lugar , porque a sua busca conceptual não é feita dentro de um quadro rígido, masem versões sucessivas de uma Doutrina da Ciência [=WL] e outros textos, num permanentedesenvolvimento . E poderia referir-se ainda, como motivo de interesse , a novidade demuitos dos textos e versões completas da WL que, embora escritos no período da filosofiaclássica alemã , permaneceram inéditos até muito recentemente.

A obra em apreço abrange o período de 1800 a 1806, e consiste em cinco estudosrelativamente autónomos . Asmuth estuda ( 1) a relação entre a denominada "filosofiapopular" e a exposição científica da filosofia; ( 2) expõe alguns aspectos da filosofia dareligião de Fichte segundo a Iniciação à Vida Feliz [=IVF], de 1805; (3) investiga arelação entre a linguagem e a Doutrina da Ciência; ( 4) empreende um estudo e comentárioda segunda versão da Doutrina da Ciência de 1804 [=WL 180421; por fim, (5) aborda arelação entre Fichte e Schelling , desde a sua ruptura em 1801 até à IVF. Uma breveconclusão crítica encerra o livro. A unidade da obra assenta sobretudo no retorno de algumasquestões como , por exemplo , a das relações entre idealismo e realismo, unidade ediversidade, fenomenologia e doutrina da verdade, ou exposição popular e exposiçãocientífica.

(1) Asmuth parte de um estudo histórico das concepções acerca da filosofia populardesde as últimas décadas do século XVIII, até às propostas fichteanas de 1805. O modocomo Fichte se apropria do tema da popularização da filosofia exibe uma tensão internado seu pensamento , entre a impossibilidade confessada de a filosofia transcendental setornar popular , uma vez que a sua atitude não coincide com a da consciência natural, porum lado e, por outro, o pachos do autor, ainda de cariz iluminista, de intervir sobre o público

pp. 473-481 Revista Filosófica de Coimbra - n.° 22 (2002)

Page 14: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas

Recensões 479

através duma exposição popular das suas concepções filosóficas (26). Asmuth detecta estatensão, que interpreta como uma mudança da posição de Fichte relativamente ao papel eimportância da filosofia popular, em diferentes tomadas de posição no Relatório Claro corroo Sol sobre o Carácter da Nova Filosofia, de 1801, e na IVF, de 1805 (39, 42, 64). Ao passoque na primeira obra o público não especializado terá de se contentar apenas com umaimagem e conceito sempre insuficientes duma ciência que não se podia popularizar, já naobra de 1805, o conteúdo verdadeiro está acessível ao público em geral. Segundo esta últimaposição, a religião cristã já teria fornecido à consciência natural, de modo não científico,o mesmo conteúdo que a filosofia irá reencontrar e fundamentar com o seu procedimentometodicamente controlado (46). A filosofia popular, representada pela exposição da IVF,é entendida então somente como um retorno dos conteúdos filosóficos à sua origemexotérica (64, 65). Asmuth defende a tese de que a exposição popular não é inteiramenteexterior à exposição científica, mas encontra a sua fundamentação científica na perspectivarealista do saber, conforme desenvolvida na WL 18042 (47, 281).

(2) Dois factores parecem apontar para uma aproximação de Fichte ao cristianismo apartir de 1804. São eles a sua admiração expressa pelo Evangelho de São João (129), e aadopção do conceito de Deus como parte integrante das exposições da WL (149). Asmuthprocura mostrar, porém, na sua análise da IVF, que essa aproximação é apenas superficial,posto que as diferenças de Fichte relativamente à dogmática cristã são consideráveis, emespecial no que diz respeito à noção de criação, de revelação, e à cristologia (138, 149, 150).O autor documenta de modo convincente a perspectiva intelectualística da filosofia dareligião fichteana, para a qual o pensar deve substituir integralmente a crença. Todavia, aanálise da perspectiva complementar, i.e., da concepção de que o saber científico tambémengloba em si mais do que uma forma de crença, e.g., na WL de 1805, poderia revelar umarelação mais profunda entre a crença e o saber filosófico-científico do absoluto do que éaqui aventado.

(3) Um dos pontos mais interessantes da obra é a análise das relações entre a Doutrinada Ciência e a linguagem. A concepção fichteana da linguagem está intimamente ligada àsua noção da intuição, assim como à possibilidade e à necessidade das múltiplas versõesda WL desenvolvidas pelo filósofo, i.c., à infinidade da expressão que o pensamento podeassumir dentro da unidade e unicidade duma intuição (163). A arbitrariedade dos signos(158), uma concepção generalizada da linguagem como metáfora (165), e a concepção dopensar fundamental como autónomo em relação à linguagem (215n.), são noções que per-mitem a Fichte entender a WL como "um pensamento sempre novo e a repetir, que se expri-me de modo diferente em diferentes condições temporais e comunicativas" (cit. in 153).O pensar possui sempre um excesso relativamente à linguagem (167), e é a ductilidadedesta, resultante desse excesso, que justifica o tratamento que Fichte lhe dá, onde metáforae expressão científica estão sempre em interacção (165). Sinal disto é, e.g., o empregotécnico de vocábulos como "luz" ou "nós", a criação de termos como "Tathandlung", ou aousada substantivação de partículas como "Durch", "Von", "Zwischen" e "Als" ("através","de", "entre", "como"), entre outros.

(4) Poderá considerar-se como o núcleo da obra a análise empreendida da WL 18042

(170-315), texto duma crescente importância dentro da bibliografia fichteana (193-194).Asmuth começa por discutir o conceito da WL como determinação reflexiva da ciência, ou"ciência da ciência" (171). Um ponto central para esta determinação é a não admissão dequalquer princípio dogmaticamente definido, segundo a concepção de Fichte do "dogma-tismo" (173-174). Como perspectiva oposta à do dogmatismo, Fichte propõe um "idealis-mo" transcendental e crítico que, no seu desenvolvimento, irá progressivamente recebendotraços de "realismo" (cf. 175ss.). Entre 1794 e 1804 Fichte descobre, através de diferentesestádios (179711798 e 1801/1802), que a tarefa da filosofia crítica é a reconstrução da

Revista Filosófica de Coimbra - n.° 22 (2002) pp. 473-481

Page 15: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas

480 Revista Filosófica de Coimbra

unidade absoluta e reflexiva, na qual e pela qual o saber se pode esclarecer inteiramente asi mesmo e aos seus procedimentos. O tema da WL 18042 é então ode "reconduzir todo odiverso à unidade absoluta" (cit. in 182; cf. tb. 191).

Um problema significativo é, entretanto, que todo o saber, inclusivamente o da WL,se dá como um facto, e será exigível então que esse facto seja também ele reconduzido àsua condição de possibilidade e génese primeira (183, 203). Fichte começa, por isso, a WL18042 com ( I) uma "propedêutica", onde aquilo que denomina "luz", a condição de todoo saber na sua forma imediata e una, é conduzido até à sua correlação essencial com o"conceito", que exprime a mediação e figuração da luz numa forma relacional e reflexiva(ef. 205-208, 218, 220, 222). (1I) Segue-se, ainda com carácter propedêutico, uma discussãoacerca do idealismo e do realismo, onde é exibida a insustentabi1idade destas duas posições.O resultado é a anulação do hiato entre o pensar e o absoluto "em-si", ou da perspectivaque é projectada pelo pensar sobre o seu objecto. Assim, por uni lado, o absoluto "em-si"proposto pelo realismo é finalmente destruído na intelecção de que ele não pode ser pensadosenão através da "negação de um oposto a ele" (242), ou seja, do próprio pensar. O "etn-si" é inteligido, então, como relação ao "não-em-si" (ib.). Por outro lado, o "exterior" aoem-si é entendido como inessencial, "a escada, que se deixa para trás" - nos termos deFichte (cf. 243) - quando se acede ao em- si. (III ) Segundo Asmuth o em-si assim definidonão é ainda a unidade absoluta proposta pela WL (246), mas apenas a condição para acederà terceira parte da obra, a "Doutrina da Verdade", que é a "primeira parte da WL" (247).Após a eliminação de todas as perspectivas realistas e idealistas sobre o saber, o absolutoé dcfinível, nas palavras de Fichte, como "inteiramente a partir de si, em si, por si; estesi, porém, de modo nenhum tomado como oposição, mas de modo puramente interior" (ib.).O absoluto é designável então como ser, vida, nós, ou ainda, eu (cf. 248). Sendo este último,segundo Asmuth, o absoluto na WL 18042, não há uma alteração na concepção do absolutopresente nas diferentes fases da WL, que se mantém fiel ao primado do eu (cf. 305, 308).(IV) A WL 18042 prossegue com a exposição duma "Fenomenologia", cuja função éelucidar a existência do diverso fenoménico diferente do ser absoluto encerrado em simesmo (cf. 255). Trata-se, segundo Fichte, de um "emanar imanente" (256n.), cujo sentidosó pode ser entendido como uma "auto-construção do ser", a sua "existência", ou o seu"fenómeno" (258). O procedimento da WL será de tipo hipotético, do género: "se deve haveruma construção do ser, então..." são exigidas determinadas condições. A primeira destascondições é que a construção "deve ser fundada no próprio ser" (260). Este carácterhipotético transformar-se-á em categórico pela compreensão de que o absoluto, por simesmo, coincide com a denominada "luz" (275). O saber é afinal o facto e o fenómenoprimeiros, pura "génese" ou o sujeito da WL, i.e., "nós" mesmos (283, 294, 295). Fichteprocede então a análises da "certeza" e do "ver". A certeza exprime o encerramento em sido saber nas suas próprias condições (292), pela qual ela é também um "ver", cujacaracterística teorética central é a ligação entre o seu conceito e a sua existência. O ver nãose deixa pôr sem o seu existir (294-295). Esta ligação entre o conceito e a existência é arazão, que Fichte entende também como livre expressão do absoluto na existência (296),concluindo-se assim, nesta ligação entre saber e existência, o estudo da WL 18042.

(5) A obra aborda, em seguida, as relações entre Fichte e Schelling desde a suacorrespondência de 1801, focando principalmente a Exposição do Meu Sistema de Schellinge a sua crítica por Fichte nas versões não publicadas de 1804 e 1805 da WL (329ss.); oescrito de Schelling Filosofia e Religião (1804) e a réplica de Fichte (342ss.); a Exposiçãoda Verdadeira Relação da Filosofia da Natureza com a Doutrina Fichteana Melhorada(1806), de Schelling, com a respectiva réplica no Relatório sobre o Conceito da WL (1806),de Fichte. O ponto capital da divergência entre os dois autores é o papel conferido à reflexão(366) que, ao contrário de Schelling, mantém-se para Fichte como o lugar inalienável onde

pp. 473-481 Revista Filosófica de Coimbra - n.° 22 (2002)

Page 16: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas

Recensões 481

todo e qualquer saber pode ser construído - ainda que se entenda o saber como o fenómeno,a auto-construção e a exposição do ser absoluto.

(6) O livro encerra com a apresentação de algumas anotações críticas, que incidemprincipalmente sobre aquilo que Asmuth interpreta como a recondução realizada por Fichte,na WL 18042, do "nós" a um "eu" encerrado em si próprio (375), o que, a par do primadoda unidade, exclui da teoria fichteana do eu absoluto todo a interpersonalidade e qualquerverdadeiro outro. Na medida em que falta um conceito de "abertura", mesmo o conceitoda "relação absoluta" defendido por Fichte permanece, segundo o autor, preso ao conceitoda absoluta unidade (376). Poderia aqui observar-se, contudo, que a função do "incon-ceptualizável" fichteano, que é trazido ao conceito justamente como inconceptualizável, apar da efectiva teorização do conceito de "abertura" por Fichte, que se pode traçar desdeos Fundamentos da WL de 1794/95 até ao período tardio, poderiam conduzir a discussãosobre a função da alteridade e da interpersonalidade na teoria fichteana do absoluto até umpatamar mais vasto.

A Concepção do Inconceptualizável constitui sem dúvida uma obra de primeira linhana investigação fichteana no que diz respeito às relações entre a filosofia e a religião, e deum contributo importante sobre a influência de Schelling no desenvolvimento da WL apartir de 1801/1802 . Pela sua precisão e adequada fundamentação , a análise ora presenteda estrutura da WL 18042 é , por sua vez , um auxiliar imprescindível para a leitura einterpretação desse texto, e um passo significativo em direcção a uma compreensão efectivadas versões tardias da WL.

Diogo Ferrer

Revista Filosófica de Coimbra - a.° 22 (2002) pp. 473-481

Page 17: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas
Page 18: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas

FICHEIRO DE REVISTAS

REVISTA DE FILOSOFÍA - N° 38, 2001-2:I. Estudios : ÁNGEL MUNOZ GARCIA: La filosofía en Caracas , después de

Baltasar Marrero, 7 ; DORA ELVIRA GARCIA GONZÁLEZ: La analogía: entreuniversalismo y particularismo . Rawls y Beuchot: el caso político, 31 ; ANTONIOTUDELA SANCHO: El psicoanálisis en fuga. Aproximaciones a una primera con-cepción dei deseo en Deleuze y Guattari , 51; H. Ensayos : JULIAN SERNAARANGO:El rigor de Ia Escritura , 79; III. Sección Especial : CARMEN L. BOHORQUEZ: Bases

para una historia de Ias ideas filosóficas en el Zulia, 95; IV. Reservas Bibliográficas:

DE CAZOTTE, Jacques. Miranda. 1750- 1816. Histoire d'un séducteur. Paris, 2000.(Carmen Bohórquez ), 105; DANESI, Marcel . Lingua , metafora, concetto . Vico e Ialinguistica cognitiva . Bari, 2001 . (Franco Ratto ), 112; SEVILLA, José M., BARRIOS,

Manuel (eds.). Metáfora y discurso filosófico. Madrid, 2000. (Franco Ratto), 114;BEUCHOT, Mauricio, Los Derechos Humanos y su fundamentación filosófica.

México, 1997. (Sofia Tayka Morales Vera), 117; ARRIARAN, Samuel y BEUCHOT,

Mauricio . Filosofía, neobarroco , y multiculturalismo . México, 1999. (Alejandro

Salcedo Aquino ), 120; FERNANDEZ NADAL, Estela, (Comp.) Itinerarios socialistas

en América Latina, Córdoba, 2001. (Pilar Pirveyrúa), 124.

CONVIVIUM - REVISTA DE FILOSOFIA - Segona Série, Núm. 14, 2001:

SUMARI: 1. - ARTICLES: JOSE, M' PETIT SULLA: Sobre el sentido del

término en los analíticos de Aristóteles y el carácter hipotético de Ia ciencia, 5;

JOSÉ SOLANA DUESO: Lenguaje y filosofía en el poema de Parménides, 3 1;

ALFONSO GÓMEZ-LOBO: La recta razón en Aristóteles ¿ Principio o propo-

sición particular ?, 48; MIGUEL CANDEL: El regreso filosófico , 66; JOAQUÍN

LOMBA: La presencia dei pensamiento judio hispano en Ia ético de Spinoza, 86;

RAFAEL RAMÓN GUERRERO: El lenguaje dei ser: de lbn Sina a Mulla Sadra,

113; OCTAVI PIULATS RIU: Dialéctica y escepticismo en Hegel , 128; JOSÉ

LUIS ARCE CARRASCOSO: M. Merleau - Ponty: El hombre como unidad onto-

lógica proyectiva , 144; ANTONIO AGUILERA: Menke y Bürger ante Adorno,

168; 2. - NOTAS: ÀLEX VERDES I RIBAS : Heidegger y Ia "apercepción

trascendental ", 189; CRÍTICA DE LLIBRES, 197.

Revista Filosófica de Coimbra - ti.° 22 (2002 ) pp. 483-498

Page 19: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas

484 Revista Filosófica de Coimbra

ESTUDIOS FILOSOFICOS - 145 VOLUMEN L. - SEPTIEMBRE-DICIEMBRE 2001:

SUMARIO: ESTUDIOS: RODRÍGUEZ ARIAS, Jesús M.°: La abstracción

científica en el pensamiento larvado de Santo Tomás de Aquino , 419; CASTRO

RODRÍGUEZ, Sixto J .: Una constitución dcl concepto de ticmpo, 461 ; ROZALEN

MEDINA, José L.: Francisco Giner de los Ríos y Ia Universidad Espanola, 499;

NOTAS Y COMENTARIOS: BOGÓNEZ HERRERAS, Fernando : Wittgenstein:

Ia inefabilidad de Dios, 527; BIBLIOGRAFÍA, 551; LIBROS RECIBIDOS, 597;

ÍNDICES VOLUMEN L, 603.

REVISTA DE FILOSOFIA DE LA UNIVESIDAD DE COSTA RICA

- Índice del Volumen XXXIX - Encro - Junio 2001 - Número 97:

Portada, 9; ARTÍCULOS: Marfa Noel Lapoujade: Una mirada estética a lo

invisible , 11; Susana Trejos Marín : La libertad en Bergson y en Jankélévitch, 21;

Cristina Bloj: De cuando Ia "ficción" superaba Ia "realidad" (I Parte), 31; Víctor

Alba de Ia Vega: Tecnología y escatología en El nombre de la rosa, 43; H.C.F

Mansilla: Las insuficiencias del marxismo crítico y los problemas del mundo

contemporâneo (I Parte), 55; Jimmy Washburn Calvo: Discurso médico: Fijación

de realidades (I Parte), 67; José Romero Cuevas: Hybris y Sujeto. Ética y estética

de Ia existencia en el joven Nietzsche, 75; Roberto Canas Quirós: La metafísica

de Ia Carta Séptima de Platón, 85; Hernán Neira: El idiota, el extranjero y Ia

lengua, 97; Amán Rosales Rodríguez: Racionalidad y progreso científico: En torno

a Ia relación Popper-Kuhn , 109; SEMBLANZA: Rocío Barahona : Senblanza del

Dr. Luis Barahona, 125; ENSAYO RESEIVA: Amán Rosales Rodríguez: Cristoph

Hubig, Alois Huning y Günter Ropohl - Nachdenken über Technik: Die Klassiker

der Technikphilosophie, 131; Guillermo Hierrezuelo Conde: Francisco Puy Munoz

y Salvador Rus Rufino - Alfredo Bravas filósofo do dereito, 135; RESEIVA:

Patricia Zambrana Moral: Adalbert Polacek y Arnold Szelwis. Human rights. More

than a commitment offormal law, 143; DOCUMENTO: Iván Molina Jiménez: El

primer estudio crítico de la novela El problema, de Máximo Solo Ha11. Una

contribución documental, 147; CRÓNICAS: Visitas y Tertulias, 157; Descripción

de Cursos, 1 Ciclo 2001, 161.

DIOTIME - L'AGORA - N° 11 - Septembre 2001:SOMMAIRE: ÉDITORIAL, 3; APPEL NATIONAL (à signer et à faire signer),

Pour un droit de philosopher dans l'éducation , 4; DANS LA CITÉ: L'animation

d'un café-philo , spécificité? - Daniel MERCIER, 6; EN CLASSE: La philosophee

des travaux personneis encadrés - Michel DARNAUD , 14; La discussion comme

outil pédagogique - Oscar BRENIFIER, 17; DOSSIER - L'ÉCRITURE PHILO-

SOPHIQUE: Faut- il sauver Ia dissertation ? - Jean -Jacques GUINCHARD, 24; La

dissertation : consignes et transactions - Patrick RAYOU , Hélène DEGOY, 28;

Préparer Ia dissertation - Marie-Hélène MARCHAL, 36; Un atelier - Heidi

pp. 483-498 Revista Filosófica de Coimbra - n.° 22 (2002)

Page 20: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas

Ficheiro de revistas 485

GILMAN, 41; ACTUALITÉ: Colloque de I'ACIREPH les 27 et 28 octobre 2001,49; RECHERCHE: La transposition didactique - Michel TOZZI, 50; L'éveil à ]apensée réflexive: philosopher avec des enfants du cycle III - Johanna TREI-BER-LEROY, 56; DOSSIER INTERNATIONAL: - ESPAGNE: Philosophie etjeunes à problèmes - Juan Carlos LAGO, 57; QUÉBEC: Les champs d'inves-tigation en didactique - Robert TREMBLAY, 63; MAROC: Les apories occultesde Ia formation philosophique - Aziz LAZRAK, 66; BIBLIOGRAPHIE, 71.

DIOTIME - L'AGORA - N° 12 - Décembre 2001:SOMMAIRE: ÉDITORIAL: 3; DANS LA CITÉ: Café-philo et prof de philo -

Michel TOZZI, 4; Bibliographie, 11; Une expérience d'aide en ZEP - Jean-MarieFERRET, 12; CLASSE: La construction collective du savoir - Oscar BRENIFIER,17; Le tableau notionnel - Emmanuel JARDIN, 23; Philosopher au primaire enZEP - Gilles GENEVIÈVE, 29; DOSSIER: PHILOSOPHER AU COLLÈGE: Pourquoi faire? - Rémy DAVID, 34; Un atelier en 6e - Laure ANDRO-TOUATI, 37;En 6e et en 3e - Christine VALLIN et Christophe MONTFORT, 41; L'élève, unepersonne? - François HOUSSET, 46; L'atelier du petit penseur en 4e - CatherineDUPUY, 50; RECHERCHES, 52; SITES INTERNET: Philosophie pour enfants -Jean-François CHAZERANS, 53; DOSSIER INTERNATIONAL: ALLEMAGNE:Philosopher avec des enfants - Johanna TREIBER-LEROY, 56; BELGIQUE: Uncours de philo dans le second degré? Débat au parlement, 61; QUÉBEC: Des coursde philosophie pour enfants - Michel SASSEVILLE, 64; PUBLICATIONS: Unenouvelle coilection centrée sur le dialogue - Oscar BRENIFIER, 66.

DIOTIME - L'AGORA - Revue internationale de didactique de Iaphilosophie - N° 13 - Mars 2002 - trimestriel:

ÉDITORIAL, 3; EN CLASSE: Plaidoyer pour I'ECJS - Jean-Jacques GUIN-CHARD, 4; Analyser une discussion philosophique - Michel TOZZI, 9; DOS-

SIER: LES CAFÉS PHILOSOPHIQUES: Le point de vue de DELEUZE et

GUATTARI, 12; Réaction à Ia pensée de Deleuze - Daniel MERCIER, 13; Aider

I'opinion à philosopher - Michel TOZZI, 16; Y philosophe-t-on vraiment? -

Jean-François CHAZERANS et Jean-Pierre SEULIN, 19; Cafés-philo et philo-

sophie - Eugène CALSCHI, 22; L'expérience phénoménologique de Ia socialité

- Fabrice DEWOLF, 26; $n deçà des cafés-philo - Oscar BRENIFIER, 30;

RÉFLEXION: Nouveau programme: ni républicain, ni pédagogue - Jean-François

CHAZERANS, 36; Penser à partir du corps - Éric SCHILLING, 40; PUBLICA-

TIONS: Anti-manuel de philosophie (M. ONFRAY), 43; Pratiques de Ia Philo-

sophie, n° 8 (GFEN), 44; Si Ia philosophie m'était contée: de Platon à Deleuze

(G. PIGEARD de GURBERT), 44; L'Éveil de Ia pensée réflexive à !'école pri-

maire (Michel TOZZI), 45; RECHERCHE: 2° colloque national sur les nouvelles

pratiques philosophiques: 22 et 23 mai 2002 au CRDP de Rennes, 46; DOSSIER

Revista Filosófica de Coimbra - a.° 22 (2002) pp. 483-498

Page 21: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas

486 Revista Filosófica de Coimbra

INTERNATIONAL: QUÉBEC: Des expériences en maternelle - Marie-France

DANIEL, 48; ARGENTINE: Philosophie pour enfants : analyse critique d'uneinnovation - alter Ornar KOHAN, 55; BELGIQUE: Enseignement philosophique

et transversal ité - Bernard REY, 61.

REVUE PHILOSOPHIQUE DE LOUVAIN - TOME 99 - Numéro 4 -NOVEMBRE 2001:

SOMMAIRE: ARTICLES: Bertrand Bouckaert. Le charmc magique des

«Rechcrches logiques». Introduction de I'éditcur, 559-563; Bruce Bégout. La réver-

bération logiquc. La phénoménologic des «Prolégomènes 1 Ia logique pure» de

Husserl, 564-592; Jocelyn Benoist. Intuition catégoriale et voir comme, 593-612;

Rudolf Bernet. Désirer connaitre par intuition, 613-629; Bertrand Bouckaert. Le

problèmc de l'altérité dans les «Recherches logiques» de Edmund Husserl, 630-651;

Dieter Lohmar. Le concept husserlien d'intuition catégoriale, 652-682; Ullrich Melle.

La théorie husserlienne du jugement, 683-714; Dan Zahavi. A propor de Ia neutralité

métaphysique des «Recherches logiques», 715-736; COMPTES RENDUS: Ouvra-

ges divers, 737-752; NOTES BIBLIOGRAPHIQUES, 753-770; CHRONIQUES:

Jean-Pierre Deschepper. Chronique, 771-810; Ouvrages analysés dans le présent

numéro, 811-812; Table des matières du tome 99, 813-819.

HUMANISTICA E TEOLOGIA - Tomo XXII - Fasc. 3 - 2001SUMÁRIO: SANTOS, Gil - Ontologia e Predicação na teoria lógico- semio-

lógica dos `modos de acepção dos termos ' em Pedro Hispano, 309-352; GOMES,Victor Franco - «A Eucaristia faz a Igreja» segundo a Meditação sobre a Igrejade Henri de Lubac, 353-365; CARDOSO, A. Pinto - A Revolução Francesa nainformação de D. Alexandre de Sousa e Holstein , embaixador de Portugal juntoda Santa Sé , 367-395; ABSTRACTS, 397-398; NOTAS E COMENTÁRIOS:MENESES, Ramiro Délio B . de - O princípio de incerteza de W. Heisenberg:física e filosofia, 399-407; DOMINGUES. Bernardo , O. P. - A moral cristã parao nosso mundo , tarefa urgente, 408 -412; BIBLIOGRAFIA, 413-437; LIVROSRECEBIDOS, 439-441, ÍNDICE DO TOMO 22 (2001), 443-447.

REVISTA PORTUGUESA DE FILOSOFIA - Outubro-Dezembro 2001 -

Vol. 57 - Fase. 4 - O Mal e a(s) Teodiceia(s): Novos Aspectos Sapienciais:

ARTIGOS: VILA-CHÃ, João J. - O In-evitável Mal, 659-665; TILLIETTE,Xavier: Du Mal, 667-681; ESTRADA DÍAZ Juan A. - Teodicea y SistemasFilosóficos, 683-709; SPLETT Jõrg - Zum Theodizeeproblem heute, 711-732;BECKERT, Cristina - Teologia depois da Shoah, 733-744; STUMP Eleonore -Second-person Accounts and lhe Problem of Evil, 745-771; ALBERG, Jere-miah 1. - Rousseau and lhe Original Siri, 773-790; SCHMIDT Josef - Das Bóseim Deutschen Idealismus, 791-817; FRICK, Eckhard - Carl Gustav Jung y Ia

pp. 483-498 Revista Filosófica de Coimbra - n." 22 (2002)

Page 22: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas

Ficheiro de revistas 487

Realidad dei Mal, 819-833; SCHWAGER , Raymund - O Pecado Original comoMal no Ser Humano , 835-845; MBITI , John - O Mal no Pensamento Africano,847-858; PRE-TEXTO(S): VALADIER, Paul - Le Mal Politique , 859-870;ADAMS, Marilyn M . - Horrors in Theological Context , 871-880; PLACHER,William C. - Horrendous Evils and lhe Goodness of God , 881-886; BIBLIO-GRAFIA: VILA-CHÃ, João J. (Org.) - Mal, Sofrimento , & Teodiceia , 887-975;FICHEIRO DE REVISTAS, 977-993; APRESENTAÇÃO DOS AUTORES,995-997; ÍNDICES DO VOLUME LVII, 999-1016.

SOLIDARIETÀ - Anno XIV - Set/Dez. 2000 - N° 36:Sommario, 5; Studi e ricerche: M. Camilli, La famiglia dei grave traumatizzato

cranio-encefalico: Effetti sulla relazione coniugale, 11; D. Lopiano, Metacogni-

zione: modelli teorici, studi e sviluppi, 91; C. Gulino - M. P. Matraxia, Prime fali

di sviluppo psicomotorio dei neonato, 129; Note e rassegne: G. Lombardo, Aspetti

psicogeni delle disfunzioni sessuali nell 'adolescente, 139; Documenti: Pontifica

Accademia per Ia Vita, Dichiarazione sulla produzione e sull'uso scientifico e

terapeutico delle cellule staminali embrionali umane, 149; Osservatorio: Mons.

Elio Sgreccia, Cellule, staminali autologhe e trasferimento di nucleo. Aspetti

scientifici ed etici, 159; Segnalazioni bibliografiche, 167.

METALOGICON - Anno XIV - 2001 - Fasc. I:PoIyadic Inclusive Disjunctive Syllogisms in Galen' s Institutio Logica by

MICHELE MALATESTA, The Fideism of the Wittgensteinians by ANGELO

BOTTONE, 9; An Essay on the Genesis of Economic Development: An Introduc-

tion by ROCCO PEZZIMENTI, 23; The Language of Evidente in English Law by

EMANUELE RIVERSO, 49; On the Importance of Philophy in Interpreting His-

tory. Hypothesis of Interpretation of the History of the 200' Century by PIETRO

VITIELLO, 61; Denuntiation to the Italian Head of State Concerning the Illegiti-

mate Nature of the Procedure of the Commission Appointed to Assign Contribu-

tions to Journals of High Cultural Value, 73; Reply of the Secretary-General of the

Presidency of the Italian Republic, 139, 139.

CLASSICAL ANTIQUITY - Volume 19 / No. 1 / April 2000:

Abstracts, 1; DANIELLE S. ALLEN, Changing the Authoritative Voice:

Lycurgus' Against Leocrates, 5; HARRIET FLOWER, The Tradition of the Spo-

lia Opima: M. Claudius Marcellus and Augustus, 34; MICHAEL A. FLOWER,

From Simonides to Isocrates: The Fifth-Century Origins of Fourth-Century

Panhellenism, 65;KATHRYN GUTZWILLER, The Tragic Mask of Comedy:

Metatheatricality in Menander, 102; DONKA D. MARKUS, Performing the Book:

The Recital of Epic in First-Century C. E. Rome, 138; ANN N. MICHELINI. The

Search for the King: Reflexive Irony in Plato's Politicus, 180.

Revista Filosófica de Coimbra - a.° 22 (2002) pp. 483-498

Page 23: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas

488 Revista Filosófica de Coimbra

MANUSCRITO - Revista Internacional de Filosofia - Vol. XXIV, N° 2 -October 2001:

SUMMARY - Articles: LUIS ANTONIO ALVES EVA, Montaigne: o Ensaio

como Ceticismo, 7; FRANCISCO CALVO GARZON, Reference, Predication, and

Individuation , 43; AMÁN ROSALES RODRÍGUEZ, Tecnologías y Progreso en

el Contexto de los « Sistemas Secundários», 59; DANIEL LAURIER, Norntes el

Contenus, 97; MARCOS JOSÉ MÜLLER, Reflexão Estética e Intencionalidade

Operante, 125; SILVIO PINTO, Michael Beaney, Frege and the Paradox ofAnaly-

sis, 155; Book Revicw: SUZANNE FOISY, Kant Actuei. Hommage à Piem

Laberge,sous Ia direction de François Duchesneau, Guy Lafrance et Claude Piché,

«Analytiques», 191; Notes on Authors, 199.

CAHIERS PÉDAGOGIQUES - N° 405 - Juin 2002 - L'éducation audéveloppement durable:

Editorial: Pierre Madiot: L'école et le monde, 10; Sandrine Chastang: Un défi

pour le temps présent, 11; 1 - De quelques concepts: Adelie Miguel Sierra: Quelle

éducation pour quel développement?, 11; Annie Simon: Éducation: environnement

contre développement?, 14; Antipodes: L'humanitaire et l'éducatif, 16; Emmanuel

Charles: Sept propositions concrètes, 17; 2 - Éduquer pour un autre monde: Michel

Gervais: Quatre problèmes pédagogiques, 19; Pascal Blanchard: De l'histoire à

l'enseignement de l'histoire, 21; Alain le Sann: Apprendre du Sud, 23; Martine

Ledoit: Qu'en pensent les écoliers?, 25; Willy Lavastre, Sandrine Chastang: Cesser

de véhiculer des clichés!, 26; Maurice Piferrer: «Duodékri»: l'écriture partagée, 27;

Séverine Louât: Les copains de Boussou, 29; Sandrine Chastang: Percussion

migratrice, 30; Béatrice Chemin: L'Afrique à Ia crèche, 31; Sandrine Chastang:

Pari osé, 32; Kuntala Lahiri-Dutt: Petit conte indien, 33; 3 - État des lieux et

enjeux: Martine Ledoit: Peut mieux faire! 34; Claire Tauty: Notre système de for-

mation en question, 37; Entretien avec Michelle Favrega: Lécole ne peut pas tout

faire, 39; Entretien avec Roland Biache: Comment mieux vivre ensemble?, 41;

Artisans du monde: Éducation ou promotion?, 43; Geneviève Larguier: Deux

exemples d'activités au collège, 44; Pascale Argod: Un enjeu pour le CDI, 45; En

conclusion: Guillaume Duval: Une gageure pédagogique, 46; Les lieux de

ressource et des documenta pour 1'éducation au développement, 48; BILLET DU

MOIS: Marie-Christine Chycki: Manifestations citoyennes? PAROLES DU CRAP,

1; «Nous en aurons raison!» L'école de Charb; ACTUALITÉ ÉDUCATIVE, 3;

Françoise Colsaët: Les maths et Ia formation des éléves? Gérard Hernandez: Nos

éléves descendent dans Ia rue; Raoul Pantanella: Les TPE pérennisés? L'école de

Charb; APPELS ET ANNONCES, 6; INFOS & PUBLICATIONS, 7; DOSSIER,

9; SUPPLÉMENT, 50; ET CHEZ TOI ÇA VA?, 59; Marie Fernand: «Écriture

créative», Jeanne Claude Mori, institutrice: Prendre un mi-temps pour prendre le

temes!; Claudine Pagés: La parole de pierre; FAITS ET IDÉES, 63; Élise Lemai:

Deux conceptions de I'erreur scolaire; MorTalla Diallo: Aux racines de Ia violence

pp. 483 -498 Revista Filosófica de Coimbra - a." 22 (2002)

Page 24: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas

Ficheiro de revistas 489

á l'école; Michaël Nacieron , Nathalie Mahut , Bruno Mahut: La dimension cachéedu débat en EPS ; DES LIVRES POUR NOUS, 67; SUPPLÉMENT - Ecrire, c'estréécrire , Alain Decron : une course à étapes, 50 ; ET CHEZ TOI ÇA VA?, 59; MarieFernand : «Écriture créative »; Jeanne Claude Mori, institutrice : Prendre unmi-temps pour prendre le temps!; Claudine Pagés: La parole de pierre; FAITS ETIDÉES , 63; Élise Lemai : Deux conceptions de l'erreur scolaire; Mor Talla Diallo:Aux racines de Ia violence é l'école; Michaël Nachon , Nathalie Mahut, Bruno

Mahut : La dimension cachée du débat en EPS . DES LIVRES POUR NOUS, 67;Supplément : Écrire, c'est réécrire : Alain Decron : Une course à étapes, 50; EstelleMartin et Anne Divry: Devenir auteur ?, 51; Sandrine Landric, Virginie Ravachol,

Emilie Nicolas et Fabien Mettay : Avec des peintures , avec des musiques, 53;Sophie Barils, Brigitte Delmas et Myriam Poinsot : Transformer un texte narratif

en un écrit dramatique , 54; Olivier Rigaud et Nathalie Crayssa: Élèves auteurs

et enseignants lecteurs, 56; Dominique Bucheton : Pour remettre le texte en

travail, 57.

CAHIERS PÉDAGOGIQUES - N° 404, Mai 2002:Quoi de neuf à Ia doc? Éditorial: Mario-France Blanquet, Raoul Pantanella:

Quoi de neuf à Ia doc?, 6; Colecte Charrier-Ligonat: Partenariat, 7; 1 - Les facteurs

du changement au CDI: Marie France Blanquet: Problématique du «nouveau», 8;

MaryvonneTastet et Renaud Hétier: Compte tenu des variations saisonnières, 9;

Muriel Kawa-Frisch: Utiliser Internet au CDI, 11; Raoul Pantanella: II ne suffit

pas de surfer, 14; Pascale Gossin: Les cartables numériques, 17, Brigitte Cahen:

Une formation vraiment interdisciplinaire, 19; Annick Dallier: La meuf du CDI

n'est pas un distributeur , 21; 2. De nouvelles façons d'apprendre... et d'enseigner;

Anne-Marie Gioux: Prof-doc: un métier à inventer, 23; Bernard Heizmann: Tra-

vail en équipe, travail d'équipe, 27; Vincent Liquète: Les TPE sont-ils solubles

dans les CDI?, 30; Annik Dallier: Le CDI au coeur de Ia rénovation, 32; Carole

Soulagnes: Organiser Ia pédagogie documentaire, 35; 3. Nouveaux espaces,

nouvelles fonctions; Marie-Dominique Montagnon et Anne Ricart: Si loin, si

proches, 38; Éléonore Petit, Caroline Dubois et Alice Petit: Une gageure pour

l'école de demain, 40; Rolande Hatem: Présenter un métier à ses camarades, 42;

Pascale Argod: De nouvelles fonctions? 43; Lise Golomb: C'est Difficile

d'innover, 45; Michel Le Bourhis: «J'arrête», 47; BILLET DU MOIS: Philippe

Lecarme: Retour de l'essentiel. Paroles de lycéens; APPELS ET ANNONCES, 1;

L'école de Charb; DOSSIER 1: Quoi de neuf à Ia doc?, 5; DOSSIER 2, Des pintes

pour changer le collège, 50; COURRIER, 77; Des pintes pour changer le collège.

Éditorial: Jean-Michel Zakhartchouk, 51; 1. L'accueil en sixième , Jean-Marie

Koubi: Un dispositif pour accueillir, 52; Michèle Lequarré : On commence par les

fondations, 53; Patricia Leroy et Fabrice Ravy: II faut les prendre au mot, 54; Flor-

ence Lenoble: Un dispositif pour se présenter, 57; 2. Élèves en difficulté: Sandrine

Reynaud: L'atelier lecture, 57; Robert Guichenuy: Références communes, 58;

Revista Filosófica de Coimbra - n.° 22 (2002) pp. 483-498

Page 25: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas

490 Revista Filosófica de Coimbra

Gilles Valias: Quand le collège passe le relais, 60; Yannick Marvin, Sophie Auvray,

Valérie Mamdouh, Pascal Heutte, Michel Boudet et Jean-LouisThomas: Un

dispositif qui a fait ses preuves, 63; Florence Castincaud: À l'aide, 64; 3. Des

parcours aux itinéraires : Hélène Chelzen: Comment croiser deux disciplines, 65;

Claire Michaux-Boitiaux: Une idée toujours neuve : Ia correspondance scolaire,

67; Jean-Paul Teyssier: Leçons des parcours diversifiés, 68; Gilbert Serrus:

Itinéraires : malgré les zoncs d'ombre, 70; 4. Des collèges qui se mobilisent :

Collègc Les Aigucrclles, Montpcllier: Une histoire en devenir , 72; Collège Jean

Vilar, Grigny: Donner des «perspectives» à tous les élèves, 74; Collège Jcan

Jaurès, Pantin: Pour une renaissance à Jaurès, 75.

CAHIERS PÉDAGOGIQUES - N° 403 - Avril 2002:BILLET DU MOIS: Jacques George: L'élection et Ia raison ; ACTUALITÉ

ÉDUCATIVE, 1; Les candidata aux élections présidentielles répondent à nos ques-

tiona; L'école de Charb; APPELS ET ANNONCES, 7; INFOS ET PUBLICA-

TIONS, 8; DOSSIER: 9; ET CHEZ TOI ÇA VA'?, 53; Te souviens-tu d'avoir

rencontré une oeuvre qui a compté dans ta vie?; Khadidja Licir: Footbal:

France-Algérie. Les 1001 contradictions; Françoise Nivinou: Qu'est-ce que j'ai fait

aujourd'hui; Bernard Jost: Trois propos sur l'enseignement au chad; Myriam:

Suivre le mouvement? FAITS ET IDÉES, 57; Jacques Boissy: L'évaluation

nationale en ZEP; François Simon: Coanimer en formation continue; Thomas

Veyrenc: Sciences et citoyens; Marie-Nobile Roubaud: Mieux analyser les erreurs

des élèves; TIRE-LIVRES, 62; Proposé par Mireille Carton : Romans historiques

au XVII siècle; DES LIVRES POUR NOUS, 64; Philippe Perrenoud • Pierre

Benedetto • Revue française de pédagogie • CNDP-CRDP de BasseNormandie

Didier Gaulbert • Pascal Bouchard.

COURRIER, 68 - Dossier coordonné par Élizabeth Thuriet:Editorial: ElizabethThuriet, 10; 1 - Enjeux et état des lieux : Denis Barroero:

Un lourd héritage, 11; Martine Pascal: Les deux voles, 13; Patrice Pelpel: Une

identité plurielle, 16; Françoise Ropé: LP ou CFA: une discrimination ethnique?,

18; Le droit de réussir: Extraits du projet d'établissement du LP 1'Estaque (Mar-

seille Nord), 19; Annette Gonnin-Bolo: Les relations avec les entreprises, 20;

Madeleine Figeat: Les baccalauréats professionnels: quels enjeux?, 22; Entretien

avec Jean-Luc Mélenchon: Quel monde voulons-nous?, 25; Alain Suran: Pour un

lycée polyvalent, 27; Aziz Jellab: Comment devient-on élève de lycée profes-

sionnel?, 29; 2 - vivre en LP: Alain Bourdel: J'apprends toujours, 32; Alain

Frutoso; Le chef de travaux, pédagogue polyvalent, 34 ; Christophe Hespel: Les

élèves ne sont pas motivés, 35; Entretien: Un patron parraine, 37; Sylvie Paoli:

Documentaliste en LP, 38; Michèle Sanchez et Anne Guez: Du français pour les

secrétaires, 39; Jean-Paul Boyer, Michel Basquet, Jean-François Lagarde et

Jacqueline Viel: La pédagogie de l'action,41; Françoise-Anne Ménager: Un

pp. 483-498 Revista Filosófica de Coimbra - a.° 22 (2002)

Page 26: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas

Ficheiro de revistas 491

projet qui dorme Ia pêche, 42; Marielle Loccidal: S'exposer aux PPCP, 44 ; Jean

Menand : «Éducation civique, juridique et sociale» en LP, 47; 3 - Conclusion et

bibliographie, Table ronde: Le Iycée professionnel en quête de reconnaissance, 49,Elizabeth Thuriet: Pour espérer, 51; Bibliographie.

REVISTA DE FILOSOFIA DA FACULDADE DE LETRAS DO PORTO

- II Série, Volume XVIII - Porto 2001:Apontamentos sobre a Língua e as Linguagens por Eduardo Abrancbes de So-

veral, 7; A crença na Razão por António José de Brito, 11; O Mal: sua banalidade

e radicalidade em H. Arendt por Mana José Contista, 19; O Espírito da Tarde -

no 1.' dia do "Diálogo sobre os dois grandes sistemas do mundo por Levi António

Malho, 35; O pensamento filosófico de Augusto Saraiva por Luís de Araújo, 123;

A companhia das Águas - uma história da história das origens da Filosofia por

José Augusto R. Graça, 129; Problemas de Identidade Pessoal por Sofia Miguens,

139; La volante de croire et lés imperatifs de Ia Raison. Sur l'éthique de Ia

croyance por Pascal Engel, 165; A última Fórmula de Deleuze por Sousa Dias,

177; Ce qui manque dans le deuil et pour le désir: de 1'object de l'amour de Freud

à 1'object (petit) de Lacan por David Pavon, 189; E. Cioran: para uma des-antro-

pologização do sofrimento e da morte por Elsa Cerqueira, 209; Lógica: uma

Bibliografia Geral (FLUP, 1999) por João Alberto Pinto, 225; Espaço e sofri-

mento - Corpo e representação, 247; Crónica, 279; Revistas Recebidas, 281.

REVUE PHILOSOPHIQUE de Ia France et de I'étranger - N° 2 - Avri l

- Juin 2002 - LE TEMPS DANS L'ANTIQUITÉ:

Monique DIXSAUT - Le temps dans l'Antiquité, p. 139; Cristina VIANO -

"Énésidème selon Héraclite": Ia substance corporelle du temps, p. 141; Walter

MESCH - Être et temps dans le Parinénide de Platon, p. 159; Cario NATALI -

Temps et action dans Ia philosophie d'Aristote, p. 177; Pierre-Marie MOREL -

Les ambiguïtés de Ia conception épicurienne du temps, p. 195; Jean-Baptiste

GOURINAT - Éternel retour et temps périodique dans Ia philosophie stoïcienne,

p. 213; Analyses et Comptes Rendus (Antiquité) par D. BABUT, A. BALAN-

SARD, G. CHAPOUTHIER, M. CONCHE, J.-M. GABAUDE, J.-L. GARDIES,

I. KOCH, M. LASSÈGUE, C. MORANA, E. MOUTSOPOULOS, H.-O. NEY,

J.-F. PRADEAU, G. SAMAMA, p. 229; O Ouvrages Déposés au Bureau de la

Revue (décembre 2001 - février 2002) p. 249; Résumés -Abstracts, p. 253; Infor-

nlations p. 255.

ESTUDIOS FILOSÓFICOS - Ano 2002, Vol. LI, N° 146:

Sumario: ESTUDIOS: Ética y economía: La perspectiva de Amartya Sen, 5;

Jorge Arturo Chaves: La contribución de J. G. Droysen a Ia historia y a Ia

hermenêutica, 39; Jorge Navarro Pérez: Corrientes dei socialismo francês y sus

repercusiones en Emmanuel Mounier y Jean Lacroix, 69; Vicente Martínez Sierra;

Revista Filosófica de Coimbra - a." 22 (2002) pp. 483-498

Page 27: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas

492 Revista Filosófica de Coimbra

NOTAS Y COMENTARIOS: Filosofia de Ia naturaleza y medicina natural. A pro-pósito de Ia homeopatia , 109; Luciano Espinosa; RECTIFICACION, 125;BIBLIOGRAFÍA, 127; LIBROS RECIBIDOS, 183.

DIÁLOGO FILOSÓFICO - Ano 18, Enero/Abril I/02:Presentacion, 3; El estado de Ia cuestión: BERCIANO, M.: postmodernidad:

estado de Ia cuestión, 4; Reflexión y critica: MICHELINI, R. J.: La modernidad

ilustrada. Críticas y contracríticas, 43; VILAR, G.: Una segunda modernidad, 61:

Ágora: ROMERO CUEVAS, J. M.: Hybris y sujeto. Ética .v estética de Ia existen-

cia eu el joven Nietzsche, 77; D'ORs FÜHRER, P.: La angelología de Eugenio

d'Ors. Hacia una teoria de lo biográfico, 95; Didáctica: PÉREZ-ESTÉVEZ, A.:

El diálogo conto lectura eu Gadanter, 117.

ÁGORA - PAPELES DE FILOSOFÍA - Vol. 19, n° 2 (2000):1. ESTUDIOS: MARIANO ÁLVAREZ GÓMEZ: Antígona o el sentido de Ia

phrónesis , 5-22; MONTSE BARTOLOMÉ LUISES: El animismo en Giordano

Bruno, 23-49; MANUEL TORRES VIZCAYA: Nietzsche en Ser y Tiempo: Ia

interpretación nietzscheana como antecedente de Ia comprensión heideggeriana,

51-72; ENRIQUE MARCANO BUÉNAGA: Acerca de Ia naturalidad de Ia

sociedad política, 73-97; SUSANA DE LA GALA GONZÁLEZ: "Identidad,

otredady etnografia": experiencias de campo de una etnógrafa " nativa ", 99-103;

2. NOTAS: DIANA COHEN: EL suicidio? condena o defensor? Argumentos

filosóficos en torno de Ia muerte uoluntaria , 107-126; MARÍA LUISA PFEIFFER:

El mal radical . Su lugar en Ia ética kantiana 127-138; GIORGIO BARUCHELLO:

Richard Rorty: A sophist without a soap-box . An essa), on ethnocentrism , liber-

alism and cruelty, 139-152; LUIS GARCÍA SOTO: Galicia, Espana y Europa

según Castelao, 153-160; 3. RECENSIONES, 163-211; 4. NOVEDADES,

215-218; LIBROS RECIBIDOS; REVISTAS.

REVISTA DE FILOSOFIA - N° 39, 2001-3 (Venezuela):I. Estudios : SAIBRE KNABENSCHUH: Del espado lógico a los espacios de

incertidumbre . Wittgenstein, 1929-1933, 7; ALBERTO SANTAMARÍA FER-

NÁNDEZ: El tratado Fuentes de lo sublime de Longino y Ia superación de Ias

Téchnai rhetorikái, 25; JUAN MANUEL CAMPOS BENÍTEZ: Literatura, imagi-

nación y mundos posibles. Una perspectiva medieval, 43; II. Ensayos : H.C.F.

MANSILLA: El desencanto de Ia modernidad y Ia revalorización de Ia tradición,

61; III. Sección Especial : ANGEL MUNOZ: La medicina en Caracas a fines del

s. XVIII: ¿filosofia, arte o ciencia?, 85; IV. Reservas Bibliográficas: MUNOZ

GARCÍA, A.: Seis preguntas a Ia lógica medieval, México, 2001. (Juan Manuel

Campos Benítez)-111; BALLON, J. C., Un cambio en nuestro paradigma de Cien-

cia, Lima, 1999. (Angel Munoz García), 116; HIDALGO-SERNA, E., MARASSI,

M., SEVILLA, J. M., VILLALOBOS J. (Eds.): Pensar para el nuevo siglo. Giam-

pp. 483 -498 Revista Filosófica de Coimbra - a." 22 (2002)

Page 28: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas

Ficheiro de revistas 493

battista Vico y Ia cultura europea . Actas dei Congreso Internacional . Sevilia, 4-9

ottobre 1999. Nápoles , 2001. (Franco Ratto ), 117; RATTO, F. : Materiali per un

confronto : Hobbes-Vico . Studi sul linguaggio , sulla comunicazione e sull'appren-

dimento. Perugia , 2000 . RATTO, F.: Hobbes Tra scienza delia politica e teoria

delle passioni . Ottawa, 2000 . (Giuseppe Mazzotta), 126; RIVARA DE TUESTA,

M. L., Pensamiento Prehispánico y Filosofia Colonial en el Perú , Lima, 2000.

(Angel Munoz), 130.

REVISTA DE FILOSOFIA DE LA UNIVERSIDAD DE COSTA RICA -Volumen XXXIX - Julio / Diciembre 2001 - Número 98:

Portada, 7; V JORNADA DE INVESTIGACIÓN EN FILOSOFÍA - Presen-

tación, 11; Amalia Bernardini: Dimensiones éticas en el pensamiento de Giordano

Bruno, 13; Óscar Hernández: Giordano Bruno y Ia ciencia renacentista, 23;

Guillermo Coronado: Astronomia vs Cosmologia en Giordano Bruno, 31; Sergio E.

Rojas Peralta: Biologia y lenguaje en Nietzsche, 41; Arnoldo Mora Rodríguez:

Nietzsche en Ia obra de Moisés Vincenzi, 47; Peter D. Asquith: The identification

and evaluation of arguntents - A task too important to leave to lhe logicians, 53; Luis

A. Camacho: Cambio en patrones de consumo: Análisis y evaluación , 65; Edgar Roy

Ramírez: Ética y responsabilidad en Jean Ladrière, 73; Amán Rosales Rodríguez:

David Hume: cuatro ideales de vida y una idea de Ia filosofia, 79; Iván Villalobos

Alpízar: Perspectivas psicoanaliticas sobre el sujeto, 87; Jacqueline García Falias:

Construcción de un sujeto epistemológico en cl campo de Ia educación, 97; Eliam

Campos Barrantes: La concepción kelseniana de Ia justicia, 103; OTROS

ARTÍCULOS: Jimmy Washburn: Discurso médico: fijación de realidades (11 Parte),

13 1; Ana Lucia Fonseca R.: Cosmologia y antinomia (Consideraciones sobre la

primera antinomia kantiana), 141; CRÓNICA: Luis A. Camacho: Crónica general

de Ia Asociación Costarricense de Filosofia (1958-2000), 155.

ACTA PHILOSOPHICA - Semestrale, vol. 11 (2002), fasc. 1 - Gennaio/

Giugno:Editoriale : 11 significato di un centenario, 5; Studi: Enimanuele Morandi -

L'ambiente metafisico della sociologia: verità e scienza sociale, 7; Francesco

Russo, La prassi delta libertà. Riflessioni antropologiche alia Ince degli insegna-

menti dei Beato Josemaría Escrivã, 49; Juan José Sanguineti, Science, Meta-

physics, Philosophy: In search of a distinction, 69; Note e commenti : Pierre-

-Antoine Belley, L'analogie de Ia connaissance par connaturalité chez Jacques

Maritain, 93; Mariano Fazio, Chesterton: Ia filosofia dei asombro agradecido, 121;

Graham J. McAleer, Airwar and Justice: Has Albert Camus a Contribution to Make

to Catholic Teaching on War?, 143; Cronache di filosofia : Una nuova collana

sulla filosofia dei Medioevo e dei Rinascimento (M. PÉREZ DE LABORDA),

153; Etica e política (M. D'AVENIA), 154; Vita accademica, 154; Bibliografia

tematica : Opere recenti sulla filosofia morale di Alasdair Maclntyre (M.

Revista Filosófica de Coimbra - n.° 22 (2002) pp. 483-498

Page 29: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas

494 Revista Filosófica de Coimbra

D'AVENIA), 159; Recensioni : Julia ANNAS, Platonic Ethics, Old and New (V

Saucedo Torres), 169; Henri BERGSON, Il pensiero e il movente. Saggi e

conferente (M.T. Russo), 172; Lourdes FLAMARIQUE, Schleiermacher: La

filosofia frente al enigma del hornbre (F. Fernández Labastida) 174; Juan A.

GARCÍA GONZÁLEZ, Teoria del conocimiento humano (A. Ducay), 177;

Michele MARSONET (a cura di), Dorme e filosofia (M.T. Russo) 180; Sabino

PALUMBIERI, L'uomo, questa meraviglia. Antropologia filosofica h Trattato sullu

costituzione antropologia (F. Russo), 182; John F. WIPPEL, The Metaphysical

Thought of Thonlas Aquinas. froco Finile Being to Uncreated Being (S.L. Brock),

185; Schede bibliografiche : Henri BERGSON, Educazione, cultura, scuolu (F.

Russo),189; Mariano FAZIO, Un sentiero nel bosco. Guida al pensiero di Kier-

kegaard (F. Fernández Labastida), 190; Maria Carla GIAMMARCO RAZZANO,

La vecchiaia di Solone. Età e política nella città greta (1. Yarza), 191; Michacl

OBERHAUSEN (Hrsg.), Vernunftkritik und Aujkldrung. Studien zur Philosophie

Kants und seroes Jahrhunderts (F. Fernández Labastida), 192.

LES ÉTUDES PHILOSOPHIQUES - Avril/Juin 2002:Duns Scot au XVII siécle, 2. La cohérence des subtils; Sven K. Knebel, En-

tre logique mentaliste et metaphysique conceptualiste: Ia distinctio rationis

ratiocinantis, 145; Jacob Schmutz: Du péché de l'ange à Ia liberté d'indifférence.

Les sources angélologiques de I'antropologie moderne, 169; Olivier Boulnois: Le

reforcement de Ia liberté d'indifférence et les polémiques anti-scotistes de Ia

métaphysique moderne, 199; Résumés, 239; Analyses et comptes rendus, 241;

Ouvrages reçus, 253.

ISEGORÍA/25 (2001) - Revista de Filosofia Moral y Política - N.° 25

Diciembre 2001:

SUMARIO: ARTÍCULOS: Las emociones y Ia explicación de Ia acción, por

Olbeth Hansberg, 5; Sentimientos y teoría de Ia acción, por Carlos J. Moya, 19;

La educación sentimental. O de Ia difícil cohabitación de razones y emociones por

Fernando Broncano, 41; Emociones responsables, por Antonio Valdecantos, 63;

Filantropía democrática y sentimientos morales, por Helena Béjar, 91; La

existencia de lit ironía como ironia de Ia existencia. Una investigacion sobre el

sentido, por José Luis Ramírez, 115; Ética y Estética (IX Conferencias Aranguren),

por Eugenio Trías, 147; NOTAS Y DISCUSIONES: Antropología «compleja» de

Ias emociones humanas, por Eugenia Ramírez Goicoechea,177; Los sentimientos

morales de Ia «tristeza» china, por Zhengdao Ye, 201; Compasión, política y me-

moria. El sentimiento moral en Max I Horkheimer, por Juan J. Sánchez, 223;

Ciencia privada, conocimiento público. Algunas determinantes de Ias controversias

políticas en Ia era de Ia tecnociencia , por Jesús Veja Encabo, 247; Una sentenciajusta para Josef K., por Sultana Wahnón, 263; Il retorno a Ia tierra natal, por Rhoda

Henelde Abecassis, 281; TEXTOS Y DOCUMENTOS: Immanuel Kant contes-

pp. 483-498 Revista Filosófica de Cointhra - n ." 22 (2002)

Page 30: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas

Ficheiro de revistas 495

tación a Ia pregunta ¿Qué es Ia ilustración? (versión castellana de Roberto R.

Aramayo), 287; Kant y Ia Ilustración, por Roberto R. Aramayo, 293, CRÍTICA DE

LIBROS: C. Castilla dei Pino, Teoria de los sentimientos (por Carlos Gómez), 311;

J. Elster: Sobre Ias pasiones. Emoción, adicción y conducta humana, (Por David

Teira), 314; Antonio R. Damasio, Thefeeling of what happens: body and emotion

in the making of conscíousness (por Eduardo de Bustos), 315; Pascal Bruckner,

La euforia perpetua. Sobre el deber de ser- feliz (por F. Rodríguez Genovés), 319;

Avner Ben-Ner y Louis Putterman (comps.), Economics, Values and Organization

(por Francisco Álvarez), 321; Roberto R. Aramayo , Immanuel Kant. La utopia

moral como emancipación dei ajar (Por Javier Echeverría), 325; Juan Antonio

Rivera, El gobierno de Ia fortuna (por Carlos Gómez Munoz), 328; Patricio

Penalver, Argumento de Alteridad (La hipérbole metafísica de Emmanuel Lévinas)

(por Alberto Sucasas), 332; A. Ibarra y T. Mormann (eds.), variedades de Ia

representación en Ia ciencia y Ia filosofía (por Armando Menéndez Viso), 335; G.

W. Leibniz, Sdmtliche Schriften und briefe (por Concha Roldán), 337; INFORMA-

CIONES: En memoria de Pedro Laín Entralgo, 341; Pedro Laín: humanismo v

reconciliación cultural, por Pedro Cerezo, 341; El Patriotismo de Pedro Laín, por

Ignacio Sotelo, 346; El humanismo de Pedro Laín Entralgo, por Diego Grada, 351;

Normas sobre originales, 358.

DIÁLOGO FILOSÓFICO -Afio 17, Septiembre/Diciembre - 111/0 1:Presentación, 385; El estado de Ia cuestión : VALLESCAR PALANCA, D.

DE: Coordenadas de Ia interculturalidad, 386; Reflexión y crítica : FORNET

BETANCOURT R.: Supuestos, limites y alcances de la filosofía intercultural, 411;

Rudo-CARRACEDO, J.: Problemas eu Ia universalización de los derechos

humanos, 427; Ágora: BERTORELLO, A.: Ateísmo y narratividad en Heideggei;

455; LÓPEZ QUINTÁS, A.: La intimidad personal. Qué significa y cómo es

posible, 473; Didáctica : LAGO BORNSTEIN, J.C.: Lafilosofía ante el reto de

Ia multiculturalidad, 491; Informaciones : Acontecimientos, 512; Recuerdo de J.D.

García Bacca (1901-1992) En el Centenario de su Nacimiento, (Roberto Aretxaga),

Congreso Internacional; Centenario dei Nacimiento de J.D. García Bacca (Roberto

Aretxaga); Próximas Reuniones y Congresos; Crítica de libros : 518; AA-VV.:

Filosofía a y mística. (M. Díez Presa); GARCÍA MORENTE, M.: Lecciones

preliminares de filosofa, (M. Díez Presa); D'AGOSTINO, Simone: Dell'atto ali

'azione. Blondel e Aristotele nel progetto de «L'ACTION». (1893) (Dei acto a Ia

acción. Blondel y Aristóteles en el proyecto de «LA ACCIÓN»). (M. Díez

Presa); Anthony KENNY, La metafísica de Ia mente. (Juan José Garcia Norro);

AYALA MARTÍNEZ, Jorge M.: Pensadores aragoneses. Historia de Ias ideal

filosóficas en Aragón. (Antonio Jiménez García); JIMÉNEZ MORENO, Luis:

Gracián (1601-1658), (Jorge M. Ayala); SCHELER, Max: Ética. - Nuevo ensayo

de fundamentación de un personalismo ético. (José M. Vegas); Noticias de libros,

539.

Revista Filosófica de Coimbra - n.° 22 (2002) pp. 483-498

Page 31: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas

496 Revista Filosófica de Coimbra

REVISTA PORTUGUESA DE PEDAGOGIA - 2000, Ano XXXIV - 1, 2 e 3:

Nota introdutória, 7; Comportamentos anti-sociais: Unta introdução - António

Castro Fonseca, 9; Substratos biológicos dos distúrbios do comportamento (DC)

e do comportamento anti-social em crianças e adolescentes - McBurnett, K.,

Naguib, S. e Brown, K, 37; Comportamento anti -social persistente ao longo da

vida e comportamento anti-social limitado à adolescência: seus preditores e suas

etiologias - Terrie E. Moffitt e Avshalom Caspi, 65; Diferenças de género no

coniportunlentu anti -social e nos problemas emocionais: Dados transversais e

longitudinais - Simões. A., Fonseca, A. C. Formosinho, M. D., Rebelo, J. A.,

Ferreira, A. A. e Gregório, M. H. , 107; O desenvolvimento da crueldade para cone

animais e humanos nas crianças - Mark R. Dadds e Cynthia M. Turner, 13 1; Por

que são tão diferentes as crianças da mesma família? O ambiente não partilhado,

unia década depois - Plomin, R., Asbury, K. e Dunn, J., 165; Bullies e delin-

quentes: Características pessoais e estilos parentais - Anna C. Baldry e David P.

Farrington, 195; Violência nas escolas: Unia abordagem centrada na prevenção

- Nicole Vettenburg, 223; Indisciplina, violência e delinquência na escola: Uma

perspectiva pedagógica - Maria Teresa Estrela e João da Silva Amado, 249;

Actitudes a figuras de autoridad y socializacion en adolescentes - Arrelia Díaz

Martínez, 273; Distúrbios de aprendizagem em delinquentes juvenis: Investigação

científica, projectos de tratamento e de prevenção na Holanda - Th. A. N.

Doreleijers e C. Prins-Aardenia, 303; Retenção escolar precoce e comportamentos

anti-sociais - Fonseca, A. C.; Taborda Simões, M. C. e Formosinho, M.D.), 323;

Abandono escolar na adolescência: Factores comuns e trajectórias múltiplas -

Michel Janosz e Marc Le Blanc, 341; Efeitos do contexto escolar em crianças e

adolescentes: Insucesso e comportamentos anti-sociais - Taborda Simões, M. C.;

Formosinho, M. D. e Fonseca. A., 405; Comportamento anti-social e problemas

emocionais : Dados de unia comparação entre alunos do ensino público e do

ensino privado - Taborda Simões, M. C.; Fonseca. A. C.; Formosinho, M. D ;

Rebelo, J. A. e Ferreira, A. G., 437; Prevenção do consumo de drogas e de

comportamentos anti-sociais nos jovens: Uma proposta de intervenção em meio

escolar - Jorge Negreiros, 455; Segregação e violência em uma escola brasileira

- Luiz Alberto O. G. e Shirlei Rezende Sales do E. S., 469; A prevenção do

comportamento anti-social - Tremblay, R. E.: LeMarquand, D. e Vitaro, F., 491;

Educação para a Cidadania: Uni olhar Kohlberguiano - Orlando Lourenço, 555;

Treino de capacidades de reciprocidade no tratamento dos distúrbios de compor-

tamento de expressão exteriorizada na infância: Um estudo preliminar - Paula

Barrett, 585; Disposições legais relativas ao comportamento inadaptado em

escolas portuguesas: Apresentação com comentários - José Augusto da Silva

Rebelo, 615; Equipa de interajuda entre professores: Análise do seu impacto nas

competências sociais dos alunos - Royer, É.; Clave!, A.; Bitaudeua, I.; Maltais,

N. e Gagnon, M., 627; Os problemas de comportamento na escola secúndaria:Avaliação de uni modelo de formação pragmática por acompanhamento de

pp. 483-498 Revista Filosófica de Coimbra -n.° 22 (2002)

Page 32: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas

Ficheiro de revistas 497

professores - Manon Veillet e Égide Royer, 651 ; Norma e liberdade : Para umacompreensão dos seus pressupostos educativos - João Boavida, 673.

ISEGORÍA - Revista de Filosofia Moral y Política - N.° 24, Junio 2001:ARTÍCULOS: El sentido olvidado dei patriotismo republicano, por Maurizio

Viroli, 5; LQué derechos para Ias minorias culturales ?, por Michael Walzer, 15;Manifiesto nacionalista (o hasta separatista , si me apuran ), por C. Ulises Moulines,25; Tres espacios de Ia ciudadanía , por Ángel Rivero, 51; Sobre Ia democracia enel âmbito internacional , por Elena García Guitián , 77; Rousseau y Ia superación

dei dilema iusnaturalismo -convencionalismo , por José Rubio Carracedo , 97; Los

límites de Ia influencia de Carl Schmitt en Ia República de Weimar, por José LuisVillacanas , 115; NOTAS Y DISCUSIONES; Etnomanía vs. ciudadanía, por

Fernando Savater, 131 ; Plurinacionalismo y estatalidad : el caso de Irlanda deiNorte, por Margaret Canovan , 137; Recursos cívicos en una sociedad liberal:versiones «densas» y «tenues » dei liberalismo , por Ronald Beiner, 155; Ciudadanía

ecológica : ¿ una influencia desestabilizadora ?, por Andrew Dobson , 167; Libera-

lismo, participación política y pertenencia cultural , por Mariano C. Melero, 189;

En torno a Ia identidad . La comunidad como trabajo, por José Barata-Moura, 199;

LQué nos pueden ensefiar los estoicos sobre el valor de los valores?, por Osvaldo

Guariglia , 205; Lo público y lo privado en Ia obra de Jean -Jacyucs Rousseau, por

Fernando Calderón Quindós, 213; La antropologia moral de Ia igualdad, por Ángel

Puyol, 223; CRÍTICA DE LIBROS: Albcrt Calsamiglia, Cuestiones de lealtad.

Limites del liberalismo : corrupción , nacionalismo y multiculturalismo (por Julián

Sauquillo ), 215; Fernando Savater, Perdonen Ias molestias (por Juan Antonio

Rivera), 254; Ernest Gellner, Estado y nación (por Valeriano Esteban), 260;

Bernard Lewis, Las identidades múltiples de Oriente Medio ( por Ángel Rivero),

267; Helena Béjar , El corazón de Ia república (por Fernando Rodríguez Genovés),

268; José Maria Rosales, Política cívica : La experiencia de Ia ciudadanía en Ia

democracia liberal ( por José Calvo González ), 271; Quentin Skinner , Liberty be-

fore Liberalisin (por Elias J. Palti), 272; Eugenio Trías, Ética y condición humana

(por Carlos Gómez), 278; Gerard Vilar, La razón insatisfecha (por M. Teresa

López de Ia Vieja), 281; Arsenio Ginzo, Protestantismo y Filosofia. La recepción

de Ia Reforma en lafilosofía alemana (por Antonio Rivera García), 284; Vicente

Ramos Centeno , Razón, historia y verdad ( por Arsenio Ginzo ), 288; Paul Patton,

Deleuze & The Political (por Moisés Barroso ), 292; F. Bárcena y J.-C. Mèlich, La

educación como acontecimiento ético ( Por Marta Tafalla ), 294; Germán Cano,

Como un ángelfrío. Nietzsche y el cuidado de Ia libertad (por Salvador Mas), 296;

INFORMACIONES: En memoria de Albert Calsamiglia, 299; Discurso de

investidura de Adolfo Sánchez Vázquez como Doctor Honoris Causa por Ia

Universidad Complutense, 301; Primer Congreso Iberoamericano de Filosofia de

Ia Ciencia y Ia Tecnologia (Morelia, 25-29 de septiembre de 2000), 304; Congreso

Internacional sobre «Ciencia , tecnología y bien común: Ia actualidad de Leibniz»

Revista Filosófica de Coimbra - a.° 22 (2002 ) pp. 483-498

Page 33: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas

498 Revista Filosófica de Coimbra

(Valencia, 21-23 de marzo de 2001), 307; Sociedad Espafiola Leibniz, 310; II

Jornadas de Filosofia Moral y Política (diciembre de 2001), 310; Primer Congreso

Iberoamericano de Ética y Filosofía Política (septiembre de 2002), 311; Normas

sobre originales, 311.

DIÁNOIA - Volumen XLVI - Número 47 - Noviembre 2001:

ARTÍCULOS: Carlos Pereda - Historias y argumentos, 3-20; Susan 1 Haack

- Viejo y nuevo pragmatismo, 21-59; Oscar Nudler, El Gran juego: de Sócrates a

José K, 61-79; NOTAS Y DISCUSIONES: Luis Villoro, José Gaos y cl giro de la

filosofia iberoamericana, 81-85; Gustavo Leyva, Comentarios a Categorías y

autoconciencia en Kant de Pedro Stepanenko, 87-92; Efraín Lazos, Subjetividad

y rcpresentación. Nota crítica de Categorías y autoconciencia en Kant de Pedro

Stepanenko, 93-98; Isabel Cabrera, Categorías y autoconciencia en Kant de Pedro

Stepanenko, 99-102; Pedro Stepanenko, Respuesta a los comentarios sobreCategorias y autoconciencia en Kant, 103-112; RESENAS BIBLIOGRÁFICAS:

Esther Cohen, EI silencio del nonibre: interpretación y pensainiento judio, [Mau-ricio Pilatoswky], 113-116; Joseph Femia, The Machiavellian Legac's Essa+s inItalian Political Thought [Humberto Schettinol, 116-119; Juliana González, E]

poder de eros. Fundamentos y valores de ética )' bioética [Paulette Dieterlen],120-124; Friedrich Nietzsche. Escritos sobre retórica [Lizbeth Sagols], 124-128;Ana Rosa Pérez Ransanz, Kuhn ' el cambio científico [Ruy Pérez Tamayo],128-133; RESÚMENES EN INGLÉS, 135-137.

LES ÉTUDES PHILOSOPHIQUES - Octobre/Décembre 2001-4:Bergson et 1'idéalisme allemand: Jean-Louis Vieillard-Baron, Présentation,

417; Jean-Michel Le Lannou, L'anti-idéalisme de Bergson, 419; Monique CastilloL'obligation niorale: le débat de Bergson avec Kant, 439; Frédéric Worms,L'intelligence gagnée par l'intuition? La relation entre Bergson et Kant, 453;Jean-Christophe Goddard, Bergson: une lecture néo-platonicienne de Fichte, 465;Maël Lemoine; Remarques sur Ia métaphore de l'organisme en politique: lesPrincipes de Ia philosophie du droit et Les deux Sources de Ia ntorale et de Iareligion, 479; Bernard Mabille, Eloges de lafluidité: Hegel, Bergson et Ia parole,499; Jean-Louis Vieillard-Baron, Les paradoxes de l'éternité chez Hegel etBergson, 517; Xavier Tilliette, Valcrio Verra (1928-2001), 531; Sébastien Charles,Du Parménide à Parménide, 535; Résumés, 553; Analyses et comptes rendus, 557;Ouvrages reçus, 563.

pp. 483-498 Revista Filosúfica de Coimbra - a.° 22 (2002)

Page 34: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas

ÍNDICE 2002

Artigos

Alexandre Costa - Como e por que sobrevivem os pré-socráticos- Os exemplos de Empédocles e Heraclito ................................ 163

Cristóvão da Silva Marinheiro -A retórica do Visual na FísicaCartesiana ..................................................................................... 447

Edmundo Balsemão Pires - «Um perfume de insolação protege oque vai eclodir ». De Hegel até ao futuro .................................. 81

Fernanda Bernardo -A Ética da Hospitalidade, segundo J. Derrida,ou o porvir do cosmopolitismo por vir a propósito das cidades--refúgio, reinventar a cidadania (II) ........................................... 421

Helder Gomes - Arte, experimentação e vanguarda no pensamentode Jean-François Lyotard ............................................................ 129

Mário Santiago de Carvalho - Filosofar na Época de Palestrina.Uma introdução à psicologia filosófica dos 'Comentários aAristóteles ' do Colégio das Artes de Coimbra .......................... 421

Miguel Baptista Pereira - Meditação filosófica e medicina ......... 3- Precisão Científico-Técnica e Filosofia ................................ 343

Estudos

José Reis - O tempo em Bergson .................................................... 179

Crónica ........................................ ........................................................ 467

Nota de Leitura ............................................................................. ..... 319

Page 35: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas

Notícia ......... ........................................................................................ 327

Ficheiro de Revistas ........................................................................... 483

Recensões ..................................................................................... 329, 473

Page 36: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas

Revista Filosófica de Coimbra ISSN 0872-0851

Publicação semestral do Instituto de Estudos Filosóficos da Faculdade de Letras

da Universidade de Coimbra

Director: Edmundo Balsemão Pires

Coordenação Redactorial: António Manuel Martins e Luísa Portocarrero F. Silva

Conselho de Redacção: Alexandre F. O. Morujão, Alexandre F. de Sã, Alfredo

Reis, Amândio A. Coxito, Anselmo Borges, António Manuel Martins,

António Pedro Pita, Diogo Falcão Ferrer, Edmundo Balsemão Pires,

Fernanda Bernardo, Francisco Vieira Jordão t, Henrique Jales Ribeiro, João

Ascenso André, Joaquim das Neves Vicente, José Encarnação Reis, José M.

Cruz Pontes, Luís A. F. C. Umbelino, Luísa Portocarrero F. Silva, Marina

Ramos Themudo, Mário Santiago de Carvalho, Miguel Baptista Pereira

Capa: Ana Rosa Assunção

As opiniões expressas são da exclusiva responsabilidade dos Autores

Toda a colaboração é solicitada

Distribuição e assinaturas:

Fundação Eng. António de Almeida

Rua Tenente Valadim, 331

P-4100 PortoTel. 226067418; Fax 226004314

Redacção:

Revista Filosófica de Coimbra

Instituto de Estudos Filosóficos

Faculdade de Letras

P-3000-447 CoimbraTel. 239859900; Fax 239836733E-Mail: [email protected]

Preço (IVA incluído):

Assinatura anual : 19,95 € (Portugal) • 27,43 € (Estrangeiro)

Número avulso: 10,97 € (Portugal) • 14,96 € (Estrangeiro)

REVISTA PATROCINADA PELA FUNDAÇÃO ENG. ANTÓNIO DE ALMEIDA

Page 37: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas
Page 38: Índice. Crónica. Recensões. Ficheiro de Revistas

Execução gráfica

daTIPOGRAFIA LOUSANENSE, LDA.

Depósito legal n.° 51135/92